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Disciplina:

Motores a Combustão Interna

Principais Componentes Móveis


Parte 1
Válvulas
• As válvulas são feitas de aço de alta qualidade e resistência
mecânica, e, no caso da válvula de escape, de elevada
resistência ao calor, pois estas podem operar em
temperaturas que excedam 700oC.

haste

cabeça
(A) Pinças de válvula: fixam a haste da válvula ao
retentor da mola, que é a peça que permite que a
mola traga a válvula para o seu assento
(B) Retentor da mola.
(C) Mola: mantém a válvula sob o controle do eixo
comando de válvulas, e a mantém firme em seu
assento quando fechadas.
(D) Vedação da haste da válvula: impede que o óleo
seja escoe através do guia de válvula para a câmara
de combustão.
(E) Parte da cabeça do cilindro que contém o
assento e a guia da válvula.
(F) Válvula. O assento da válvula normalmente é
cortado em 44,5o na cabeça da válvula; já o
acoplamento do assento de válvula na cabeça do
cilindro é cortado em um ângulo de 45o. Isto
proporciona um vedação hermética quando a
válvula está fechada.
A guia da válvula mostrada ao lado é um cilindro
oco inserido na cabeça do cilindro e seu propósito é
garantir que a válvula permaneça concêntrica com o
assento da válvula.

As guias de válvulas são normalmente feitas de


ferro fundido ou bronze de fósforo.

Um outro arranjo comum, usado normalmente em


cabeças de cilindro em ferro fundido, é a guia da
válvula ser parte integrante da cabeça do cilindro.

Em operação a guia da válvula tira o calor da válvula


e o direciona ao sistema de refrigeração do motor.
Eixo Comando de Válvulas
• O eixo comando de válvulas (ou árvore de cames, eixo de
cames, etc.) tem cames cuja função é transmitir movimento
do eixo para as válvulas.

Excêntricos, resaltos ou cames


6 1. Eixo comando de válvulas
2. Tucho
7
5 3. Haste impulsora (vareta)
8
4. Pedestal
4 5. Regulagem ou ajuste
6. Balancim
9 7. Retentor da válvula
10 8. Mola da válvula
11 9. Guia da válvula
3
10. Válvula
11. Assento da válvula
pistão 2

Acionamento de válvulas por meio de varetas ou hastes impulsoras:


Motor OHV (overhead valve)
1. Tucho
2. Eixo comando de
válvulas
3. Porca retentora do
berço do eixo comando
4. Folga
5. Regulagem ou ajuste

• Uma vantagem do sistema OHC sobre o OHV é


que são necessárias menos peças para transmitir
o movimento do eixo comando para a válvula. No
entanto, requer um abundante suprimento de
óleo para o eixo comando, exigindo maior
complexidade para a parte superior do motor.

Acionamento direto de válvulas: Motor OHC (overhead camshaft)


Molas de Válvulas
• Como já mencionado, molas mantém a válvula sob o controle
do eixo comando de válvulas, e a mantém firme em seu
assento quando fechadas.
• Molas são normalmente feitas de aço alto carbono ou aço
liga, e são projetadas para suportar o ciclo completo de vida
do motor. Entretanto, na prática, por vezes as molas perdem
sua força e sua substituição é necessária.
Montagem mola, balancim e haste de válvula
Molas helicoidais padrão, constante de mola fixa (single rate spring)
Molas helicoidais de passo variável (variable rate spring)
Molas helicoidais duplas (double springs)
Molas helicoidais duplas (double springs)
Mola helicoidal simples

• A mola helicoidal simples, ou de constante de mola fixa, é o


tipo mais amplamente utilizado nos motores automotivos.
• Molas vibram quando comprimidas e liberadas; a frequência
em que vibram é chamada de frequência natural de vibração.
• Se a frequência natural coincide com a frequência em que a
válvula está sendo aberta e fechada, pode ocorrer
ressonância.
• Quando isso acontece, o movimento da válvula sai do
controle do eixo comando de válvulas, e isto pode causar
danos sérios ao motor.
• É mais provável que este fenômeno ocorra se a rotação do
motor exceder o seu máximo projetado ou se as molas se
tornaram fracas.
Mola de passo variável

• Esta mola tem, na sua extremidade, um passo menor, o que


tem o efeito de mudar a rigidez da mola à medida que a
válvula se movimenta. Isso altera a frequência de vibração e
diminui as chances de ocorrência de ressonância.

Molas duplas

• Trata-se de um par de molas, no qual uma mola de menor


diâmetro se encaixa dentro de outra, maior. As molas têm
diferentes frequências de vibração e isso reduz a possibilidade
de ressonância.
Acionamento do Eixo Comando
• O movimento das válvulas é controlado pelo eixo comando e
uma mola.
• A válvula de admissão abre e fecha uma vez a cada quatro
golpes do pistão, ou duas rotações do virabrequim, assim
como a válvula de escape. Isto significa que a árvore de cames
deve girar uma vez por cada duas revoluções do virabrequim.
• Uma vez que o eixo comando é normalmente acionado pelo
virabrequim, então o acionamento entre o eixo virabrequim e
a árvore de cames tem uma redução de 2: 1.
• O acionamento do eixo comando pelo virabrequim é
comumente realizado através de corrente, engrenagens (trem
de engrenagens) ou por correia dentada.
Acionamento por
corrente

Em uso, ocorre o desgaste das ligações de corrente e isso faz


com que a corrente se alongue. Para manter a corrente
adequadamente tensa ao longo da sua vida, a corrente é
equipada com alguma forma de tensor de corrente, tal como
o mostrado a seguir.
esticador
trem de Eixo comando de
engrenagens válvulas

Engrenagem
intermediária

Virabrequim

Frequentemente usado em motores a diesel. A engrenagem do eixo


comando tem o dobro do diâmetro da engrenagem do virabrequim. A
engrenagem intermediária garante que o eixo comando gire na mesma
direção que o virabrequim, mas não afeta a relação de rotações.
Acionamento por
correia dentada
Correia dentada instalada em um motor
com comandos de válvulas sobre o
cabeçote.

Este tipo de
acionamento de eixo
comando é utilizado
em uma ampla gama
de motores.

Tem a vantagem de baixo custo, e de operação silenciosa.


É montado na parte externa do quadro do motor e está protegido por uma
tampa leve e destacável.
• Embora as correias de transmissão de cames sejam bastante
duráveis, é de vital importância que a tensão esteja correta.
• Recomenda-se que as correias sejam inspecionadas a
intervalos de serviço agendados e alteradas em intervalos
regulares porque a falha do correia pode causar danos
extensos ao motor.
• A quilometragem recomendada entre as trocas da correia
varia de uma marca de veículo para outra, de modo que é
importante verificar a recomendação do fabricante para este
detalhe.
• Na ausência de informações precisas, recomenda-se não
ultrapassar 75 000 km ou 4 anos.
Bibliografia

Allan Bonnick, Derek Newbold.


A Practical Approach to Motor Vehicle Engineering and
Maintenance, Editora Elsevier Ltd; 3a edição, 2011.
ISBN: 978-0-08-096998-5

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