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Características:
Os seus poemas excessivamente longos exprimem de forma torrencial um turbilhão de diferentes emoções
Exprime aquilo que o Ortónimo não consegue.
Após a exaltação e euforia descritas nas suas odes, Álvaro de Campos, mergulha no tédio, na solidão e na
angústia existencial, o que o aproxima de Pessoa.
Temáticas:
Exaltação do Modernismo:
Para Campos, a civilização industrial e da técnica deve ser exaltada. Com um estilo elevado, abundante em
recursos expressivos, capazes de exaltar a euforia do cosmopolitismo, a velocidade da modernidade.
Reflexão Existencial:
À exaltação e euforia, opõe-se a consciência da identidade fragmentada, da passagem do tempo, da angústia
existencial, bem como a nostalgia da infância. A infância como símbolo de pureza, inconsciência e felicidade.
2ª Fase- Futurismo/Sensacionismo:
Álvaro de Campos celebra o triunfo da civilização moderna. Sente-se nos poemas uma relação quase erótica
com as máquinas, devido à excessiva exaltação do progresso técnico.
Ele apresenta a beleza dos “maquinismos em fúria” em oposição à beleza tradicionalmente concebida
A par da paixão pelas máquinas, há a náusea provocada pela poluição física e moral da vida moderna
Este futurismo provoca no sujeito poético um estado de êxtase, afirmando querer “sentir tudo de todas as
maneiras”
3ª Fase- Pessimismo:
Perante a incapacidade de realizar o que sonha, surge novamente o abatimento. Campos, sente-se vazio,
angustiado, cansado, um incompreendido
Dominado pelo pensamento e pela consciência é incapaz de sentir, e olha para a infância como tempo de
felicidade e paraíso para sempre perdidos.
É nos poemas “Lisbon Revisited” e “Aniversário” que podemos observar o que foi anteriormente descrito.
Estilo e Linguagem:
Verso livre
Uso de onomatopeias
Grafismos expressivos
Mistura de níveis de língua
Uso do infinitivo e gerúndio
Estrangeirismo, neologismos
Enumerações, metáforas, personificações, hipérbole
Exclamações, interjeições
Poemas:
“Lisbon Revisited”:
O sujeito poético apresenta neste poema características futuristas e aproxima-se da poesia de Fernando
Pessoa.
O sujeito poético chega à conclusão que afinal a industrialização e o progresso trazem consequências
negativas dizendo por essa razão que já não quer nada
A incapacidade de relacionamento com os outros, o individualismo exacerbado, o tom de lamento ao longo do
poema.
Para além disso, recusa a civilização moderna, numa atitude irreverente, sentindo a nostalgia de uma outra
Lisboa.
“Aniversário”:
Neste poema, Álvaro de Campos aproxima-se, mais uma vez, da poética do ortónimo.
Considera a infância como paraíso perdido e sente a nostalgia e a saudade das vivências familiares, o
desencanto pelo presente e a oposição com o passado e a fragmentação do “eu”.