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PROJETO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DO


PARANOÁ - UASB COMPARTIMENTADO SEGUIDO DE LAGOA
DE ALTA TAXA E ESCOAMENTO NO SOLO

Klaus Dieter Neder(1)


Engenheiro Civil - 1978 - Universidade de Brasília, Especialização em
Engenharia Sanitária - 1987/1988, Aachen, Alemanha, Atualmente é
Superintendente de projetos e obras de esgotos da Caesb.
Antônio Luis Harada
Engenheiro Civil - 1986 - Universidade De Brasília, Especialização em
Engenharia Sanitária - 1994, Loughbourogh, Inglaterra. Atualmente é
Coordenador de apoio técnico da Superintendência de projetos de esgotos
da Caesb.

Endereço(1): S.C.S. Ed. Caesb - quadra 04, bloco A - 67/97 - Brasília - DF - Brasil - CEP:
70300-908 - Tel: (061) 322-3702 - Fax: (061) 325-7104.

RESUMO

É apresentada a concepção de projeto e dimensionamento da estação de tratamento de esgotos


da localidade do Paranoá em Brasília, com população prevista para 60.000 Hab. Por se situar
fora da bacia de drenagem do lago Paranoá, esta estação prevê apenas o tratamento
secundário dos esgotos, de acordo com a capacidade de diluição do corpo receptor.
Baseando-se na experiência de Brasília com o uso de reatores do tipo UASB compartimentado
e lagoa de alta taxa, estes processos foram utilizados para promover a remoção da matéria
orgânica e sólidos do esgoto, utilizando ainda o escoamento sobre o solo como forma de
polimento final. O processo mostrou-se economicamente viável, ocupando uma área semelhante
àquela que seria ocupada por uma lagoa de estabilização convencional, com menores custos de
instalação.

PALAVRAS -CHAVE: Tratamento de Esgotos, Lagoas de estabilização, Lagoas de Alta


Taxa, Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente.

INTRODUÇÃO

A localidade do Paranoá situa -se nos limites da bacia de drenagem do lago Paranoá, tendo sido
projetada para cerca de 60.000 Habitantes. Os esgotos da localidade já são coletados a
aproximadamente 4 anos, sendo lançados no rio Paranoá, a juzante da barragem do lago de
mesmo nome. O rio Paranoá apresenta baixa capacidade de diluição de efluentes, notadamente
na época de seca, quando o lago, por certos períodos, não apresenta descarga. Esta
característica implicou na necessidade da concepção de uma estação de tratamento que

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proporcionasse alto grau de remoção de matéria orgânica, em níveis acima de 90 % de


remoção de DBO.

CONCEPÇÃO DO SISTEMA

A principal e mais importante característica da região do entorno da cidade do Paranoá é a


grande disponibilidade de área para a instalação da estação de tratamento de seus esgotos. Este
fato levou à consideração de processos de tratamento que possam aproveitar esta
disponibilidade, através do uso extensivo do terreno. O uso de grandes áreas para o tratamento
dos esgotos, se por um lado apresenta o inconveniente do uso da área em si, pelo outro
acarreta em uma série de vantagens associadas, que acabam tendo um valor maior que o que
normalmente se considera para estes casos. Dentre estas vantagens pode ser citado:

- O baixo impacto ambiental que a estação representa, especialmente se considerarmos as


opções que normalmente se verificam para o uso alternativo da área, caso a mesma não
fosse construída. Com o uso extensivo do terreno, o tratamento dos esgotos passa a ser
efetuado com cargas por unidade de área bastante reduzidas, minimizando o impacto do
tratamento sobre o meio ambiente. Uma lagoa de estabilização projetada com parâmetros
conservadores de projeto, tende a se aproximar mais de uma lagoa comum do que de uma
unidade de tratamento. Unidades de tratamento que fazem o uso extensivo do terreno
tendem a se tornar uma espécie de refugio para a fauna da região, principalmente para certos
tipos de pássaros e animais. O impacto de uma estação de tratamento mecanizada sobre a
vizinhança provavelmente é maior do que aquele decorrente de uma estação com uso
extensivo de terreno.

- O uso de cargas baixas por unidade de área utilizada, faz com que um elevado nível de
desempenho seja obtido com alta confiabilidade, com grande estabilidade de resultados.
Estes resultados são obtidos mesmo com um baixo índice de intervenção humana na
condução do processo, fato muito expressivo quando lembramos que o esgoto corre 24
horas por dia, 365 dias por ano, faça chuva ou faça sol. O nível de intervenção em
processos mais mecanizados é muitas vezes subestimado quando se projeta estações de
tratamento, demandando uma estrutura bastante profissional para acompanhamento, muitas
vezes inexistente.

- A utilização de processos naturais de tratamento, que implicam em grandes áreas de


implantação, permitem a utilização de tecnologias simplificadas, tanto a nível de obras civis
como principalmente de equipamentos, acarretando em menores custos de implantação
quando comparado a processos mecanizados, muitas vezes mesmo se considerando o custo
do terreno.

Desta forma a Caesb tem dado preferência à utilização de unidades que procurem processos
naturais de tratamento, só partindo para processos mecanizados quando se verificar absoluta
falta de área disponível.

No caso da ETE Paranoá, a área escolhida para a implantação da unidade apresenta topografia
bastante regular, tratando-se de um plano inclinado com declividade da ordem de 5%. No

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projeto procurou-se conceber uma estação de tratamento que permitisse tomar partido desta
topografia, procurando soluções que minimizassem a necessidade de movimentos de terra,
utilizando tanques de desenvolvimento acompanhando a curva de nível, como seria o caso de
lagoas em fluxo de pistão, ou mesmo que aproveitem a própria declividade natural do terreno,
como é o caso do escoamento no solo.

Para a definição do tipo de tratamento procurou-se seguir a filosofia geral apresentada, que
pode ser resumida na adoção de processos naturais de tratamento, com baixo grau de
mecanização e que proporcionem alta confiabilidade no desempenho. Para atingir estes
objetivos foi prevista a utilização de três etapas de tratamento, que possam atuar de forma
atingir o efluente desejado. O uso de mais de uma etapa de tratamento procura utilizar
processos que tenham virtudes em áreas distintas de tratamento, de forma a otimizar o
tratamento nos diversos parâmetros em que se deseja remoção da carga poluente. Para a ETE
Paranoá, o principal objetivo do tratamento é a remoção da matéria orgânica , dos sólidos e
dos patogênicos afluentes nos esgotos. Os processos escolhidos atuam de forma diferenciada
sobre estes parâmetros, atuando de forma complementar entre si.

Como primeira etapa de tratamento adotou-se o reator UASB compartimentado, de acordo


com um modelo já utilizado em Brasília, que tem apresentado bons resultados operacionais. O
reator foi concebido dentro do principio de que forma e função independem do material e
tecnologia construtiva que se vai empregar. Desta foi utilizado um tanque moldado e estruturado
no próprio solo, conforme modelo já descrito em (1), proporcionando:

Tecnologia simplificada de construção


Custo de instalação e operação extremamente reduzido.
Alta capacidade de remoção de sólidos e matéria orgânica
Operação simples e estável

Este reator trabalha basicamente com a retenção física e posterior digestão da maior
parte da matéria orgânica particulada e sólidos em suspensão afluentes. O mesmo permite na
primeira etapa de tratamento a remoção em alto grau destes poluentes, apresentando um
efluente composto principalmente de matéria orgânica solúvel e sólidos em suspensão. Estes
últimos encontram-se em grande parte estabilizados, já que tratam-se de perda de sólidos
oriundos da manta de lodo que existe no interior do reator.

Para a segunda etapa de tratamento utilizou-se um processo cuja principal virtude é a oxidação
da matéria orgânica solúvel. Para tanto foi empregada a lagoa de alta taxa, cujo desempenho já
foi comprovado em experimentos efetuados em Brasília (2). Este processo nos parece ser a
evolução do processo de tratamento por lagoa de estabilização , já que otimiza a produção de
oxigênio na lagoa, possuindo as seguintes características.

Custo de instalação menor que o de lagoas convencionais.


Alta capacidade de remoção de matéria orgânica solúvel.
Rotina operacional constante ao longo do ano.
Remoção de patogênicos

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A lagoa de alta taxa possui em seu efluente uma grande concentração de sólidos, formados
principalmente por algas e demais sólidos em suspensão característicos do processo aeróbio.
Nas lagoas de alta taxa estes sólidos são acentuados já que neste tipo de lagoa se introduz
energia para conferir movimento à massa líquida, favorecendo a manutenção de parte dos
sólidos em suspensão, inclusive daqueles originários do reator anaeróbio. Para a terceira etapa
de tratamento buscou-se então um processo que tenha como maior virtude a capacidade de
retenção de sólidos. Pelas características do terreno e principalmente do custo envolvido,
adotou-se o escoamento no solo como última etapa de tratamento, já que este se adapta
naturalmente na declividade da área, possuindo as seguintes virtudes:

Custo de instalação e operação extremamente reduzido.


Alta capacidade de remoção de sólidos
Operação simples e estável

A experiência tem mostrado(7), que este processo tem limitações no que se refere à remoção
de algas, apresentando eficiência da ordem de 50 a 60%, o que levaria o efluente a se
apresentar dentro dos valores usuais dos efluentes de lagoas convencionais. O uso deste
processo com polimento das lagoas de alta taxa deverá apresentar eficiência mais elevadas
tendo em vista as algas deste tipo de tratamento se apresentarem mais pesadas que as de lagoas
convencionais.

Diante dos processos escolhidos, a Tabela 1 a seguir demostra o efeito do uso de processos
distintos para se efetuar o tratamento, apresentando sua complementaridade no que diz respeito
aos poluentes que se deseja remover.

TABELA 1 - Características dos processos adotados.


PROCESSO Remoção de DBO Remoção de sólidos Remoção de patogênicos
UASB + + -
Lagoa de Alta Taxa + - +
Disposição no solo + + -
+ Remoção significativa
- Remoção inexpressiva

LAY-OUT ADOTADO

- Gradeamento. Foi previsto um sistema composto de grade grossa manual, com abertura de
5 cm e um sistema de gradeamento mecanizado, com abertura de 2,0 cm.
- Desarenador. Adotou-se um tanque sedimentação de areia com remoção mecanizada. Por
medida de economia a linha reserva do gradeamento e da desarenação é de limpeza manual.
- Reatores anaeróbios compartimentados de fluxo ascendente. Foram projetados três tanques
em paralelo, compostos de duas câmaras em série cada, com tempo de detenção de 8 horas
para a vazão média. Os tanques são escavados e estruturados no próprio solo e revestido
com uma camada de argamassa armada não estrutural.

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- Lagoas de alta taxa. Para uma melhor adaptação à topografia da área, foram projetadas 9
lagoas de alta taxa, alinhadas com as curvas de nível do terreno, com profundidade de até
50 cm e tempo de detenção de 4 dias.
- Leitos de escoamento no solo. Foram projetados 6 leitos de escoamento no solo, adaptados
naturalmente na topografia da área.
- Leitos de disposição de lodo. Foram projetadas 2 baias de disposição no solo natural, para
recebimento do lodo de descarte dos reatores anaeróbios.

Com as características descritas, a estação foi detalhada com as seguintes unidades, conforme
Fig.1 a seguir.

FIG. 1 - LAY-OUT ADOTADO.

DIMENSIONAMENTO

A unidade foi projetada para atender a uma população de 60.000 Hab., com os parâmetros
básico constantes da Tabela 2:

TABELA 2 - Parâmetros de projeto.


ETE PARANOÁ
Parâmetro Unid. Qtd. Observações
População contribuinte Hab 60.000
Per-capita DBO g/hab.dia 54,00 Adotado

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Per-capita esgoto l/hab.dia 120,00 Adotado


Vazão média m3/dia 8.752,00
Carga DBO kg DBO/dia 3.240,00

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O dimensionamento da estação teve como critérios principais:

- Reatores anaeróbios:
Baseou-se no tempo de detenção desejado em cada câmara do reator, respeitando-se a taxa
máxima de aplicação superficial na área de decantação. Foram verificados os volumes
disponíveis para o manto de lodo e a idade de lodo decorrente. Na Tabela 3 a seguir são
apresentados os principais parâmetros considerados no dimensionamento dos reatores,
devendo ser destacado o tempo de detenção em Q médio de 9,5 horas, baseando-se na
experiência descrita em (1) e (2).

TABELA 3 - Parâmetros de projeto.


REATORES DE FLUXO ASCENDENTE
Parâmetro Unid. Qtd. Observações
População contribuinte Hab 60.000
Per-capita DBO g/hab.dia 54,00
Per-capita esgoto l/hab.dia 120,00
Vazão média m3/dia 8.752,00
Carga DBO kg DBO/dia 3.240,00
Número de reatores unid. 3
Volume do reator m3 1121,00 Volume máx. desejável
Tempo de detenção em Qméd. Hora 9,22 Adotado
Tempo de detenção em Qmáx. Hora 5,12 Adotado
a
Volume 1 câmara m3 448,00 Adotado
a
Volume 2 câmara m3 674,00 Adotado
Taxa superficial 1a câmara m/hora 1,30
Taxa superficial 2a câmara m/hora 0,87
Volume de lodo estimado m3 557,00 aprox. 50% reator
Massa de lodo total kg 11.153,00
Massa de lodo ativo kg 5.576,00
Carga aplicada gDBO/gSSV.dia 0,19
Idade de lodo desejada dias 40
Descarte mensal de lodo m3 418

- Lagoas de alta taxa:


Tiveram sua área definida em função da produção de oxigênio/m2.dia esperada para as
condições climáticas de Brasília, tendo em vista uma profundidade média de 50 cm, conforme
experiência relatada em (4).

- Propulsores:
Dimensionados para proporcionar a movimentação da massa líquida da lagoa de alta taxa de
forma a obter uma velocidade horizontal da ordem de 5 a 15 cm/seg.

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- Baias de escoamento no solo:


Dimensionadas em função da taxa de aplicação recomendada pela EPA para esgotos pré-
decantados (6), utilizando uma taxa mais elevada em função do tipo de tratamento existente na
estação.

Os principais parâmetros de dimensionamento das lagoas de alta taxa e das baias de disposição
no solo estão condensados na Tabela 4.

TABELA 4 - Parâmetros de projeto.


LAGOAS DE ALTA TAXA
Parâmetro Unid. Qtd. Observações
População contribuinte Hab 60.000
Per-capita DBO g/hab.dia 54,00
Per-capita esgoto l/hab.dia 120,00
Vazão média m3/dia 8.752,00
Carga DBO kg DBO/dia 3.240,00
Remoção prévia % 50,00 Eficiência esperada nos
reatores
Temperatura ºC 20,00 média adotada
Intensidade de Luz cal/cm2.dia 400,00 média adotada
Profundidade m 0,45 Na prática pode variar até
60 cm
Produtividade esperada g/m2.dia 24,50 Função da temperatura e
da intensidade de luz
Produção de O2 g/m2.dia 22,78 Decorre do crescimento
das algas
Carga de DBO removível g/dia 28,12 DBO que pode ser
eliminada com o oxigênio
produzido
Área necessária m2 57.603,16
Tempo de detenção dia 2,6
Concentração efluente mgSS/l 392,02
Área adotada m2 68.103,00
Tempo de detenção adotado dia 3,5
LEITOS DE DISPOSIÇÃO
Largura do terraço m 45,00
Taxa de aplicação m3/m.h 0,50
Período de aplicação h/24.h 12,00
Freqüência de aplicação dias/semana 7,00
Metragem aplicação m 600,00
Metragem de distribuição m

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CONCLUSÕES

As características construtivas e de processo utilizadas na ETE Paranoá em Brasília, permitiram


construir um sistema completo de tratamento a nível secundário a um custo da ordem de 33,50
Reais por habitante atendido.

No Distrito Federal, no caso de estações de médio porte, a utilização do processo descrito


tornou-se uma alternativa mais atraente, nos aspectos de custo e eficiência operacional, em
relação ao processo usual de emprego de lagoas convencionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. E. Souza. (1987) Criteria for the utilization, design and operation of UASB reactors.
Anais do Simpósio Internacional de tratamento anaeróbio. São Paulo.
2. K.D.Neder, S.P.Sampaio, M.T.Pinto,M.L.Luduvice(1995).Reator Anaeróbio
compartimentado seguido de filtro intermitente de areia.ETE Torto. Anais do 18º
Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
3. D. Neder. (1993) Lagoa de estabilização de Samambaia, novas tecnologias no
tratamento de esgotos domésticos por lagoas de estabilização. Anais do 17º Congresso
Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental
4. Y.Azov, G. Shelef.(1982).Operation of high-rate oxidation ponds: Theory and
experiments. Water Research, Vol. 16, pp 1153 to1160.
5. Filho, P.A.Sobrinho, R.F. de Figueiredo,(1995). Desempenho do sistema de tratamento
de esgotos doméstico no solo pelo método do escoamento superficial. Anais do 18º
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6. US EPA.(1984) Process design manual for land treatment of municipal
wastewater.
7. Witherow, B. Bledsoe (1983). Algae removal by the overland flow processss. Journal
WPCF, Vol. 55, Number 10, pp1256 to 1262.
8. J. Oswald (1991). Introduction to advanced integrated wastewater ponding systems.
Wat. Sci. Tech. Vol. 24, No 5, pp 1 to 7.

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