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Engenharia Elétrica
Sistemas Elétricos de Potência II
Fluxo de Potência
Conceitos
2016
Sistemas Elétricos de Potência II
Introdução
• Os sistemas elétricos de potência (SEP) são concebidos, mantidos e operados dentro de
padrões técnicos definidos, de forma que a energia ofertada apresente qualidade e
custos equilibrados, tanto para as concessionárias quanto para a sociedade. Para
atender esses requisitos, é necessário avaliar o comportamento do sistema elétrico sob
diversas condições, estáticas e dinâmicas.
• O fluxo de potência é uma das mais importantes ferramentas disponíveis para análise
estática, tanto no planejamento quanto na operação dos sistemas elétricos,
permitindo, por exemplo, diagnosticar eventuais problemas nos elementos dessas
redes.
• Fornece a solução de uma rede elétrica, em regime permanente, para uma dada
condição de operação, isto é, para uma dada condição de carga e geração, sujeitas a
restrições operativas e à ação de dispositivos de controle.
Sistemas Elétricos de Potência II
Aplicações
• Ferramenta para análise da adequação de uma topologia do sistema para uma dada
condição de geração e carga. Utilizado no planejamento, operação e controle do
sistema de potência.
• Operação
• Elementos conectados entre dois nós (sem conexão com a terra). Exemplos:
transformadores (TR), defasadores e linhas de transmissão curtas (LT) e linhas de
distribuição.
Sistemas Elétricos de Potência II
Modelagem dos componentes
• Parte externa da rede: Geradores e cargas. São modeladas como injeções de potência
ativa e reativa nos nós (ou nas barras).
• O problema do fluxo de carga pode ser formulado por equações (que correspondem à
lei de Kirchhoff) e por inequações (conjunto de restrições operacionais do sistema)
não–lineares .
• A cada barra da rede são associadas quatro variáveis, sendo duas delas conhecidas e
duas incógnitas:
Vk : módulo da tensão na barra k
Θk : ângulo da tensão na barra k
Pk : potência ativa resultante (injetada-consumida) na barra k
Qk : potência reativa resultante (injetada-consumida) na barra k
Sistemas Elétricos de Potência II
Formulação básica
• Impedâncias da rede;
• Potência ativa gerada e consumida nas barras PQ e PV.
• Potência reativa gerada e consumida nas barras PQ.
• Módulo da tensão nas barras PV e Vθ.
• Ângulo de referência na barra Vθ (Slack). Em geral este ângulo é nulo.
• As potências absorvidas pelas cargas têm sinal negativo para indicar uma entrada
negativa de potência ao sistema. De forma análoga, a potência injetada por geradores
têm sinal positivo.
Onde:
[ I ] – Matriz das injeções de correntes
[ Y ] – Matriz de admitâncias
[ V ] – Matriz das tensões de barras
[ Z ] – Matriz de impedâncias
Sistemas Elétricos de Potência II
Formulação básica
a) Equações de corrente em termos de tensões: [I]=[Y].[V]
Sendo:
Sistemas Elétricos de Potência II
Formulação básica
Procura-se V1, V2 e V3;
Montagem de YBARRA:
São dados I1, I2, I3, Y1, Y2, Y3, Y4, Y5;
V2
I1 I2 I3 Aplica-se lei de Kirchoff para obtenção das
V1 V3 equações do circuito;
I1 = (V1–V2)*Y1 + V1*Y3
I3 = (V3–V2)*Y2 + V3*Y5
Sistemas Elétricos de Potência II
Formulação básica
Rearranjando as equações, colocando-
Montagem de YBARRA:
se as tensões em evidência:
V2
I1 = ( Y1 + Y3 )*V1 – Y1*V2
I1 I2 I3
V1 V3
I2 = ( Y1+Y2+Y4 )*V2 – Y1*V1 – Y2*V3
YBARRA
Sistemas Elétricos de Potência II
Formulação básica
Montagem de YBARRA: ( + ) − 0
= − ( + + ) −
V2 0 − ( + )
I1 I2 I3
V1 V3
Os elementos da diagonal principal da matriz
admitância Y são as admitâncias próprias dos
nós:
1) Simétrica;
2) Complexa;
3) Quadrada de dimensão n, onde n é o número de barras do sistema sem contar a barra de
referência;
4) Esparsa, mais de 95% dos elementos é nulo, o que é uma vantagem;
5) Os elementos da diagonal principal Yii são o somatório das admitâncias diretamente
ligadas à barra i;
6) Os elementos fora da diagonal principal Yij são o simétrico da soma das admitâncias que
ligam as barras i e j.
As equações podem ser escritas em termos de potências ativa e reativa injetadas nos nós.
Neste caso, elas são não-lineares, da forma:
[ P + jQ ] = f (Y, V, θ)
Esta é a abordagem mais indicada para modelar o sistema elétrico em estudos de fluxo de
potência, uma vez que normalmente são conhecidas P e Q (cargas) ou P e V (geradores)
para as barras, e não V ou I.
Cada barra é modelada por duas equações para solução do fluxo de carga. As equações
levam em consideração que as potências ativas e reativas injetadas na barra são iguais à
soma dos fluxos correspondentes que deixam a barra através das linhas e transformadores.
Convenciona-se que o fluxo de potência é positivo quando sai da barra e negativo quando
entra na barra.
Sistemas Elétricos de Potência II
Métodos de solução
a) Métodos baseados em YBARRA:
Estes métodos têm como vantagem a formulação simples e pouca necessidade de memória
devido a esparsidade de YBARRA ser maior que 95%. Como exemplo o método de Gauss-
Seidel.
d) Métodos Desacoplados:
Este método é uma particularização do método de Newton-Raphson em que se deixa
apenas a dependência entre a tensão e a potência reativa (V e Q) e entre a potência ativa e
o ângulo da tensão da barra (P e θ). Tem como vantagem ser rápido e utilizar pouca
memória. A desvantagem é que só pode ser aplicado a sistemas com características
apropriadas.
e) Método Linearizado:
Este é um método aproximado de solução que analisa somente o fluxo de potência ativa,
também chamado de fluxo DC.
Sistemas Elétricos de Potência II
FIM