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MARCO ANDRE DE CARVALHO MENEGON 03924597367 MARCO ANDRE DE CARVALHO MENEGON 03924597367 M

SEMANA 01
TREINAMENTO

Caderno de Questões e Comentários


CADERNO SEMANAL DE
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SEMANA 01/14
DELEGADO TOCANTINS
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SEMANA 01/14

QUESTÕES

1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as velocidades do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

O Direito Penal de 2ª velocidade busca a máxima proteção da segurança social, por isso consiste na
flexibilização de garantias penais e processuais penais, a fim de que a privação de liberdade possa ser
realizada de forma célere, de modo a neutralizar os potenciais transgressores do convício social.

2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as velocidades do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

O Direito Penal de 3ª velocidade caracteriza-se pelo momento histórico de expansão do Direito Penal do
Inimigo, desenvolvido por Günther Jakobs e sua visão de um Funcionalismo Radical (ou Sistêmico, ou
Normativista) do Direito Penal, o qual deve conter a missão de assegurar a vigência do sistema por meio da
inviolabilidade das normas.

3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as velocidades do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

Há doutrina que sustenta o desenvolvimento do Direito Penal para uma 4ª velocidade. Trata-se de aplicação,
com nítida restrição de garantias individuais, do Direito Penal aplicado em âmbito internacional, em
decorrência do julgamento de Chefes de Estados que causaram grandes violações de Direitos Humanos.

4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as fontes do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

A doutrina classifica as fontes do Direito Penal como “material” e “formal”, sendo esta ligada à espécie da
norma legislativa a ser produzida e aquela relacionada com o órgão designado para a elaboração da
legislação.

5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

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SEMANA 01/14

Sobre as fontes do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

Tendo em vista que a fonte de produção do Direito Penal brasileiro compete privativamente à União (art. 22,
CRFB/88), os Estados-Membros nunca poderão produzir lei penal, sob pena de manifesta
inconstitucionalidade formal.

6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as fontes do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

São falsas todas estas assertivas: i) “é legítima a Medida Provisória que versa sobre Direito Penal, desde que
não estejam presentes intervenção federal, estado de sítio ou estado de defesa”; ii) “é vedada a analogia em
sede de Direito Penal”; e iii) “o Objeto Jurídico da infração penal é a própria pessoa ou coisa sobre a qual
recai a conduta do agente; ao passo que o Objeto Material da infração penal está relacionado com o bem
jurídico tutelado.”

7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os conceitos introdutórios acerca do estudo do Direito Penal, julgue o item abaixo:

A analogia é um meio de interpretação da norma, por meio da qual se vale o intérprete para suprir uma
lacuna (vazio) do direito positivo, de modo a integrá-lo com elementos semelhantes a serem buscados no
próprio ordenamento jurídico.

8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os conceitos introdutórios acerca do estudo do Direito Penal, julgue o item abaixo:

O Princípio da Soberania resguarda a aplicabilidade estatal do jus puniendi, por isso, desde que não existam
penas desumanas, não há limitações ao direito de punir.

9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os conceitos introdutórios acerca do estudo do Direito Penal, julgue o item abaixo:

As leis penais podem ser classificadas como incriminadoras e não incriminadoras.

10. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA


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Sobre os conceitos introdutórios acerca do estudo do Direito Penal, julgue o item abaixo:

A denominada “Lei Penal Anômala” é aquela de cunho híbrido, cujo teor carrega ordem direta (ex. não
matarás.) e também ordem indireta (ex. matar alguém.).

11. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:

O Princípio do Contraditório (Nulla Probatio Sine Defensione) representa a garantia de confrontação da prova
e comprovação da verdade, com base no conflito, disciplinado e ritualizado, entre a acusação e a defesa,
sendo desta o direito de refutar a hipótese probatória, mediante contestação e apresentação de
contraprovas.

12. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos estudos sobre os Sistemas Processuais Penais e a Teoria do Garantismo, julgue o item abaixo:

O chamado Princípio Unificador é aquele que tem por objetivo proporcionar coerência aos diversos
elementos do Sistema Processual Penal, pois não há Sistema Puro. O que importa é a identificação do seu
núcleo fundante.

13. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos estudos sobre os Sistemas Processuais Penais e a Teoria do Garantismo, julgue o item abaixo:

O Garantismo Processual Penal é o modelo normativo desenvolvido pelo italiano Luigi Ferrajoli que visa
assegurar a observância ordenamento jurídico, em especial dos direitos fundamentais, reduzindo ao máximo
o poder punitivo e o arbítrio estatal.

14. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos estudos sobre os Sistemas Processuais Penais e a Teoria do Garantismo, julgue o item abaixo:

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Contrariamente aos Modelos Garantistas, os Modelos Antigarantista buscam a Verdade Processual, ou seja,
a verdade absoluta e onicompreensiva em relação às pessoas investigadas, numa concepção autoritária e
irracionalista do processo penal.

15. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei
Processual Penal, julgue o item abaixo:

A finalidade mediata da Lei Processual Penal é viabilizar a aplicação do Direito Penal ao caso concreto. Já a
Finalidade Imediata é alcançar a pacificação social com a solução dos conflitos de natureza criminal.

16. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao conflito aparente de normas, julgue o item abaixo:

O Princípio da alternatividade relaciona-se aos crimes de ação múltipla, aqueles que apresentam mais de um
verbo no tipo penal, prevendo mais de uma conduta. Assim, haverá somente a prática de um único crime,
independentemente da quantidade de condutas que o agente praticou.

17. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação a disciplina da norma penal, julgue o item abaixo:

Norma penal em branco não se confunde com a norma penal ao reverso, porquanto naquela a necessidade
de complemento encontra-se no preceito primário da lei penal incriminadora, já nesta a remissão quanto ao
complemento normativo mostra-se no preceito secundário da norma.

18. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação a disciplina da norma penal, julgue o item abaixo:

Tipos Penais Abertos são aqueles que dependem de complemento valorativo, atribuído ao interprete, diante
da análise do caso em concreto. Os tipos penais culposos (art. 18, II, CP), via de regra, são, por excelência,
tipos abertos, já que o conceito de “imprudência, negligência e imperícia” dependem da valoração do
exegeta.
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19. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação a disciplina da norma penal, julgue o item abaixo:

A norma penal em branco, também alcunhada de lei cega, subdivide-se em heterogênea (ou própria, ou em
sentido estrito) e em homogênea (ou imprópria, ou em sentido amplo). Por sua vez, a norma penal em branco
heterogênea divide-se em homovitelina e em heterovitelina.

20. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação a disciplina da norma penal, julgue o item abaixo:

As normas penais não incriminadoras permissivas podem ser justificantes (excludentes de ilicitude) ou
exculpantes (eximentes de culpabilidade).

21. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

No que se refere aos tratados e convenções internacionais, julgue o item abaixo:

Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal excluem outros decorrentes dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

22. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal, julgue o item abaixo:

Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
inclusive se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei.

23. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal, julgue o item abaixo:

São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização apenas pelo dano material decorrente de sua violação.

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24. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal, julgue o item abaixo:

A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, a qualquer hora, por
determinação judicial.

25. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal, julgue o item abaixo:

Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

26. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal, julgue o item abaixo:

No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior em qualquer caso.

27. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos e deveres fundamentais, julgue o item abaixo:

A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais coloca referidos direitos como um “norte de eficácia
irradiante” que fundamenta todo o ordenamento jurídico.

28. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos e deveres fundamentais, julgue o item abaixo:

Os deveres constitucionais são voltados não apenas para os particulares, mas t ambém para o Estado e
para entidades sem personalidade jurídica, como, por exemplo, a coletividade e a família.

29. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA


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Acerca dos direitos e deveres fundamentais, julgue o item abaixo:

São titulares dos direitos fundamentais os brasileiros natos e naturalizad os, bem como os estrangeiros
residentes no país. Além disso, o STF ainda assegura aos estrangeiros não residentes a titularidade de
alguns direitos previstos na Constituição.

30. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos e deveres fundamentais, julgue o item abaixo:

Não existe hierarquia entre os direitos fundamentais.

31. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

A respeito do regime jurídico no direito administrativo, julgue o item abaixo:

O que distingue, fundamentalmente, os órgãos da Administração Direta Federal das entidades da


Administração Indireta é o fato de integrarem ou não a estrutura orgânica da União Federal.

32. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

A respeito do regime jurídico no direito administrativo, julgue o item abaixo:

De modo muito distinto das relações privadas, não se submete ao regime jurídico-administrativo a concessão
de alvará de funcionamento para estabelecimento comercial pela Prefeitura Municipal.

33. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

A respeito do regime jurídico no direito administrativo, julgue o item abaixo:

Por decorrência do regime jurídico- administrativo, é possível que o Poder Público celebre acordos judiciais,
sem a expressa autorização legislativa.

34. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

A respeito do regime jurídico no direito administrativo, julgue o item abaixo:

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As relações entre entidades públicas estatais, de mesmo nível hierárquico, não se vinculam ao regime
jurídico-administrativo, em virtude de sua horizontalidade.

35. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Analisando-se os princípios básicos que norteiam o Direito administrativo, julgue o item abaixo:

O regime jurídico-administrativo é entendido como um conjunto de regras e princípios que informa a atuação
do Poder Público no exercício de suas funções de realização do interesse público.

36. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Analisando-se os princípios básicos que norteiam o Direito administrativo, julgue o item abaixo:

Na evolução do conceito de Direito Administrativo, surge a Escola do Serviço Público, que se desenvolveu em
torno de duas concepções. Na concepção de Léon Duguit, o Serviço Público deveria ser entendido em sentido
estrito, abrangendo toda a atividade material, submetida a regime exorbitante do direito comum,
desenvolvida pelo Estado para a satisfação de necessidades da coletividade.

37. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Analisando-se os princípios básicos que norteiam o Direito administrativo, julgue o item abaixo:

A expressão administração pública admite diversos significados. De acordo com a doutrina, em seu sentido
material ou funcional, Administração Pública, enquanto finalidade do Estado, não abrange a polícia
administrativa.

38. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Analisando-se os princípios básicos que norteiam o Direito administrativo, julgue o item abaixo:

A administração pública federal brasileira indireta é composta por autarquias, fundações, sociedades de
economia mista, empresas públicas e entidades paraestatais.

39. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Analisando-se os princípios básicos que norteiam o Direito administrativo, julgue o item abaixo:

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Diferentemente das pessoas jurídicas de direito privado, as entidades da administração pública indireta de
personalidade jurídica de direito público são criadas por decreto.

40. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da interpretação do Direito administrativo, julgue o item abaixo:

Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos
sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

41. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Para a prática dos crimes de abuso de autoridade, não se faz necessário que o agente atue com a finalidade
específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou
satisfação pessoal.

42. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Membros do Poder Judiciário e do Ministério Público não podem ser sujeitos ativos dos delitos previstos na
referida lei.

43. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

São efeitos da condenação por tais crimes: tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime,
devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; a inabilitação para o exercício de cargo,
mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos. Tais efeitos são condicionados à
ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados
motivadamente na sentença.

44. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

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De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal é delito de
médio potencial ofensivo previsto na Nova Lei de Abuso de Autoridade.

45. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Configura crime de abuso de autoridade a conduta de decretar a condução coercitiva de investigado


manifestamente descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo. A conduta descrita,
tratando-se de testemunha, não se enquadra na Lei de Abuso de Autoridade, ante o dever legal de
comparecimento estabelecido no Código de Processo Penal.

46. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de
culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação, é crime tipificado na Lei de Abuso de
Autoridade.

47. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

A conduta de prosseguir com o interrogatório de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio é
tipificada como crime de abuso de autoridade.

48. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

É típica a conduta de impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado.

49. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:
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Incorre em abuso de autoridade o Delegado de Polícia que, por meio de seu Instagram, promova atribuição
de culpa a investigado em um inquérito policial ainda não finalizado.

50. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item:

É crime de abuso de autoridade praticado por uma autoridade policial a divulgação dolosa de trecho de
gravação de depoimento de ofendido, sem relação com a prova que se pretenda produzir durante o
inquérito, em que há a violação à honra e imagem da vítima.

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COMENTÁRIOS

1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as velocidades do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

O Direito Penal de 2ª velocidade busca a máxima proteção da segurança social, por isso consiste na
flexibilização de garantias penais e processuais penais, a fim de que a privação de liberdade possa ser
realizada de forma célere, de modo a neutralizar os potenciais transgressores do convício social.

COMENTÁRIO
A assertiva apresenta o conceito do Direito Penal de 3ª Velocidade. Impende ressaltar que o Direito Penal
de 2ª Velocidade consiste em um modelo “reparador”, haja vista a relativização de garantias penais e
processuais para que ocorra, de forma célere, a substituição das penas restritivas de liberdade por sanções
alternativas (não encarceradoras) que restaurem os prejuízos.

GABARITO: Errado

2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as velocidades do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

O Direito Penal de 3ª velocidade caracteriza-se pelo momento histórico de expansão do Direito Penal do
Inimigo, desenvolvido por Günther Jakobs e sua visão de um Funcionalismo Radical (ou Sistêmico, ou
Normativista) do Direito Penal, o qual deve conter a missão de assegurar a vigência do sistema por meio da
inviolabilidade das normas.

COMENTÁRIO
A assertiva apresenta corretamente a definição do Direito Penal de 3ª velocidade.

GABARITO: Certo

3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as velocidades do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

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Há doutrina que sustenta o desenvolvimento do Direito Penal para uma 4ª velocidade. Trata-se de aplicação,
com nítida restrição de garantias individuais, do Direito Penal aplicado em âmbito internacional, em
decorrência do julgamento de Chefes de Estados que causaram grandes violações de Direitos Humanos.

COMENTÁRIO
A assertiva apresenta corretamente a definição do Direito Penal de 4ª velocidade.

GABARITO: Certo

4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as fontes do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

A doutrina classifica as fontes do Direito Penal como “material” e “formal”, sendo esta ligada à espécie da
norma legislativa a ser produzida e aquela relacionada com o órgão designado para a elaboração da
legislação.

COMENTÁRIO
Recorda-se, ainda, que Fonte Material é sinônima de Fonte de Produção. A Fonte Formal também é
denominada Fonte de Conhecimento ou de Cognição.

GABARITO: Certo

5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as fontes do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

Tendo em vista que a fonte de produção do Direito Penal brasileiro compete privativamente à União (art. 22,
CRFB/88), os Estados-Membros nunca poderão produzir lei penal, sob pena de manifesta
inconstitucionalidade formal.

COMENTÁRIO
O parágrafo único do artigo 22 da CRFB/88 permite que o rol de matéria de competência legislativa
privativa da União, no qual se inclui o Direito Penal (art. 22, I, CRFB/88), pode ser delegado aos Estados,
desde que seja sobre questões específicas, seja por meio de LC e não viole a homogeneidade da Forma
Federativa: “Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.”

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GABARITO: Errado

6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre as fontes do Direito Penal, conforme classificação doutrinária, julgue o item abaixo:

São falsas todas estas assertivas: i) “é legítima a Medida Provisória que versa sobre Direito Penal, desde que
não estejam presentes intervenção federal, estado de sítio ou estado de defesa”; ii) “é vedada a analogia em
sede de Direito Penal”; e iii) “o Objeto Jurídico da infração penal é a própria pessoa ou coisa sobre a qual
recai a conduta do agente; ao passo que o Objeto Material da infração penal está relacionado com o bem
jurídico tutelado.”

COMENTÁRIO
Recorda-se que: veda-se Medida Provisória sobre Direito Penal em qualquer hipótese (art. 62, § 1º, I, “b”,
CRFB/88); é plenamente possível a analogia em sede de Direito Penal, desde que não seja in malan partem,
ou seja, perfeitamente admissível o uso da analogia favor rei (em prol do agente); O Objeto Material
relaciona-se com a pessoa/coisa (ex. carteira) e o Objeto Jurídico relaciona-se com o bem jurídico tutelado
(ex. patrimônio).

GABARITO: Certo

7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os conceitos introdutórios acerca do estudo do Direito Penal, julgue o item abaixo:

A analogia é um meio de interpretação da norma, por meio da qual se vale o intérprete para suprir uma
lacuna (vazio) do direito positivo, de modo a integrá-lo com elementos semelhantes a serem buscados no
próprio ordenamento jurídico.

COMENTÁRIO
O erro consiste na primeira parte da assertiva, pois a analogia não é meio ou forma de “interpretação” da
norma, mas um verdadeiro mecanismo de integração normativa.

GABARITO: Errado

8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

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Sobre os conceitos introdutórios acerca do estudo do Direito Penal, julgue o item abaixo:

O Princípio da Soberania resguarda a aplicabilidade estatal do jus puniendi, por isso, desde que não existam
penas desumanas, não há limitações ao direito de punir.

COMENTÁRIO
Em verdade, a doutrina aponta três limitações ao exercício do jus puniendi: a) limite temporal, que se
observa por meio das regras de prescrição; b) limite espacial, por meio do qual se aplica, como regra, a
Territorialidade; e c) limite modal, que consiste na questão da humanização das penas.

GABARITO: Errado

9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os conceitos introdutórios acerca do estudo do Direito Penal, julgue o item abaixo:

As leis penais podem ser classificadas como incriminadoras e não incriminadoras.

COMENTÁRIO
De fato, as leis penais são classificadas como Incriminadoras (proibitivas e mandamentais) e não
incriminadoras (permissiva, explicativa e complementar).

GABARITO: Certo

10. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os conceitos introdutórios acerca do estudo do Direito Penal, julgue o item abaixo:

A denominada “Lei Penal Anômala” é aquela de cunho híbrido, cujo teor carrega ordem direta (ex. não
matarás.) e também ordem indireta (ex. matar alguém.).

COMENTÁRIO
Os modelos legislativos de elaboração de uma norma incriminadora são de ordem direta ou de ordem
indireta, mas tal técnica legislativa não possui qualquer relação com a chamada Lei Penal Anômala, que é
o termo doutrinariamente utilizado para denominar as leis que concedem Anistia (art. 48, VIII, CRFB/88).

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GABARITO: Errado

11. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:

O Princípio do Contraditório (Nulla Probatio Sine Defensione) representa a garantia de confrontação da prova
e comprovação da verdade, com base no conflito, disciplinado e ritualizado, entre a acusação e a defesa,
sendo desta o direito de refutar a hipótese probatória, mediante contestação e apresentação de
contraprovas.

COMENTÁRIO
Um dos axiomas processuais de Ferrajoli é o Princípio do Contraditório, da Defesa ou da Falseabilidade
(Nulla Probatio Sine Defensione).
Para tal princípio, de ordem constitucional, há uma garantia de confrontação da prova e comprovação da
verdade, com base no conflito, disciplinado e ritualizado, entre a acusação e a defesa, sendo desta o direito
de refutar a hipótese probatória, mediante contestação e apresentação de contraprovas (controle do
método de formação da prova).
Decorrem do princípio a garantia de taxatividade e materialidade do tipo penal (determinação do crime),
a garantia de defesa técnica e a garantia de paridade de armas.

GABARITO: Certo

12. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos estudos sobre os Sistemas Processuais Penais e a Teoria do Garantismo, julgue o item abaixo:

O chamado Princípio Unificador é aquele que tem por objetivo proporcionar coerência aos diversos
elementos do Sistema Processual Penal, pois não há Sistema Puro. O que importa é a identificação do seu
núcleo fundante.

COMENTÁRIO
Princípio Unificador: é o princípio que tem por objetivo proporcionar coerência aos diversos elementos
do Sistema Processual Penal, pois não há Sistema Puro, o que importa é a identificação do seu núcleo
fundante.

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SEMANA 01/14

Para Jacinto Coutinho, não há e nem pode haver um Princípio Misto, o que por evidente desconfiguraria
o dito sistema; portanto, não se pode admitir um Sistema Misto que pelo Princípio Unificador só pode ser
Inquisitório ou Acusatório, os quais se diferenciam precipuamente pela gestão ou carga da prova.

GABARITO: Certo

13. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos estudos sobre os Sistemas Processuais Penais e a Teoria do Garantismo, julgue o item abaixo:

O Garantismo Processual Penal é o modelo normativo desenvolvido pelo italiano Luigi Ferrajoli que visa
assegurar a observância ordenamento jurídico, em especial dos direitos fundamentais, reduzindo ao máximo
o poder punitivo e o arbítrio estatal.

COMENTÁRIO
Garantismo Penal e Processual Penal: é o modelo normativo desenvolvido pelo italiano Luigi Ferrajoli que
visa assegurar a observância ordenamento jurídico, em especial dos direitos fundamentais, reduzindo ao
máximo o poder punitivo e o arbítrio estatal. Neste aspecto, o Garantismo prega que o modelo ideal é
aquele formado por dois elementos fundamentais, quais sejam, o Convencionalismo Penal e o
Cognitivismo Processual (sendo este pressuposto daquele):

1. Convencionalismo Penal: é ligado à definição legal de infrações penais, exigindo a lei como critério
definidor de crimes e exigindo o caráter empírico (fático) das hipóteses legalmente previstas (Legalidade
Estrita), sem confusão entre Direito e Moral.
2. Cognitivismo Processual: é ligado à comprovação jurisdicional do fato criminoso, ao conhecimento e
verificação histórica do fato, que exige dois requisitos: a) a verificabilidade (ou refutabilidade) das
hipóteses acusatórias; e b) a comprovação empírica dos fatos em juízo, por meio de um procedimento que
permita a verificação e refutação.

GABARITO: Certo

14. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos estudos sobre os Sistemas Processuais Penais e a Teoria do Garantismo, julgue o item abaixo:

Contrariamente aos Modelos Garantistas, os Modelos Antigarantista buscam a Verdade Processual, ou seja,
a verdade absoluta e onicompreensiva em relação às pessoas investigadas, numa concepção autoritária e
irracionalista do processo penal.
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DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

COMENTÁRIO
Verdade da Hipótese Acusatória (Luigi Ferrajoli): no Modelo Garantista, a verdade é a Verdade Formal ou
Processual, a qual somente pode ser alcançada por meio da observância de regras precisas, e quanto a
fatos definidos legalmente como relevantes (tipos penais determinados). Para Ferrajoli, como a verdade
absoluta é intangível, a Verdade Processual passa a ser considerada uma verdade aproximativa do ideal
de correspondência com a realidade, a partir de um princípio regulador que permita asseverar que uma
tese ou uma teoria é mais plausível ou mais próxima verdadeiramente e, portanto, preferível a outras, por
conta do seu maior poder de explicação; e para assegurar o maior grau possível de probabilidade da
hipótese aventada, ela deve ser confirmada por várias provas e não pode ser refutada por nenhuma
hipótese explicativa alternativa; portanto, a verificabilidade ou refutabilidade de uma conclusão jurídica
como verdadeira somete será possível apenas se a definição legal do delito for clara objetiva e referente
a fatos empíricos com a exclusão de valores e conceitos indeterminados, tudo somado à necessária
imparcialidade e neutralidade do juiz; além disso, a Verdade Processual depende da validade de como foi
produzida e obtida; assim, a Verdade Processual é um procedimento de prova e erro, em que a maior
garantia de sucesso reside na máxima exposição das hipóteses acusatórias à falsificação da defesa, isto e,
ao livre desenvolvimento do conflito entre duas partes do processo, titulares de interesses opostos (a
realidade objetiva no processo vem constituída pelos fatos julgados e pelas normas aplicadas, não cabendo
ao juiz formular hipóteses nem produzir suas provas, mas simplesmente avaliá-las).

Ferrajoli rechaça a comparação do termo Verdade Processual, relativa à correspondência aproximada com
a realidade, com a coerência, a aceitabilidade jurídica e o consenso, que seriam critérios subjetivos de
decisão judicial sobre a Verdade Processual. Para Ferrajoli, a atividade jurisdicional é um saber-poder, e
para imprimir o maior grau de racionalidade ao sistema deve ser garantido o máximo de saber, reduzindo
o quanto possível o poder.

Modelos Antigarantistas: são os modelos que, para Ferrajoli, se caracterizam pela:


1) Teoria do Substancialismo, que propõe uma não definição formal (legal) do ilícito penal, mas ontológica
ou essencialista, sendo o delito algo imoral ou antissocial; e
2) Teoria do Decisionismo Processual, que não se preocupa com a comprovação dos fatos objetivos e
passa, mas sim com a pesquisa da interioridade do autor, permitindo juízos subjetivos e irrefutáveis.

Em suma, para Ferrajoli, contrariamente aos Modelos Garantistas, os Modelos Antigarantista buscam a
Verdade Substancial ou Material (e não a Verdade Processual), ou seja, absoluta e onicompreensiva em
relação às pessoas investigadas, numa concepção autoritária e irracionalista do processo penal.

GABARITO: Errado

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DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

15. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei
Processual Penal, julgue o item abaixo:

A finalidade mediata da Lei Processual Penal é viabilizar a aplicação do Direito Penal ao caso concreto. Já a
Finalidade Imediata é alcançar a pacificação social com a solução dos conflitos de natureza criminal.

COMENTÁRIO
São Finalidades do Processo Penal:
1) Finalidade Mediata: alcançar a pacificação social com a solução dos conflitos de natureza criminal; e
2) Finalidade Imediata: viabilizar a aplicação do Direito Penal ao caso concreto.
Obs: para Paulo Rangel, o Processo Penal é uma garantia do cidadão; não existe delito sem pena, nem
pena sem delito e processo, nem processo penal senão para determinar o delito e impor uma pena; por
isso mesmo que, para Aury Lopes Jr., o Processo Penal é regido pelo Princípio da Necessidade da Pena.

GABARITO: Errado

16. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao conflito aparente de normas, julgue o item abaixo:

O Princípio da alternatividade relaciona-se aos crimes de ação múltipla, aqueles que apresentam mais de um
verbo no tipo penal, prevendo mais de uma conduta. Assim, haverá somente a prática de um único crime,
independentemente da quantidade de condutas que o agente praticou.

COMENTÁRIO
Temos como principal exemplo o art. 33 da Lei n. 11.343/2006 (Lei de Drogas):

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda,
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo
ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar:

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DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

Por força do princípio da alternatividade, mesmo que um indivíduo prepare, adquira e venda a droga, num
mesmo contexto fático, não responderá por três delitos, e sim por um único delito de tráfico (embora
tenha executado três dos núcleos do artigo 33).

GABARITO: Certo

17. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação a disciplina da norma penal, julgue o item abaixo:

Norma penal em branco não se confunde com a norma penal ao reverso, porquanto naquela a necessidade
de complemento encontra-se no preceito primário da lei penal incriminadora, já nesta a remissão quanto ao
complemento normativo mostra-se no preceito secundário da norma.

COMENTÁRIO
A assertiva aborda corretamente a definição da norma penal em branco e da norma penal ao reverso
(norma penal em branco às avessas).

GABARITO: Certo

18. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação a disciplina da norma penal, julgue o item abaixo:

Tipos Penais Abertos são aqueles que dependem de complemento valorativo, atribuído ao interprete, diante
da análise do caso em concreto. Os tipos penais culposos (art. 18, II, CP), via de regra, são, por excelência,
tipos abertos, já que o conceito de “imprudência, negligência e imperícia” dependem da valoração do
exegeta.

COMENTÁRIO
A assertiva aborda corretamente a definição dos tipos penais abertos, sendo um dos seus principais
exemplos, os tipos penais culposos.

GABARITO: Certo

19. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

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DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

Em relação a disciplina da norma penal, julgue o item abaixo:

A norma penal em branco, também alcunhada de lei cega, subdivide-se em heterogênea (ou própria, ou em
sentido estrito) e em homogênea (ou imprópria, ou em sentido amplo). Por sua vez, a norma penal em branco
heterogênea divide-se em homovitelina e em heterovitelina.

COMENTÁRIO
O erro se encontra na segunda parte. De fato, a norma legislativa penal em branco divide-se em
heterogênea, quando o complemento normativo advém de fonte legislativa diversa, e em homogênea, no
caso de o complemento normativo valer-se da mesma fonte legislativa. No entanto, os conceitos de
homovitelina (o complemento está contido na mesma lei penal que tipificou o crime) e heterovitelina (o
complemento está contido em lei diversa daquela que que tipificou o crime) estão atrelados à norma penal
em branco homogênea (e não heterogênea como consta no enunciado).

GABARITO: Errado

20. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação a disciplina da norma penal, julgue o item abaixo:

As normas penais não incriminadoras permissivas podem ser justificantes (excludentes de ilicitude) ou
exculpantes (eximentes de culpabilidade).

COMENTÁRIO
A assertiva aborda corretamente a definição das normas penais não incriminadoras, subdividas em
justificantes e exculpantes.

GABARITO: Certo

21. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

No que se refere aos tratados e convenções internacionais, julgue o item abaixo:

Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal excluem outros decorrentes dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

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DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

COMENTÁRIO
Conforme art. 5°, § 2º da CF: “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte.”

GABARITO: Errado

22. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal, julgue o item abaixo:

Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
inclusive se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei.

COMENTÁRIO
CF/88. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)VIII - ninguém será privado de direitos
por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se
de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

GABARITO: Errado

23. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal, julgue o item abaixo:

São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização apenas pelo dano material decorrente de sua violação.

COMENTÁRIO
CF/88. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)X - são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação.

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SEMANA 01/14

GABARITO: Errado

24. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal, julgue o item abaixo:

A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, a qualquer hora, por
determinação judicial.

COMENTÁRIO
CF/88. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XI - a casa é asilo inviolável do
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

GABARITO: Errado

25. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal, julgue o item abaixo:

Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

COMENTÁRIO
CF/88. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)XXXIII - todos têm direito a receber
dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

GABARITO: Certo

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SEMANA 01/14

26. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal, julgue o item abaixo:

No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior em qualquer caso.

COMENTÁRIO
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)XXV - no caso de iminente perigo público, a
autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização
ulterior, se houver dano;

GABARITO: Errado

27. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos e deveres fundamentais, julgue o item abaixo:

A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais coloca referidos direitos como um “norte de eficácia
irradiante” que fundamenta todo o ordenamento jurídico.

COMENTÁRIO
A doutrina, seguindo tradição alemã, trabalha aos direitos fundamentais como, a um só tempo, direitos
subjetivos e elementos fundamentais da ordem constitucional objetiva.
No primeiro aspecto (dimensão subjetiva), significa que eles outorgam a seus titulares possibilidades
jurídicas de impor interesses pessoais em face dos órgãos estatais obrigados. No outro (dimensão
objetiva), os direitos fundamentais formam a base do ordenamento jurídico, sendo um verdadeiro
“norte irradiante” que fundamenta todo o ordenamento jurídico. Essa concepção objetiva é típica do
constitucionalismo social, tendo eficácia irradiante.

GABARITO: Errado

28. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

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DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

Acerca dos direitos e deveres fundamentais, julgue o item abaixo:

Os deveres constitucionais são voltados não apenas para os particulares, mas também para o Estado e
para entidades sem personalidade jurídica, como, por exemplo, a coletividade e a família.

COMENTÁRIO
A doutrina é vasta em discorrer sobre os direitos fundamentais, mas pouco se fala sobre os deveres
fundamentais. A CRFB dispõe no seu texto normativo sobre direitos e deveres individuais e coletivos. O
reconhecimento de deveres fundamentais diz respeito à participação ativa dos cidadãos na vida pública
e implica em um empenho solidário (de responsabilidade social) de todos na transformação das
estruturas sociais. A CRFB em seu capítulo I do Título II, se refere expressamente aos direitos e deveres
fundamentais, mas ao longo de seu corpo normativo, enuncia vários deveres, sendo alguns voltados ao
Estado, outros aos particulares e outros a entidades sem personalidade jurídica, como, por exemplo, a
coletividade (art. 225) e a família (art. 227). A doutrina faz uma série de classificações dos deveres
fundamentais, vejamos algumas:

• Deveres conexos ou correlatos: tais deveres tomam forma a partir de um direito fundamental
correlato. Exemplo: direito ao meio ambiente equilibrado e direito à saúde. Estão vinculados de forma
direta ao comando normativo-constitucional que prevê os direitos fundamentais em questão. Há uma
obrigação da tutela ambiental por toda a sociedade.
• Deveres autônomos: não se relacionam diretamente à conformação de nenhum direito
fundamental. Exemplo: dever fundamental de pagar impostos, de prestar serviço militar, de colaborar
na administração eleitoral, de votar (para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos).

• Deveres de natureza defensiva: impõe um comportamento negativo.


• Deveres de natureza prestacional: impõe um comportamento positivo.
• Deveres expressos
• Deveres implícitos (não há consenso sobre quais seriam).

Por fim, cabe destacar de forma específica a classificação desenvolvida por Dimoulis e Martins. Os
autores trabalham os deveres fundamentais da seguinte forma:

• Deveres estatais implícitos e não autônomos: são deveres de efetivação dos direitos
fundamentais, sobretudo os sociais. Esses devem ser realizados através de políticas públicas.
• Deveres estatais explícitos e não autônomos: ex: assistência jurídica gratuita, indenização por
erro do judiciário, entre outros.

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SEMANA 01/14

• Deveres autônomos dos particulares (do cidadão, da sociedade): ex: alistamento eleitoral e
voto. Ainda podemos citar a educação como dever do Estado e da família.
• Deveres de criminalização do Estado: é o dever, por parte do legislador, de tipificar
determinadas condutas em virtude de bens jurídicos considerados necessários de proteção. Exemplo:
art. 5º, XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; e
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei.
• Deveres de tutela: dever do Estado de proteger ativa e preventivamente o direito fundamental
contra ameaças de agressão provenientes de outros particulares.
• Deveres decorrentes do exercício de direitos: para o exercício de determinados direitos existe o
dever de preservar um convívio harmônico e solidário. Exemplo: direito de propriedade.
• Deveres implícitos: a todo direito explícito corresponde um dever implícito.

GABARITO: Certo

29. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos e deveres fundamentais, julgue o item abaixo:

São titulares dos direitos fundamentais os brasileiros natos e naturalizados, bem como os estrangeiros
residentes no país. Além disso, o STF ainda assegura aos estrangeiros não residentes a titularidade de
alguns direitos previstos na Constituição.

COMENTÁRIO
Na dicção constitucional presente na literalidade do art. 5º, os direitos fundamentais têm como titulares
principais os brasileiros natos e naturalizados e os estrangeiros residentes no Brasil. Entretanto, a
interpretação literal desse dispositivo não deve prevalecer. O STF, no início dos anos 90, reconheceu aos
estrangeiros, mesmo os não residentes no país, a condição de titulares – não de todos – mas de alguns
dos direitos fundamentais pela CRFB.
Exemplo: o habeas corpus.

GABARITO: Certo

30. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos e deveres fundamentais, julgue o item abaixo:

Não existe hierarquia entre os direitos fundamentais.


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SEMANA 01/14

COMENTÁRIO
Os direitos fundamentais não são absolutos na ordem jurídica, devendo ser analisado cada caso
concreto de modo relativo ou limitado. Dessa forma, inexiste hierarquia entre os direitos fundamentais,
sendo a posição topográfica que ocupam no texto constitucional apenas um elemento circunstancial,
mas nunca revelador de uma superioridade entre os mesmos.

GABARITO: Certo

31. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

A respeito do regime jurídico no direito administrativo, julgue o item abaixo:

O que distingue, fundamentalmente, os órgãos da Administração Direta Federal das entidades da


Administração Indireta é o fato de integrarem ou não a estrutura orgânica da União Federal.

COMENTÁRIO
As Entidades da Administração Indireta não estão subordinadas às entidades políticas a que pertencem,
por exemplo, o INCRA não está subordinado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Destarte, não
integra a sua estrutura orgânica. Todavia, os órgãos que integram a Administração Direta a ela estão
subordinados. Assim, o setor administrativo é um órgão de Receita Federal subordinado à respectiva
Superintendência da Receita Federal, integrando, portanto, sua estrutura orgânica.

GABARITO: Certo

32. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

A respeito do regime jurídico no direito administrativo, julgue o item abaixo:

De modo muito distinto das relações privadas, não se submete ao regime jurídico-administrativo a concessão
de alvará de funcionamento para estabelecimento comercial pela Prefeitura Municipal.

COMENTÁRIO
Por envolver poder de polícia, a concessão de alvará está amparada pelo regime jurídico-administrativo.
Não estarão amparadas pelo RJA as relações em que a Administração Pública se encontrar em situação
de igualdade com o particular, em situação horizontal, como, por exemplo, nesta mesma questão, a
ESAF considerou a locação de imóvel.

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GABARITO: Errado

33. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

A respeito do regime jurídico no direito administrativo, julgue o item abaixo:

Por decorrência do regime jurídico- administrativo, é possível que o Poder Público celebre acordos judiciais,
sem a expressa autorização legislativa.

COMENTÁRIO
Nossa doutrina majoritária adota a posição manifestada na afirmação: só é admissível ao Poder Público
celebrar um acordo judicial se houver prévia autorização legislativa. Por ser o interesse público
indisponível, não pode o administrador público, a seu bel- prazer, desistir de uma ação ou celebrar
acordo, sem que isso esteja previsto em lei.

GABARITO: Errado

34. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

A respeito do regime jurídico no direito administrativo, julgue o item abaixo:

As relações entre entidades públicas estatais, de mesmo nível hierárquico, não se vinculam ao regime
jurídico-administrativo, em virtude de sua horizontalidade.

COMENTÁRIO
As entidades públicas integrantes da federação (CF, art. 18 União, estados, municípios e DF) possuem
relações pautadas, via de regra, pelo direito público, em razão do interesse público (supremo e
indisponível) que as rege. Assim, a relação entre estas vincula-se, sim, ao regime jurídico administrativo,
apesar da horizontalidade que há em tal relação.

GABARITO: Errado

35. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

A respeito do regime jurídico no direito administrativo, julgue o item abaixo:

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O regime jurídico-administrativo é entendido como um conjunto de regras e princípios que informa a atuação
do Poder Público no exercício de suas funções de realização do interesse público.

COMENTÁRIO
Regime jurídico-administrativo é o conjunto de normas e princípios que regula a atuação da
Administração voltada a consecução de interesses públicos propriamente ditos, os interesses públicos
primários, sendo caracterizado, essencialmente, pelas prerrogativas e sujeições administrativas.

GABARITO: Certo

36. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Analisando-se os princípios básicos que norteiam o Direito administrativo, julgue o item abaixo:

Na evolução do conceito de Direito Administrativo, surge a Escola do Serviço Público, que se desenvolveu em
torno de duas concepções. Na concepção de Léon Duguit, o Serviço Público deveria ser entendido em sentido
estrito, abrangendo toda a atividade material, submetida a regime exorbitante do direito comum,
desenvolvida pelo Estado para a satisfação de necessidades da coletividade.

COMENTÁRIO
Duguit, ao afirmar que o Estado não passa de um conjunto de serviços públicos, entende essa atividade
em sentido amplo envolvendo toda a estrutura do Estado. Assim, como atividade a expressão serviço
público corresponde ao exercício de qualquer das atribuições do Poder Público, distinguindo-se pela
natureza da função em legislativa, administrativa ou judicial. Já Gaston Jèze se refere ao serviço público
em sentido restrito, como atividade ou como organização. Esta corresponde à estrutura do Estado
relativa ao exercício das atividades de ordem material, para a satisfação das necessidades públicas e
realização final do Direito, com poderes exorbitantes do Direito comum.

GABARITO: Errado

37. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Analisando-se os princípios básicos que norteiam o Direito administrativo, julgue o item abaixo:

A expressão administração pública admite diversos significados. De acordo com a doutrina, em seu sentido
material ou funcional, Administração Pública, enquanto finalidade do Estado, não abrange a polícia
administrativa.

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SEMANA 01/14

COMENTÁRIO
A Administração Pública pode ser vista sob dois sentidos: 1) subjetivo, formal ou orgânico; 2) objetivo,
material ou funcional. Pelo primeiro, conceitua-se Administração Pública como o conjunto de agentes,
órgãos e pessoas jurídicas aos quais é atribuído o exercício da função administrativa. Pelo segundo, a
Administração Pública corresponde às diversas atividades compreendidas no conceito de função
administrativa sob uma perspectiva finalística. Em outros termos, é o conjunto de atividades-fim da
Administração. Nesse sentido, a Administração Pública engloba as atividades de fomento, polícia
administrativa, serviço público e intervenção administrativa.

GABARITO: Errado

38. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Analisando-se os princípios básicos que norteiam o Direito administrativo, julgue o item abaixo:

A administração pública federal brasileira indireta é composta por autarquias, fundações, sociedades de
economia mista, empresas públicas e entidades paraestatais.

COMENTÁRIO
A Administração Pública pode ser direta ou indireta. A Administração direta é composta pelos órgãos
públicos das pessoas políticas, quais sejam, União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A
Administração indireta, por seu turno, é composta pelas autarquias, empresas públicas, fundações
públicas e sociedades de economia mista (Decreto Lei 200/1967). As entidades paraestatais (serviços
sociais autônomos, organizações sociais, OSCIP e entidades de apoio) não integram a Administração
Pública direta ou indireta, apenas colaboram com o Estado.

GABARITO: Errado

39. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Analisando-se os princípios básicos que norteiam o Direito administrativo, julgue o item abaixo:

Diferentemente das pessoas jurídicas de direito privado, as entidades da administração pública indireta de
personalidade jurídica de direito público são criadas por decreto.

COMENTÁRIO

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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

A Administração Indireta é composta por: autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de
economia mista. Dessas, a autarquia tem personalidade jurídica de direito público. A empresa pública e
a sociedade de economia mista têm personalidade jurídica de direito privado. Segundo entendimento
do STF, a fundação pública pode ter personalidade jurídica de direito público ou de direito privado. A
constituição preleciona que somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação (art. 37, XIX).

GABARITO: Errado

40. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da interpretação do Direito administrativo, julgue o item abaixo:

Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos
sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

COMENTÁRIO
Art. 20, caput, LINDB (redação da Lei 13.655/18).

GABARITO: Certo

41. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Para a prática dos crimes de abuso de autoridade, não se faz necessário que o agente atue com a finalidade
específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou
satisfação pessoal.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 1º, § 1º, da Nova Lei de Abuso de Autoridade, é imprescindível que o agente atue
com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por
mero capricho ou satisfação pessoal.

GABARITO: Errado

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DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

42. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Membros do Poder Judiciário e do Ministério Público não podem ser sujeitos ativos dos delitos previstos na
referida lei.

COMENTÁRIO
Segundo o art. 2º, IV e V, os membros do Poder Judiciário e Ministério Público podem ser sujeitos ativos
dos delitos previstos na mencionada lei.

GABARITO: Errado

43. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

São efeitos da condenação por tais crimes: tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime,
devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; a inabilitação para o exercício de cargo,
mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos. Tais efeitos são condicionados à
ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados
motivadamente na sentença.

COMENTÁRIO
O art. 4º da referida lei dispõe que:

Art. 4º São efeitos da condenação:


I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do
ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração,
considerando os prejuízos por ele sofridos;
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco)
anos;
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à
ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser
declarados motivadamente na sentença.

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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

Logo, enquanto a inabilitação é efeito condicionado a reincidência e não automático, devendo ser
declarado na sentença, a obrigação de indenizar o dano causado, não pressupõe a verificação das mesmas
condições, conforme o disposto no §único transcrito acima.

GABARITO: Errado

44. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal é delito de
médio potencial ofensivo previsto na Nova Lei de Abuso de Autoridade.

COMENTÁRIO
Tal delito é de menor potencial ofensivo, considerando o disposto no preceito secundário do art. 12 da
Nova Lei de Abuso de Autoridade.

GABARITO: Errado

45. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Configura crime de abuso de autoridade a conduta de decretar a condução coercitiva de investigado


manifestamente descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo. A conduta descrita,
tratando-se de testemunha, não se enquadra na Lei de Abuso de Autoridade, ante o dever legal de
comparecimento estabelecido no Código de Processo Penal.

COMENTÁRIO
Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem
prévia intimação de comparecimento ao juízo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

GABARITO: Errado

46. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

DELEGADO TOCANTINS

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De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de
culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação, é crime tipificado na Lei de Abuso de
Autoridade.

COMENTÁRIO
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social,
atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

GABARITO: Certo

47. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

A conduta de prosseguir com o interrogatório de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio é
tipificada como crime de abuso de autoridade.

COMENTÁRIO
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório:
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a presença de
seu patrono.

GABARITO: Certo

48. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

É típica a conduta de impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado.

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DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

COMENTÁRIO
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado.
detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

GABARITO: Certo

49. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com a Lei 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, julgue o item a seguir:

Incorre em abuso de autoridade o Delegado de Polícia que, por meio de seu Instagram, promova atribuição
de culpa a investigado em um inquérito policial ainda não finalizado.

COMENTÁRIO
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social,
atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

GABARITO: Certo

50. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei de Abuso de Autoridade, julgue o item:

É crime de abuso de autoridade praticado por uma autoridade policial a divulgação dolosa de trecho de
gravação de depoimento de ofendido, sem relação com a prova que se pretenda produzir durante o
inquérito, em que há a violação à honra e imagem da vítima.

COMENTÁRIO
Com base num critério de Legalidade Estrita, não é crime de abuso de autoridade o fato descrito
na questão.
Isso porque a Lei nº 13.869/2019, em seu artigo 28, estabelece como sujeito passivo imediato da
conduta criminosa apenas o investigado ou acusado, deixando de fora testemunhas e vítimas
quanto à esta circunstância:

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DELEGADO TOCANTINS

SEMANA 01/14

Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado
ou acusado:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Obs: Mas é possível enquadrar o fato em crime contra a honra ou crime de violação de sigilo
funcional (mas não de abuso de autoridade).

GABARITO: Errado

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