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RESUMO...............................................................................................................................3
1. PROBLEMÁTICA..................................................................................................................10
2. OBJETIVOS DO PROJETO.................................................................................................20
2.3.5. Ensino.................................................................................................................................................29
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2.4. Ensino Técnico Profissional em Moçambique Contextualização......................................................41
3. METODOLOGIA....................................................................................................................97
3.2.2.2Entrevistas......................................................................................................................................103
2.2.2.3Questionário...................................................................................................................................105
3.2.1.1Atividades............................................................................................................................................107
Bibliografia.......................................................................................................................117
ANEXOS............................................................................................................................121
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TEMA:
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RESUMO
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INTRODUÇÃO
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de abordar a questão do trabalho e os outros desafios socioeconómicos dos primeiros
anos do século XXI (UNESCO, 1999), fez com que os países enfrentassem desafios
para um desenvolvimento das pessoas e das sociedades.
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profissional cujos cursos em referencia decorrem em regime de curta duração, levando
desta feita uma inquietação sobre as abordagens didáticas pedagógicas a altura de
suprir todas as necessidades para um professor que desenvolva competências
técnicas metodológicas.
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1. PROBLEMÁTICA
Desta feita, a formação de professor nunca foi tão linear como se pode pensar em
Moçambique a questão em alusão remota desde o período pós-independência, tendo
colocado desafio ao governo na altura em formar quadros que pudessem responder a
demanda, visto que, o período pós a independência foi marcado pela saída massiva de
técnicos qualificados das empresas na sua maioria de nacionalidade portuguesa,
ditando uma situação de estagnação económica do país, o que privou o ensino técnico
daqueles que tradicionalmente o enriqueceram com sua experiência e prática ao
mesmo que aos novos técnicos, se privou das melhores condições de se
desenvolverem profissionalmente e pudessem eventualmente retro alimentar
positivamente o subsistema (Educação, 1992).
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duração, de formação de professores, como foi o caso do Curso de Formação
Acelerada de Professores (CFAP), ministrados no Instituto Industrial de Maputo, nas
especialidades de contabilidade, mecânica e eletricidade.
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muitos foram aliciados a abandonaram e atividade docente em troca de empregos bem
remunerados no mercado laboral. “O PRE implicava alterações substancial no
funcionamento do aparelho estatal moçambicano e consequentemente da sociedade
através de cortes de gastos públicos” (ibidem).
Tomando como base como refere (Gómez, 1999), o ETP, integra a cultura
socioeconómica e política do país, uma vez que o percurso sociopolítico, cultural e
económico dos moçambicanos refletem-se no subsistema do ETP, dado que no
contexto atual Moçambique, é marcado pelas descobertas de novos recursos minerais
e energéticos havendo por isso a necessidade cada vez mais potencial do ensino
técnico profissional a todos os níveis.
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com o Plano Estratégico do Ensino Técnico Profissional (PEETP) (2018-2024), no
quadro da nova estrutura do governo em vigor desde 2015, a tutela do ETP passou do
extinto Ministério da Educação (MINED) para o Ministério da Ciência e Tecnologia,
Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP).
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Educação Profissional consentânea com as necessidades nacionais de
desenvolvimento.
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qual se situa, desde o período pós-independência até no contexto atual sobre a
abordagem didático dos modelos em curso de formação de professores de ensino
técnico pelo instituto superior Dom Bosco.
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Um documento similar do Centro de Integridade Pública (CIP, 2009) citado por
(Selemane, 2009), mostra uma discrepância entre os níveis de crescimento marcados
pelo índice do volume de existência dos referidos recursos no país e a preparação da
mão-de-obra capaz de trabalhar nas indústrias emergentes dentro das diversas áreas a
fins.
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socioeconómico do país. Portanto, numa altura que o país tem desafios na provisão de
técnicos para o desenvolvimento económico, nota-se a um desafio expressivo de
formação didático de docentes para ensino técnico profissional de nível básico e médio
em Moçambique.
Essa realidade faz-nos refletir sobre os reais desafios encontrados pelo docente
no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que a ausência de instituições que
capacitem ou formem os mesmos em questões didáticos torna indispensável a reflexão
temáticas do modelo de formação recomendados pelos ministério de ensino superior e
técnico profissional e da Autoridade nacional de educação profissional (ANEP) no
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concernente as competências metodológicas, comunicativas e atitudes do docentes no
processo de ensino- aprendizagem.
Refere Mesquita (2011), que o profissional deve adquirir competências que lhe
permita formular aprendizagens curriculares, quer no que diz respeito a organização
dos ambientes do desenvolvimento do currículo, quer nos estabelecimentos de
relações pedagógicas de qualidade. Para tal deve utilizar saberes da sua
especialidade, saberes transversais e multidisciplinares, que lhe possibilite trabalhar
em ciclos de aprendizagem.
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saídas para o mercado de trabalho; um sistema modular de formação baseada em
competências materializada pela formação dos professores baseados em modelos de
competências porém partindo das realidades observadas em todo pais apenas uma
instituição que é de índole privada esta vocacionada para ministrar as referidas
qualificações de formatação de docentes para área de ensino técnico profissional cujos
os cursos em referencia decorrem em regime de curta duração (15 dias), levando desta
feita uma inquietação sobre abordagens didáticas pedagógicas a altura de suprir todas
as necessidades para um professor que desenvolva competências técnicas
metodológicas de ensino.
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3. Que orientações didáticas estão patentes no modelo de formação de professores de
ensino técnico profissional no ISDB?
2. OBJETIVOS DO PROJETO
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2.2. Formulação de hipóteses
As hipóteses enunciam-se no presente sob a forma declarativa, e descrevem a
relação predita entre duas ou mais variáveis. A relação descrita numa hipótese pode
ser causal ou de associação. Uma relação de causalidade é aquela em que o
investigador prediz que a variável independente X causa uma mudança na variável
dependente Y, (Freixo, 2012).
2.2. Hipóteses
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A variável independente é a variável que numa experiência é
especificamente manipulada pelo experimentador de modo a que os seus
Eficiência e compreensão das matérias representam o agente pelo qual vai dar o
efeito da sistematização de conteúdos didácticos, com estas variáveis relacionam-se os
conceitos procedimentos e técnicas de ensino e os conceitos de despertar a vontade
de aprender, facilitação de aprendizagem e capacidade de responder as exigências de
mediação de conhecimentos. A compreensão das matérias requer uma abordagem
através da qual estão elencados vários procedimentos e técnicas de mediação de
conhecimento no processo de ensino-aprendizagem a que o professor deve estar
capacitado despertando assim a vontade de saber cada vez mais para o contexto do
aluno.
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O instituto de formação de formação de professor para o ensino técnico no
recurso do modelo por eles usados na formação de professores, serão responsáveis a
mostrar técnicas que facilitam nas abordagens temáticas em processo de ensino
aprendizagem.
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a taxonomia do próprio saber que vai permitir a fácil compreensão ao aluno. Importa
por isso que o professor tenha domínios das fases de mediação de conhecimento.
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SEGUNDA PARTE
JUSTIFICAÇÃO TEÓRICA
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CAPÍTULO I
1. EDUCAÇÃO
A palavra educação tem a origem do latim que “deriva de e-ducere que significa
extrair, tirar, desenvolver (ducere) para fora. E do mesmo latim e-ducare que significa a
ação de formar, instruir, guiar” Na idade Medieval, Santo Agostinho assim como São
Tomás de Aquino preconizaram a importância da participação ativa do aluno na
aprendizagem. Seu método fazia um apelo à faculdade de pensar e de raciocinar dos
alunos e leitores (Assmann, 1995, p. 218).
Por causa dos seus inúmeros significados, a educação é um termo que nos
desafia e que foi entendido de diferentes maneiras por diversos povos. Educare tem o
significado de alimentar, transmitir informações a alguém. Educere tem o significado de
extrair, desabrochar, desenvolver algo que está no indivíduo. Dai que a máxima
socrática “conheça-te a ti mesmo” concebe a educação como Educere, pois Sócrates
pregava a introspecção, através da maiêutica. O seu ideal educativo consistia na
felicidade humana, obtido através da alegria espiritual, mediante o domínio completo da
alma sobre o corpo.
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Na idade Medieval uma época totalmente teocêntrica, foi no seio do cristianismo,
que Santo Agostinho assim como São Tomás de Aquino preconizaram a importância da
participação activa do aluno na aprendizagem. Seu método fazia um apelo à faculdade
de pensar e de raciocinar dos alunos e leitores. Segundo São Tomás de Aquino, “só
Deus é o verdadeiro agente da educação, da mesma forma que é a causa principal do
ensino, pois a doutrina humana, que o mestre procura comunicar, não pode ser
compreendida pelo aluno senão em virtude da luz da razão que Deus infunde na sua
mente”. (Assmann,1995:220).
1luminismo foi um movimento intelectual que ocorreu na Europa do século XVIII, e teve sua maior expressão na
França, palco de grande desenvolvimento da Ciência e da Filosofia. Além disso, teve grande influência no contexto
cultural, social, político e espiritual em diversos países.
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A participação na vida da sociedade implica ser educado, e essa abertura ao
exterior é o que justifica a educação não sendo esta uma mera transmissão ou
recepção pois o indivíduo também é à partida portador de saberes os transmitidos pela
família. A escola terá como missão servir de mediação entre a família e o mundo,
preparando o indivíduo para a vida pública em sociedade.
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John Dewey, filósofo americano, afirmava que educação é uma
reconstrução ou reorganização da experiência, que esclarece e aumenta o sentido
desta e também nossa aptidão para dirigirmos o curso das experiências subsequentes.
Dai que “quando temos em mente o resultado desse processo, falamos da educação
como uma actividade formadora e modeladora, isto é, que molda os seres na forma
padronizado da actividade social” (Dewey,2007:28).
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Em Dakar no ano 2000, o governo Moçambicano assumiu uns compromissos
que até 2015 todas as crianças em idade escolar estariam a frequentar a escola. Desta
forma percebemos que as filosofias do governo no campo educacional são um
instrumento que serve para criação do sentido de presença a uma nação
moçambicana, tendo como finalidade consolidar a unidade nacional. Uma das
preocupações do governo moçambicano no campo da educação é que esta seja capaz
de formar um homem novo que fosse capaz de construir uma sociedade socialista, e
consubstanciada com esta lei do regime socialista.
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Partindo do conceito de educação proposto por Mazula podemos perceber
nele um ideal de educação proposto por Adorno que tem como fim último levar o
individuo a tomar consciência da sua realidade e fazer com que o mesmo tenha
responsabilidade com a sociedade evitando assim qualquer tipo de violência.
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sob uma perspectiva emancipatória, tecnicista que visa devolver a dignidade do sujeito
pensante assim como a sua autonomia bem como a sua liberdade.
2. ENSINO
A etimologia da palavra ensino deriva de ensinar, que vem do latim in+signare que
significa “pôr marcas ou sinais”, “imprimir na mente”, “designar e mostrar coisas” no
sentido de “acção, domínio de especialização e investigação”. Sendo, o ensino, a
“acção de transmissão de conhecimento e competências”, ou seja, a “ministração de
conhecimento necessários sobretudo ao desenvolvimento das capacidades cognitivas,
feita geralmente em escolas ou instituições afins”, este deve ser considerado o ponto
central de qualquer comunicação entre o professor que “ensina” e o aluno que
“aprende”. Se pelo ensino há uma transmissão de princípios, de conhecimento, de
informações ou esclarecimentos úteis e indispensáveis à educação, que regulam a vida
em sociedade, pode entender-se que o ensino, agregado aos valores sociais, é
educação (Cunha, 2000).
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desenvolvimento das faculdades psíquicas dos sujeitos e dos seus processos
intelectuais.
Por outro lado, em relação á estrutura sintática, não é ariscado afirmar que, hoje
em dia, a formação de professores desenvolveu uam áreade investigação propria,
indagando sobre problemas específicosda sua estrutura conceptual. É facil vericar
como em revistas especializadas, congrssos e encontros cientificosa investigação
sobre formaçã de professores adquirio substantividade propria.
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reúne investigadores de educação de todo o mundo, conta com um SIG (grupo de
interesse especial) que põe contacto cientistas que investigam problemas relevativos à
formação de professores. Juntamente co isso, um facto crucial foi a publicação em
1990 do Handbook of research on teacher education editado por Houstom, onde ao
longo de quase mil páginas se analisa e sintetiza a investigação sobre formação de
professores.
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politícos, administradores e investigadores face á formação de professores como
peça-chave da qualidade do sistema educativo.
a) Fase de pre–treino
c) Fase da iniciação
Esta é a última fase referida por Feiman, e iclui todas actividades planificadas
pelas instituições ou até pelos próprios professores de modo a permitir o
desenvolvimento profissional e apefeçoamento do seu ensino (,,,,,,,,,,,,,,,,,)
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entanto, a formação de professores na sua perspetiva institucional não pode insidir nela
enquanto tal, ainda que se possa preocupar em avliar co um sentido dee diagnostico as
possiveis influências que terá no futuro professor.
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para a realisação de atividades de desenvolvimento profissional centrada nos seus
interessese necessidades.
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5. ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL
Greinert (2004, p. 21), nos seus estudos, identificou três (3) modelos “clássicos”:
modelo liberal, orientado pela economia de mercado, do Reino Unido, o modelo
burocrático, estatizado de França e o modelo dual-empresarial, da Alemanha que
considerou como sendo estruturais para a formação profissional na Europa e que cada
um apresenta características especificas.
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a) Modelo liberal ou de mercado das qualificações profissionais
Este modelo foi implemetado pela primeira vez no Reino Unido e, estabelece uma
relação de mercado entre os subsistemas funcionais do trabalho, do capital e da
educação que emergem do processo de evolução social influenciado pelo capitalismo
industrial. As desvantagens estruturais do modelo impedem, porém, os trabalhadores
de utilizar o subsistema educativo para o promoverem no mercado como fator de
produção “qualificado”, pelo que têm de vender-se como meros recursos humanos e
aceitar as consequências sociais, que podem ser desastrosas. (Greinert, 2004, p. 21)
(ibidem).
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os cursos de formação, em regra ações que se limitam a ministrar competências
profissionais parciais, são sujeitos ao princípio da minimização de custos.
O modelo implementado pela primeira vez com rigor em França utiliza o novo
subsistema educativo para criar uma relação política entre o capital e o trabalho
baseada numa relação de poder. Por razões sociopolíticas gerais, os trabalhadores
estruturalmente fragilizados são “qualificados” com a ajuda do sector educativo
regulamentado e financiado pelo Estado (que também inclui a formação profissional)
(Greinert, 2004, p. 21). Os trabalhadores podem, assim, enfrentar o subsistema do
capital, mais uma vez num quadro regulamentado pelo Estado. Neste modelo corre-se
o risco de as instituições de formação profissional, fortemente influenciadas pelas
estruturas lógicas do sistema de ensino geral, degenerarem num ramo subordinado.
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curriculares das escolas profissionais. As profissões simples, caracterizadas por
actividades práticas, não podem implementar estes princípios da forma que seria
desejável.
Os modelos de formação profissional escolar caracterizam-se, em regra, por
uma diferenciação clara dos vários tipos de cursos de formação profissional. O
acesso às diferentes escolas, fortemente condicionado pelo nível de
qualificações exigido e o certificado conferido no final da formação, depende
normalmente dos vários certificados das escolas de ensino geral ou dos exames
de admissão especiais.
A formação profissional escolar é financiada pelo Orçamento de Estado. A sua
natureza limitada não permite, em regra, a generalização da oferta de escolas
profissionais de modo a receber todos os alunos do país de um determinado
nível de escolaridade. Vistos desta perspectiva, os modelos de formação
profissional escolar parecem representar, essencialmente, um sistema elitista
que se dedica prioritariamente a dotar os alunos de qualificações profissionais
de nível superior.
Os modelos de formação profissional escolar estão quase que obrigatoriamente
sujeitos ao “efeito de escada rolante”, isto é, os seus cursos têm tendência, pelo
menos em médio prazo, para subir na escala dos níveis de qualificação. Isso
implica a criação constante de novos cursos ou instituições de formação
profissional para substituir os níveis de qualificação inferiores, pelo que a
formação profissional generalizada se encontra num estado de crise quase
permanente.
c) Modelo dual-empresarial
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O modelo dual, corporativista, que apenas existe nas áreas de expressão alemã,
utiliza um novo subsistema de “formação profissional” independente como forma de
comunicação entre o trabalho, o capital e o Estado. A intervenção de instituições
“intermediárias” tradicionais (o sistema de câmaras de direito público), recuperadas
pela lei, que administram e gerem a qualificação dos trabalhadores em prol do Estado,
permite, pelo menos, limitar algumas deficiências do Estado e do mercado num
importante campo de conflito público. Todavia, a separação clara, organizacional e
jurídica, do sistema de formação profissional, em especial do sistema “de ensino
superior” (escolas secundárias, universidades) acaba por criar problemas significativos.
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mínimo à parte principal da formação na empresa, e o princípio da formação na
empresa.
Greinert (2004), conclui afirmando que do ponto de vista ideológico este é modelo
marcado pela orientação profissional, consubstancia que as profissões são respetivas
como identidades próprias como um autorreferente a partir do qual se estruturam as
questões de trabalho de qualificação e de remuneração.
Numa outra menção Greinert (2004), afirma que devem existir modelos com uma
orientação marcadamente académica que a organização das qualificações
profissionais se devem reger pelo espírito racional académico. Por último, um modelo
orientado pelo mercado, que defende que as pessoas são capazes de gerir a sua vida
profissional com base na aplicação racional do seu livre arbítrio.
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profissionais concretas, implementadas na Europa desde a Idade Média, por um
lado, e as profissões como forma experimentada e testada de categorizar formas
de organização dos recursos humanos. Nesta perspectiva, as profissões são
vistas como combinações específicas dos elementos trabalho, qualificação e
remuneração. As actividades que envolvem são determinadas pela tradição e
pela convenção social.
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desempenhar um papel central na formação técnica de base em engenharia, iniciou-se
um processo que culminaria na consagração do princípio didáctico da formação
profissional pela via da formação académica especializada, enquanto quadro estrutural
para todos os níveis de qualificação profissional (ibidem).
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aprende, conferindo-lhe um lugar central como participante no processo de
aprendizagem, esta abordagem, que alguns designam como vocacionalismo liberal,
centra-se na capacitação dos indivíduos como auto aprendentes ao longo da vida.
Pinto (2015, p. 18) citando UNESCO (1999) explica que novas tendências
socioeconómicas requerem um novo modelo de desenvolvimento que seja centrado
numa cultura de paz e na sustentabilidade do ambiente. Por isso, os valores, as
atitudes e as práticas do ETP devem “ter como fundamento esse modelo que englobará
a integração e o maior acesso, uma reorientação dirigida às necessidades do
desenvolvimento humano e autonomia para participar eficazmente do mundo do
trabalho”.
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Pinto (2015, p. 15) considera que houve o compromisso de toda a comunidade
internacional/organizações internacionais, principalmente da UNESCO e a da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), em colocar educação e formação no
mesmo caminho e em sentido único. Esta premissa surge da certeza que as pessoas
precisam desenvolver os seus conhecimentos e competências, numa base contínua,
que lhes permita aumentar a sua produtividade e os seus rendimentos, assim como
terem uma participação mais ativa na vida económica e social.
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fornecidos por instituições escolares ou sob sua autoridade, por parte das autoridades
públicas ou pelo setor privado ou através de outras formas de educação organizada,
formal ou não-formal, cujo objetivo de garantir para uma aprendizagem ao longo da
vida.
Neste sentido Pinto (2015) diz ser indispensável haver correlação entre educação
e formação fundamental no fornecimento de habilidades e conhecimentos que
permitem ao individuo sair da pobreza com referência a formação fundamental.
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Para UNESCO (1999), o século XXI será o palco de uma economia e de uma
sociedade radicalmente diferente e isto terá implicações profundas para o ensino
técnico e profissional (ETP). Para o efeito os sistemas de EPT devem adaptar-se aos
aspectos fundamentais que compreendem a globalização, a constante evolução das
tecnologias, a revolução da informação e da comunicação e a mudança social rápida e
constante.
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que sustentou as políticas e os investimentos neste ensino, nesse sentido diferencia
ensino técnico de formação profissional. Os investimentos em educação eram
considerados através da visão neoclássica inscrita numa teoria do capital humano que
faz apelo ao jogo do mercado.
Podemos dizer que foi a partir do reinado e governo do rei D. José I que tudo
começou: “orientou uma administração económica de fomento agrícola, industrial e
comercial a fim de contribuir para a riqueza do país” (Costa, 1925, p. 3).
Nessa altura, o interesse por este ensino, teve como principais fatores a expansão
da economia, a afirmação da burguesia como classe com poder político e a difusão do
positivismo (Pardal, 2003, p. 25). O interesse prolongou-se durante o século XIX com a
generalização da Revolução Industrial e a crescente necessidade de mão-de-obra
adaptada a diferentes técnicas.
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ordens religiosas asseguravam quase exclusivamente a administração do ensino no
Ultramar, sendo o espírito católico prevalecente na educação(Mazula, 1995, p. 78).
No ano de 1930 foi organizado o ensino Indígena em três ramos (Mazula, 1995, p.
81):
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- O Ensino Profissional Indígena, onde se aprendia os ofícios, era ministrado nas
escolas de artes e ofícios para rapazes, com quatro classes e nas escolas profissionais
femininas com duas classes;
Na década de 50, com um crescente interesse pelo ensino técnico, houve uma
separação entre o ramo comercial e o ramo industrial (em 1951-52, existiam 1.747
alunos), acabando por surgir em 1952-53, a Escola Comercial de Lourenço Marques
(com 1.187 alunos) e a Escola Industrial de Lourenço Marques (com 562 alunos) (DSI,
1963, p. 40).
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Em 1961 são criadas as Escolas Técnicas Elementares em Porto Amélia 65 e Ilha
de Moçambique. Dá-se o início do grau médio do ensino técnico e profissional com a
criação do Instituto Industrial de Lourenço Marques, do Instituto Comercial de Lourenço
Marques e o Instituto Industrial e Comercial da Beira. Os cursos ministrados nos
Institutos Industriais são: construção civil e minas, electrónica e máquinas e os
preparatórios para os cursos superiores de engenharia. Os cursos ministrados nos
Institutos Comerciais são contabilidade e correspondente em línguas estrangeiras
assim como a habilitação ao acesso a estudos superiores de economia e finanças. Foi
nos anos de 1963-64 que se formaram os primeiros contabilistas (DSI, 1963).
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internas e internacionais e para própria sobrevivência do regime. Além dos interesses
económicos, nomeadamente para acelerar o desenvolvimento económico, visava
formar uma força de trabalho mais qualificada, preparar uma pequena burguesia
africana afeta à ideologia capitalista. Pretendia-se, ao mesmo tempo, formar quadros
superiores no seio da burguesia colonial e a associação da pequena elite
moçambicana, incutindo nela o abandono de reivindicação de uma independência. O
ensino e sua evolução foram organizados, concedido e adequado às necessidades
económicas do regime da metrópole, mas, sem nunca alterar o seu objetivo central que
era de dominação e exploração (Mazula, 1995, pp. 31, 86-89).
Existiam cinco escolas deste tipo: duas em Lourenço Marques, uma em João
Belo, uma em Tete e uma em Vila Cabral. Em Inhambane, Beira, Nampula, Quelimane,
Ilha de Moçambique e Porto Amélia este ensino estava integrado nas Escolas
Industriais e Comerciais existentes nessas cidades.
Em todas elas existia o Curso Preparatório, com duração de três anos - diurno e
seis anos – noturno. Havia também o curso de Formação Feminina, o de Pintura
Decorativa e de Construção Civil - quatro anos. Oito escolas deste tipo a funcionar: três
Comerciais, uma Industrial e quatro Industriais e Comerciais.
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Os Cursos industriais e comerciais tinham seguimento para o ensino médio.
- Institutos Médios,
Segundo Mazula (1995, p. 112), a educação nas zonas libertadas fazia parte de
um dos três eixos da revolução a par da produção e do combate, tendo como palavra
de ordem: estudar, produzir e combater Em termos de política linguística definia-se o
português como língua de ensino, para reforço da unidade.
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Em 1973 realizou-se o I Seminário Pedagógico Nacional, onde foram analisadas
diferentes questões relativas ao nível de ensino e aprendizagem, passando pelas
dificuldades de formação, falta de livros e outros materiais didáticos. Foram
apresentadas recomendações a nível das disciplinas, tornando-as mais práticas (pois
era necessário a valorização do trabalho manual e coletivo, assim como, a necessidade
de haver uma maior ligação entre a teoria e a prática) e organizando um programa para
elevar o nível político, técnico e pedagógico dos professores (Mazula, 1995, p. 113).
Entre 1974 e 1977 a afirmação do poder fez-se sentir a todos os níveis. Um novo
desafio se colocava, o da reconstrução nacional, continuando a ter como principais
prioridades a da criação de uma sociedade nova e do “Homem Novo”67. Sendo,
também, prioritária a formação de uma Nação e de um Estado Novo que estivesse ao
nível das nações modernas, assim como, o desenvolvimento de uma economia
baseada na agricultura e na indústria (Mazula, 1995, p. 143).
Nesta linha de pensamento havia que se criar uma nova escola, onde se
valorizaria o trabalho manual (Reis apud Mazula, 1995, p. 144). A escola seria uma das
fontes de conhecimento, transformando-a num espaço de formação intelectual
participativo na produção. O aluno devia ter uma mentalidade de produtividade,
rompendo com a tradicional, que era de uma economia de subsistência. O aluno devia
ser educado e civilizado para desenvolver de forma prática as habilitações para uma
profissão manual (Mazula, 1995, p. 144).
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No princípio do ano de 1975 realizou-se, na cidade da Beira, o I Seminário
Nacional de Educação, cujo objetivo mais importante era elaborar e propor ao
Ministério da Educação e Cultura (MEC) as principais alterações a serem efetuadas.
Seriam necessárias alterações, tanto nos currículos escolares de todos os graus, como
nos diferentes ramos (Mazula, 1995, p. 151).
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agricultura como a base desse desenvolvimento e a indústria como o seu elemento
dinamizador (Gómez, 1999, p. 200).
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Este congresso permitiu, em primeiro lugar, definir um programa de ações
consideradas prioritárias, em curto prazo, para o período de 1977-1980. E em segundo
lugar, serviu para orientar o MEC para uma planificação mais centralizada da educação
e um maior controlo do funcionamento das escolas, assim como, para a criação de um
SNE, a médio e longo prazo.
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formação e preparação das novas gerações. A lei nascia das exigências e da estratégia
do desenvolvimento do país (Mazula, 1995, p. 173).
Nesse sentido a educação devia criar condições para a formação de uma rede
escolar mais adequada e eficaz, garantindo, desta forma, a efetivação da escolaridade
obrigatória, estratégia fundamental para a erradicação do analfabetismo, para a
formação de técnicos básicos e médios necessários para os projetos agroindustriais.
Deveria, também, elevar a formação dos trabalhadores dos sectores considerados
prioritários da economia nacional. Sob o ponto de vista político-ideológico, a educação
deveria garantir o acesso dos trabalhadores à ciência e à técnica, de forma a tornarem-
se dirigentes da sociedade, e assegurar a formação do “Homem Novo”, socialista,
capaz de acompanhar o processo de transformação social. citar
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Em 1987, uma nova reflexão, conduziu não só à revisão curricular do ETP, mas
também à reestruturação das especialidades técnicas lecionadas. Foram vários os
entraves na aplicação e desenvolvimento da política educacional: fatores
socioeconómicos e políticos, calamidades naturais, a luta armada, provocando
insegurança nas zonas rurais e constantes migrações das populações, além dos
fatores pedagógicos e organizacionais. Todos estes fatores provocaram reprovações e
desistências. O ensino técnico foi também condicionado pelas grandes carências, em
todos os níveis.
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Duas correntes em debate: uma pede a continuação do ETP, a outra pede o
abandono do ensino técnico formal e a melhoria da qualidade do ensino secundário
geral, ou seja, direcionando a educação escolar para uma formação mais geral e só a
um nível mais elevado, orientar o aluno para a formação profissional. Esta última
corrente acabou por não ser a adotada, por se considerar irrealista para Moçambique
devido, entre muitas outras razões, ao baixo nível de escolaridade e ao baixo nível de
vida da população (Pinto, 2015, p. 62).
Houve aqui um reforço e uma nova direção para o ETP, tendo sido necessário
proceder a mudanças no sentido de o adaptar à nova realidade socioeconómica do
país, passando pela qualificação, pela estruturação, organização, revisão curricular,
definição de novas metodologias, critérios e métodos de avaliação, de seleção e de
ingresso.
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dentro do mesmo espaço, “no seio da família enquanto unidade de produção e nas
diferentes corporações”(Martins e Parchão, 2011, p. 147).
Mas foi na década de 80, com uma revisão da teoria do capital humano, que a
educação passou também a ser prioridade das empresas. As alterações da ordem
internacional, que se começaram a verificar na década de 80, implicaram
transformações económicas e sociais a nível mundial. A perspectiva de que uma
qualificação profissional seria uma via de acesso ao mercado de trabalho, numa
conjuntura favorável ao emprego, proporcionou o seu impulso.
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escola, onde era possível obter o ensino que lhe proporcionasse a formação adequada
as necessidades do mercado de trabalho (Mira, 1997).
Pág. 66
De forma a fazer face aos desafios, às pressões e também às oportunidades
que são colocadas, o governo de Moçambique, sabendo que o Ensino Técnico
Profissional tem a responsabilidade de formar mão-de-obra qualificada para os
diversos sectores económicos e sociais e que é um elemento essencial no Sistema
Educativo Moçambicano, desenvolve um processo de Reforma da Educação
Profissional, em parceria com o sector privado, a sociedade civil e comunidade
internacional (Pinto, 2015, p. 49).
A estratégia passa por fazer com que todas as políticas, programas e planos
estratégicos de educação apontem no sentido da modernização do sistema de
educação técnico profissional para a tão desejada promoção do desenvolvimento
económico e social do país.
A era logo pós-independência (década 70) onde, numa primeira fase, se tentou
gerir a situação existente no país e do novo Sistema Nacional de Educação
(década de 80) com uma nova estratégia de acordo com o caminho traçado pelo
Governo, e numa segunda fase, fim da guerra civil (início da década 90), com a
aprovação de um novo SNE que fizesse face à nova realidade política,
económica e social do País;
Pág. 67
A era pós-guerra civil (meados da década 90 e princípio do novo século), com
uma nova Política Nacional de Educação e Estratégias de Implementação, face
à uma nova realidade política, económica e social, assim como a preparação e
aprovação de uma Estratégia do Ensino Técnico-Profissional 2002-2011;
Pág. 68
sociais históricos e culturais com a finalidade de poder atuar como agente de
transformação social.
a) Ensino técnico-profissional
Pág. 69
tempo inteiro ou a unidades de créditos correspondentes (Lei 23 /2014 de 23 de
Setembro).
b) Formação profissional
Ela esta subárea de educação profissional está organizada por cursos intensivos de
curta ou longa duração, baseados em padrões de competências, devendo ambos ser
estruturados de modo a permitirem a acumulação e transferência de créditos ou a sua
comunicação e articulação com créditos previamente adquiridos pelos candidatos.
Pág. 70
Olhando pela natureza do nosso estudo no presente trabalho, aborda-nos com
maior referência o ensino técnico profissional, por consequente falaremos
especificamente com maior detalhe sobre esse campo de ensino de educação
profissional. citar
Mas foi na década de 80, com uma revisão da teoria do capital humano, que a
educação passou também a ser prioridade das empresas. As alterações da ordem
internacional, que se começaram a verificar na década de 80, implicaram
transformações económicas e sociais a nível mundial. A perspectiva de que uma
qualificação profissional seria uma via de acesso ao mercado de trabalho, numa
conjuntura favorável ao emprego, proporcionou o seu impulso.Com as transformações
verificadas na década de 90, tais como desenvolvimento das tecnologias,
principalmente a informática, a robótica e a mecatrónica, dos sistemas de informação,
as novas formas de organização do trabalho e do processo produtivo, substituição do
trabalho humano por máquinas, aumentaram os índices de desemprego e passou a
existir maior exigência de qualificação, novos saberes e novas competências (Pinto,
2015, p. 31).
Pág. 71
tiveram grande impacto em todos os sectores da sociedade moçambicana,
principalmente no seio da família. Estas oportunidades exigiam mais e melhores
aptidões e habilidades, consciencializando o indivíduo para a procura na instituição
escola, onde era possível obter o ensino que lhe proporcionasse a formação adequada
as necessidades do mercado de trabalho (Mira, 1997).
A estratégia passa por fazer com que todas as políticas, programas e planos
estratégicos de educação apontem no sentido da modernização do sistema de
educação técnico profissional para a tão desejada promoção do desenvolvimento
económico e social do país. citar
Politicas Públicas
Pág. 72
(Sistema Político-constitucional) e específicas (âmbito de intervenção) (Assencio,
2010).
Pág. 73
dos mais velhos aos mais novos que dariam continuidade a actividade de transmissão
de saberes as novas gerações”.
Pág. 74
específicos e imprescindíveis para o professor do ensino técnico profissional que serão
abordos nos pontos abaixo principalmente no âmbito da reforma em curso no país.
Pág. 75
De acordo com a DINET (1992), na altura o cenário desta modalidade de ensino
caracterizava-se por:
ii. Saída massiva dos técnicos portugueses das empresas, de regresso ao seu
país, gerando-se uma abrupta falta de mão-de-obra qualificada;
iii. Rede escolar bastante reduzida, sendo o ensino elementar em regra ministrado
pelas missões religiosas nas zonas rurais;
Um dos aspectos marcante neste primeiro período foram as decisões tomadas para
formação dos professores no período entre 1977 à 1985. Para efeito, os estudantes
que estavam frequentando o 6° e 7° anos dos liceus, bem como, os que frequentavam
os cursos complementares do ensino técnico foram obrigados a interromperam os
estudos e conduzidos para vários cursos de curta duração, incluindo os cursos de
formação de professores. Estes cursos tinham a duração inicial de um (1) ano lectivo,
como foi o caso do Curso de Formação Acelerada de Professores (CFAP), ministrados
no Instituto Industrial de Maputo, nas especialidades de contabilidade, mecânica e
electricidade (ibidem).
Pág. 77
Para além da formação técnica os professores passaram a receber a formação
psicopedagógica, durante um ano. No ano seguinte, estes cursos passaram a ter
duração de dois anos como forma de colmatar as deficiências denotadas pelos
graduados dos cursos anteriores (DINET, 1992).
Pág. 78
4.1 O Desenvolvimento Profissional e a Instabilidade do Professor
Pág. 79
as forças do mercado a atribuição eficiente de recursos através de uma maior
competitividade”.
Essa situação levou a uma depreciação gradual da qualidade de ensino nos anos
subsequentes facto que se alastrou durante a década de 90, cujos efeitos se fazem
sentir até aos nossos dias. Importa salientar que, durante o período compreendido
entre 1991 à 2006 não se registou nenhuma actividade de formação inicial de
professores exclusivamente e para o ensino técnico-profissional no país e todos os
centros criados no passado para este propósito foram paulatinamente encerrados.
Pág. 80
5.5. Fase da Reforma do Ensino Técnico Profissional no contexto atual:
Iniciemos com uma breve abordagem das reformas educativas que tem vindo a ser
postas em prática em Moçambique. Consideram-se reformas as “transformações que
se operam a nível organizacional e administrativo a fim de tornar o sistema mais
operacional em função dos objectivos bem como, visando corrigir a forma como o
processo de organização de ensino decorre esperando a correcção do desvio que
possa ter havido relativamente ao processo Educativo (Castiano, 2005, p. 10).
Com base nestes autores ficam clara a ideia que a reforma educacional como
conjunto de transformações deliberadas e devidamente planificadas, tomadas com
intuito de tornar o sector educacional mais célere melhorando as suas actividades em
diversas facetas para o benefício dos utentes e da sociedade em geral.
Em 2000 e 2001, após uma consulta pública, foi elaborado o plano estratégico do
ensino técnico profissional 2001-2011, que preconizava várias realizações entre elas a
formação e capacitação de professores e gestores para as instituições de formação. Os
professores e formadores, seriam dotados com adequada formação e competência
Pág. 81
pedagógica, científica, técnica e de gestão, para responder às mudanças a serem
introduzidas no subsistema (Estratégia do Técnico-Profissional 2002-2011).
Não só, a qualidade do corpo docente existente era a quem de desejável, os dados
estatísticos da época apontavam que do total de 1.028 professores no ano 2000,
apenas 13.8% tinha formação superior, (contra 27.8% em 1997) e 65.5% possuía
formação psicopedagógica e a maioria dos quais não teve possibilidade de participar
em cursos de reciclagem e aperfeiçoamento para elevação das suas capacidades
pedagógicas e metodológicas (Estratégia do Técnico-Profissional 2001-2011).
A mesma fonte refere que “a maior parte dos professores efectivos não tinham
experiência prática na produção, exercendo dessa forma uma docência demasiado
escolarizada ou teórica e uma parte considerável dos professores eventuais possuíam
bons conhecimento práticos e experiência profissional, mas sem formação
psicopedagógica” p..
A reforma do ensino técnico profissional surge como corolário dos factos apontados
nesta secção e iniciou em 2006 sob decreto governamental n° 29/2005, de 26 de
Pág. 82
Junho. As transformações previstas na reforma do ensino profissional podem ser
abordadas em quatro (4) vertentes: organizacional, curricular, formação de professores
e financeira. Segundo Pinto (2012, p. 10), as reformas do ensino técnico comportam as
três (3) fases a saber:
Pág. 83
i. Um quadro institucional adequado para a governação e regulamentação
integrada da Educação Profissional em Moçambique com representatividade do
governo, sector produtivo e sociedade civil;
Pág. 84
problemas práticos e que conduzam a uma maior produtividade e eficiência da
economia e à melhoria da qualidade de vida da comunidade local (PIREP, 2013, p. 19).
Porém até a introdução dos cursos que fizeram parte da fase piloto já estavam
elaborados 37 perfis de cursos para o ensino profissional em padrões de competência.
Actualmente, estão preparadas as condições para o desenvolvimento das
Qualificações em novos Campos Profissionais, como Construção Civil, Minas,
Ecoturismo, Educadores de Infância, Cadastro e Administração de Terras, Pescas,
Agro-Indústria, Informática e outros (PIREP, 2013).
Pág. 85
No âmbito da parceria público-privada, o Ministério de Educação MINED actual
Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano e os parceiros de cooperação tem
financiado desde 2006, o Instituto Superior Dom Bosco (ISDB), por ser a única
instituição que tem oferecido cursos para professores do Ensino Técnico Profissional,
combinando a componente técnica/tecnológica com a pedagogia relacionada ao
currículo baseado em padrões de competências, na formação de professores em
exercício bem como, a formação inicial. Dado que um dos requisitos para ser formador
do Ensino Técnico Profissional no novo currículo é possuir formação com certificado B,
o facto dos graduados desta instituição contemplar esta componente torna-lhes
privilegiados a serem recrutados para leccionarem em escolas técnico profissional.
1. A formação inicial da maioria dos professores em exercício não ter sido na área
educacional, a qual não esta orientada para o desenvolvimento das
competências necessárias a um formador;
Pág. 86
Sendo assim, o Instituto Superior Dom Bosco (ISDB) como parceiro do PIREP, tem
leccionado cursos superior de Bacharelatos (de acordo com a nova Lei do Ensino
superior serão chamadas licenciaturas) no regime de ensino à distância para
professores em exercício que possuíam ou (possuem)? formação inicial de nível médio,
com duração de quatro (4) anos e meio nas áreas de Agricultura e Agro-pecuária,
Electricidade, Manutenção Industrial, e Administração e Gestão. Parte integrante dos
formandos em regime do ensino a distância no ISDB, são professores em exercício
vindos do subsistema do ensino profissional com bolsas de estudo para ampliar o seu
grau de conhecimento no nível superior.
Eles devem ser profissionais competentes sob ponto de vista científico, tecnológico,
pedagógico e social, podendo estar comprometidos com os valores profissionais,
éticos, morais, patrióticos, de justiça social e de solidariedade, e devem ser capazes de
inovar e melhorar continuamente a sua prática como formadores e serem gestores da
sua própria progressão, sendo gestores da sala de aula e do processo de ensino
aprendizagem, tendo a visão do gestor educacional, percebendo a escola como um
todo (PIREP, 2013, p. 7).
Pág. 87
programas, bem como de desenvolvimento de material didáctico, de avaliação, garantia
de qualidade (ibidem).
Pág. 88
aprendizagem; desenvolve estratégias de aprendizagem. O metodólogo pode
trabalhar numa IEP ou num órgão regulador e/ou director do sector (DINET,
ANEP, etc).
Para além das ocupações acima mencionadas tidas como básicas existem
tantas outras tais como, director pedagógico, da unidade de produção/oficinas, da
unidade de inserção profissional e mais, para o efeito, foram desenhadas três (03)
qualificações que são compostas pelas Unidades de Competência Padrão definidas
para cada ocupação. As três (03) qualificações são:
Pág. 89
metodológico no currículo baseado em padrões de competências pelo certificado B.
citar
Pág. 90
Plano estratégico de formação de professores de educação profissional
3. METODOLOGIA
Esta parte irá tratar de caracterização da pesquisa, a fundamentação teórica
sobre a metodologia utilizada, mostrando os tipos de pesquisa, os instrumentos de
coleta de dados e métodos usados para o estudo de caso proposto como meio de
investigação.
Pág. 91
A realização de uma investigação científica envolve escolhas e estratégias que
permitam que a realidade seja interpretada, validada ou não. Demo (2011) considera a
metodologia um estudo científico e das abordagens relevantes. Exemplo, a pesquisa
qualitativa, que resulta de um determinado conhecimento, devendo ser questionador
para depois ser reconstrutivo e seguir aberto e discutível.
O grupo sujeito no processo seletivo para o trabalho será colhido através das
técnicas de recolha de dados (inquérito por questionário e entrevista) e a observação,
Pág. 92
assim, a população deste do trabalho refere-se aos professores e alunos do curso de
formação de professores do ensino técnico profissional no instituto superior Dom
Bosco, profissionais afetos na área de formação no Ministério de Ensino Superior e
Técnico Profissional, da Autoridade Nacional de Educação Profissional e de um número
representativo de professores nos institutos médios no país.
Pág. 93
3.2.1. Considerações de Natureza Ética
Ainda sobre a questão ética, Daniel (2009) sugere que por uma lógica e sigilo, os
nomes das fontes de dados assim como seu campo de trabalho não devem ser
referenciados na pesquisa. Por isso, para efeitos de estudo podem ser adotados
nomes arbitrários.
Pág. 94
3.3. Seleção de meios
Pág. 96
3.3.2. Meios de avaliação
3.3.2.1. Técnicas de recolha de dados
De acordo com Hérbert, Boutin e Goyotte (2005) citando (De BRUYNE et al.
1975), a técnica de recolha de dados que podem servir para instrumentar as
investigações qualitativas, considera pertinentes mencionar três grandes grupos a
que ele chama de modo de recolha de dados nomeadamente: inquérito, que pode
tomar uma forma oral (entrevista) ou escrita (o questionário); a observação que pode
assumir uma forma direta sistemática ou uma forma participante; e análise documental,
que incide sobre documentos relativos a um local ou uma situação, corresponde, do
ponto de vista técnico, uma observação de artefatos escritos.
3.3.2.2. Entrevistas
Pág. 97
mesmos), cuja entrevista será dirigida aos profissionais ligadas a área formação ou dos
órgãos paralelos da ANEP e do MESTP, respetivamente.
3.3.2.3. Questionário
Tal como refere Hérbert, Boutin e Goyotte (2005), questionário é uma forma
escrita de que se apresenta o inquérito.
Pág. 98
aos professores ser-lhes a abordado questões de âmbito pedagógico estrutural de uma
aula, abordagens estruturais de conceitos específicos, hierarquização das matérias e
constrangimentos mais frequentes no ato de ensino das matérias em salas de aulas.
Enquanto que aos estudantes será entregue um questionário abordando questões de
compreensão das matérias concepções em face de abordagem da matéria dada pelos
professores para as disciplinas técnicas, assim como das dificuldades mais frequentes
nas aulas.
Parte I - que corresponde aos dados pessoais dos inquiridos, que incluem
questões relacionadas com os anos de serviço e o nível académico dos
estudantes.
Parte II - que corresponde às perguntas propriamente ditas com o alcance nos
objetivos da pesquisa.
Outra técnica que será posta em prática nessa pesquisa será a observação,
segundo a mesma referem Hérbert, Boutin e Goyotte (2005) no trabalho de campo o
investigador tenta compreender acontecimentos cuja estrutura é demasiada complexa
para ser aprendida de imediato, se tiverem também em consideração os limites de
espirito humano relativamente ao tratamento de informação.
Pág. 99
abordagens didáticas no processo de ensino, nos institutos técnico-profissionais
identificados como dados amostrais do estudo.
3.3.3. Atividades
Para a elaboração de qualquer trabalho científico é necessário seguir um
conjunto de procedimentos que podem ser organizacionais, metodológicos e
operacionais no entanto, para o presente trabalho seram utilizados os seguintes
procedimentos/ atividades:
Pág. 100
1.1. Calendário das operações
(2018) (2019)
Dezembro
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Novembro
Outubro
Dezembro
Nº ACTIVIDADES
1 Escolha do Tema
2 Pesquisa bibliográfica
3 Elaboração do Projeto de Pesquisa
4 Submissão do Projeto de Pesquisa
Pág. 101
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
(1) seleção
(2) codificação
(3) tabulação
Pág. 102
Codificação – é a técnica operacional utilizada para categorizar os dados que se
relacionam. Os dados são transformados em símbolos, podendo ser tabelados e/ou
contados.
Para isso, obedeceremos três fases (1) ordenação dos dados considerados de
seleção, (2) classificação dos dados considerados de codificação e (3) análise
propriamente dita.
Pág. 103
resultados, diagramas, figuras e/ou modelos das informações fornecidas pela
análise.
Pág. 104
CONCLUSÃO.
Limite do projeto.
Pág. 105
ensino técnico profissional, da ANEP analisaremos procedimentos da à avaliação dos
modelos específicos de formação de professor de ensino técnico profissional, e por fim
do ISDB, analisar a estruturação da abordagem didática das matérias para maior
referencia analise dos modelos de formação de professores de ensino técnico no pais.
Principais conclusões
Prespetivas para futuras investigações
Pág. 106
1.2. Síntese Metodológica
- Abordagens didáticas - Entrevista (docentes, ANEP - Diferentes abordagens didáticas - Descrever as abordagens
pedagógicas de planos de e MESTP). de ensino técnico profissional. qualitativamente.
formação de PETP.
- Competências do - Estudo de caso, entrevista, - Identificar competências - Mediante comparação de
professor formando no analise documental (estudo profissionalizantes, e didáticas competências qualitativamente.
ISDB de programas de formação) patentes nos planos curriculares
da ANEP. do ISDB.
- Historial de FPETP- - Bibliográfica - Referenciar o percurso de - Mediante comparação de formação
Moçambique formação docente de ETP em qualitativa.
Moçambique
- Área/Domínios de - Bibliográfica - Mencionar estudos de formação - Qualitativamente, mediante
formação de PETP de domínios didáticos em comparação de
- Domínios didáticos e formação de docentes de ETP formação.
científicos
Pág. 107
Bibliografia
DIPLOMA MINISTERIAL nº 138/2003 de 31 de Dezembro. (2003). Maputo,
Moçcambique: Imprensa Nacional.
Pág. 108
Manica, Sofala e Tete na República de Moçambique. Tese de Doutoramento. Beira,
Moçambique: UNIPIAGET.
GADOTTI, M. (2002). História das idéias pedagógicas (8 ed.). São Paulo: Ática.
Pág. 109
GIL, A. C. (2010). Como elaborar projecto de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Pág. 110
MESQUITA, E. (2011). Competências do professor-representações sobre a
formação e profissão. Lisboa: Edições Sílabo.
UNESCO. (1999). Educação e formação ao longo de toda vida: Uma ponte para o
futuro. Seul, República da Coréia: UNESCO.
Pág. 111
ANEXOS – A1
A – CARATERIZAÇÃO DO INQUERIDO/PROFESSOR
1. Habilitações?
a) Médio ( ) b) Bacharel ( ) c) Licenciado ( ) d) Mestre ( ) e) Doutor ( )
2. Qual é o curso que leciona? ___________, que instituição? _____________________
3. Frequentou o ensino técnico?
a) Sim ( ) b) Não ( )
4. Possui formação pedagogia?
a) Sim ( ) b) Não ( )
PARTE II
Com base nas suas opiniões que tem sobre critérios de desempenho 2, indique o grau de
implementação pelos professores nas escolas. Coloque um ( X ) na opção por si escolhida no
topo direto da tabela.
Implementam
Implementam
Implementam
Não Implementam
Indiferente
Nº
1. Critério de aprendizagem através de métodos ativos.
Totalmente
1 2 3 4 5
parcialmente
ocasionalmente
Pág. 112
5 Avalia o material didático produzido ou adaptado.
6 Avalia o processo de desenvolvimento dos materiais didáticos do projeto.
7 Planifica um processo de ensino-aprendizagem em grupo e baseado em projeto.
8 Conduz o processo de ensino-aprendizagem utilizando o método de projeto.
9 Usa habilidades de facilitação efetiva para desenvolver a interação do grupo.
1 Monitora e avalia a interação do grupo, estrutura e ritmo, resultados de
aprendizagem.
0
11 Planifica e organiza um processo de instrução e demonstração.
1 Prepara planos de sessões para um processo de instrução e demonstração.
2
1 Conduz efetivamente um processo de instrução e demonstração.
3
1 Aplica habilidades de facilitação e comunicação efetivas.
4
1 Monitora e avalia o desempenho dos formandos, do formador e do processo de
instrução e demonstração.
5
1 Identifica situações onde se pode aplicar o estudo de caso.
6
1 Planifica e organiza um estudo de caso.
7
1 Prepara planos de sessões para estudo de caso.
8
1 Conduz efetivamente um estudo de caso.
9
2 Demonstra capacidade de identificação e resolução e resolução de problemas
0
2 Estabelece um efetivo ambiente de aprendizagem baseado num local de trabalho.
1
2 Define um percurso de aprendizagem num local de trabalho
2
2 Monitora e identifica dificuldades no processo de aprendizagem
3
Não Implementam
Implementam Totalmente
Implementam ocasionalmente
Implementam parcialmente
Indiferente
Nº
2. Critério de psicopedagogia
Pág. 113
1 2 3 4 5
1 Reconhece as diferenças individuais dos formadores e colegas de trabalho.
2 Descreve os princípios de inclusão
3 Reconhece os direitos individuais e de confidencialidade
4 Assegura ambiente saudável e seguro
5 Define psicologia de aprendizagem
6 Reconhece os princípios da aprendizagem
7 Identifica os diferentes tipos e estilos de aprendizagem
8 Compara e discute as principais teorias de aprendizagem
9 Identifica a importância da psicologia da aprendizagem no processo de ensino-
aprendizagem
1 Adapta os objetivos e condições da aprendizagem às caraterísticas e
capacidades dos formandos
0
11 Identifica na unidade de competência profissional e no módulo os seus objetivos,
os elementos de competência, os resultados da aprendizagem, os critérios de
desempenho e as evidências requeridas.
1 Estima o tempo necessário para que os estudantes atinjam cada competência e
completem as evidências requeridas.
2
1 Seleciona as abordagens de ensino-aprendizagem a usar e decide sobre os
aspetos organizacionais a estabelecer para que cada resultado de aprendizagem
3
seja atingido no tempo planificado.
1 Decide sobre os momentos e tempos de avaliação e os aspetos organizacionais.
4
1 Identifica a bibliografia, textos de apoio e os instrumentos de avaliação formativa
e sumativas necessários.
5
1 Identifica recursos materiais necessários para a implementação no módulo.
6
1 Elabora o plano das sessões
7
1 Reconhece e interpreta os princípios de ética e deontologia profissional no
trabalho.
8
1 Identifica as consequências de atuar de uma forma não ética
9
2 Identifica os informes usados para o aconselhamento profissional
0
2 Explica as técnicas de aconselhamento de orientação profissional
Pág. 114
Implementam ocasionalmente
Implementam parcialmente
Implementam Totalmente
Não Implementam
Nº
3. Critério de ensino baseado em competências
Indiferente
1 2 3 4 5
1 Identifica os objetivos, missão e normas do sistema da educação profissional no
país.
2 Cria um banco de dados documental sobre as normas da educação profissional.
3 Relaciona a informação referente ao sistema da educação profissional no país
com o da instituição de educação profissional.
4 Explica o conceito de competência.
5 Discute a importância de competências na economia e no mundo de trabalho.
6 Diferencia competências de qualificações.
7 Alista as caraterísticas e princípios fundamentais de um currículo baseado em
competência.
8 Discute as responsabilidades do Governo, Indústrias e Educação nas formações
baseadas em competências.
9 Explica o papel do formador num currículo baseado em competência.
1 Explica o papel do gestor de uma instituição de educação profissional que
implementa o currículo baseado em competência.
0
11 Menciona exemplos concreto de informações baseados em competências em
Moçambique.
1 Define as caraterísticas do Quadro Nacional de Qualificações da Educação
Profissional em Moçambique.
2
1 Define uma qualificação, explica os princípios que as regem e identifica a sua
estrutura.
3
1 Define uma unidade curricular padrão, explica as normas a aplicar no
desenvolvimento das unidades curriculares padrões.
4
1 Identifica os modelos e estruturas das unidades curriculares padrões.
5
1 Explica o processo de desenvolvimento das qualificações e das unidades
curriculares padrões.
6
1 Identifica os objetivos da comunicação com empresas, unidades de produção ou
empregadores.
7
1 Identifica as necessidades e/ou expectativas dos formadores, dos formados e das
empresas, unidade de produção ou instituição empregadora.
8
1 Usa estratégias de comunicação apropriadas à empresa, unidade de produção ou
instituição empregadora.
9
Pág. 115
2 Cria ambiente favorável à comunicação efetiva com os membros das empresas,
unidades de produção ou empregadores.
0
2 Anota e usa os principais regulamentos e normas com os técnicos das empresas,
unidades de produção ou empregadores.
1
Implementam Totalmente
Implementam ocasionalmente
Implementam parcialmente
Não Implementam
Indiferente
Nº
4. Critério de desempenho de avaliar competências
1 2 3 4 5
1 Carateriza os diferentes tipos de avaliação da aprendizagem.
2 Carateriza os princípios e processo de avaliação por competências.
3 Avalia a coerência entre o exercício docente e as formas de avaliação.
4 Reflete sobre as suas práticas de avaliação.
5 Determina o foco da avaliação
6 Prepara o plano de avaliação
7 Contextualiza e revê o plano de avaliação.
8 Organiza os procedimentos de avaliação.
9 Determina a importância dos diferentes instrumentos de avaliação.
1 Elabora instrumentos de avaliação, de acordo as evidências que se pretende
recolher e os princípios da avaliação.
0
11 Elabora um instrumento de avaliação para um projeto (avaliação) integrado.
1 Testas os instrumentos de avaliação em situações concretas de ensino
aprendizagem.
2
1 Revê os instrumentos de avaliação
3
1 Arquiva os instrumentos validados adequadamente para utilização futura, de
acordo com os regulamentos em vigor.
4
1 Estabelece o ambiente de avaliação.
5
1 Aplica os instrumentos de avaliação em situações concretas de ensino-
aprendizagem, dá instruções claras aos alunos para a utilização de instrumentos
6
de avaliação e recolha de evidências.
1 Analisa os resultados (ajuizar a evidência).
7
1 Elabora o relatório sobre os resultados da avaliação.
8
1 Revê o processo de avaliação.
Pág. 116
9
2 Prepara a verificação interna de um módulo.
0
2 Confirma a validade, praticabilidade, alcançabilidade e fiabilidade dos
instrumentos de avaliação.
1
2 Verifica a consistência, autenticidade e justeza das avaliações.
2
2 Assegura que os registos da verificação interna estão corretos e completos
3
2 Define ações de seguimento e elabora o relatório do processo de verificação
interna, formação e avaliação do módulo.
4
Com base nas suas opiniões que tem sobre o processo de ensino- aprendizagem indique
o grau concordância ou discordância que tem sobre incompreensão das matérias dos alunos.
Coloque um ( X ) na opção por si escolhida no topo direto da tabela.
Discordo
Concordo
Não discordo Nem
Concordo
Discordo
Nº Opções de Resposta
Totalmente
Totalmente
1 2 3 4 5
1 As escolas técnicas não possuem laboratórios de didática. concordo
2 Os professores das escolas técnicas não têm formação didáticas para ensino.
3 As escolas não respeitam a carga horária máxima do professor.
4 Os professores não planificam protótipos de meios didáticos, consoante o grupo
alvo.
5 As escolas de formação de professores de ensino técnico não realizam estágios
pedagógicos suficientes.
6 Os professores não têm orientação vocacional para o exercício da atividade
7 As escolas ultrapassam o número máximo exigido por turma.
8 Ausências nas escolas de livros didáticos por disciplina
9 O modelo de formação de professor de ensino técnico não se adequa ao contexto
atual.
1 A falta de planificação da matéria pelo professor
0
11 Ausência do domínio científico da matéria
1 Ausência do domínio prático ou saber fazer
Pág. 117
1 A falta da sequência lógica na abordagem do conteúdo
Pág. 118
ANEXO - A2
Objetivos:
Atenciosamente.
PARTE I
A – CARATERIZAÇÃO DO INQUERIDO/FORMANDO
1. Sexo: a) M ( ) b) F( )
3. Profissão:
a) Docente ( ) c) Desempregado ( )
b) Estudante ( ) d) Outro ( )
PARTE II
Pág. 119
A. Motivações dos formandos para frequência dos cursos de professores de
ensino tecnico.
Com base nas suas convicções, indique o grau concordância ou discordância da sua
motivação ou necessidades de aprendizagem para frequentares o curso. Coloque um ( X ) na
opção por si escolhida no topo direto da tabela.
Discordo
Concordo
Não discordo Nem
Concordo
Discordo
Nº Opções de Resposta
Totalmente
Totalmente
1 2 3 4 5
1 Facilidade de emprego
concordo
2 Contribuir para o desenvolvimento de ensino na área profissional
3 Vocação profissional
4 Aumento de conhecimentos de procedimentos de ensino
5 Opção familiar
6 Aumentar o currículo profissional
7 Apenas para não me encontra livre.
8 Aumento de conhecimento científico
9 Qualificação profissional
1 Aperfeiçoamento de técnicas de ensino profissional
0
11 Visão para o empreendedorismo
1 Procura de reconhecimento profissional
2
1 Salários e bonificações
Com base nas suas opiniões sobre o processo de ensino- aprendizagem, indique o grau
concordância ou discordância da incompreensão das matérias. Coloque um ( X ) na opção por
si escolhida no topo direto da tabela.
Pág. 120
Não discordo Nem
Discordo
Concordo
Concordo
Discordo
Nº Opções de Resposta
Totalmente
Totalmente
1 2 3 4 5
1 Nas escolas de formação de professores para o ensino técnico não se realizam
concordo
simulações de aulas aos formandos.
2 A falta de disseminação de aulas de didáticas nas disciplinas técnicas.
3 A falta de laboratórios de didáticas de disciplinas técnicas
4 Os professores não abordam matérias para ensinar
5 A falta de estágios pedagógicos
6 A superlotação das turmas
7 Os cursos não despertam interesse para vida do dia a dia ausência de saber
fazer
8 A falta de exercícios de planificação da matéria para o professor
9 Ausência de exercícios de sistematização temáticas de conteúdos
1 As matérias não são compreensíveis
0
11 Os professores não explicam claramente as matérias
1 Falta de leitura em grupo
2
1 Os professores não dão aulas
3
1 Não tem livros didáticos para as matérias que estudamos
4
1 A metodologia e métodos pedagógicos utilizadas pelos professores
5
1 O ambiente não é favorável para aprendizagem
6
1 A falta de técnicas de preparação de matérias em grupo
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Pág. 121
Objetivo
Caro MESTP
Atenciosamente.
Foi aprovada uma Lei para nortear o modelo de Educação Profissional que introduz uma
Autoridade Nacional de Educação com funções regulatórias e de garantia de qualidade do
sistema.
Pág. 122
a) Face esta reforma quais são as instituições do ensino público que atualmente
asseguram a implementação desta orientação na perspectiva de formação?
R.__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
b) Das pesquisas feitas, uma das instituições que formam professores para ensino técnico
profissional é o Instituto Superior Dom Bosco. Qual tem sido a alternativa viável do
ministério para o incremento dessas instituições de formação?
R.__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
R.__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
R.__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
e) Até então uma das instituições muito realçadas para formação de professor de ensino
técnico profissional é o Instituto Superior Dom Bosco de (índole privada). existe um
plano concreto de criação de instituições públicas para formação de professores do
ensino técnico profissional de nível básico e médio em Moçambique?
R.__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Pág. 123
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
R.__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
g) Quais são os aspetos indispensáveis que julga serem importantes para o próximo plano
estratégico do MESTP no concernente a formação de professores do ensino técnico
profissional.
R.__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
R.__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Pág. 124
ANEXO B.2
Objetivos:
Caro MESTP
Atenciosamente.
R._____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
R._____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Pág. 125
c) Tratando se de um instituto que forma professores para o ensino, aonde é que os
formadores do ISDB, se formaram em matérias para o ensino?
R._____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
R._____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
e) Quais são as expetativas que dispõem sobre a formação do professor do ensino técnico
profissional para o processo de ensino aprendizagem no contexto moçambicano?
R._____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
R._____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Pág. 126
NB: OBJETIVOS PARA RESPETIVO INQUÉRITO
Objetivo:
(Anexo- A2 )
objetivos:
-Descrever as dificuldades dos professores e formandos do curso de professores
ensino técnico profissional em Moçambique na abordagem e compreensão das matérias-;
Pág. 127
O ENSINO TÉCNICO E PROFISSIONAL PÓS-GUERRA CIVIL (3º MOMENTO DE 1994 -
2001)
Foi durante este período que se aprovou a Política Nacional de Educação (PNE), em
1995, primeiro Plano Estratégico da Educação (PEE I), em 1998 e se preparou e aprovou a
Estratégia do Ensino Técnico Profissional, em 2001. citar
Perante uma nova realidade política e sócio económica do país, tornou-se necessário
proceder a mudanças no ETP, no sentido de adapta-lo a esta nova conjuntura. Houve um
reforço e uma nova direção para o ETP, que passou pela qualificação, estruturação,
organização, revisão curricular, definição de novas metodologias, critérios e métodos de
avaliação, de seleção e de ingresso.
Pág. 128
O novo século inicia-se com o ressuscitar do ensino técnico, com a aposta e apoio
interno e internacional a este tipo de ensino, considerando-o fundamental para o
desenvolvimento de Moçambique. citar
Assumiu-se como missão para este tipo de ensino “garantir aos cidadãos o acesso a
uma formação científico-técnica altamente qualificada, para responder às necessidades do
desenvolvimento económico e social” de Moçambique (Governo de Moçambique,2001:27)
e como visão a transformação do ETP, num subsistema mais flexível, articulado, inovador,
dinâmico, autónomo e sustentável; que seja reconhecido, valorizado, comparticipado por
todos os parceiros sociais; com capacidade de adaptação e respostas às mudanças;
acessível a todos; com oferta de programas de formação flexíveis, que promovam
competências profissionais, relevantes, preparem os indivíduos para o mundo de mercado
e para a vida, contribuindo para o Desenvolvimento dos Recursos Humanos de
Moçambique e com um sistema de Avaliação e Certificação adequados. Os objetivos
estratégicos delineados vão ao encontro dos objetivos do PEE.
Pág. 129
nomeadamente governo e parceiros sociais, assim como contribuir para satisfação da
procura de habilidades e competências profissionais no mercado de trabalho e de emprego
que vise aumentar os níveis de produtividade e de rendimento.
Para que fosse possível a concretização da missão e visão propostas para o ETP,
foram definidos três grandes objetivos e para cada um deles seis ações a implementar,
com base em diversos indicadores (Governo de Moçambique,2001:28-36). O primeiro
objetivo seria “aumentar o acesso às oportunidades de Educação TécnicoProfissional a um
Pág. 130
número cada vez maior de cidadãos e reduzir as disparidades geográficas e de género”
(Governo de Moçambique, 2001:28).
Pág. 131
e participação dos parceiros sociais, na tomada de decisões sobre o desenvolvimento do
subsistema” (Governo de Moçambique, 2001:33).
Para se atingir este objetivo foram delineadas várias ações, tais como: reorganizar e
proceder à capacitação institucional; rever o quadro legal e normativo; aumentar e
diversificar as fontes e mecanismos de financiamento; distribuir e garantir utilização
racional dos recursos financeiros; estabelecer um adequado sistema de planificação;
monitoria e avaliação e estabelecer um novo sistema de organização e gestão escolar.
Pág. 132
Um outro grande desafio que se colocou e coloca ao ETP é o impacto do HIV/SIDA
na perda de professores e estudantes que muitas vezes desistem da escola devido à
morte/doença dos pais.
- sua função social, pois assegura a formação integral dos jovens e trabalhadores
preparando-os para o exercício de uma profissão numa especialidade, mas sempre dentro
das exigências qualitativas e quantitativas da planificação e do desenvolvimento da
economia e da sociedade;
- carácter terminal da formação, uma vez que a formação geral e básica confina-se às
exigências da educação técnico-profissional, sem perder a sua estrutura e solidez
científica; os graduados de cada nível incorporam-se prioritariamente nos serviços e na
produção e o prosseguimento dos estudos é possível sem abandonar o exercício da
profissão.
Este subsistema tem como população alvo: os jovens em idade escolar e pré-laboral
que provêm do subsistema do Educação Geral; os adultos sem qualificação profissional
que provêm do subsistema de Educação de Adultos; os trabalhadores adultos que têm
toda uma vasta gama de habilitações escolares e profissionais.
Pág. 133
força de trabalho qualificada nos vários sectores socioeconómicos, conferindo-lhes
capacidades, elevando e valorizando de modo continuo o nível científico e técnico, sempre
com o objetivo de aumentar a produção e os índices de produtividade;
A introdução deste subsistema veio provocar alterações não só a nível estrutural, mas
também na transformação de métodos, conteúdos (político-ideológico e científico-técnico);
houve ainda mudanças na direção, na organização e articulação com os Subsistemas de
Educação de Adultos e com os sectores laborais.
Pág. 134
domínio do Ensino Técnico-Profissional para Adultos: na formação de adultos, em
regime noturno, regular, cursos dirigidos ou à distância, em escolas, centros e institutos,
com características gerais do domínio do ETP e duração dos cursos comparável à dos
jovens, com maior ênfase na formação geral e teórica. A formação de professores,
instrutores e monitores para as disciplinas das especialidades técnico-profissionais é
executada no âmbito do Subsistema de Educação Técnico-Profissional, sob a orientação
metodológica do Subsistema de Formação de Professores. Estrutura-se em dois níveis: o
Nível Médio, com três a quatro anos de formação, tendo como habilitações de ingresso o
2º nível do Subsistema de Educação Geral e onde se realiza a formação inicial dos
professores de práticas de especialidade da Educação Técnico-Profissional e o Nível
Superior, com a duração de quatro a cinco anos e habilitações de ingresso o 3º nível/Pré-
Universitário do Subsistema de Educação Geral ou o nível Médio-Técnico. citar
Ensino Médio Técnico e Profissional: que se faz após a conclusão do 2º nível (10ª
Classe) dos subsistemas de Educação Geral, de Educação de Adultos, ou de Educação
Técnico-Profissional, mediante a realização de um exame de admissão, com um tempo de
formação compreendido entre 3900 e 4800, distribuídas ao longo de 2 a 4 anos, conferindo
um nível escolar equivalente ao 3º nível (12ª Classe) do subsistema de educação Geral e
permitindo o ingresso no Subsistema de Educação Superior ou no nível Superior do
Subsistema de Formação de Professores.
Pág. 135
A organização curricular dos cursos ministrados nas instituições de ensino técnico
compreende quatro áreas: a formação geral e a formação básica, que por sua vez se
divide em básica específica e da especialidade (Governo de Moçambique, 2001:13).
Pág. 136
nomeadamente, Departamento Técnico Pedagógico, Departamento da Direção e Gestão
Escolar e Departamento de Apoio Técnico.
O seguinte quadro, quadro II.1, mostra-nos a evolução das diferentes escolas e dos
alunos matriculados no ETP.
Pág. 137
Pág. 138
Pág. 139