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EXPECTATIVAS DE RESPOSTAS

1- Com base na leitura desse trecho e em outras informações presentes na obra em referência, explique
por que não é toda e qualquer semelhança entre os homens que motiva uma amizade verdadeira.

Para Aristóteles, a essência é encontrada no fim das coisas. Qualquer coisa que não visasse o fim
último das coisas, o Bem, seria para ele, imperfeita. Aristóteles argumenta dizendo que a “amizade
perfeita é a dos homens que são bons e afins na virtude”. Esta seria a principal semelhança para que se
constituísse uma amizade verdadeira, dado que todos são bons uns para com os outros. Qualque outra
amizade que se baseasse em outro tipo de semelhança não seria perfeita.

2-
a) O que tem mais importância, segundo Comte-Sponville, para alcançar a felicidade?

O que tem verdadeiramente importância é o trabalho, a ação, o prazer, o amor, enfim, o nundo e
não a procura em si da felicidade como algo que ainda virá.

b) Por que o erro está em procurar a felicidade por si mesma?

Apenas procurar a felicidade é um engano, porque ela sempre decorre da maneira pela qual
vivemos e como nos relacionamos com os outros. A felicidade é algo que vem como acréscimo, embora
bem saibamos que ainda assim podemos não alcançá-la. Mas, nesse caso, dependemos das
circunstâncias adversas de nossas vidas.

3- A partir da citação de Espinosa, responda: Por que ele inovou na compreensão do corpo e alma ao
criticar aqueles que lastimam as paixões humanas?

Spinoza não estabeleceu hierarquia entre razão e paixão e não demoniza os afetos, por isso
inova, ao contrário a concepção tradicional pela qual as paixões devem ser dominadas pela razão.

4- Comente a frase de Erich Fromm: “ O amor infantil segue o princípio: 'Amo porque sou amado'. […] O
amor imaturo diz: 'Amo porque necessito de ti'. Diz o amor maduro: 'Necessito de ti porque te amo'”.

Muitos falsos amores derivam do comportamento infantil de amar quem nos serve, ou seja, de
quem precisamos ou dependemos, nesse caso, o vínculo deixa de ser de igualdade
e companherismo, por estabelecer uma relação assimétrica. A maturidade supõe amar o outro por ele
mesmo e não pelos benefícios e proteção que nos garante.

5- Distinga os três tipos de amor:


a) filía: seria a amaizade propriamente dita e também os laços que unem os membros da família ou de
uma comunidade, caracteriza-se pela estima mútua.

b) ágape: é o “amor fraterno”, mesmo para as pessoas deconhecidas, e não exige reciprocidade.

c) eros: é o amor das relações amorosas propriamente dita, associada à reciprocidade e exclusividade.

6- Em Eros e civilização – Herbert Marcuse, constata que as exigências da nova ordem industrial
capitalista provocam uma super-repressão, intimamente ligada ao príncípio de desempenho, segundo o
qual o trabalhador interioriza a necessidade de rendimento, de produtividade, preenchendo funções
preestabelecidas e organizadas em um sistema cujo funcionamento se dá independentemente da
participação consciente de cada um. A redução do prazer humano é a redução da felicidade, comente tal
afirmação.

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A nova prática em que os/as trabalhadores/as foram submetidos, fez com que o trabalho não
representasse apenas um freio ao eros, mas que promovesse um processo de dessexualização e
deserotização do corpo. Ou seja, quando o trabalho é instrumento de exploração econômica, dele é
retirado todo prazer e possibilidade de humanização, por isso, podemos afirmar que a redução do prazer
é a redução da felicidade, como já anunciado por Marcuse.
O ambiente no qual o indivíduo podia obter prazer, que ele podia concentrar como agradável,
quase como uma zona estendida de seu corpo, foi reduzido e assim ocorre com a felicidade.

7- Redija um texto justificando a ideia, defendida por Freud, de que a cultura – costumes não torna os
seres humanos felizes.

Segundo Freud, a cultura provoca repressão e assim impede os seres humanos de serem felizes,
pois a mesma tornar-se possível pelo controle do desejo, e nem sempre, a regulação é saudável e
consciente, sobretudo quando as normas introjetadas no inconsciente impedem a decisão autônoma das
pessoas.
Freud, observou que as forças agressivas e egoístas precisaram ser controladas para permitir o
convívio humano e a vida moral, sendo alto o preço pago pelo indivíduo para se tornar civilizado.

8- A cultura torna-se possível pelo controle do desejo. Nem sempre, porém, a regulação da sexualidade é
saudável e consciente, sobretudo quando as normas introjetadas no inconsciente impedem a decisão
autônoma das pessoas. Explique as três instâncias do aparelho psíquico apresentado por Freud como: ego,
superego e id.

Id: contém tudo que é herdado, que se acha presente no nascimento, é a estrutura da personalidade, são
os instintos.

Ego: é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade. O ego se desenvolve a partir
do id, à medida que a pessoa vai tomando consciência de sua própria identidade, o ego desempenha a
função de obter o controle sobre as exigências dos instintos.

Superego: atua como juiz ou censor sobre as atividade e pensamento do Ego, é o depositório dos códigos
morais, modelos de conduta e dos parâmetros que constituem as inibições da personalidade.

9- Foucault investigou que as instância de poder atuam sobre o indivíduo para criar modos de agir e de
pensar, tal imposição passa pela domestificação e docilização do corpo, sendo assim, como fica a
felicidade de um sujeito cuja autonomia é diminuída sem que ele perceba?

O novo tipo de disciplina atua na organização do espaço, no controle do tempo, na vigilância,


visando a padronização de comportamento.
Não existe autonomia, porque os mecanismos de repressão encontram-se na própria sociedade e
são exercidos como instrumento de controle e dos desejos, seja para estimulá-los, seja para reprimi-los.
Portanto, a felicidade é inexistente, pois somos dominados e alienados, sendo necessário, prosseguir na
busca pela autêntica liberação e assim construir à felicidade.

10-
a) (0,5)Aristóteles afirma: “chamamos de absoluto e incondicional aquilo que é sempre desejável em si
mesmo e nunca no interesse de outra coisa”, e, em seguida, identifica esse bem à felicidade (eudaimonia).
Justifique essa ideia.

Aristóteles diz que tudo que fazemos visa a algum bem, e esse bem varia conforme as ações e os
interesses. No entanto, há um bem que é absoluto e incondicional, a felicidade, porque é um bem
desejável por si mesmo e não por outra coisa. Ou seja, mesmo quando escolhemos a honra, o prazer, a
razão ou a virtude, não as escolhemos por elas mesmas, mas pela esperança de alcançar a felicidade.

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b) Qual é, segundo Aristóteles, a função do ser humano?

A função do homem é o de agir conforme a virtude, portanto, não visa a bens materiais, por ser a
virtude uma atividade da alma.

c) Em que sentido a conclusão do filósofo faz com que ele relacione ética a felicidade?

Aristóteles relaciona ética e felicidade porque as escolhas que fazemos comprometem nossa vida
inteira, o que supõe refletir se as escolhas são boas ou más, para nós e para os outros, além disso, como
a vida virtuosa não depende de um ato apenas, dizer se somos felizes depende da avaliação de uma vida
inteira.

11- Durante a Idade Média, os alquimistas procuravam descobrir a fórmula do “elixir da longa vida” ou
da “eterna juventude”. Como podemos relacionar esse sonho com as expectativas daqueles que optaram
pela criogenia ou então dos que tem esperança de clonar pessoas ou mesmo animais de estimação?

A preoucupação com o prolongamento da vida e/ou até mesmo a imortalidade assombra a


humanidade por muitos séculos. As fórmulas químicas da Idade Média se transformaram em
experimentos e ideias mais complexas e ousadas na contemporaneidade, o medo e o anseio da morte
move os curiosos e cientistas a criarem alternativas para uma vida eterna, um desejo latente do ser
humano.

12- A partir da citação de Montaigne, interprete a tira do Minduim. Justifique.

A citação de Montaigne, exprime uma preoucupação com a qualidade que as pessoas destinam a
vida e não sua durabilidade, “sua utilidade não reside na duração e sim no emprego que lhe dais. Há
quem viveu muito e não viveu”, tal passagem dialoga com a charge de Minduim, pois a mesma realiza a
mesma crítica ao intitular a vida da menina como “Vidas vazias”.

13- A noção de ideologia, tal como formulada por Marx, pode ser definida como sendo a lógica social
imaginária de ocultamento da realidade histórica. (Chauí, M. Convite à filosofia)
Com base na citação acima, é CORRETO afirmar que a ideologia:

a) mostra a presença da luta de classes na sociedade capitalista.


b) oculta a origem da sociedade nas relações de produção.
c) a sociedade burguesa produz a representação da imagem real do Estado originado do contrato social
entre homens livres e iguais.
d) procura incentivar e apoiar a práxis política dos trabalhadores.

14-A arte funciona pode ser um mecanismo tanto esclarecedor como alienador, de acordo com os
conceitos de ideologia e alienação, justifique a crítica que a imagem abaixo nos remete.

A arte representada na imagem demonstra uma massificação ideológica da classe dominante,


utilizando da superestrutura, a ideologia oprime de maneira naturalizada, realizando o falseamento da
realidade e a inversão da mesma, construindo seres alienados, pois os mesmos, não possuem consciência
em si. Essa naturalização constroi uma sociedade que pensa e executa a vida da mesma maneira,
acentua a individualização e a disputa entre os proletariados, anulando a luta de classes existente; os
trabalhadores deixam de ter consciência de classe para pensar como pensa a classe dominante, e assim
servir aos interesses de dominação.

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