Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mineracao Geologia Geral PDF
Mineracao Geologia Geral PDF
Mineracao Geologia Geral PDF
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
INDICE
CAPITULO 5: PEDOLOGIA..............................................................,..................35
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................53
Estima-se que a formação do Sistema Solar teve início há seis bilhões de anos,
quando uma enorme nuvem de gás que vagava pelo Universo começou a contrair. A poeira e
os gases dessa nuvem se aglutinaram pela força da gravidade e, há 4,5 bilhões de anos,
formaram várias esferas que giravam em torno de uma esfera maior, de gás incandescente,
que deu origem ao Sol. As esferas menores formaram os planetas, dentre os quais a Terra.
Devido à força da gravidade, os elementos químicos mais pesados como o ferro e o níquel,
concentraram-se no seu centro enquanto os mais leves, como o silício, o alumínio e os gases,
permaneceram na superfície. Estes gases foram, em seguida, varridos da superfície do planeta
por ventos solares.
Assim, foram separando-se camadas com propriedades químicas e físicas distintas no
interior do Globo Terrestre. Há cerca de 4,4 a 4,0 bilhões de anos, formou-se o NÚCLEO -
constituído principalmente por ferro e níquel no estado sólido, com raio de 3.700 km. Em
torno do núcleo, formou-se uma camada - o MANTO - que possui 2.900 km de espessura,
constituída de material em estado pastoso, com composição predominante de silício e
magnésio (Figura 1).
Em torno de 4 bilhões de anos atrás, gases do manto separam-se, formando uma
camada de ar ao redor da Terra - a ATMOSFERA. Finalmente, há aproximadamente 3,7
bilhões de anos, solidificou-se uma fina camada de rochas - a CROSTA. A crosta não é igual
em todos os lugares. Debaixo dos oceanos, ela tem mais ou menos 7 km de espessura e é
constituída por rochas de composição semelhante à do manto. Nos continentes, a espessura da
crosta aumenta para 30-50 km, sendo composto por rochas formadas principalmente por
silício e alumínio e, por isso, mais leves que as do fundo dos oceanos (SBG, 1987).
As velocidades das ondas sísmicas dão-nos uma ideia detalhada quanto à distribuição
dos materiais no interior. Assim haveria uma crosta com uma espessura média de 35 km sob
os continentes e 7 km sob os oceanos; um manto que se estende à metade da distância até o
centro; um núcleo líquido ocupando cerca de dois terços da distância restante e um núcleo
interno sólido (Figura 1).
A natureza dos materiais de cada uma dessas regiões foi determinada por medições
de ondas sísmicas (Tabela 1 e Figura 2), devido às variações da densidade e das constantes
elásticas. Devido às diferentes velocidades e percursos, os três tipos de ondas chegam a um
sismógrafo em tempos diversos, os registros dessas ondas fornecem a localização do foco do
terremoto e informações das camadas inferiores.
1.3. Meteorito
completar, deve-se adicionar a crosta, manto e núcleo, mais três zonas: a atmosfera, hidrosfera
e biosfera. A atmosfera é o envoltório gasoso. A hidrosfera a camada descontínua de água,
salgada ou doce (oceanos, lagos e rios). A biosfera é a totalidade da matéria orgânica
distribuída através da hidrosfera, atmosfera e superfície da crosta.
Embora importantes do ponto de vista geoquímico, a hidrosfera, biosfera e atmosfera
contribuem com menos de 0,03% da massa total da Terra, a crosta 0,4%, o manto 67% e o
núcleo 32%.
volume total ocupado pelos elementos. A Tabela 3 mostra a repartição dos constituintes da
crosta terrestre em porcentagem em peso de óxidos, em íons e nos minerais.
Litófilos: com afinidade pelo silicato, ex.: O, Si, Al, Na, K, Ca, Mg.
Atmófilos: com afinidade pela atmosfera, ex.: O, C, gases nobres, N.
Alguns elementos mostram afinidade por mais de um grupo, pois a distribuição de
qualquer elemento depende, em certo grau, da temperatura, pressão e ambiente químico,
como um todo.
2.1. Vulcanismo
2.2. Terremotos
Figura 4: Sismógrafo
2.4. Tsunamis
derrames atingiram cerca de 1.200.000 km2 (Popp, 1995). A alteração da rocha basáltica deu
origem ao solo denominado de terra-roxa que recobre grande parte da bacia do Paraná.
Recentemente têm sido registrados vários abalos sísmicos de baixa intensidade no
território brasileiro. No dia 12 de maio de 2000 vários estados brasileiros (Goiás, São Paulo,
Rio Grande do Sul e Mato Grosso) foram atingidas por terremoto de baixa intensidade, o
sismo teve o seu epicentro localizado na região de Jujuy na Argentina (Figura 8).
Figura 8: Área atingida pelo sismo que teve o epicentro na região de JuJuy –
Argentina.
Mineração – Geologia geral 16
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
A dinâmica externa retrata todos os processos geológicos que, atuando sobre a parte
mais superficial da Crosta, promovem o seu modelamento. A ação da água, dos ventos, do
calor e do frio sobre as rochas provoca o seu desgaste e decomposição, causando o que se
denomina de INTEMPERISMO. O intemperismo implica sempre na desintegração das
rochas, que pode ser de vários modos, pelos agentes químicos, físicos e biológicos. Esta
desintegração gera areias, lamas e seixos, também denominados SEDIMENTOS.
O deslocamento desses sedimentos da rocha desintegrada é chamado de EROSÃO. O
transporte desse material para as depressões da crosta (oceanos, mares e lagos) pode ser
realizado pela água (enxurradas, rios e geleiras) ou pelo vento, formando depósitos como as
areias de praias e de rios, as dunas de desertos e as lamas de pântanos.
Todo PROCESSO (ação) natural obtém-se, como PRODUTO (resultado da ação)
uma modificação na paisagem superficial do planeta. Por exemplo, após uma intensa chuva
(PROCESSO) muitas encostas de morros serão sulcadas por erosão (PRODUTO 1) e o
material (solo ou rocha) removido será depositado em vales ou no sopé destes morros
(PRODUTO 2) ou levado por rios. Em fim, processaram-se modificações na paisagem
superficial. Este processo ocorre sem a interferência do homem, cuja ação pode acelera-lo. O
homem influência no processo de denudação, principalmente devido ao desmatamento. Na
Figura 9 é representada uma visão simplificada das fontes de energia dos processos externos
que atuam na superfície da Terra.
3.1 Processos
3.2 Intemperismo
Ácido silícico
Processos químicos
Produtos do Intemperismo
3.3 Erosão
Processos erosivos
3.4 Transporte
3.5 Deposição
Acúmulo de sedimentos por processos físicos, químicos e organo-químicos
(processos de sedimentação)
Sedimentos químicos: resultam da precipitação de minerais de soluções
concentradas. Características: cor, mineralogia e estruturas. Exemplos: calcário calcítico/
dolomítico, chert, gipso, itabirito, etc.
Sedimentos organo-químicos: resultam do acúmulo de restos de organismos, os
quais podem ter sido transportados. Características: cor e composição. Exemplos: coquinas,
vazas (globigerina, radiolários, pterópodes e diatomáceas), recifes, espongólitos,
estromatólitos, etc.
Bacias sedimentares
Tipos de deposição
Ambiente Continental
Quando falamos de tempo, a grande maioria de nós pensa em horas, dias ou anos. O
conceito de tempo é sempre associado ao tempo individual ou pessoal. Quando falamos da
evolução do homem (ou da evolução, em geral), é necessário comutar engrenagens em pensar
o tempo em termos de centenas, milhares ou mesmo milhões de anos, o que pode parecer
difícil a princípio.
No campo das ciências, um conceito diferente de tempo, conhecido como tempo
geológico, é necessário para nos situarmos em termos de história da Terra. O tempo geológico
é absolutamente essencial no campo da paleoantropologia. O tempo geológico cobre a história
da Terra, desde sua formação inicial até o presente. Ele estabelece os diferentes períodos e
eras em uma sequência em termos cronológicos e de sua duração.
O tempo geológico coloca a evolução humana e da Terra em um contexto no qual
podemos correlacioná-las a outros eventos, como as mudanças climáticas ou eventos de
extinção em massa. Mais importante, nos permite concluir que os humanos modernos e
nossos ancestrais existiram por um período muito curto de tempo, se comparado à longa
história da vida no nosso planeta.
É obtido pelo estudo da superposição estratigráfica e idade relativa dos estratos (lei
da horizontalidade original), e ainda, pelo conteúdo fóssil e por correlações estratigráficas
(determinação de idades crono-estratigráficas de uma sucessão de estratos encontrados em
lugares diferentes, conteúdo fóssil, caracterização litológica, estruturas primárias e
secundárias...).
É medido com base na radioatividade natural de certos elementos que tem variável n°
de nêutrons e mesmo n° atômico (prótons), ou seja, tem variável n° de massa (prótons +
nêutrons); são denominados isótopos, ex. 12C, 13C, 14C.
RADIOATIVIDADE
. DECAIMENTO RADIOATIVO
É o processo no qual o núcleo de um átomo emite uma partícula alfa, beta, ou gama.
A obtenção da idade de minerais e rochas é feita utilizando-se a equação fundamental da
geocronologia.
Radiação beta: partículas beta são similares a elétrons e, portanto, carregadas com
carga negativa. São menos absorvidas pela atmosfera e viajam até cerca de 1 m no ar.
Radiação gama: são fótons de energia que, por não possuírem carga e massa, tem
um grande poder de penetração na atmosfera (centenas de metros no ar e até 30 cm em rocha).
Como não possuem carga, não são desviados por campos elétricos ou magnéticos e exibem
todas as características de uma onda eletromagnética (raios X de curto comprimento de onda).
Ao emitir partículas alfa ou beta o núcleo fica excitado e para retornar a seu estado normal,
emite partículas gama, que é uma energia puramente eletromagnética.
CAPITULO 5: PEDOLOGIA
5.3.4. Clima
a) Temperatura
b) Umidade (Precipitação)
Função
a) Intensidade da precipitação
Em áreas sem vegetação as precipitações de intensidade moderada são as
mais efetivas:
Chuvas fracas sofrem rapidamente a EVAPORAÇÃO,
Chuvas fortes maior valores que a capacidade de infiltração (CI):
aumento do escoamento superficial e problemas erosivos.
Regiões tropicais maiores são as taxas de lixiviação de cátions alcalinos e
básicos.
c) Cobertura Vegetal
d) Capacidade de Infiltração
5.3.5. Organismos
Cobertura vegetal
5.3.7. Tempo
movimento pode ser vertical, horizontal ou oblíquo (vertical e horizontal). Estas evidências de
tectonismo podem ser claramente observadas nas rochas metamórficas que constituem grande
parte do estado do Rio de Janeiro.
As falhas ocorrem quando as rochas duras e rígidas, que tendem a quebrar-se e não a
dobrar-se. As menores falhas ocorrem em cristais minerais individuais e são de tamanho
microscópico, enquanto a maior delas - o Great Rift Valley (a Grande Fossa), na África - tem
mais de 9 mil km de comprimento. O movimento ao longo das falhas geralmente causa
terremotos, o exemplo típico deste movimento é a falha de Santo André, Califórnia - EUA.
Dobra é a curvatura de uma camada rochosa causada por compressão, podem variar
em tamanho, de uns poucos milímetros de comprimento às cadeias montanhosas dobradas
com centenas de quilômetros de extensão. Além de falhas e dobras, outros aspectos
associados com deformações das rochas são os boudins, os mullions e fraturas escalonadas
(en échelon).
A maioria das montanhas vulcânicas forma-se ao longo dos limites das placas, onde estas
aproximam ou se separam, e a lava e os detritos são ejetados em direção à superfície terrestre.
A acumulação de lava e material piroclástico pode formar uma montanha em torno da
chaminé de um vulcão.
As montanhas por dobramento se formam onde as placas se encontram e provocam o
dobramento e o soerguimento das rochas. Onde a crosta oceânica se encontra com a crosta
continental menos densa, a crosta oceânica é empurrada sob a crosta continental. A crosta
continental é então dobrada pelo impacto e se formam montanhas de dobramento, como os
Apalaches na América do Norte. As cadeias dobradas formam-se também quando se
encontram duas áreas de crosta continental. O Himalaia, por exemplo, começou a formar-se
quando a Índia colidiu com a Ásia, dobrando os sedimentos e parte da crosta oceânica entre as
duas placas.
As montanhas por falhamento de blocos formam-se quando um bloco de rocha é
soerguido entre duas falhas como resultado de compressão ou tensão na crosta terrestre. Com
frequência, o movimento ao longo das falhas ocorre gradualmente durante milhões de anos.
Contudo, duas placas podem deslizar bruscamente ao longo de uma linha de falha - a falha de
Santo André, por exemplo, provocando terremotos.
O tectonismo abrange dois tipos diferentes de movimentos: orogênese e epirogênese.
Orogêneses são os processos de formação de grandes cadeias de montanhas, em
áreas compressivas (choque de placas) entre crosta continental/crosta continental ou crosta
continental/crosta oceânica. Trata-se de deformações relativamente rápidas da crosta terrestre,
geradas pela acomodação de placas tectônicas. São associadas a essas áreas: dobras, falhas
inversas, vulcanismos, plutonismos, sismos etc.
Epirogênese são processos de grande amplitude que afetam por igual extensas áreas
continentais, podendo formar grandes arqueamentos, provocando elevações de certas áreas e
depressões de outras. Os movimentos são lentos e predominantemente na vertical.
"Rift" é processo de rompimento de antigos continentes, instalando novas áreas
oceânicas: cordilheira Mesoceânica (crosta oceânica) e áreas distensivas (divergência de
placas) dentro de crosta continental ou de crosta oceânica.
Pangea - Antigo supercontinente, reunido no final do Carbonífero, composto pelo
Gondwana e de outras massas continentais, que se desmembrou a partir do final do Triássico.
Da massa oceânica circundante (Pantalassa) originaram-se os atuais oceanos Pacífico e
Ártico, por contração, e o Atlântico Norte, pela separação entre a América do Norte,
Gondwana e Eurásia, a partir do Jurássico. Uma menor massa marinha, o mar de Tétis,
dispunha-se, semicerrado, a Leste do Pangea (a partir do qual originou-se, por compressão, o
mar Mediterrâneo).
Gondwana - Antigo continente, reunido no final do Proterozóico, composto pelas
atuais América do Sul, África, Índia, Madagascar, Austrália e Antártica, que se desmembrou a
partir do Cretáceo, originado os atuais continentes e os oceanos Índico, Antártico e Atlântico
Sul (Figura 21).
BIBLIOGRAFIA
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!