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I

ESTUDO DO CONTROLE DE KICK ATRAVÉS DE MODELAGEM


COMPUTACIONAL CONSIDERANDO A EXPANSIBILIDADE DAS
PAREDES DO POÇO E COMPRESSIBILIDADE DOS FLUIDOS

ÁLVARO VIEIRA DE MIRANDA NETO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE - UENF

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA E EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO - LENEP

MACAÉ - RJ

FEVEREIRO – 2009
Livros Grátis
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II

ESTUDO DO CONTROLE DE KICK ATRAVÉS DE MODELAGEM


COMPUTACIONAL CONSIDERANDO A EXPANSIBILIDADE DAS
PAREDES DO POÇO E COMPRESSIBILIDADE DOS FLUIDOS

ÁLVARO VIEIRA DE MIRANDA NETO

Dissertação apresentada ao Centro de


Ciência e Tecnologia da Universidade
Estadual do Norte Fluminense, como parte
das exigências para obtenção do título de
Mestre em Engenharia de Reservatório e de
Exploração.

Orientador: Wellington Campos, Ph. D

MACAÉ – RJ

FEVEREIRO – 2009
III

ESTUDO DO CONTROLE DE KICK ATRAVÉS DE MODELAGEM


COMPUTACIONAL CONSIDERANDO A EXPANSIBILIDADE DAS
PAREDES DO POÇO E COMPRESSIBILIDADE DOS FLUIDOS

ÁLVARO VIEIRA DE MIRANDA NETO

Dissertação apresentada ao Centro de


Ciência e Tecnologia da Universidade
Estadual do Norte Fluminense, como parte
das exigências para obtenção do título de
Mestre em Engenharia de Reservatório e de
Exploração.

Aprovada em 13 de fevereiro de 2009

Comissão Examinadora:

______________________________________________________________
Antonio Abel González Carrasquilla (D.Sc., Geofísica - LENEP/CCT/UENF)

______________________________________________________________
Suzana Santos Costa (D.Sc., Eng. Civil – PUC/RIO)

______________________________________________________________
André Leibsohn Martins (D.Sc., Eng. Química – CENPES/PETROBRAS)

______________________________________________________________
Wellington Campos (Ph. D, Eng. Petróleo – LENEP/CCT/UENF)
(Orientador)
IV

Agradecimentos

A Deus pela Vida.

Ao meu Orientador Professor Wellington Campos que sem a Contribuição e Assistência


esse Trabalho não seria Possível.

A minha Esposa Flávia cuja Cumplicidade, Paciência e Apoio Incondicional foram


Indispensáveis.

A minha Família Especialmente a minha mãe Jamile.

A Todos os Colegas de Trabalho que Contribuíram nos Grupos de Estudos, sempre


Acrescentando e Ajudando na busca de Soluções Especialmente a Priscilia, Adelina,
Afonso, Peter, Luizinho, Marcele, Valdo.

Às Irmãs Geruza Cristina Dias Fortini e Vanessa Dias Fortini pelo Apoio Contínuo nos
Momentos em que mais Precisamos.

A Equipe da PROPPG/UENF que sem o Apoio e Seriedade Jamais essa Dissertação


teria se Concretizado.

À Agência Nacional do Petróleo ANP pelo apoio financeiro através do programa


PRH20-ANP.
V

Sumário

Lista de Figuras ............................................................................................................. VII

Lista de Tabelas ............................................................................................................. XI

Nomenclatura ................................................................................................................ XII

1- Introdução .................................................................................................................... 2

1.1-Objetivos................................................................................................................. 5

1.2-Organização do Documento ................................................................................... 6

2- Revisão Bibliográfica .................................................................................................... 7

3- Modelagem Matemática da Circulação de um Fluido Compressível num Tubo


Expansível ...................................................................................................................... 20

3.1-Conservação do Momento da Circulação de um Fluido Compressível num Tubo


Expansível ........................................................................................................... 24

3.2-Equação da Conservação da Massa da Circulação de um Fluido Compressível


num Tubo Expansível .......................................................................................... 28

3.3-Compressibilidade do Fluido ................................................................................ 30

3.4-Conceito de Expansibilidade ................................................................................ 31

3.5-Equação da Conservação da Massa em Função da Compressibilidade e


Expansibilidade ................................................................................................... 32

3.6-Solução do Sistema da Conservação da Massa e Momento da Circulação de


um Fluido pelo Método das Características .................................................... 35

4- Expansibilidades dos Espaços dos Anulares ............................................................. 41

5- Expansibilidades das Paredes da Coluna, Poço Aberto e Revestimento .................. 46

5.1-Expansibilidade do Poço () ............................................................................... 48


VI

5.2-Expansibilidade da Coluna () ......................................................................... 52

5.3-Expansibilidade do Revestimento (1) ............................................................... 55

5.4-Expansibilidades dos Espaços Anulares .............................................................. 58

6- Velocidade do Som Dentro do Poço e Tempo Característico .................................... 60

7- Solução do Sistema das Equações da Conservação de Massa e Momento pelo


Método das Diferenças Finitas ....................................................................................... 68

7.1-Condição de Contorno na Entrada da Coluna de Perfuração ................. 76

7.2-Condição de Contorno na Passagem pelo Anular e Choke.................................. 78

7.2.1-Condição de Contorno no Fundo do Poço ..................................................... 80

7.2.2-Condição de Contorno na Sapata do Revestimento ...................................... 86

7.2.3-Condição de Contorno no Choke ................................................................... 88

7.3-Condições Iniciais ................................................................................................. 91

8- Resultados das Simulações para um Kick de Óleo.................................................... 92

8.1-Simulação - Poço com Área Constante ................................................................ 93

8.2-Simulação com Anular Entre Coluna e Poço Aberto e Entre Coluna e


Revestimento ..................................................................................................... 113

8.3-Cálculo do Módulo de Rigidez do Poço Aberto Através de Pulsos de Pressão.. 127

9- Conclusões .............................................................................................................. 134

10- Trabalhos Futuros .................................................................................................. 138

Referências Bibliográficas ............................................................................................ 139

Apêndice A - Equação Geral do Deslocamento Radial para uma Distribuição de Tensão


Axi-Simétrica ................................................................................................................ 144

Apêndice B - Trabalhos Publicados ............................................................................. 146

Apêndice C - Tabela de Dados das Simulações .......................................................... 147

Apêndice D - Código do Simulador ............................................................................. 154


VII

Lista de Figuras

Figura 2.1: Padrões de escoamento para tubos verticais (Taitel et al., 1980). .............. 10

Figura 2.2: Representação esquemática do poço (Júnior, Lage, et al., 1990) .............. 12

Figura 2.3: Comparação entre o modelo de Leblanc e Lewis e dados de campo


(Le Blanc e Lewis, 1968) ............................................................................................... 14

Figura 2.4: Pressão no fundo do poço para um controlador novato (Nickens, 1987) .... 17

Figura 2.5: Pressão no fundo do poço Controlador experiente (Nickens, 1987) ........... 17

Figura 2.6: Comparação entre controle automático e perfeito da abertura do choke e


seus reflexos na pressão de fundo (Nickens, 1987)...................................................... 18

Figura 3.1: Esquema adotado para a conservação do momento .................................. 24

Figura 3.2: Esquema adotado para conservação da massa ......................................... 28

Figura 3.3: Plano (x, t) das retas características onde se encontra a solução. ............. 39

Figura 4.1: Modelo do poço adotado para o kick........................................................... 45

Figura 5.1: Modelo para Expansibilidade do Poço ........................................................ 48

Figura 5.2 Modelo para expansibilidade da coluna de perfuração (


)....................... 53

Figura 5.3 Modelo para expansibilidade do revestimento (


) .................................... 55

Figura 7.1: Malha para aplicação do método das diferenças finitas .............................. 69

Figura 7.2: Esquema do poço para a simulação no instante inicial da circulação ......... 72

Figura 7.3: Esquema para diferenças finitas das equações (3.50) e (3.51) .................. 73

Figura 7.4: Esquema da condição de contorno na entrada da coluna .......................... 76


VIII

Figura 7.5: Perfis de circulação de um kick ................................................................... 77

Figura 7.6: Esquema para cálculo do nó, na passagem do fluido da coluna para o
anular (entre coluna e poço aberto). ............................................................................. 80

Figura 7.7: Esquema para o cálculo da condição de contorno no choke ...................... 88

Figura 8.1: Velocidade de injeção na entrada da coluna Simulações 1, 2, 3, e 4. ....... 98

Figura 8.2: Pressão de injeção na entrada da coluna Simulações 1, 2, 3, e 4 .............. 98

Figura 8.3: Velocidade no fundo do poço para as simulações 1, 2, 3, e 4 .................... 99

Figura 8.4: Pressão no fundo do poço para as simulações 1, 2, 3, e 4. ........................ 99

Figura 8.5: Localização do topo do kick durante a circulação-simulações 1, 2, 3, 4 ... 101

Figura 8.6: Detalhe da oscilação da localização do topo do kick da Figura (9.7) ........ 101

Figura 8.7: Pressão no topo do kick durante sua circulação Simulações 1, 2,3,4 ....... 102

Figura 8.8: Velocidade na saída do poço para as simulações 1, 2, 3, e 4 .................. 102

Figura 8.9: Pressão na saída do poço para as simulações 1, 2, 3, 4. ......................... 103

Figura 8.10: Velocidade de injeção na entrada da coluna de perfuração para as todas


as simulações 5, 6, 7, e 8. Profundidade do poço de 1000m. ..................................... 105

Figura 8.11: Pressão de injeção na entrada da coluna de perfuração para as


simulações 5, 6, 7, e 8. ............................................................................................... 106

Figura 8.12: Pressão no fundo do poço para as simulações 5, 6, 7, e 8. .................... 106

Figura 8.13: Pressão no topo do kick durante a circulação Simulações 5, 6, 7, e 8.... 107

Figura 8.14: Pressão na saída do poço para as simulações 5, 6, 7, e 8. .................... 107

Figura 8.15: Velocidade de injeção na entrada da coluna de perfuração para as


Simulações 9, 10, 11, 12 e 13 ..................................................................................... 109
IX

Figura 8.16: Pressão de injeção na entrada da coluna de perfuração para as


simulações 9, 10, 11, 12 e 13...................................................................................... 110

Figura 8.17: Pressão no fundo do poço para as simulações 9, 10, 11, 12 e 13. ......... 110

Figura 8.18: Localização do topo do kick de óleo durante sua circulação para as
simulações 9, 10, 11, 12 e 13...................................................................................... 111

Figura 8.19: Pressão no topo do kick de óleo durante sua circulação para as
simulações 9, 10, 11, 12 e 13...................................................................................... 111

Figura 8.20: Pressão na saída do poço para as simulações 9, 10, 11, 12 e 13. ......... 112

Figura 8.21: Pressão no fundo do poço para as simulações 14, 15, 16, 17 e 18. ....... 115

Figura 8.22: Pressão no fundo do poço para as simulações 19, 20, 21 e 22 .............. 116

Figura 8.23: Pressão na Sapata do Revestimento Simulações 19, 20, 21 e 22 .......... 117

Figura 8.24: Pressão no Choke para as simulações 19, 20, 21 e 22 .......................... 118

Figura 8.25: Pressão no Fundo do Poço para as simulações 20, 23, 24 e 25 ............ 119

Figura 8.26: Pressão na Sapata do Revestimento Simulações 20, 23, 24 e 25 .......... 120

Figura 8.27: Pressão no Choke para as simulações 20, 23, 24 e 25 .......................... 121

Figura 8.28: Pressão no Fundo do Poço para as simulações 26, 27, 28 e 29 ............ 123

Figura 8.29: Detalhe da Pressão no Fundo do Poço imulações 26, 27, 28 e 29 ......... 124

Figura 8.30: Pressão na Sapata do Revestimento Simulações 26, 27, 28 e 29 .......... 125

Figura 8.31: Pressão no Choke para as simulações 26, 27, 28 e 29 .......................... 126

Figura 8.32: Pressão na entrada da coluna de perfuração para o cálculo dos tempos de
trânsito dos pulsos gerados no Choke Simulações 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36 .......... 128

Figura 8.33: Detalhe do perfil da pressão da Figura (8.32) ......................................... 129


X

Figura 8.34: Equações transcendentais para determinação das expansibilidades ..... 131

Figura D1: Tela da entrada dos dados do Simulador .................................................. 155


XI

Lista de Tabelas

Tabela 5.1: Áreas do poço utilizadas no cálculo das expansibilidades ......................... 47

Tabela 6.1: Classificação do controle de fechamento de válvulas (Walski, 2003) ........ 61

Tabela 8.1: Entrada de dados para as simulações 1, 2, 3, e 4...................................... 95

Tabela 8.2: Entrada de dados para as simulações 5, 6, 7 e 8....................................... 96

Tabela 8.3: Entrada de dados para as simulações 9, 10, 11, 12, 13............................. 97

Tabela 8.4: Principais dados de entrada das simulações 26, 27, 28, 29 e 30 ............. 122

Tabela 8.5: Principais dados de entrada das simulações 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36 . 127

Tabela 8.6: Principais dados de entrada das simulações 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36 . 132

Tabela C1: Dados para as Simulações com Coluna, Poço Aberto e Revestimento.... 148

Tabela C2: Dados para as Simulações com Coluna, Poço Aberto e Revestimento.... 150

Tabela C3: Simulações com Coluna,Poço Aberto e Revestimento e Choke Variável. 152
XII

Nomenclatura

Letras Minúsculas

aceleração do fluido ⁄ 


bbl blue barrel - medida de volume em barris bbl
 compressibilidade do fluido 1⁄
 aceleração da gravidade ⁄ 
 pressão 

 distância radial 
 tempo 

 tempo de trânsito da onda de pressão da superfície até o fundo 


do poço por dentro da coluna de perfuração
 tempo da onda de pressão do fundo do poço até a base do kick 
 tempo da onda de pressão da base até o topo do kick 
 tempo da onda de pressão do topo do kick até o revestimento 
 tempo da onda de pressão do revestimento até a superfície 
 deslocamento 
 velocidade ⁄
 elemento de força 
 elemento de massa 
 incremento do espaço na direção z 
 constante adimensional - sentido do fluxo -reta característica positiva
 constante adimensional - sentido do fluxo -reta característica negativa
XIII

Letras Maiúsculas

área da seção transversal do poço 


! segundo coeficiente da condição de contorno-deslocamento radial
!" variável da reta característica da condição de contorno no choke
BOP blowout preventer
# reta característica
#$ variável para o instante posterior da pressão no choke
% primeiro coeficiente da condição de contorno do deslocamento radial
& módulo de elasticidade do aço 1⁄
' coeficiente transversal de elasticidade da formação 1⁄
( profundidade 
) localização da base do kick 
) localização do topo do kick 
* substituição de variáveis para o espaço anterior da pressão
 malha do trecho da coluna de perfuração
 malha do trecho entre a base do kick e o poço aberto
 malha do trecho entre a base e o topo do kick
 malha do trecho entre o topo do kick e o revestimento
 malha do trecho entre o revestimento e a superfície
 pressão da formação 
 pressão num instante anterior 
 pressão num instante posterior 
+ vazão de circulação do kick num instante posterior  ⁄
+,-. vazão máxima da circulação do kick para as simulações  ⁄
/0# shut in casing pressure – pressão de fechamento do choke 
/0% shut in drill pipe pressure – pressão de fechamento da coluna 
1 ⁄
velocidade num instante anterior 
1 ⁄
velocidade num instante posterior 
XIV

Letras Gregas

 expansibilidade 1⁄

2 multiplicador de Lagrange

3 coeficiente de poisson do aço 1⁄

4 densidade de massa ⁄

5 tensão radial 1⁄

6 tensão cisalhante 
XV

Subscritos

7 anular entre coluna e poço aberto


789 anular calculado experimentalmente
78ó anular calculado teoricamente
71 anular entre a coluna e o revestimento
 pressão atmosférica
 relativo ao tempo característico
choke relativo à localização no choke
 relativo à coluna de perfuração
8 relativo à parede externa de perfuração
8; relativo à parede externa do revestimento
< fluido de perfuração
 relativo ao tempo de fechamento do choke
<; tempo final
= relativo à profundidade do fundo do poço
<; fricção
; índice da malha do poço para o cálculo numérico
;1 parede interna do anular entre coluna e revestimento
; relativo à parede interna de perfuração
> relativo ao fluido de perfuração ou kick
 índice que relaciona o trecho do poço
kick relativo ao kick
 pressão constante da formação
 parede do poço aberto
 direção radial
?& relativo à profundidade do revestimento do poço
 velocidade de uma onda compressional (som)
XVI

 velocidade do som nos diferentes trechos do poço


/= relativo à superfície do poço
1 velocidade do som dentro da coluna de perfuração

2 velocidade do som dentro do anular entre coluna de perfuração e poço aberto


trecho entre o fundo do poço e a base do kick

3
velocidade do som dentro do anular entre coluna de perfuração e poço
aberto - trecho entre a base e o topo do kick

4
velocidade do som dentro do anular entre a coluna de perfuração e poço
aberto - trecho entre o topo do kick e ao sapata do revestimento.

5 velocidade do som dentro do anular entre coluna e revestimento

 direção z
+ relativo à reta característica positiva
_ relativo à reta característica negativa
XVII

Resumo

Uma preocupação permanente nas operações de perfuração de poços de


petróleo é o influxo dos fluidos da formação para o poço, ou kick. Se acontecer uma
perda de controle do poço, a situação pode evoluir para uma erupção dos fluidos para
fora do poço, ou blowout, com grandes prejuízos, perda do poço, perda de
equipamentos e, até mesmo, de vidas humanas. O influxo indesejável do fluido da
formação para o interior do poço, ou kick, ocorre quando a pressão no fundo do poço
encontra-se menor do que a pressão dos fluidos nos poros da formação permeável que
está sendo perfurada.

No presente trabalho, é simulada a circulação de um kick de óleo pelo método do


sondador, em um poço vertical, levando em consideração as expansibilidades das
paredes do poço, tubo e revestimentos e as compressibilidades do fluido de perfuração
e do óleo. O esquema de poço base usado para a simulação possui um revestimento e
um trecho aberto.

Com o auxílio do simulador, são determinadas as velocidades e pressões dentro


do tubo de perfuração e ao longo do espaço anular. O retorno dos fluidos é controlado
por um estrangulador, ou choke. Uma hipótese adotada é a de que o influxo de óleo
preenche todo o espaço anular.

O modelo matemático consta de duas equações diferenciais, expressando a lei


de conservação da quantidade de movimento, ou segunda lei do movimento de
Newton, e a lei de conservação da massa, ou equação da continuidade. Condições de
contorno apropriadas são usadas para fechar o sistema de equações. As variáveis
dependentes são a pressão e a velocidade média numa seção transversal. As variáveis
independentes são a distância medida ao longo do poço e o tempo.
XVIII

O sistema de equações diferenciais parciais representa o movimento de um


fluido dentro de um tubo. A solução numérica deste sistema permite determinar as
velocidades e pressões dentro do poço. As expansibilidades são determinadas
considerando características geométricas e elásticas da parede do poço.

Os parâmetros, expansibilidade e compressibilidade, juntos, permitem que sejam


calculadas a velocidade do som nos diferentes trechos do poço. Com o auxílio da
velocidade do som, as equações diferenciais parciais são convertidas em um par de
equações diferenciais ordinárias ao longo das características. O sistema resultante
após discretização pelo método de diferenças finitas e a introdução das condições de
contorno permite determinar a pressão e a velocidade de escoamento em cada ponto
da malha e para cada passo de tempo.

Os efeitos da mudança da área do choke, das características dos fluidos e perfil


da vazão de circulação são estudados. Os resultados concordam bem com os
comportamentos esperados do poço sob influxo de líquidos da formação, como
relatados na literatura. Além disso, são estudados dois tipos de fechamento do
estrangulador ou choke: o fechamento lento e o fechamento rápido. O modelo pode ser
aplicado para o caso de uma formação poroelástica, onde é possível estimar-se a
pressão de poros e permeabilidade da formação numa situação de influxo (Miska,
Samuel e Azar, 1996). Pode-se estender o modelo ao método do engenheiro de
circulação de um influxo. Um objetivo futuro é estender esta solução para englobar o
influxo de gás e poços de geometria mais complexa.

Palavras chave: kick, compressibilidade do fluido, expansibilidade do poço


XIX

Abstract

An ongoing concern in oilwells drilling operations is the influx of formation fluids


into the well, or kick. If the well cannot be controlled, the situation may evolve into a
rash of fluid out of the well, or blowout, with major damages, loss of the well, loss of
equipments, and even of human lives. The influx of undesirable formation fluids into the
well, or kick, occurs when the pressure at the bottom of the well is less than the
pressure of fluid in the pores of the permeable formation being perforated.

In this work, the circulation of the oil is simulated by the driller method in a
vertical well, taking into account the expansibilidades of the well walls, the pipe and
casing expansibilities and the drilling fluid and oil compressibilities. The basic well
schamatic used for the simulation comprises one casing string an open well interval.

With the help of a simulator, the speed and pressure inside the drillpipe are
determined throughout the annular space. The return of fluids is controlled by a choke.
One hypothesis is that the influx of oil fills up the entire annular space. The
mathematical model is comprised of two differential equations, expressing the laws of
conservation of momentum, or the second law of motion of Newton, and the law of
conservation of mass, or equation of continuity. Appropriated boundary conditions are
used to close the system of equations. The variables are dependent on the pressure
and average speed in a cross section. The independent variables are the distance
measured over time and well.

The system of partial differential equations represents the movement of a fluid


inside a tube. The numerical solution of this system determines the speed and pressure
inside the well. The expansibilidades are determined by considering the geometric and
elastic features of the well wall.
XX

The parameters, expansibility and compressibility, together, enables the


calculation of the speed of sound in different parts of tem well. With the help of the
speed of sound, tem partial differential equations are converted into a pair of ordinary
differential equations along the characteristics. The resulting system, after discretization
by the method of finite differences and introduction of the boundary conditions, enables
the determination of the flow pressure and velocity at each spacial point and time step.

The effects of changing the passage area of the choke, the fluid rheology and
flow rate time schedule are then studied. The results agree well with the expected
behaviour of the well under the liquid formation inflow, as reported in the literature.
Besides, two types of choke closing are studied: the slow closing and the fast closing.
The model can be applied to the case of a training poroelástica, where it is possible to
estimate the pore pressure and the formation permeability in a kick (Miska, Samuel e
Azar, 1996).It is possible to extend the model to the engineer method. A future goal is to
extend this solution to cover gas kick and more complex well geometries.

Key words: kick, fluid compressibility, expansibility of the well


2

Capítulo 1

Introdução

Nas operações de perfuração a grandes profundidades, o controle dos


parâmetros da perfuração é importante nos aspectos ambientais, econômicos e de
segurança. Uma preocupação permanente nessas operações é o controle de kicks e
prevenção de blowouts.

Kick é um influxo indesejável do fluido da formação para o interior do poço,


devido a uma pressão no poço menor do que a pressão da formação que está sendo
perfurada, (Santos, 2005). Uma vez detectado o kick, o poço deve ser fechado e o
fluido deve ser circulado para fora do poço. Se antes ou durante a remoção do kick o
controle do poço é perdido, tem-se uma situação de blowout. Um blowout ocasional
pode resultar em severas perdas de equipamentos e do próprio poço.

O controle da pressão de fundo em poços tem sido uma constante preocupação.


Novas tecnologias vem sendo constantemente desenvolvidas envolvendo o processo
de perfuração. Nesse contexto, o controle e a previsão da pressão do fundo do poço é
importante na otimização e segurança da perfuração, bem como na manuntençao da
qualidade da formação exposta aos fluidos de perfuração, minimizando os danos. Cada
vez mais há necessidade de se perfurar em ambientes adversos, no desejo de se
atingir profundidades maiores com menores custos e danos à formação.
3

Diversas técnicas de perfuração podem ser empregadas dentre elas a sub-


balanceada. Em oposição a técnica de perfuração convencional a perfuração sub-
balanceada utiliza pressões no interior do poço inferiores a da formação produtora.
Com esta técnica pode-se fazer uma avaliação da formação durante a perfuração, além
de melhores expectativas de produção, pois teoricamente o dano à formação é menor.
Maiores taxas de perfuração são alcançadas, porém o volume de influxos das
formações atravessadas faz com que seja necessário um melhor controle da pressão
de fundo, justificando maiores pesquisas no controle desse parâmetro.

Quando um kick é detectado os preventores devem ser acionados. Preventores


são equipamentos que permitem o fechamento do espaço anular, comumente
designados pela sigla BOP (Blowout Preventer). Existem dois métodos de fechamento:
fechamento lento e fechamento rápido. No primeiro o choke permanece aberto quando
o BOP é fechado. Este método permite uma melhor avaliação do crescimento da
pressão, porém causa um influxo adicional devido ao tempo para o poço ser fechado.
Este maior influxo provoca um aumento no perfil das pressões na superfície quando o
kick está sendo circulado (Lage et al., 1994). No procedimento de fechamento rápido, o
BOP é fechado com o choke permanecendo fechado. Este método devido à velocidade
de execução reduz o volume de influxo (Santos, 2005).

Após a detecção do kick e o acionamento do BOP ou fechamento do poço, as


pressões lidas nos manômetros do tubo bengala e do choke irão aumentar e atingir
valores constantes, comumente conhecidos como SIDPP e SICP. O tubo bengala é
um tubo vertical instalado na torre ou no mastro da sonda com o objetivo de conduzir o
fluido de perfuração para a mangueira de lama, este para cabeça de injeção e em
seguida para o interior da coluna de perfuração.

Os principais métodos de circulação de influxos após o fechamento do poço são:


o método do sondador e o método do engenheiro. O primeiro consiste de duas fases:
circula-se o kick para fora do poço injetando-se o fluido de perfuração através de uma
linha, chamada linha de matar e após a circulação total do kick, num segundo
momento, substitui-se o fluido original pelo fluido de “matar” (fluido com certa massa
4

específica para equalizar a pressão hidrostática do fundo do poço com a pressão de


poros da formação). No método do engenheiro o influxo é removido do poço com uma
única circulação, já se utilizando o fluido de “matar”. O método do sondador é mais
utilizado, devido a sua simplicidade. O método do engenheiro é mais complexo e
depende do preparo da lama nova a ser injetada.

Um kick pode ocorrer devido à falta de conhecimento dos parâmetros da


formação que está sendo perfurada. Miska, et al., (1996) propuseram um novo método
para prever a permeabilidade e pressão de poros da formação no momento em que o
influxo está ocorrendo e o poço sendo fechado. Equações de fluxo transientes num
meio poroso foram utilizadas em conjunto com as pressões lidas SIDPP. Neste
trabalho os autores afirmam que o diferencial da pressão de um influxo provoca um
comportamento transiente da pressão dentro do poço e que poucos trabalhos
científicos partem deste princípio. Como resultado modelos que considerem fenômenos
transientes devem ser mais estudados e levados em consideração, pois geram
resultados práticos para o processo de controle de influxos.

Santos (2005), afirma que em operações de ajuste do choke deve-se observar o


tempo de transmissão da pressão desde o choke até o tubo bengala. São considerados
valores típicos de atraso no tempo sem justificativas teóricas. Assim um operador que
estiver manipulando a válvula não poderá ter certeza do tempo de trânsito das ondas
de pressão em diferentes cenários de perfuração.

O escopo desse trabalho é dissertar sobre os parâmetros que controlam ou


influenciam a pressão dentro poço em função do tempo. Pesquisar a evolução no
controle do kick e a opinião de alguns autores sobre o tema. Em função da importância

que o processo do controle do kick representa para os perfis da pressão dentro do


poço é proposta uma modelagem matemática que permite a simulação de alguns
parâmetros de controle que serão discutidos mais adiante. É discutida a importância da
5

velocidade do som e a sua relação com as características dos fluidos e parâmetros


elásticos dos diferentes trechos do poço.

1.1 Objetivos

Neste trabalho um modelo matemático da expansibilidade das paredes do poço


e compressibilidade dos fluidos é desenvolvido para um poço vertical numa situação de
kick de óleo. O objetivo, além de considerar esses efeitos, é de permitir que seja
possível controlar a injeção do fluido de perfuração e a vazão dos fluidos pelo choke. O
esquema do poço base usado no modelo matemático possui uma coluna de
perfuração, um revestimento e um trecho aberto.

Como consequência da inserção da velocidade do som no modelo matemático


foi possível desenvolver uma técnica para obtenção da compressibilidade do fluido do
kick e do módulo de cisalhamento da formação exposta.

Os modelos disponíveis na literatura não consideram parâmetros elásticos e


reológicos juntos na circulação do kick. Quando estes são levados em consideração os
fenômenos transientes para a pressão e velocidade passam a depender de um número
maior de variáveis, contribuindo para uma compreensão maior do fenômeno.
6

1.2 Organização do Documento

No segundo capítulo é apresentada uma revisão bibliográfica sobre o tema. O


Capítulo 3 descreve a modelagem matemática desenvolvida nesta dissertação e
premissas adotadas para o desenvolvimento das equações da circulação de um kick de
óleo, considerando a compressibilidade do fluido e expansibilidade das paredes do
poço. Ainda neste capítulo é descrita a metodologia utilizada. Nos Capítulos 4 e 5 são
calculadas as expansibilidades do tubo de perfuração, do poço aberto, dos
revestimento e dos anulares. No Capítulo seguinte são calculadas as velocidades do
som nos diferentes trechos do poço e possíveis aplicações para o controle do kick. No
Capítulo 7 é proposta uma resolução numérica, pelo método das diferenças finitas, do
modelo desenvolvido no Capítulo 3. Neste Capítulo ainda, são desenvolvidas diferentes
condições de contorno e inicial para o esquema do poço adotado.

No Capítulo 8 são apresentados os resultados das simulações do modelo


matemático proposto, que visam estudar as influências que algumas variáveis de
controle do poço têm sobre o perfil da pressão. São analisados neste capítulo variáveis
como: perfil da circulação do kick de óleo, viscosidade do óleo e do fluido de
perfuração, massa específica do fluido de perfuração e área da abertura do choke. No
Capítulo 9 são apresentadas as conclusões do trabalho desenvolvido nesta dissertação
e no Capítulo seguinte algumas recomendações para trabalhos futuros.

Nos Apêndices A, B, C e D são apresentados: a equação geral para tensão ao


redor de um poço, trabalhos publicados, as tabelas com os dados das simulações e o
código do simulador desenvolvido em Visual Basic, respectivamente.
7

Capítulo 2

Revisão Bibliográfica

Desde a década de 60 a modelagem de influxos dentro de poços de petróleo


tem sido estudada, visando prever as pressões a que estarão submetidos os tubos de
perfuração e revestimentos quando um influxo surgir. Alguns fatores podem ser
responsáveis pelo surgimento de um kick. As principais causas de um kick são:

• Falta de ataque ao poço: falha em manter o poço cheio de fluido de perfuração,


durante a retirada da coluna do poço, fazendo com que a pressão hidrostática no
fundo fique menor do que a da formação;

• Pistoneio: durante a manobra de retirada da coluna, esta pode reduzir a pressão no


poço. Esse efeito pode ser produzido de dois modos: mecânico e hidráulico. No
primeiro existe uma redução da pressão hidrostática quando há a necessidade de
remover-se mecanicamente o fluido de perfuração do poço devido a uma obstrução
do espaço anular. No hidráulico, a redução da pressão ocorre no momento em que o
fluido ocupa o espaço vazio abaixo da broca, no instante da retirada da coluna;
8

• Perdas de circulação: o fluido flui do poço para a formação, diminuindo o nível de


fluido no poço e, conseqüentemente, a pressão hidrostática. Uma situação de perda
de circulação numa formação profunda pode acarretar em um kick nas regiões mais
rasas;

• Massa específica de fluido de perfuração insuficiente: associado normalmente à


perfuração em regiões com pressões anormalmente altas. Quando não é aumentada
a massa específica do fluido de perfuração para equalizar a pressão de poros desse
tipo de formação, influxos podem ocorrer. A massa específica do fluido de perfuração
pode também diminuir por sedimentação de baritina nos tanques de lama ou no fundo
do poço;

• Corte de lama por gás: quando existe a incorporação de fluidos da formação no fluido
de perfuração, diminuindo a massa específica do fluido;

A determinação das pressões e velocidades ao longo de um poço, por onde


fluídos estão sendo circulados, depende de parâmetros como: densidade e viscosidade
dos fluidos, tipo e padrão de escoamento dos fluidos, temperatura, geometria e
parâmetros elásticos do poço, perfil de circulação dos fluidos e o modo como as
válvulas que regulam as vazões são fechadas ou abertas (manipuladas).

Os escoamentos onde ocorre a presença de mais de uma fase são


classificados como escoamentos multifásicos. Este tipo de escoamento pode ser
formado por mais de uma fase de uma mesma substância, ou por um arranjo de duas
ou mais substâncias em qualquer uma das fases sólida, líquida ou gasosa (White e
Frank, 1991).

A previsão da pressão e velocidade dos influxos, seja ele de óleo, água ou gás
depende do padrão de escoamento a que estão submetidos esses influxos.
Considerando que o fluxo num poço seja bifásico, vertical e ascende podemos
9

classificar o escoamento em quatro padrões básicos: bolhas, pistonado, agitante ou


caótico e anular (Taitel et al., 1980). Os quatros padrões podem ser vistos no esquema
da Figura (2.1). Sendo os padrões definidos como:

• Bolhas (Bubble Flow): caracteriza-se por uma fase gasosa escoando na forma bolhas,
distribuídas homogeneamente, dentro da fase líquida;

• Pistonado (Slug Flow): caracterizado pela formação de grandes bolhas que ocupam
grande parte da seção transversal do tubo. Essas bolhas são conhecidas como
Bolhas de Taylor. Movimentam-se intercaladas por tampões de líquido;

• Caótico ou Agitante (Churn Flow): caracterizado por um escoamento aleatório. Ocorre


uma mudança da fase contínua líquida para uma de gás somente em alguns trechos
do tubo. Em tubos com grande comprimento, ocorre um movimento oscilatório
ascendente e descendente do líquido. Esse padrão de escoamento surge entre o
padrão pistonado e o anular;

• Anular (Annular Flow): A fase continua é a de gás contendo pequenas gotas de


líquido no seu interior. O gás ocupa quase toda a área do tubo. A parede do tubo é
coberta por um filme líquido. A maior perda de carga é devido ao gás.

Para o desenvolvimento de um modelo matemático de kick é essencial assumir


um padrão de escoamento ou modelar adequadamente um, sejam escoamentos
verticais ascendente, inclinados ou horizontais. O escoamento bifásico vertical
ascendente apresentado acima é importante para modelos em que se assume um
cenário de poço vertical.
10

bolhas pistonado caótico anular

Figura 2.1: Padrões de escoamento para tubos verticais (Taitel et al., 1980).

Os padrões de escoamento esquematizados na Figura (2.1) são mais


apropriados para num cenário aonde é assumido um kick de gás. Porém, nada impede
que esta idéia seja transportada para o caso de um kick de óleo ou de gás dissolvido
no fluido de perfuração.

Independente do padrão de fluxo adotado o processo de controle de um kick é


um fenômeno transiente. Enquanto o poço é fechado a pressão dentro do mesmo
cresce, devido a compressibilidade do fluido e características da formação portadora do
influxo, tendendo a estabilizar-se com o tempo.
11

Em escoamentos permanentes não existe mudança nas condições de pressão


e velocidade com o tempo. A velocidade média numa seção transversal é a mesma em
qualquer instante. Para um escoamento não uniforme a velocidade, densidade do fluido
e a pressão variam ao longo do tubo e com o tempo. (Streeter e Wylie, 1978).

O fenômeno transiente pode surgir por mudanças em algum dos parâmetros


que controlam o fluxo dentro do tubo. O perfil de circulação de um kick e o tempo de
fechamento das válvulas que controlam a vazão são os principais fatores que afetam
os valores da pressão e velocidade dentro de uma tubulação.

Quando uma operação de controle da vazão é realizada, a condição


estabelecida de regime permanente do escoamento é alterada. Os valores das
condições iniciais do escoamento do sistema, caracterizadas pela velocidade e
pressão, medidas em posições ao longo de uma tubulação, modificam com o tempo até
que as condições finais do escoamento sejam estabelecidas e uma nova condição de
regime se estabeleça.

Campos, (1986) modelou a variação do perfil da pressão em poços em


operações de retirada e assentamento da coluna de perfuração. Nesse trabalho as
pressões transientes foram calculadas através da conservação de massa e momento
do fluido de perfuração, considerando a compressibilidade deste. Na passagem do
poço aberto para o revestimento foi considerado somente a conservação da vazão, não
sendo acrescentados os efeitos da mudança de pressão devido à mudança de área.

Júnior, Lage, et al., (1996) modelam o efeito transiente de queda livre durante
operações de cimentação em poços de petróleo. Os resultados estão de acordo com
dados obtidos por outros simuladores comerciais. O fenômeno transiente ocorre no
momento em que a pasta de cimento é injetada pela coluna. Neste instante é criada
uma diferença hidrostática, devido a pasta de cimento ser mais densa do que o fluido
de perfuração. Todo o fluido então é acelerado no interior da tubulação pela queda da
pasta, fazendo com que a vazão na saída do poço exceda a da injeção. Neste modelo
os fluídos foram considerados incompressíveis e as paredes do poço rígidas. As
equações que governam esse escoamento foram deduzidas a partir da conservação de
12

massa e momento. Na Figura (2.2) é apresentado o esquema do poço utilizado no


modelo.

Figura 2.2: Representação esquemática do poço (Júnior, Lage, et al., 1990)

As equações (2.1) e (2.2) representam as pressões e vazões nas interfaces do


esquema adotado por Júnior e Lage.

F G FL + ∑^H_ N4H O SQR TV + I (HI W + )HI X Y\[ ] t


P TU YZ
HI
(2.1)
R

ij[
`a b`c L∑nRop ∑nQopdeR fQ ghQR LPQR X l m
G
TU ik QR

TV ∑nRop ∑nQop
qQ rQR (2.2)
sR

Sendo )HI JK o comprimento do fluido ; no trecho >.. A variável (HI JK é a altura
da coluna de fluido ; no trecho > e serve para o cálculo das pressões hidrostáticas. O
índice > relaciona-se consta te e o índice ; refere-se
se aos trechos do poço com diâmetro constante
ndice  indica as passagens dos trechos onde
ao tipo de fluido. O índice on ocorre mudança da
13

área e o índice  à interface entre os fluidos. I, representa a área do techo >,  a


aceleração da gravidade, J K a pressão, uJ ⁄K a vazão e 4H J⁄ K a massa
específica do fluido. Sendo - e v a pressão atmosférica e a pressão do vapor d’água
YZ[
Y\
saturado a temperatura ambiente, quando o sistema está em queda livre. O termo

representa a perda de carga devido ao movimento do fluido.

O modelo adotado por Júnior e Lage é parecido com o que foi adotado nesta
dissertação, sendo neste trabalho, considerada a compressibilidade dos fluidos e a
expansibilidade das paredes do poço.

Quando ocorre algum tipo de influxo no poço é necessário estimarmos a


pressão de poros da formação que o gerou. Essa informação é importante para o
cálculo da nova densidade que o fluido de perfuração deverá ter para equalizar a
pressão no fundo poço com a da formação. Depois que o poço é fechado após a
ocorrência de um influxo, espera-se as pressões nos manômetros do tubo bengala e do
choke estabilizarem-se, sendo definidas por SIDPP e SICP respectivamente. O termo
SIDPP é a abreviação para Shut - in Drill Pipe Pressure (pressão de fechamento
registrada no tubo). Já o termo SICP é a abreviação para Shut - in Casing Pressure
(pressão de fechamento registrada no revestimento à montante do choke). O tempo de
espera é arbitrário e depende das características do fluido e da formação, podendo
durar horas até sua completa estabilização (Santos, 2005).

Miska, et al., (1996) propuseram um novo método para prever a permeabilidade


e a pressão de poros da formação no momento em que o influxo está ocorrendo e o
poço sendo fechado. Equações de fluxos transientes num meio poroso foram utilizadas
em conjunto com as pressões SIDPP em função do tempo. Os autores desse trabalho
ressaltam que o processo de ocorrência de um influxo depende do tempo e que
determinações arbitrárias, para a pressão de fechamento do poço, podem conduzir a
erros no cálculo da pressão de poros.

O controle do kick é estudado desde 1960. O primeiro modelo de circulação de


influxos proposto não considerava as perdas de carga devido à circulação, desprezava
14

a velocidade de escorregamento entre o influxo e o fluido de perfuração e não


considerava a possibilidade do influxo se misturar ao fluido de perfuração (Leblanc e
Lewis, 1968). Neste modelo a área do anular foi considerada constante ao longo do
poço. A Figura (2.3) compara dados de campo com os gerados por esse modelo.

1800

1600

1400 Dados_Campo
1200 Modelo
Pressão Anular (psi)

1000

800

600

400

200

0
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Volume de Lama Circulado (bbl)

Figura 2.3: Comparação entre o modelo de Leblanc e Lewis e dados de campo


(Le Blanc e Lewis, 1968)

O estudo dos fatores que influenciam no controle de influxos é estudado desde


1970. Nickens (1987), estudou a influência dos efeitos dinâmicos da variação da vazão
da circulação, da distribuição de influxos da formação, o modo como o choke é fechado
em função do tempo e o tempo de estabilização das pressões do poço.

Nickens usou conservação de massa e momento. Na região de gás-líquido o


fluxo foi modelado separadamente e a conservação de massa também. Para a
equação da conservação do momento foi considerada uma mistura das duas fases. Em
seu trabalho o autor não levou em consideração as expansibilidades dos espaços
anulares. Uma correlação empírica foi utilizada para a velocidade do gás em relação à
15

velocidade média da mistura somada à velocidade de deslizamento relativa. A equação


utilizada para o balanço de massa pode ser vista abaixo:

J4, (1 − 2)K + J4, 1, (1 − 2)K G 0


Y Y
YV Yz
(2.3)

A equação (2.4) representa o balanço de massa do gás.

|4g 2} + Yz |4g 1g 2} G 0
Y Y
YV
(2.4)

O balanço total da quantidade de movimento para a mistura gás-líquido proposta pelo


autor é descrita pela equação (2.5):

|4, 1, (1 − 2) + 4g 1g 2} + |4, 1, (1 − 2) + 4g 1g 2} + + ~  + |4, (1 − 2) + 4g 2} G 0 (2.5)


Y Y YZ YZ
YV Yz Yz Yz €

A velocidade do gás foi explicitada pela equação (2.6).

g G g |1, (1 − 2) + 1g 2} + 1g\ (4g , 4, , 2, 5, ƒ„ , ƒH ) (2.6)

As equações (2.3), (2.4), (2.5) e (2.6) foram usadas para o esquema de um poço
vertical e um fluido de perfuração a base água. As variáveis adotadas neste modelo
são:
16

• 4, J⁄ K- densidade do fluido de perfuração;

• 4g J⁄ K - densidade do gás;

• 1, J K - volume da mistura do fluido de perfuração;

• 1g J K - volume da mistura do gás;

• g J⁄K - velocidade do gás;

• 2 - fração de gás;

• J K - pressão;

~ Yz  J K- perda de carga;
YZ
€

• g - coeficiente de deslizamento do gás;

• 1g\ J⁄K- velocidade de deslizamento do gás;

• ƒ„ , ƒH JK- diâmetro externo e interno do tubo respectivamente.

As Figuras (2.4) e (2.5) mostram como a pressão no fundo do poço pode variar
em função do modo como o operador ajusta a vazão de saída do fluido. A Figura (2.4)
exemplifica a consequencia da injeção do fluido de perfuração por um tempo
prolongado. Quando a injeção cessa, a variação da pressão no fundo do poço é alta,
chegando a alguns momentos a ficar abaixo da pressão da formação. A Figura (2.5)
mostra como o tempo de fluxo pode influenciar no perfil da pressão. Quando o
controlador tem experiência suficiente, este sabe qual a relação próxima do ideal entre
o tempo de injeção e a espera da estabilização da pressão.
17

6000
Controlador Novato
5900 Controlador Perfeito
Pressão da Formação
5800
Pressão no Fundo (psia)

5700

5600

5500

5400

5300
202 212 222 232 242 252 262 272
Volume de Fluido Injetado (bbl)

Figura 2.4: Pressão no fundo do poço para um controlador novato


novato (Nickens, 1987)

6000
Controladro Experiente--50s fluxo/20s espera
5950
Controlador Experiente--75s fluxo/10s espera
5900
Controlador Experiente--50s fluxo/10s espera
Pressão no Fundo (psia)

5850 Controlador Perfeito

5800 Pressão da Formação

5750

5700

5650

5600

5550

5500
202 222 242 262 282 302 322 342 362 382
Volume de Fluido Injetado (bbl)

Figura 2.5: Pressão no fundo do poço Controlador


ontrolador experiente (Nickens, 1987)
18

O autor chama a atenção para o fato de que um controlador sem experiência


continua fazendo ajustes na abertura da área do choke, Figura (2.4), pois não sabe o
tempo de resposta que o sistema intrinsecamente leva para transmitir as pressões.
Pode-se notar na Figura (2.5) que a relação entre o fluido de perfuração injetado pelo
controlador, para circular o kick, e o tempo de espera para a pressão no fundo do poço
estabilizar são fatores que afetam muito o comportamento da pressão. Nickens simulou
a abertura do choke controlada pelo programa desenvolvido por ele, chamado de
“controle automático”. Este controle automático foi comparado com o resultado da ação
de um hipotético controlador perfeito. Os resultados obtidos podem ser visualizados na
Figura (2.6), onde é possível identificar os modos como o choke foi aberto e a
correspondente pressão de fundo no poço.

0,60 5800

0,55
5700
Fração da Área do Choke Aberto

0,50

Pressão de Fundo (psia)


5600
0,45

0,40 5500

0,35
5400
0,30 Fração-Abertura-Choke-Controlador Automático
Fração-Abertura-Choke-Controlador Perfeito
Pressão-Controlador Perfeito 5300
0,25
Pressão-Formação
Pressão-Controlador Automático
0,20 5200
200 220 240 260 280 300 320 340 360 380
Volume de Fluido Injetado(bbl)

Figura 2.6: Comparação entre controle automático e perfeito da abertura do choke e


seus reflexos na pressão de fundo (Nickens, 1987)
19

O método automático fica próximo dos valores da pressão obtidos por um


controlador perfeito e é mais estável do que um controlador novato e um controlador
experiente, como pode ser visto nas Figuras (2.4) e (2.5).

Os resultados obtidos por Nickens demonstram a importância que os parâmetros


de controle da vazão dos fluidos têm num processo de circulação de influxos.
Dependendo do método de controle, as pressões no fundo do poço e revestimentos
podem variar muito. O tempo que o operador precisa esperar para as pressões se
estabilizarem quando ocorrem mudanças na área do choke ou das vazões de
circulação é um fator importante no comportamento das pressões.

Até o momento não foi encontrado na literatura a inclusão de parâmetros


elásticos do poço nos modelos da circulação de um kick. Nestes, somente foi
considerada a compressibilidade da fase gasosa. Porém uma pesquisa bibliográfica
mais extensa deve ser conduzida no que se refere a esta afirmação. No trabalho que
será desenvolvido nesta dissertação a compressibilidade do fluido de perfuração e do
óleo invasor será levada em consideração na circulação do influxo deste último.

O cálculo da expansibilidade das paredes do poço em conjunto com a


compressibilidade dos fluidos permite, através do modelo matemático da circulação de
um influxo, que a velocidade de propagação das ondas de pressão dentro do poço e o
tempo de trânsito destas sejam determinados. O esquema do poço adotado será
vertical, com um trecho aberto, um revestimento e um choke. As equações que
governam o sistema serão baseadas na conservação de massa e momento
considerando as densidades dos fluidos e as áreas das seções transversais do poço
variáveis com o tempo.

Para a expansibilidade das paredes do poço será adotado um esquema para o


poço com geometria cilíndrica. Somente serão consideradas tensões e deformações na
direção radial, simplificando o modelo elástico.
20

Capítulo 3

Modelagem Matemática da Circulação de um

Fluido Compressível num Tubo Expansível

A modelagem da circulação de influxos de óleo, água e gás tem sido estudada


por muitos autores. Basicamente quase todas as abordagens estão associadas ao
modelo bifásico da zona contaminada por esses influxos, ao comportamento transiente
do padrão de escoamento, à reologia dos fluidos e solubilidade do kick de gás em
fluidos de perfuração a base de óleo. Um melhor entendimento dos parâmetros
operacionais relacionados à circulação desses influxos, como: o controle dinâmico da
abertura do choke e perfil de injeção do fluido de perfuração são importantes para a
realização de operações mais seguras e eficientes.

Até o momento nenhum modelo estudado acopla características elásticas das


paredes do poço ou determina uma relação teórica para estimar o tempo de trânsito
das ondas de pressão dentro do poço, quando um kick está sendo circulado. O tempo
que a onda de pressão leva para percorrer um trecho do poço é um parâmetro
importante que vai nortear quando o operador deve fechar, abrir ou conservar a
abertura do choke. Esses procedimentos influenciam no comportamento da pressão
no fundo do poço (Nickens, 1987). O conhecimento desse tempo também pode auxiliar
em projetos de controle dinâmico da pressão do fundo.
21

O acoplamento de um modelo poroelástico para o trecho do poço aberto pode


permitir em trabalhos futuros que seja possível determinar propriedades mecânicas e
petrofísicas da formação que gerou o influxo.

Baseando-se no estudo realizado, a circulação de um influxo de óleo no interior


de um poço e a previsão das pressões e velocidades dependentes do tempo, podem
ser modeladas pela conservação de massa e momento dos fluidos envolvidos na
operação da circulação.

Num primeiro momento a conservação da massa e momento conduz o modelo a


duas equações diferencias parciais que com a consideração da compressibilidade e
expansibilidade são transformadas num par de equações diferenciais ordinárias. Uma
adequada combinação linear dessas equações permite resolver o sistema
numericamente através do método das características.

As retas características são função da soma de duas velocidades: da velocidade


média e da velocidade do som numa seção transversal do tubo. Como a velocidade do
som pode ser considerada muito maior do que a velocidade média, esta última pode
ser descartada. Assim as equações que prevêem as pressões e velocidades para o
caso de um kick de óleo são representadas por um par de equações diferenciais
ordinárias sujeitas as suas respectivas retas características.

O método das diferenças finitas foi utilizado para a simulação numérica. A


programação foi feita no Visual Basic. A condição inicial para a simulação consiste no
poço estar fechado e o kick a certa distância do fundo do poço. As pressões
estabilizadas na coluna de perfuração (SIDPP) e no revestimento (SICP) são
conhecidas. Com estas pressões é determinada a densidade do kick e o gradiente da
pressão dentro do poço no instante inicial.

Para a condição de contorno na entrada da coluna é adotado um perfil de


injeção para a circulação. Caso a área da coluna de perfuração seja diferente dos
anulares, procedimentos especiais devem ser adotados para os trechos do fundo do
22

poço, da sapata do revestimento e do choke. Estes casos possuem uma


descontinuidade de área e serão vistos com mais detalhes adiante.

Outras premissas para o modelo são adotadas:

• Poço vertical com tubo de perfuração, trecho de poço aberto, um


revestimento e uma válvula com abertura variável na superfície (choke);

• Geometria do espaço anular concêntrico e variável, ou seja, com diâmetros


interno e externo variáveis por seção ou trecho do poço. O esquema do poço
adotado é ilustrado na Figura (4.1);

• As áreas transversais variam com a distância  ao longo do poço e com o


tempo;

• Para o cálculo das tensões e deformações dos diferentes trechos do poço é


adotado uma simetria cilíndrica, onde será considerado um estado plano de
tensão e deformações na direção radial;

• Um modelo de paredes rígidas para o trecho do poço aberto será adotado.


Não será considerado neste trabalho um modelo poroelástico;

• Não é analisada a influência da temperatura no modelo desenvolvido;

• As densidades do fluido e do kick de óleo dependerão de  e ;


23

• A viscosidade do fluido e do kick de óleo serão constantes;

• Compressibilidade dos fluidos será tratada como constante;

• Expansibilidade das paredes do poço será constante;

• É definido um padrão de escoamento anular para o kick de óleo;

• A perda de carga é determinada pela fricção entre os fluidos e as paredes do


poço;

• O óleo é removido por um fluido de perfuração com mesmo peso especifico


do fluido de perfuração existente no momento do kick;

• Não há mudança de fase ou reação química entre o óleo e fluido de


perfuração durante a circulação do óleo;

• Durante a circulação do kick as pressões na entrada da coluna de


perfuração, no fundo do poço, no topo do kick, na sapata do revestimento e
no choke serão registradas;

• A simulação da remoção do kick pode ser com qualquer perfil de circulação.


Alguns perfis serão considerados.
24

3.1 Conservação do Momento da Circulação de

um Fluido Compressível num Tubo Expansível

Para a aplicação da conservação do momento em uma dimensão, adota-se como


sistema isolado o elemento de fluido que está situado entre dois planos paralelos
afastados entre si de  e normais ao eixo do tubo. A Figura (3.1) representa o
esquema do sistema para dedução da equação do movimento. As variáveis
dependentes são a pressão  e a velocidade média  de uma seção transversal do
tubo. As variáveis independentes são a distância , medida ao longo do tubo e o tempo
. Deste modo,  G (, ) e  G (, ).

†J(, ) (, )K


(, ) (, ) + 
†

† (, )
(, )  4(, ) (, )
†
†€‡H$ 

+
†

sentido
positivo
(, ) (, )

Figura 3.1: Esquema adotado para a conservação do momento


25

Para o esquema da Figura (3.1) as forças envolvidas na conservação do momento são:

• (, ) (, ) − força na direção  provocada pela circulação;

• (, ) (, ) + J(, ) (, )K − variação do acréscimo da força na direção ;


Y
Yz

• 4(, ) (, ) − força peso do fluido (óleo ou fluido de perfuração);

• (, )  − força devido à variação da área transversal;


YS(z,V)
Yz

 −força de fricção (sempre contrária ao sentido do fluxo).


Y‰[ŠQ‹
Yz

Por uma questão de praticidade não será repetido o termo (, ) ao lado de cada
função. As variáveis da pressão, da densidade, da área e da velocidade são
parâmetros que dependem do espaço,  e do tempo, . São variáveis independentes
entre si.

A segunda Lei de Newton é usada para assegurar o equilíbrio do elemento de


fluido da Figura (3.1), como mostram as equações (3.1) e (3.2).

∑ z G  z (3.1)

( ) − Œ( ) + ~  + ~ Yz  − 4  − ~  G  TV


Y(ZS) YS Y‰[ŠQ‹ Tv
Yz Yz
(3.2)
26

Desenvolvendo as derivadas parciais da equação (3.2) e simplificando, obtêm-se as


equações (3.3) e (3.4). Sendo o elemento de massa  G 4 .

−~  − ~  + ~  − 4  − ~  G 4 


YZ YS YS Y‰[ŠQ‹ Tv
Yz Yz Yz Yz TV
(3.3)

~− Yz  − (4 ) − ~  G 4  TV


YZ Y‰[ŠQ‹ Tv
Yz
(3.4)

Dividindo a equação (3.4) por 4 , esta passa a ter a forma simplificada abaixo:

+ TV +  + fS G0
 YZ Tv  Y‰[ŠQ‹
f Yz Yz
(3.5)

Para a força de fricção é considera a relação exposta na equação (3.6):

G 6I Ž%
Y‰[ŠQ‹
Yz
(3.6)

onde 6€‡H$ é a tensão cisalhante devido a frição entre o fluido e a parede do tubo.

Sendo, 6I G
 Y`
 Yz
, a força de fricção pode ser escrita como a seguir:

G
T‰[ŠQ‹  ‘ Y`[ŠQ‹
Tz  Yz
(3.7)
27

G
T‰[ŠQ‹ Y`[ŠQ‹
Tz Yz
(3.8)

Substituindo a equação (3.8) na (3.5) e simplificando chega-se a equação (3.9):

+ ++ G0
 YZ Tv  Y`[ŠQ‹
f Yz TV f Yz
(3.9)

Sendo a derivada total da velocidade em relação ao tempo representada pela


equação (3.10).

G  Yz + YV
Tv Yv Yv
TV
(3.10)

Substituindo a equação (3.10) na equação (3.9) chega-se na equação (3.11) desejada.

+ (, ) + f(z,V) +  + f(z,V) G0


Yv(z,V) Yv(z,V)  YZ(z,V)  Y`[ŠQ‹
YV Yz Yz Yz
(3.11)

A equação (3.11) é a equação do movimento do fluido que sobe por um tubo ou


anular. No caso do fluido que desce por estes trechos, basta multiplicar o termo da
gravidade por -1. As equações desenvolvidas também servem para a região do anular,
onde o diâmetro do tubo será substituído pelo diâmetro equivalente. O diâmetro
equivalente será a diferença entre o diâmetro interno do anular e o diâmetro externo da
coluna de perfuração. Posteriormente o conceito da expansibilidade das paredes do
poço será introduzido na equação (3.11).
28

3.2 Equação da Conservação da Massa da Circulação

de um Fluido Compressível num Tubo Expansível

A equação da conservação de massa para um regime variável é aplicada ao


elemento de volume da Figura (3.2). A quantidade de massa que entra no tubo menos
a quantidade de massa que sai deverá ser igual à variação da massa total no tempo.

†J(4(, ) (, )(, ))K


4(, ) (, )(, ) + 
†



4(, ) (, )(, )

Figura 3.2: Esquema adotado para conservação da massa

• 4(, ) (, )(, ) – representa a quantidade de massa que entra por unidade
de tempo dentro de um tubo;

4(, ) (, )(, ) + 


YJ(f(z,V)S(z,V)v(z,V))K
Yz
• – representa a quantidade de massa que
sai por unidade de tempo dentro do tubo;
29

Aplicando a conservação de massa ao esquema da Figura (3.2) é possível escrever:

4  − Œ4  +  G
Y(fSv) Y(fSez)
Yz YV
(3.12)

Desenvolvendo as derivadas da equação (3.12) e sendo  independente de  chega-


se a expressão da Equação (3.13).

 Yz  + 4 Yz  + 4  +  YV + 4 YV G 0
Yf YS Yv Yf YS
Yz
(3.13)

Dividindo a equação (3.13) por 4  chega-se a equação (3.14) simplificada.

+ S Yz + f YV + f Yz + Yz G 0
 YS v YS  Yf v Yf Yv
S YV
(3.14)

Usando a definição da derivada total da equação (3.15) é possível reescrever a


equação (3.14) da forma a seguir:

G f YV + f Yz
 Tf  Yf v Yf

’
f TV
X
G S YV + S Yz
 TS  YS v YS
(3.15)
S TV

Usando as relações da equação (3.15) na equação (3.14):


30

+ + G0
 TS(z,V)  Tf(z,V) Yv(z,V)
S(z,V) TV f(z,V) TV Yz
(3.16)

A equação (3.16) representa a conservação de massa da circulação de um fluido


compressível num tubo ou anular com paredes expansíveis.

3.3 Compressibilidade do Fluido

A introdução do conceito da compressibilidade do fluido de perfuração ou do


óleo é uma das etapas que em conjunto com a expansibilidade das paredes do poço
possibilitará o cálculo da velocidade do som, fazendo com que a equação da
conservação da massa, equação (3.16), dependa da pressão. A definição de
compressibilidade, , é descrita na equação (3.17):

 G f TZ(z,V)
 Tf(z,V)
(3.17)

Considerando  constante é possível reescrever a equação (3.17) como mostra a


equação (3.18):

ƒ4(, ) G 4(, )ƒ(, ) (3.18)


31

Dividindo a equação (3.18) por ƒ, chega-se a equação (3.19) que representa a taxa da
massa específica do fluido, 4(, ), em função da taxa da pressão. Esta equação será
combinada posteriormente com a equação (3.16) na solução do problema.

G 4(, )
Tf(z,V) TZ(z,V)
TV TV
(3.19)

3.4 Conceito de Expansibilidade

Neste tópico será abordada uma relação geral entre a expansibilidade de um


tubo e a variação da pressão dentro do mesmo. Essa relação permite que a equação
(3.16) dependa desse parâmetro elástico. A definição de expansibilidade é a mesma
para qualquer trecho do poço, seja coluna de perfuração ou anular. A expansibilidade é
definida como a seguir:

 G S(z,V) TZ(z,V)
 TS(z,V)
(3.20)

Considerando  constante é possível reescrever a equação (3.20) na forma da


equação (3.21):

ƒ(, ) G S(z,V) ƒ (, )



(3.21)

Dividindo a equação (3.21) por ƒ, chega-se a equação (3.22). O termo à esquerda da
equação (3.22) define a elasticidade da parede de um tubo e sua taxa de deformação
com a pressão.
32

G 
 TS(z,V) TZ(z,V)
S(z,V) TV TV
(3.22)

É importante notar que cada trecho do poço possui uma expansibilidade


diferente, já que a geometria é diferente, mas a forma da equação (3.22) não muda. A
partir dessa conclusão a equação (3.22) pode ser substituída na equação (3.16).

3.5 Equação da Conservação da Massa em Função

da Compressibilidade e Expansibilidade

A equação do movimento do fluido descrita na equação (3.11) encontra-se em


função da pressão e da velocidade, faltando somente apresentar a equação (3.16), em
função das mesmas variáveis. Para isso as definições de compressibilidade do fluido e
expansibilidade das paredes desenvolvidas serão utilizadas. Substituindo as equações
(3.19) e (3.22) na equação (3.16), chega-se a expressão da equação (3.23).
Posteriormente agrupando os termos da variação de pressão chega-se a equação
(3.24):

 + + G0
TZ(z,V) TZ(z,V) Yv(z,V)
TV TV Yz
(3.23)

( + ) + G0
TZ(z,V) Yv(z,V)
TV Yz
(3.24)

A relação da derivada total da pressão em relação ao tempo é usada, obtendo-se a


equação (3.25).
33

G (, ) +
TZ(z,V) YZ(z,V) YZ(z,V)
TV Yz YV
(3.25)

Substituindo a equação (3.25) na equação (3.24), esta pode ser escrita na forma da
equação (3.26).

( + ) Œ (, ) + + G0
YZ(z,V) YZ(z,V) Yv(z,V)
Yz YV Yz
(3.26)

Joukowsky (1898) propôs uma relação entre a velocidade da onda de pressão,


\ , em função dos parâmetros elásticos e geométricos de um tubo. O estudo da
velocidade da onda de pressão ou celeridade, como é encontrado em muitos trabalhos
científicos, é complexo e ainda é objeto de muitos estudos. Nesta dissertação não será
abordado um estudo histórico sobre esse tema, limitando-se somente em aplicar essa
relação utilizada por muitos autores como Streeter (1993). Deste modo uma mudança
de variável é feita e as constantes  e  são convenientemente reescritas de acordo
com a equação (3.27).

( + ) G

f(z,V)vk‘
(3.27)

Cabe observar que a escolha da variável, \ , como representante da velocidade


da onda de pressão em nada tem haver com a velocidade de uma onda cisalhante e
sim com uma onda compressional. O subscrito “s” representa a palavra som.

Substituindo a equação (3.27) na equação (3.26) obtém-se a equação (3.28).


Posteriormente multiplicando esta equação por 4\ chega-se a equação (3.29).
34

Œ (, ) + + G0
 YZ(z,V) YZ(z,V) Yv(z,V)
f(z,V)vk‘ Yz YV Yz
(3.28)

+ (, ) + 4(, )\ G0


YZ(z,V) YZ(z,V) Yv(z,V)
YV Yz Yz
(3.29)

A partir da equação (3.27), a equação para a velocidade do som pode ser escrita de
acordo com a equação (3.30).

\ G “f(z,V)(”L$)

(3.30)

A equação (3.29) é a equação da conservação da massa escrita em função da


pressão e da velocidade. A velocidade de propagação da onda de pressão no espaço,
\ , é definida pela equação (3.30). Esta não só depende da densidade e
compressibilidade do fluido, mas também da expansibilidade das paredes do poço por
onde passa. Deste modo os valores da pressão e da velocidade podem ser
determinados resolvendo-se o sistema de equações diferenciais formado pela equação
do movimento, descrita pela equação (3.11) e pela equação da conservação da massa,
apresentada pela equação (3.29). O sistema de equações que será resolvido pode ser
visto na equação (3.31).

+ (, ) + f(z,V) +  + f(z,V) G0


Yv(z,V) Yv(z,V)  YZ(z,V)  Y`[ŠQ‹

X
YV Yz Yz Yz
• (3.31)
+ (, ) + 4(, )\ Yz G0
YZ(z,V) YZ(z,V) Yv(z,V)
YV Yz
35

3.6 Solução do Sistema da Conservação da Massa e Momento da


Circulação de um Fluido pelo Método das Características

As equações (3.32) são duas equações diferenciais de derivadas parciais, não


lineares em (, ) e (, ). Não possuem solução analítica, mas podem ser resolvidas
numericamente pelo método das características.

+ (, ) + f(z,V) +  + f(z,V) G 0 (L1)


Yv(z,V) Yv(z,V)  YZ(z,V)  Y`[ŠQ‹

X
YV Yz Yz Yz
• (3.32)
+ (, ) + 4(, )\ Yz G 0 (L2)
YZ(z,V) YZ(z,V) Yv(z,V)
YV Yz

As equações L1 e L2 do sistema (3.32) possuem duas incógnitas e podem ser


combinadas através de um multiplicador λ.

L1 + λL2 G 0 (3.33)

Qualquer valor real de λ fornecerá uma equação em (, ) e (, ) que representa o
mesmo fenômeno físico das equações (3.32). Dessa forma aplica-se a equação (3.33)
no sistema (3.32).

+ + f(z,V)Yz +  + f(z,V)Yz +λŒ + + 4\ Yz  G 0 (3.34)


Yv(z,V) Yv(z,V) YZ(z,V) [ŠQ‹Y` YZ(z,V) YZ(z,V) Yv
YV Yz YV Yz
36

Por uma questão de praticidade o termo (, ) não será repetido em algumas equações.
Os termos da equação (3.34) são agrupados com mostra a equação (3.35).

+ + λ4\ + +λ + λ ++ G0
Yv Yv Yv  YZ YZ YZ  Y`[ŠQ‹
YV Yz Yz f Yz YV Yz f Yz
(3.35)

Œ YV + ( + λ4\ ) Yz  + λ Œ YV + ~ + f˜ Yz  +  + f G0
Yv Yv YZ  YZ  Y`[ŠQ‹
Yz
(3.36)

1º 2º

Para que o 1º e o 2º membro da equação (3.36) possam ser escritos na forma de


derivada total em relação ao tempo é imposta a condição da equação (3.37).

G + TV Yz ≡ Œ YV + ( + 24\ ) Yz  ⇒ G ( + 24\ ) Yz ∴
Tv Yv Tz Yv Yv Yv Tz Yv Yv
TV YV TV Yz
(3.37)

G (, ) + 24(, )\


Tz
TV
(3.38)

Para o 2º membro da equação (3.36):

G + TV Yz ≡ Œ YV + ~ + f˜ Yz  ⇒ G ~ + f˜ Yz ∴
TZ YZ Tz YZ YZ  YZ Tz YZ  YZ
TV YV TV Yz
(3.39)


37

G (, ) + f(z,V)˜
Tz 
TV
(3.40)

É necessário que as equações (3.38) e (3.40) sejam iguais. Dessa forma igualando as
equações é obtida a equação (3.41).

 + 24\ G  + f˜ ⇒ 2 G f‘ v‘ ∴ 2 G ± fv
  
(3.41)
k k

A condição de 2 imposta pela fórmula (3.41) é necessária para que as equações


(3.38) e (3.40) sejam verdadeiras. Substituindo a equação (3.41) na equação (3.40):

G  ± fv 4\ ⇒ G  ± \
Tz  Tz
TV TV
(3.42)
k

Como a velocidade do som, \ ≫ (, ) a equação (3.42) pode ser simplificada:

G ±\
Tz
TV
(3.43)

Substituindo a equação (3.43) no primeiro membro das equações (3.37) e (3.39):

G ± \ Yz
Tv Yv Yv
TV YV
(3.44)

G ± \ Yz
TZ YZ YZ
TV YV
(3.45)
38

Substituindo 2 da fórmula (3.41), na equação (3.36):

Œ + ~ ± 4\  ± ž + d + m Ÿ++ G0
Yv  Yv  YZ  YZ  Y`[ŠQ‹
q
YV fvk Yz fvk YV ± Yz f Yz
(3.46)
qak

Os termos da equação (3.46) podem ser simplificados:

Œ YV + ( ± \ ) Yz  ± fv Œ YV + ( ± \ ) Yz  +  + f G0
Yv Yv  YZ YZ  Y`[ŠQ‹
Yz
(3.47)
k

Fazendo-se a consideração em que \ ≫ (, ) na Equação (3.47):

Œ ± \ ± Œ ± \ ++ G0
Yv Yv  YZ YZ  Y`[ŠQ‹
YV Yz fvk YV Yz f Yz
(3.48)

Substituindo as equações (3.44) e (3.45) na equação (3.48):

± fv ++f G0
Tv  TZ  Y`[ŠQ‹
TV k TV Yz
(3.49)

Assim, o sistema de equações (3.32) é equivalente ao sistema formado pelas


equações (3.50) e (3.51).
39

+ f(z,V)v +  + f(z,V) G 0   G +\


Tv(z,V)  TZ(z,V)  Y`[ŠQ‹ Tz
TV TV Yz TV
(3.50)
k

− f(z,V)v +  + f(z,V) G 0   G −\


Tv(z,V)  TZ(z,V)  Y`[ŠQ‹ Tz
TV TV Yz TV
(3.51)
k

Sendo, \ G “f(z,V)(”L$).


O sistema de equações formado pelas equações (3.50) e (3.51) representa o


deslocamento de um fluido compressível, ou seja, um kick e o fluido de perfuração,
dentro de um tubo de paredes expansíveis, que neste trabalho é representado pelo
poço. Por tanto, foram encontrados dois valores reais e distintos de 2 que convertem
as duas equações diferenciais de derivadas parciais, equação (3.32), num par de
equações diferenciais ordinárias, sujeitas as suas respectivas retas características:
#b : ƒ⁄ƒ G −\ e #L : ƒ⁄ƒ G +\ que podem ser visualizadas no esquema da Figura
(3.3).


 +△ 
#L #b

 
! 9

Figura 3.3: Plano (x, t) das retas características onde se encontra a solução.

Um procedimento possível seria integrar as equações (3.50) e (3.51) sobre as


retas características #L e #b . Então, multiplica-se a equações (3.50) e (3.51) por
40

4(, )\ ƒ e integra-se entre os limites de A até P e de B até P sobre as duas


características.

4(, )\ ¢S ƒ + ¢S ƒ + 4(, )\ ¢S ƒ + \ ¢S ƒ G 0


` ` ` ` Y`[ŠQ‹
Yz
(3.52)

4(, )\ ¢" ƒ − ¢" ƒ + 4(, )\ ¢" ƒ + \ ¢" ƒ G 0


` ` ` ` Y`[ŠQ‹
Yz
(3.53)

Não sendo possível integrar o termo do gradiente da pressão em cada equação,


é necessário que se adote um método numérico para resolver o sistema formado pelas
equações (3.50) e (3.51). O método das diferenças finitas será adotado para resolver
esse sistema. Antes de aplicar o método das diferenças finitas e simular um caso da
circulação de um kick de óleo, é necessário determinar as expansibilidades () dos
espaços anulares do poço em função das expansibilidades das paredes da coluna de
perfuração, do poço aberto e do revestimento.
41

Capítulo 4

Expansibilidades dos Espaços Anulares

Para o cálculo das expansibilidades dos diferentes intervalos do poço é preciso


levar em consideração a geometria do mesmo, no caso, a área do anular. Para calcular
as expansibilidades dos espaços anulares entre coluna e poço aberto e entre coluna e
revestimento, é preciso calcular primeiro a expansibilidade individual da parede da
coluna, da parede do poço aberto e do revestimento. Com uma combinação adequada
destas é possível calcular as expansibilidades dos espaços anulares correspondentes,
como será visto. As expansibilidades da parede da coluna de perfuração, da parede do
poço aberto e da parede do revestimento são representadas pelas equações (4.1),
(4.2) e (4.3), respectivamente.

$£¤ G S
 TS¥‹¦§
TZ
(4.1)
¥‹¦§

Z G S
 TSj
TZ
(4.2)
j

‡ G S
 TSQp
TZ
(4.3)
Qp
42

As equações (4.1), (4.2) e (4.3) dependem de parâmetros geométricos e


elásticos que serão vistos mais adiante. Uma vez determinados esses parâmetros, as
expansibilidades dos espaços anulares também o estarão. O esquema adotado é o da
Figura (4.1). As expansibilidades dos anulares entre coluna e poço aberto e entre
coluna e revestimento, são representadas pelas equações (4.4) e (4.5),
respectivamente.

-¨ G S
 TSc©
TZ
(4.4)

-¨ G
 TSc©p
Sc©p TZ
(4.5)

Como já afirmado, a equação (4.4) pode ser escrita em função das equações
(4.1) e (4.2). A área do anular para o trecho entre coluna e poço aberto é dada pela
equação (4.6):

-¨ G Z − „$£¤ (4.6)

Como a área da equação (4.6) depende de  e , esta pode ser diferenciada em


relação ao tempo.

G −
TSc© TSj TS¥‹¦§
TV TV TV
(4.7)

Sendo -¨ constante, trabalhando a equação (4.4) e dividindo-a por ƒ, obtém - se a
equação (4.8).
43

-¨ G S
TZ  TSc©
TV c© TV
(4.8)

Substituindo as equações (4.6) e (4.7) na equação (4.8), esta se transforma:

-¨ G ªS ~ − 
TZ  TSj TS¥‹¦§
TV j bS¥‹¦§ « TV TV
(4.9)

As taxas da área do poço aberto e da área externa da coluna de perfuração estão


representadas pelas equações (4.10) e (4.11), respectivamente.

G Z Z
TSj TZ
TV TV
(4.10)

G „$£¤ $£¤
TS¥‹¦§ TZ
TV TV
(4.11)

Substituindo as equações (4.10) e (4.11) na equação (4.9):

-¨ G ªS ª Z − $£¤ «
TZ  TZ
Z „$£¤
TV j bS¥‹¦§ « TV
(4.12)

Finalmente simplificando a equação (4.12), a expansibilidade do espaço anular entre


coluna e poço aberto pode ser representada em função da expansibilidade das paredes
da coluna e do poço aberto, de acordo com a equação (4.13):
44

-¨ G
Sj ”j bS¥‹¦§ ”‹¦§
Sj bS¥‹¦§
(4.13)

A equação (4.13) será usada para os cálculos da velocidade do som neste


trecho. Para o cálculo do espaço do anular entre coluna e revestimento os
procedimentos são os mesmos adotados acima. Então, para este trecho do poço a
expansibilidade é representada pela equação (4.14).

-¨ G
SQp ”Šp bS¥‹¦§ ”‹¦§
SQp bS¥‹¦§
(4.14)

Assim, para cada trecho ou intervalo do poço, considerando o esquema da


Figura (4.1), existirá uma expansibilidade diferente. Estas expansibilidades dependem
de parâmetros elásticos. Basta, portanto determinar em função dos parâmetros
elásticos do tubo e da formação $£¤ , Z e ‡ que as expansibilidades dos anulares
-¨ e -¨ estarão completas.
45

Figura 4.1:
4.1 Modelo do poço adotado para o kick
46

Capítulo 5

Expansibilidades das Paredes da

Coluna, Poço Aberto e Revestimento

A expansibilidade é um parâmetro que depende de fatores geométricos e


elásticos do material. Para prever a expansibilidade é indispensável determinar a
variação da área em cada trecho do poço em função da pressão a que este está
submetido, ou seja, é preciso determinar as deformações elásticas da coluna, do poço
aberto e do revestimento.

Para o cálculo das tensões e deformações esses trechos serão tratados como
cilindros infinitos, com certa espessura. Será considerada uma distribuição de tensão
axi-simétrica, não serão consideradas tensões e deformações na direção , ou seja,
será considerado um estado plano de tensão-deformação nesta direção. Somente
serão analisadas deformações e tensões na direção radial para simplificar as equações
elásticas.

Nada impede que outros modelos sejam adotados, como um modelo


poroelástico para as paredes do poço aberto. A equação geral do deslocamento radial
de um cilindro sob as condições descritas acima é conhecida da teoria da elasticidade.
A equação (5.1) representa a equação geral para esse deslocamento radial.
47

() G Œ− + 2(1 − 3)%


 (L­)"
¬ ‡
(5.1)

Na equação (5.1), &, 3 e  representam o módulo de elasticidade do material,


coeficiente de Poisson do material e a distância radial em que se deseja calcular o
deslocamento. As constantes ! e % são calculadas de acordo com as condições de
contorno. Associada a equação (5.1), a equação (5.2) representa a tensão ao redor do
poço em função do raio.

5‡ G + 2%
"
‡‘
(5.2)

As equações (5.1) e (5.2) são as equações necessárias para o cálculo das


expansibilidades das paredes do poço, coluna e revestimento. As constantes ! e %
serão determinadas pelas condições de contorno para cada intervalo do poço. De
acordo com a Figura (4.1), a Tabela (5.1) descreve as áreas que serão utilizadas para
o cálculo das expansibilidades.

Tabela 5.1: Áreas do poço utilizadas no cálculo das expansibilidades

Áreas Descrição Valor


Z poço aberto ŽZ

H$£¤ interna da coluna ŽH$£¤




„$£¤ externa da coluna Ž„$£¤




H interna do 1º revestimento ŽH




„ externa do 1º revestimento Ž„




-¨ anular entre coluna e poço aberto Ž(Z − „$£¤



)

-¨ anular entre coluna e 1º revestimento Ž(H



− „$£¤

)
48

5.1 Expansibilidade do Poço (® )

Para o cálculo da expansibilidade da parede do poço aberto são utilizadas as


equações (5.1) e (5.2) com as condições de contorno esquematizadas na Figura (5.1) e
representadas pela equação
equaç (5.3).

Figura 5.1: Modelo para Expansibilidade do Poço

 G Z ; 5‡ G −
¯ X
 G ? ; 5‡ G −£
(5.3)

O sinal negativo das pressões na equação (5.3) indica que o sistema está
submetido a uma tensão de compressão. Substituindo as condições de contorno da
equação (5.3) na equação
uação (5.2):
49

− G ‡ ‘ + 2%
"

’
j X
−° G ‘ + 2%
"
(5.4)
±

Resolvendo o sistema da equação (5.4) para ! e %:

! G (£ − ) ±‘ b‡‘
± ‘ ‡j‘
(5.5)
j

%G
1 Z‡j‘ b`¦ ±‘
2 ª± ‘ b‡j‘ «
(5.6)

Substituindo ! e % na equação (5.1) o deslocamento radial para a parede do poço


aberto em função dos parâmetros elásticos desse intervalo será:

?2  2

(L­)( −) 2
2 − ?2
+ (1 − 3)
? −2
(, ) G ²− ³
 
¬ ‡ ~?2 −2 
(5.7)

Simplificando os termos da equação (5.7) chega-se a equação (5.8):

2
(b­) ~ − ? ‡
2 2
(L­) (Zb`¦ )? 2
(, ) G ¬
+ ¬
‡~?2 −2  ~?2 −2 
(5.8)

Com a equação do deslocamento radial (5.8) é possível determinar qual o


deslocamento que o poço sofre a uma distância  G Z quando submetido a uma
pressão  qualquer. Então, para  G Z na equação (5.8), chega-se a equação do
50

deslocamento radial que o poço possui a essa distância, representado pela equação
(5.9).

2
(b­) ~ − ? 
2 2
(L­) (Zb`¦ )? 
(Z , ) G +
¬ ~?2 −2  ¬ ~?2 −2 
(5.9)

Para conhecer a variação desse deslocamento radial, apresentado na equação


(5.9), em função da pressão, basta que esta equação seja derivada em relação à :

T´(‡j ,Z) (1+3) ± ‘ ‡j (1−3) ‡j‘


G +
TZ & ª± ‘ b‡j‘ « & ª± b‡j‘ «
‘
(5.10)

A equação (5.10) pode ser ainda simplificada, se for considerado que ? → ∞ quando
comparado ao raio do poço Z .

½T´(‡ ,Z) À
lim±→º ¼ TZ G & Á
(1+3) ‡j‘ (1−3) ‡j‘
+
j

¼ & ª± ‘ b‡j‘ «Á
(5.11)
‡‘
½b j¾ ‘ À
±
» » ¿ ¿

Z
T´(‡j ,Z) (1+3) 
G
TZ &
(5.12)

Sendo, ' G & ⁄2(1 + 3) , a equação (5.12) será escrita no formato abaixo:
51


T´(‡j ,Z)
G
1 
TZ 2' Z
(5.13)

Quando o poço se dilata, devido à variação da pressão, a área do poço aberto


passa a ser representada como nas equações (5.14) e (5.15).

G Ž|Z + (Z , )}



Z (5.14)

Z G ŽZ + 2ŽZ  + Ž (5.15)

Mas, Ž (Z , ) ≪ 2ŽZ  , assim:

Z G ŽªZ + 2Z « (5.16)

Como  G ªZ , «, a derivada da equação (5.16) em relação à pressão .

G 2ŽZ
TSj T´(‡j ,Z)
TZ TZ
(5.17)

Substituindo a equação (5.12) na equação (5.17):


52

G 2ŽZ G
TSj ‡j ‡j‘
TZ Ã Ã
(5.18)

Através da definição de expansibilidade, equação (4.2), a expansibilidade da parede do


poço Z será:

Z G S G ‡ ‘ ∴
 TSj  ‡j‘
TZ Ã
(5.19)
j j

Simplificando a equação (5.19) tem-se a expressão final para a expansibilidade da


parede do poço:

Z G Ã

(5.20)

5.2 Expansibilidade da Coluna (


)

Para a expansibilidade da coluna de perfuração será usada também a equação


(5.1), que descreve o deslocamento radial para cilindros. A Figura (5.2) ilustra o caso
específico para a coluna de perfuração, quando a coluna sofre um deslocamento radial
devido à passagem do fluido pelo anular. Quando o fluido estiver descendo por dentro
da coluna a expansibilidade será diferente e igual ao caso da expansibilidade do
revestimento, Equação (5.42), respeitando-se os raios interno e externo. O cálculo que
será desenvolvido neste momento será útil para completar o cálculo da expansibilidade
dos anulares. As condições de contorno para caso do fluido passando pelo anular são
descritas através da equação (5.21).
53

H$£¤

Figura 5.2 Modelo para expansibilidade da coluna de perfuração (


)

 G H$£¤ ; 5‡ G −H$£¤
¯ X
 G „$£¤ ; 5‡ G −
(5.21)

Seguindo os mesmos passos do cálculo da expansibilidade do poço, as


constantes ! e % para as condições de contorno (5.21) são:

! G ( − H$£¤ ) ª‡ ‘;b‡
2 ‡ ‘
¥‹¦§
Q‹¦§ «
‘ (5.22)
¥‹¦§

%G2
1 ZQ‹¦§ ‡Q‹¦§
‘
bZ‡¥‹¦§
‘

ª‡¥‹¦§
‘ b‡ ‘ « (5.23)
Q‹¦§

Substituindo ass equações (5.22) e (5.23) na equação (5.1) e fazendo  G „$£¤ , o


deslocamento radial da coluna será como mostra a equação (5.24).

(„$£¤ , ) G +
(
(b­) ªZQ‹¦§ ‡Q‹¦§
‘
bZ‡¥‹¦§
‘
«‡¥‹¦§ (L­) (ZQ‹¦§ bZ)  ‡¥‹¦§
‘
‡Q‹¦§
‘

¬ ª‡¥‹¦§
‘ b‡ ‘ « ¬ ‡¥‹¦§ ‡¥‹¦§ ª‡
ª ¥‹¦§
‘ b‡ ‘ « (5.24)
Q‹¦§ Q‹¦§
54

Derivando-se („$£¤ , ) em relação à  e simplificando, a equação (5.24) transforma-se


na equação (5.25).

G−
T´(‡¥‹¦§ ,Z) (b­)‡¥‹¦§
Ä
L (L­)‡¥‹¦§ ‡Q‹¦§
‘

TZ ‘ b‡ ‘ «
¬ª‡¥‹¦§
(5.25)
Q‹¦§

Quando a coluna se dilata, devido à variação da pressão, a área da coluna passa a ser:

„$£¤ G ŽJ„$£¤ + („$£¤ , )K (5.26)

„$£¤ G Ž„$£¤

+ 2Ž„$£¤  + Ž (5.27)

Sendo Ž2 (8 , ) ≪ 2Ž8  , a área da coluna pode ser escrita na seguinte forma:

„$£¤ G Ž(„$£¤

+ 2„$£¤ ) (5.28)

Como  G („$£¤ , ), a derivada da equação (5.28) em relação à pressão será:

G 2Ž„$£¤
TS¥‹¦§ T´(‡¥‹¦§ ,Z)
TZ TZ
(5.29)

De acordo com a Equação (4.1) a expansibilidade da coluna será:

$£¤ G ‡ ‘ 2Ž„$£¤ G‡
 T´(‡¥‹¦§ ,Z)  T´(‡¥‹¦§ ,Z)
TZ TZ
(5.30)
¥‹¦§ ¥‹¦§
55

Substituindo a Equação (5.25) na Equação (5.30) e simplificando, finalmente chega-se


à expansibilidade da coluna de perfuração, Equação (5.31), para o caso do fluido
passando pelo anular.

X(b­)‡ ‘ ‘ X
$£¤ G − ¥‹¦§L (L­)‡Q‹¦§
(Å,)¬ª‡¥‹¦§ b‡Q‹¦§ «
‘ ‘ (5.31)

5.3 Expansibilidade do Revestimento (ÆÇ )

Partindo da equação (5.1), já definida para a expansibilidade de um cilindro,


será possível encontrar a expressão para a expansibilidade do revestimento. Tal
situação é ilustrada de acordo com a Figura (5.3). As condições de contorno para o
revestimento são representadas através da equação (5.32).

Figura 5.3 Modelo para expansibilidade do revestimento (


)
56

 G H ; 5‡ G −
¯ X
 G „ ; 5‡ G −£
(5.32)

Para as condições de contorno da equação (5.32), as constantes ! e % da equação


(5.1) são:

! G (£ − ) ª‡ ‘¥pb‡Qp‘ «
‡‘ ‡‘
(5.33)
¥p Qp

%G2
1 Z‡Qp
‘
b`¦ ‡¥p
‘

ª‡¥p
‘ b‡ ‘ « (5.34)
Qp

Da mesma forma que nos casos anteriores, substitui-se ! e % na equação (5.1),


considera-se  G H . Assim é possível obter a expessão para o deslocamento radial do
revestimento representado pela equação (5.35).

(H , ) G +
(L­) (Zb`¦ )‡¥p
‘ ‡
Qp (b­) ªZ‡Qp
‘ ‘ «‡
b`¦ ‡¥p Qp
¬ ª‡¥p
‘ b‡ ‘ « ¬ ª‡¥p
‘ b‡ ‘ « (5.35)
Qp Qp

Deriva-se a equação (5.35) em relação à pressão:


57

G +
T´(‡Qp ,Z) (L­) ‡¥p
‘ ‡
Qp (b­) ‡Qp
Ä

TZ ¬ ª‡¥p
‘ b‡ ‘ « ¬ ª‡¥p
‘ b‡ ‘ « (5.36)
Qp Qp

Quando o revestimento se dilata, devido à variação da pressão, a área do revestimento


passa a ser como abaixo:

H G ŽJH + (H, )K (5.37)

H G ŽH

+ 2ŽH  + Ž (5.38)

Sendo Ž (H , ) ≪ 2ŽH  , a área pode ser escrita no formato da equação (5.39).

„$£¤ G ŽJH

+ 2H (H , )K (5.39)

Como  G (H , ), a derivada da equação (5.39) em relação à pressão será como a
seguir:

G 2ŽH TZ
TSQp T´
TZ
(5.40)

De acordo com a definição da equação (4.3) a expansibilidade do revestimento será:

‡ G È G ‡ ‘ 2ŽH G‡
 TSQp  T´(‡Qp ,Z)  T´(‡Qp ,Z)
Ép TZ TZ TZ
(5.41)
Qp Qp
58

Substituindo a equação (5.36) na equação (5.41) finalmente chega-se a equação


(5.42), da expansibilidade do revestimento.

X(b­)‡ ‘ L (L­)‡ ‘ X
‡ G 2 Qp
‘ b‡ ‘ «
¬ª‡¥p
¥p
(5.42)
Qp

A Equação (5.42) serve para o caso do fluido passando por dentro da coluna de
perfuração, onde somente os raios interno e externo podem ser diferentes.

5.4 Expansibilidades dos Espaços Anulares

Com as expansibilidades das paredes da coluna de perfuração e do poço


aberto, é possível determinar a expansibilidade do espaço anular entre a coluna e o
poço aberto. Primeiramente substituem-se as equações (5.20) e (5.31) na equação
(4.13):

-¨ G ê‡ ‘ b‡‘ + (Å,)¬ª‡


‡j‘ ‡‘
¥‹¦§ |(b­)‡¥‹¦§
‘
L (L­)‡Q‹¦§
‘
}
« ‘
¥‹¦§ b‡Q‹¦§ «ª‡j b‡¥‹¦§ «
‘ ‘ ‘ (5.43)
j ¥‹¦§

Sendo ', o módulo de elasticidade transversal da formação e 3 módulo de Poisson da


coluna.

Para o cálculo da expansibilidade do anular entre a coluna de perfuração e o


revestimento, basta substituir as equações (5.31) e (5.41) na equação (4.14).
59

 X‡Qp ‘ }X
-¨ G N + t
‘
|(b­)‡Qp
‘
L (L­)‡¥p ‡¥‹¦§
‘
|(b­)‡¥‹¦§
‘
L (L­)‡Q‹¦§
‘
}
¬ ª‡¥p
‘ b‡ ‘ «ª‡ ‘ b‡ ‘ « ª‡Qp
‘ b‡ ‘ «ª‡ ‘ b‡ ‘ « (5.44)
Qp Qp ¥‹¦§ ¥‹¦§ ¥‹¦§ Q‹¦§

Sendo & e 3, o módulo da elasticidade e o coeficiente de Poisson do


revestimento, respectivamente.
60

Capítulo 6

Velocidade do Som Dentro do

Poço e Tempo Característico

As ondas de pressão geradas pela circulação de um kick ou pela operação de


fechamento do choke propagam-se com a velocidade do som dentro do poço. O
intervalo de tempo que essas ondas levam para percorrer até um dado ponto dentro do
poço e voltar ao ponto de origem é chamado de tempo característico. Considerando
que uma onda de pressão seja gerada no choke e só seja refletida na entrada da
coluna de perfuração e sendo (‰Ê a profundidade do poço, o tempo característico $
será:

$ G
hËÌ
Ík
(6.1)

A equação (6.1) determina o tempo que uma onda de pressão leva para sair de
um ponto, encontrar um obstáculo que a reflita para o ponto de onde partiu. No caso do
modelo de poço adotado nesta dissertação este obstáculo é a entrada da coluna de
perfuração.
61

O tempo característico é importante na análise de escoamentos transientes, pois


caracteriza qualquer procedimento ou manobra no poço que modifica a vazão dos
fluidos envolvidos, como numa operação de circulação de um influxo. Se o tempo em
que é executado algum tipo de procedimento, visando o controle da vazão, for menor
ou igual ao tempo característico do poço, essa manobra é dita “rápida” (Walski, 2003).

As operações “rápidas” produzem uma compressão maior dos fluidos e uma


deformação mais acentuada nas paredes do poço. Como consequência esse tipo de
operação produz pressões transientes maiores que devidamente interpretadas podem
trazer informações interessantes a cerca do fluido invasor e ou da formação. A Tabela
(6.1) caracteriza o tipo de manobra de acordo com o tempo ‰ em que é executada. Um
exemplo comum de operação que pode ser rápida é o fechamento do choke.

Tabela 6.1: Classificação do controle de fechamento de válvulas (Walski, 2003)

Tempo de Fechamento do Choke (‰ ) Característica da Operação

‰ G 0 “instantânea”

‰ ≤ $ “rápida”

‰ > $ “gradual”

‰ ≫ $ “lenta”

A velocidade do som não é útil apenas para calcular o tempo característico do


poço e caracterizar o tipo de fechamento do choke, mas também pode ser uma
ferramenta útil para o operador do choke. Com a velocidade do som é possível saber
ainda quanto tempo uma onda de pressão, produzida por uma operação no choke, leva
para chegar até o fundo do poço ou nos revestimentos. Assim o operador pode estimar
quanto tempo deve esperar para efetuar um próximo ajuste do choke, evitando
62

variações bruscas da pressão nas operações da circulação dos influxos. É possível


também aproveitar a relação existente entre a velocidade do som e as características
do fluido e das paredes do poço. Estimando-se o tempo de trânsito para cada trecho do
poço é possível correlacionar esses parâmetros com a velocidade do som como será
visto mais adiante.

A velocidade do som, 1\F , dentro dos trechos do poço é dependente da


compressibilidade do fluido, da densidade do fluido e da expansibilidade das paredes
do poço. De acordo com a equação (3.30) e o esquema da Figura (4.1) existem cinco
velocidades do som diferentes para o modelo da circulação de kick proposto.

As velocidades do som são:

• (1\ ) - velocidade do som dentro da coluna de perfuração contendo fluido de


perfuração;

• (1\ ) - velocidade do som no anular, entre a coluna de perfuração e o poço


aberto, na presença do fluido de perfuração;

• (1\ ) - velocidade do som no anular, entre a coluna de perfuração e o poço


aberto, porém contendo o kick de óleo;

• (1\ ) - velocidade do som no anular, entre a coluna de perfuração e o poço


aberto, na presença do fluido de perfuração. Essa velocidade é calculada pela
distância do topo do kick em relação à sapata do revestimento. Teoricamente
essa velocidade é igual a 1\ . Numericamente existe uma diferença, uma vez
que esta velocidade é calculada pela relação entre a distância do topo do kick
63

e a sapata do revestimento e o intervalo de tempo  usado para a simulação.


Essa diferença pode ser compreendida no item E do Capítulo 7.

• (1\ ) - velocidade do som no anular entre a coluna e o revestimento, na


presença do fluido de perfuração.

Essas velocidades podem ser representadas pelas equações abaixo.

\ G “f

[ ª”‹¦§ L$[ «
(6.2)

Substituindo a Equação (5.42) na Equação (6.2) a velocidade do som dentro da coluna


de perfuração preenchida por fluido de perfuração será:

\ G

Ð X(pÑÒ)Š‘
Q‹¦§ Ó
(pÓÒ)Š‘ X (6.2)
f[ d ‘ ‘
¥‹¦§ L$ m
[
Ô~Š¥‹¦§ ъQ‹¦§ 

Para a região do anular entre a coluna e o poço aberto preenchido por fluido de
perfuração a velocidade será:

\ G “f

[ ª”c© L$[ «
(6.3)

Substituindo a equação (5.43) na equação (6.3) a velocidade do som \ será:


64

\ G

Ð Š‘ Š‘ Œ(pÑÒ)Š‘¥‹¦§ Ó
(pÓÒ)Š‘ 
(6.4)
j
f[ d ‘ ‘ L ¥‹¦§ ‘ Q‹¦§
L$[ m
Õ~Šj ъ¥‹¦§  Ô~Š¥‹¦§ ъQ‹¦§ ~Šj ъ‘
‘ ‘
¥‹¦§ 

O mesmo procedimento é realizado para as outras velocidades. Assim para \ , \ e
\ as equações da velocidade do som será respectivamente como listado abaixo:

\ G

Ð Š‘ Š‘ Œ(pÑÒ)Š‘
¥‹¦§ Ó
(pÓÒ)Š‘ 
(6.5)
j
fÖ d ‘ ‘ L ¥‹¦§ ‘ Q‹¦§
L$Ö m
Õ~Šj ъ¥‹¦§  Ô~Š¥‹¦§ ъQ‹¦§ ~Šj ъ‘
‘ ‘
¥‹¦§ 

\ G

Ð Š‘ Š‘ Œ(pÑÒ)Š‘ ‘
¥‹¦§ Ó (pÓÒ)ŠQ‹¦§ 
(6.6)
j
f[ d ‘ ‘ L ¥‹¦§ ‘ L$[ m
Õ~Šj ъ¥‹¦§  Ô~Š¥‹¦§ ъ‘ ‘ ‘
Q‹¦§ ~Šj ъ¥‹¦§ 

\ G

Ð X ‘ ‘ ‘ X ‘ ‘ ‘
‘ Š Œ(pÑÒ)ŠQp Ó (pÓÒ)Š¥p  Š¥‹¦§ Œ(pÑÒ)Š¥‹¦§ Ó (pÓÒ)ŠQ‹¦§ 
(6.7)
f[ d ž Qp ‘ L ŸL$[ m
Ô ~Š ъ‘ ~Š‘ ъ‘ ‘ ‘ ‘ ‘
¥p Qp Qp ¥‹¦§  ~ŠQp ъ¥‹¦§ ~Š¥‹¦§ ъQ‹¦§ 

As velocidades do som, \ e \ , do ponto de vista analítico são iguais, como
comentado. Porém, numericamente essas velocidades diferem como será apresentado
mais adiante, no Capítulo 7. Para alguns casos de interesse prático podem ser
consideradas iguais, como será visto neste capítulo. A Equação (6.1) é válida quando
a leitura da sobre pressão é feita no próprio ponto onde esta se originou. Neste
trabalho, um Golpe de Aríete é simulado com o fechamento total do choke. Então,
registra-se o tempo de chegada dessa sobre pressão na entrada da coluna de
perfuração, ou seja numa distância 2(‰Ê . Qualquer outra forma para se gerar um pulso
65

de pressão pode ser adotado, até mesmo um pulso gerado no fundo do poço através
de um restritor de fluxo.

Neste momento será adotado um modelo para a determinação do tempo de


chegada de um pulso de pressão saindo do choke e chegando à entrada da coluna de
perfuração. Com a ajuda do esquema da Figura (7.2), o tempo característico $ para
manobras no choke até o instante em que o kick é circulado próximo à sapata do
revestimento será:

$ G ( +  +  +  +  ) (6.8)

Sendo os termos da equação (6.8) definidos a seguir, como:

•  - é o tempo que a onda de pressão leva do fundo do poço até a entrada da


coluna de perfuração;

•  - é o tempo que a onda de pressão leva do fundo do poço ((‰Ê ) até


a interface ) do kick (base do kick);

•  - é o tempo que a onda de pressão leva da base do kick () ) até a


interface ) do kick (topo do kick);

•  - é o tempo que a onda de pressão leva do topo do kick () ) até a


sapata do revestimento (±¬ ;
66

•  - é o tempo que a onda de pressão leva da sapata do revestimento


((±¬ ) até o choke ((×Ê G 0);

No esquema adotado da Figura (7.2) as profundidades seguem a


seguinte ordem decrescente: (‰Ê > ) > ) > (±¬ > (×Ê . A equação (6.8) pode
ser escrita na forma:

Xh X
$ G Œ ÍËÌ + + + + 
(hËÌ bPp ) (Pp bP‘ ) (P‘ bhØÔ ) (hØÔ bhÙÌ )
Ík‘ ÍkÄ Ík‘ ÍkÚ
(6.9)
kp

No caso da equação (6.9), a velocidade do som 1\ G 1\ . A velocidade


do som, no trecho em que se calcula o tempo  , é igual à velocidade 1\ ,
devido às características iguais da expansibilidade do trecho, da
compressibilidade e da densidade do fluido. Agrupando as parcelas da
equação (6.9), pode-se escrever a equação (6.9) como abaixo:

XhËÌ X
$ G Œ − + + 
(bhËÌ LPp bP‘ LhØÔ ) (Pp bP‘ ) (hØÔ bhÙÌ )
Íkp Ík‘ ÍkÄ ÍkÚ
(6.10)

$ G Œ ÍËÌ − + + 
h (bhËÌ LPp bP‘ LhØÔ ) (Pp bP‘ ) hØÔ
Ík‘ ÍkÄ ÍkÚ
(6.11)
kp

A diferença ) − ) , na equação (6.11) é a altura do kick ((FH$F ) e pode ser


calculada através do volume do ganho de lama nos tanques (“pit gain”).
Dividindo-se o volume ganho no tanque pela área do espaço anular onde se
encontra o kick, a altura deste pode ser determinada.
67

XhËÌ X
$ G Œ + + + 
(hËÌ bhÖQ‹Ö bhØÔ ) hÖQ‹Ö hØÔ
Íkp Ík‘ ÍkÄ ÍkÚ
(6.12)

A equação (6.12) é o tempo que a onda de pressão leva para sair do


choke até a entrada da coluna de perfuração. O tempo mínimo que a onda
leva para sair do choke e chegar ao fundo do poço é ‰Ê G ( +  +  +  ).

Um fechamento brusco do choke pode produzir oscilações na pressão.


Através da análise gráfica dessas oscilações é possível determinar o tempo
($ ) entre o momento em que o choke é fechado e o momento em que a onda
de pressão chega à entrada da coluna de perfuração. A equação (6.12)
sugere a possibilidade de se determinar as velocidades do som 1\ e 1\
através desse tempo de trânsito, uma vez que as velocidades do som 1\ e
1\ são conhecidas.

Como a velocidade do som depende do coeficiente transversal elástico


da formação e da compressibilidade dos fluidos, existe a possibilidade da
determinação desses parâmetros através desses pulsos de pressão gerados
no choke.

Neste trabalho serão determinados alguns parâmetros elásticos da


formação, como exemplo de aplicação. A possibilidade de se inferir o
coeficiente transversal elástico da formação que gerou o influxo pode
aumentar o conhecimento sobre as características dessa formação.

O coeficiente transversal elástico ou módulo de rigidez determinado


nestes casos será uma média de toda a extensão do poço aberto, já que o
intervalo adotado neste trabalho é grande. Uma vez que exista um número
maior de medidores de pressão em intervalos menores dentro do poço é
possível que se melhore a resolução desse parâmetro. Caso o kick esteja
passando por uma região aonde já se conheça o módulo de rigidez da
formação é possível determinar-se a compressibilidade do kick, já que este
também é um parâmetro pertencente à velocidade do som.
68

Capítulo 7

Solução do Sistema das Equações da Conservação de


Massa e Momento pelo Método das Diferenças Finitas

As equações (3.50) e (3.51) não podem ser resolvidas analiticamente. Dessa


forma um modelo numérico explícito, utilizando o método de diferenças finitas de
primeira ordem foi proposto nesse trabalho.

No ponto P, da Figura (7.1), estão representadas as retas características onde


se encontra a solução do sistema, formado pelas equações (3.50) e (3.51). O sistema
será resolvido determinando-se a velocidade e a pressão neste ponto. Para isto, é
necessário conhecer os valores das velocidades e pressões nos pontos imediatamente
anteriores e posteriores ao ponto P, num instante anterior. Esses pontos são definidos
pela condição inicial do sistema. Uma vez definida a condição inicial o cálculo das
velocidades e das pressões é realizado sucessivamente para todos os outros pontos
da malha.

A discretização da malha dependerá da velocidade do som em cada trecho do


poço. No esquema do poço adotado da Figura (4.1) existem trechos com
características elásticas e geométricas diferentes. Neste caso existirão também
discretizações (F ) diferentes para cada trecho. No entanto, como todo o sistema deve
ser resolvido para um mesmo intervalo de tempo, algumas considerações devem ser
feitas com relação à estabilidade e convergência.
69

Para que a solução numérica traga os resultados da forma esperada, ou seja,


estáveis e convergentes, alguns critérios devem ser satisfeitos. Um esquema
convergente de diferenças finitas pode ser utilizado, fazendo as dimensões da malha,
definidas pelos valores de F e , tender a valores próximos do zero. Na Figura (7.1)
pode ser visualizada a malha.

Å + 3

Å + 2

Ü Ý
Å +  ?
ÛL Ûb
Å !
F ; − 1 F ; F ; + 1 F

Figura 7.1: Malha para aplicação do método das diferenças finitas

Ao se aumentar a discretização do sistema, o número de operações lógicas


efetuadas pelo computador aumenta e consequentente o erro computacional também,
devido aos truncamentos e arredondamentos. Por isso deve-se ter cuidado com a
diminuição do tamanho da malha. Para que o método das caracteristicas seja estável
a equação (7.1) deve ser satisfeita (Streeter e Wylie, 1978).

G 1\F
ezÖ
eV
(7.1)
70

Deve-se escolher o incremento de tempo e um número inteiro de divisões N de


cada trecho do poço de forma que a equação (7.1) seja obedecida e o sistema possa
ser resolvido para um mesmo incremento de tempo. Sistemas com trechos diferentes
podem ser resolvidos fazendo-se uma pequena aproximação para a velocidade do som
(Lessa, 1984).

Com foi visto no Capítulo 6, existem cinco velocidades do som possíveis para o
modelo adotado neste trabalho. Com a ajuda da Figura (7.2) , o sistema pode ser
discretizado com algumas aproximações para a velocidade do som. Fixado o mesmo
incremento de tempo para todos os trechos do poço, o cálculo da malha segue com as
aproximações propostas abaixo.

A. para o trecho entre a entrada da coluna de perfuração e o fundo do poço:

I.  G   <;9

II.  G 1\ 

 G ~ ezËÌ  →   u8 ƒ88 8 9; ƒ 8 ;78;


h
III.
p

 G → 7     


hËÌ
Þp
IV.

1\ G → 7     1\


ezp
eV
V.

B. para o trecho entre fundo do poço e a base do kick:

I.  G   <;9

II.  G 1\ 

 G ~  →   u8 ƒ88 8 9; ƒ 8 ;78;


hËÌ bPp
ez‘
III.
71

 G → 7     


hËÌ bPp
ޑ
IV.

1\ G → 7     1\


ez‘
eV
V.

C. para o trecho entre a base e o topo do kick:

I.  G   <;9

II.  G 1\ 

 G ~  →   u8 ƒ88 8 9; ƒ 8 ;78;


Pp bP‘
ezÄ
III.

 G → 7     


Pp bP‘
ÞÄ
IV.

1\ G → 7     1\


ezÄ
eV
V.

D. para o trecho entre o topo do kick e a sapata do revestimento:

I.  G   <;9

II.  G 1\ 

 G ~  →   u8 ƒ88 8 9; ƒ 8 ;78;


P‘ bhØÔ
ezß
III.

 G → 7     


P‘ bhØÔ
Þß
IV.

1\ G → 7     1\


ezß
eV
V.
72

E. para o trecho entre a sapata do revestimento e a superfície:

I.  G   <;9

II.  G 1\ 

 G ~  →   u8 ƒ88 8 9; ƒ 8 ;78;


hØÔ bhkÌ
e Ú
ez
III.

 G → 7     


hØÔ bh
b kÌ
ÞÚ
IV.

1\ G → 7     1\


ezÚ
eV
V.

Figura 7.2: Esquema do poço para


p a simulação no instante inicial da circulação
73

Analisando a forma como a malha foi construída, o erro a que o modelo


numérico está submetido, encontra-se nas aproximações para o cálculo da velocidade
do som, quinto item (“V.”). Essa aproximação para a velocidade do som não produz
erros significativos (Lessa, 1984). Quando o número de nós da malha é calculado e
arredondado, um novo valor para o incremento de  deve ser determinado e
consequentemente um novo valor para a velocidade do som. Deste modo a malha é
construída com o mesmo incremento de tempo para todos os trechos.

A condição inicial é a situação em que se encontra o poço antes da circulação


do kick. As condições de contorno na entrada da coluna de perfuração, no fundo do
poço, no revestimento e no choke serão vistas com mais detalhes a frente.

Em cima das considerações que foram feitas a cerca do método numérico as


equações (3.50) e (3.51) podem ser substituídas pelas suas respectivas expressões
em diferenças finitas. O esquema da Figura (7.3) será usado como base para o cálculo
dessas expressões.

1 (;),  (;)
 + 
1 1
+1\F −1\F

F F
1 (; − 1) 1 (;),  (;) 1 (; + 1) 
 (; − 1)  (; + 1)

Figura 7.3: Esquema para diferenças finitas das equações (3.50) e (3.51)
74

Na Figura (7.3), 1 (;) e  (;) são a velocidade e a pressão no trecho ; do poço,


num instante  + , respectivamente. Sendo 1 (; − 1) e  (; − 1) a velocidade e a
pressão num ponto imediatamente anterior ao ; e num tempo anterior . A
velocidade 1 (; + 1) e a pressão  (; + 1) são pontos imediatamente posteriores ao nó
;, para um para esse mesmo tempo . A inclinação das retas características da
 
LÍkÖ bÍkÖ
equação (3.50) e (3.51) são representadas pelos termos e respectivamente.

Sendo 1\F a velocidade do som no trecho . O incremento do espaço anterior ao ponto


; e posterior a este é F , que podem ser iguais ou não. Se o ponto em que se quer
calcular a pressão e a velocidade for um ponto que contiver uma descontinuidade, as
velocidades do som imediatamente anterior e posterior a este ponto serão diferentes.
Logo, havendo uma descontinuidade, o incremento no espaço, F , será diferente
antes e depois desse ponto.

Exemplos de descontinuidades de área são os pontos que representam as


passagens da coluna de perfuração para o anular à poço aberto, a passagem deste
anular para o revestimento e por último a passagem para o choke.

Aplicando as diferenças finitas nas equações (3.50) e (3.51), chegamos as suas


representações numéricas definidas pelas equações (7.2) e (7.3):

+f + δ  + f G0
͑ (H)bÍp (Hb)  `‘ (H)b`p (Hb)  Y`[ŠQ‹ (Hb)
eV R ÍkÖ eV YzÖ
(7.2)
R

−f + δ  + f G0
͑ (H)bÍp (HL)  `‘ (H)b`p (HL)  Y`[ŠQ‹ (HL)
eV R ÍkÖ eV YzÖ
(7.3)
R
75

Sendo δ e δ positivo ou negativo (+1 ou -1) dependendo do sentido do fluxo,


se estiver descendo pela coluna (-1) ou subindo pelo anular (+1). Isto se deve ao fato
das equações do fluxo terem sido deduzidas para a região do anular. Assume-se o
conhecimento das velocidades e das pressões num instante anterior, neste caso,
representados por: 1 (; − 1), 1 (; + 1),  (; − 1),  (; + 1). As variáveis a serem
calculadas num instante posterior serão: a velocidade 1 (;) e a pressão  (;).

Resolvendo as equações (7.2) e (7.3) para a velocidade e a pressão, obtém-se


seus valores explícitos, através das equações (7.4) e (7.5)

1 (;) G + − − f Œ + 
Íp (Hb)LÍp (HL) `p (Hb)b`p (HL) (ep Le‘ )geV eV Y`[ŠQ‹ (Hb) Y`[ŠQ‹ (HL)
 fR ÍkÖ  YzÖ YzÖ
(7.4)
R

 (;) G + + − Œ −X
fR ÍkÖ JÍp (Hb)bÍp (HL)K `p (Hb)L`p (HL) (e‘ bep )geVfR ÍkÖ ÍkÖ eV Y`[ŠQ‹ (Hb)
    YzÖ

X− Y`[ŠQ‹(HL)
YzÖ
(7.5)

Caso as equações (7.4) e (7.5) sejam aplicadas na interface entre dois fluidos
diferentes, pode-se adotar as propriedades de um dos dois para representar esse
ponto.

Para o cálculo da pressão e da velocidade na superfície (entrada da coluna), no


fundo do poço (passagem da coluna para poço aberto), na passagem do poço aberto
para o revestimento e deste para o choke (saída dos fluidos), procedimentos especiais
devem ser adotados, pois nestes pontos existe uma descontinuidade de área.
76

7.1 Condição de Contorno na Entrada da Coluna de Perfuração

Para calcular os valores correspondentes ao nó da entrada da coluna de


perfuração, é necessário que os termos da equação (7.3) tenham índice ; igual a zero.
A condição de contorno desta fronteira será a entrada do fluido de perfuração com
vazão + (0), fornecida através de um perfil de injeção. Este perfil de injeção do fluido é
o perfil de circulação do kick.

Dividindo-se a vazão fornecida no ponto ; G 0 pela área da coluna determina-


se a velocidade 1 (0) . Resolvendo o sistema formado por esta velocidade de injeção e
pela equação (7.3) é possível determinar a pressão nesse ponto. Os esquemas que
representam a condição de contorno na entrada da coluna de perfuração e o perfil de
injeção do fluido são representados pelas Figuras (7.4) e (7.5) respectivamente.

 +  1 (0),  (0)

1\F

F

 (1), 1 (1)

Figura 7.4: Esquema da condição de contorno na entrada da coluna


77

1 (0)
peråil C
peråil B

peråil A

Å €H

Figura 7.5: Perfis de circulação de um kick

O modelo admite qualquer perfil de injeção para o fluido de perfuração ou


circulação de kick. A Figura (7.5) somente exemplifica os tipos de perfis utilizados nas
simulações desta dissertação, para materializar a condição de contorno da equação
(7.6). Fazendo δ G −1, 1\F G 1\ , 4I G 4€ , ƒF G ƒ e equacionando o sistema,
chega-se ao valor no nó da entrada da coluna:

1 (0) G
ᑠ(Å)
SQ‹¦§
(7.6)

 (0) G  (1) + 4€ 1\ J1 (0) − 1 (1)K − 4€ 1\  + 1\ 


Y`[ŠQ‹ ()
Yzp
(7.7)
78

7.2 Condição de Contorno na Passagem pelo Anular e Choke

No fundo do poço, existe uma descontinuidade de área na passagem da coluna


de perfuração para o anular, entre a coluna e o poço aberto. Essa descontinuidade
também é encontrada na passagem do poço aberto para o revestimento da sapata e
deste para o choke. As velocidades do som imediatamente antes e depois desses
pontos são diferentes, pois a área e o tipo de material são diferentes (características
elásticas). Alguns procedimentos especiais devem ser adotados para estes pontos.

A Lei de Bernoulli e a conservação da vazão serão aplicados aos pontos,


imediatamente anterior e posterior ao nó que contém a descontinuidade de área.
Supondo que a descontinuidade aconteça num ponto ; qualquer, a conservação da
vazão e a equação de Bernoulli são descritas pelas equações (7.8) e (7.9)
respectivamente.

A(; − 1)1 (; − 1) G A(; + 1)1 (; + 1) (7.8)

+ G +
͑‘ (Hb) `‘ (Hb) ͑‘ (HL) `‘ (HL)
 f[  f[
(7.9)

O passo no tempo continua tendo que ser o mesmo para todo o sistema. A
relação entre as retas características na passagem no fundo do poço é representada
pelas equações (7.10) e (7.11):

 G
ezp
Íkp
(7.10)
79

 G
ez‘
Ík‘
(7.11)

Igualando as equações (7.10) e (7.11):

G Íkp
ezp Í
ez‘
(7.12)

Na passagem, do poço aberto para o revestimento, os procedimentos para


determinar as velocidades e pressões são similares aos desenvolvidos logo acima.
Assim, pode-se escrever:

 G
ezß
Íkß
(7.13)

 G
ezÚ
ÍkÚ
(7.14)

Igualando as equações (7.13) e (7.14):

G Íkß
ezß Í
ezÚ
(7.15)

As retas características para o cálculo da pressão e da velocidade nessas duas


situações é representado esquematicamente pela Figura (7.6).
80

1 (F − 1) 1 (F ) 1 (F + 1)

 (F − 1)  (F )  (F + 1)


 + 

1\F 1\F

F F F F


1 (F − 2) 1 (F − 1) 1 (F ) 1 (F + 1) 1 (F + 2) 

 (F − 2)  (F − 1)  (F )  (F + 1)  (F + 2)

Figura 7.6: Esquema para cálculo do nó, na passagem do fluido da coluna para o
anular (entre coluna e poço aberto).

O índice para o caso da passagem pelo fundo do poço será ; G F G , na


passagem pela sapata do revestimento é ; G F G  e na passagem pelo choke
; G F G  .

7.2.1 Condição de Contorno no Fundo do Poço

Baseado no fato de que existe uma descontinuidade de área no fundo do poço


e de acordo com o esquema da Figura (7.2), foi considerado que o kick de óleo já se
encontra a uma distância do fundo do poço (‰Ê − ) ≠ 0. Com isso a densidade do
fluido a ser considerada, antes desse ponto de descontinuidade e depois deste, é a do
fluido de perfuração (4I G 4€ ). Já as velocidades do som antes e depois desse ponto
serão diferentes. De acordo com os esquemas das Figuras (7.2) e (7.6) o cálculo das
81

pressões e das velocidades devem obedecer ao sistema formado pelas equações


(7.16), (7.17), (7.18) e (7.19). Esse sistema contém quatro equações e quatro
incógnitas.

+ + δ  + G0
͑ (Hb)bÍp (Hb)  `‘ (Hb)b`p (Hb)  Y`[ŠQ‹ (Hb)
eV f[ Íkp eV f[ Yzp
(7.16)

− + δ  + G0
͑ (HL)bÍp (HL)  `‘ (HL)b`p (HL)  Y`[ŠQ‹ (HL)
eV f[ Ík‘ eV f[ Yz‘
(7.17)

1 (; + 1) G 1 (; − 1)
SQ‹¦§
Sc©
(7.18)

+ G +
͑‘ (Hb) `‘ (Hb) ͑‘ (HL) `‘ (HL)
 f[  f[
(7.19)

O objetivo é determinar as velocidades 1 (; + 1), 1 (; − 1) e as pressões


P (; + 1) e  (; − 1). Neste caso δ G −1 representa o fluido que está dentro da
coluna e δ G 1 o fluido que está no anular.Isolando  (; − 1) na equação
(7.16):

 (; − 1) G  (; − 2) − 4€ 1\ J1 (; − 1) − 1 (; − 2)K − δ 4€ 1\ ƒ − 1\ ƒ


Y`[ŠQ‹ (Hb)
Yzp
(7.20)

Trabalhando a equação (7.17) e isolando  (; + 1):


82

 (; + 1) G  (; + 2) + 4€ 1\ J1 (; + 1) − 1 (; + 2)K + δ 41\  + 1\ 


Y`[ŠQ‹ (HL)
Yz‘
(7.21)

Substituindo a equação (7.18) em (7.21):

 (; + 1) G  (; + 2) + 4€ 1\ Œ − 1 (; + 2) + δ 4€ 1\  + 1\ 


͑ (Hb)ÈÉëìí Y`[ŠQ‹ (HL)
Èîï Yz‘
(7.22)

Fazendo uma substituição de variáveis abaixo, para as equações (7.20) e


(7.22):

* G  (; − 2) − δ 4€ 1\  − 1\  + 4€ 1\ 1 (; − 2)


Y`[ŠQ‹ (Hb)
Yzp
(7.23)

N G  (; + 2) + δ 4€ 1\  + 1\  − 4€ 1\ 1 (; + 2)


Y`[ŠQ‹ (HL)
Yz‘
(7.24)

Fazendo as correspondentes substituições de M na equação (7.20) e de N na equação


(7.22), resultará em expressões mais compactas, facilitando as análises.

 (; − 1) G −4€ 1\ 1 (; − 1) + M (7.25)

 (; + 1) G 4€ 1\ Œ +N
͑ (Hb)ÈÉëìí
Èîï
(7.26)

Substituindo as equações (7.25), (7.26) e (7.18) na equação (7.19):


83

ÈÉëìí  ͑‘ (Hb)


− 1\ 1 (; − 1) + G~  + 1\ 1 (; − 1) +
͑‘ (Hb) ò ÈÉëìí ó
 f[ Èîï  Èîï f[
(7.27)

A incógnita que interessa é a velocidade 1 (; − 1). Assim, trabalha-se a


equação (7.27) visando esta variável.


1 (; − 1) N1 − ~ ÈÉëìí  t − 2 Œ1\ + 1\  1 (; − 1) + 2 O W G 0 (7.28)
È ÈÉëìí òbó
îï Èîï f[

A equação (7.28) é uma equação de 2º grau que pode ser facilmente resolvida.
Resolvendo a equação (7.28) para a velocidade, encontra-se seu valor logo abaixo.

ô ô ‘ô ‘
öÑ÷
ŒÍkp LÍk‘ Éëìí ±ÐŒÍkp LÍk‘ Éëìí  bõžb~ Éëìí  Ÿd m
1 (; − 1) G
ôîï ôîï ôîï q[

ô ‘ (7.29)
žb~ Éëìí  Ÿ
ôîï

Observando a equação (7.29), nota-se que, quando Aøù°ú for igual a Aûü isso
levará a equação a duas condições: caso o sinal positivo seja adotado no numerador
isso conduzirá a solução ao infinito, o que representa uma impossibilidade física. Caso
o sinal negativo seja adotado isso conduzirá a solução a uma indeterminação, porém
existindo significado físico para o limite em que Aøù°ú → Aûü . Assim a velocidade
1 (; − 1) será:
84

ô ô ‘ ô ‘
öÑ÷
ŒÍkp LÍk‘ Éëìí bЌÍkp LÍk‘ Éëìí  bžb~ Éëìí  Ÿd m
1 (; − 1) G
ôîï ôîï ôîï q[

ô ‘ (7.30)
žb~ Éëìí  Ÿ
ôîï

ô ô ‘ ô ‘
öÑ÷
ýŒÍkp LÍk‘ Éëìí LЌÍkp LÍk‘ Éëìí  bžb~ Éëìí  Ÿd mþ
ôîï ôîï ôîï q[
Multiplicando a equação (7.30) por :
ô ô ‘ ô ‘
öÑ÷
ýŒÍkp LÍk‘ Éëìí LЌÍkp LÍk‘ Éëìí  bžb~ Éëìí  Ÿd mþ
ôîï ôîï ôîï q[

ô ‘ ô ‘ ô ‘
öÑ÷
ŒÍkp LÍk‘ Éëìí  bŒÍkp LÍk‘ Éëìí  bžb~ Éëìí  Ÿd m
1 (; − 1) G
ôîï ôîï ôîï q[
p (7.31)
ôÉëìí ‘ ôÉëìí ôÉëìí ‘ ôÉëìí ‘ öÑ÷ ‘
žb~  Ÿ’ŒÍkp LÍk‘ Lž~Íkp LÍk‘  bžb~  Ÿd mŸ 
ôîï ôîï ôîï ôîï q[

ô ‘ ô ‘ ô ‘
öÑ÷
ŒÍkp LÍk‘ Éëìí  bŒÍkp LÍk‘ Éëìí  Lžb~ Éëìí  Ÿd m
1 (; − 1) G
ôîï ôîï ôîï q[
p (7.32)
ôÉëìí ‘ ôÉëìí ôÉëìí ‘ ôÉëìí ‘ öÑ÷ ‘
žb~  Ÿ’ŒÍkp LÍk‘ L~Íkp LÍk‘  bžb~  Ÿd m 
ôîï ôîï ôîï ôîï q[

Simplificando os termos da equação (7.32), tem-se:


85

öÑ÷
d m
1 (; − 1) G
q[
p (7.33)
‘ ‘ ‘
XŒÍkp LÍk‘ ôÉëìí L~Íkp LÍk‘ ôÉëìí  bžb~ôÉëìí  ŸdöÑ÷m X
ôîï ôîï ôîï q[

Substituindo a equação (7.33) na equação (7.18):

öÑ÷
d m
1 (; + 1) G Œ È 
ÈÉëìí q[
p (7.34)
îï ‘ ‘ ‘
XŒÍkp LÍk‘ ôÉëìí L~Íkp LÍk‘ ôÉëìí  bžb~ôÉëìí  ŸdöÑ÷m X
ôîï ôîï ôîï q[

Para determinar as pressões  (; − 1) e  (; + 1), basta substituir a


equação (7.33) nas equações (7.25) e (7.26) e simplificar alguns termos:

 (; − 1) G −1\ + M (7.35)
(òbó)
p
‘ ‘ ‘
XŒÍkp LÍk‘ ôÉëìí L~Íkp LÍk‘ ôÉëìí  bžb~ôÉëìí  ŸdöÑ÷m X
ôîï ôîï ôîï q[

ô
Œ Éëìí (òbó)
 (; + 1) G 1\ +N
ôîï
p (7.36)
‘ ‘ ‘
XŒÍkp LÍk‘ ôÉëìí L~Íkp LÍk‘ ôÉëìí  bžb~ôÉëìí  ŸdöÑ÷m X
ôîï ôîï ôîï q[

As equações (7.23), (7.24), (7.33), (7.34), (7.35), (7.36) são as


equações que representam os valores das pressões e das velocidades
imediatamente antes e depois do nó N , que contém a descontinuidade de
área no fundo do poço.
86

7.2.2 Condição de Contorno na Sapata do Revestimento

Para calcular as velocidades e as pressões na passagem pelo trecho ; G F G


 , ou seja, passagem do anular do poço aberto para o anular do
revestimento, os mesmos procedimentos do item 7.2.1 do Capítulo 7 devem
ser adotados. As equações desse item podem ser aproveitadas com algumas
modificações.

Será considerado que o kick de óleo se aproxima da sapata do


revestimento, porém não a ultrapassa e se mantém a uma distância diferente
de zero. Deste modo a densidade do fluido a ser considerada,
imediatamente antes e depois da sapata será a do fluido de perfuração.

Já a velocidade do som, onde antes foi considerada 1\ passa a ser 1\ e
onde foi considerado 1\ passa a ser 1\ . A discretização  passa a ser 
e a  passa a ser  . Os valores para δ e δ serão +1. Outra mudança que
deve ser feita na equação (7.18) é a relação entre as áreas. Esta mudança
pode ser vista na equação (7.37).

GS G (‡ ‘ b‡¥‹¦§
‘ ) G ‡ ‘ b‡ ‘
ÈÉëìí á 
 ø ø û ° Èîï È bÈëìí (‡j‘ b‡ ‘ ) ‡j‘ b‡ ‘
Èîï
 È ¥‹¦§
Qp bS¥‹¦§
(7.37)
îïp Qp ¥‹¦§ Qp ¥‹¦§

Aplicando as mudanças propostas acima nas equações (7.23), (7.24),


(7.33), (7.34), (7.35) e (7.36), as equações para as pressões e velocidades
nos pontos imediatamente antes e depois da sapata do revestimento serão
representados pelas equações: (7.38), (7.39), (7.40), (7.41), (7.42) e (7.43),
respectivamente.
87

* G  (; − 2) − δ 4€ 1\  − 1\  + 4€ 1\ 1 (; − 2)


Y`[ŠQ‹ (Hb)
Yzß
(7.38)

N G  (; + 2) + δ 4€ 1\  + 1\  − 4€ 1\ 1 (; + 2)


Y`[ŠQ‹ (HL)
YzÚ
(7.39)

öÑ÷
d m
1 (; − 1) G
q[
p (7.40)
‘ ‘ öÑ÷ ‘
XŒÍkß LÍkÚ ôîï L~Íkß LÍkÚ ôÉëìí  ô
bNb~ îï  td m X
ôîïp ôîï ôîïp q[

öÑ÷
d m
1 (; + 1) G ŒÈ 
Èîï q[
p (7.41)
îïp ‘ ‘ ‘
XŒÍkß LÍkÚ ôîï L~Íkß LÍkÚ ôîï  bNb~ ôîï  tdöÑ÷m X
ôîïp ôîïp ôîïp q[

 (; − 1) G −1\ + M (7.42)
(òbó)
p
‘ ‘ ‘
XŒÍkß LÍkÚ ôîï L~Íkß LÍkÚ ôîï  bNb~ ôîï  tdöÑ÷m X
ôîïp ôîïp ôîïp q[

ô
Œ îï (òbó)
 (; + 1) G 1\ +N
ôîïp
p (7.43)
‘ ‘ ‘
XŒÍkß LÍkÚ ôîï L~Íkß LÍkÚ ôîï  bNb~ ôîï  tdöÑ÷m X
ôîïp ôîïp ôîïp q[
88

7.2.3 Condição de Contorno no Choke

Para o cálculo das pressões e velocidades imediatamente antes e depois da


saída do choke, algumas considerações devem ser feitas. O choke é uma válvula
reguladora da vazão, com um orifício muito pequeno se comparado à área do anular.
Assim, quando o fluido passa por este orifício a velocidade na saída torna-se muito
superior a velocidade dentro do anular. Este efeito permite simplificar a equação de
Bernoulli aplicada neste ponto. Esta equação resolvida em conjunto com a equação
(7.2) é suficiente para determinar as velocidades e pressões imediatamente antes e
depois do choke.

A pressão depois do choke será considerada a pressão atmosférica. Com a


ajuda do esquema da Figura (7.7) o sistema a ser resolvido será o apresentado pelas
equações (7.44) e (7.45).

1 (;)

 (;)
1\



1 (; − 2) 1 (; − 1) 
 (; − 2)  (; − 1)

Figura 7.7: Esquema para o cálculo da condição de contorno no choke


89

+f + δ  + f G0
͑ (H)bÍp (Hb)  `‘ (H)b`p (Hb)  Y`[ŠQ‹ (Hb)
eV [ ÍkÚ eV YzÚ
(7.44)
R


 (;) G Pû  + ~  1 (;)
f[ Sc©
  S‹
(7.45)

Fazendo uma mudança de variáveis:


!" G ~ 
f[ Sc©
  S‹
(7.46)

# G −1 (; − 1)4€ 1\ −  (; − 1) +  4€ 1\  + 1\ 


Y`[ŠQ‹ (Hb)
YzÚ
(7.47)

A substituição da equação (7.46) na equação (7.45) resulta na equação (7.49) e


a substituição da equação (7.47) na equação (7.44) resulta na equação (7.48).

 (;) G −1(;)4€ 1\ − # (7.48)

 (;) G Pû  + !" 1 (;) (7.49)

Subtraindo a equação (7.48) da equação (7.49):

!" 1 (;) + 1 (;)4€ 1\ + # + Pû  G 0 (7.50)

Resolvendo a equação (7.50):


90

‘
bf[ ÍkÚ L“ªf[ ÍkÚ « b" ( L`c )
1 (;) G
 "‹
(7.51)

 (;) G Pû  + !" 1 (;) (7.52)

As equações (7.51) e (7.52) representam a pressão e velocidade no choke,


respectivamente.
91

7.3 Condições Iniciais

Para dar início ao cálculo das velocidades e das pressões, é necessário


conhecer qual a velocidade inicial com que o fluido de perfuração será injetado e quais
as pressões iniciais dentro do poço no instante  G 0.

Antes de iniciar a circulação o poço encontra-se fechado com um kick de óleo a


certa distância do fundo do poço. No momento em que o poço é fechado é feita a
leitura nos manômetros, das pressões estabilizadas, SIDPP e SICP. A pressão SIDPP
será considerada a pressão na entrada da coluna e SICP a pressão no choke. A altura
do kick é conhecida. Deste modo, a distribuição da pressão inicial ao longo do poço
pode ser determinada. A pressão na entrada da coluna, ou seja, no nó ; G 0 será a
pressão SIDPP e aumenta com 4I F , até chegar a sua pressão máxima no fundo.
Subindo pelo anular a pressão diminui de −4I F até alcançar a pressão do choke
SICP, ou seja, no último ponto da malha. A velocidade inicial é zero para todos os
pontos dentro do poço no instante inicial.

1 (;) G 0,   ; G 0, . . ,  (7.53)

 (;) G SIDPP + 4I F , +. . . +, −4I F , −. . . −, /0#,   ; G 0, . . ,  (7.54)


92

Capítulo 8

Resultados das Simulações para um Kick de Óleo

Considerando a teoria desenvolvida foram realizados três grupos de simulação.


O primeiro, mais simples, descrito no Capítulo 8.1 levou em consideração somente um
tubo de aço de área constante. As equações governantes para este caso são as
Equações (7.4) e (7.5) e para a região do choke as Equações (7.51) e (7.52). Foi
possível analisar a influencia dos parâmetros do fluido e da abertura do choke nos
perfis da pressão e velocidade em diferentes pontos do poço, sem a influência da
mudança de área na passagem para o anular .

Foram estudados alguns casos para a circulação de um kick de óleo variando


parâmetros, como: viscosidade e compressibilidade do fluido de perfuração,
viscosidade e compressibilidade do kick de óleo, profundidade do poço e diferentes
perfis de circulação. O objetivo é avaliar a influência que cada parâmetro possui no
comportamento dos perfis das pressões e das velocidades, em pontos específicos do
poço, como: entrada da coluna de perfuração, fundo do poço, topo do kick e na saída
do poço (choke).

No Capítulo 8.2 são apresentados alguns resultados das simulações para o


caso de um poço mais complexo, descrito pela Figura (4.1). Este grupo de simulações
representa um caso mais geral para um poço de petróleo. Leva em consideração um
trecho do poço aberto e um revestimento. A área do choke pode ser continuamente
93

modificada. Diâmetros de todos os trechos do poço e profundidade do revestimento,


bem como seus parâmetros elásticos são flexíveis. A teoria desenvolvida permite que
um Golpe de Aríete seja simulado. Uma conseqüência direta desse tipo de simulação é
possibilidade da determinação da velocidade média do som dentro do poço, na
tentativa de inferir parâmetros do kick e ou da formação de acordo com a teoria
desenvolvida no Capítulo 6.

As condições de contorno adotadas para a entrada da coluna de perfuração


são as definidas nas Equações (7.6) e (7.7). Para a condição de contorno, na saída dos
fluidos pelo choke, foram consideradas as equações (7.51) e (7.52). Para dar início à
circulação do kick, as condições iniciais representadas pelas equações (7.53) e (7.54)
foram usadas.

O Capítulo 8.3 é dedicado ao cálculo do módulo de rigidez através da


metodologia desenvolvida no Capítulo 6. Os valores encontrados foram comparados
com os utilizados na simulação.

8.1 Simulação - Poço com Área Constante

Com o intuito de simplificar o simulador, neste capítulo foram realizadas as


primeiras simulações, para o caso de um poço com área constante. Esta decisão
possibilitou um estudo mais detalhado da influência que cada parâmetro tem na
circulação dos fluidos. Foram estudados: perfil de injeção, abertura do choke,
viscosidade, compressibilidade e profundidade do poço. Estas variáveis estiveram
livres da influência dos parâmetros geométricos e elásticos de um caso mais complexo,
como o da Figura (4.1).

A malha considerada foi gerada a partir dos passos desenvolvidos nos itens
(A.), (B.), (C.), (D.) e (E.) do Capítulo 7.
94

Os parâmetros utilizados em cada uma das simulações encontram-se nas


Tabelas (8.1), (8.2), (8.3) e (8.4). Cada tabela possui colunas numeradas, onde cada
uma correspondente a uma simulação realizada. A partir dessas tabelas foram gerados
gráficos de pressão e velocidade, onde os resultados podem ser vistos e analisados.

Cada gráfico possui uma legenda com o número da simulação associada à


tabela e os principais parâmetros que foram estudados. Em todas as simulações o
intervalo de tempo utilizado foi de 0,001 e o coeficiente de descarga da fórmula dos
orifícios para o choke foi #T G 0,95.

A Tabela (8.1) tem como principal objetivo avaliar as conseqüências que a


mudança da viscosidade do óleo e do fluido de perfuração traz para o perfil da pressão
e da velocidade. A profundidade do poço escolhida foi de 2000 e a vazão máxima
escolhida para a circulação foi de 0,04  ⁄.

Na Tabela (8.2), a densidade do fluido de perfuração e do óleo foi aumentada, a


profundidade do poço foi reduzida para 1000 e um perfil de circulação com vazão
máxima de 0,04  ⁄ foi adotado. Foram simuladas aberturas de área diferentes para
o choke.

Para as simulações descritas na Tabela (8.3) foi mantida a abertura do choke


pela metade e foi variado o perfil da circulação. Nas simulações anteriores foi
considerado que a circulação iniciava-se instantaneamente para um valor diferente de
zero. Nas simulações da Tabela (8.3) foi adotado um perfil crescente da vazão da
circulação de forma que seu valor máximo fosse alcançado gradativamente. Foram
simuladas algumas viscosidades diferentes para estes casos.

A seguir são apresentadas as Tabelas (8.1), (8.2), (8.3) com os parâmetros


utilizados e em seguida os gráficos das simulações correspondentes.
95

Tabela 8.1: Entrada de dados para as simulações 1, 2, 3, e 4.

SIMULAÇÕES
PARÂMETROS
1 2 3 4

Viscosidade- Fluido ( ∗ ) 0,002 0,004 0,009 0,02


€ (10bÅ  b ) 4,35 4,35 4,35 4,35
4€ (/ ) 1138,35 1138,35 1138,35 1138,35
Viscosidade-Óleo ( ∗ ) 0,003 0,005 0,010 0,01
FH$F (10bÅ  b ) 4,35 4,35 4,35 4,35
Profundidade-Poço () 2000 2000 2000 2000
Densidade do Óleo (/ ) 886,32 886,32 886,32 886,32
Área-choke (10b ) 2,03 2,03 2,03 2,03
Área do Tubo (10b  ) 2,112 2,112 2,112 2,112
Base-Kick () 1991 1991 1991 1991
Topo-Kick () 1941 1941 1941 1941
SIDPP (;) 20 20 20 20
SICP (;) 37,93 37,93 37,93 37,93
Tempo de Circulação () 100 100 100 100
Qmax ( /) 0,04 0,04 0,04 0,04
Altura do Kick () 50 50 50 50
96

As legendas dos gráficos das simulações, correspondentes aos parâmetros das


Tabelas (8.1) e (8.2), referem-se às viscosidades do óleo e ao fluido de perfuração.

Tabela 8.2: Entrada de dados para as simulações 5, 6, 7 e 8

SIMULAÇÕES
PARÂMETROS
5 6 7 8

Viscosidade- Fluido ( ∗ ) 0,002 0,002 0,009 0,009


€ (10bÅ  b ) 4,35 4,35 4,35 4,35
4€ (/ ) 1342,06 1342,06 1342,06 1342,06
Viscosidade-Óleo ( ∗ ) 0,003 0,003 0,010 0,010
FH$F (10bÅ  b ) 4,35 4,35 4,35 4,35
Profundidade-Poço () 1000 1000 1000 1000
Densidade do Óleo (/ ) 892,24 892,24 892,24 892,24
Área-choke (10b ) 2,03 2,03*0,8 2,03*0,8 2,03*0,5
Área do Tubo (10b  ) 2,112 2,112 2,112 2,112
Base-Kick () 991 991 991 991
Topo-Kick () 941 941 941 941
SIDPP (;) 20 20 20 20
SICP (;) 52 52 52 52
Tempo de Circulação () 100 100 100 100
Qmax ( /) 0,04 0,04 0,04 0,04
Altura do Kick () 50 50 50 50
97

Tabela 8.3: Entrada de dados para as simulações 9, 10, 11, 12, 13.

SIMULAÇÕES
PARÂMETROS
9 10 11 12 13

Viscosidade- Fluido ( ∗ ) 0,009 0,015 0,015 0,015 0,015


€ (10bÅ  b) 4,35 7,00 7,00 7,00 7,00
4€ (/ ) 1342,06 1342,06 1342,06 1342,06 1342,06
Viscosidade-Óleo ( ∗ ) 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010
FH$F (10bÅ  b ) 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35
Profundidade-Poço () 1000 1000 1000 1000 1000
Densidade do Óleo (/ ) 892,24 892,24 892,24 892,24 892,24
Área-choke (10b ) 0,5*2,03 0,5*2,03 0,5*2,03 0,5*2,03 0,5*2,03
Área do Tubo (10b  ) 2,112 2,112 2,112 2,112 2,112
Base-Kick () 991 991 991 991 991
Topo-Kick () 941 941 941 941 941
SIDPP (;) 20 20 20 20 20
SICP (;) 52 52 52 52 52
Tempo de Circulação () 150 150 150 150 150
Qmax ( /) 0,04 0,04 0,08 0,06 0,06
Altura do Kick () 50 50 50 50 50
98

1,8
1-óleo=0,003 / fluido=0,002
1,6 2-óleo=0,005 / fluido=0,004
3-óleo=0,01 / fluido=0,009
1,4
4-óleo=0,01 / fluido=0,02
Velocidade(m/s)

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2
Tempo(s)
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160

Figura 8.1: Velocidade de injeção na entrada da coluna Simulações 1, 2, 3, e 4.

800

700

600 1-óleo=0,003 / fluido=0,002


2-óleo=0,005 / fluido=0,004
500 3-óleo=0,01 / fluido=0,009
400 4-óleo=0,01 / fluido=0,02
Pressão(Psi)

300

200

100

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
-100

-200
Tempo(s)

Figura 8.2: Pressão de injeção na entrada da coluna Simulações 1, 2, 3, e 4


99

3,5

3
1-óleo=0,003 / fluido=0,002
2,5 2-óleo=0,005 / fluido=0,004
3-óleo=0,010 / fluido=0,009
2 4-óleo=0,01 / fluido=0,02
Velocidade(m/s)

1,5

0,5

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
-0,5
Tempo (s)

Figura 8.3: Velocidade no fundo do poço para as simulações 1, 2, 3, e 4

3900

3800
1-óleo=0,003 / fluido=0,002
3700 2-óleo=0,005 / fluido=0,004

3600 3-óleo=0,010 / fluido=0,009


4-óleo=0,01 / fluido=0,02
3500
Pressão(Psi)

3400

3300

3200

3100
Tempo (s)
3000
0 20 40 60 80 100 120 140 160

Figura 8.4: Pressão no fundo do poço para as simulações 1, 2, 3, e 4.


100

Analisando o gráfico da velocidade de injeção da Figura (8.1) pode-se notar que


a velocidade de injeção inicia-se instantaneamente. Uma mudança rápida na
velocidade do fluido gera uma oscilação forte na pressão que tende a estabilizar-se
com tempo devido à perda de carga dentro da coluna de perfuração. As oscilações
podem ser vistas nas Figuras (8.2) e (8.4) que representam a pressão na entrada da
coluna e a pressão no fundo do poço respectivamente.

A pressão inicial na Figura (8.2) é de 20 ; e após o início da circulação essa


pressão cresce 625 ; em 3 que logo em seguida passa a ser de −65 ; . Essa
oscilação deve-se ao fato do fluido ter sido comprimido e o tubo ter se expandido,
ambos num curto intervalo de tempo. A energia elástica armazenada é transferida para
a entrada da coluna de perfuração. O fluido então passa a oscilar dentro do tubo até
que a força devido à perda de carga estabilize as pressões.

A pressão no fundo do poço para o caso da Figura (8.4) é inicialmente igual a


pressão hidrostática da coluna somada à pressão SIDPP. Neste caso a pressão inicial
no fundo é igual a 3259 ;. Após o início da circulação a pressão no fundo sofre uma
oscilação e cresce para 3776 ;, uma diferença de 517 ;. Essa diferença é menor
do que a da entrada da coluna, pois a energia elástica gerada na entrada da coluna é
dissipada ao longo do caminho até o fundo do poço. Mesmo essas oscilações sendo de
curta duração, podem ocasionar danos à formação.

As oscilações da pressão na Figura (8.2) duram aproximadamente 40 enquanto


que no fundo do poço, Figura (8.4), a oscilação dura 30. Esse resultado sugere que
conforme a profundidade aumenta o tempo que as oscilações perduram diminui. Isso
se deve ao aumento da perda de carga devido à profundidade e a uma maior
quantidade de fluido que absorve as ondas de pressão geradas na entrada da coluna
de perfuração.

Na Figura (8.5) é exibida a localização do topo do kick de óleo durante sua


circulação que durou 100. A Figura (8.6) é um detalhe da oscilação, da localização do
topo do kick, após a parada da circulação e a Figura (8.7) o perfil da pressão
correspondente ao topo do kick.
101

1960

1940
1-óleo=0,003 / fluido=0,002
1920
2-óleo=0,005 / fluido=0,004
1900 3-óleo=0,01 / fluido=0,009
Profundidade(m)

4-óleo=0,01 / fluido=0,02
1880

1860

1840

1820

1800

1780
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tempo(s)

Figura 8.5: Localização do topo do kick durante a circulação-simulações 1, 2, 3, 4

1800

1799,9
1-óleo=0,003 / fluido=0,002
2-óleo=0,005 / fluido=0,004
1799,8
3-óleo=0,01 / fluido=0,009
Profundidade(m)

4-óleo=0,01 / fluido=0,02
1799,7

1799,6

1799,5

1799,4

1799,3
80 90 100 110 120 130 140 150 160
Tempo(s)

Figura 8.6: Detalhe da oscilação da localização do topo do kick da Figura (9.7)


102

3900

3700
1-óleo=0,003 / fluido=0,002
3500 2-óleo=0,005 / fluido=0,004
3-óleo=0,01 / fluido=0,009
4-óleo=0,01 / fluido=0,02
3300
Pressão(Psi)

3100

2900

2700
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tempo(s)

Figura 8.7: Pressão no topo do kick durante circulação para as simulações 1, 2,3,4

3,5

3 1-óleo=0,003 / fluido=0,002
2-óleo=0,005 / fluido=0,004
2,5 3-óleo=0,01 / fluido=0,009
Velocidade(m/s)

4-óleo=0,01 / fluido=0,02
2

1,5

0,5

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
-0,5
Tempo(s)
Figura 8.8: Velocidade na saída do poço Simulações 1, 2, 3, e 4
103

140

120
1-óleo=0,003 / fluido=0,002
100 2-óleo=0,005 / fluido=0,004
3-óleo=0,01 / fluido=0,009
4-óleo=0,01 / fluido=0,02
Pressão(Psi)

80

60

40

20

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tempo(s)

Figura 8.9: Pressão na saída do poço para as simulações 1, 2, 3, 4.

O perfil da pressão do topo do kick, Figura (8.7), mostra que as oscilações


geradas na entrada da coluna se propagam até o topo do kick e atingem valores
significativamente altos.

De acordo com as simulações das Figuras (8.4), (8.7) e (8.9), conforme as


viscosidades do fluido de perfuração e do óleo aumentam, as pressões estabilizadas
entre 20 e 50 também crescem. Na entrada da coluna de perfuração essa diferença é
mais pronunciada, chegando a 85 ; de diferença entre os fluidos mais viscosos e os
menos viscosos. No fundo do poço e no topo do kick, Figuras (8.4) e (8.7), a diferença
entre as pressões estabilizadas, dos fluidos com maior e menor viscosidade é menor,
chegando a 30 ;. Na saída pelo choke essa diferença se torna desprezível.

Na Figura (8.6) é detalhada a oscilação da localização do topo do kick após a


parada da circulação. Pode-se notar pela curva de tendência representada pela linha
pontilhada que a amplitude tende a decrescer estabilizando a localização do topo do
kick. Da mesma forma que um aumento repentino da velocidade dos fluidos dentro do
104

poço cria oscilações na pressão, a parada da circulação também as faz surgir. Essa
oscilação é representada pelo detalhe deste gráfico.

Pode-se concluir das simulações da Tabela (8.1) que as viscosidades têm


impacto nos perfis das pressões. A influência das diferentes viscosidades nos perfis
das pressões tende a se tornar menor conforme a profundidade do poço ou a distância
em relação à entrada da coluna de perfuração aumenta, chegando a ser desprezível no
choke. Esse fato sugere que projetos com o objetivo de prever a pressão do fundo em
função da viscosidade dos fluidos, não podem ser baseados pelo perfil das pressões
geradas na entrada da coluna de perfuração.

Apesar da viscosidade do óleo ter sido aumentada até 0,01 ; ∗ , as mudanças
bruscas da pressão na entrada da coluna de perfuração continuaram a ser
transmitidas até o topo do kick. A variação dessa pressão no topo do kick pode
ocasionar fraturas na sapata do revestimento quando o kick alcançá-la.

Todas as variações dos perfis das velocidades simulados concordam com os


das pressões para os parâmetros estabelecidos na Tabela (8.1). Pequenas mudanças
nos valores da velocidade acarretam mudanças mais acentuadas no perfil da pressão.
Isso se deve à baixa compressibilidade dos fluidos que transferem a maior parte da
energia elástica armazenada. Em futuros projetos para circulação de um kick de gás,
variações no perfil das velocidades, como as simuladas neste trabalho, podem ser um
fator importante para prever mudanças nos padrões de escoamento.

Os parâmetros da Tabela (8.2) têm como objetivo estudar a influência da


abertura do choke para densidades maiores do fluido de perfuração e do óleo. Foi
adotado o mesmo perfil para a velocidade da circulação, das simulações da Tabela
(8.1). Foram simuladas duas viscosidades diferentes para o óleo e o fluido de
perfuração. Essas simulações são apresentadas nas Figuras (8.10), (8.11), (8.12),
(8.13) e (8.14)

Foi possível observar nas simulações da Tabela (8.1) que as variações dos
perfis das velocidades acompanham os perfis das pressões correspondentes, em
105

relação ao mesmo trecho do poço. Devido a essa correspondência e ao fato do perfil


da pressão ter um interesse maior em projetos para circulação de kick, o perfil da
velocidade não foi gerado para as simulações da Tabela (8.2), exceto na entrada da
coluna de perfuração.

A Figura (8.10) mostra o perfil da velocidade de injeção do fluido de perfuração


na entrada da coluna de perfuração. Nas Figuras (8.11), (8.12), (8.13) e (8.14) são
apresentados os perfis das pressões da entrada da coluna, do fundo do poço, do topo
do kick e na saída pelo choke, respectivamente.

1,995

1,795

1,595

1,395
Velocidade(m/s)

1,195

0,995

0,795

0,595

0,395

0,195

-0,005
0 20 40 60 80 100 120 140
Tempo(s)
Figura 8.10: Velocidade de injeção na entrada da coluna de perfuração para as todas
as simulações 5, 6, 7, e 8. Profundidade do poço de 1000m.
106

600
9-óleo=0,003 / fluido=0,002
10-óleo=0,005 / fluido=0,004
500 11-óleo=0,01 / fluido=0,009
12-óleo=0,01 / fluido=0,02
400

300
Pressão(Psi)

200

100

0
0 20 40 60 80 100 120 140
-100

-200

-300
Tempo(s)

Figura 8.11: Pressão de injeção na entrada da coluna de perfuração para as


simulações 5, 6, 7, e 8.

2300
9-óleo=0,003 / fluido=0,002
10-óleo=0,005 / fluido=0,004
2200
11-óleo=0,010 / fluido=0,009
12-óleo=0,01 / fluido=0,02
2100

2000
Pressão(Psi)

1900

1800

1700
0 20 40 60 80 100 120 140
Tempo (s)
Figura 8.12: Pressão no fundo do poço para as simulações 5, 6, 7, e 8.
107

2300

9-óleo=0,003
óleo=0,003 / fluido=0,002
2100 10-óleo=0,005
óleo=0,005 / fluido=0,004
11-óleo=0,01
óleo=0,01 / fluido=0,009
12-óleo=0,01
óleo=0,01 / fluido=0,02
1900

1700
Pressão(Psi)

1500

1300

1100
0 20 40 60 80 100 120 140
Tempo(s)

Figura 8.13: Pressão no topo do kick durante circulação Simulações


mulações 5, 6, 7, e 8

350

300
9-óleo=0,003
óleo=0,003 / fluido=0,002
10-óleo=0,005
óleo=0,005 / fluido=0,004
250
11-óleo=0,01
óleo=0,01 / fluido=0,009
12-óleo=0,01
óleo=0,01 / fluido=0,02
Pressão(Psi)

200

150

100

50

0
0 20 40 60 80 100 120 140
Tempo(s)

Figura 8.14: Pressão na saída do poço para as simulações 5, 6, 7, e 8.


108

Analisando as Figuras (8.11), (8.12), (8.13) e (8.14) pode-se concluir que a


abertura no choke influencia tanto nas amplitudes das oscilações quanto nas pressões
que se estabilizam durante o intervalo entre 20 e 50. Quanto menor a área do choke
maior a pressão estabilizada. Apesar da abertura do choke estar com 50% da sua área
inicial, na simulação 8, as oscilções cessam após 10 para todos os trechos do poço
simulados. Esse efeito se deve a viscosidade alta do fluido de perfuração e do óleo.

Para as simulações 5, 6 e 7 houve uma diferença pequena entre os perfis das


pressões. Na simulação 5 a abertura do choke era de 100%, na simulação 6 e 7 foi
simulado com 80% da sua área inicial. A diferença entre as simulações 6 e 7 está na
viscosidade do fluido desta última que é maior, como mostra a Tabela (8.2). O
acréscimo na oscilação das pressões foi em torno de 80;, voltando a estabilizar após
20.

Todos os gráficos da Figura (8.1) até a Figura (8.14) apresentaram fortes


oscilações na entrada da coluna de perfuração que se propagaram até o fundo do poço
passando pelo topo do kick e chegando ao choke. Quando o início da circulação do
fluido de perfuração é instantâneo uma onda de pressão é gerada em direção ao
choke. A velocidade do fluido vai aumentando a medida que a onda de pressão
desloca-se da entrada da coluna de perfuração em direção ao choke. Simultaneamente
a coluna dilata-se e as densidades dos fluidos aumentam. Quando a onda de pressão
chega ao choke, esta começa a ser refletida e a velocidade do fluxo tende a zero.
Quando a onda de pressão inverte de sentido, atrás dessa onda de pressão as
dimensões dos trechos do poço voltam aos seus valores iniciais. Na medida em que a
onda de pressão volta a entrada da coluna de perfuração os trechos do poço contraem-
se e a densidades dos fluidos diminuem, resultando num pico de pressão menor.
Assim, sucessivamente as oscilações de pressão surgem até que a perda de carga as
amorteça completamente após alguns ciclos.

O objetivo das simulações da Tabela (8.3) é testar a influência da


compressibilidade e da viscosidade do fluido de perfuração para diferentes perfis da
circulação do kick. Foram plotados resultados das pressões na entrada da coluna,
109

fundo do poço, topo do kick e saída do poço pelo choke. Todas as simulações foram
realizadas com a área do choke reduzida pela metade, sem alterar os valores das
densidades do fluido de perfuração e do óleo. Foram mantidas iguais, a viscosidade e a
compressibilidade do óleo em todas as simulações.

As Figuras (8.15), (8.16), (8.17), (8.18), (8.19) e (8.20) representam


respectivamente, a velocidade da injeção na entrada da coluna de perfuração, a
pressão na entrada da coluna de perfuração, a pressão no fundo do poço, a localização
do topo do kick, a pressão no topo do kick correspondente a sua localização e a
pressão na saída do choke.

6
9- Viscosidade-fluido=0,009 Pa*s Qmax: 0,04 m3/s
Compressibilidade-fluido =4,35x10-10 Pa-1
5 10-Viscosidade -fluido=0,015 Pa*s Qmax: 0,04
m3/s Compressibilidade-fluido=7,00 x10-10 Pa-1
11-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,08 m3/s
4 Compressibilidade-fluido =7,00x10-10 Pa-1
12-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax= 0,06 m3/s
Velocidade (m/s)

Compressibilidade-f- =7,00x10-10 Pa-1


3 13-Viscosidade- fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,06 m3/s
Compressibilidade-f= 7,00 x10-10 Pa-1

0
0 50 100 150 200 250
-1
Tempo(s)

Figura 8.15: Velocidade de injeção na entrada da coluna de perfuração para as


simulações 9, 10, 11, 12 e 13
110

1200
9- Viscosidade-fluido=0,009 Pa*s Qmax: 0,04 m3/s
Compressibilidade-fluido =4,35x10-10 Pa-1
1000 10-Viscosidade -fluido=0,015 Pa*s Qmax: 0,04
m3/s Compressibilidade-fluido=7,00 x10-10 Pa-1
11-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,08 m3/s
800 Compressibilidade-fluido =7,00x10-10 Pa-1
12-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax= 0,06 m3/s
Compressibilidade-f- =7,00x10-10 Pa-1
Pressão(Psi)

600
13-Viscosidade- fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,06 m3/s
Compressibilidade-f= 7,00 x10-10 Pa-1
400

200

0
0 50 100 150 200 250
-200
Tempo(s)

Figura 8.16: Pressão de injeção na entrada da coluna de perfuração para as


simulações 9, 10, 11, 12 e 13
2900
9- Viscosidade-fluido=0,009 Pa*s Qmax: 0,04
m3/s Compressibilidade-fluido =4,35x10-10 Pa-1

2700 10-Viscosidade -fluido=0,015 Pa*s Qmax: 0,04


m3/s Compressibilidade-fluido=7,00 x10-10 Pa-1
11-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,08
m3/s Compressibilidade-fluido =7,00x10-10 Pa-1
2500 12-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax= 0,06
m3/s Compressibilidade-f- =7,00x10-10 Pa-1
13-Viscosidade- fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,06
m3/s Compressibilidade-f= 7,00 x10-10 Pa-1
Pressão(Psi)

2300

2100

1900

1700
0 50 100 Tempo (s) 150 200 250

Figura 8.17: Pressão no fundo do poço para as simulações 9, 10, 11, 12 e 13.
111

1200
9- Viscosidade-fluido=0,009 Pa*s Qmax: 0,04 m3/s
Compressibilidade-fluido =4,35x10-10 Pa-1
1100 10-Viscosidade -fluido=0,015 Pa*s Qmax: 0,04
m3/s Compressibilidade-fluido=7,00 x10-10 Pa-1
1000 11-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,08 m3/s
Compressibilidade-fluido =7,00x10-10 Pa-1
12-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax= 0,06
Profundidade(m)

900 m3/s Compressibilidade-f- =7,00x10-10 Pa-1


13-Viscosidade- fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,06
800 m3/s Compressibilidade-f= 7,00 x10-10 Pa-1

700

600

500

400
0 50 100 Tempo(s) 150 200 250

Figura 8.18: Localização do topo do kick de óleo durante sua circulação para as
simulações 9, 10, 11, 12 e 13.
2800
9- Viscosidade-fluido=0,009 Pa*s Qmax: 0,04 m3/s
2600 Compressibilidade-fluido =4,35x10-10 Pa-1
10-Viscosidade -fluido=0,015 Pa*s Qmax: 0,04
2400 m3/s Compressibilidade-fluido=7,00 x10-10 Pa-1
11-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,08 m3/s
2200 Compressibilidade-fluido =7,00x10-10 Pa-1
12-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax= 0,06 m3/s
2000 Compressibilidade-f- =7,00x10-10 Pa-1
Pressão(Psi)

13-Viscosidade- fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,06 m3/s


1800 Compressibilidade-f= 7,00 x10-10 Pa-1

1600

1400

1200

1000

800
0 50 100 Tempo(s) 150 200 250

Figura 8.19: Pressão no topo do kick de óleo durante sua circulação para as
simulações 9, 10, 11, 12 e 13.
112

800

9- Viscosidade-fluido=0,009 Pa*s Qmax: 0,04 m3/s


700 Compressibilidade-fluido =4,35x10-10 Pa-1
10-Viscosidade -fluido=0,015 Pa*s Qmax: 0,04 m3/s
600 Compressibilidade-fluido=7,00 x10-10 Pa-1
11-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,08 m3/s
Compressibilidade-fluido =7,00x10-10 Pa-1
500 12-Viscosidade-fluido=0,015Pa*s Qmax= 0,06 m3/s
Pressão(Psi)

Compressibilidade-f- =7,00x10-10 Pa-1


13-Viscosidade- fluido=0,015Pa*s Qmax: 0,06 m3/s
400 Compressibilidade-f= 7,00 x10-10 Pa-1

300

200

100

0
0 50 100 Tempo(s) 150 200 250

Figura 8.20: Pressão na saída do poço para as simulações 9, 10, 11, 12 e 13.

Comparando as simulações da Tabela (8.3) com as simulações das Tabelas


(8.1) e (8.2) pode-se concluir que o perfil da circulação do kick, Figura (8.15), tem uma
influência significativa nas oscilações das pressões. Quando a velocidade da circulação
do kick é aumentada gradativamente não surgem oscilações bruscas nos perfis das
pressões.

O aumento da compressibilidade do fluido de perfuração tem um efeito benéfico


ao fazer as pressões atingirem seus valores máximos de forma suave, mesmo para o
caso da circulação do kick iniciar de forma quase instantânea, como mostram todos os
perfis das pressões para a simulação 13.

Em todas as simulações é possível notar que as pressões no topo do kick


sobem até o instante em que a velocidade da circulação atinge seu valor máximo. A
partir desse instante a pressão no topo do kick começa a diminuir, pois a pressão
hidrostática torna-se menor, devido ao deslocamento do kick em cada instante.
113

Em todas as simulações ocorre uma pequena oscilação quando a velocidade da


circulação do kick tende a zero. A pesquisa desse problema deve ser aprofundada,
pois está correlacionado com a geração da malha.

8.2 Simulação com Anular Entre a Coluna e Poço

Aberto e Entre a Coluna e Revestimento

O conhecimento adquirido nas simulações do Capítulo 8.1 permitiu estender a


circulação de um kick de óleo para o caso de um poço mais complexo. O novo grupo
de simulações agora objetiva o estudo não somente dos parâmetros do fluido, perfis de
circulação e abertura do choke de forma isolada, mas sim uma combinação destes com
os parâmetros geométricos e elásticos do poço.

O poço em questão possui características geométricas típicas de um poço de


petróleo. Foi simulada a injeção de um fluido de perfuração por uma coluna e a
consequente circulação de um kick de óleo subindo pelo anular entre a coluna de
perfuração e um trecho do poço aberto até próximo a sapata do revestimento. A
simulação do fluxo do fluido de perfuração pelo anular entre coluna e revestimento e
sua consequente saída pelo choke fez parte das simulações.

O programa, de caráter ainda experimental, desenvolvido permite simular um


perfil da abertura e ou fechamento do choke. Uma vez identificado que o choke
encontra-se totalmente fechado, automaticamente a circulação do kick é paralisada e o
armazenamento das informações relativas às pressões, para diferentes trechos do
poço, continua sendo monitorado. Existe a possibilidade do choke permanecer
totalmente fechado enquanto a circulação continua, porém o tempo de fechamento
deve ser limitado. Para diferentes aberturas do choke ao longo do tempo o perfil da
injeção do fluido será o mesmo adotado inicialmente. No Apêndice (C) encontram-se as
tabelas com todos os dados de entrada das simulações realizadas neste capítulo. No
Apêndice (D) está localizada a Figura (1D) que mostra a interface gráfica para a
114

entrada dos dados. Ainda neste apêndice foi inserido o código do programa
desenvolvido no Visual Basic.

A parada repentina da circulação e o fechamento brusco do choke promovem


uma forte onda de pressão que pode oscilar dependendo da viscosidade do fluido de
perfuração.

A simulação 14 foi realizada tendo a água como fluido de circulação, somente


para efeito de comparação em relação as outras viscosidades que serão simuladas.

As simulações 15, 16, 17, 18 reproduzem os dados dos fluidos, perfil de


circulação e abertura do choke das simulações 7, 8, 11 e 13, conduzidas no Capítulo
8.1. O objetivo é comparar a influência da expansibilidade do poço aberto e do
revestimento nos perfis da pressão, bem como a influência nesta, devido a mudança da
área, na passagem dos seguintes trechos: da coluna de perfuração para o anular entre
coluna e o poço aberto, desta para o anular entre a coluna e o revestimento e por fim o
choke.

Os resultados dessas simulações para o perfil da pressão no fundo do poço


podem ser vistos na Figura (8.21). A legenda da Figura (8.21) relaciona a simulações 7,
8, 11 e 13 com a simulação 15, 16, 17 e 18. Na Figura (8.21), o eixo das ordenadas da
direita pertence às simulações 17-11 e 18-13. Comparando as Figuras (8.12) e (8.17)
com o perfil da pressão da Figura (8.21) nota-se, no caso das simulações 15 e 16, que
as oscilações devido ao inicio brusco da circulação praticamente desaparecem em
relação às simulações anteriores 7 e 8. As simulações 7, 8, 11 e 13 foram realizadas
para uma coluna de perfuração de aço. A expansibilidade dessa coluna é de 1,2 ×
10bÅ  b. Como as simulações 15 e 16 foram realizadas com um trecho de poço
aberto, este possui uma expansibilidade aproximadamente 4 vezes maior do que a
expansibilidade da coluna de perfuração. Deste modo, o trecho do poço aberto absorve
as ondas de pressão suavizando os perfis.
115

7000 3500
SIMULAÇÃO-17-11
SIMULAÇÃO-18-13
6000 3000
SIMULAÇÃO-14-Água
SIMULAÇÃO-15-7
5000 SIMULAÇÃO-16-8 2500
Pressão(Psi)

Pressão(Psi)
4000 2000

3000 1500

2000 1000

1000 500

0 0
0 50 100 Tempo(s) 150 200 250

Figura 8.21: Pressão no fundo do poço para as simulações 14, 15, 16, 17 e 18.

Comparando as simulações 17 com 11 e a simulação 18 com a simulação13,


nota-se que nas simulações 11 e 13 o tempo para que a pressão atinja seu valor
máximo ocorre em torno de 20. Para as simulações 17 e 18 esse tempo sobe para
100s. Dois efeitos são os responsáveis por essa diferença: a expansibilidade do poço
aberto que diminui a taxa da pressão e a mudança da área da coluna para o anular.
Nota-se que a pressão máxima atingida neste caso é muito maior do que nos casos
anteriores, pois na passagem para o anular a área aberta ao fluxo é reduzida, fazendo
com que a perda de carga e a pressão final sejam maiores, além das vazões utilizadas
terem sido mais altas.

As simulações 19, 20, 21 e 22 têm o objetivo de testar a influência da


viscosidade nos perfis da pressão para os trechos do fundo do poço, sapata do
revestimento e choke, representados respectivamente pelas Figuras (8.22), (8.23) e
(8.24).
116

As simulações 19, 20 e 21 levam em consideração uma viscosidade aparente de


30, 50 e 100 respectivamente. A simulação 22 possui os mesmos parâmetros da
simulação 20, sendo que a única diferença é o fato da compressibilidade do kick ser
igual a 7,00 × 10bÅ  b. A viscosidade do fluido de perfuração foi de 50. O perfil da
injeção é representado pelas ordenadas da direita (segundo eixo).

2250 0,6
SIMULAÇÃO-19
SIMULAÇÃO-20
2200 0,5
SIMULAÇÃO-21
SIMULAÇÃO-22

Velocidade do Perfil de Injeção (m/s)


2150 Perfil de Injeção
0,4

2100
Pressão (Psi)

0,3
2050
0,2
2000

0,1
1950

1900 0

1850 -0,1
0 50 100 Tempo(s) 150 200 250

Figura 8.22: Pressão no fundo do poço para as simulações 19, 20, 21 e 22.

Pode-se notar que a pressão no fundo do poço aumenta com a viscosidade do


fluido de perfuração como o esperado. Não houve mudança no perfil da pressão para
simulação 22.
117

A Figura (8.23) representa o mesmo grupo de simulação para a região da sapata


do revestimento.

750 0,6
SIMULAÇÃO-19
730
SIMULAÇÃO-20
0,5
SIMULAÇÃO-21
710

Velocidade do Perfil de Injeção (m/s)


SIMULAÇÃO-22
690 Perfil de Injeção 0,4

670
Pressão(Psi)

0,3
650
0,2
630

610 0,1

590
0
570

550 -0,1
0 50 100 Tempo(s) 150 200 250

Figura 8.23: Pressão na Sapata do Revestimento Simulações 19, 20, 21 e 22

Analisando o gráfico na Figura (8.23) a diferença entre as pressões máximas


para um fluido de perfuração com 30 e 50 desaparece. Somente o fluido com
100 apresenta um perfil diferente.

O perfil da pressão no choke pode ser visto no gráfico da Figura (8.24).


118

120 0,6
SIMULAÇÃO-19
SIMULAÇÃO-20
SIMULAÇÃO-21 0,5
100
SIMULAÇÃO-22

Velocidade do Perfil de Injeção (m/s)


Perfil de Injeção
0,4
80
Pressão(Psi)

0,3
60
0,2

40
0,1

20
0

0 -0,1
0 50 100 Tempo(s) 150 200 250

Figura 8.24: Pressão no Choke para as simulações 19, 20, 21 e 22

Pode-se notar que praticamente não há diferença entre os perfis da pressão


para as viscosidades simuladas. Somente na simulação 21, a taxa da pressão é mais
suave. Nos três trechos do poço não houve diferença perceptível entre os perfis das
simulações para uma compressibilidade do kick maior. Em todos os casos simulados
os perfis das pressões são mais suaves se comparados com o perfil da injeção do
fluido de perfuração. Essas simulações foram conduzidas para uma vazão máxima de
0,01  ⁄, viscosidade do kick de 5, compressibilidade do fluido de perfuração de
4,35 × 10bÅ  b , profundidade da sapata do revestimento de 300, diâmetro interno
do revestimento de 0,2266, módulo transversal elástico da rocha ou módulo de
rigidez de 1,724 × 10'  e abertura do diâmetro do choke de 1,096 . Os dados
completos dessas simulações encontram-se nas Tabelas (C1) e (C2).
119

Um segundo grupo de simulações foi conduzido com o intuito de testar a


influência da profundidade do revestimento, do módulo transversal elástico da rocha,
no caso do trecho do poço aberto e o diâmetro interno do revestimento. Esse segundo
grupo de simulações foi comparado à simulação 20. O perfil da pressão no fundo do
poço pode ser visto no gráfico da Figura (8.25).

2600 0,55
SIMULAÇÃO-20
2500 SIMULAÇÃO-23
SIMULAÇÃO-24 0,45
SIMULAÇÃO-25

Velocidade do Perfil de Injeção (m/s)


2400
Perfil de Injeção
0,35
2300
Pressão(Psi)

2200 0,25

2100 0,15

2000
0,05
1900

-0,05
1800

1700 -0,15
0 50 100 Tempo(s) 150 200 250

Figura 8.25: Pressão no Fundo do Poço para as simulações 20, 23, 24 e 25

A simulação 23 possui os mesmos parâmetros da simulação 20, estando a única


diferença na profundidade da sapata do revestimento que neste caso situa-se a 500.
A diferença entre as simulações 23 e 24 está no '. Para a simulação 23 ' G 1,72 ×
10'  e para a simulação 24 ' G 1,92 × 10'  . A simulação 25 é idêntica a simulação
24, com a diferença que o diâmetro interno do revestimento, para a simulação 24 é de
0, 2266 e para a simulação 25 é de 0,2500.
120

1600 0,65
SIMULAÇÃO-20
simulação-23
1400 SIMULAÇÃO-24 0,45
SIMULAÇÃO-25

Velocidade do Perfil de Injeção (m/s)


Perfil de Injeção

1200 0,25
Pressão(Psi)

1000 0,05

800 -0,15

600 -0,35

400 -0,55
0 50 100 Tempo(s) 150 200 250

Figura 8.26: Pressão na Sapata do Revestimento Simulações 20, 23, 24 e 25

Como esperado o perfil da pressão no fundo do poço e na sapata do


revestimento para as simulações 20 e 23 tem a mesma forma. O aumento do módulo
de elasticidade transversal da rocha não foi suficiente para alterar o perfil da pressão
na simulação 24. Na região da sapata do revestimento a única diferença esperada é a
pressão hidrostática do início do perfil da simulação 20, já que a profundidade da
sapata é menor. O perfil da pressão no choke encontra-se no gráfico da Figura (8.27).
121

600 0,6
SIMULAÇÃO-20
SIMULAÇÃO-23
0,5
500 SIMULAÇÃO-24
SIMULAÇÃO-25

Velocidade do Perfil de Injeção (m/s)


Perfil de Injeção 0,4
400
Pressão(Psi)

0,3
300
0,2

200
0,1

100
0

0 -0,1
0 50 100 Tempo(s) 150 200 250

Figura 8.27: Pressão no Choke para as simulações 20, 23, 24 e 25

O perfil da pressão no choke não apresenta diferenças entre as simulações 20,


23 e 24. Em todos os trechos do poço para o caso da simulação 25, onde o diâmetro
interno do revestimento é maior, a pressão máxima é superior as outras simulações. O
diâmetro do revestimento neste caso é maior, somente 2,34. Este caso demonstra a
sensibilidade do perfil da pressão em relação a esse parâmetro. Isso ocorre porque a
relação entre a área do revestimento e a do choke aumenta. Deste modo a pressão
aumenta com a mudança brusca de área, propagando-se por todos os pontos do poço.

Um ponto importante no caso da simulação 25 é o intervalo de tempo para que a


pressão atingisse seu valor máximo. O aumento do diâmetro do revestimento em
2,34 fez com que a pressão demorasse mais 30 para atingir seu valor máximo em
relação às outras simulações. Ou seja, o perfil da pressão é definitivamente sensível a
mudanças no diâmetro do poço.
122

Outro grupo de simulações foi conduzido para testar a influência que um


fechamento brusco do choke tem nos perfis da pressão em conjunto com a variação da
compressibilidade do kick e módulo transversal elástico da rocha. A seguir são
apresentados na Tabela (8.4) os principais dados de entrada das simulações 26, 27, 28
e 29.

Tabela 8.4: Principais dados de entrada das simulações 26, 27, 28, 29 e 30
ENTRADA DOS DADOS 26 27 28 29 30
FLUIDO DE PERFURAÇÃO

4 11,2 11,2 11,2 11,2 11,2

( 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03

+,-. 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

 4,35 × 10bÅ 4,35 × 10bÅ 4,35 × 10bÅ 4,35 × 10bÅ 4,35 × 10bÅ

FLUIDO KICK

4 7,44 7,44 7,44 7,44 7,44

( 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005

 7,× 10bÅ 4,35 × 10bÅ 4,35 × 10bÅ 4,35 × 10bÅ 4,35 × 10bÅ
CHOKE

ƒ$)£F„ () 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5

ACHOKE 0,00114 0,00114 0,00114 0,00114 0,00114

T-FECHADO (s) 15 15 15 15 1

POÇO ABERTO

' 1,724 × 10' 1,724 × 10' 2,000 × 10Å 1,400 × 10Å 1,400 × 10Å

` 5,8 × 10bÅ 5,8 × 10bÅ 5,0 × 10b 7,14 × 10b 7,14 × 10b

-¨ 2,01 × 10b' 2,01 × 10b' 3,91 × 10bÅ 4,56 × 10bÅ 4,56 × 10bÅ
123

Nas simulações 26, 27, 28 e 29 o choke permaneceu fechado durante um


intervalo de tempo de 15s. Durante este tempo a injeção do fluido de perfuração foi
interrompida e a evolução do perfil da pressão continuou sendo acompanhada.

A simulação 26 foi realizada com a compressibilidade do kick igual a 7,00 ×


10bÅ  b e ' G 1,724 × 10'  . A simulação 27 tem os mesmos parâmetros da
simulação 26, com a diferença que a compressibilidade do kick foi alterada para o
mesmo valor da compressibilidade do fluido de perfuração e igual a 4,35 × 10bÅ  b .
Na simulação 28 apenas aumentou-se o módulo transversal elástico da rocha para
' G 2,00 × 10Å  . Na simulação 29 o valor desse módulo foi diminuído para 1,40 ×
10Å  . A simulação 30 foi conduzida com os mesmos parâmetros da simulação 29,
mas com o choke fechado por apenas 1 e a vazão da injeção do fluido de perfuração
mantida. Os perfis para a pressão no fundo do poço, detalhe da pressão no fundo do
poço, sapata do revestimento e choke são representados pelos gráficos das Figuras
(8.28), (8.29), (8.30) e (8.31)

2150 1,4E-03

1,2E-03
2100
Perfil de Injeção
1,0E-03
Perfil da Área do Choke (m2)
SIMULAÇÃO-26
2050 SIMULAÇÃO-27
SIMULAÇÃO-28 8,0E-04
Pressão(Psi)

SIMULAÇÃO-29
PERFIL-CHOKE
2000 6,0E-04

4,0E-04
1950
2,0E-04
1900
0,0E+00

Tempo(s)
1850 -2,0E-04
0 20 40 60 80 100 120

Figura 8.28: Pressão no Fundo do Poço para as simulações 26, 27, 28 e 29


124

2150 1,4E-03
SIMULAÇÃO-26
SIMULAÇÃO-27
1,2E-03
SIMULAÇÃO-28
2100
SIMULAÇÃO-29
PERFIL-CHOKE 1,0E-03

Perfil da Área do Choke (m2)


2050
8,0E-04
Pressão(Psi)

2000 6,0E-04

4,0E-04
1950

2,0E-04

1900
0,0E+00
Tempo(s)
1850 -2,0E-04
49 51 53 55 57 59 61 63 65

Figura 8.29: Detalhe da Pressão no Fundo do Poço Simulações 26, 27, 28 e 29

Analisando os gráficos das Figuras (8.28) e (8.29) pode-se constatar uma


oscilação em torno de 100; quando o choke é fechado, mesmo interrompendo-se a
circulação do fluido nesse instante. Isso ocorre devido à inércia que o fluido ainda
possui. Após esse intervalo o choke é aberto e a injeção volta ao seu perfil original,
então a pressão cai até estabilizar-se. Praticamente não nota-se diferença entre os
perfis das simulações 26 e 27. Neste caso a mudança da compressibilidade do kick
não afetou a pressão.

O mesmo acontece para as simulações 28 e 29. Os perfis da pressão nestes


casos são praticamente iguais. A diferença no coeficiente elástico transversal da rocha
nestes casos não foi suficiente para produzir diferenças significativas. Porém ao
comparar o par das simulações 26 e 27 com as simulações 28 e 29, a mudança no
125

coeficiente transversal elástico da rocha foi suficiente para produzir uma mudança
nesses dois conjuntos de perfis. No caso das simulações 28 e 29 um coeficiente
transversal da rocha maior faz com que a expansibilidade do poço aberto seja menor e
consequentemente fazendo com que a velocidade do som neste trecho cresça. Esse
fato reflete um perfil de pressão com amplitudes maiores e uma velocidade maior nas
mudanças de pressão. Para as simulações 26 e 27 acontece exatamente o inverso e
nota-se que o perfil da pressão neste caso apresenta um pequeno atraso em relação
às simulações 28 e 29. Neste caso as oscilações são rapidamente absorvidas pelo
meio.

850 1,4E-03

800 1,2E-03

SIMULAÇÃO-26
SIMULAÇÃO-27 1,0E-03
750

Perfil da Área do Choke (m2)


SIMULAÇÃO-28
SIMULAÇÃO-29
PERFIL-CHOKE 8,0E-04
700
Pressão(Psi)

6,0E-04
650
4,0E-04

600
2,0E-04

550 0,0E+00
Tempo(s)
500 -2,0E-04
0 20 40 60 80 100 120

Figura 8.30: Pressão na Sapata do Revestimento Simulações 26, 27, 28 e 294


126

350 1,4E-03

300 1,2E-03

250 SIMULAÇÃO-26
SIMULAÇÃO-27 1,0E-03
SIMULAÇÃO-28

Perfil da Área do Choke (m2)


200
SIMULAÇÃO-29
8,0E-04
PERFIL-CHOKE
Pressão(Psi)

150
6,0E-04
100
4,0E-04
50

2,0E-04
0
0 20 40 60 80 100 120
-50 0,0E+00
Tempo(s)
-100 -2,0E-04

Figura 8.31: Pressão no Choke para as simulações 26, 27, 28 e 29

Pode-se notar que as oscilações provocadas pelo fechamento brusco do choke


propagam-se até a sapata do revestimento. No choke fortes oscilações surgem com a
essa manobra de fechamento, fazendo surgir pressões 5 vezes maiores do que as
pressões anteriormente estabilizadas.
127

8.3 Cálculo do Módulo de Rigidez do Poço

Aberto Através de Pulsos de Pressão

As próximas simulações são dedicadas ao estudo da teoria desenvolvida no


Capítulo 6. O gráfico da Figura (8.32) representa o perfil das pressões na entrada da
coluna de perfuração das simulações 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36. O objetivo é calcular o
tempo de trânsito de um pulso de pressão (gerado no choke, no instante
Å G 40) até a entrada da coluna de perfuração. Com isso tentar inferir os módulos de
rigidez da formação simulados para os casos da Tabela (8.5). Esse procedimento
simularia uma situação de campo, onde os valores desse módulo de rigidez não são
conhecidos.

Todas as simulações a partir da simulação 31 possuem os mesmos dados de


entrada, com exceção do coeficiente elástico transversal ou módulo de rigidez da
formação. Por isso somente os dados de entrada da simulação 31 encontram-se na
Tabela (C3).

Tabela 8.5: Principais dados de entrada das simulações 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36

SIMULAÇÕES MATERIAL FH$F V„ó. -¨ V„ó. 'V„ó.

30 GRANITO 4,35 × 10bÅ 1,962 4,56 × 10bÅ 1,400 × 10Å


31 GRANITO 9,00 × 10bÅ 1,972 4,56 × 10bÅ 1,400 × 10Å
32 ARGILA 9,00 × 10bÅ 7,279 5,71 × 10bõ 5,360 × 10^
33 CALCÁRIO ALTA ∅ 9,00 × 10bÅ 2,818 3,59 × 10b' 9,090 × 10õ
34 ARENITO 9,00 × 10bÅ 2,056 6,66 × 10bÅ 7,140 × 10'
35 CALCÁRIO BAIXA ∅ 9,00 × 10bÅ 1,998 5,19 × 10bÅ 1,087 × 10Å
36 FOLHELHO 9,00 × 10bÅ 1,945 3,91 × 10bÅ 2,000 × 10Å
128

Onde:

• V„ó. é o tempo teórico, baseado nos dados simulados e calculado através da


Equação (6.12);

• -¨ V„ó. é a expansibilidade simulada, do anular entre coluna e poço aberto,


baseada na Equação (4.13);

• 'V„ó. é o módulo de rigidez teórico, do poço aberto, simulado;

900

SIMULAÇÃO-30 G=1,4X1010
800
SIMULAÇÃO-31 G=1,4X1010
SIMULAÇÃO-32 G=5,36X107
700 SIMULAÇÃO-33 G=9,090X108
SIMULAÇÃO-34 G=7,14X109
600 SIMULAÇÃO-35 G=1,087X1010
SIMULAÇÃO-36 G=2,00X1010
500
Pressão (Psi )

400

300

200

100

0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (s)
-100

Figura 8.32: Pressão na entrada da coluna de perfuração para o cálculo dos tempos
de trânsito dos pulsos gerados no Choke Simulações 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36
129

Analisando a Figura (8.32) pode-se constatar que, para expansibilidades do


poço aberto baixas ou módulos de rigidez altos, o perfil da pressão decresce mais
rápido. Já para o caso em que as expansibilidades são altas ou módulos de rigidez
baixos, o poço permanece pressurizado mesmo após a parada da circulação. Esse
efeito se deve ao fato do poço sofrer um deslocamento radial maior quando sua
expansibilidade é maior. Assim quando o poço esta submetido a pressões este as
armazena na forma de energia potencial elástica que gradativamente é transferida ao
longo do tempo, como na simulação 32. O gráfico da Figura (8.33) mostra em detalhes
as oscilações da Figura (8.32).

800 236
Pressão (Psi )

SIMULAÇÃO-30 G=1,4E+10
750 SIMULAÇÃO-31 G=1,4E+10
SIMULAÇÃO-33 G=9,090E+8 234

700 SIMULAÇÃO-34 G=7,14E+9


SIMULAÇÃO-35 G=1,087E+10 232
SIMULAÇÃO-36 G=2,00E+10
650
SIMULAÇÃO-32 G=5,36E+7
230
600

550 ponto de chegada da sobre 228


pressão

500
226

450
224
400

222
350
início da geração do pulso no choke
300 220
39 41 43 45 47 49 Tempo (s)

Figura 8.33: Detalhe do perfil da pressão da Figura (8.32)

O tempo de trânsito é calculado graficamente ou através da tabela de dados na


região da entrada da coluna de perfuração. É computado o primeiro ponto que
130

representa um “pico” no perfil da pressão em relação aos instantes anteriores. Esse


ponto indica a chegada do pulso de pressão gerado no choke. Então o tempo, , é
computado e é feita a diferença em relação ao tempo inicial da geração do pulso

Na Figura (8.33) é possível observar o ponto de chegada da sobre pressão e


notar a pequena diferença entre esses tempos para cada simulação. A simulação 32
está representada pelo eixo da direita. A Equação (6.12) relaciona esse intervalo de
tempo ∆ com as velocidades do som.

O valor do módulo de rigidez do poço aberto (') está embutido nas velocidades
do som 1\ e 1\ através da expansibilidade do anular (-¨ ) do trecho do anular entre a
coluna e o poço aberto.

As velocidades do som 1\ e 1\ já se encontram determinadas, pois os


parâmetros elásticos da coluna e revestimento são conhecidos. Esses trechos
encontram-se preenchidos com fluido de perfuração, do qual se conhece a
compressibilidade e a densidade. Todas as simulações possuem a mesma
compressibilidade para o kick, com exceção da simulação 30. Então trabalhando a
Equação (6.12), pode-se escrever:

XhËÌ X
∆ − − − G
hØÔ (hËÌ bhÖQ‹Ö bhØÔ ) hÖQ‹Ö
Íkp ÍkÚ Ík‘ ÍkÄ
(8.1)

Consultando os dados da simulação 31 na Tabela (C3) e substituindo a Equação


(4.13), a Equação (8.1) segue abaixo:

XÅÅÅX
∆ − − − G
ÅÅ (ÅÅÅbÅbÅÅ) Å
Íkp ÍkÚ p
(8.2)
p “q
Ðq ~‹ Ó,  ÖQ‹Ö ª‹ÖQ‹Ö Ó,c© «
[ [ c©

A variável de interesse neste momento é -¨ . Como não é possível explicitá-la


na Equação (8.2), esta pode ser determinada através de duas equações
131

transcendentais. O membro do lado esquerdo da igualdade da Equação (8.2) será


chamado de -1 e do lado direito de -2. Substituindo-se ainda alguns valores na
Equação (8.2) chega-se a Equação (8.3).

XÅÅÅX
.∆ − − − G.
ÅÅ Å
1 1
/Å
, õõÅ,Å^ p p
(8.3)
“pÄߑªß,ÄÚ×p0Ñp0 Ó, « “34‘ª‹
c© ÖQ‹Ö Ó,c© «
2 2

Assim, construindo o gráfico de cada função em relação a -¨ , a solução da


Equação (8.3) para -¨ estará na interseção das funções -1 e -2. Este procedimento é
realizado para todas as simulações, cada uma contendo suas respectivas funções -1 e
-2 que serão diferentes, pois cada simulação terá um tempo de trânsito ∆. A Figura
(8.34) representa todas as funções transcendentais das simulações.

4,0E-01
Z1_SIMULAÇÃo-30
Z2_SIMULAÇÃo-30
3,5E-01
Z1_SIMULAÇÃO-31
Z2_SIMULAÇÃO-31
3,0E-01
Z1_SIMULAÇÃO-34
Z2_SIMULAÇÃO-34
2,5E-01 Z1_SIMULAÇÃO-35
Z2_SIMULAÇÃO-35
Funções Z1 e Z2

2,0E-01 Z1_SIMULAÇÃO-36
Z2_SIMULAÇÃO-36
1,5E-01

1,0E-01

5,0E-02

0,0E+00
0,0E+00 1,0E-10 2,0E-10 3,0E-10 4,0E-10 5,0E-10 6,0E-10 7,0E-10 8,0E-10
-5,0E-02
Expansibilidade - Coluna Poço Aberto(αan)
-1,0E-01

Figura 8.34: Equações transcendentais para determinação das expansibilidades


132

Os intervalos de tempo experimentais para Equação (8.3), da chegada desses


pulsos na entrada da coluna de perfuração, determinados graficamente pela Figura
(8.33) ou pelos dados, encontram-se na Tabela (8.6). Com esses tempos foi possível
determinar as expansibilidades, através das funções transcendentais da Equação (8.3).

Tabela 8.6: Principais dados de entrada das simulações 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36

SIMULAÇÕES MATERIAL „.Z -¨ „.Z. '„.Z. Erro (%)

30 GRANITO 1,962 4,52 × 10bÅ 1,43 × 10Å 2,1

31 GRANITO 1,972 4,74 × 10bÅ 1,296 × 10Å -7,4

32 ARGILA 7,279 5,71 × 10bõ 5,361 × 10^ 0,0

33 CALCÁRIO ALTA ∅ 2,818 3,60 × 10b' 9,069 × 10õ -0,2

34 ARENITO 2,056 6,77 × 10bÅ 6,956 × 10' -2,6

35 CALCÁRIO BAIXA ∅ 1,998 5,23 × 10bÅ 1,072 × 10Å -1,3

36 FOLHELHO 1,945 3,81 × 10bÅ 2,143 × 10Å 7,2

Onde:

• „.Z. é o tempo determinado graficamente ou pela tabela dos resultados, em que


o pulso de pressão chega a entrada da coluna de perfuração;

• -¨ „.Z. é a expansibilidade do anular experimental, determinada através de duas


equações transcendentais, para cada simulação. Será visto mais adiante com é
feito o cálculo;

• '„.Z. é o módulo de rigidez experimental, determinado a partir dos dados do


-¨ „.Z.
133

A partir das expansibilidades da Tabela (8.6) é possível determinar o módulo de


rigidez através da Equação (4.13), explicitando-se a expansibilidade do poço para cada
caso. O módulo de rigidez do poço, de acordo com a Equação (5.20) será o inverso da
expansibilidade deste. Assim, explicitando Z e tomando seu inverso chega-se a
Equação (8.4) para o módulo de rigidez '„.Z .

Z G ⇒ '„.Z G ªS
ªSj bS¥‹¦§ «ª”c© ¥6j. «LS¥‹¦§ ”‹¦§ Sj
Sj j bS¥‹¦§ «ª”c© ¥6j. «LS¥‹¦§ ”‹¦§
(8.4)

O valor do '„.Z seria o valor calculado numa simulação de campo. Todos os


valores do '„.Z das simulações encontram-se na Tabela (8.6). O erro em relação aos
valores teóricos adotados nas simulações é baixo. Isso demonstra que existe a
possibilidade da inferência desse tipo de parâmetro através do método desenvolvido
nesta dissertação.

Durante uma perfuração nada impede que o módulo de rigidez da formação seja
constantemente medido, aumentando-se a discretização desse valor ao longo do
percurso do poço.

Conhecendo-se o módulo de rigidez do poço aberto, no momento de um influxo,


toda a teoria desenvolvida no Capítulo 6 pode ser empregada no cálculo da
compressibilidade desse fluido invasor. Neste trabalho definido por FH$F . Caso esse
influxo seja um líquido ou uma mistura, a compressibilidade deste será sensível a
quantidade de gás dissolvido. Desta maneira pode-se aumentar o conhecimento a
cerca da composição desses fluidos que serão circulados.
134

Capítulo 9

Conclusões

Neste trabalho foi utilizada a equação da conservação da massa e do momento


para descrever o caso da circulação de um kick de óleo, com padrão de escoamento
anular. Foram consideradas as expansibilidades das paredes do poço e as
compressibilidades do kick e do fluido de perfuração. Com as equações da
conservação de massa e momento foi possível montar um sistema com duas equações
diferenciais parciais não lineares em relação à velocidade e à pressão. A introdução do
conceito da compressibilidade e expansibilidade, na equação da conservação da
massa, permitiu que esta dependesse da velocidade, da pressão e da densidade do
fluido.

Os parâmetros, expansibilidade, compressibilidade e densidade, juntos,


permitem que sejam calculadas as velocidades do som dentro da coluna de perfuração
e anular. Com o auxílio da velocidade do som e com a introdução de um multiplicador
de Lagrange, o sistema de equações diferenciais parciais foi convertido em um par de
equações diferenciais ordinárias.

O sistema de equações diferenciais ordinárias pode ser resolvido


numericamente, pelo método das diferenças finitas de primeira ordem. Após a
discretização através do método das diferenças finitas e introdução das condições de
135

contorno e inicial, foi possível calcular a velocidade e a pressão da circulação de um


kick de óleo em cada ponto da malha, para cada passo de tempo.

Esta dissertação teve como principal objetivo calcular perfil das velocidades e
pressões nas profundidades de maior interesse dentro de um poço, durante a
circulação de um kick de óleo. Um dos objetivos foi mostrar a variação do perfil da
pressão e velocidade em função das características dos fluidos e geométricos do poço.
Outro ponto importante foi mostrar como o perfil da circulação do kick e o fechamento
do choke influenciam nos resultados do perfil da pressão e da velocidade.

A introdução da velocidade do som foi importante para estimar o tempo de


trânsito das ondas de pressão provenientes de operações de controle da circulação do
kick. Este tempo é significante para o controlador da circulação. Com esse parâmetro,
é possível estimar o tempo necessário para que as ondas de pressão, geradas pelo
controle da abertura do choke, atinjam a profundidade desejada. A partir desse instante
o operador prossegue com a próxima operação de abertura ou fechamento do choke,
sem que esta provoque grandes oscilações nas pressões.

Qualquer manobra brusca da vazão, seja através do início instantâneo da


circulação ou fechamento rápido do choke, esteve sempre acompanhada de oscilações
nos perfis da pressão e velocidade, para o caso das simulações de um tubo de aço. Já
para o caso simulado de um poço com trecho aberto e revestimento, esses efeitos
foram amortecidos pelas características elásticas das paredes do poço. Ambos os
casos apresentaram fortes oscilações para o fechamento brusco do choke.

A partir da discretização do sistema de equações diferenciais ordinárias, pelo


método das diferenças finitas, foram simulados alguns casos de circulação do kick
variando a densidade do fluido de perfuração, viscosidade, profundidade do poço, perfil
de injeção do fluido, compressibilidade, expansibilidade e abertura do choke.

A partir das simulações geradas, pode-se concluir que para qualquer valor
adotado para os parâmetros das simulações, nota-se que os perfis da pressão não
atingem a estabilização no mesmo intervalo de tempo do perfil da circulação. Isto se
136

deve a compressibilidade dos fluidos, expansibilidade das paredes do poço e as perdas


de carga por fricção, retardando movimento do fluido. Ou seja, o modelo transiente
proposto demonstra que o tempo para a estabilização das pressões não é desprezível
em relação a um modelo de circulação permanente.

No momento em que a circulação decresce, o perfil da pressão e velocidade


decresce mais rápido, não acompanhando o perfil da circulação adotado. Este efeito é
mais pronunciado para o caso em que a expansibilidade do poço é baixa. Assim o
efeito da perda de carga por fricção nas paredes do poço governa. Para o caso em que
a expansibilidade do poço é alta, este permanece pressurizado durante certo tempo
após a parada da circulação devido a energia elástica armazena pelo poço.

Pode-se constatar pelos gráficos da pressão e velocidade que a amplitude das


oscilações decresce mais rapidamente conforme a viscosidade aumenta. Esse efeito
esperado se deve a correlação entre a viscosidade e a perda de carga. Quanto maior a
viscosidade do fluido maior a perda de carga. Então, a cada ciclo da oscilação a
energia armazenada pela compressibilidade do fluido e expansibilidade do poço
decresce sucessivamente até o momento em que o fluido estabiliza numa posição de
equilíbrio.

O fechamento brusco do choke provoca oscilações no perfil da pressão que se


propagam até o topo do kick. Essas oscilações atingem valores significativos e podem
causar danos à formação dependendo dos valores atingidos.

O aumento da vazão da circulação tem o efeito esperado no aumento das


pressões. Quando a velocidade inicial (t=0) da circulação é diferente de zero, surgem
oscilações no perfil das pressões e velocidades que se propagam até o choke. Ao
contrário dos perfis de circulação que crescem gradativamente e quase não exibem
oscilações, mesmo nos casos em que a vazão máxima escolhida foi alta.

O aumento da compressibilidade teve um efeito benéfico ao diminuir as


amplitudes das oscilações da pressão. Além de fazer com que a pressão aumente
suavemente de acordo com o perfil da circulação na entrada da coluna.
137

Neste trabalho foi desenvolvida uma metodologia para a determinação do


módulo de rigidez da formação perfurada e compressibilidade dos fluidos invasores
através de pulsos de pressão gerados pelo fechamento brusco do choke. Os valores
determinados dos módulos de rigidez apresentam pequeno erro em relação aos
usados nas simulações.

De forma geral as principais conclusões que podem ser retiras desse trabalho
são que as características dos fluidos, a geometria do poço e a forma como o kick é
circulado influenciam os perfis da pressão e velocidade ao longo do poço. Simulações
que considerem todas as etapas do processo da circulação de um kick, bem como o
controle da pressão do fundo do poço devem ser conduzidas.
138

Capítulo 10

Trabalhos Futuros

Para o desenvolvimento de novos trabalhos os seguintes temas são


indicados:

1. Acoplamento de um modelo de reservatório para o problema da


circulação de um kick de óleo;

2 Considerar a velocidade de escorregamento entre as fases para o caso de um kick


de gás;

3 Solução do problema considerando outros padrões de escoamento para um kick de


gás;
139

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Villaça, S.F., Garcia, L.F.T (2000) Introdução à Teoria da Elasticidade. 4.ed. Rio de

Janeiro: COPPE/UFRJ, 258p.

White, Frank, M. (1991) Viscous Fluid Flow. 2.ed. McGraw-Hill, 550p.

Walski, T. M. (2003) Advanced Water Distribution Modeling and Management. 1.ed.


Haestad Press, 751p.
144

Apêndice A

Equação Geral do Deslocamento Radial para

uma Distribuição de Tensão Axi-Simétrica

As equações que representam o campo de deslocamentos radial e transversal


para uma distribuição axi-simétrica de tensões, são representadas pelas equações
(A.1) e (A.2), respectivamente. O campo de tensão radial associado é determinado pela
equação (A.3). (Nash, 1972).

(, 7) G Œ− + 2(1 − 3)% + 2(1 − 3)8 7() − 8 (1 + 3) + 8 87(7) + 8 (7)


 (L­)"
¬ ‡
(A.1)

9(, 7) G + 8 (7) − 8 87(7) + 8 


:p ‡;
¬
(A.2)

5‡ G ‡ ‘ + 2% + 8 J1 + 27()K
"
(A.3)

O modelo do campo de tensões e deformações adotadas para o poço não consideram


deslocamentos e tensões na direção 7. Para que essas condições sejam satisfeitas é
necessário que os coeficientes 8 , 8 , 8 e 8 sejam iguais a zero. Fazendo essas
145

constantes iguais a zero nas equações (A.1) e (A.3), chega-se as equações (A.4) e
(A.5), do deslocamento e da tensão radial respectivamente.

(, 7) G Œ− + 2(1 − 3)%


 (L­)"
¬ ‡
(A.4)

5‡ G ‡ ‘ + 2%
"
(A.5)

As equações (A.4) e (A.5) são as equações necessárias para o cálculo das


expansibilidades das paredes do poço. As constantes ! e % são determinadas pelas
condições de contorno em cada região do poço.
146

Apêndice B

Trabalhos Publicados

Miranda, A. V. N., Campos, W., Martins, F.F. (2008) Estudo do Controle de Kick através
de Modelagem Computacional considerando a Expansibilidade das Paredes do Poço e
Compressibilidade dos Fluidos. Petro&Química. 308ed.

Miranda, A. V. N., Campos, W., Martins, F.F. (2008) Determinação do Coeficiente


Elástico Transversal da Formação através do Tempo Característico das Ondas de
Pressão dentro do Poço. Petro&Química. 308ed.

Miranda, A. V. N., Campos, W., Martins, F.F. (2008) Estudo do Controle de Kick
através de Modelagem Computacional considerando a Expansibilidade das Paredes do
Poço e Compressibilidade dos Fluidos. The 12th Brazilian Congress of Thermal
Sciences and Engineering.
147

Apêndice C

Tabela de Dados das Simulações

Neste apêndice são apresentadas as tabelas que contêm os dados utilizados no


simulador que reproduz um kick de óleo num poço de petróleo. Nestas tabelas estão as
características geométricas e elásticas do poço, características do fluido de perfuração
e do kick, abertura do choke e perfis adotados para a circulação do kick.

Os dados das simulações estão dividos em colunas. Na primeira coluna da


tabela encontra-se a especificação de cada parâmetro adotado, bem como a unidade
de medida. Nas colunas seguintes encontram-se as simulações numeradas.
148

Tabela C1: Dados para as Simulações com Coluna, Poço Aberto e Revestimento
ENTRADA DOS DADOS SIMULAÇÕES
DADOS GERAIS 14 15 16 17 18 19
PRESSÃO ATMOSFÉRICA (Pa) 101300 101300 101300 101300 101300 101300
2
GRAVIDADE (m / s ) 9,81 9,81 9,81 9,81 9,81 9,81
COEFI. DE DESCARGA 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
ALTURA SUPERFICIE (m) 0 0 0 0 0 0
SIDPP (psi) 1 20 20 20 20 20
SICP (psi) 1 52 52 52 52 52
TEMPO DE CIRCULAÇÃO (s) 100 130 130 200 200 200
INTERVALO DO TEMPO-DT (s) 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005
FLUIDO DE PERFURAÇÃO
DENSIDADE (ppg) 8,335 11,2 11,2 11,2 11,2 11,2
VISCOSIDADE (Pa x s) 0,001 0,009 0,009 0,015 0,015 0,03
VAZÃO MÁXIMA 0,04 0,04 0,04 0,08 0,08 0,01
-1
COMPRESSIBILIDADE (Pa ) 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 7E-10 7E-10 4,35E-10
FLUIDO KICK
DENSIDADE (ppg) 8,335 7,446146 7,446146 7,446146 7,446146 7,446146
VISCOSIDADE (Pa x s) 0,001 0,01 0,01 0,01 0,01 0,005
-1
COMPRESSIBILIDADE (Pa ) 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10
INICIO-BASE DO KICK (m) 983,9919 991,7142 991,7142 992,1302 992,1302 991,7142
INICIO-TOPO DO KICK (m) 933,9919 941,7142 941,7142 942,1302 942,1302 941,7142
CHOKE
DIÂMETRO INICIAL (pol) 1,79 1,79 1,415 1,415 1,415 1,096
2
ÁREA INICIAL (m ) 0,001624 0,001624 0,001015 0,001015 0,001015 0,000609
ÁREA CHOKE EM FUNÇÃO DO TEMPO
TEMPO DE FECHAMENTO (s) 0 0 0 0 0 0
T0 0 0 0 0 0 0
T1 0 0 0 0 0 0
T2 0 0 0 0 0 0
T3 0 0 0 0 0 0
T4 0 0 0 0 0 0
T5 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_0 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_1 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_2 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_3 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_4 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_5 0 0 0 0 0 0
149

DADOS DA COLUNA 14 15 16 17 18 19
DIAM. INTERNO-COLUNA (m) 0,164 0,164 0,164 0,164 0,164 0,164
2
ÁREA INTERNA (m ) 0,021124 0,021124 0,021124 0,021124 0,021124 0,021124
DIAM. EXTERNO-COLUNA (m) 0,1778 0,1778 0,1778 0,1778 0,1778 0,1778
2
ÁREA EXTERNA (m ) 0,024829 0,024829 0,024829 0,024829 0,024829 0,024829
MÓD. DE ELASTICIDADE-AÇO (Pa) 2,07E+11 2,07E+11 2,07E+11 2,07E+11 2,07E+11 2,07E+11
MÓD. DE POISON-AÇO 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35
-1
EXPANSIBILIDADE DENTRO COLUNA (Pa ) 1,23E-10 1,23E-10 1,23E-10 1,23E-10 1,23E-10 1,23E-10
PROFUNDIDADE (m) 1000 1000 1000 1000 1000 1000
DADOS DO POÇO ABERTO
DIAM. DO POÇO (m) 0,2169 0,2169 0,2169 0,2169 0,2169 0,2169
2
ÁREA INTERNA POÇO (m ) 0,03695 0,03695 0,03695 0,03695 0,03695 0,03695
2
ÁREA ANULAR POÇO-COLUNA (m ) 0,012121 0,012121 0,012121 0,012121 0,012121 0,012121
MOD. TRANSVERSAL DA ROCHA (Pa) 1,72E+09 1,72E+09 1,72E+09 1,72E+09 1,72E+09 1,72E+09
-1
EXPANSIBILIDADE POÇO (Pa ) 5,8E-10 5,8E-10 5,8E-10 5,8E-10 5,8E-10 5,8E-10
-1
EXPANS. ANULAR POÇO-COLUNA (Pa ) 2,01E-09 2,01E-09 2,01E-09 2,01E-09 2,01E-09 2,01E-09
DADOS DO REVESTIMENTO
DIAM. INTERNO-REVEST. (m) 0,2266 0,2266 0,2266 0,2266 0,2266 0,2266
2
ÁREA INTERNA REVEST. (m ) 0,040328 0,040328 0,040328 0,040328 0,040328 0,040328
DIAM. EXTERNO-REVEST. (m) 0,2445 0,2445 0,2445 0,2445 0,2445 0,2445
2
ÁREA EXTERNA REVEST. (m ) 0,046951 0,046951 0,046951 0,046951 0,046951 0,046951
ÁREA ANULAR COL.-REVESTIMENTO 0,0155 0,0155 0,0155 0,0155 0,0155 0,0155
-1
EXPANSIBILIDADE REVESTIMENTO (Pa ) 1,31E-10 1,31E-10 1,31E-10 1,31E-10 1,31E-10 1,31E-10
-1
EXPANS. ANULAR REVEST.-COLUNA (Pa ) 5,27E-10 5,27E-10 5,27E-10 5,27E-10 5,27E-10 5,27E-10
EXPANSIBILIDADE COLUNA -1,2E-10 -1,2E-10 -1,2E-10 -1,2E-10 -1,2E-10 -1,2E-10
PROFUNDIDADE REVESTIMENTO 300 300 300 50 50 300
VELOCIDADE SOM TEORICA TRECHOS
COLUNA DE PERFURAÇÃO - VS1 1339,147 1155,239 1155,239 951,3266 951,3266 1155,239
FUNDO-BASE DO KICK - VS2 640,3242 552,3873 552,3873 524,6531 524,6531 552,3873
BASE -TOPO DO KICK - VS3 640,3242 677,4651 677,4651 677,4651 677,4651 677,4651
TOPO KICK-CHOKE - VS4 640,3242 552,3873 552,3873 524,6531 524,6531 552,3873
REVESTIMENTO-VS5 1020,168 880,0665 880,0665 779,2616 779,2616 880,0665
DISCRETIZAÇÃO INICIAL DO ESPAÇO
DZ1 6,711409 5,780347 5,780347 4,761905 4,761905 5,780347
DZ2 3,201621 2,761937 2,761937 2,623265 2,623265 2,761937
DZ3 3,125 3,333333 3,333333 3,333333 3,333333 3,333333
DZ4 3,201979 2,766009 2,766009 2,623912 2,623912 2,766009
DZ5 5,084746 4,411765 4,411765 3,846154 3,846154 4,411765
150

Tabela C2: Dados para as Simulações com Coluna, Poço Aberto e Revestimento
ENTRADA DOS DADOS SIMULAÇÕES
DADOS GERAIS 20 21 22 23 24 25
PRESSÃO ATMOSFÉRICA (Pa) 101300 101300 101300 101300 101300 101300
2
GRAVIDADE (m / s ) 9,81 9,81 9,81 9,81 9,81 9,81
COEFI. DE DESCARGA 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
ALTURA SUPERFICIE (m) 0 0 0 0 0 0
SIDPP (psi) 20 20 20 20 20 20
SICP (psi) 52 52 52 52 52 52
TEMPO DE CIRCULAÇÃO (s) 200 200 200 200 200 200
INTERVALO DO TEMPO-DT (s) 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005
FLUIDO DE PERFURAÇÃO
DENSIDADE (ppg) 11,2 11,2 11,2 11,2 11,2 11,2
VISCOSIDADE (Pa x s) 0,05 0,1 0,05 0,05 0,05 0,05
VAZÃO MÁXIMA 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
-1
COMPRESSIBILIDADE (Pa ) 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10
FLUIDO KICK
DENSIDADE (ppg) 7,446146 7,446146 7,446146 7,446146 7,446146 7,446146
VISCOSIDADE (Pa x s) 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005
-1
COMPRESSIBILIDADE (Pa ) 4,35E-10 4,35E-10 7E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10
INICIO-BASE DO KICK (m) 991,7142 991,7142 991,7142 991,7142 991,3836 991,3836
INICIO-TOPO DO KICK (m) 941,7142 941,7142 941,7142 941,7142 941,3836 941,3836
CHOKE
DIÂMETRO INICIAL (pol) 1,096 1,096 1,096 1,096 1,096 1,096
2
ÁREA INICIAL (m ) 0,000609 0,000609 0,000609 0,000609 0,000609 0,000609
ÁREA CHOKE EM FUNÇÃO DO TEMPO
TEMPO DE FECHAMENTO (s) 0 0 0 0 0 0
T0 0 0 0 0 0 0
T1 0 0 0 0 0 0
T2 0 0 0 0 0 0
T3 0 0 0 0 0 0
T4 0 0 0 0 0 0
T5 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_0 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_1 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_2 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_3 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_4 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_5 0 0 0 0 0 0
151

DADOS DA COLUNA 20 21 22 23 24 25
DIAM. INTERNO-COLUNA (m) 0,164 0,164 0,164 0,164 0,164 0,164
2
ÁREA INTERNA (m ) 0,021124 0,021124 0,021124 0,021124 0,021124 0,021124
DIAM. EXTERNO-COLUNA (m) 0,1778 0,1778 0,1778 0,1778 0,1778 0,1778
2
ÁREA EXTERNA (m ) 0,024829 0,024829 0,024829 0,024829 0,024829 0,024829
MÓD. DE ELASTICIDADE-AÇO (Pa) 2,07E+11 2,07E+11 2,07E+11 2,07E+11 2,07E+11 2,07E+11
MÓD. DE POISON-AÇO 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35
-1
EXPANSIBILIDADE DENTRO COLUNA (Pa ) 1,23E-10 1,23E-10 1,23E-10 1,23E-10 1,23E-10 1,23E-10
PROFUNDIDADE (m) 1000 1000 1000 1000 1000 1000
DADOS DO POÇO ABERTO
DIAM. DO POÇO (m) 0,2169 0,2169 0,2169 0,2169 0,2169 0,2169
2
ÁREA INTERNA POÇO (m ) 0,03695 0,03695 0,03695 0,03695 0,03695 0,03695
2
ÁREA ANULAR POÇO-COLUNA (m ) 0,012121 0,012121 0,012121 0,012121 0,012121 0,012121
MOD. TRANSVERSAL DA ROCHA (Pa) 1,72E+09 1,72E+09 1,72E+09 1,72E+09 1,92E+09 1,92E+09
-1
EXPANSIBILIDADE POÇO (Pa ) 5,8E-10 5,8E-10 5,8E-10 5,8E-10 5,2E-10 5,2E-10
-1
EXPANS. ANULAR POÇO-COLUNA (Pa ) 2,01E-09 2,01E-09 2,01E-09 2,01E-09 1,82E-09 1,82E-09
DADOS DO REVESTIMENTO
DIAM. INTERNO-REVEST. (m) 0,2266 0,2266 0,2266 0,2266 0,2266 0,25
2
ÁREA INTERNA REVEST. (m ) 0,040328 0,040328 0,040328 0,040328 0,040328 0,049088
DIAM. EXTERNO-REVEST. (m) 0,2445 0,2445 0,2445 0,2445 0,2445 0,2679
2
ÁREA EXTERNA REVEST. (m ) 0,046951 0,046951 0,046951 0,046951 0,046951 0,056368
ÁREA ANULAR COL.-REVESTIMENTO 0,0155 0,0155 0,0155 0,0155 0,0155 0,024259
-1
EXPANSIBILIDADE REVESTIMENTO (Pa ) 1,31E-10 1,31E-10 1,31E-10 1,31E-10 1,31E-10 1,43E-10
-1
EXPANS. ANULAR REVEST.-COLUNA (Pa ) 5,27E-10 5,27E-10 5,27E-10 5,27E-10 5,27E-10 4,1E-10
EXPANSIBILIDADE COLUNA -1,2E-10 -1,2E-10 -1,2E-10 -1,2E-10 -1,2E-10 -1,2E-10
PROFUNDIDADE REVESTIMENTO 300 300 300 500 500 500
VELOCIDADE SOM TEORICA TRECHOS
COLUNA DE PERFURAÇÃO - VS1 1155,239 1155,239 1155,239 1155,239 1155,239 1155,239
FUNDO-BASE DO KICK - VS2 552,3873 552,3873 552,3873 552,3873 574,4288 574,4288
BASE -TOPO DO KICK - VS3 677,4651 677,4651 643,451 677,4651 704,4975 704,4975
TOPO KICK-CHOKE - VS4 552,3873 552,3873 552,3873 552,3873 574,4288 574,4288
REVESTIMENTO-VS5 880,0665 880,0665 880,0665 880,0665 880,0665 939,3101
DISCRETIZAÇÃO INICIAL DO ESPAÇO
DZ1 5,780347 5,780347 5,780347 5,780347 5,780347 5,780347
DZ2 2,761937 2,761937 2,761937 2,761937 2,872144 2,872144
DZ3 3,333333 3,333333 3,125 3,333333 3,571429 3,571429
DZ4 2,766009 2,766009 2,766009 2,760714 2,866127 2,866127
DZ5 4,411765 4,411765 4,411765 4,385965 4,385965 4,716981
152

Tabela C3: Simulações com Coluna, Poço Aberto e Revestimento e Choke Variável
ENTRADA DOS DADOS SIMULAÇÕES
DADOS GERAIS 26 27 28 29 30 31
PRESSÃO ATMOSFÉRICA (Pa) 101300 101300 101300 101300 101300 101300
2
GRAVIDADE (m / s ) 9,81 9,81 9,81 9,81 9,81 9,81
COEFI. DE DESCARGA 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
ALTURA SUPERFICIE (m) 0 0 0 0 0 0
SIDPP (psi) 20 20 20 20 20 20
SICP (psi) 52 52 52 52 52 52
TEMPO DE CIRCULAÇÃO (s) 110 110 110 110 110 110
INTERVALO DO TEMPO-DT (s) 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,002
FLUIDO DE PERFURAÇÃO
DENSIDADE (ppg) 11,2 11,2 11,2 11,2 11,2 11,2
VISCOSIDADE (Pa x s) 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03
VAZÃO MÁXIMA 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02
-1
COMPRESSIBILIDADE (Pa ) 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10
FLUIDO KICK
DENSIDADE (ppg) 7,446145639 7,446146 7,446146 7,446146 7,446146 7,45
VISCOSIDADE (Pa x s) 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005
-1
COMPRESSIBILIDADE (Pa ) 7E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 4,35E-10 9E-10
INICIO-BASE DO KICK (m) 991,7141901 991,7142 985,7547 986,2866 977,1443 990,86
INICIO-TOPO DO KICK (m) 941,7141901 941,7142 935,7547 936,2866 927,1443 940,86
CHOKE
DIÂMETRO INICIAL (pol) 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
2
ÁREA INICIAL (m ) 0,001140094 0,00114 0,00114 0,00114 0,00114 0,0011401
ÁREA CHOKE EM FUNÇÃO DO TEMPO
TEMPO DE FECHAMENTO (s) 15 15 15 15 1 0,502
T0 0 0 0 0 0 0
T1 50 50 50 50 40 40
T2 50,005 50,005 50,005 50,005 40,005 40,002
T3 65,005 65,005 65,005 65,005 41,005 40,504
T4 65,01 65,01 65,01 65,01 41,01 40,506
T5 150 150 150 150 110 110
ACHOKE_0 0,001140094 0,00114 0,00114 0,00114 0,00114 0,0011401
ACHOKE_1 0,001140094 0,00114 0,00114 0,00114 0,00114 0,0011401
ACHOKE_2 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_3 0 0 0 0 0 0
ACHOKE_4 0,001140094 0,00114 0,00114 0,00114 0,00114 0,0011401
ACHOKE_5 0,001140094 0,00114 0,00114 0,00114 0,00114 0,0011401
153

DADOS DA COLUNA 26 27 28 29 30 31
DIAM. INTERNO-COLUNA (m) 0,164 0,164 0,164 0,164 0,164 0,164
2
ÁREA INTERNA (m ) 0,021124118 0,021124 0,021124 0,021124 0,021124 0,0211241
DIAM. EXTERNO-COLUNA (m) 0,1778 0,1778 0,1778 0,1778 0,1778 0,1778
2
ÁREA EXTERNA (m ) 0,024828725 0,024829 0,024829 0,024829 0,024829 0,0248287
MÓD. DE ELASTICIDADE-AÇO (Pa) 2,06843E+11 2,07E+11 2,07E+11 2,07E+11 2,07E+11 2,068E+11
MÓD. DE POISON-AÇO 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35
-1
EXPANSIB. DENTRO COLUNA (Pa ) 1,23323E-10 1,23E-10 1,23E-10 1,23E-10 1,23E-10 1,233E-10
PROFUNDIDADE (m) 1000 1000 1000 1000 1000 1000
DADOS DO POÇO ABERTO
DIAM. DO POÇO (m) 0,2169 0,2169 0,2169 0,2169 0,2169 0,2169
2
ÁREA INTERNA POÇO (m ) 0,036949622 0,03695 0,03695 0,03695 0,03695 0,0369496
2
ÁREA ANULAR POÇO-COLUNA (m ) 0,012121 0,012121 0,012121 0,012121 0,012121 0,0121209
MOD. TRANS. DA ROCHA (Pa) 1,724E+09 1,724E+09 2,00E+10 1,400E+10 1,400E+10 1,400E+10
-1
EXPANSIBILIDADE POÇO (Pa ) 5,80046E-10 5,8E-10 5E-11 7,14E-11 7,14E-11 7,143E-11
-1
EXPANS. ANL. POÇO-COLUNA (Pa ) 2,00698E-09 2,01E-09 3,91E-10 4,56E-10 4,56E-10 4,56E-10
DADOS DO REVESTIMENTO
DIAM. INTERNO-REVEST. (m) 0,2266 0,2266 0,2266 0,2266 0,2266 0,2266
2
ÁREA INTERNA REVEST. (m ) 0,040328374 0,040328 0,040328 0,040328 0,040328 0,040328
DIAM. EXTERNO-REVEST. (m) 0,2445 0,2445 0,2445 0,2445 0,2445 0,2445
2
ÁREA EXTERNA REVEST. (m ) 0,046951408 0,046951 0,046951 0,046951 0,046951 0,0469514
ÁREA ANL. COL.-REVESTIMENTO 0,015499649 0,0155 0,0155 0,0155 0,0155 0,0154996
-1
EXPANSIB.REVESTIMENTO (Pa ) 1,30807E-10 1,31E-10 1,31E-10 1,31E-10 1,31E-10 1,308E-10
-1
EXPANS. ANL. REV.COLUNA (Pa ) 5,27052E-10 5,27E-10 5,27E-10 5,27E-10 5,27E-10 5,271E-10
EXPANSIBILIDADE COLUNA -1,16555E-10 -1,2E-10 -1,2E-10 -1,2E-10 -1,2E-10 -1,1655E-10
PROFUNDIDADE REVESTIMENTO 300 300 300 300 300 300
VELO. SOM TEORICA TRECHOS
COLUNA DE PERFURAÇÃO - VS1 1155,239394 1155,239 1155,239 1155,239 1155,239 1155,2394
FUNDO-BASE DO KICK - VS2 552,3873236 552,3873 949,6836 914,2283 914,2283 914,22832
BASE -TOPO DO KICK - VS3 643,450996 677,4651 1164,722 1121,238 1121,238 908,96777
TOPO KICK-CHOKE - VS4 552,3873236 552,3873 949,6836 914,2283 914,2283 914,22832
REVESTIMENTO-VS5 880,0665157 880,0665 880,0665 880,0665 880,0665 880,06652
DISCRET. INICIAL DO ESPAÇO
DZ1 5,780346821 5,780347 5,780347 5,780347 5,780347 2,3094688
DZ2 2,761936618 2,761937 4,748418 4,571142 4,571142 1,8284566
DZ3 3,125 3,333333 5,555556 5,555556 5,555556 1,7857143
DZ4 2,76600944 2,766009 4,744438 4,577601 4,577696 1,831022
DZ5 4,411764706 4,411765 4,411765 4,411765 4,411765 1,7647059
154

Apêndice D

Código do Simulador

Neste apêndice é apresentado o código do simulador. O programa foi


desenvolvido no Visual Basic. Na Figura (D1) pode ser visualizado como é feita a
entrada dos dados do simulador.

A interface gráfica para a entrada dos dados é simples. Permite a visualização


do perfil da circulação e do perfil da área do choke. Esses dois perfis podem ser
manipulados. A flexibilidade não é total para esses perfis.

É possível escolher as pressões estabilizadas SIDPP e SICP, assim como a


densidade do fluido de perfuração. Com isso o programa calcula a densidade do fluido
invasor que será circulado. Os parâmetros elásticos e geométricos da coluna de
perfuração, poço aberto, revestimento e choke são flexíveis.

A entrada de dados de alguns parâmetros é feita em unidade de campo. Porém


o simulador os converte em unidades do SI. As pressões calculadas são em psi.

Existe a possibilidade de escolher uma simulação com perfil de choke variável


ou constante. O perfil variável demora mais tempo para ser processado. Caso escolha
um perfil constante, este será executado mais rápido.
155

Figura D1: Tela da entrada dos dados do Simulador


156

Global A2, A3, DT, alfC, g, DIC, Q0, Q1, Q2, Q3, Q4, T1, T2, T3, T4, AC0, TC0, AC1,
TC1, AC2, TC2, AC3, TC3, AC4, TC4, AC5, TC5
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Function VAZAO (a)
If T1 > 0 Then
If a < T1 Then
Q = a * (Q1 - Q0) / (T1 - T0) + Q0 - T0 * (Q1 - Q0) / (T1 - T0)
ElseIf a < T2 Then
Q = Q1
ElseIf a < T3 Then
Q = a * (Q3 - Q2) / (T3 - T2) + Q2 - T2 * (Q3 - Q2) / (T3 - T2)
Else
Q = Q3
End If
Else
If a < T2 Then
Q = Q2
ElseIf a < T3 Then
Q = a * (Q3 - Q2) / (T3 - T2) + Q2 - T2 * (Q3 - Q2) / (T3 - T2)
Else
Q = Q3
End If
End If
VAZAO = Q
End Function
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Function PERDA(b, roo, MI, D2, D1)


NE = (Abs ((roo * b * (D2 - D1)) / MI))
157

If NE = 0 Then
f=0
ElseIf NE > 2100 Then
f = (0.0791) / (NE ^ 0.25)
Else
f = 16 / NE
End If
PERDA = (2 * f * roo * b * Abs(b)) / (D2 - D1)
End Function
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Function VEL_SOM(rroo, cc, ALFA)
VEL_SOM = Sqr(1 / rroo / (cc + ALFA))
End Function
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Function ACHOKE(j)
If j < TC1 Then
CHOKAREA = j * (AC1 - AC0) / (TC1 - TC0) + AC1 - TC1 * ((AC1 - AC0) / (TC1 -
TC0))
ElseIf j < TC2 Then
CHOKAREA = j * (AC2 - AC1) / (TC2 - TC1) + AC1 - TC1 * ((AC2 - AC1) / (TC2 -
TC1))
ElseIf j < TC3 Then
CHOKAREA = AC3
ElseIf j < TC4 Then
CHOKAREA = j * (AC4 - AC3) / (TC4 - TC3) + AC4 - TC4 * ((AC4 - AC3) / (TC4 -
TC3))
Else
CHOKAREA = j * (AC5 - AC4) / (TC5 - TC4) + AC4 - TC4 * ((AC5 - AC4) / (TC5 -
TC4))
158

End If
ACHOKE = CHOKAREA
End Function
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Sub Projeto_1()

Dim V1(10000), V2(10000), P1(10000), P2(10000), KBASE(200000), KTOPO(200000),


PTOPO(200000)
Dim VFUNDO(200000), PFUNDO(200000), VNT(200000), PNT(200000), V0(200000),
P0(200000), VLT(200000), PNR(200000), AREA_CHOKE(200000)

T1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(35, 3).Value
T2 = Worksheets("ENTRADA").Cells(36, 3).Value
T3 = Worksheets("ENTRADA").Cells(37, 3).Value
T4 = Worksheets("ENTRADA").Cells(38, 3).Value
Q0 = Worksheets("ENTRADA").Cells(34, 4).Value
Q1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(35, 4).Value
Q2 = Worksheets("ENTRADA").Cells(36, 4).Value
Q3 = Worksheets("ENTRADA").Cells(37, 4).Value
Q4 = Worksheets("ENTRADA").Cells(38, 4).Value

DIC = Worksheets("ENTRADA").Cells(4, 5).Value DIAMETRO INTERNO DA


COLUNA
DEC = Worksheets("ENTRADA").Cells(6, 5).Value DIÂMETRO EXTERNO DA
COLUNA

DP = Worksheets("ENTRADA").Cells(4, 7).Value DIÂMETRO DO POÇO


ABERTO
159

DIR1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(11, 7).Value DIÂMETRO INTERNO DO


REVESTIMENTO

DER1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(13, 7).Value DIÂMETRO EXTERNO DO


REVESTIMENTO

AER = Worksheets("ENTRADA").Cells(14, 7).Value ÁREA EXTERNA DO


REVESTIMENTO

DICHOKE = Worksheets("ENTRADA").Cells(17, 3).Value DIÂMETRO DO CHOKE

TFCHOKE = Worksheets("ENTRADA").Cells(21, 6).Value TEMPO DE FECHAMENTO


DO CHOKE
GR = Worksheets("ENTRADA").Cells(7, 7).Value MÓDULO TRANSVERSAL
DA ROCHA

A1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(5, 7).Value ÁREA DO POÇO ABERTO


A2 = Worksheets("ENTRADA").Cells(5, 5).Value ÁREA INTERNA DA COLUNA
A3 = Worksheets("ENTRADA").Cells(7, 5).Value ÁREA EXTERNA DA COLUNA
A4 = Worksheets("ENTRADA").Cells(12, 7).Value ÁREA INTERNA DO
REVESTIMENTO

A6 = A4 - A3 ÁREA DO ANULAR ENTRE A COLUNA E O REVESTIMENTO


A8 = A1 - A3 ÁREA DO ANULAR ENTRE COLUNA E POÇO ABERTO
RO2 = 119.8264 * Worksheets("ENTRADA").Cells(13, 3).Value MASSA
ESPECÍFICA DO FLUIDO DE PERFURAÇÃO

RO3 = 119.8264 * Worksheets("ENTRADA").Cells(13, 5).Value MASSA ESPECIFICA


DO ÓLEO-KICK
160

MI2 = Worksheets("ENTRADA").Cells(14, 3).Value VISCOSIDADE DO FLUIDO DE


PERFURAÇÃO

MI3 = Worksheets("ENTRADA").Cells(14, 5).Value VISCOSIDADE DO ÓLEO


(Pa*s)

C2 = Worksheets("ENTRADA").Cells(15, 3).Value COMPRESSIBILIDADE DO


FLUIDO DE PERFURAÇÃO
C3 = Worksheets("ENTRADA").Cells(15, 5).Value COMPRESSIBILIDADE DO
ÓLEO(1/Pa)

PATM = Worksheets("ENTRADA").Cells(4, 3).Value PRESSÃO ATMOSFÉRICA

g = Worksheets("ENTRADA").Cells(5, 3).Value GRAVIDADE

E = Worksheets("ENTRADA").Cells(8, 5).Value MÓDULO DE ELASTICIDADE


DO AÇO
NI = Worksheets("ENTRADA").Cells(9, 5).Value MODULO DE POISSON DO
AÇO

CDESC = Worksheets("ENTRADA").Cells(6, 3).Value COEFICIENTE DE DESCARGA

ACHOKE1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(18, 3).Value ÁREA DO CHOKE INICIAL

alfC = Worksheets("ENTRADA").Cells(10, 5).Value EXPANSIBILIDADE


EXTERNA DA COLUNA

alfAN1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(16, 7).Value EXPANSIBILIDADE DO


ESPAÇO ANULAR ENTRE A COLUNA E O PRIMEIRO REVESTIMENTO
161

alfAN3 = Worksheets("ENTRADA").Cells(9, 7).Value EXPANSIBILIDADE DO


ESPAÇO ANULAR ENTRE A COLUNA E O POÇPO ABERTO

alfP = Worksheets("ENTRADA").Cells(8, 7).Value EXPANSIBILIDADE DO


POÇO ABERTO

alfR1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(15, 7).Value EXPANSIBILIDADE DO


REVESTIMENTO

Ttotal = Worksheets("ENTRADA").Cells(10, 3).Value TEMPO TOTAL DE


CIRCULAÇÃO

DT = Worksheets("ENTRADA").Cells(11, 3).Value INTERVALO DE TEMPO

NT1 = Ttotal / DT NÚMERO DE ITERAÇÕES TOTAL DO


TEMPO INICIAL

HF = Worksheets("ENTRADA").Cells(11, 5).Value PROFUNDIDADE DA COLUNA

HR1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(17, 7).Value PROFUNDIDADE REVESTI

ALFANOVO = Worksheets("ENTRADA").Cells(18, 7).Value EXPANSIBILIDADE DA


COLUNA QUANDO O FLUIDO DESCE PELA COLUNA

VS1 = VEL_SOM(RO2, C2, ALFANOVO) VELOCIDADE SOM DENTRO COLUNA

VS2 = VEL_SOM(RO2, C2, alfAN3) VELOCIDADE SOM ENTRE COLUNA-


POÇO ABERTO FLUIDO PERFURAÇÃO
162

VS3 = VEL_SOM(RO3, C3, alfAN3) VELOCIDADE SOM ENTRE COLUNA-


POÇO ABERTO PARA O FLUIDO DO
KICK

VS4 = VEL_SOM(RO2, C2, alfAN3) VELOCIDADE SOM ENTRE COLUNA-


POÇO ABERTO PARA O FLUIDO DE
PERFURAÇÃO-ENTRE O TOPO DO
KICK E O REVESTIMENTO

VS5 = VEL_SOM(RO2, C2, alfAN1) VELOCIDADE SOM ENTRE COLUNA –


REVESTIMENTO PARA O FLUIDO DE
PERFURAÇÃO

DZ1 = VS1 * DT CORRESPONDE AO TRECHO DO VS1


DZ2 = VS2 * DT CORRESPONDE AO TRECHO DO VS2
DZ3 = VS3 * DT CORRESPONDE AO TRECHO DO VS3
DZ4 = VS4 * DT CORRESPONDE AO TRECHO DO VS4
DZ5 = VS5 * DT CORRESPONDE AO TRECHO DO VS5

L1 = Worksheets ("ENTRADA").Cells(16, 5).Value LOCALIZAÇÃO DA BASE DO KICK


L2 = Worksheets ("ENTRADA").Cells(17, 5).Value LOCALIZAÇÃO DO TOPO DO KICK
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
INICIO DO CÁLCULO DA MALHA E VELOCIDADE APROXIMADA DO SOM

NF = Round ((HF / DZ1))


DZ1 = HF / NF
VS1 = DZ1 / DT

NL1 = Round ((HF - L1) / DZ2)


DZ2 = (HF - L1) / NL1
163

VS2 = DZ2 / DT

NL2 = Round ((L1 - L2) / DZ3)


DZ3 = (L1 - L2) / NL2
VS3 = DZ3 / DT

NT = Round ((L2 - HR1) / DZ4)


DZ4 = (L2 - HR1) / NT
VS4 = DZ4 / DT

NTR = Round(HR1 / DZ5)


DZ5 = HR1 / NTR
VS5 = DZ5 / DT
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
CONDIÇÃO INICIAL DA PRESSÃO PARA O POÇO FECHADO
SIDPP = 6894.757 * Worksheets("ENTRADA").Cells(8, 3).Value
SICP = 6894.757 * Worksheets("ENTRADA").Cells(9, 3).Value
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ENTRADA DOS DADOS PARA O PERFIL DA ABERTURA DA ÁREA DO CHOKE

AC0 = Worksheets("ENTRADA").Cells(23, 7).Value


TC0 = Worksheets("ENTRADA").Cells(23, 8).Value

AC1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(24, 7).Value


TC1 = Worksheets("ENTRADA").Cells(24, 8).Value

AC2 = Worksheets("ENTRADA").Cells(25, 7).Value


TC2 = Worksheets("ENTRADA").Cells(25, 8).Value
164

AC3 = Worksheets("ENTRADA").Cells(26, 7).Value


TC3 = Worksheets("ENTRADA").Cells(26, 8).Value

AC4 = Worksheets("ENTRADA").Cells(27, 7).Value


TC4 = Worksheets("ENTRADA").Cells(27, 8).Value

AC5 = Worksheets("ENTRADA").Cells(28, 7).Value


TC5 = Worksheets("ENTRADA").Cells(28, 8).Value
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
SAÍDA DOS DADOS GERAIS PARA A PLANILHA "RESULTADOS" OU PARA A
PLANILHA “ARIETE_CHOKE_VARIAVEL”

SAIDA = 14 * Worksheets("ENTRADA").Cells(2, 3).Value - 11


SIMULARKICK = Worksheets("ENTRADA").Cells(21, 7).Value

If SIMULARKICK = 1 Then

Worksheets("RESULTADOS").Cells(12, SAIDA).Value = PATM


Worksheets("RESULTADOS").Cells(13, SAIDA).Value = g
Worksheets("RESULTADOS").Cells(14, SAIDA).Value = CDESC
Worksheets("RESULTADOS").Cells(15, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(16, SAIDA).Value = SIDPP / 6894.757
Worksheets("RESULTADOS").Cells(17, SAIDA).Value = SICP / 6894.757
Worksheets("RESULTADOS").Cells(18, SAIDA).Value = Ttotal
Worksheets("RESULTADOS").Cells(19, SAIDA).Value = DT
Worksheets("RESULTADOS").Cells(21, SAIDA).Value = RO2 / 119.8264
Worksheets("RESULTADOS").Cells(22, SAIDA).Value = MI2
Worksheets("RESULTADOS").Cells(23, SAIDA).Value = Q2
165

Worksheets("RESULTADOS").Cells(24, SAIDA).Value = C2
Worksheets("RESULTADOS").Cells(26, SAIDA).Value = RO3 / 119.8264
Worksheets("RESULTADOS").Cells(27, SAIDA).Value = MI3
Worksheets("RESULTADOS").Cells(28, SAIDA).Value = C3
Worksheets("RESULTADOS").Cells(29, SAIDA).Value = L1
Worksheets("RESULTADOS").Cells(30, SAIDA).Value = L2
Worksheets("RESULTADOS").Cells(32, SAIDA).Value = DICHOKE
Worksheets("RESULTADOS").Cells(33, SAIDA).Value = ACHOKE1
Worksheets("RESULTADOS").Cells(35, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(36, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(37, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(38, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(39, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(40, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(41, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(42, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(43, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(44, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(45, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(46, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(47, SAIDA).Value = 0
Worksheets("RESULTADOS").Cells(49, SAIDA).Value = DIC
Worksheets("RESULTADOS").Cells(50, SAIDA).Value = A2
Worksheets("RESULTADOS").Cells(51, SAIDA).Value = DEC
Worksheets("RESULTADOS").Cells(52, SAIDA).Value = A3
Worksheets("RESULTADOS").Cells(53, SAIDA).Value = E
Worksheets("RESULTADOS").Cells(54, SAIDA).Value = NI
Worksheets("RESULTADOS").Cells(55, SAIDA).Value = ALFANOVO
166

Worksheets("RESULTADOS").Cells(56, SAIDA).Value = HF
Worksheets("RESULTADOS").Cells(58, SAIDA).Value = DP
Worksheets("RESULTADOS").Cells(59, SAIDA).Value = A1
Worksheets("RESULTADOS").Cells(60, SAIDA).Value = A8
Worksheets("RESULTADOS").Cells(61, SAIDA).Value = GR
Worksheets("RESULTADOS").Cells(62, SAIDA).Value = alfP
Worksheets("RESULTADOS").Cells(63, SAIDA).Value = alfAN3
Worksheets("RESULTADOS").Cells(65, SAIDA).Value = DIR1
Worksheets("RESULTADOS").Cells(66, SAIDA).Value = A4
Worksheets("RESULTADOS").Cells(67, SAIDA).Value = DER1
Worksheets("RESULTADOS").Cells(68, SAIDA).Value = AER
Worksheets("RESULTADOS").Cells(69, SAIDA).Value = A6
Worksheets("RESULTADOS").Cells(70, SAIDA).Value = alfR1
Worksheets("RESULTADOS").Cells(71, SAIDA).Value = alfAN1
Worksheets("RESULTADOS").Cells(72, SAIDA).Value = alfC
Worksheets("RESULTADOS").Cells(73, SAIDA).Value = HR1
Worksheets("RESULTADOS").Cells(75, SAIDA).Value = VEL_SOM(RO2, C2, ALFANOVO)
Worksheets("RESULTADOS").Cells(76, SAIDA).Value = VEL_SOM(RO2, C2, alfAN3)
Worksheets("RESULTADOS").Cells(77, SAIDA).Value = VEL_SOM(RO3, C3, alfAN3)
Worksheets("RESULTADOS").Cells(78, SAIDA).Value = VEL_SOM(RO2, C2, alfAN3)
Worksheets("RESULTADOS").Cells(79, SAIDA).Value = VEL_SOM(RO2, C2, alfAN1)
Worksheets("RESULTADOS").Cells(81, SAIDA).Value = DZ1
Worksheets("RESULTADOS").Cells(82, SAIDA).Value = DZ2
Worksheets("RESULTADOS").Cells(83, SAIDA).Value = DZ3
Worksheets("RESULTADOS").Cells(84, SAIDA).Value = DZ4
Worksheets("RESULTADOS").Cells(85, SAIDA).Value = DZ5

Else
167

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(12, SAIDA).Value = PATM


Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(13, SAIDA).Value = g
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(14, SAIDA).Value = CDESC
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(15, SAIDA).Value = 0
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(16, SAIDA).Value =
SIDPP/6894.757
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(17, SAIDA).Value = SICP / 6894.757
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(18, SAIDA).Value = Ttotal
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(19, SAIDA).Value = DT
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(21, SAIDA).Value = RO2 / 119.8264
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(22, SAIDA).Value = MI2
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(23, SAIDA).Value = Q2
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(24, SAIDA).Value = C2
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(26, SAIDA).Value = RO3 / 119.8264
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(27, SAIDA).Value = MI3
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(28, SAIDA).Value = C3
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(29, SAIDA).Value = L1
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(30, SAIDA).Value = L2
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(32, SAIDA).Value = DICHOKE
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(33, SAIDA).Value = ACHOKE1
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(35, SAIDA).Value = TFCHOKE
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(36, SAIDA).Value = TC0
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(37, SAIDA).Value = TC1
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(38, SAIDA).Value = TC2
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(39, SAIDA).Value = TC3
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(40, SAIDA).Value = TC4
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(41, SAIDA).Value = TC5
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(42, SAIDA).Value = AC0
168

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(43, SAIDA).Value = AC1


Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(44, SAIDA).Value = AC2
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(45, SAIDA).Value = AC3
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(46, SAIDA).Value = AC4
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(47, SAIDA).Value = AC5
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(49, SAIDA).Value = DIC
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(50, SAIDA).Value = A2
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(51, SAIDA).Value = DEC
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(52, SAIDA).Value = A3
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(53, SAIDA).Value = E
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(54, SAIDA).Value = NI
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(55, SAIDA).Value = ALFANOVO
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(56, SAIDA).Value = HF
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(58, SAIDA).Value = DP
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(59, SAIDA).Value = A1
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(60, SAIDA).Value = A8
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(61, SAIDA).Value = GR
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(62, SAIDA).Value = alfP
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(63, SAIDA).Value = alfAN3
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(65, SAIDA).Value = DIR1
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(66, SAIDA).Value = A4
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(67, SAIDA).Value = DER1
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(68, SAIDA).Value = AER
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(69, SAIDA).Value = A6
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(70, SAIDA).Value = alfR1
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(71, SAIDA).Value = alfAN1
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(72, SAIDA).Value = alfC
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(73, SAIDA).Value = HR1
169

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(75,SAIDA).Value=VEL_SOM(RO2,C
2,ALFANOVO)

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(76, SAIDA).Value =
VEL_SOM(RO2, C2, alfAN3)

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(77, SAIDA).Value =
VEL_SOM(RO3, C3, alfAN3)

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(78, SAIDA).Value =
VEL_SOM(RO2, C2, alfAN3)

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(79, SAIDA).Value =
VEL_SOM(RO2, C2, alfAN1)

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(81, SAIDA).Value = DZ1


Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(82, SAIDA).Value = DZ2
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(83, SAIDA).Value = DZ3
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(84, SAIDA).Value = DZ4
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(85, SAIDA).Value = DZ5
End If
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
CONDIÇÃO INICIAL PARA A VELOCIDADE NA MALHA
For i = 0 To NF + NL1 + NL2 + NT + NTR
V1(i) = 0 VELOCIDADE NO NÓ i NUM INSTANTE ANTERIOR
V2(i) = 0 VELOCIDADE NO NÓ i NUM INSTANTE POSTERIOR
Next i
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
170

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
CONDIÇÃO INICIAL PARA A PRESSÃO

P1(0) = SIDPP

For i = 0 To NF - 1
P1(i + 1) = P1(i) + RO2 * g * VS1 * DT
Next i

For i = NF To NF + NL1 - 1
P1(i + 1) = P1(i) - RO2 * g * VS2 * DT
Next i

For i = NF + NL1 To NF + NL1 + NL2 - 1


P1(i + 1) = P1(i) - RO3 * g * VS3 * DT
Next i

For i = NF + NL1 + NL2 To NF + NL1 + NL2 + NT - 1


P1(i + 1) = P1(i) - RO2 * g * VS4 * DT
Next i

For i = NF + NL1 + NL2 + NT To NF + NL1 + NL2 + NT + NTR - 1


P1(i + 1) = P1(i) - RO2 * g * VS5 * DT
Next i
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
171

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
CONDIÇÃO INCIAL PARA PONTOS ESPECIFICOS DO POÇO

VFUNDO(0) = V1(NF) VELOCIDADE NO FUNDO DO POÇO


PFUNDO(0) = P1(NF) PRESSÃO NO FUNDO DO POÇO

VNT(0) = V1(NF + NL1 + NL2 + NT + NTR) VELOCIDADE NO CHOKE


PNT(0) = P1(NF + NL1 + NL2 + NT + NTR) PRESSÃO NO FUNDO NO CHOKE

V0(0) = VAZAO(0) / A2 VELOCIDADE NA ENTRADA DA COLUNA


P0(0) = P1(0) VELOCIDADE NA ENTRADA DA COLUNA

KBASE(0) = L1 LOCALIZAÇÃO DA BASE DO KICK


KTOPO(0) = L2 LOCALIZAÇÃO DA TOPO DO KICK
PTOPO(0) = P1(NF + NL1 + NL2) PRESSÃO DO TOPO DO KICK

PNR(0) = P1(NF + NL1 + NL2 + NT) PRESSÃO NO REVESTIMENTO


AREA_CHOKE(0) = ACHOKE1 ABERTURA INICIAL DO CHOKE
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
INÍCIO DA CIRCULAÇÃO

CONDIÇÃO QUE CESSA A INJEÇÃO OU NÃO, CASO O CHOKE SEJA FECHADO


NAO_MUDARVAZAO = Worksheets("ENTRADA").Cells(19, 8).Value

If SIMULARKICK = 2 Then

For t = 1 To NT1
172

tempo = t * DT
If ACHOKE(tempo) > 0 Or NAO_MUDARVAZAO = 1 Then
V2(0) = VAZAO(tempo) / A2
Else
V2(0) = 0
End If
P2(0) = PATM + P1(1) + RO2 * VS1 * (V2(0) - V1(1)) - RO2 * g * VS1 * DT + VS1 *
DT * PERDA(V1(1), RO2, MI2, DIC, 0)

For i = 1 To NF - 2
V2(i) = (V1(i - 1) + V1(i + 1)) / 2 + (P1(i - 1) - P1(i + 1)) / (2 * RO2 * VS1) + g * DT
(DT / (2 * RO2)) * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIC, 0) + PERDA(V1(i + 1), RO2,
MI2, DIC, 0))

P2(i) = (RO2 * VS1 * (V1(i - 1) - V1(i + 1))) / 2 + (P1(i - 1) + P1(i + 1)) / 2 - VS1 *
DT / 2 * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIC, 0) - PERDA(V1(i + 1), RO2, MI2, DIC,
0)
Next i

i = NF
delta1 = -1
delta2 = 1
G1 = P1(i - 2) - delta1 * RO2 * g * VS1 * DT + RO2 * VS1 * V1(i - 2) - VS1 * DT *
PERDA(V1(i - 2), RO2, MI2, DIC, 0)
G2 = P1(i + 2) + delta2 * RO2 * g * VS2 * DT - RO2 * VS2 * V1(i + 2) + VS2 * DT
* PERDA(V1(i + 2), RO2, MI2, DP, DEC)

V2(i - 1) = (2 * (G1 - G2) / RO2) / ((VS1 + VS2 * A2 / A8) + ((VS1 + VS2 * A2 /


A8) ^ 2 - 2 * (1 - (A2 / A8) ^ 2) * (G1 - G2) / RO2) ^ 0.5)
V2(i + 1) = (A2 / A8) * V2(i - 1)
P2(i - 1) = -RO2 * VS1 * V2(i - 1) + G1
173

P2(i + 1) = RO2 * VS2 * (A2 / A8) * V2(i - 1) + G2

P2(i) = (P2(i + 1) + P2(i - 1)) / 2


V2(i) = (V2(i + 1) + V2(i + 1)) / 2

For i = NF + 2 To NF + NL1
V2(i) = (V1(i - 1) + V1(i + 1)) / 2 + (P1(i - 1) - P1(i + 1)) / (2 * RO2 * VS2) - g * DT
- (DT / (2 * RO2)) * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DP, DEC) + PERDA(V1(i + 1),
RO2, MI2, DP, DEC))

P2(i) = (RO2 * VS2 * (V1(i - 1) - V1(i + 1))) / 2 + (P1(i - 1) + P1(i + 1)) / 2 - VS2 *
DT / 2 * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DP, DEC) - PERDA(V1(i + 1), RO2, MI2,
DP, DEC))
Next i

For i = NF + NL1 + 1 To NF + NL1 + NL2 'TRECHO DO KICK


V2(i) = (V1(i - 1) + V1(i + 1)) / 2 + (P1(i - 1) - P1(i + 1)) / (2 * RO3 * VS3) - g * DT
- (DT / (2 * RO3)) * (PERDA(V1(i - 1), RO3, MI3, DP, DEC) + PERDA(V1(i + 1),
RO3, MI3, DP, DEC))

P2(i) = (RO3 * VS3 * (V1(i - 1) - V1(i + 1))) / 2 + (P1(i - 1) + P1(i + 1)) / 2 - VS3 *
DT / 2 * (PERDA(V1(i - 1), RO3, MI3, DP, DEC) - PERDA(V1(i + 1), RO3, MI3,
DP, DEC))
Next i

For i = NF + NL1 + NL2 + 1 To NF + NL1 + NL2 + NT - 2


V2(i) = (V1(i - 1) + V1(i + 1)) / 2 + (P1(i - 1) - P1(i + 1)) / (2 * RO2 * VS4) - g * DT
- (DT / (2 * RO2)) * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DP, DEC) + PERDA(V1(i + 1),
RO2, MI2, DP, DEC))
174

P2(i) = (RO2 * VS4 * (V1(i - 1) - V1(i + 1))) / 2 + (P1(i - 1) + P1(i + 1)) / 2 - VS4 *
DT / 2 * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DP, DEC) - PERDA(V1(i + 1), RO2, MI2,
DP, DEC))
Next i

i = NF + NL1 + NL2 + NT
delta1 = 1
delta2 = 1

G1 = P1(i - 2) - delta1 * RO2 * g * VS4 * DT + RO2 * VS4 * V1(i - 2) - VS1 * DT *


PERDA(V1(i - 2), RO2, MI2, DP, DEC)

G2 = P1(i + 2) + delta2 * RO2 * g * VS5 * DT - RO2 * VS5 * V1(i + 2) + VS5 * DT


* PERDA(V1(i + 2), RO2, MI2, DIR1, DEC)
V2(i - 1) = (2 * (G1 - G2) / RO2) / ((VS4 + VS5 * A6 / A8) + ((VS4 + VS5 * A6 /
A8) ^ 2 - 2 * (1 - (A6 / A8) ^ 2) * (G1 - G2) / RO2) ^ 0.5)
V2(i + 1) = (A6 / A8) * V2(i - 1)
P2(i - 1) = -RO2 * VS4 * V2(i - 1) + G1
P2(i + 1) = RO2 * VS5 * (A6 / A8) * V2(i - 1) + G2

P2(i) = (P2(i + 1) + P2(i - 1)) / 2


V2(i) = (V2(i + 1) + V2(i + 1)) / 2

For i = NF + NL1 + NL2 + NT + 2 To NF + NL1 + NL2 + NT + NTR - 1


V2(i) = (V1(i - 1) + V1(i + 1)) / 2 + (P1(i - 1) - P1(i + 1)) / (2 * RO2 * VS5) - g * DT
- (DT / (2 * RO2)) * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIR1, DEC) + PERDA(V1(i + 1),
RO2, MI2, DIR1, DEC))

P2(i) = (RO2 * VS5 * (V1(i - 1) - V1(i + 1))) / 2 + (P1(i - 1) + P1(i + 1)) / 2 - VS5 *
DT / 2 * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIR1, DEC) - PERDA(V1(i + 1), RO2, MI2,
DIR1, DEC))
175

Next i

i = NF + NL1 + NL2 + NT + NTR


If ACHOKE(tempo) > 0 Then

CP = -V1(i - 1) * RO2 * VS5 - P1(i - 1) + g * RO2 * VS5 * DT + VS5 * DT *


PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIR1, DEC)

BB = 0.5 * RO2 * (A6 / ACHOKE(tempo) / CDESC) ^ 2


CC1 = CP + PATM
test2 = (RO2 * VS5) ^ 2
test1 = 4 * BB * CC1
test3 = test2 - test1
test4 = Sqr(test2 - test1)
test5 = RO2 * VS5

V2(i) = (-test5 + test4) / (2 * BB)


P2(i) = PATM + BB * V2(i) ^ 2
Else

V2(i) = 0
P2(i) = P1(i - 1) + RO2 * VS5 * V1(i - 1) - RO2 * g * VS5 * DT - VS5 * DT *
PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIR1, DEC)
End If

GRAVAÇÃO DOS DADOS


V0(t) = V2(0)
P0(t) = P2(0)
176

VFUNDO(t) = V2(NF)
PFUNDO(t) = P2(NF)

PTOPO(t) = P2(NF + NL1 + NL2)

VNT(t) = V2(NF + NL1 + NL2 + NT + NTR)


PNT(t) = P2(NF + NL1 + NL2 + NT + NTR)

L1 = L1 - V2(NF + NL1) * DT
L2 = L2 - V2(NF + NL1 + NL2) * DT

KBASE(t) = L1
KTOPO(t) = L2

PNR(t) = P2(NF + NL1 + NL2 + NT)


AREA_CHOKE(t) = ACHOKE(tempo)

PREPARAÇÃO PARA NOVO PASSO NO TEMPO


For i = 0 To NF + NL1 + NL2 + NT + NTR
V1(i) = V2(i)
P1(i) = P2(i)
Next i

NTT = NL1 + NL2 + NT

NL1 = Round((HF - L1) / (VEL_SOM(RO2, C2, alfAN3) * DT))


177

DZ2 = (HF - L1) / NL1


VS2 = DZ2 / DT

'NL2 = Round((L1 - L2) / (VEL_SOM(RO3, C3, alfAN3) * DT))

NT = NTT - NL1 - NL2 'Round((L2 - HR1) / (VEL_SOM(RO2, C2, alfAN3) * DT))


DZ4 = (L2 - HR1) / NT
VS4 = DZ4 / DT

Next t

Else

INICIO DO PROGRAMA SEM SIMULAÇÃO DO GOLPE DE ARIETE E ÁREA


CONSTANTE DO CHOKE

For t = 1 To NT1
tempo = t * DT
V2(0) = VAZAO(tempo) / A2 'CONDIÇÃO DE CONTORNO INICIO DO TUBO
DE PERFURAÇÃO

P2(0) = PATM + P1(1) + RO2 * VS1 * (V2(0) - V1(1)) - RO2 * g * VS1 * DT + VS1
* DT * PERDA(V1(1), RO2, MI2, DIC, 0)

For i = 1 To NF - 2

V2(i) = (V1(i - 1) + V1(i + 1)) / 2 + (P1(i - 1) - P1(i + 1)) / (2 * RO2 * VS1) +


g * DT - (DT / (2 * RO2)) * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIC, 0) +
PERDA(V1(i + 1), RO2, MI2, DIC, 0))
178

P2(i) = (RO2 * VS1 * (V1(i - 1) - V1(i + 1))) / 2 + (P1(i - 1) + P1(i + 1)) / 2 -


VS1 * DT / 2 * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIC, 0) - PERDA(V1(i + 1),
RO2, MI2, DIC, 0))

Next i

i = NF
delta1 = -1
delta2 = 1

G1 = P1(i - 2) - delta1 * RO2 * g * VS1 * DT + RO2 * VS1 * V1(i - 2) - VS1


* DT * PERDA(V1(i - 2), RO2, MI2, DIC, 0)

G2 = P1(i + 2) + delta2 * RO2 * g * VS2 * DT - RO2 * VS2 * V1(i + 2) +


VS2 * DT * PERDA(V1(i + 2), RO2, MI2, DP, DEC)

V2(i - 1) = (2 * (G1 - G2) / RO2) / ((VS1 + VS2 * A2 / A8) + ((VS1 + VS2 *


A2 / A8) ^ 2 - 2 * (1 - (A2 / A8) ^ 2) * (G1 - G2) / RO2) ^ 0.5)

V2(i + 1) = (A2 / A8) * V2(i - 1)


P2(i - 1) = -RO2 * VS1 * V2(i - 1) + G1
P2(i + 1) = RO2 * VS2 * (A2 / A8) * V2(i - 1) + G2

P2(i) = (P2(i + 1) + P2(i - 1)) / 2


V2(i) = (V2(i + 1) + V2(i + 1)) / 2

For i = NF + 2 To NF + NL1
179

V2(i) = (V1(i - 1) + V1(i + 1)) / 2 + (P1(i - 1) - P1(i + 1)) / (2 * RO2 * VS2) -


g * DT - (DT / (2 * RO2)) * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DP, DEC) +
PERDA(V1(i + 1), RO2, MI2, DP, DEC))

P2(i) = (RO2 * VS2 * (V1(i - 1) - V1(i + 1))) / 2 + (P1(i - 1) + P1(i + 1)) / 2 -


VS2 * DT / 2 * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DP, DEC) - PERDA(V1(i + 1),
RO2, MI2, DP, DEC))

Next i

For i = NF + NL1 + 1 To NF + NL1 + NL2 'TRECHO DO KICK

V2(i) = (V1(i - 1) + V1(i + 1)) / 2 + (P1(i - 1) - P1(i + 1)) / (2 * RO3 * VS3) -


g * DT - (DT / (2 * RO3)) * (PERDA(V1(i - 1), RO3, MI3, DP, DEC) +
PERDA(V1(i + 1), RO3, MI3, DP, DEC))

P2(i) = (RO3 * VS3 * (V1(i - 1) - V1(i + 1))) / 2 + (P1(i - 1) + P1(i + 1)) / 2 -


VS3 * DT / 2 * (PERDA(V1(i - 1), RO3, MI3, DP, DEC) - PERDA(V1(i + 1),
RO3, MI3, DP, DEC))
Next i

For i = NF + NL1 + NL2 + 1 To NF + NL1 + NL2 + NT - 2

V2(i) = (V1(i - 1) + V1(i + 1)) / 2 + (P1(i - 1) - P1(i + 1)) / (2 * RO2 * VS4) -


g * DT - (DT / (2 * RO2)) * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DP, DEC) +
PERDA(V1(i + 1), RO2, MI2, DP, DEC))

P2(i) = (RO2 * VS4 * (V1(i - 1) - V1(i + 1))) / 2 + (P1(i - 1) + P1(i + 1)) / 2 -


VS4 * DT / 2 * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DP, DEC) - PERDA(V1(i + 1),
RO2, MI2, DP, DEC))
Next i
180

i = NF + NL1 + NL2 + NT
delta1 = 1
delta2 = 1

G1 = P1(i - 2) - delta1 * RO2 * g * VS4 * DT + RO2 * VS4 * V1(i - 2) - VS1


* DT * PERDA(V1(i - 2), RO2, MI2, DP, DEC)

G2 = P1(i + 2) + delta2 * RO2 * g * VS5 * DT - RO2 * VS5 * V1(i + 2) +


VS5 * DT * PERDA(V1(i + 2), RO2, MI2, DIR1, DEC)

V2(i - 1) = (2 * (G1 - G2) / RO2) / ((VS4 + VS5 * A6 / A8) + ((VS4 + VS5 *


A6 / A8) ^ 2 - 2 * (1 - (A6 / A8) ^ 2) * (G1 - G2) / RO2) ^ 0.5)

V2(i + 1) = (A6 / A8) * V2(i - 1)


P2(i - 1) = -RO2 * VS4 * V2(i - 1) + G1
P2(i + 1) = RO2 * VS5 * (A6 / A8) * V2(i - 1) + G2

P2(i) = (P2(i + 1) + P2(i - 1)) / 2


V2(i) = (V2(i + 1) + V2(i + 1)) / 2
For i = NF + NL1 + NL2 + NT + 2 To NF + NL1 + NL2 + NT + NTR - 1

V2(i) = (V1(i - 1) + V1(i + 1)) / 2 + (P1(i - 1) - P1(i + 1)) / (2 * RO2 * VS5) -


g * DT - (DT / (2 * RO2)) * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIR1, DEC) +
PERDA(V1(i + 1), RO2, MI2, DIR1, DEC))

P2(i) = (RO2 * VS5 * (V1(i - 1) - V1(i + 1))) / 2 + (P1(i - 1) + P1(i + 1)) / 2 -


VS5 * DT / 2 * (PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIR1, DEC) - PERDA(V1(i +
1), RO2, MI2, DIR1, DEC))
Next i
181

i = NF + NL1 + NL2 + NT + NTR

CP = -V1(i - 1) * RO2 * VS5 - P1(i - 1) + g * RO2 * VS5 * DT + VS5 * DT *


PERDA(V1(i - 1), RO2, MI2, DIR1, DEC)

BB = 0.5 * RO2 * (A6 / ACHOKE1 / CDESC) ^ 2


CC1 = CP + PATM
test2 = (RO2 * VS5) ^ 2
test1 = 4 * BB * CC1
test3 = test2 - test1
test4 = Sqr(test2 - test1)
test5 = RO2 * VS5

V2(i) = (-test5 + test4) / (2 * BB)


P2(i) = PATM + BB * V2(i) ^ 2

GRAVAÇÃO DOS DADOS

V0(t) = V2(0)
P0(t) = P2(0)
VFUNDO(t) = V2(NF)
PFUNDO(t) = P2(NF)
PTOPO(t) = P2(NF + NL1 + NL2)
VNT(t) = V2(NF + NL1 + NL2 + NT + NTR)
PNT(t) = P2(NF + NL1 + NL2 + NT + NTR)
L1 = L1 - V2(NF + NL1) * DT
L2 = L2 - V2(NF + NL1 + NL2) * DT
KBASE(t) = L1
KTOPO(t) = L2
182

‘VNR(t) = V2(NF + NL1 + NL2 + NT)


PNR(t) = P2(NF + NL1 + NL2 + NT)
AREA_CHOKE(t) = ACHOKE1

PREPARAÇÃO PARA NOVO PASSO NO TEMPO


For i = 0 To NF + NL1 + NL2 + NT + NTR
V1(i) = V2(i)
P1(i) = P2(i)
Next i

NTT = NL1 + NL2 + NT


NL1 = Round((HF - L1) / (VEL_SOM(RO2, C2, alfAN3) * DT))
DZ2 = (HF - L1) / NL1
VS2 = DZ2 / DT

'NL2 = Round((L1 - L2) / (VEL_SOM(RO3, C3, alfAN3) * DT))


NT = NTT - NL1 - NL2 'Round((L2 - HR1) / (VEL_SOM(RO2, C2, alfAN3) * DT))
DZ4 = (L2 - HR1) / NT
VS4 = DZ4 / DT

Next t
End If
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
IMPRESSÃO DOS DADOS
pontos = Ttotal
passo = NT1 / Worksheets("ENTRADA").Cells(18, 5).Value
COLUNA = 14 * Worksheets("ENTRADA").Cells(2, 3).Value - 10
183

If SIMULARKICK = 2 Then

For i = 0 To NT1 Step passo

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i/passo+12, COLUNA).Value = i *
DT

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i/passo+12, COLUNA + 1 ) . Value =


VFUNDO(i)
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 2).Value
= PFUNDO(i) / 6894.757

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 3).Value


= VNT(i)
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 4).Value
= PNT(i) / 6894.757

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 5).Value


= V0(i)
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 6).Value
= P0(i) / 6894.757

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 7).Value


= KBASE(i)
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 8).Value
= KTOPO(i)

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 9).Value


= PTOPO(i) / 6894.757
184

Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 10).Value


= PNR(i) / 6894.757
Worksheets("ARIETE_CHOKE_VARIAVEL").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 11).Value
= AREA_CHOKE(i) / 6894.757

Next i

MsgBox "Os reultados da Simulação do Golpe de Ariete ou Abertura do Choke com


Área variável no tempo foram impressos na tabela ARIETE_CHOKE_VARIAVEL"

Else
For i = 0 To NT1 Step passo
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i / passo + 12, COLUNA).Value = i * DT
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 1).Value = VFUNDO(i)
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 2).Value = PFUNDO(i) /
6894.757
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 3).Value = VNT(i)
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i/passo+12,COLUNA+4).Value = PNT(i) / 6894.757
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 5).Value = V0(i)
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i/passo+12, COLUNA + 6).Value = P0(i) / 6894.757
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 7).Value = KBASE(i)
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 8).Value = KTOPO(i)
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i/passo+12,COLUNA+9).Value=PTOPO(i)/894.757
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i/passo+12,COLUNA+10).Value=PNR(i) /
6894.757
Worksheets("RESULTADOS").Cells(i / passo + 12, COLUNA + 11).Value =
AREA_CHOKE(i) / 6894.757
Next i
End If
End Sub
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