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ALUNO: MARCUS FILIPPE LEAL LACERDA

EXCELENTISSIMO SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, pessoa jurídica de direito privado,


entidade de âmbito nacional, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede em..., por seu advogado
infra-assinado..., com escritório..., endereço que indica para os fins do art. 39, I do CPC, vem
propor a presente AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, com fundamento no art. 102,
I, “a”, da CRFB/88 e na Lei nº 9.868/99, em face da lei..., pelos motivos abaixo expostos.

I – DO OBJETO

Trata-se de norma editada pelo Estado KWY, determinando a gratuidade dos


estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados,
hipermercados, shopping centers, determinando multas pelo descumprimento, estabelecendo
gradação nas punições administrativas.

A lei designa ainda o PROCON como órgão responsável pela fiscalização dos
estabelecimentos que ficam obrigados pela lei em questão.

Irresignada com a possível ilegalidade, a autora propõe a presente Ação Direta de


Inconstitucionalidade

II – DA LEGIMITIMIDADE ATIVA

A Confederação Nacional do Comércio é legitimada especial elencada no Art. 103,


inciso IX.

Trata-se de Confederação nacional de defesa dos comerciários, nos interesses


objetivos e subjetivos. Atentou-se para o imenso prejuízo que a medida inconstitucional traria
a todos os comerciantes do Estado KWY, impondo-se a propositura da presente Ação como
única medida cabível.

Portanto comprovada a legitimidade ativa e estando presente a pertinência temática, a


presente Ação Direta de Inconstitucionalidade deve ser conhecida.

III – DOS FUNDAMENTOS

A norma estadual é afronta de diversas maneiras a Constituição da República e 1988.


A Ação Direta de Inconstitucionalidade é meio cabível para sanar atos normativos que
vão a desencontro com a Carta Maior, competindo ao Supremo Tribunal Federal o Julgamento.

Cumpre ressaltar que trata-se de matéria de direito civil, em que somente a União
teria a competência para legislar, por força do Art. 22, inciso I da CRFB/88.

Isto porque, há clara violação ao direito de propriedade, vez que o Estado legisla no
sentido de ordenar procedimentos em estabelecimentos privados. O direito de propriedade
privada está previsto no Art. 5º XXII da CRFB/88.

Não pode o Estado legislar sobre o uso da propriedade privada bem como usurpar a
competência de outro ente da federação, razão pela qual a Ação Direta de
Inconstitucionalidade deve ser julgada procedente.

IV – DA MEDIDA LIMINAR

Demonstra-se necessário o deferimento do pedido liminar.

Pelos elementos colacionados na inicial, demonstra-se provas e elementos de


informação capazes de convencer o entendimento dos Doutos julgadores, tendo em vista a
ampla demonstração do direito, presente desta forma o fomus boni iuris que pode fomentar a
suspensão do ato normativo impugnado até o julgamento final da ADI.

Mostra-se também imperioso que o ato normativo seja suspenso imediatamente,


tendo em vista que os danos aos comerciários do Estado KWY serão de difícil reparação,
presente também o periculum in mora, ensejando a suspensão da Lei publicada pelo Estado
KWY.

V - DOS PEDIDOS

Em face do exposto, a Confederação requer:

a) a concessão da medida cautelar inaudita altera pars conforme o Art. 12 da Lei


9868/99 e que ao final seja julgado procedente o pedido e declarada a inconstitucionalidade
da norma impugnada;

b) a juntada dos documentos em anexo;

c) que sejam solicitadas informações ao Governador do Estado e à Assembleia


Legislativa estadual;

d) a citação do Advogado Geral da União;

e) a oitiva do Procurador-Geral da República.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins procedimentais.

Termos em que, pede deferimento.

Local e data

Advogado
OAB n.º...

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