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Planejamento e Gestão do Processo Industrial

Indíce
1 Introdução
1.1 Considerações Iniciais
2 Economia
2.1 Aspectos Gerais
2.2 Fundamentos da Economia Considerações Iniciais
Leis da Economia
Sistemas Econômicos
Classificação dos Bens
Tipos de Estruturas Mercados
Barreira à Entrada e Saída de Mercado
3 Administração
Conceitos de Administração
Teorias da Administração
Função da Administração
Estruturas Organizacionais
Tipos de Organogramas
Fluxogramas
Cronogramas
Manuais de Procedimentos
4 Administração e Controle da Produção
Administração da Produção
Produtividade x Qualidade
Eficiência e Eficácia no Processo Produtivo
Sistema de Produção
Quadro de Características dos 3 Sistemas
Planejamento e Controle da Produção
Aspectos Gerais
Conceito de Controle
Conceito de PCP
Princípios Fundamentais do PCP
Fases do PCP
Conceito de Planejamento da Produção
Finalidade do Planejamento da Produção
Organização do Planejamento da Produção
As 4 Fases do Planejamento da Produção
Elaboração do Plano de Produção
Programação da Produção
Conceito de Programação da Produção
Técnicas de Programação da Produção
Fases da Programação da Produção
Emissão de Ordens de Produção
Liberação da Produção
Controle da Produção
Finalidade do Controle da Produção
Fases do Controle da Produção
Métodos de Controle da Produção
Principais Tipos de Controle da Produção
5 Administração e Controle da Manutenção
Conceitos Básicos
Políticas e finalidades
Manutenção de Máquinas e Equipamentos
Organização da Manutenção
Organograma da Manutenção
Sistemas Básicos de Manutenção
Manutenção por Área
Manutenção por Departamento
Manutenção Centralizada
Manutenção Combinada
Planejamento da Manutenção
Documentos da Manutenção
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Ordem de Serviço
Back-Log da Manutenção
Programação da Manutenção
Diagrama Espinha de Peixe
Diagrama de Gantt
Método Pert-COM
Custos de Manutenção
Histórico da Manutenção
Tipos de Manutenção
Corretiva
Preventiva
Preditiva
Planos de Manutenção
Planos de Lubrificação
Planos de Inspeções
Parâmetros para Manutenção Preditiva
Técnicas para Manutenção Preditiva
6 Administração dos Recursos Humanos
Relacionamento Interpessoal
Comunicação
Verdade
Autoconhecimento
Percepção x Feedback
Liderança
Grupos x Equipes
Transmissão de uma Mensagem
Como participar ou Desenvolver uma Reunião

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Planejamento e Gestão do Processo Industrial

1. Introdução

1.1 - Considerações Iniciais

O processo de industrialização tem tido importância significativa na promoção do


desenvolvimento sócio-econômico de uma nação. De modo geral, a industrialização tem
implícito o acirramento da concorrência e, como conseqüência, o processo de
concentração. Este fato dá origem à formação de oligopólios, que são as estruturas de
mercado mais comuns nas indústrias atualmente. Na prática, o mecanismo oligopolista
tende a privilegiar as maiores empresas em detrimento das concorrentes de menor porte.

Dentro desta perspectiva, conceitua-se indústria como sendo um conjunto de empresas


dedicadas às mesmas atividades ou à atividades estreitamente relacionadas. Por outro
lado, a empresa ou firma representa as unidades produtoras que compõem uma indústria.

2 - Economia

Economia [A palavra economia deriva do grego oikonomía: oikos - casa, moradia; e nomos
- administração, organização, distribuição. Deriva também do latim oeconomìa: disposição,
ordem, arranjo.] 1. Arte ou ciência de bem administrar uma casa ou um estabelecimento
público ou privado. 2. Poupança, moderação ou contenção nos gastos.

2.1 - Fundamentos da Economia - Aspectos Gerais

Economia é o estudo do processo de produção, distribuição e consumo dos bens e


serviços, para alguns autores neoclássicos, ela é definida também como uma ciência de
trocas e escolhas.

A Economia é uma área que dentre as várias abordagens, se preocupa em analisar, sob
um enfoque gerencial, como as pessoas e as empresas se relacionam entre si e com seus
concorrentes no mercado.

2.1.2 - Objetivos principais da Economia

- Alto nível de emprego;

- Estabilidade de preços;

- Eficiência produtiva;

- Distribuição eqüitativa de renda;

- Crescimento sócio-econômico do país.

2.2 - Classificação dos Bens

Sabemos que o objetivo de uma empresa é produzir bens e serviços para que possam
ser vendidos e assim, fazer com que a empresa obtenha lucro.

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Os bens e serviços podem ser divididos de acordo com a sua categoria em:

Raridade: Natureza: Destino:


Bens Econômicos Bens Materiais Bens de consumo
e Bens não Econômicos e Bens Imateriais e Bens de Produção

Os bens e serviços podem ser classificados em:

Bens livres (Bens não Econômicos): São aqueles bens intangíveis, de livre acesso a
todos e que não possuem valor, Ex: o ar, o mar, a luz solar.

Bens econômicos: Diferentemente dos bens livres, estes são aqueles bens úteis que
possuem preços, são relativamente escassos e são atribuídos a algum esforço humano.

Os bens econômicos, ou seja, aqueles que possuem um valor ou preço se dividem em:

Bens materiais: São aqueles que como o próprio nome diz, são materiais e tangíveis. Ex:
roupas, carros, alimentos, etc.

Os bens materiais podem ser divididos em:

Bens de consumo: São destinados à satisfação das necessidades humanas, podendo ser
duráveis, como no caso de imóveis, ou não-duráveis, como gasolina, alimentos, bebidas,
etc.

Serviços (Bens Imateriais): São aqueles que possuem preço, porém são intangíveis,
como por exemplo: um serviço de advogado, uma consulta de médico, etc.

Bens de capital (Bens de Produção): Empregados para provocar o surgimento de novos


bens, como no caso de equipamentos, maquinários, instalações, edifícios, etc.

2.3 - Leis da Economia

2.3.1 - Demanda

Em economia, Demanda ou Procura é a quantidade de um bem ou serviço que os


consumidores desejam adquirir por um preço definido em um dado mercado, durante uma
unidade de tempo.

A demanda pode ser interpretada como procura, mas nem sempre como consumo,
uma vez que é possível demandar (desejar) e não consumir (adquirir) um bem ou serviço.

A quantidade de um bem que os compradores desejam e podem comprar é chamada de


quantidade demandada. Ela depende de variáveis que influenciam a escolha do
consumidor pela compra ou não de um bem ou serviço: o seu preço, o preço dos outros
bens substitutos ou complementares, a renda do consumidor e o gosto ou
preferência do indivíduo.

A demanda pode ser influenciada por vários fatores, como:

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- O gosto do consumidor;
- A relação entre o preço do bem - quanto maior, menor será a procura pelo mesmo;
- A relação de seu preço com o preço de bens substitutos. Ex.: o preço da manteiga e da
margarina;
- A relação de seu preço e o poder de compra do consumidor.

2.3.2 – Oferta

Oferta é a quantidade de bens ou serviços que os produtores dos mesmos desejam vender
em determinado espaço de tempo.

Depende de algumas variáveis:

- A quantidade ofertada de um bem;


- O preço deste bem;
- O preço dos bens concorrentes a este;
- O custo de produção destes bens;
- A tecnologia empregada na fabricação destes produtos.

2.3.3 - Equilíbrio de Mercado

Quando há aumento do preço de um produto, maior é o estimulo para a fabricação deste


bem. Quando a quantidade deste bem se normaliza no mercado, há a redução de seu
preço, estimulando a demanda e desestimulando a vontade dos fabricantes de produzi-lo.
Essas forças de mercado vivem em conflito, fazendo com que o preço dos produtos seja
regido pela oferta, que oferecerá pouco para o mesmo elevar-se, e pela demanda, que
almejará muitos produtos para ele chegar a preços mais acessíveis. E esta lei econômica
serve para qualquer produto. Como exemplo, podemos citar o vídeo-cassete, que no início
da década de 80 custava muito caro. Seu preço foi declinando com a chegada de marcas
diferentes, e também de produtos concorrentes (como o DVD) no mercado – ou significa,
sua oferta aumentou para uma demanda estabilizada.

Um bom exemplo que encontramos em nosso dia-a-dia é o supermercado. Em épocas


especificas como Páscoa, Natal, etc., os produtos de época tendem a ficarem mais caros,
pois a demanda pelos mesmos aumenta em uma proporção muito maior que o
aumento de sua oferta.

2.3.4 - Sistemas Econômicos

Um sistema econômico pode ser definido como a forma política, social e econômica de
organização de uma sociedade. É um particular sistema de organização da produção,
distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam,
buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar.

2.3.5 - Principais formas

- Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista), economia descentralizada,


alicerçada em mercados competitivos à base de um sistema de preços, com objetivo de
lucro;

- Concorrência pura (sem interferência do governo);

- Sistema de concorrência mista, combinação de mecanismos de mercado com acentuada


intervenção governamental. - Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista)
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.2.3.6 - Competitividade Empresarial

O processo, denominado de globalização, permitiu um crescente aumento do


relacionamento entre empresas e clientes, rompendo as barreiras entre os países. Os
consumidores ficam cada vez mais expostos ao assédio de produtos de empresas
localizadas em diversas partes do planeta, fazendo com que haja cada vez mais
concorrentes disputando um mesmo cliente.

A competitividade está intimamente relacionada com a disputa pelos clientes e, em nosso


contexto, a empresa, para ser considerada competitiva, deverá ter vantagens sobre as
outras na conquista e manutenção dos clientes.

Existem diversos fatores que influenciam na competitividade de uma empresa, entre eles a
excelência e a satisfação dos stakeholders (Palavra, que significa depositários. Pessoa ou
grupo com interesse na performance da organização e no meio ambiente na qual opera). A
excelência se traduz em produtividade, qualidade, agilidade, flexibilidade e inovação. A
satisfação dos stakeholders implica na criação de valor para os clientes, o retorno sobre o
investimento dos acionistas, a humanização do trabalho, as relações de parceria com os
fornecedores e a constante preservação do meio ambiente.

Nos últimos anos o Brasil recuperou a competitividade em diversos setores, após


sucessivas dificuldades decorrentes do início da abertura da economia em 1991. Para citar
alguns exemplos: siderurgia, agro-industrial, calçados, tecelagem, aeronáutico, cítrico,
entre outros. Mesmo que seja grande a importância destes setores para a economia, sob
diversos aspectos, estes mercados são regulados, na maioria das vezes, pelos negócios
internacionais.

No momento atual é evidente que a melhoria da posição competitiva das empresas


brasileiras e, conseqüentemente, do nosso país, passa por mudanças significativas no
modelo de administração centrado na racionalidade, no enfoque de padronização e escala
para um contexto bem mais complexo de entendimento e profunda compreensão de novos
mercados. O que significa conhecer necessidades e expectativas de clientes talvez bem
mais exigentes do que aqueles aos quais nos acostumamos.

2.3.7 - Tipos de Estruturas Mercados

Um mercado é definido como um produto ou um grupo de produtos e uma área geográfica


na qual ele é produzido ou vendido tal que uma hipotética firma maximizadora de lucros,
não sujeita a regulação de preços, que seja o único produtor ou vendedor, presente ou
futuro, daqueles produtos naquela área, poderia provavelmente impor pelo menos um
‘pequeno mas significativo e não transitório’ aumento no preço, supondo que as condições
de venda de todos os outros produtos se mantêm constantes.

O grau de concorrência depende de cinco forças competitivas básicas, a saber:

 Ameaça de entrada de novas firmas na indústria;


 poder de negociação dos fornecedores;
 ameaça de produtos ou serviços substitutos;
 poder de negociação dos clientes; e
 rivalidade entre as empresas existentes.

Quando se emprega o termo estrutura de mercado, três sentidos diferentes vem à


tona:

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O primeiro diz respeito às características mais aparentes do mercado. Onde este é definido
de acordo com o número de empresas concorrentes entre si e pela oferta de produtos
diferenciados ou homogêneos.

O segundo ponto de vista diz respeito ao modelo Estrutura - Conduta - Desempenho, onde
as características das firmas estão ligadas a aspectos relacionados ao grau de
concentração, às barreiras à entrada e à existência de produtos substitutos, entre outros.

A terceira maneira de se enfocar estrutura de mercado é semelhante ao segundo ponto de


vista, acrescido de aspectos que dão à estrutura de mercado um caráter dinâmico.

2.3.8 - Barreira à Entrada e Saída de Mercado

As barreiras à entrada de novas firmas representam uma importante magnitude da


estrutura de mercado. As condições de entrada podem determinar até que ponto as firmas
que já operam no mercado podem agir de forma monopolística, sem induzir a uma reação
de concorrentes em potencial.

Uma das mais conhecidas barreiras à entrada é a existência de economias de escala.


Caso o tamanho mínimo requerido para que uma firma entre no mercado seja muito
grande em relação ao tamanho do próprio mercado e, se houver muita desvantagem em
termos de custo em operar abaixo do tamanho ótimo, haverá um significante obstáculo à
entrada de outras firmas.

Uma segunda barreira à entrada refere-se às vantagens absolutas de custos que as firmas
já existentes têm sobre as entrantes em potencial. Assim, operando com níveis de custo
menores, as firmas entrantes são desestimuladas a participar do mercado.

Outro tipo possível de barreira à entrada diz respeito à diferenciação do produto aliada à
promoção agressiva das vendas. O governo também pode atuar como promotor de
barreiras à entrada quando, e.g., através da legislação de patentes, permite que uma única
firma fabrique um dado produto ou utilize um determinado processo. Outro exemplo de
caráter institucional refere-se à concessão, por parte do Estado, a uma firma o direito de
exploração, fabricação ou fornecimento de um dado bem.

Outra dimensão também importante no estudo das estruturas de mercado é a integração


vertical e horizontal. Além do mais, a integração vertical das firmas já estabelecidas pode
funcionar como barreiras à entrada.

O volume de tecnologia em determinadas indústrias pode provocar um aumento no capital


mínimo necessário para o ingresso de outras firmas nestes mercados, criando um
obstáculo natural à entrada de novas firmas.

3 – Administração

Administração (do latim: administratione) é o conjunto de atividades voltadas a direção de


uma organização utilizando-se de técnicas de gestão para que alcance seus objetivos de
forma eficiente, eficaz e com responsabilidade social e ambiental.

A essência do trabalho do administrador é obter resultados por meio das pessoas


que ele coordena. O "Gestor Administrativo" que com sua capacidade de gestão com as
pessoas, consegue obter os resultados esperados.

Administrar é manter as organizações coesas, fazendo-as funcionar.


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3.1 - Funções Administrativas

 Planejar: fixar objetivos;


 Analisar: conhecer os problemas;
 Solucionar problemas;
 Organizar e alocar recursos (recursos financeiros, tecnológicos e pessoais);
 Liderar; Comunicar, dirigir e motivar as pessoas;
 Negociar ;
 Tomar as decisões;
 Controlar: Mensurar e avaliar.

3.2 - Organização

Do grego "organon", organização significa instrumento, utensílio. Organizar é o processo


de reunir recursos físicos e humanos essenciais à consecução dos objetivos de uma
empresa. Uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por
finalidade realizar propósitos coletivos.

Em administração Organização é: Grupo de indivíduos associados com um objetivo


comum.

Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam
inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um
laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos exemplos de
organizações.

Uma organização é formada pela soma de pessoas, máquinas e outros equipamentos,


recursos financeiros e outros.

A organização então é o resultado da combinação de todos estes elementos orientados a


um objetivo comum.

Sobrevivência e crescimento (metas e objetivos) é o que a maioria ambiciona. Objetivos


que exigem grupos de duas ou mais pessoas, que estabelecem entre eles relações de
cooperação, ações formalmente coordenadas e funções diferenciadas, hierarquicamente.

4 - Empresas

Uma empresa é um conjunto organizado de meios com vista a exercer uma atividade
particular, pública, ou de economia mista, que produz e oferece bens e ou serviços, com o
objetivo de atender a alguma necessidade humana.

O lucro, na visão moderna das empresas privadas, é conseqüência do processo


produtivo e o retorno esperado pelos investidores.

As empresas de titularidade do Poder Público têm a finalidade de obter rentabilidade


social.

As empresas podem ser individuais (refere-se especificamente a "uma pessoa") ou


coletivas (o termo eventualmente é utilizado para se referir a grupos de pessoas que
assumem uma mesma orientação), dependendo do número de sócios (sócio é aquela
pessoa que divide as despesas e os lucros com as outras em uma companhia ou em um
clube) que as compõem.

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4.1 - Breve História das Empresas

Sempre existiram formas de trabalhos organizados e dirigidos. Contudo as empresas


desenvolveram-se de forma lenta até a revolução industrial.

Muitos investigadores dividem a história da empresa em 6 fases.

4.1.1 - Fase Artesanal

Desde a antiguidade, até 1780, o regime de produção esteve limitado a artesãos e a mão-
de-obra intensiva e não qualificada, principalmente mais direcionada para a agricultura.

O sistema de comércio era de troca por troca (trocas locais).

4.1.2 - Fase da Industrialização

Com a revolução industrial, as empresas sofreram um processo de industrialização ligado


as máquinas.

O uso do carvão, nova fonte de energia, veio a permitir um enorme desenvolvimento nos
países. A empresa assume um papel relevante no desenvolvimento da sociedades,
introduzindo novas máquinas consoante o material que se queria produzir, como a
máquina de fiar, tear, maquina a vapor, locomotivas, etc.

4.1.3 - Fase de Desenvolvimento Industrial

Os dois expoentes marcantes desta fase, são o aço e a eletricidade.

O ferro é substituído pelo aço, como fonte básica da indústria, e o vapor é transferido pela
eletricidade e derivados de petróleo.

O desenvolvimento do motor de explosão e do motor eléctrico, estabelecem uma relação


entre a ciência e o avanço tecnológico das empresas. Isto fez com que se desse o
desenvolvimento dos transportes e das comunicações, o que permitiu encurtar as
distancias entre diferentes áreas, o que permite o desenvolvimento rápido do intercambio
comercial.

4.1.4 - Fase do Gigantismo Industrial

Nesta fase as empresas atingem enormes proporções, passando a atuar em operações de


âmbito internacional e multinacional.

Surgem os navios cada vez mais sofisticados e de grande porte, grandes redes ferroviárias
e auto-estradas cada vez mais acessíveis.

O automóvel e o avião tornam-se veículos cada vez mais usuais / correntes, e com o
aparecimento da televisão as distâncias encurtam-se.

4.2 - Categorias das Empresas

A concepção de uma empresa, seja ela grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos,
não se torna possível sem a adoção de uma série de princípios administrativos que irão
dar origem a organização e o conseqüente desenvolvimento da empresa.

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Segundo a Teoria Sistêmica, esses princípios administrativos são dados por quatro
fatores:

 Planejamento
 Organização
 Direção
 Controle

Ainda segundo essa Teoria, também chamada de Organicista porque aplica nas Ciências
Sociais algumas teorias das Ciências Biológicas (tomando como referência a relação
Célula-Tecido-Órgão-Sistema-Organismo), o conceito de Administração pode ser dado
pelo ato ou efeito de organizar, de criar organismos, que compreendem um conjunto de
órgãos constituindo uma empresa.

A racionalização, importante fator de organização, é toda ação reformadora que visa a


substituir processos rotineiros e arcaicos por métodos baseados em raciocínios
sistemáticos. Hoje, porém, a palavra organização é comumente substituída pelo termo
“Organização e Método” (O&M).

4.3 - A Organização pode ainda ser divida em duas fases:

 Economia Rudimentar: consumo reduzido, baixa produção, artesanal, falta de


organização.
 Economia Evoluída: aumento do consumo, produção empresarial, desenvolvimento
da organização.

É inegável a contribuição das organizações militares no enriquecimento do processo


organizacional, como a pesquisa operacional e o PERT.

Dentre os diversos tipos de empresa, temos a de produção, construtora e a de


serviços.

4.4 - As Empresas ainda podem ser classificadas quanto à:

 Objetivos (comerciais, industriais, de prestação de serviços).


 Tamanho (grande, média, pequena, micro).
 Estrutura: (individuais, coletivas, públicas, mistas).
 Volume de Trabalho Interno (simples, complexas).
 Organização (Linear ou Militar, Funcional, Estado Maior ou “Staff”).

"Produzir" é o ato de transformar recursos materiais em bens de consumo pela atividade


comercial.

"Desperdício" é a perda de materiais por negligencia, imperícia ou imprudência do agente


administrativo. O desperdício pode ser causado por tipos de origem, fator material, humano
ou racional.

4.4.1 - Pelo Setor Econômico

Dependendo do tipo de prestação da empresa, tem-se as seguintes categorias:

 Setor primário, correspondendo à agricultura;


 Setor secundário, correspondendo à indústria;
 Setor terciário, correspondendo ao setor de serviços.
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4.4.2 - Pelo Número de Proprietários

O proprietário da empresa pode ser apenas uma pessoa, caso das empresas individuais,
como podem ser mais de uma, formando sociedades.

Existem as seguintes modalidades na legislações:

 Empresa em nome individual


 Sociedade por quotas
 Empresa de Responsabilidade Limitada, (Ltda - terminação no nome da empresa)
 Sociedade Anônima, (SA - terminação no nome da empresa)

4.4.3 - Pelo Tamanho

A empresa pode ser ainda categorizada pelo seu tamanho, de acordo com um ou uma
série de critérios, como o número de empregados, volume de negócios, etc. Uma forma
rápida para traduzir genericamente este compêndio de critérios é dizer que a empresa
pode ser:

 Microempresa
 Pequena empresa
 Empresa de médio porte
 Macroempresa
 Grande empresa

4.4.4 - Pelo Fim (Finalidade)

 Fim lucrativo
 Fim não lucrativo

Essa divisão, parte da antiga conceituação de Empresa, uma associação organizada ou


empreendimento ou ainda uma firma ou pessoa jurídica que explora uma determinada
atividade com objetivo de lucro.

Todavia, deve-se levar em conta uma nota em relação a uma certa confusão sobre o que é
uma empresa sem fim lucrativo. Uma empresa ao declarar que ter lucros não é um fim em
si próprio, não implica que a empresa não crie lucros, mas antes que esses lucros não irão
ser redistribuídos pelos dono(s) da empresa. A empresa pode aplicar esses lucros para
poder suportar os custos da sua atividade, e o restante (o chamado lucro) poderá muito
bem ser aplicado na expansão da sua atividade (alargamento), aumentos de eficiência
(melhoria da qualidade de funcionamento), ou ainda como também tem sido muito
praticado: praticar um preço igual ao custo. Esta é uma das razões muito apontadas para
falência financeira deste tipo de empresas, pois não incorporam o custo de inovação e de
eficiência.

5 - O Empresário Comercial

5.1 - Abordagens Econômicas

A produção de bens e serviços para o mercado não é conseqüência de atividade acidental


ou improvisada, mas sim de atividade especializada e profissional, que se explica através
de organismos econômicos permanentes nela predispostos.

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Estes organismos econômicos, que se concretizam da organização dos fatores de
produção e que se propõem à satisfação das necessidades alheias, e, mais precisamente,
das exigências do mercado geral, tomam na terminologia econômica o nome de empresa.

Os economistas clássicos, no século XIX, haviam observado as organizações econômicas


destinadas à produção, tendo Jean-Baptiste Say (1767-1832), exaltado a figura do
empresário, mostrando que é ele "o eixo a um tempo da produção e da repartição, aquele
que adapta os recursos sociais às necessidades sociais, e que remunera os colaboradores
da obra cujo chefe é".

Na reação socialista dos reformadores, Saint-Simon colocou no centro da sociedade a


figura dos grandes empresários. Desde então, a Economia Política passou a considerar,
com a relevância devida, o papel da empresa, como organização dos fatores de produção.

A empresa é um organismo econômico, isto é, se assenta sobre uma organização fundada


em princípios técnicos e leis econômicas. Objetivamente considerada, apresenta-se como
uma combinação de elementos pessoais e reais, colocados em função de um resultado
econômico, e realizada em vista de um intento especulativo de uma pessoa, que se chama
empresário. Como criação de atividade organizativa do empresário e como fruto de sua
idéia, a empresa é necessariamente aferrada à sua pessoa, dele recebendo os impulsos
para seu eficiente funcionamento.O conceito jurídico de empresa se assenta nesse
conceito econômico.

5.2 - Abordagens Jurídicas

Em vão, os juristas têm procurado construir um conceito jurídico próprio para tal
organização. Sente-se em suas lições certo constrangimento, uma verdadeira frustração
por não lhes haver sido possível compor um conceito jurídico próprio para empresa, tendo
o comercialista que se valer do conceito formulado pelos economistas. Por isso, persistem
os juristas no afã de edificar em vão um original conceito jurídico de empresa, como se
fosse desdouro para a ciência jurídica transpor para o campo jurídico um bem elaborado
conceito econômico.

 A empresa como expressão da atividade do empresário: A atividade do empresário


está sujeita a normas precisas, que subordinam o exercício da empresa a determinadas
condições ou pressupostos ou o titulam com particulares garantias. São as disposições
legais que se referem à empresa comercial, como o seu registro e condições de
funcionamento.

 A empresa como idéia criadora, a que a lei concede tutela: São as normas legais de
repressão à concorrência desleal, proteção à propriedade imaterial (nome comercial,
marcas, patentes etc.).

 A Empresa como um complexo de bens, que forma o estabelecimento comercial,


regulando a sua proteção (ponto comercial), e a transferência de sua propriedade.

5.3 - Especialização

O grau de especialização das empresas tem sido crescente. é uma tendência quando o
mercado se torna mais exigente e mais maduro. Por especialização compreende-se a
prestação de um serviço ou bem onde antes era um componente prestado por outras
empresas.

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5.4 - Separação entre Gestão e Dono da Empresa

Atualmente nos mercados mais concorrenciais, já há algum hábito em distinguir a gestão


da empresa com o titular da empresa, ou seja, o dono da empresa pode não ser a melhor
pessoa a gerir a empresa. Isto ocorre usualmente quando o criador da empresa, fica com
uma certa idade, ou quando a empresa fica com uma dimensão extremamente elevada...

Multinacionais são empresas que atuam em diversos países, isto é, que já


ultrapassaram barreiras geográficas e políticas para saírem de seus países sedes e se
deslocarem para diversos mercados no globo.

A estrutura de uma organização é representada através do seu organograma.

Organizar compreende atribuir responsabilidades às pessoas e atividades aos


órgãos (unidades administrativas). A forma de organizar estes orgãos chama-se de
departamentalização.

Conceito Tradicional De Empresa

Uma empresa constitui o ambiente dentro do qual as pessoas trabalham e vivem a maior
parte de suas vidas.

Nesse contexto as pessoas dão algo de si mesmas e esperam algo em troca, seja a curto
ou a longo prazo.

A maneira pela qual esse ambiente é moldado e estruturado influencia poderosamente a


qualidade de vida das pessoas. Mais do que isso: influencia o próprio comportamento e os
objetivos pessoais de cada ser humano. E isto, conseqüentemente, afeta o próprio
funcionamento da empresa.

O ambiente estável e previsível que moldou o mundo até algumas décadas atrás permitiu
as condições ideais para o aparecimento de dois modelos de organização empresarial. O
primeiro deles, o chamado modelo clássico surgiu de diferentes movimentos gerados por
dois pioneiros da teoria administrativa: Taylor nos Estados Unidos e Fayol na França.
Partindo da racionalização das tarefas, Taylor provocou o aparecimento da chamada
Administração Científica, que estabelecia princípios de organização racional do trabalho
com aplicação específica nas fábricas.

Na Europa, Fayol preferiu partir da totalidade empresarial para as suas partes,


estabelecendo princípios universais de administração para a organização global das
empresas. O modelo clássico proposto por esses dois pioneiros era nitidamente prescritivo
e normativo de modo a adaptar a organização aos princípios universais da administração
que estabelece aprioristicamente a melhor maneira de fazer as coisas dentro das
empresas.

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A racionalidade do modelo clássico reside no alcance da máxima eficiência possível com
os recursos disponíveis. No decorrer das quatro primeiras décadas do nosso século, o
modelo clássico pontificou tranqüilamente como o figurino único da administração das
empresas. O segundo modelo invadiu a teoria administrativa no início da década de 1940,
quando alguns sociólogos industriais americanos traduziram as obras de Max Weber para
a língua inglesa e perceberam a sua enorme aplicação para a explicação das estruturas
empresariais da época. Weber se ocupara em descrever minuciosamente o modelo
burocrático de organização com todos os seus resultados previstos e imprevistos. Na
realidade, Weber não se enganara em sua profecia: o século XX seria o século da
burocracia.

As pessoas – com as suas diferenças individuais – devem se restringir totalmente à


execução das tarefas do cargo. Aliás, para o modelo burocrático as pessoas constituem
um mal necessário.

Mas somente ao final dessa década é que começaram a surgir os primeiros esboços de
uma enorme revolução que se daria na teoria administrativa, com o aparecimento da teoria
comportamental, da introdução da teoria de sistemas na administração e, sobretudo com a
teoria contingencial na organização das empresas. De qualquer maneira, o tripé – Taylor,
Fayol e Weber – constitui a base fundamental de apoio para definir a estrutura e o
funcionamento das nossas grandes empresas. E das pequenas e médias também. Todos
os três pioneiros e seus respectivos seguidores tratavam a empresa como um sistema
fechado e mecanístico.

O modelo clássico e o modelo burocrático constituíam o conceito tradicional de


organização da empresa, seguido fielmente pelos empresários brasileiros, à medida que
suas empresas aumentavam o seu tamanho e sua complexidade.

A maioria de nossas grandes empresas foram criadas a partir da fase de industrialização


do Brasil. Essa fase teve início na década de 1950. A partir daí, elas cresceram
rapidamente. E algumas se tornaram enormes complexos organizacionais. O crescimento
trouxe a necessidade de uma estrutura de organização adequada ao porte da empresa.
Para funcionar satisfatoriamente, essa estrutura organizacional passou a especializar-se
horizontalmente e verticalmente. A especialização horizontal trouxe a departamentalização
ou divisionalização das atividades, com o surgimento dos órgãos de produção, finanças,
comercialização, compras e suprimentos, recursos humanos, processamento de dados,
etc. essa especialização horizontal provocou forte divisão do trabalho e enorme
diferenciação das áreas para atender a gradativa diversidade ambiental dos mercados. Por
outro lado, a especialização vertical trouxe a hierarquia, com o surgimento dos diferentes
níveis hierárquicos, como a supervisão, chefia, gerência e direção, provocando
diferenciação do poder para atender à necessidade de integração das áreas empresariais
e manter a unidade organizacional. O ciclo de vida das empresas tem demonstrado que os
estágios posteriores de crescimento e desenvolvimento empresarial conduzem
inexoravelmente a fragmentação das atividades das pessoas e menor liberdade individual,
além do distanciamento em relação aos níveis de tomada de decisão. À medida que as
empresas são bem-sucedidas nas suas operações e crescem, as pessoas tendem a ser
gradativamente restringidas em sua participação e em sua liberdade na execução e
operação das tarefas. E o terrível paradoxo: o sucesso empresarial conduz geralmente à
frustração individual. Além disso, com o incremento da especialização horizontal e vertical,
a estrutura organizacional vai se tornando exagerada e cara. Pesada e gorda. Sobretudo,
morosa e rígida nas suas reações em relação às demandas ambientais, por seu lado, cada
vez mais intensas e velozes.

Uma Nova Conceituação De Empresa


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Os novos tempos vieram para ficar. A estabilidade e a previsibilidade desapareceram do
mapa tão logo acabou a 2ª Guerra Mundial. A partir da metade da década de 1940, e
ganhando uma aceleração gradativamente maior, começou a surgir a instabilidade e a
imprevisibilidade, frutos do dinamismo e da complexidade do novo mundo que emergia das
cinzas. O mundo se tornou um imenso sistema aberto e enormemente complexo.

Os mercados foram se expandindo. O avião a jato, as comunicações por satélite, a


televisão, o telex, o fax e, principalmente, o computador, provocaram tremendo impacto em
todas essas complexas mudanças, tornando-as muito mais amplas e velozes. Mas estas
máquinas são a conseqüência, o resultado concreto da tecnologia.

Porém, a maior mudança está ocorrendo em um campo invisível que paira acima de
nossos olhos. Exatamente na cabeça das pessoas. Principalmente daquelas que
trabalham e que se sentem cerceadas pelo ambiente de trabalho. E essa mudança está
chegando ao chão das fábricas. Juntamente com uma enorme preocupação ecológica,
está surgindo uma profunda conscientização a respeito da qualidade de vida dentro das
organizações. E o seu impacto tem sido muito grande. E deverá aumentar muito mais. A
empresa voltada para o futuro deverá se basear no modelo orgânico ou organicista. Sua
estrutura organizacional deverá se adequar ao fluxo informacional mais intenso e dinâmico.
O número de níveis hierárquicos deverá ser pequeno. O indispensável. A informação
passa a ser o fator de integração entre as várias áreas e os poucos níveis hierárquicos.

Novos Tempos

O sinal de que havia alguma coisa diferente no horizonte apareceu em 1961. Naquele ano,
dois sociólogos ingleses1 publicaram o resultado de uma pesquisa feita em 20 indústrias
da Inglaterra, focalizando a relação entre as práticas administrativas utilizadas e alguns
aspectos específicos do ambiente externo em que essas indústrias operavam.
Impressionados com os resultados, classificaram as indústrias em dois tipos: as
organizações mecanísticas e as orgânicas.

As organizações mecanísticas apresentam as seguintes características:

Estrutura burocrática organizada a partir de uma minuciosa divisão de trabalho dentro da


empresa;

Cargos ocupados por especialistas nas respectivas tarefas, com atribuições fixas,
definidas e delimitadas;

Centralização das decisões, geralmente tomadas na cúpula da organização;

Hierarquia de autoridade rígida, com pouca permeabilidade entre os diferentes níveis


hierárquicos;

Sistema rígido de controle, com estreita amplitude administrativa pela qual cada
supervisor tem um número determinado de subordinados;

Sistema simples de comunicação, em sentido vertical, onde as decisões descem


através de uma sucessão de amplificadores enquanto as informações ascendentes sobem
através de uma sucessão de filtros;

Predomínio vertical entre superior e subordinado;

15
Ênfase nas regras e procedimentos formalizados por escrito e que servem para definir
o comportamento das pessoas de maneira prévia, definitiva e estável. As comunicações
devem ser formalizadas por escrito para poder comprovar e documentar sua existência. As
comunicações verbais têm pouca importância, geralmente não são aceitas e precisam ser
confirmadas por escrito;

Ênfase nos princípios universais de administração, tal como foram formulados através
do conceito tradicional;

Na realidade, a organização mecanísticas funciona como um sistema mecânico,


fechado e introspectivo, determinístico e racional, voltado para si mesmo e ignorando
totalmente o que ocorre no ambiente externo que envolve.

Por outro lado verificaram que as organizações orgânicas apresentam as seguintes


características:

Estrutura organizacional flexível e adaptável a mudanças e inovações, sem uma nítida


divisão de trabalho, nem fragmentação muito definida de funções e cargos;

Os cargos são continuamente modificados e redefinidos por interação com outros
indivíduos que participam da tarefa como um todo e de acordo com a situação ou
circunstâncias;

Descentralização das decisões para os níveis organizacionais mais baixos. As decisões


são delegadas aos níveis inferiores da empresa mais próximos da operação e são
tomadas pelas empresas que têm conhecimento do assunto e não pelas pessoas que
detêm a posição hierárquica. As decisões são tomadas ad hoc, isto é, baseadas no aqui-e-
agora da situação e não em regras e procedimentos previamente estabelecidos e válidos
para todas as situações;

Hierarquia flexível e com muita permeabilidade entre os diferentes níveis hierárquicos.


O conhecimento tem mais importância do que a posição hierárquica.

A competência e habilidade individual é que definem a autoridade de cada pessoa. Como a


organização e os cargos se modificam, diferentes

competências e habilidades individuais são necessárias a cada situação;

Amplitude de comando do supervisor é extensa e ampla, tendo cada supervisor um


número maior de subordinados;

Maior confiabilidade nas comunicações informais entre as pessoas. A comunicação


verbal prevalece sobre a comunicação formalizada por escrito. O trabalho em grupo e em
equipe é preferido ao trabalho individual e isolado.

A informação é altamente valorizada e distribuída por toda a organização;

Predomínio da interação lateral e horizontal sobre a vertical;

Ênfase nos princípios do bom relacionamento humano. As relações entre as pessoas, o


espírito de equipe e as comunicações são intensamente privilegiadas para alcançar plena
interação e coesão das pessoas;

16
Na realidade, a organização orgânica funciona como um sistema vivo, aberto e
complexo, extrovertido e voltado principalmente para a sua interação com o ambiente
externo. A adaptação e ajustamento às demandas ambientais provocam constantes
mudanças internas dentro da organização.

Daí a flexibilidade que permite relativo grau de liberdade para as pessoas se comportarem
dentro da organização.

A adlocracia constitui exatamente a antiburocracia, ou seja, o oposto da burocracia. Na


realidade, o desenho de uma organização não é escolhido livremente, mas é determinado
pelas circunstâncias externas que o ambiente impõe à empresa. Em outros termos, o
formato organizacional da empresa é contingencial em relação ao ambiente que a rodeia.
Esta é a base fundamental de toda a chamada teoria da contingência.

A empresa é um sistema aberto que recebe entradas e insumos do seu ambiente


externo, processa-os e transforma-os em produtos e serviços e os devolve
novamente ao ambiente externo para colocá-los no mercado.

A empresa voltada para o futuro deverá se basear no modelo orgânico ou organicista. Sua
estrutura organizacional deverá se adequar ao fluxo informacional mais intenso e dinâmico.
O número de níveis hierárquicos deverá ser pequeno. O indispensável. A informação
passa a ser o fator de integração entre as várias áreas e os poucos níveis hierárquicos.

Os Principais Participantes De Uma Organização São:

. Investidores: são as pessoas ou instituições que contribuem com os


investimentos financeiros que proporcionam a estrutura de capital e os meios
para o financiamento das operações da empresa e esperam um retorno para
o seu investimento;

. Empregados: são as pessoas que contribuem com seu tempo e esforço


para a organização, fornecendo habilidades e conhecimentos em troca de
salários e de outros incentivos alicientes que a organização proporciona;

. Fornecedores: são as pessoas ou instituições que contribuem com


recursos para a produção, sejam materiais, matérias-primas, tecnologia,
serviços (como consultorias, assessoria, propaganda, manutenção, etc),
energia elétrica, componentes, etc. em troca de alicientes como remuneração
de seus produtos/serviços e condições de continuidade de suas operações;

. Distribuidores: são as pessoas ou instituições que adquirem os produtos


ou serviços produzidos pela organização e os distribuem para o mercado de
clientes ou consumidores em troca de alicientes como remuneração de suas
atividades e continuidade de suas operações;

. Consumidores: são as pessoas ou instituições que adquirem os produtos


ou serviços produzidos pela organização para utilizá-los e consumi-los na
expectativa de satisfação de suas necessidade.

Se visualizarmos a organização como um sistema aberto, certamente teremos a seguinte


representação simplificada:

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Empregados Distribuidores
Organização como
Investidores um sistema
Fornecedores aberto Clientes ou consumidores
Figura 1 - A Organização como um Sistema Aberto e seus Parceiros

Cada um desses participantes tem motivos pessoais ou institucionais próprios para se


dedicar à organização:

PARTICIPANTES CONTRIBUIÇÕES INCENTIVOS


(parceiros) (investimentos pessoais) (retorno esperado)
Empregados Contribuem com trabalho, Motivados por salário, benefícios,
dedicação, esforço pessoal, prêmios, gratificações,
desempenho, lealdade, oportunidades de crescimento e
assiduidade, reconhecimento. carreira, reconhecimento, elogios,
segurança no trabalho.
Investidores Contribuem com dinheiro, na Motivados por rentabilidade,
forma de ações, créditos, lucratividade,
investimentos financeiros, liquidez, dividendos, retorno do
empréstimos, etc. investimento.
Fornecedores Contribuem com materiais, Motivados por preço, condições
matérias-primas, tecnologia, de pagamento, faturamento,
serviços especializados. volume de produção, garantia de
trabalho, etc.
Distribuidores Contribuem com dinheiro, pela Motivados por retorno do
aquisição dos produtos/serviços investimento, bons negócios,
e sua colocação no mercado de lucratividade, sobrevivência e
clientes ou consumidores. crescimento.
Clientes Contribuem com dinheiro, pela Motivados pelo preço, qualidade,
aquisição dos produtos/serviços condições de pagamento e
e seu consumo ou utilização. satisfação de necessidades.

Fase Moderna

Corresponde à fase em que o desenvolvimento científico e tecnológico das empresas se


afirma de forma surpreendente e a utilização de meios tecnológicos cada vez é mais
preciso. Cada vez é mais notório o contraste entre os países do norte e do sul, começando
a ser classificados por países desenvolvidos (os da zona norte, mais avançados a nível
tecnológico e empresarial), e países "em vias de desenvolvimento" (países da zona do sul,
menos industrializados, e mais rurais). Nos países desenvolvidos começam a “circular”
novos materiais básicos ( p.ex plástico alumínio ,fibras sintéticas, etc.). Ao petróleo e
electricidade são aumentadas novas formas de energia, como a nuclear e a solar. O
surgimento de novas energias, como o circuito integrado e a informática, permitem a
sofisticação da qualidade de vida quotidiana. O uso de TV a cores, computador,
comunicação por satélite e os carros, permite dinamizar as empresas. Existe uma relação
directa entre empresa, consumo, publicidade. Várias formas de publicidade são hoje em
dia estudadas pelos departamentos de marketing das empresas sendo que o meio
publicitário que tem crescido mais nos últimos anos é a Internet, sites como
http://www.pandaempresas.com surgem cada vez com mais frequência em todos os
Países Desenvolvidos e em vias de desenvolvimento.

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Os consumidores cada vez passam a ser mais existentes em termos de tecnologia. Surge
então a competição entre as empresas no intuito de satisfazer os clientes, o que leva de
forma directa e indirecta ao avanço tecnológico.

Por trás deste avanço está estudos científicos. A ciência cada vez fica mais ligada à
empresa.

Fase de Incerteza Pós – Moderna

Hoje em dia, as empresas encontram-se num clima de turbulência. O ambiente externo


das empresas caracteriza-se por uma complexidade e mobilidade que os empresários não
conseguem “gerir” de forma adequada.

Nesta fase, as empresas lutam com escassez de recursos e cada vez é mais difícil colocar
os produtos no mercado.

As empresas tendem a estagnar, o que não é recomendável, pois a empresa deve


assumir-se como um sistema de aberto a mudanças e inovações a todos os níveis,
nomeadamente a nível de produtos internos e gestão.

Quadro De Síntese

 1 Fase artesanal Antiguidade até à revolução industrial 1780


 2 Fase da industrialização Primeira revolução industrial 1780 - 1860
 3 Fase do desenvolvimento industrial Segunda e terceira revolução industrial 1860 -
1914
 4 Fase do gigantismo industrial Entre as duas grandes guerras mundiais 1914 -
1945
 5 Fase moderna Do pós – guerra até à atualidade 1945 - 1980
 6 Fase de incerteza Atualidade Após 1980.

Planejamento

O Planejamento ou Planeamento é um processo administrativo que visa determinar a


direção a ser seguida para alcançar um resultado desejado.

O planejamento é uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade,


avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite adequado e
reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina. Sendo, portanto, o lado
racional da ação. Tratando-se de um processo de deliberação abstrato e explícito que
escolhe e organiza ações, antecipando os resultados esperados. Esta deliberação busca
alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos.

Algumas de nossas ações necessitam de planejamento, mas muitas não. Em nossas


atividades diárias, estamos sempre agindo, e antecipamos os resultados de nossas ações,
mesmo que não estejamos completamente cientes dessa antecipação. Mas agimos com
muito mais freqüência do que planejamos, explicitamente, nossas ações: poucas vezes
temos consciência de estarmos executando um processo de deliberação antes da ação.
Assim que tomamos conhecimento de uma ação, ou quando executamos comportamentos
bem treinados para os quais possuímos planos previamente armazenados, ou quando o
curso de uma ação pode ser livremente adaptado enquanto ela estiver sendo executada,
então, geralmente agimos e adaptamos nossas ações sem planejá-las explicitamente.

19
Uma atividade premeditada exige deliberação quando se volta para novas situações ou
tarefas e objetivos complexos ou quando conta com ações menos familiares. O
planejamento também é necessário quando a adaptação das ações é coagida, por
exemplo, por um ambiente crítico envolvendo alto risco ou alto custo, por uma atividade em
parceria com mais alguém, ou por uma atividade que necessite estar sincronizada com um
sistema dinâmico. Uma vez que o planejamento é um processo muito complicado, que
consome muito tempo e dinheiro, recorremos ao planejamento apenas quando é realmente
necessário ou quando a relação custo X benefício nos obriga a planejar. Além disso,
geralmente, procuramos somente planos bons e viáveis ao invés de planos ótimos.

É importante que o planejamento seja entendido como um processo cíclico e prático das
determinações do plano, o que lhe garante continuidade, havendo uma constante
realimentação de situações, propostas, resultados e soluções, lhe conferindo assim
dinamismo, baseado na multidisciplinaridade, interatividade, num processo contínuo de
tomada de decisões.

Planejamento Automatizado

O Planejamento Automatizado (ou Planejamento Automático), é uma área da Inteligência


Artificial (IA) que estuda este processo de deliberação por meio da computação. Também
conhecido como planejamento ou planificação.

Planejamento é o lado racional da ação. Trata-se de um processo de deliberação abstrato


e explícito que escolhe e organiza ações, antecipando os resultados esperados. Esta
deliberação busca alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos.

Algumas de nossas ações necessitam de planejamento, mas muitas não. Em nossas


atividades diárias, estamos sempre agindo, e antecipamos os resultados de nossas ações,
mesmo que não estejamos completamente cientes dessa antecipação. Mas agimos com
muito mais freqüência do que planejamos, explicitamente, nossas ações: poucas vezes
temos consciência de estarmos executando um processo de deliberação antes da ação.
Assim que tomamos conhecimento de uma ação, ou quando executamos comportamentos
bem treinados para os quais possuímos planos previamente armazenados, ou quando o
curso de uma ação pode ser livremente adaptado enquanto ela estiver sendo executada,
então, geralmente agimos e adaptamos nossas ações sem planejá-las explicitamente.

Uma atividade premeditada exige deliberação quando se volta para novas situações ou
tarefas e objetivos complexos ou quando conta com ações menos familiares. O
planejamento também é necessário quando a adaptação das ações é coagida, por
exemplo, por um ambiente crítico envolvendo alto risco ou alto custo, por uma atividade em
parceria com mais alguém, ou por uma atividade que necessite estar sincronizada com um
sistema dinâmico. Uma vez que o planejamento é um processo muito complicado, que
consome muito tempo e dinheiro, recorremos ao planejamento apenas quando é realmente
necessário ou quando a relação custo X benefício nos obriga a planejar. Além disso,
geralmente, procuramos somente planos bons e viáveis ao invés de planos ótimos.

É importante que o planejamento seja entendido como um processo cíclico e prático das
determinações do plano, o que lhe garante continuidade, havendo uma constante
realimentação de situações, propostas, resultados e soluções, lhe conferindo assim
dinamismo, baseado na multidisciplinaridade, interatividade, num processo contínuo de
tomada de decisões.

Sistema

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Um sistema é um conjunto de elementos interconectados harmonicamente, de modo a
formar um todo organizado. É uma definição que acontece em várias disciplinas, como
biologia, medicina, informática, administração. Vindo do grego o termo "sistema" significa
"combinar", "ajustar", "formar um conjunto".

Todo sistema possui um objetivo, embora às vezes seja difícil identificá-lo - por exemplo,
quando não conseguimos visualizar o meio ambiente em que está inserido.

Um sistema consiste de componentes, entidades, partes ou elementos - embora também


possam ser vistos como sub-sistemas - e as relações entre eles. A integração entre tais
componentes pode se dar por fluxo de informações, matéria, energia.

A boa integração dos elementos é chamada sinergia, determinando que as transformações


ocorridas em uma das partes influenciará todas as outras. A alta sinergia de um sistema
faz com que seja possivel a este cumprir sua finalidade com eficiência; já sua falta pode
implicar em mau funcionamento, inclusive falha completa. Podemos também dizer nesses
últimos casos que a entropia sistêmica está alta.

Vários sistemas possuem a propriedade da homeostase, que em poucas palavras é a


característica de manter o meio interno estável, mesmo diante de mudanças no meio
externo. As reações homeostáticas podem ser boas ou más, dependendo se a mudança
foi inesperada ou planejada, respectivamente.

Também pode-se construir modelos para abstrair aspectos de sistemas, como por exemplo
um modelo matemático, modelos de engenharia de software, gráficos.

Em termos gerais, sistemas podem ser vistos de duas maneiras:

 através da análise, em que se estuda cada parte de um sistema separadamente


afim de recompô-lo posteriormente.
 através de uma visão holista, em que se entende que o funcionamento do sistema
como um todo, constitui um fenômeno único, i.e., irredutível em suas partes.

Tipos de Sistemas

Um sistema pode interagir com o seu meio, por meio de entradas e saidas. Nesses casos,
é declarado com um sistema aberto - exemplos como um ser humano, uma árvore, um
programa de computador padrão. Já um sistema fechado é auto-contido.

Sistemas dinâmicos tem componentes ou fluxos, ou ambos, que mudam ao longo do


tempo, o que não acontece com sistemas estáticos.

Outra distinção é a relação de sistemas físicos para sistemas conceptuais. Sistemas


físicos são sistemas compostos de matéria e energia. Sistemas conceptuais são
compostos de idéias. Sistemas conceptuais geralmente existem para ajudar a busca de
objetivos específicos ou podem ser usados para modelar sistemas físicos.

Um conjunto de componentes interrelacionados pode ser declarado um sistema, ou ainda


ser abstraído para ser declarado um componente de um sistema maior. Sistemas permitem
a prática de "atividades". (É tentador dizer que sistemas permitem que "coisas" sejam
feitas - mas geraria confusão nesse contexto.) Um circuito pode ser considerado um
exemplo de sistema em Engenharia.

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No mundo não-virtual, podemos também dizer que sistemas existem. Por exemplo, o
sistema solar com seus nove planetas orbitando ao redor do sol. Nas ciências sociais, há o
sistema jurídico. No corpo humano, podemos definir sub-sistemas como o sistema
nervoso, o sistema circulatório, o sistema digestório, sistema reprodutor, sistema
respiratório.

Além disso, todos os objetos são também sistemas. Por exemplo, uma xícara é um objeto,
mas é também um sistema cuja função é conter líquido quente ou gelado. A xícara tem um
formato característico, é feita de material não poroso e assim por diante, e é fabricada de
forma a possuir uma função útil. Descrever esse objeto gera informações, e define um
sistema. As pessoas costumam adorar sistemas. Britney Spears é do melhor!

Sistemas de Informação e Ciência da Computação

Em Ciência da Computação e Ciência da Informação, sistema pode ser também uma


função ou um algoritmo. Para o primeiro caso existem os sistemas de cálculo, como os
numerais romanos, e vários sistemas para preenchimento de formulários, e no segundo
caso há os de catalogação, como vários sistemas de biblioteca e de livrarias que usam a
Classificação facetada de Dewey, por exemplo. Isto ainda se encaixa com a definição de
componentes que são interconectados (neste caso, no intuito de facilitar o fluxo de
informações)

Sistemas em Pesquisa Operacional e Ciência do Gerenciamento

Em pesquisa operacional e desenvolvimento organizacional, as organizações são vistas


como sistemas humanos (sistemas conceituais) compreendidos de componentes
interativos como subsistemas, processos e estruturas organizacionais. Peter Senge (teoria
de desenvolvimento organizacional) desenvolveu a noção de organização e sistemas no
seu livro The Fifth Discipline.

Pensamento em Sistemas tem sido identificada como uma importante competência de


liderança onde um indivíduo pensa globalmente quando atua localmente. Ele ou ela leva
em conta as potenciais conseqüências de uma decisão em outras partes da organização.

Controle (Administração)

Controle ou controlo é uma das funções que compõem o processo administrativo. A


função controlar consiste em averiguar se as atividades efetivas estão de acordo com as
atividades que foram planejadas.

Controlar é comparar o resultado das ações com padrões previamente estabelecidos, com
a finalidade de corrigi-las se necessário.

Em contabilidade, o controle é uma das funções básicas de um sistema contábil. Difere do


controle administrativo, que tende a aplicar preceitos subjetivos (controle interno e externo)
ou então de conteúdo cibernético, vinculado a Comunicação e a Automação.

O controle contábil deriva das caracterÍsticas do método de escrituração conhecido como


método das partidas dobradas. Seu princípio é a oposição conta contra conta: o controle
do custo é dado pela receita, o do capital de terceiros pelo ativo circulante, e assim por
diante. Historicamente, existiu a escola do pensamento contábil conhecida como
Controlismo, que definia a contabilidade como a ciência do controle econômico.

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