Você está na página 1de 2

QUARTA CÂMARA CÍVEL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Nº 0001927-74.2009.805.0000-2

APELAÇÃO CÍVEL No 0001927-74.2009.805.0000-0 – CORIBE


EMBARGANTES : JOSEVALDO PALHA DE OLIVEIRA
MARIA DAS GRAÇAS V. PALHA DE OLIVEIRA
ADVOGADOS : OAB/SP 110993 – ADÉLIA DE PAULA
OAB/BA 3829 – ALÍPIO MOURA FILHO E
OUTROS
EMBARGADO : PAULO SILVIO COPPETTI
ADVOGADO : OAB/BA 899B – AUGUSTO B. GUEDES DA
FONSECA NETO
RELATOR : DES. ANTONIO PESSOA CARDOSO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
INOCORRÊNCIA DE OMISSÕES,
CONTRADIÇÕES OU OBSCURIDADES A
SEREM SANADAS. IMPROPRIEDADE NO
MANEJO DE EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO PARA NOVA DISCUSSÃO
DE MATÉRIA JÁ DECIDIDA.
INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO A
PRECEITOS LEGAIS. EMBARGOS NÃO
ACOLHIDOS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes Embargos de


Declaração interpostos nos autos da Apelação Cível no. 0001927-
74.2009.805.0000-0, de Coribe/Ba, contra decisão que apreciou embargos
declaratórios opostos anteriormente, nos quais figuram como embargantes
JOSEVALDO PALHA DE OLIVEIRA e MARIA DAS GRAÇAS VIEIRA PALHA
DE OLIVEIRA e embargado PAULO SILVIO COPPETTI.
Acordam os Desembargadores componentes da Turma Julgadora
da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, à
unanimidade, em não acolher os embargos, pelas razões a seguir expostas.
Contra o acórdão unânime que não acolheu os embargos
declaratórios nº 0001927-74.2009.805.0000-1, opuseram os apelantes novos
embargos de declaração (fls. 574/575), arguindo obscuridade, contradição e
omissão do julgado e, também com o fim de prequestionar a matéria.
Alegam, que o acórdão não se manifestou acerca da certeza e
liquidez do valor da dívida, entre outros aspectos que competiam ao autor
A 03 1
provar.
Afirmam, que o decisum foi omisso no que tange à
obrigatoriedade de efetuar o depósito em sacas de soja; ao pagamento da 4ª
parcela; à notificação de inadimplência.
Repete as alegações constantes nos embargos opostos contra a
sentença de primeiro grau e as arguidas nos embargos anteriormente opostos.
Pugna pelo provimento dos embargos declaratórios, com atribuição de efeitos
infringentes.
É O RELATÓRIO.
Não há vícios na decisão que julgou o recurso de apelação,
conforme já mencionado, tampouco no decisum ora embargado. O acórdão
analisou satisfatoriamente todas as alegações de contradição, obscuridade e
omissão suscitadas pelos apelantes.
Destarte, foram apreciadas todas as nuances que envolvem a lide,
devendo-se ressaltar que “o magistrado não está obrigado a se pronunciar
sobre todos os pontos abordados pelas partes, máxime quando já tiver
decidido a questão sob outros fundamentos” (STJ, EDcl no REsp 436323 / RS,
Ministro PAULO GALLOTTI, DJ 21.06.2004 p. 263).
Ademais, é cediço que a omissão motivadora de embargos
declaratórios “Não diz respeito aos argumentos das partes, que podem ser
modificados ou rejeitados implicitamente” (Carnelutti, cf. Jurisprudência
Catarinense 34/423, apud Iêdo Batista Neves, in “O Processo Civil na Prática
do Advogado e dos Tribunais”, 2ª ed., p. 305) (sem grifos no original).
Pretendem mais uma vez a reforma da decisão de mérito através
do inadequado recurso de embargos declaratórios. Insatisfeitos com a
interpretação legal dada pela Egrégia Câmara à hipótese dos autos, os
embargantes devem interpor o recurso pertinente, indicado pela legislação
processual.
Não há, pois, como prosperar o presente recurso, absolutamente
impróprio para o fim colimado.
Pelo exposto, não se acolhem os presentes Embargos de
Declaração.

Sala das Sessões,

A 03 2

Documento assinado digitalmente por: Des. JOSÉ OLEGARIO MONÇÃO CALDAS (Presidente); Des. ANTONIO PESSOA CARDOSO
(Relator); Dr. SARA MANDRA MORAES RUSCIOLELLI SOUZA (Procurador da Justiça). [Lei 11.419/2006, art. 1º, §2º, III, b]. Id: 7639

Você também pode gostar