As Primeiras Invasões
Os Iberos foram o primeiro povo a habitar a Península Ibérica e vieram do centro da Europa.
Mais tarde, surgiu um povo guerreiro e agricultor – os Celtas.
Iberos Celtas
Os Iberos e os Celtas uniram-se e deram origem aos Celtiberos, aos Lusitanos e a outros povos.
Os Lusitanos ocuparam uma grande parte do território. Um dos grandes chefes lusitanos foi Viriato,
famoso pela forma como combateu os exércitos romanos.
Do Mar Mediterrâneo, vieram outros povos evoluídos: os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses.
a) Os Romanos
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b) Os Visigodos
c) Os Muçulmanos ou Mouros
No ano de 711, a Península Ibérica foi invadida pelos Muçulmanos. Estes falavam a língua
árabe e tinham uma cultura avançada. O seu principal objectivo era expandir a sua fé: o Islamismo.
Desenvolveram muitas áreas:
Este povo conquistou quase toda a Península, com excepção de uma pequena região a norte
(Astúrias) que continuou cristã.
Cartaginese
Iberos Celtas Fenícios Gregos s Romanos Visigodos Árabes
Eram evoluídos.
Dedicavam- Construíam Trouxeram a
Eram Trouxeram novos
se à Castros e religião cristã e o
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agricultura viviam em latim
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o uso da conservação Adoptaram ciência;
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Já Fabricavam pontes
alimentos religião dos cultura;
conheciam joias com Desenvolveram a
romanos matemática e
a escrita ouro agricultura
medicina
Vieram de Vieram da Vieram do norte
Vieram da Europa Vieram do Mediterrâneo
Roma Europa de África
2. A Formação de Portugal
Na Península Ibérica havia populações cristãs que se opunham à presença dos Muçulmanos.
O rei de Leão e Castela (D. Afonso VI) foi ajudado na luta contra os Muçulmanos, por cavaleiros
cristãos vindos de outros reinos, como a França.
O Conde D. Henrique sonhava tornar o Condado Portucalense independente, mas morreu sem o
conseguir. Afonso Henriques, sucedeu então ao pai, mas como ainda era criança, foi a sua mãe, D.
Teresa, quem passou a governar o Reino.
Em 1139, D. Afonso Henriques lutou contra os mouros e a sua vitória foi tão estrondosa que ele
se proclamou Rei de Portucale (ou seja de Portugal) com o apoio das suas tropas. Esta batalha
chama-se Batalha de Ourique (que fica no Alentejo).
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Só em 1143, D. Afonso VI assina um tratado de Paz (Tratado de Zamora) com
D. Afonso Henriques, reconhecendo a, finalmente, a independência do reino e
reconhecendo também D. Afonso Henriques como Rei de Portugal.
D. Afonso Henriques deu início à Primeira Dinastia de Reis - Dinastia Afonsina. Todos os reis
e rainhas, das várias dinastias seguintes, ficaram conhecidos pelos seus feitos ou características e a
todos foi atribuído um cognome. D. Afonso Henriques ficou conhecido com o cognome de O
Conquistador, por ter conquistado muitas terras aos mouros.
a) O reinado de D. Sancho I
Depois da morte de D. Afonso Henriques, foi o seu filho D. Sancho I quem lhe
sucedeu como segundo rei de Portugal.
b) O reinado de D. Afonso II
Não teve quaisquer preocupações militares. Por iniciativa particular, foram conquistadas aos
Mouros: Alcácer do Sal, Vieiros, Monforte, Borba, Vila Viçosa e, possivelmente Moura.
c) O reinado de D. Sancho II
D. Sancho II foi o quarto rei de Portugal, cujo cognome era O Capelo (O Pio ou O
Piedoso), porque em criança tinha usado o hábito de São Francisco.
Apesar de enérgico na luta contra os mouros, este rei revelou-se incapaz de resolver
as desordens que alastravam pelo país. Não tinha a firmeza necessária e, embora
fosse um guerreiro digno de D. Afonso Henriques, foi mau administrador.
A partir de 1226 iniciou a campanha do Alentejo, conquistando Elvas, Jerumenha, Serpa, Aljustrel,
Mértola, Aiamonte a provavelmente Cacela a Tavira.
e) O reinado de D. Dinis
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D. Dinis foi o sexto rei de Portugal, com o cognome de O Lavrador.
Quando subiu ao trono, a coroa estava em perigo devido ao litígio com a Santa
Sé (motivado por abusos do clero em relação à propriedade real). D. Dinis
salvou a Ordem dos Templários em Portugal, passando a chamar-lhes Ordem
de Cristo.
Ligada à história do Reinado de D. Dinis, surge a sua esposa, a rainha Santa Isabel. Reza a
História, que esta rainha tinha o hábito de dar alimento aos pobres, facto que escondia do marido.
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Um dia, surpreendida por Dinis numa das suas acções de caridade,
Isabel escondeu o pão no regaço. - “Que tendes aí escondido, real
senhora?”, - perguntou o rei. - “São rosas, senhor!”- respondeu a rainha,
esperando que o marido a deixasse passar. Mas ele insistiu em ver as flores.
E, quando ela exibiu o pão que tinha tapado, caiu do seu colo uma grande
quantidade de rosas.
Este episódio, ficou conhecido como o “Milagre das Rosas”. Por
causa dele, a rainha foi considerada santa e foi canonizada em 1625. Todas
as pessoas lhe passaram a chamar Rainha Santa Isabel.
f) O reinado de D. Afonso IV
No entanto, o reinado de D. Afonso IV, ficou marcado para sempre na História de Portugal, devido
ao assassínio de Inês de Castro.
g) O reinado de D. Pedro
D. Pedro I foi o oitavo rei de Portugal, tendo sido apelidado pelo povo como O Justiceiro. O seu
reinado durou 10 anos de 1357 a 1367.
D. Pedro teve 4 “esposas”: D. Branca (que ele rejeitou alegadamente por ter debilidade física e
mental); D. Constança (com quem casou à distância); Inês de Castro (que não se sabe se casou ou
não com D. Pedro) e Teresa Lourenço (filha de um mercador lisboeta).
Apesar de ter reinado durante tão pouco tempo, a História de Portugal nunca mais esqueceu o
seu amor por D. Inês de Castro, e a tragédia que sobre eles se abateu.
D. Pedro era casado com D. Constança (uma nobre de Castela) e dela teve 3 filhos: D. Maria, D.
Luís e D. Fernando.
Quando D. Constança chegou a Portugal, trouxera como aia uma jovem e linda fidalga, de seu
nome Inês de Castro. A sua elegância e beleza encantadoras fizeram com que o príncipe D. Pedro
reparasse nela e se apaixonasse. D. Constança vivia cada dia mais angustiada e triste, e acabou por
falecer de parto.
O amor de D. Pedro era tão grande que mandou vir Inês de Castro para Coimbra. E assim, D.
Pedro e D. Inês passaram a habitar nos paços de Santa Clara, na margem esquerda do rio
Mondego, tendo aí nascido e vivido os seus 4 filhos (D. Afonso – que morreu ainda bebé, D. João,
D. Dinis e D. Beatriz).
Entretanto, D. Afonso IV, não via com bons olhos este romance. Pensava ele que, se D. Inês
(fidalga castelhana) viesse a ser rainha, era bem possível que um dos seus filhos se tornasse rei e
seria fácil à nobreza castelhana tomar o poder e Portugal perder a sua independência.
Então, o rei D. Afonso IV começou a arquitectar um plano maléfico e, no início de 1355, o
príncipe D. Pedro não podia imaginar o que estava a ser tramado contra a sua bela Inês.
D. Pedro partiu para mais uma caçada com os seus amigos e, no dia 7 de Janeiro, ao cair da
noite, Inês de Castro foi surpreendida pela chegada do Rei e conselheiros. Rodeada dos seus 3
filhos, Inês implorou ao Rei que lhe poupasse a vida em consideração pelos seus netos.
De nada lhe serviu implorar pela vida, pois, quando o luar chegou, Inês estava morta.
Quando soube da notícia, D. Pedro ficou devastado. Enraivecido, desafiou seu pai, o rei, mas a
rainha, sua mãe D. Beatriz, promoveu a paz.
No entanto, quando subiu ao trono, D. Pedro não esqueceu o que se tinha passado. Então,
mandou procurar os assassinos de Inês de Castro e ordenou que fossem mortos de forma cruel: a
um foi tirado o coração pelo peito e a outro foi tirado o coração pelas costas. Inês de Castro foi
coroada rainha, já depois de morta.
h) O reinado de D. Fernando
Nono rei de Portugal e último da primeira dinastia. Casou com D. Leonor
Telles e foi apelidado de O Formoso.
Também foi no seu reinado que foi assinada uma aliança de amizade com Inglaterra que, ainda
hoje, perdura.