Você está na página 1de 2

FOX na Usina

Nº 14 – Nov/20

TÓPICOS Vapor de Flash – Você Usa ? – Parte II


Nesta Edição: Muitas vezes encontramos as coletas dos condensados das caixas da evaporação após o 1 efeito,
Uso do vapor de Flash de centralizadas em um único tanque também conhecido como caixa sifão ou Marais conforme figura
a seguir:
condensado 1 2 3 4

Caixa Marais;
Onde Aplicar;
Economia de Vapor de
LIT
Escape

Embora seja de baixo investimento inicial e simplificar a operação, o uso deste sistema costuma
apresentar vários inconvenientes, tais como:

O fornecedor para reduzir custos o fabrica em aço carbono e, especialmente as chapas divisórias
internas acabam se corroendo rapidamente devido às características do condensado amoniacal,
perdemos a selagem entre os efeitos, causando problemas de performance na evaporação;
Para “contornar” esta perda de selagem e em algumas vezes devido à manutenção inadequada
do sensor de nível, observamos este tanque de condensado praticamente a 100% da sua
capacidade durante a operação “normal”; esta é uma situação de risco de acidente de
condensado quente que pode causar queimaduras nos operadores;
Perdemos energia sob a forma de vapor Flash para a atmosfera.

Basicamente o aproveitamento do vapor Flash pode ser feito de duas formas semelhantes:

LIC LIC

LIC LIC LIC

Retorno Para Reto rno de


Con de nsad os
Caldeira

Nesta figura vemos os condensados sendo coletados no balão de condensado ou condensate cigar
No balão de condensado temos um único vaso dividido em compartimentos para cada pressão e temperatura dos diversos condensados,
externamente temos os sensores de nível que permitem o fluxo entre as câmaras, flasheando o condensado no compartimento seguinte.
Interligações estrategicamente conectadas com as linhas de vapor, permitem a recuperação do vapor Flash em vários efeitos, reduzindo
desta forma a demanda de vapor de escape da estação de evaporação.

Uma segunda forma de coleta individualizada de condensados para permitir o uso do vapor Flash é ilustrada a seguir:

1º Efeito 2º Efeito 3º Efeito 4º Efeito 5º Efeito

Vapor de
V1 V2 V3 V4
Escape

LIC LIC LIC LIC LIC

Reto rno
Desaerador

Nesta construção cada vaso coletor tem seu respectivo sensor de nível que controla o retorno para a caldeira/desaerador no primeiro à
esquerda e a partir do segundo coletor, podemos obter o vapor flash na entrada do 3º efeito. Conceitualmente os dois sistemas são iguais,
diferenciando apenas pelo espaço ocupado na horizontal ou na vertical e se teremos um prontuário de NR-13 para um único vaso ou para
vários recipientes menores.
Vamos então calcular a quantidade de vapor Flash gerada no tanque que recebe o condensado de
V2 produzido no 3º efeito como ilustrado à esquerda.

2º Efeito 3º Efeito Propriedade Unidade V1 V2


Temperatura de Referência °C 114,0 103,0
V1
V2
Pressão de Saturação (Psat) kgf/cm2 g 0,636 0,117
Entalpia do Vapor (hVapor) kJ/kg 2.697,1 2.680,3
Entalpia do Líquido (hlíquido) kJ/kg 478,3 431,8
Vazão Kg/h 74.100 x-x-x

LI C LIC

Variação de entalpia no condensado a 103°C: hvapor – hlíquido = 2.680,3 – 431,8 = 2.248,5 kJ/kg

Variação de entalpia entre o condensado a 114°C e o condensado a 104°C (∆hcondensados):

∆hcondensados = hlíquido a 114°C - hlíquido a 104°C = 478,3 – 431,8 = 46,5 kJ/kg

∆ ,
Cálculo da vazão específica de Flash (Vflash): Vflash = ∆ °
= = 0,020680454
. ,

Para obtermos a vazão de vapor Flash gerada, basta multiplicarmos o resultado acima pela vazão de entrada de condensado no tanque
que encontramos a vazão de vapor Flash gerada. Vamos considerar como exemplo, uma entrada de 74.100 kg/h de condensado a 114°C,
desta forma teremos:

Vflash = 0,020680454 x 74.1000 = 1.532,4 de vapor Flash gerado. Este valor é adicionado à entrada de V2 através da equalização
pela parte superior do tanque de condensado.
Álvaro Salla

FOXTERMO Refrigeração e Aquecimento Ltda.


Praça Prof. Ademar Noronha Nogueira, 110 – Conj. 71
CEP 02417-190 - São Paulo – SP
www.foxtermo.com.br

Você também pode gostar