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MP-SP

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIREITO PENAL
PRINCÍPIOS DIRIMENTES DOS CONFLITOS
APARENTES DE NORMAS

Livro Eletrônico
DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS

Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, apro-


vado em 6º lugar no concurso realizado em
2013. Aprovado em vários concursos, como Po-
lícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agen-
te), PRF (Agente), Ministério da Integração,
Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado –
2012 e Oficial – 2017).

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DIREITO PENAL
Princípios Dirimentes dos Conflitos Aparentes de Normas
Prof. Douglas Vargas

SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................4
Conflito Aparente de Normas Penais...............................................................5
Princípio da Especialidade.............................................................................5
Princípio da Subsidiariedade..........................................................................7
Princípio da Consunção.................................................................................9
Princípio da Alternatividade......................................................................... 11
Resumo.................................................................................................... 13
Questões de Concurso................................................................................ 15
Gabarito................................................................................................... 22
Gabarito Comentado.................................................................................. 23

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Introdução

Olá, querido(a) aluno(a) do curso voltado ao certame do MP/SP!

Hoje, vamos tratar de um tópico complementar bastante importante do Direito

Penal – o conflito aparente de normas penais e suas soluções, assunto citado de

forma bastante específica em nosso edital.

Você verá que é uma aula breve, mas MUITO importante, por isso máximo de

atenção! Dominar bem esse tema será de grande valia em diversos aspectos para

a sua prova.

E, sem mais delongas, vamos ao trabalho!

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CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS

Comecemos nosso estudo sendo diretos, ao apresentar um conceito doutrinário

sobre o conflito aparente de normas penais:

Segundo Rogério Greco, o conflito aparente de normas penais é aquele que ocorre
quando duas normas aparentam incidir sobre o mesmo fato.
Ele é dito aparente, pois na verdade não existe conflito algum – efetivamente, não
existe um conflito ao se aplicar a norma ao caso concreto.

O que o doutrinador quer ensinar, na verdade, é que, em casos em que aparente-

mente temos duas normas sobre o mesmo fato, existem princípios que nos per-

mitem resolver a dúvida apresentada, permitindo que se identifique qual a

norma que deve ser aplicada – evitando-se, assim, o chamado bis in idem.

Esses princípios, capazes de solucionar os conflitos aparentes de normas pe-

nais, estão listados a seguir:

Princípio da Especialidade

O princípio da especialidade utilizado para sanar conflitos aparentes de normas

penais rege o seguinte:

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Ou seja: estaremos diante de dois tipos penais, um específico e um genérico,

ambos aparentemente adequados para o caso concreto. Entretanto, pela regra

da especialidade, prevalecerá o tipo penal específico!

No entanto, muito cuidado: tipo penal específico não é somente aquele previsto

em lei penal especial. Existem tipos penais específicos previstos no texto do pró-

prio Código Penal. O que o faz específico é o fato de sua descrição conter todos os

elementos do tipo penal genérico somados a termos que o especializam.


Fique tranquilo(a): esse assunto parece muito abstrato, mas, com um exemplo,
torna-se muito fácil de entender. Vejamos:

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Perceba como ambas as condutas aparentemente estão em conflito: os dois


artigos (tanto o art. 121 quanto o art. 123) apresentam a conduta matar alguém
(afinal de contas, matar o próprio filho também é matar alguém).
Entretanto, no caso de uma mãe que, sob a influência do estado puerperal,
mate o próprio filho, durante o parto ou logo após, mesmo que tenha efetivamen-
te matado alguém (o próprio filho) e que sua conduta se amolde aparentemen-
te tanto ao art. 121 quanto ao art. 123 do CP, deve ser aplicada a norma prevista
sobre o infanticídio, por força do princípio da especialidade!

Princípio da Subsidiariedade

O princípio da subsidiariedade é um pouco mais complexo. Aqui, temos uma


norma subsidiária e uma norma primária, e só se aplica a norma subsidiária caso
a norma primária não possa ser aplicada.

Em termos mais simples: temos uma norma menos grave (subsidiária), que
descreve um crime autônomo, e uma norma mais grave (primária), que descreve
uma segunda conduta e que prevalecerá sobre aquela.

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Mais uma vez, vejamos um exemplo para facilitar:

Percebeu como é simples? Só se aplicará a norma do delito de AMEAÇA se não


estiverem presentes os outros elementos do constrangimento ilegal (por exemplo).
Havendo todos os pressupostos de seu texto, o tipo penal primário (constrangi-
mento ilegal) prevalecerá e o tipo penal subsidiário (ameaça) não será aplicado!
É interessante comentar que o exemplo utilizado acima consiste na chamada
subsidiariedade tácita, pois temos elementares de um tipo (ameaça) contidas
nas elementares de outro tipo penal (constrangimento ilegal).
É possível ainda a chamada subsidiariedade expressa, na qual o próprio di-
ploma legal diz que se aplicará a lei mais branda apenas se o fato não constituir um
outro crime mais grave. Veja um exemplo:

Perigo para a vida ou saúde de outrem


Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:
Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.

Existe uma diferença sutil entre a subsidiariedade e a especialidade: no


caso da subsidiariedade, não temos uma relação de gênero e espécie. Perce-

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ba que homicídio e o infanticídio são dois delitos que apresentam claramente


essa relação, enquanto que não se pode dizer a mesma coisa da ameaça e do
constrangimento ilegal, por exemplo.

Infanticídio, portanto, é uma espécie de homicídio, enquanto o constrangimento

ilegal não é uma espécie de ameaça!

É interessante comentar que vários doutrinadores entendem que o princípio da

subsidiariedade não tem muita utilidade, pois os conflitos por ele resolvidos tam-

bém poderiam ser sanados pela simples aplicação do princípio da especialidade

(mesmo existindo essa pequena entre ambos).

Para nós, no entanto, é importante conhecê-los, já que o examinador não

se preocupa muito com a utilidade do conteúdo. Ele quer mesmo é saber se

você o conhece!

Princípio da Consunção

O princípio da consunção está diretamente relacionado com a absorção de

um delito por outro. Ou seja, existe uma relação de fins e meios (um delito é

o meio para que se chegue ao outro) ou mesmo de necessidade (um crime é

uma fase para o outro, sendo necessária sua execução para que se pratique o

segundo tipo penal).

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Chamamos o crime que absorve de crime consuntivo (é a conduta mais

grave). E chamamos o crime absorvido de crime consunto (trata-se da con-

duta menos grave).

 Obs.: É POSSÍVEL que um crime menos grave absorva um crime mais grave, mas

essa é uma rara exceção. Via de regra, é o crime mais grave que absor-

verá o menos grave.

A consunção é um pouco mais complexa do que as duas espécies anteriores,

pois pode ocorrer de quatro formas:

• crime-meio e crime-fim: essa é a hipótese mais simples.

− Nela, o agente pratica um crime-meio apenas para que possa atingir outra finalidade.

Um exemplo trazido por Greco é o do indivíduo que localiza um cheque em branco na rua.

Para que consiga praticar o estelionato utilizando essa folha de cheques (crime-

-fim), deve o agente primeiro praticar um crime de falso (preenchendo e assinando

falsamente a folha), que será o crime-meio.

• crime progressivo: essa hipótese é caracterizada por uma violação cres-

cente do bem jurídico, embora o agente já tivesse a intenção desde o início

de alcançar o resultado mais gravoso da conduta. Temos o chamado crime de

passagem obrigatória.

Ex.: crime de homicídio. Para matar alguém, necessariamente o agente irá per-

petrar lesões corporais na vítima, sendo esse delito considerado como o

crime de passagem.

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• progressão criminosa: a terceira hipótese é bastante parecida com a ante-

rior, diferenciando-se apenas pela mudança de ideia do agente durante

a execução da conduta (ou seja, o agente substitui seu dolo inicial). Ele

começa com a intenção de praticar um delito e depois acaba se convencendo

a praticar outro!

Ex.: é o que ocorre no caso de um agente que inicialmente quer apenas lesionar a

vítima, mas que, após começar a agredi-la, decide matá-la.

Veja que aqui houve uma mudança no dolo do agente, ao contrário do crime

progressivo, no qual o agente desejava o resultado desde o começo!

• fato posterior não punível: em alguns casos, ocorrerá a consunção, pois

ocorreu um crime posterior que causou lesão ao mesmo bem jurídico que já

havia anteriormente sido atacado e à mesma vítima. Essa última hipótese fica

bem mais clara com um exemplo.

Ex.: agente que furta um bem e depois decide destruí-lo (crime de dano). Respon-

derá apenas pelo furto, e o fato posterior (o crime de dano) será conside-

rado como não punível.

Princípio da Alternatividade

Para encerrar, temos o chamado princípio da alternatividade, que, por sua vez, é

bastante simples. Aqui temos um tipo penal chamado de misto alternativo (cuja

conduta possui várias formas, ou seja, vários verbos).

Nesses casos, mesmo que o agente pratique vários dos núcleos em um mesmo

contexto, responderá por apenas um crime!

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Exemplo clássico é o art. 33 da Lei n. 11.343/2006 (Lei de Drogas):

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, ex-
por à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem auto-
rização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Por força do princípio da alternatividade, mesmo que um indivíduo chegue a

produzir, trazer consigo e a vender drogas, num mesmo contexto fático, não

responderá por três delitos, e sim por um único delito de tráfico (muito embora

tenha executado três dos núcleos do artigo 33).

Caro(a) aluno(a), chegamos ao fim da aula de hoje. Tópico breve, mas digno de

diversas revisões. Nunca subestime assuntos assim!

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RESUMO

Conflito Aparente de Normas Penais

É aquele que ocorre quando duas normas aparentam incidir sobre o mesmo fato.

Existem princípios que nos permitem resolver a dúvida apresentada, permitindo

que se identifique qual a norma que deve ser aplicada:

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (MPE-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Em que consiste o conflito aparente de normas?

a) Conflito aparente de normas é a situação que ocorre quando ao mesmo fato pare-

cem ser aplicáveis duas ou mais normas, formando um conflito aparente entre elas.

b) O conflito aparente de normas consiste na aplicação de duas regras distintas

para fatos delituosos diversos.

c) O conflito aparente de normas consiste em se aplicar uma só norma para fatos distintos.

d) O conflito aparente de normas consiste na aplicação de regras semelhantes no

caso de concurso de delitos.

e) O conflito aparente de normas consiste na aplicação simultânea de penas para

delitos diferentes.

2. (MPE-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Os princípios que resolvem o conflito aparen-

te de normas são:

a) especialidade, legalidade, intranscendência e alternatividade.

b) especialidade, legalidade, consunção e alternatividade.

c) especialidade, subsidiariedade, consunção e alternatividade.

d) legalidade, intranscendência, consunção e alternatividade.

e) legalidade, consunção, subsidiariedade e alternatividade.

3. (FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO) Constituem princípios que se destinam a solu-

cionar o conflito aparente de normas:

a) proporcionalidade e especialidade.

b) excepcionalidade e proporcionalidade.

c) especialidade e fragmentariedade.

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d) subsidiariedade e especialidade.

e) excepcionalidade e subsidiariedade.

4. (FCC/DPE-MT/DEFENSOR PÚBLICO) O crime de furto, com arrombamento em

casa habitada, absorve os delitos de dano e invasão de domicílio. Nesse caso, o

conflito aparente de normas foi solucionado pelo princípio da

a) legalidade.

b) consunção.

c) especialidade.

d) subsidiariedade.

e) alternatividade.

5. (VUNESP/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO) “Um fato definido por uma norma incri-

minadora é meio necessário ou normal fase de preparação ou execução de outro

crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente, come-

tida com a mesma finalidade prática atinente àquele crime”.

No conflito aparente de normas, esta afirmação explica o princípio da

a) especialidade.

b) subsidiariedade.

c) alternatividade.

d) consunção.

6. (FCC/TJ-RR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Para solucionar questão relacio-

nada a conflito aparente de normas, o intérprete pode valer-se, dentre outros,

do princípio da

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a) especialidade.

b) fragmentariedade.

c) anterioridade.

d) irretroatividade.

e) taxatividade.

7. (FCC/TCM-GO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Pedro sub-

traiu bem móvel pertencente à Administração pública, valendo-se da facilidade

propiciada pela condição de funcionário público. Pedro responderá pelo crime de

peculato e não pelo delito de furto em decorrência do princípio da

a) subsidiariedade.

b) consunção.

c) especialidade.

d) progressão criminosa.

e) alternatividade.

8. (FGV/TJ-RO/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Henrique, não aceitando o fim do rela-

cionamento, decide matar Paola, sua ex-namorada. Para tanto, aguardou na

rua a saída da vítima do trabalho e, após, desferiu-lhe diversas facadas na

barriga, sendo estas lesões a causa eficiente de sua morte. Foi identificado por

câmeras de segurança, porém, e denunciado pela prática de homicídio consu-

mado. Em relação ao crime de lesão corporal, é correto afirmar que Henrique

não foi denunciado com base no princípio da:

a) especialidade.

b) subsidiariedade expressa.

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c) alternatividade.

d) subsidiariedade tácita.

e) consunção.

9. (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO) Na consideração de que o crime de falso

se exaure no estelionato, responsabilizando-se o agente apenas por este crime, o

princípio aplicado para o aparente conflito de normas é o da

a) subsidiariedade.

b) consunção.

c) especialidade.

d) alternatividade.

e) instrumentalidade.

10. (FCC/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO) A absorção do crime-meio pelo crime-fim

configura aplicação do princípio da

a) sucessividade.

b) alternatividade.

c) consunção.

d) especialidade.

e) subsidiariedade.

11. (VUNESP/TJ-RJ/JUIZ) O agente que mata alguém, por imprudência, negligên-

cia ou imperícia, na direção de veículo automotor, comete o crime previsto no art.

302, da Lei n.º 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), e não o crime previsto no

art. 121, § 3.º, do Código Penal. Assinale, dentre os princípios adiante menciona-

dos, em qual deles está fundamentada tal afirmativa.

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a) Princípio da consunção.

b) Princípio da alternatividade.

c) Princípio da especialidade.

d) Princípio da legalidade.

12. (IBFC/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA II) O crime de infanticídio, descrito

no artigo 123 do Código Penal, tem núcleo idêntico ao do crime de homicídio, pre-

visto no artigo 121, caput, do mesmo código, qual seja: “matar alguém”. Todavia, o

artigo 123 exige, para sua consumação, a presença, no caso concreto de elementos

diferenciadores, por exemplo, a autora ser genitora da vítima e influência do estado

puerperal, o que faz com que prevaleça sobre o tipo penal, genérico, do artigo 121.”

O enunciado refere-se ao:

a) Princípio da Especialidade.

b) Princípio da Alternatividade.

c) Princípio da Consunção.

d) Princípio da Subsidiariedade.

e) Princípio da Reserva Legal.

13. (ACAFE/PC-SC/DELEGADO DE POLÍCIA) Ocorre conflito aparente de normas

penais quando ao mesmo fato parecem ser aplicáveis duas ou mais normas (ou

tipos). A solução do conflito aparente de normas dá-se pelo emprego de alguns

princípios (ou critérios), os quais, ao tempo em que afastam a incidência de certas

normas, indicam aquela que deverá regulamentar o caso concreto. Os princípios

que solucionam o conflito aparente de normas, segundo a doutrina penal são: o da

especialidade, o da subsidiariedade, o da consunção e o da alternatividade.

Acerca do princípio da especialidade, todas as alternativas estão corretas, exceto a:

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a) O princípio da especialidade determina que o tipo penal especial prevalece sobre

o tipo penal de caráter geral afastando, desta forma, o bis in idem, pois a conduta

do agente só é enquadrada na norma incriminadora especial, embora também es-

tivesse descrita na geral.

b) Para se saber qual norma é geral e qual é especial é preciso analisar o fato

concreto praticado, não bastando que se comparem abstratamente as descrições

contidas nos tipos penais.

c) A comparação entre as leis não se faz da mais grave para a menos grave, nem

da mais completa para a menos completa. A norma especial pode descrever tanto

um crime mais leve quanto um mais grave.

d) O princípio da especialidade é o único previsto expressamente no Código Penal.

14. (VUNESP/TJ-SP/JUIZ) O crime de dano (CP, art. 163), norma menos grave,

funciona como elemento do crime de furto qualificado pelo rompimento de obstá-

culo à subtração da coisa (CP, art. 155, § 4º, inciso I).

Nesta hipótese, o crime de dano é excluído pela norma mais grave, em função

do princípio da

a) especialidade.

b) consunção.

c) subsidiariedade tácita ou implícita.

d) subsidiariedade expressa ou explícita.

15. (FCC/MPE-SE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO) Para a solução de ques-

tões relacionadas a conflito aparente de normas, cabível a adoção do princípio da

a) subsidiariedade.

b) fragmentariedade.

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c) anterioridade.

d) tipicidade.

e) culpabilidade.

16. (VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) Para subtrair um automóvel, “X”, de

forma violenta, danificou a sua porta. Nesse caso, “X” deverá responder

a) pelo crime de roubo, visto que se utilizou de violência para danificar a porta.

b) apenas pelo crime de furto, em razão do princípio da subsidiariedade.

c) apenas pelo crime de furto, em razão do princípio da consunção.

d) pelos crimes de furto e de dano.

e) apenas pelo crime de furto, em razão do princípio da especialidade.

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GABARITO

1. a

2. c

3. d

4. b

5. d

6. a

7. c

8. e

9. b

10. c

11. c

12. a

13. b

14. c

15. a

16. c

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GABARITO COMENTADO

1. (MPE-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Em que consiste o conflito aparente de normas?

a) Conflito aparente de normas é a situação que ocorre quando ao mesmo fato pare-

cem ser aplicáveis duas ou mais normas, formando um conflito aparente entre elas.

b) O conflito aparente de normas consiste na aplicação de duas regras distintas

para fatos delituosos diversos.

c) O conflito aparente de normas consiste em se aplicar uma só norma para fatos distintos.

d) O conflito aparente de normas consiste na aplicação de regras semelhantes no

caso de concurso de delitos.

e) O conflito aparente de normas consiste na aplicação simultânea de penas para

delitos diferentes.

Letra a.

Em algumas situações, em um olhar inicial, acaba parecendo que duas normas

penais se aplicam a um mesmo caso. Entretanto, existem princípios que permitem

solucionar essa dualidade das normas, motivo pelo qual dizemos que há apenas um

conflito aparente de normas penais.

2. (MPE-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Os princípios que resolvem o conflito aparen-

te de normas são:

a) especialidade, legalidade, intranscendência e alternatividade.

b) especialidade, legalidade, consunção e alternatividade.

c) especialidade, subsidiariedade, consunção e alternatividade.

d) legalidade, intranscendência, consunção e alternatividade.

e) legalidade, consunção, subsidiariedade e alternatividade.

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Letra c.

Questão fácil, fácil. Os princípios utilizados para solucionar o conflito aparente de

normas penais, conforme estudamos, são os princípios da especialidade, subsidia-

riedade, consunção e alternatividade.

3. (FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO) Constituem princípios que se destinam a solu-

cionar o conflito aparente de normas:

a) proporcionalidade e especialidade.

b) excepcionalidade e proporcionalidade.

c) especialidade e fragmentariedade.

d) subsidiariedade e especialidade.

e) excepcionalidade e subsidiariedade.

Letra d.

Questão ainda mais fácil que a anterior, visto que o examinador se limitou a apenas

dois dos quatro princípios utilizados para solucionar o conflito aparente de normas

penais: a subsidiariedade e especialidade.

Por incrível que pareça, uma questão como essa tem mais de 18% de erros em

bases de dados on-line (mais de 3.200 respostas erradas)!

Veja como até mesmo uma revisão superficial de um tema pode fazer a diferença

na sua colocação!

4. (FCC/DPE-MT/DEFENSOR PÚBLICO) O crime de furto, com arrombamento em

casa habitada, absorve os delitos de dano e invasão de domicílio. Nesse caso, o

conflito aparente de normas foi solucionado pelo princípio da

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a) legalidade.
b) consunção.
c) especialidade.
d) subsidiariedade.
e) alternatividade.

Letra b.
Excelente questão. No caso apresentado pelo examinador, o arrombamento da casa
e a invasão de domicílio são crimes-meio (são um meio para a obtenção do resulta-
do desejado pelo agente: o furto). Dessa forma, estamos diante da absorção dos
crimes-meio pelo crime-fim, com a aplicação do chamado princípio da consunção!

5. (VUNESP/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO) “Um fato definido por uma norma incri-


minadora é meio necessário ou normal fase de preparação ou execução de outro
crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente, come-
tida com a mesma finalidade prática atinente àquele crime”.
No conflito aparente de normas, esta afirmação explica o princípio da
a) especialidade.
b) subsidiariedade.
c) alternatividade.
d) consunção.

Letra d.
Na mesma esteira da questão anterior, o examinador apresenta o conceito da
absorção do crime-meio pelo crime-fim, que nada mais é do que a essência do

princípio da consunção!

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6. (FCC/TJ-RR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Para solucionar questão relacio-

nada a conflito aparente de normas, o intérprete pode valer-se, dentre outros, do

princípio da

a) especialidade.

b) fragmentariedade.

c) anterioridade.

d) irretroatividade.

e) taxatividade.

Letra a.

Questão simples. Acho que o examinador só incluiu essa para que os candidatos

não zerassem a prova de Juiz. Como você já sabe, um dos princípios aplicáveis para

solucionar o conflito aparente de normas é o da ESPECIALIDADE.

7. (FCC/TCM-GO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Pedro sub-

traiu bem móvel pertencente à Administração pública, valendo-se da facilidade

propiciada pela condição de funcionário público. Pedro responderá pelo crime de

peculato e não pelo delito de furto em decorrência do princípio da

a) subsidiariedade.

b) consunção.

c) especialidade.

d) progressão criminosa.

e) alternatividade.

Letra c.

Oras, nesse caso, estamos diante da possibilidade de aplicação de duas normas,

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uma mais específica (peculato furto) e outra genérica (furto), de modo que deve

prevalecer a norma específica, por força do princípio da especialidade.

8. (FGV/TJ-RO/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Henrique, não aceitando o fim do relaciona-

mento, decide matar Paola, sua ex-namorada. Para tanto, aguardou na rua a saída

da vítima do trabalho e, após, desferiu-lhe diversas facadas na barriga, sendo estas

lesões a causa eficiente de sua morte. Foi identificado por câmeras de segurança,

porém, e denunciado pela prática de homicídio consumado. Em relação ao crime

de lesão corporal, é correto afirmar que Henrique não foi denunciado com base no

princípio da:

a) especialidade.

b) subsidiariedade expressa.

c) alternatividade.

d) subsidiariedade tácita.

e) consunção.

Letra e.

Mais uma vez, o crime-meio (lesões corporais) só foi praticado de modo que se

chegasse ao resultado almejado pelo agente (o homicídio). Por esse motivo, temos

a aplicação do princípio da CONSUNÇÃO.

9. (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO) Na consideração de que o crime de falso

se exaure no estelionato, responsabilizando-se o agente apenas por este crime, o

princípio aplicado para o aparente conflito de normas é o da

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a) subsidiariedade.

b) consunção.

c) especialidade.

d) alternatividade.

e) instrumentalidade.

Letra b.

Lembre-se: sempre que um crime foi meio de execução para que outro crime seja

praticado, estaremos diante da aplicação do princípio da CONSUNÇÃO, que, como

você já deve ter percebido, despenca em provas de concursos!

10. (FCC/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO) A absorção do crime-meio pelo crime-fim

configura aplicação do princípio da

a) sucessividade.

b) alternatividade.

c) consunção.

d) especialidade.

e) subsidiariedade.

Letra c.

Essa foi só para confirmar que eu não estou mentindo: princípio da consunção DE NOVO!

11. (VUNESP/TJ-RJ/JUIZ) O agente que mata alguém, por imprudência, negligên-

cia ou imperícia, na direção de veículo automotor, comete o crime previsto no art.

302, da Lei n.º 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), e não o crime previsto no

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art. 121, § 3.º, do Código Penal. Assinale, dentre os princípios adiante menciona-

dos, em qual deles está fundamentada tal afirmativa.

a) Princípio da consunção.

b) Princípio da alternatividade.

c) Princípio da especialidade.

d) Princípio da legalidade.

Letra c.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), uma norma especial, mais específica, preva-

leceu sobre uma norma geral (o Código Penal). Quando um delito espécie prevalece

sobre um delito genérico, temos a aplicação do princípio da ESPECIALIDADE. Mas

essa eu tenho certeza de que você já sabia!

12. (IBFC/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA II) O crime de infanticídio, descrito

no artigo 123 do Código Penal, tem núcleo idêntico ao do crime de homicídio, pre-

visto no artigo 121, caput, do mesmo código, qual seja: “matar alguém”. Todavia, o

artigo 123 exige, para sua consumação, a presença, no caso concreto de elementos

diferenciadores, por exemplo, a autora ser genitora da vítima e influência do estado

puerperal, o que faz com que prevaleça sobre o tipo penal, genérico, do artigo 121.”

O enunciado refere-se ao:

a) Princípio da Especialidade.

b) Princípio da Alternatividade.

c) Princípio da Consunção.

d) Princípio da Subsidiariedade.

e) Princípio da Reserva Legal.

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Letra a.

Essa o examinador utilizou até o mesmo exemplo que o seu professor!

O infanticídio é praticamente uma espécie de homicídio (haja vista que matar um

bebê também é matar alguém). Quando o agente pratica um delito e existe essa

relação de gênero-espécie entre dois tipos penais, estamos diante da aplicação do

princípio da especialidade!

13. (ACAFE/PC-SC/DELEGADO DE POLÍCIA) Ocorre conflito aparente de normas

penais quando ao mesmo fato parecem ser aplicáveis duas ou mais normas (ou

tipos). A solução do conflito aparente de normas dá-se pelo emprego de alguns

princípios (ou critérios), os quais, ao tempo em que afastam a incidência de certas

normas, indicam aquela que deverá regulamentar o caso concreto. Os princípios

que solucionam o conflito aparente de normas, segundo a doutrina penal são: o da

especialidade, o da subsidiariedade, o da consunção e o da alternatividade.

Acerca do princípio da especialidade, todas as alternativas estão corretas, exceto a:

a) O princípio da especialidade determina que o tipo penal especial prevalece sobre

o tipo penal de caráter geral afastando, desta forma, o bis in idem, pois a conduta

do agente só é enquadrada na norma incriminadora especial, embora também es-

tivesse descrita na geral.

b) Para se saber qual norma é geral e qual é especial é preciso analisar o fato

concreto praticado, não bastando que se comparem abstratamente as descrições

contidas nos tipos penais.

c) A comparação entre as leis não se faz da mais grave para a menos grave, nem

da mais completa para a menos completa. A norma especial pode descrever tanto

um crime mais leve quanto um mais grave.

d) O princípio da especialidade é o único previsto expressamente no Código Penal.

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Letra b.

Embora comparar o caso concreto com a norma facilite a determinação de qual

tipo penal se configurou, a mera comparação dos tipos penais e de suas des-

crições é suficiente para que você perceba se uma norma é geral e se a

outra é especial.

Basta analisar os delitos de homicídio e de infanticídio que percebemos isto: não

é necessária uma situação real para que possamos perceber que ambos os tipos

penais guardam uma relação de gênero e espécie!

Por esse motivo, a assertiva B é a incorreta, como solicitou o examinador.

14. (VUNESP/TJ-SP/JUIZ) O crime de dano (CP, art. 163), norma menos grave,

funciona como elemento do crime de furto qualificado pelo rompimento de obstá-

culo à subtração da coisa (CP, art. 155, § 4º, inciso I).

Nesta hipótese, o crime de dano é excluído pela norma mais grave, em função

do princípio da

a) especialidade.

b) consunção.

c) subsidiariedade tácita ou implícita.

d) subsidiariedade expressa ou explícita.

Letra c.

Quando temos um delito primário e um delito subsidiário, estaremos diante do

princípio da subsidiariedade. Veja que o dano é um pressuposto do furto qualificado

(elementar), motivo pelo qual o furto qualificado é uma norma primária, e o dano,

uma norma subsidiária.

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Lembre-se, ainda, de que tal princípio pode ser tácito ou expresso. Quando

o legislador escreve “se o fato não constitui crime mais grave”, estaremos

diante da subsidiariedade expressa, o que não é o caso do delito de dano,

motivo pelo qual o que encontramos aqui é o fenômeno da subsidiariedade

tática ou implícita!

15. (FCC/MPE-SE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO) Para a solução de ques-

tões relacionadas a conflito aparente de normas, cabível a adoção do princípio da

a) subsidiariedade.

b) fragmentariedade.

c) anterioridade.

d) tipicidade.

e) culpabilidade.

Letra a.

Questão fácil demais. Um dos quatro princípios utilizados para solucionar o conflito

aparente de normas penais é o da subsidiariedade.

16. (VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) Para subtrair um automóvel, “X”, de

forma violenta, danificou a sua porta. Nesse caso, “X” deverá responder

a) pelo crime de roubo, visto que se utilizou de violência para danificar a porta.

b) apenas pelo crime de furto, em razão do princípio da subsidiariedade.

c) apenas pelo crime de furto, em razão do princípio da consunção.

d) pelos crimes de furto e de dano.

e) apenas pelo crime de furto, em razão do princípio da especialidade.

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Letra c.

Questão bem elaborada, pois pode confundir o(a) aluno(a), que acaba ficando em

dúvida entre os princípios da subsidiariedade e da consunção.

Mas basta pensar assim: o dano na porta foi um crime-meio para a realização do

crime-fim (o furto). Dessa forma, será absolvido por esse último, por meio do prin-

cípio da CONSUNÇÃO!

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