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Santiago Cao

Estudar as dinamicas que acontecem nos espacos publicos, nao apenas na arquitetura, mas focar nos
usos dos espacos. Tudo que passa das praticas que a arquitetura impoe, é entendida como
transgressora. Praticas que atualizam os espaços. Corpos como potencias desviantes, disruptivas,
criativas. Potencias, possibilidades, nao necessarimanete exercem essas potencias.

Sensivel se diferencia do racional na medida em que propoe outro ponto de vista

Encontros no espaço público

Colocação de um presente contínuo, que reverbera, afeta. E a culpa instaura um passado, sendo o nós
quem compõe nossas práticas pessoais que não queremos praticar. A culpa causa um “tenho que fazer”
e queremos “continuar o que já estamos fazendo” de maneira responsável.

Contradição – dois dizeres: os das palavras e das práticas. Que andam paralelos, e não se encontram,
então não há contradição. Então seria uma dupladição, que nao permite o encontro entre diferenças.

A contradição ativa um conflito e o conflito ativa o questionamento.

A dupladição afirma-afirma e compõe a normalidade, a contradição mostra o conflito

O ideal não é criar os questionamentos, mas propor os questionamento para quem vê, a partir da
substituição de dupladições para contradições.

COMPOR E NÃO IMPOR – questionamentos e não respostas

Abismo entre o que praticamos como espaço público, mas são vistos como espaços privados. Os usos
dos espaços, tem a ver com contextos espaciais e temporais. Os usos, os corpos, as vezes são os que
expulsam outros. Como um corpo de classe média, silenciosamente, afasta outro de classe baixa, por
exemplo?

O limite entre o bom e o mal depende de julgamento, a definicao do “outro”, sem isso não tem limites
dentro e fora. É preciso observar como compomos, para então descompor.

Atividade - Armadilha em dois tempos

1 - Caracteristicas/qualidades dos espacos publicos: possibilidade de livre transito, coletivo e


compartilhado, trocas intergeracionais, transporte publico

2 - Exemplos de espaços publicos: praças, parques, praias, rua, mata

Cartografar o fator humano: separacoes. Cercas vivas (arbustos), orlas nas praias, etc

Qualidade do publico: includente, compartilhado. Privado: excludente. Íntimo: nem agrega, nem
exclue, apenas não convida.

Assim, mudar de dupladição para contradição: transporte público (dupladição), na verdade


deveria se chamar transporte privado fomentado pelo dinheiro público (contradição) – ativa o
questionamento. Se diz público e se pratica o privado. No transporte, por exemplo, nomear como
transporte privado fomentado pelo dinheiro público mostra a contradição e traz o questionamento:
estamos pagando duas vezes? Com imposto e passagem?

Agambem – sagrado: aquilo que foi tirado do uso comum das pessoas. Profano: aquilo que foi devolvido
ao uso comum das pessoas. Processo de sacralizacao, tira do Público o que é dele.

Outros tipos de uso. Ocupar o espaço é visto quando errado quando desvia das normas que seguimos.
Que quem tem moradia, banheiro, etc. estranha quando o espaço público é usado de formas diferentes.

Não importa cercas, barreiras, os corpos dividem

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