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CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSO

CUIDADOS PALIATIVOS

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PROFº JOSÉ MARCOS - FAFIA
DEFINIÇÃO

• É o estudo e controle de pacientes com doença ativa, progressiva e avançada, para quem
o prognóstico é limitado e a assistência é voltada para a qualidade de vida.

São cuidados totais ativos prestados a pacientes com

doença incurável que não respondem a tratamento curativo,

sendo fundamental o controle da dor e de outros sintomas,

problemas psicológicos, sociais e espirituais (OMS).

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A QUEM SÃO DESTINADOS

• Os cuidados paliativos são indicados para todas as pessoas que sofrem de uma
doença que ameaça a vida e que piora ao longo do tempo, sendo, também,
conhecida como doença terminal.

• Assim, não é verdade que estes cuidados são feitos quando já não há mais "nada
para fazer", pois ainda podem ser oferecidos cuidados essenciais para o bem-estar
e qualidade de vida da pessoa, independente do seu tempo de vida.

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• Nos cuidados paliativos, a enfermagem atua em equipes interdisciplinares,

buscando oferecer um cuidado profissional que reduza o sofrimento e promova

o conforto e a dignidade do paciente e da família, atendendo as necessidades

básicas de saúde física, emocional, espiritual e social.

• A enfermagem têm, nos cuidados paliativos, a qualidade de vida como o

principal objetivo, oferecendo meios que garantam mais vidas aos anos, ao

invés de anos à vida.

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O QUE É PACIENTE TERMINAL?
• É o paciente com perspectiva de morte em um período curto de tempo.

• O perfil dos pacientes tem modificado e doenças graves, como o câncer,


tendem a se tornar crônicas. Todos os pacientes são enquadrados, mas
deve-se enfocar aqueles com doenças progressivas e avançadas,
independente do diagnóstico.

• O objetivo é conduzir cuidados de higiene e conforto, aliviando a dor e


controlando qualquer outro sintoma que cause sofrimento.

• No idoso, relaciona-se à fragilidade ao declínio funcional e a falência


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orgânica.
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OS CINCO ESTÁGIOS DA PERSPECTIVA DE MORTE

• A reação psíquica determinada pela experiência com a morte, ou mesmo diante de um


diagnóstico médico associado com a perspectiva de vir a morrer foi descrita por
Elisabeth Kubler-Ross como tendo cinco estágios (BERKOWITZ, 2001).

• NEGAÇÃO E ISOLAMENTO

• RAIVA

• BARGANHA

• DEPRESSÃO

• ACEITAÇÃO 6

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NEGAÇÃO E ISOLAMENTO - A negação e o isolamento são mecanismos de defesas temporários do ego
contra a dor psíquica diante da morte.

RAIVA - Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do ego manter a negação e o
isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de
quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e
ressentimento.
BARGANHA - Havendo deixado de lado a negação e o isolamento, “percebendo” que a raiva também
não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com
deus e, normalmente, mantidas em segredo.
DEPRESSÃO - A depressão aparece quando o paciente toma consciência de sua debilidade física,
quando já não consegue negar suas condições de doente, quando as perspectivas da morte são
claramente sentidas. Aqui a depressão assume um quadro clínico mais típico e característico; desânimo,
desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc.
ACEITAÇÃO - Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem nega sua realidade.
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Esse é um momento de repouso e serenidade antes da longa viagem.
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ONDE MORRER?

• Em nossa diversidade cultural a abordagem


deve ser individualizada, mas sempre
oferecendo as opções do domicilio, hospices,
ILPIS, hospitais e unidades de cuidados
paliativos.

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ENFERMAGEM EM CUIDADOS PALIATIVOS
• No processo de morte e morrer vê diariamente o sofrimento destes
pacientes e de seus familiares na espera da morte, até que ela
chegue. Tais eventos tornam-se cotidiano da profissão, porém na
maioria das vezes, os profissionais não sabem como lidar estas
situações. Isto é um evento comum nos profissionais, onde já não
conseguem enxergar a morte como natural. Então é necessário que a
enfermagem desenvolva estratégias para que isto não lhe afete tão
nocivamente em longo prazo. (SILVA, MOTA,BOTENE, 2016; SALES &
ALENCASTRE , 2003)


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• Em alguns momentos, a enfermagem pode se sentir

impotente, visto que não pode fazer mais nada por um

paciente, ou despreparada em outros, em vista que

apenas aprendeu a curar. A morte eminente pode fazer

com que estes sentimentos primários se transformem,

em raiva, frustração, visto que muitos materializam o

evento que era natural, como de sua

responsabilidade, como se pudessem ter feito algo

mais, ou evitado alguma atitude (Franco et al, 2017).


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DEVEMOS TOMAR CUIDADO
O tecnicismo e o reducionismo surgem quando o cuidado perde a sua essência, o

que pode ser fomentado pelos avanços de recursos tecnológicos que se tornam cada vez

mais presentes e dominantes na assistência, pois proporcionam maiores possibilidades

de cura, reduzindo a visão dos profissionais a uma visão de remediar, medicar ou

intenso curativismo, como se todas as condições de saúde fossem medicáveis, até

mesmo na situação de terminalidade e eminente morte (Franco et al, 2017).

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