Você está na página 1de 9

CENTRO UNIVERSITÁRIO NILTON LINS

COORDENAÇÃO DE EXATAS E DA TERRA


SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

APRESENTAÇÃO DE ARTIGO SOBRE:


GESTÃO DO CONHECIMENTO CONCEITUAÇÃO E USO NO
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Manaus – AM
2010
ELIZETE MEDEIROS DO CARMO

APRESENTAÇÃO DE ARTIGO SOBRE:


GESTÃO DO CONHECIMENTO CONCEITUAÇÃO E USO NO
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Trabalho apresentado ao Centro de Ensino Superior


Nilton Lins como exigência para obtenção da nota
institucional, referente disciplina de Metodologia da
Pesquisa Cientifica, do curso de Sistemas de
Informação sob orientação da professora Maud
Souza.

Manaus – AM
2010
GESTÃO DO CONHECIMENTO
CONCEITUAÇÃO E USO NO
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Elizete Medeiros do Carmo

Centro Universitário Nilton Lins (UNINILTONLINS)


Campus Unicenter – Manaus – AM - Brazil

elizete.medeiros@gmail.com

Abstract. The Knowledge plays a important role in growth and competitiveness.


However, only generate knowledge does not increase competitive power for an
organization. It need to manage this knowledge. The creation and deployment of
processes that generate, store, manage and disseminate the knowledge of the
challenges faced by companies. This article presents a summary of work completion
of university course presented at the Center for Higher Education Nilton Lins for the
course Information Systems and objective knowledge dissemination acquired.

Resumo. O conhecimento desempenha papel fundamental no crescimento e


competitividade das empresas. No entanto, apenas gerar conhecimento não
proporciona maior poder de competição para uma organização. É preciso gerenciar
esse conhecimento. A criação e a implantação de processos que gerem, armazenem,
gerenciem e disseminem o conhecimento representam um dos desafios enfrentado
pelas empresas. Este artigo apresenta um resumo do trabalho de conclusão de curso
apresentado no Centro de Ensino Superior Nilton Lins para o curso de Sistemas de
Informação e objetiva a divulgação do conhecimento adquirido.

3
1. INTRODUÇÃO

Como observado por Sveiby et al. (2000), muito mais que a tecnologia, o
conhecimento é chave para companhias que pretendem agregar valor a seus produtos e
serviços e a importância dada à gestão de conhecimento nos últimos anos torna-se cada vez
maior, tanto que a classificação das empresas de sucesso é determinada pela capacidade de
gerir seu capital intelectual e a produção consistente de conhecimento, assim, observa-se
outro fator de grande importância no contexto atual que é o grande número de aplicações
produzidas pela tecnologia da informação tem favorecido a uma redefinição do papel do
conhecimento nos mais variados campos da vida humana.
A motivação deste trabalho é a afirmação de que o valor da maioria dos
produtos e serviços depende diretamente de como são desenvolvidos os “fatores intangíveis
baseados no conhecimento”, como o know-how tecnológico, o projeto do produto, a
apresentação de marketing, a compreensão do cliente, a criatividade pessoal e a inovação
(Nonaka e Takeuchi, 1997). Este trabalho também apresenta como característica principal o
fato de ser um assunto recente, com pouca literatura em língua portuguesa e é uma área em
consolidação no meio cientifico. Assim, deseja-se contribuir com um estudo para
tratar/conceituar a gestão do conhecimento bem como as ferramentas utilizadas para efetivá-la
na engenharia de software.
Para a realização do trabalho de conclusão de curso, estabeleceu-se o
objetivo de apresentar os conceitos envolvidos na utilização da gestão do conhecimento e seu
relacionamento com a área de qualidade de software. Em segundo plano, definiu-se, como
objetivos específicos, alcançar, com os resultados da pesquisa, os seguintes pontos: estudar e
conhecer as características da gestão de conhecimento na engenharia de software; verificar a
existência de ferramentas de apoio à gestão de conhecimento para tomada de decisões e
melhoria da qualidade de software; e por fim, apresentar um planejamento de uma ferramenta
simples, para gestão do conhecimento, baseada em gerenciador de conteúdo.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica desta pesquisa, foi resumida no capitulo 2 onde foi


apresentado os principais conceitos teóricos necessários ao entendimento do contexto que
desejou-se focar a Gestão do Conhecimento. Iniciou-se com a definição de Engenharia de

4
software que é uma disciplina da engenharia que se preocupa em todos os aspectos da
produção de software desde o estágio inicial da especificação até a manutenção do sistema
depois de pronto em uso (SOMMERVILLE, 2007, p.7). Dentro da engenharia de software,
outro conceito importante é sobre o processo de software que pode ser definido como um
conjunto coerente de atividades, políticas, estruturas organizacionais, tecnologias,
procedimentos e artefatos necessários para conceber, desenvolver, dispor e manter um
produto de software. Um processo eficaz deve, claramente, considerar as relações entre as
atividades, os artefatos produzidos no desenvolvimento, as ferramentas e os procedimentos
necessários e a habilidade, o treinamento e a motivação do pessoal envolvido.
Um dos objetivos principais da Gestão do Conhecimento, é melhorar a
qualidade do produto final, aperfeiçoando as atividades dentro de um processo de software.
Assim, definiu-se a Qualidade de Software como um processo sistemático que focaliza todas
as etapas e artefatos produzidos com o objetivo de garantir a conformidade de processos e
produtos, prevenindo e eliminando defeitos (BARTIÉ, 2002, p.31). A qualidade de software
pode ser mensurada através do grau de satisfação em que são avaliados determinados
produtos ou serviços. Comentou-se também, sobre os padrões de qualidade, bem como os
modelos de melhoria de processos, tais como o CMMI e o MPS.BR. Por fim, é relatado a
interindependência entre gestão de processos e gestão da qualidade sendo mencionado o
PMBOOK que é um guia onde se descreve a somatória de conhecimentos e as melhores
práticas dentro da área de gerenciamento de projetos.

3. GESTÃO DO CONHECIMENTO

O ponto principal desta pesquisa está na divulgação do que é Gestão do


Conhecimento, detalhado no capitulo 3, apresentou o conhecimento como uma informação
combinada com experiência, a interpretação do contexto e a reflexão, sendo um elemento de
alto valor da informação que está pronta para ser aplicada nas decisões e ações. De acordo
com Nonaka e Takeuchi (1997, p.193) o conhecimento pode ser classificado em dois tipos:
Explícito e Tácito. O conhecimento explícito envolve conhecimento dos fatos, isto é,
educação formal e está documentado em livros, manuais e bases de dados; e o conhecimento
tácito que é quando ele é formado dentro de um contexto social e individual, não é
propriedade de uma organização ou de uma coletividade são processos de transferência do
conhecimento, existe em cada cabeça do indivíduo ganha com experiências de vidas. Conclui-

5
se que para um projeto não repetir os mesmos erros do passado, deve-se registrar o
conhecimento dos colaboradores, registrar as melhores práticas e depois disponibilizar este
conhecimento gerado a todos os que de alguma forma têm alguma relação com a organização
(FAVA, 2006).
Então definiu-se a Gestão do Conhecimento como a área que se preocupa
com a administração do capital intelectual da organização criando, registrando e
compartilhando com os colaboradores os conhecimentos adquiridos em processos anteriores.
É importante observar que Gestão do Conhecimento não é tecnologia, mas usa a tecnologia
para compartilhar o conhecimento (FAVA, 2006). Assim, a gestão do conhecimento envolve
uma revisão dos processos políticas e tecnologias da empresa a partir de uma melhor
compreensão do capital intelectual da empresa e dos fluxos mais importantes relacionados a
criação, identificação, organização, disseminação e uso de conhecimento estratégico para a
organização.
Como a engenharia de software é uma atividade orientada ao conhecimento
e envolve várias pessoas trabalhando em diferentes fases e atividades. O conhecimento na
engenharia de software é disperso, de proporção imensa e de crescimento contínuo. Sabe-se
que o conhecimento como bem não tangível, é altamente mutável e possui características
peculiares em seus diversos tipos de ocorrência e segundo Dixon (2000), existem formas
diferentes de transferência do conhecimento para diferentes tipos de conhecimento a serem
socializados. A classificação de Dixon (2000) estabelece cinco modos de transferência do
conhecimento: transferência em Série; Transferência Próxima; Transferência Distante;
Transferência Estratégica e Transferência Técnica que foram detalhados na pesquisa onde
conclui-se que de todos os tipos de transferência, a transferência técnica é o mais simples de
ser implantado eletronicamente. As informações compartilhadas são de natureza técnicas e
podem ser facilmente explicitadas. Este tipo de socializações onde ocorra a utilização de
equipamentos tecnológicos. Isso não significa que o conhecimento esteja concentrado em
manuais ou relatórios.
Com estas explicações, o capitulo é encerrado citando a infraestrutura das
ferramentas que auxiliam na gestão do conhecimento e sua aceitação pelas empresas
desenvolvedoras através de uma estatística de 2008 que mostra a cultura iniciando no
emprego da gestão do conhecimento.

6
4. FERRAMENTAS PARA A GESTÃO DO CONHECIMENTO

A contribuição acadêmica desta pesquisa, apresentada no capitulo sobre


ferramentas para GC, mostrou que a tecnologia de informações e comunicação (TIC) não
devem ser consideradas o elemento crucial de projetos de Gerencia do Conhecimento, sua
utilidade de maneira alguma deve ser desconsiderada. É uma necessidade alinhar a tecnologia
aos processos da empresa e também às questões relativas à gestão de pessoas (TSUI, 2005). O
principal objetivo das TIC é fornecer suporte à gestão do conhecimento. Pode se constatar que
o grande desafio está em desenvolver e implantar tecnologias e sistemas de informação que
deem apoio à comunicação empresarial e ao compartilhamento de conhecimento.
Apresentou-se dois casos distintos de ferramentas de GC: o caso dos
Correios onde o departamento de TI desenvolveu internamente uma ferramenta paga de GC
sobre a plataforma Linux, denominada Coptec (Comunidades de Práticas de Tecnologia). Os
Correios atuam com 28 diretorias regionais, chegando a 5.564 municípios. Outro caso
apresentado foi o do departamento de TI do Makro Atacadista, que criou, em 2007 a
Makropedia, uma base de conhecimento sobre seu negócio desenvolvida internamente usando
ferramentas em código aberto. O Makro opera em 21 Estados no Brasil e no Distrito Federal
(DF), com um total de 54 lojas e fez uso do conceito de wiki (software colaborativo que
permite a edição coletiva dos documentos usando um sistema que não necessita que o
conteúdo tenha de ser revisto antes da sua publicação).
Do ponto de vista da Gestão do Conhecimento, o próprio “ambiente de
desenvolvimento” de software livre aplica seus conceitos. Com os avanços dos padrões de
desenvolvimento baseados no modelo open source, adquirem uma consequência positiva pois
muitas tecnologias permitem o desenvolvimento de componentes que implementam práticas
de GC (SCHMITZ et al., 2008) e podem ser integrados com outras aplicações maiores
(portais corporativos, por exemplo).
Um fator de destaque é a utilização dos gerenciadores de conteúdo que
objetivam suprir a necessidade de captação, ajuste, distribuição e gerenciamento de conteúdos
para apoio ao processo de negócios de toda a empresa. Esses conteúdos podem ser
estruturados ou não, procedentes de sistemas de imagem (documentos escaneados),
Gerenciamento de Documentos (SGED), sistemas legados, bancos de dados, arquivos ou
qualquer outro arquivo digital como som, vídeo, etc. Sua característica básica é oferecer
acesso a toda informação da empresa através de uma interface única baseada em browser.

7
A utilização dos gerenciadores de conteúdo e portais corporativos é
defendida por diversos autores, entre eles Parreiras e Bax (2003) que realiza uma revisão
crítica da literatura definindo os conceitos relacionados à Gestão do Conhecimento,
Engenharia de Software, Gestão de Conteúdos, descrevendo assim as entidades envolvidas em
cada conceito e como elas se relacionam. Abreu (2006) que analisou o potencial dos portais
corporativos como mecanismo para auxiliar no processo de gestão do conhecimento.
Por fim, apresenta-se um projeto para GC utilizando-se de um gerenciador
de conteúdo chamado Joomla que oferece recursos e ferramentas de fácil utilização e muito
flexível permitindo sua personalização conforme as necessidades da empresa/projeto. Esta
abordagem foca no ponto em que acredita-se que ferramentas simples podem ser configuradas
para apoiar a GC e que enriquecem de forma mensurável qualquer equipe de desenvolvimento
bem como é inegável a contribuição para a melhoria da qualidade do produto à ser
desenvolvido.

5. CONCLUSÃO

Esta pesquisa proporcionou conhecimentos e fatos que puderam constatar


que a Gestão do Conhecimento está em fase crescente de aceitação e que as ferramentas
disponíveis são diversas, desde as desenvolvidas em caráter particular até as de caráter
publico (comerciais e open-source).
Outro fato positivo conquistado com esta pesquisa acadêmica, está
relacionado com o planejamento de uma simples ferramenta de auxilio à GC que permitiu
verificar que com pouco investimento obtêm-se uma ótima ferramenta personalizável e de
fácil adaptação ao ambiente de qualquer empresa.
Assim, concluiu-se o trabalho de pesquisa com uma proposta futura,
sugerindo a realização de um trabalho de implementação do planejamento em uma ou mais
empresas que desejariam implementar agestão do conhecimento. Neste futuro trabalho
avaliar-se-ia a aceitação dos integrantes da(s) equipe(s) ,avaliaria-se as modificações
necessárias bem como as necessidades especificas e um acompanhamento em mais de um
projeto para levantar os resultados obtidos pela utilização da gestão do conhecimentos.

8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, Juliana de. Portais corporativos como ferramenta para a gestão do conhecimento. 67
f. Monografia (Especialização em Gestão de Bibliotecas) – Curso de Especialização em
Gestão de Bibliotecas, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.

BARTIÉ, Alexandre. Garantia de Qualidade de Sofware. Elsevier: Rio de Janeiro, 2002.

DIXON, Nancy M. Common Knowledge: How Companies Thrive by Sharing what They
Know. Harvard Business School Press, 2000.

FAVA, Rubens. Gestão do conhecimento. Publicado em: 07 jun. 2006. Disponível em:
http://www.administradores.com.br/artigos/gestao_do_conhecimento/948/. Acesso em: 21
jun. 2009.
NONAKA, Ikujiro, TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de conhecimento na empresa. 3. ed. Rio
de Janeiro: Campus, 1997.

PARREIRAS, Fernando S., BAX, Marcello P.; A gestão de conteúdos no apoio a engenharia
de software. In: KMBrasil, 2003, São Paulo. Anais. São Paulo: SBGC - Sociedade Brasileira
de Gestão do Conhecimento. 2003. CD-ROM. Disponível em
<http://www.fernando.parreiras.nom.br/publicacoes/pgct142.pdf >.

SCHMITZ, Queli Terezinha; MODRO, Nilson Ribeiro; CARVALHO, Hélio Gomes de.
Aplicações de Software Livre para suporte à Gestão do Conhecimento em Empresas: um
estudo exploratório. IV Simpósio Acadêmico de Engenharia de Produção, 12 p., Paraná, 2008

SOMMERVILLE, Ivan. Software Engineering. 8a. ed. Addison-Wesley, 2007.

SVEIBY, Karl; STORK, John; HILL, Patricia, et al. Gestão do Conhecimento: Um Novo
Caminho. HSM Management, setembro-outubro, 2000.

TSUI, E. The role of IT in KM: where are we now and where are we heading? Journal of
Knowledge Management. v. 9 n. 1, p. 3-6, 2005.

Você também pode gostar