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TJSP - 2015 - COMENTADA - Odt
TJSP - 2015 - COMENTADA - Odt
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Direito Civil
Incorreta. A primeira parte da assertiva está correta. O erro encontra-se na parte final.
Ocorre que, nos termos da Súmula 370 do STJ, o descumprimento da prática convencional da pós-
datação gera indenização por responsabilidade civil, ante a violação da boa-fé objetiva do contrato.
Súmula 370 do STJ: “Caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque pré-datado”
(B) o termo a quo da correção monetária na indenização por ato ilícito é a data do efetivo prejuízo,
enquanto que na indenização por dano moral é a data do seu arbitramento.
Súmula: 43
Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo prejuízo.
Súmula: 362
A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento.
(C) depende de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de
pessoa com fins econômicos ou comerciais.
Incorreta.
SÚMULA N. 403 Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais. (grifo nosso)
(D) a pessoa jurídica de direito público não tem direito à indenização por dano moral.
Correta.
A pessoa jurídica de direito público não tem direito à indenização por danos morais relacionados à
violação da honra ou da imagem. A reparação integral do dano moral, a qual transitava de forma
hesitante na doutrina e jurisprudência, somente foi acolhida expressamente no ordenamento jurídico
brasileiro com aCF/1988, que alçou ao catálogo dos direitos fundamentais aquele relativo à
indenização pelo dano moral decorrente de ofensa à honra, imagem, violação da vida privada e
intimidade das pessoas (art. 5º, V e X da CF). Por essa abordagem, no atual cenário constitucional, a
indagação sobre a aptidão de alguém de sofrer dano moral passa necessariamente pela investigação
da possibilidade teórica de titularização de direitos fundamentais. Ocorre que a inspiração imediata
da positivação de direitos fundamentais resulta precipuamente da necessidade de proteção da esfera
individual da pessoa humana contra ataques tradicionalmente praticados pelo Estado. Em razão
disso, de modo geral, a doutrina e jurisprudência nacionais só têm reconhecido às pessoas jurídicas
de direito público direitos fundamentais de caráter processual ou relacionados à proteção
constitucional da autonomia, prerrogativas ou competência de entidades e órgãos públicos, ou seja,
direitos oponíveis ao próprio Estado, e não ao particular. Porém, em se tratando de direitos
fundamentais de natureza material pretensamente oponíveis contra particulares, a jurisprudência do
STF nunca referendou a tese de titularização por pessoa jurídica de direito público. Com efeito, o
reconhecimento de direitos fundamentais – ou faculdades análogas a eles – a pessoas jurídicas de
direito público não pode jamais conduzir à subversão da própria essência desses direitos, que é o
feixe de faculdades e garantias exercitáveis principalmente contra o Estado, sob pena de confusão
ou de paradoxo consistente em ter, na mesma pessoa, idêntica posição jurídica de titular ativo e
passivo, de credor e, a um só tempo, devedor de direitos fundamentais. Finalmente, cumpre dizer
que não socorrem os entes de direito público os próprios fundamentos utilizados pela jurisprudência
do STJ e pela doutrina para sufragar o dano moral da pessoa jurídica. Nesse contexto, registre-se
que a Súmula 227 do STJ (“A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”) constitui solução
pragmática à recomposição de danos de ordem material de difícil liquidação. Trata-se de resguardar
a credibilidade mercadológica ou a reputação negocial da empresa, que poderiam ser
paulatinamente fragmentadas por violações de sua imagem, o que, ao fim, conduziria a uma perda
pecuniária na atividade empresarial. Porém, esse cenário não se verifica no caso de suposta violação
da imagem ou da honra de pessoa jurídica de direito público. REsp 1.258.389-PB, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão, julgado em 17/12/2013.
(A) o fiador tem legitimidade para arguir a invalidade da garantia fidejussória independentemente
de tal consentimento.
Incorreta. O fiador tem legitimidade para arguir a INEFICÁCIA da garantia.
SÚMULA N. 332 STJ - A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia
total da garantia.
(B) é exigível em todos os regimes de bens, e sua ausência implica ineficácia total do contrato.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do
outro, exceto no regime da separação absoluta:
(...)
(C) é válida a fiança prestada durante união estável sem anuência do companheiro, conforme
entendimento do Superior Tribunal de Justiça.
Correta. Segundo o STJ, na união estável não se exige o consentimento do companheiro para a
prática dos atos previstos no art. 1.647 do CC, porque é impossível ao credor saber se o fiador vive
ou não em união estável com alguém.
(A) o débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as prestações
que se vencerem no curso do processo.
Incorreta.
Súmula 309 STJ - O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende
as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do
processo.
(B) se o cônjuge declarado culpado pela separação judicial vier a necessitar de alimentos e não tiver
aptidão para o trabalho, o outro cônjuge será obrigado a assegurá-los, desde que inexistam parentes
na condição de prestá-los, limitados ao quantum indispensável à sobrevivência.
Correta. São os chamados alimentos necessários previstos no §1º do art. 1.704 do Código Civil.
Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, será o outro
obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado culpado
na ação de separação judicial.
Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e não tiver parentes
em condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, o outro cônjuge será obrigado a assegurá-
los, fixando o juiz o valor indispensável à sobrevivência.
(C) considerando que se extingue o poder familiar pela maioridade (art. 1.635 do Código Civil),
cessa desde logo o dever de prestar alimentos, dispensada decisão judicial a esse respeito.
Incorreta.
SÚMULA N. 358 O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está
sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos.
(D) a obrigação alimentar dos ascendentes é subsidiária à obrigação alimentar entre irmãos,
germanos ou unilaterais.
Incorreta. A ordem de pagamento da obrigação alimentar é prevista no art. 1.697 da seguinte forma:
em primeiro lugar, cabe aos ascendentes o pagamento; na falta deles a obrigação é dos
descendentes, observada a ordem de sucessão e, faltando estes, dos irmãos, tanto os germanos
quanto os unilaterais.
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de
sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Incorreta.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Incorreta. Não é “sempre e em qualquer circunstância” que se pode proibir. Será permitida a
transmissão da palavra se autorizada ou se necessária à administração da justiça ou à manutenção da
ordem pública.
Art. 14, CC. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo,
no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Correta.
Art. 19, CC. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
(A) a venda realizada diretamente pelo mandante ao mandatário não é maculada de nulidade.
Correta.
(B) juízes, serventuários e auxiliares da justiça não podem comprar bens sobre que se litigar em
tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade, sob pena
de nulidade, hipótese inextensível à cessão de crédito.
Incorreta. Conforme o art.497, parágrafo único do CC, tal proibição ESTENDE-SE à cessão de
crédito.
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou
que estejam sob sua administração direta ou indireta;
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares
da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde
servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
(C) de regra, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do vendedor, mas as da tradição
caberão ao comprador.
Incorreta.
Art. 490, CC. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do
comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
(D) a fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, à taxa de mercado ou de bolsa, em
função de índices de subjetiva determinação, mas não ao arbítrio exclusivo de uma das partes.
Incorreta. Nos termos do art. 487 do Código Civil, é preciso que os índices ou parâmetros sejam
suscetíveis de OBJETIVA determinação.
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo
designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o
contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa.
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e
determinado dia e lugar.
Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis
de objetiva determinação.
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das
partes a fixação do preço.
(A) De regra, a posse do imóvel não faz presumir a das coisas móveis que nele estiverem.
Incorreta.
Art. 1.209, CC. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis que nele
estiverem.
(B) Os direitos autorais não podem ser objeto de proteção por meio de interdito proibitório, dada a
impossibilidade do exercício da posse sobre coisas incorpóreas.
Correta.
(C) A via adequada para fazer cessar o esbulho é a ação de manutenção de posse, enquanto que o
remédio para a turbação é a de reintegração de posse, conquanto as ações possessórias sejam
fungíveis.
Incorreta.
Eles inverteram a resposta. A via adequada para fazer cessa o esbulho é a Reintegração de Posse,
enquanto o remédio para turbação é a Manutenção de posse. E, de fato, as ações possessórias são
fungíveis, de modo que a propositura de uma em vez da outra não obstará seu conhecimento.
Destacando, ainda, que em caso de ameaça iminente de turbação ou esbulho a via adequada é o
ajuizamento de Interdito Proibitório (tutela inibitória).
(D) É também possuidor aquele que, mesmo achando-se em situação de dependência para com o
outro, conserva a posse em nome deste, sob suas instruções.
Incorreta.
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com
outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
Incorreta.
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do
casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
(B) se excluem da comunhão parcial de bens os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge.
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
(C) salvo no regime da separação, os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens
e rendimentos, para o sustento da família e a educação dos filhos.
Incorreta.
Art. 1.568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do
trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial.
(D) as causas suspensivas do casamento podem ser opostas por qualquer pessoa.
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas pelos parentes
em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo
grau, sejam também consanguíneos ou afins.
Correta.
Art. 520. O direito de preferência não se pode ceder nem passa aos herdeiros.
(B) É eficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre bem da herança singularmente
considerado.
Incorreta. Nos termos do §2º do art. 1.793 do CC, tal cessão é INEFICAZ.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o coerdeiro, pode ser
objeto de cessão por escritura pública.
§ 2o É ineficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança
considerado singularmente.
§ 3o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de
bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.
Incorreta.
(D) Considera-se imóvel o direito à sucessão aberta, exigindo-se escritura pública para sua cessão,
não se admitindo que a renúncia da herança conste de termo judicial.
Incorreta.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o coerdeiro, pode ser
objeto de cessão por escritura pública.
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo
judicial.
09. Assinale a alternativa correta, no que tange ao direito real de habitação, assegurado ao cônjuge
sobrevivente.
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem
prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao
imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
Incorreta. O direito real de habitação se dá ex vi legis, ou seja, por força de lei, dispensando registro
no registro imobiliário.
Embargos de terceiro. Direito real de habitação. Art. 1.611, § 2º, do Código Civil de 1916. Usufruto.
Renúncia do usufruto: repercussão no direito real de habitação. Registro imobiliário do direito real
de habitação. Precedentes da Corte. 1. A renúncia ao usufruto não alcança o direito real de
habitação, que decorre de lei e se destina a proteger o cônjuge sobrevivente mantendo-o no imóvel
destinado à residência da família. 2. O direito real de habitação não exige o registro imobiliário. 3.
Recurso especial conhecido e provido. STJ - REsp: 565820 PR 2003/0117309-7, Relator: Ministro
CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, Data de Julgamento: 16/09/2004, T3 - TERCEIRA
TURMA, Data de Publicação: DJ 14/03/2005 p. 323 LEXSTJ vol. 189 p. 118 RDDP vol. 26 p. 240
RDR vol. 34 p. 352 RSTJ vol. 200 p. 309.
(C) Não dá direito aos frutos.
Correta. A habitação consiste em uso para moradia, não abrangente dar percepção dos frutos, pois
somente confere direito de habitar, gratuitamente, imóvel residencial alheio. Frutos e rendimentos
incidem apenas no uso ou no usufruto.
(D) É irrenunciável.
Incorreta. É renunciável por meio de escritura pública, nos molde do art. 108 do Código Civil.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios
jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre
imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Incorreta.
Incorreta.
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a
interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.
Incorreta.
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se
a obrigação for indivisível.
(D) A decadência convencional não é suprível por declaração judicial não provocada.
Correta.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer
grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
Direito Processual Civil
As questões de números 11 a 19, quando não houver menção expressa a outro diploma legal,
referem-se à Lei no 5.869/73, Código de Processo Civil, de 1973.
Art. 480, CPC. Arguida a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o
relator, ouvido o Ministério Público, submeterá a questão à turma ou câmara, a que tocar o
conhecimento do processo.
Correta.
Incorreta.
Incorreta.
(C) A fluência dos prazos, independentemente de intimação, vale para o réu que não conta com
patrono nos autos e não reconvém.
INCORRETA. Vale para o réu que não conta com patrono nos autos. Mas não vale para o que não
reconvém. Se ele reconveio, é porque tem procuração nos autos. Se ele tem procuração nos autos a
fluência do prazo DEPENDE de intimação.
Art. 322, CPC. Contra o revel que não tenha patrono nos autos, correrão os prazos
independentemente de intimação, a partir da publicação de cada ato decisório.
(D) Em ação possessória tempestivamente contestada, a irregularidade de mandato do advogado do
réu, não sanada, permite que o magistrado admita a pretensão inicial.
Correta. Revelia é ausência JURÍDICA de contestação. Diante da irregularidade de representação
NÃO SANADA, o juiz concede prazo para sanar o defeito; não sanada a irregularidade, declarará o
réu revel, podendo admitir sua pretensão inicial, porque ação possessória não envolve direito
indisponível.
Art. 13. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das partes, o
juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito.
Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providência couber:
I - ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo;
II - ao réu, reputar-se-á revel;
III - ao terceiro, será excluído do processo.
Incorreta. Não há esse efeito automático de presunção de veracidade. Cabe ao juiz sopesar a prova
apresentada para formação de seu convencimento (sistema da persuasão racional ou livre
convencimento motivado – art.131, CPC).
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos
autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe
formaram o convencimento.
Segundo Humberto Theodoro Júnior: “É a confissão apenas um meio de prova, que, como os
demais, se presta a formar a convicção do julgador em torno dos fatos controvertidos na causa. Pode
muito bem ocorrer confissão e a ação ser julgada, mesmo assim, em favor do confitente. Basta que
o fato confessado não seja causa suficiente, por si só, para justificar o acolhimento do pedido”
Humberto Theodoro Junior: curso de direito processual civil volume I 55º edição pg 485.
(B) Em ação que verse sobre direitos indisponíveis, a confissão não faz prova contra o confitente se
desacompanhada da confissão do outro cônjuge.
Art. 351. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.
Art. 350. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.
Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis alheios, a
confissão de um cônjuge não valerá sem a do outro.
Art. 354. A confissão é, de regra, indivisível, não podendo a parte, que a quiser invocar como prova,
aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que Ihe for desfavorável. Cindir-se-á, todavia,
quando o confitente Ihe aduzir fatos novos, suscetíveis de constituir fundamento de defesa de
direito material ou de reconvenção.
Art. 350. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.
(B) para que ela se opere, deve haver dúplice identidade entre as ações.
Incorreta. Para que a coisa julgada se opere é preciso que se repita ação que já foi decidida por
sentença, da qual não caiba mais recurso. Deve haver a TRÍPLICE identidade.
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar:
(...)
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente
ajuizada.
§ 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo
pedido.
§ 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se repete
ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso.
(C) a alegação de decadência do direito do autor, reconhecida em ação cautelar, autoriza seu
reconhecimento na ação principal.
Incorreta. O reconhecimento de decadência em ação cautelar IMPEDE a propositura da ação
principal. E se houver ação principal em andamento, exige-se seu reconhecimento.
Art. 810. O indeferimento da medida não obsta a que a parte intente a ação, nem influi no
julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência ou de
prescrição do direito do autor.
(D) emerge da parte dispositiva da sentença não mais sujeita a recurso, salvo a remessa necessária.
Incorreta. A pendência de remessa necessária (reexame necessário) IMPEDE a formação da coisa
julgada.
Art. 467. Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a
sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
Art. 495. O direito de propor ação rescisória se extingue em 2 (dois) anos, contados do trânsito em
julgado da decisão.
(B) se admite sua propositura contra sentença transitada em julgado, mesmo que contra ela não se
tenham esgotado todos os recursos.
Correta.
Súmula 514 STF: admite-se ação rescisória contra sentença transitada em julgado, ainda que contra
ela não se tenham esgotados todos os recursos.
(C) é cabível contra a sentença que resolve o mérito, quando as partes transigirem.
Incorreta. Em que pese haja divergência doutrinária e jurisprudencial sobre o cabimento da ação
rescisória (CPC, art. 485) e ação anulatória (CPC, art.486), prevalece o entendimento do Superior
Tribunal de Justiça de que se deve levar em conta o conteúdo da sentença homologatória. Assim, se
a sentença é “mera homologação”, cabível a ação anulatória; Se há “análise do juiz”, cabível a
rescisória.
Incorreta.
SÚMULA 252
Incorreta.
SÚMULA N. 233 O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo.
(B) a nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito em conta corrente não goza de
autonomia.
Correta.
SÚMULA N. 258 A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de
autonomia em razão da iliquidez do título que a originou.
Incorreta.
(D) o contrato de abertura de crédito em conta corrente é título executivo quando acompanhado do
respectivo extrato.
Incorreta.
SÚMULA N. 233 O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo.
Correta.
- Da interpretação conjunta dos arts. 524 e 713 do CC/16, fica evidente a opção do legislador pátrio
em permitir a cisão, mesmo que temporária, dos direitos inerentes à propriedade: de um lado o
direito de uso e gozo pelo usufrutuário, e de outro o direito de disposição e seqüela pelo nu-
proprietário.
- A nua-propriedade pode ser objeto de penhora e alienação em hasta pública, ficando ressalvado o
direito real de usufruto, inclusive após a arrematação ou a adjudicação, até que haja sua extinção.
Recurso especial não conhecido." (REsp 925687/DF, Relatora a Ministra NANCY ANDRIGHI , DJ
de 17.9.2007)
Correta.
SÚMULA 150
Correta.
Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica
impenhorabilidade e incomunicabilidade.
(D) O saldo em PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), de forte natureza de poupança
previdenciária, é insuscetível de penhora.
Incorreta.
Art. 317. A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao
prosseguimento da reconvenção.
(B) Nas ações possessórias, o usucapião pode ser arguido pela via reconvencional.
Incorreta.
Reivindicatória. Usucapião que pode ser alegada como matéria de defesa. Impossibilidade, contudo,
de que o seja por meio de reconvenção porque a ação de usucapião tem rito próprio e não prescinde
da citação dos confrontantes e da perfeita identificação do imóvel para posterior registro
imobiliário. Jurisprudência deste TJSP. Requeridos que entraram no imóvel para dele cuidarem a
mando do corretor responsável pela venda. Possibilidade de usucapião desde que haja inequívoca
inversão do ânimo com que a posse é exercida. Inversão que deve ser comunicada ao proprietário
para que só então se inicie a contagem da prescrição aquisitiva. Fato que ocorreu em 2003.
Interrupção da prescrição aquisitiva no ano seguinte com a citação dos requeridos em ação
possessória. Ajuizamento de ação possessória, ainda que extinta sem análise do mérito, constitui ato
de oposição hábil a interromper o curso da prescrição aquisitiva. Jurisprudência do STJ.
Inexistência de danos morais. Recurso provido em parte. TJ-SP - AC: 6160414800 SP , Relator:
Maia da Cunha, Data de Julgamento: 12/02/2009, 4ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 12/03/2009.
Correta.
SÚMULA 258
(D) É necessária a intimação pessoal do autor reconvindo para contestá-la, no prazo de 15 (quinze)
dias.
Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa do seu procurador,
para contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias.
Incorreta.
(C) é inadmissível a via mandamental para discussão judicial, em execução, da dívida ativa da
Fazenda Pública.
Incorreta. Cabe mandado de segurança para discussão judicial da dívida ativa da Fazenda Pública
em execução fiscal.
Art. 38, LEF (Lei 6.830/80) - A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é
admissível em execução, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de
repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do depósito
preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e
demais encargos.
(D) a existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de
segurança contra omissão de autoridade.
Correta.
Súmula 429
A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de
segurança contra omissão da autoridade.
20. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, com relação a honorários advocatícios,
estabelece que
Súmula 14
(B) são devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas execuções individuais de
sentença proferida em ações coletivas, ainda que não embargadas.
Correta.
SÚMULA N. 345, STJ. São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas execuções
individuais de sentença proferida em ações coletivas, ainda que não embargadas.
(C) os honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão transitada em julgado, podem ser
cobrados em ação própria.
Incorreta. Se a decisão judicial se omite quanto à fixação dos honorários advocatícios, cabível a
impugnação pela oposição dos embargos de declaração; quedando-se silente, não é possível voltar
atrás e cobrar a verba na execução do julgado, sob pena de ofensa à coisa julgada.
Os honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão transitada em julgado, não podem ser
cobrados em execução ou em ação própria.
(D) os honorários advocatícios devem ser compensados quando houver sucumbência recíproca,
assegurado o direito autônomo do advogado à execução do saldo sem exclusão da legitimidade da
própria parte.
Incorreta. Logo no início das questões de Processo Civil havia a seguinte recomendação: “As
questões de números 11 a 19, quando não houver menção expressa a outro diploma legal, referem-
se à Lei no 5.869/73, Código de Processo Civil, de 1973”. Dessa forma, entende-se que a questão
n.20 refere-se ao Novo Código de Processo Civil (NCPC).
Se fosse com base no CPC/73, essa alternativa estaria correta, fundada no art.21 (juntamente com a
Súmula nº 306 do STJ). Mas o NCPC, no art. 85, §14, estabelece que os honorários de sucumbência
pertencem ao advogado da parte vencedora, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência
parcial.
Art.85, §14 do NCPC. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com
os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a
compensação em caso de sucumbência parcial.
Consumidor
(A) a inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos cadastros de inadimplentes pelo prazo
máximo de cinco anos, independentemente da prescrição da execução ou da ação de conhecimento
para cobrança da dívida.
Incorreta. A parte final está incorreta. Havendo a prescrição do direito de cobrança em momento
anterior ao decurso desse prazo (cinco anos), desde logo deve ser retirada a inscrição do nome do
devedor do cadastro de inadimplentes.
Súmula 323 do STJ - A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de proteção ao
crédito até o prazo máximo de cinco anos, independentemente da prescrição da execução.
Correta.
Súmula 404/ STJ: "É dispensável o aviso de recebimento (AR) na carta de comunicação ao
consumidor sobre a negativação de seu nome em bancos de dados e cadastros."
(D) quem já é registrado como mau pagador não pode se sentir moralmente ofendido pela inscrição
de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito, mesmo sem a prévia notificação do interessado
acerca das notificações anteriores.
Incorreta. Sem a prévia notificação do interessado acerca das notificações anteriores não se pode
falar em LEGÍTIMA inscrição; não havendo legítima inscrição, cabe indenização por dano moral da
anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito.
Súmula 385/STJ: "Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização
por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento".
(...)
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
(B) Nos contratos bancários posteriores ao Código de Defesa do Consumidor incide multa
moratória de até 10% do valor da prestação.
Incorreta. Não se aplica aos contratos posteriores ao CDC, mas sim aos contratos firmados após a
Lei n. 9298/96 que alterou a redação original, reduzindo o valor da multa de 10% (dez por cento)
para 2% (dois por cento).
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou concessão de
financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e
adequadamente sobre:
(C) O diploma consumerista é aplicável às instituições financeiras, mas não tem aplicação na
relação entre entidade de previdência privada e seus participantes.
Incorreta. O CDC é aplicável tanto às instituições financeiras quanto na relação entre entidade de
previdência privada e seus participantes.
SÚMULA N. 321 do STJ - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica entre
a entidade de previdência privada e seus participantes.
(D) Não vulnera o Código de Defesa do Consumidor a cobrança de tarifa básica de assinatura
mensal pelo uso dos serviços de telefonia fixa.
Correta.
Súmula n.º 356 do STJ - É legítima a cobrança de tarifa básica pelo uso dos serviços de telefonia
fixa.
(A) Em caso de oferta ou venda por reembolso postal, constarão o nome do fabricante e endereço na
publicidade utilizada na transação comercial.
Correta.
Art. 33, CDC. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar o nome
do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na
transação comercial.
(B) Cessada a produção, a oferta de componentes, via de regra, deverá ser mantida por noventa dias.
Incorreta. A oferta de componentes ou peças de reposição deve ser mantida por período razoável de
tempo quando cessada a produção (ideia de vida útil do produto).
Art. 32, CDC. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de
reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.
Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período
razoável de tempo, na forma da lei.
(C) Descabe a responsabilidade solidária do fornecedor por ato de seu representante autônomo.
Incorreta.
Art. 34, CDC. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus
prepostos ou representantes autônomos.
(D) O fornecedor, em caso de descumprimento da oferta, poderá exigir que o consumidor rescinda o
contrato, restituindo-lhe o valor pago, monetariamente atualizado, além das perdas e danos.
Incorreta. Essas faculdades podem ser exercidas pelo CONSUMIDOR quando o fornecedor não
cumprir a oferta.
(A) a estipulação de juros moratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade.
SÚMULA N. 379 Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os juros
moratórios poderão ser convencionados até o limite de 1% ao mês.
Cuidado! A estipulação de juros REMUNERATÓRIOS superiores a 12% ao ano é que, por si só,
não indica abusividade, nos moldes da Súmula 382 do STJ.
Súmula 382 do STJ - A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não
indica abusividade.
(B) a nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, desde que não
caracterizada a onerosidade excessiva.
Art. 51, CDC. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que:
(...)
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua
ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
Incorreta.
Súmula 302 do STJ - É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a
internação hospitalar do segurado.
(D) é válida a obrigação cambial assumida por procurador do mutuário vinculado ao mutuante, no
exclusivo interesse deste.
Súmula 60 do STJ - É nula a obrigação cambial assumida por procurador do mutuário vinculado ao
mutuante, no exclusivo interesse deste.
25. Quanto à coisa julgada e seus efeitos, conforme previstos no CDC, é correto afirmar que
(A) os efeitos da sentença penal definitiva não são extensíveis aos direitos difusos e coletivos,
notadamente no que se refere à reparação de danos.
Incorreta. Os efeitos da sentença penal definitiva não prejudicarão as ações de indenização por
danos pessoalmente sofridos, sendo portanto, extensíveis aos direitos difusos e coletivos.
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de
24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente sofridos,
propostas individualmente ou na forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido,
beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução, nos
termos dos arts. 96 a 99.
§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal condenatória.
(B) a sentença fará coisa julgada erga omnes se o pedido for julgado improcedente por falta de
provas.
Incorreta. Se for julgada improcedente por falta ou insuficiência de provas, a coisa julgada não se
forma nas ações coletivas.
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas,
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-
se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por
insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no
inciso II do parágrafo único do art. 81;
III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e
seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
(C) se aplicam as regras da coisa julgada não só aos direitos do consumidor, mas também à tutela de
interesses difusos ou coletivos de outras espécies que não consumeristas.
Correta. O artigo 103 do CDC funciona como regra geral do microssistema da tutela coletiva.
“A disciplina comum das ações coletivas no Brasil encontra-se, portanto, estabelecida no Título III
do CDC, que representa, por ora, o ‘Código Brasileiro de Processos Coletivos’. Chega-se a essa
conclusão, como foi visto, pela interpretação sistemática entre as regras do art. 21 da LACP e o do
art. 90 do CDC.” (DIDIER JR., Freddie Souza. ZANETI JR., Hermes. Curso de Direito Processual
Civil, p. 46).
(D) as hipóteses de efeito ultra partes relacionam-se à ação coletiva que tratar de interesses ou
direitos individuais homogêneos.
Incorreta. As hipóteses de efeito ultra partes relacionam-se à ação coletiva que tratar de interesses
COLETIVOS. Para interesses individuais homogêneos, a coisa julgada é erga omnes.
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
(...)
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por
insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no
inciso II do parágrafo único do art. 81;
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em
juízo individualmente, ou a título coletivo.
Incorreta. A comunicação deve ser feita ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, nos termos do
art.13 do ECA.
Correta.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e
de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho
Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. (Redação dada pela
Lei nº 13.010, de 2014)
Incorreta. A comunicação deve ser feita ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, nos termos do
art.13 do ECA.
27. Quando o adolescente for apreendido em flagrante de ato infracional, será encaminhado
(A) aos familiares desde que esteja matriculado em escola da rede pública.
Incorreta. Nos moldes do art. 172 do ECA, o adolescente deve ser encaminhado à autoridade
policial competente.
Incorreta. Nos moldes do art. 172 do ECA, o adolescente deve ser encaminhado à autoridade
policial competente.
Cuidado! Se o adolescente for apreendido POR FORÇA DE ORDEM JUDICIAL, ele será, desde
logo, encaminhado para a autoridade judiciária.
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo, encaminhado à
autoridade judiciária.
(C) à sua residência, uma vez que não é permitido prender o adolescente sem que o policial esteja
acompanhado de um membro do conselho tutelar.
Incorreta. Nos moldes do art. 172 do ECA, o adolescente deve ser encaminhado à autoridade
policial competente.
Correta.
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo, encaminhado à
autoridade policial competente.
28. O Estatuto da Criança e do Adolescente, acrescido pela Lei no 12.010, de 2009, menciona que
toda criança que estiver inserida em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua
situação reavaliada por equipe interprofissional ou multiprofissional, no máximo, a cada
(A) 12 (doze) meses, e a permanência não se prolongará por mais de 6 (seis) meses, salvo
comprovada incapacidade física ou mental da criança.
(C) 6 (seis) meses, e a permanência não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada
necessidade que atenda ao seu superior interesse.
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e,
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
(D) 2 (dois) meses, e a permanência não se prolongará por mais de 3 (três) anos, salvo determinação
do Ministério Público.
29. Tendo como base o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta sobre as
medidas da Adoção e do Estágio de Convivência.
(A) Nos casos envolvendo adoção por pessoa ou casal domiciliado fora do País, o estágio de
convivência deverá ser cumprido por no mínimo 90 dias.
Incorreta. O prazo mínimo é de 30 (trinta) dias no caso de adoção por pessoa ou casal domiciliado
fora do país.
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo
prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso.
(...)
§ 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio
de convivência, cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta) dias (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
(B) O estágio de convivência nunca poderá ser dispensado ainda que o adotando já esteja sob a
tutela ou guarda legal do adotante.
Incorreta.
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo
prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso.
(C) A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de
convivência.
Correta.
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo
prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso.
(...)
§ 2o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de
convivência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
(D) O adolescente pode ser ouvido judicialmente apenas para a apuração de seu interesse em
cumprir o estágio de convivência.
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as
implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.
30. A condenação criminal de um pai ou de uma mãe, para efeitos relativos aos cuidados e guarda
da criança ou adolescente,
(A) não implica a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso,
sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha.
Correta.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a
suspensão do pátrio poder poder familiar. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência
(...)
§ 2o A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto
na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou
filha. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
(B) impõe a imediata destituição do poder familiar e o encaminhamento do filho ou da filha para
família substituta ou acolhimento institucional.
Incorreta. Segundo o art.23, §2º do ECA, não há imediata destituição do poder familiar, salvo na
hipótese de crime cometido contra o próprio filho ou filha, e ainda que se trate de condenação por
crime doloso.
Incorreta. Segundo o art.23, §2º do ECA, não há sempre a suspensão e a posterior destituição do
poder familiar. Haverá a destituição do poder familiar apenas na hipótese de crime cometido contra
o próprio filho ou filha, e ainda que se trate de condenação por crime doloso.
(D) obriga o Estado a garantir as visitas da criança em local monitorado por equipe interdisciplinar
das Varas da Infância e Juventude ou da Família.
Incorreta. Não há essa previsão no ECA para os casos de condenação criminal do pai ou mãe.
Direito Penal
31. Em matéria de ação penal, a decadência apresenta diferentes efeitos. Sobre isso, é correto
afirmar que
(A) sendo ação penal privada, ataca imediatamente o direito de agir do ofendido, e o Estado perde a
pretensão punitiva.
Correta. Quando se trata de ação penal privada, a decadência ataca imediatamente o direito de agir
do ofendido ou de seu representante legal, e, em consequência, o Estado perde a pretensão punitiva.
Art. 103, CP - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de
representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber
quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o
prazo para oferecimento da denúncia.
(...)
(...)
Incorreta. A decadência não condiciona o agir do Ministério Público, ela é causa de extinção da
punibilidade. O que condiciona o agir do órgão do Ministério Público é a QUEIXA-CRIME nos
casos de ação penal privada ou a REPRESENTAÇÃO nos casos de ação penal pública
condicionada à representação.
(C) na ação privada, atinge o direito de o ofendido representar, e este não pode mais agir.
Incorreta. Quando se trata de ação penal privada, a decadência impede que a vítima apresente
QUEIXA-CRIME, manifestando validamente a vontade de que o ofensor seja acionado penalmente.
(D) na ação penal pública condicionada à representação, impede que a vítima apresente queixa-
crime.
Incorreta. Quando se trata de ação penal pública condicionada à representação, a decadência impede
que a vítima (ou seu representante legal) apresente REPRESENTAÇÃO, manifestando validamente
a vontade de que o ofensor seja acionado penalmente. Tal representação possui natureza jurídica de
condição de procedibilidade, haja vista que na sua ausência o órgão do Ministério Público não pode
deduzir em juízo a pretensão punitiva do Estado.
32. A mídia tem noticiado casos em que trabalhadores, em sua grande maioria estrangeiros, são
submetidos a trabalhos forçados e jornadas exaustivas, configurando assim o crime de redução à
condição análoga à de escravo. Sobre esse delito, assinale a alternativa que não o tipifica.
(A) Apoderar-se de documentos ou objetos pessoais do trabalhador com o fim de retê-lo no local de
trabalho.
Incorreta. Apoderar-se de documentos ou objetos pessoais do trabalhador com o fim de retê-lo no
local de trabalho é uma das formas de reduzir alguém à condição análoga à de escravo, prevista no
art.149, §1º, inciso II do CP.
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados
ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo,
por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
Incorreta. Manter vigilância ostensiva no local de trabalho é uma das formas de reduzir alguém à
condição análoga à de escravo, prevista no art.149, §1º, inciso II do CP.
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados
ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo,
por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
Incorreta. Restringir, por qualquer meio, a locomoção em razão de dívida contraída com o
empregador ou preposto é uma das formas previstas no caput do art.149 do CP de reduzir alguém à
condição análoga à de escravo.
Art. 149, CP. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos
forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou
preposto:
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Correta. Recusar o fornecimento de alimentação ou água potável, por si só, não configura o crime
de redução a condição análoga à de escravo, também conhecido como CRIME DE PLÁGIO.
Importante não confundir o crime previsto no art.149 com o crime do art. 203, ambos do Código
Penal.
Pena - detenção de um ano a dois anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
STF - (...) Para configuração do crime do art. 149 do Código Penal, não é necessário que se prove a
coação física da liberdade de ir e vir ou mesmo o cerceamento da liberdade de locomoção, bastando
a submissão da vítima “a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva” ou “a condições degradantes de
trabalho”, condutas alternativas previstas no tipo penal. A “escravidão moderna” é mais sutil do que
a do século XIX e o cerceamento da liberdade pode decorrer de diversos constrangimentos
econômicos e não necessariamente físicos. Priva-se alguém de sua liberdade e de sua dignidade
tratando-o como coisa e não como pessoa humana, o que pode ser feito não só mediante coação,
mas também pela violação intensa e persistente de seus direitos básicos, inclusive do direito ao
trabalho digno. A violação do direito ao trabalho digno impacta a capacidade da vítima de realizar
escolhas segundo a sua livre determinação. Isso também significa “reduzir alguém a condição
análoga à de escravo”. Não é qualquer violação dos direitos trabalhistas que configura trabalho
escravo. Se a violação aos direitos do trabalho é intensa e persistente, se atinge níveis gritantes e se
os trabalhadores são submetidos a trabalhos forçados, jornadas exaustivas ou a condições
degradantes de trabalho, é possível, em tese, o enquadramento no crime do art. 149 do Código
Penal, pois os trabalhadores estão recebendo o tratamento análogo ao de escravos, sendo privados
de sua liberdade e de sua dignidade. Denúncia recebida pela presença dos requisitos legais. STF.
Plenário. Inq 3412, Rel. p/ Acórdão Min. Rosa Weber, julgado em 29/03/2012
33. A respeito da retratação nos crimes contra a honra, pode- -se afirmar que fica isento de pena o
querelado que, antes da sentença, retrata-se cabalmente
Incorreta. A retratação, prevista no art. 143 do Código Penal, não abrange o crime de injúria, o qual
atinge a dignidade e o decoro do indivíduo. Atingindo exatamente a honra subjetiva da vítima, não
se pode aceitar que a simples retratação do agente tenha o condão de isentar a sua pena.
Correta. A retratação é causa extintiva da punibilidade para os crimes contra a honra objetiva da
vítima.
EMENTA Recurso ordinário em habeas corpus. Processual penal. Calúnia contra magistrado (art.
138, c/c 141, II, do CP). Alegação de atipicidade da conduta e de inexistência de dolo. Necessidade
de reexame do conjunto fático-probatório. Retratação (CP, 143). Necessidade de desdizer o ofensor
plenamente o fato desairoso que tenha dado margem à configuração da calúnia ou da difamação.
Não ocorrência. Coação inexistente. Recurso não provido. 1. É firme a jurisprudência consagrada
no Supremo Tribunal no sentido de que a concessão de habeas corpus com a finalidade de
trancamento de ação penal em curso só é possível em situações excepcionais, quando estiverem
comprovadas, de plano, atipicidade da conduta, causa extintiva da punibilidade ou ausência de
indícios de autoria. 2. A aferição da presença ou não de dolo na conduta do apontado ofensor
demanda incursão no acervo fático-probatório, inviável na via estreita do writ constitucional. 3.
Para a admissão da retratação nos crimes de calúnia e difamação (CP, art. 143), cuja incidência do
preceito na ação pública condicionada ainda encontra divergência na doutrina e na jurisprudência,
faz-se necessário que o ofensor desdiga plenamente o fato desairoso, o que não se verificou na
hipótese em exame, a afastar a invocada excludente. 4. Recurso não provido. (STF - RHC: 114187
RJ , Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Data de Julgamento: 04/06/2013, Primeira Turma, Data de
Publicação: DJe-154 DIVULG 07-08-2013 PUBLIC 08-08-2013)
Incorreta. A retratação, prevista no art. 143 do Código Penal, não abrange o crime de injúria, o qual
atinge a dignidade e o decoro do indivíduo. Atingindo exatamente a honra subjetiva da vítima, não
se pode aceitar que a simples retratação do agente tenha o condão de isentar a sua pena.
Incorreta. A retratação, prevista no art. 143 do Código Penal, não abrange o crime de injúria, o qual
atinge a dignidade e o decoro do indivíduo. Atingindo exatamente a honra subjetiva da vítima, não
se pode aceitar que a simples retratação do agente tenha o condão de isentar a sua pena.
34. No arrependimento posterior, o agente busca atenuar os efeitos da sua conduta, sendo, portanto,
causa geral de diminuição de pena. Sobre esse instituto, assinale a alternativa correta.
(A) O dano não precisa ser reparado quando o crime foi sem violência.
Art. 16, CP - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena
será reduzida de um a dois terços.
Incorreta. Tanto a violência quanto a grave ameaça à pessoa presentes no crime impedem o
reconhecimento do arrependimento posterior.
Art. 16, CP - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena
será reduzida de um a dois terços.
Correta. ATÉ o recebimento da denúncia ou queixa, cabível a causa geral de diminuição de pena do
arrependimento posterior. Após o recebimento, pode-se falar na circunstância atenuante prevista no
artigo 65, III, b, CP, a ser analisada na segunda fase do cálculo da pena.
Art. 16, CP - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena
será reduzida de um a dois terços.
(D) Pode ocorrer em crime cometido com violência, desde que o agente se retrate até a sentença.
Incorreta. São requisitos para reconhecimento do arrependimento posterior que o crime tenha sido
cometido SEM violência e que a reparação do dano ou a restituição da coisa ocorra ATÉ o
RECEBIMENTO da denúncia ou queixa.
Art. 16, CP - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena
será reduzida de um a dois terços.
(A) Admite-se a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena
mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
Incorreta. Nos termos da Súmula 723 do STF, não cabe a suspensão condicional do processo por
crime continuado se a soma for superior a um ano.
SÚMULA 723 do STF - Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado,
se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior
a um ano.
(B) Não há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, mas o agente não realiza a
subtração de bens da vítima.
Incorreta. O crime de latrocínio está previsto no art.157, §3º do CP. Por razões de política criminal,
o Supremo Tribunal Federal entende que o latrocínio (crime patrimonial) deve ser considerado
consumado quando há o evento morte, prevalecendo, portanto, o bem jurídico vida, ainda que o
agente não realize a subtração dos bens.
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
(...)
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
SÚMULA 610 do STF - Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não
realize o agente a subtração de bens da vítima.
(C) A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se sua vigência é
anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Correta.
SÚMULA 711 do STF - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
(D) A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime constitui motivação idônea para a
imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
Incorreta. A fixação de regime inicial de pena deve observar o previsto nas diretrizes traçadas pelo
art.33 do CP, analisadas em conjunto com o art.59 do mesmo Diploma Legal. A imposição de
regime mais severo EXIGE motivação idônea concretamente fundamentada.
SÚMULA 718 do STF - A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui
motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena
aplicada.
Correta. Texto literal da súmula 438 do STJ, que consagrou o entendimento jurisprudencial de
impossibilidade de reconhecimento da prescrição virtual ou em perspectiva.
Incorreta. Em que pese forte crítica doutrinária à desproporcionalidade criada pelo legislador ao
qualificar a pena do crime de furto (aumenta do dobro), no caso de concurso de agentes, de forma
mais drástica do que a do roubo (aumenta de 1/3 a ½), em idêntica situação fática, prevaleceu no
Superior Tribunal de Justiça que é INADMISSÍVEL aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de
agentes, a majorante de roubo.
Súmula 442, STJ - É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a
majorante do roubo.
(C) O tempo de duração da medida de segurança pode ultrapassar o máximo da pena abstratamente
cominada ao delito praticado.
Incorreta. Para o STJ, o inimputável não pode ficar mais tempo cumprindo a medida de segurança
do que o imputável cumpriria a pena, em respeito ao princípio da isonomia e da proibição do
excesso.
Súmula 527 do STJ - O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite
máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado.
(D) A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é atípica, ainda que em
situação de alegada autodefesa.
Incorreta. É típica a conduta do acusado que, no momento da prisão em flagrante, atribui para si
falsa identidade (art. 307 do CP), ainda que em alegada situação de autodefesa. Isso porque a
referida conduta não constitui extensão da garantia à ampla defesa, visto tratar-se de conduta típica,
por ofensa à fé pública e aos interesses de disciplina social, prejudicial, inclusive, a eventual
terceiro cujo nome seja utilizado no falso. STJ. 3ª Seção. REsp 1.362.524-MG, Rel. Min. Sebastião
Reis Júnior, julgado em 23/10/2013 (recurso repetitivo).
Súmula 522-STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda
que em situação de alegada autodefesa.
Incorreta. A extorsão mediante sequestro será qualificada quando o sequestro durar mais de 24
(vinte e quatro) horas.
Art. 159, CP - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer
vantagem, como condição ou preço do resgate.
Incorreta. Havendo a morte da vítima do sequestro, tipificado estará o delito do art. 159, §3º do CP:
Extorsão mediante sequestro qualificado pelo resultado morte (crime hediondo).
Art. 159, CP - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do resgate.
§ 3º - Se resulta a morte:
Incorreta. Na extorsão mediante sequestro, a intenção do agente é obter, para si o para outrem ,
alguma vantagem, como condição OU preço do resgate.
Art. 159, CP. Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do resgate:
(A) a retratação do agente, antes da sentença em que ocorreu o falso testemunho, é causa de
diminuição de pena.
Incorreta. De fato, a prática de falso testemunho ou falsa perícia praticada mediante suborno é causa
de aumento da pena. Mas o quantum trazido pela assertiva (metade) está incorreto. As penas
aumentam-se de um sexto a um terço.
Correta.
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo
arbitral:
Incorreta. A conduta é tipificada quando realizada tanto em processo penal, quanto administrativo,
inquérito policial e em juízo arbitral.
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo
arbitral.
39. O afilhado que cuida e tem a função de curador de sua madrinha, esta com 65 anos de idade,
acometida de Alzheimer, vendeu imóvel da ofendida por R$ 80.000,00, recebendo, inicialmente, R$
20.000,00. Quando foi lavrada a escritura pública, o curador recebeu o restante do pagamento, no
importe de R$ 60.000,00, apropriando-se do numerário. Assim,
Incorreta. Pelo princípio da especialidade das leis, o afilhado deve responder pela prática do crime
de apropriação indébita, previsto no art. 102 do Estatuto do Idoso.
(B) o comportamento do afilhado caracteriza o crime de apropriação, previsto no Estatuto do Idoso.
Correta.
Art. 102, Estatuto do Idoso. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro
rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:
(C) o afilhado é isento de pena por ter praticado o delito em prejuízo de ascendente.
Incorreta. O afilhado não pode ser beneficiado com a isenção de pena depois de ter praticado delito
em prejuízo de sua curatelada. Deve, ao contrário, ser responsabilizado pela prática do delito de
apropriação indébita, previsto no art. 102 da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso).
Art. 102, Estatuto do Idoso. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro
rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:
Art. 102, Estatuto do Idoso. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro
rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:
40. Profissional nomeado pela assistência judiciária para atuar como defensor dativo ingressa com
ação contra o INSS, em favor da parte para a qual foi constituído, e posteriormente faz o
levantamento do valor devido. Contudo, não repassou o dinheiro à parte, cometendo o delito de
(A) prevaricação, considerando que retardou ou deixou de praticar, indevidamente, ato de ofício.
Incorreta. O advogado dativo nomeado pela assistência judiciária, ao não repassar o dinheiro,
apropriou-se do dinheiro de que tinha a posse em razão do cargo, cometendo o crime de peculato
apropriação (na visão da banca).
Art. 312, CP - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou
alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
(B) peculato, tendo em vista apropriar-se de dinheiro ou valor de que tem a posse em razão do
cargo.
Correta. Apesar da divergência doutrinária e jurisprudencial acerca de o defensor dativo ser ou não
funcionário público para fins penais, a banca filiou-se ao entendimento recente do STJ de que tendo
sido o defensor dativo nomeado para o exercício de um múnus público, estaria ele exercendo uma
função pública, encaixando-se no conceito de funcionário público descrito no artigo 327 do Código
Penal. Assim, ao não repassar o dinheiro, tendo dele se apropriado em razão do cargo, o defensor
dativo praticou o crime de peculato do art. 312 do CP.
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou
alheio:
(C) apropriação indébita, uma vez que tinha a posse ou detenção do numerário.
Incorreta. De fato, o defensor dativo apropriou-se indevidamente do dinheiro. Mas, por ser se
enquadrar no conceito de funcionário público, conforme decidido no HC 326874-MS, responde
pelo crime de peculato apropriação.
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou
alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Incorreta. Furto mediante fraude ocorre quando o agente subtrai a coisa da vítima, sem seu
consentimento, utilizando-se de fraude para desviar sua atenção, para reduzir sua vigilância sobre a
“res”. Não foi o que ocorreu no caso em análise. O advogado dativo nomeado pela assistência
judiciária, ao não repassar o dinheiro, cometeu o crime de peculato apropriação.
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou
alheio:
41. A liberdade provisória, assegurada pela Constituição Federal e pelo Código de Processo Penal,
não pode depender de um ato meramente discricionário do magistrado. Assim, a decisão deve
conter a
Incorreta.
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá
conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319
deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código.
Artigo 5º, LXVI, CF - Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança.
Art. 310, CPP. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o
fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
(C) demonstração concreta que impõe a privação da liberdade antes da decisão de mérito.
Correta. A liberdade provisória não é propriamente uma liberdade, mas sim uma contracautela
proposta em relação à prisão. A demonstração concreta que impõe a privação de liberdade antes da
decisão de mérito decorre do fato de que só cabe liberdade provisória em caso de flagrante legal.
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá
conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319
deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código.
Artigo 5º, LXVI, CF - Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança.
(D) invocação, ainda que formal, dos dispositivos ensejadores de sua concessão.
Incorreta. A decisão pode ser até sucinta (que não se confunde com decisão precária), mas deve ser
fundamentada de forma objetiva.
Art. 310, CPP. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o
fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
42. O princípio do in dubio pro sociedade não altera a presunção de inocência, mas permite que a
pronúncia seja decretada
(A) por mero juízo de admissibilidade, não sendo necessária prova incontroversa do crime.
Incorreta. O juízo de certeza é do Conselho de Sentença, não do juiz presidente do tribunal do júri.
Art.5º, XXXVIII, CF - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
(C) por ocasião da fase da pronúncia, quando vigora o princípio do in dubio pro reo.
Incorreta. Na fase da pronúncia vigora o princípio do in dúbio pro societate.
(D) pelo conselho de sentença, que irá analisar o juízo de admissibilidade da acusação.
Incorreta. Quem pronuncia o acusado é o juiz, na primeira fase do procedimento adotado pelo júri
(judicium accusationis). O Conselho de Sentença atua na segunda fase (judicium causae).
Incorreta. Pode ter validade ainda que apresentada na fase extrajudicial e retratada em sede judicial;
assim como será válida se produzida apenas na fase judicial.
Incorreta. O valor que será atribuído à confissão é que dependerá dos outros elementos de prova
contidos nos autos.
Art. 197, CPP. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de
prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo,
verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
(C) nunca será tida como valor probante se houver posterior retratação judicial.
(D) pode ser considerada válida ainda que feita somente na fase extrajudicial.
Correta. A confissão do acusado pode ser considerada válida ainda que feita somente na fase
extrajudicial, desde que acompanhada de outros elementos de prova. Neste caso, como o juiz
considerou válida a confissão para fins de condenação, é seu dever valorá-la na segunda fase da
dosimetria da pena como circunstância atenuante do art.65, III, “d”, CP.
44. A sentença de transação penal, nos termos do artigo 76, parágrafo 5o, da Lei no 9.099/95, tem as
seguintes características:
(A) tem natureza condenatória e gera eficácia de coisa julgada apenas material.
Incorreta. No RE 795.567, o STF decidiu que a natureza jurídica da sentença de transação penal é
HOMOLOGATÓRIA. E, nos termos da Súmula Vinculante 35 do STF, a homologação não faz
coisa julgada.
“As consequências jurídicas extrapenais previstas do artigo 91 do Código Penal são decorrentes de
sentença condenatória. Tal não ocorre, portanto, quando há transação penal, cuja sentença tem
natureza meramente homologatória, sem qualquer juízo sobre a responsabilidade criminal do
aceitante. As consequências geradas pela transação penal são essencialmente aquelas estipuladas
por modo consensual no respectivo instrumento de acordo”. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
795.567-PR
Correta.
Segundo o ministro Teori Zavascki, relator do RE 795.567, “Trata-se de ato judicial homologatório,
expedido de modo sumário em obséquio a um interesse público na célere resolução de conflitos
sociais de diminuta lesividade para os bens jurídicos tutelados pelo estatuto penal”.
(C) possui natureza absolutória e não faz coisa julgada formal e material.
Incorreta. No RE 795.567, o STF decidiu que a natureza jurídica da sentença de transação penal é
HOMOLOGATÓRIA. Em seu voto, o Ministro Dias Toffoli disse: “não é nem condenatória e nem
absolutória”. “Ela apenas homologa os interesses dos envolvidos. Não se trata nem de pedido do
autor, que sequer foi formulado.”
“As consequências jurídicas extrapenais previstas do artigo 91 do Código Penal são decorrentes de
sentença condenatória. Tal não ocorre, portanto, quando há transação penal, cuja sentença tem
natureza meramente homologatória, sem qualquer juízo sobre a responsabilidade criminal do
aceitante. As consequências geradas pela transação penal são essencialmente aquelas estipuladas
por modo consensual no respectivo instrumento de acordo”. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
795.567-PR
(D) possui natureza condenatória e gera eficácia de coisa julgada formal e material.
Incorreta. No RE 795.567, o STF decidiu que a natureza jurídica da sentença de transação penal é
HOMOLOGATÓRIA. E, nos termos da Súmula Vinculante 35 do STF, a homologação não faz
coisa julgada.
“As consequências jurídicas extrapenais previstas do artigo 91 do Código Penal são decorrentes de
sentença condenatória. Tal não ocorre, portanto, quando há transação penal, cuja sentença tem
natureza meramente homologatória, sem qualquer juízo sobre a responsabilidade criminal do
aceitante. As consequências geradas pela transação penal são essencialmente aquelas estipuladas
por modo consensual no respectivo instrumento de acordo”. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
795.567-PR
45. A formação da convicção do magistrado no processo penal tem por base inúmeros elementos.
Assinale a alternativa que contenha elementos que vão ao encontro da sistemática do Código de
Processo Penal como um todo.
(A) Hierarquia prefixada de provas e livre apreciação dos elementos constatados nos autos.
Incorreta. O processo penal brasileiro não admite a valoração de provas em graus de hierarquia,
umas superiores às outras. Caberá ao juiz, no caso concreto, determinar o valor de cada uma,
fazendo-o fundamentadamente.
(B) Vinculação das provas do processo à sua própria consciência e verdade formal.
- Sistema do livre convencimento motivado ou persuasão racional: livre convicção, desde que o
faça de forma motivada.
Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
Art. 93, IX, CF. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à
informação;
46. Reeducanda que cumpre pena em regime fechado obteve a remição, pelo trabalho, de 37 dias de
sua pena. Assim, os dias remidos serão computados
Correta.
Art. 128, LEP. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.
(B) da totalidade da pena, sendo considerado apenas o quantum que foi cumprido.
Incorreta. Não é considerado apenas o quantum que foi cumprido, o tempo remido será computado
como pena efetivamente cumprida, para todos os efeitos.
Art. 128, LEP. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.
(C) de parte da pena e considerada apenas essa parcela da reprimenda como descontada.
Art. 128, LEP. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.
Incorreta. Os dias remidos realmente são computados do total da reprimenda. O erro está na
segunda parta da assertiva, porque o tempo remido será computado como pena efetivamente
cumprida, para todos os efeitos.
Art. 128, LEP. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.
47. Um sentenciado cumpria pena em regime fechado, quando sobreveio nova condenação, com
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Portanto, deve o magistrado
(A) manter a restritiva de direitos suspensa, para que seja cumprida a privativa de liberdade em
primeiro lugar.
Incorreta. Havendo nova condenação, cabe ao juiz da execução penal decidir sobre a conversão, não
cabendo a ele suspender uma pena e manter a outra.
Incorreta. Sobrevindo nova condenação à pena privativa de liberdade, o juiz da execução está
autorizado a decidir sobre a conversão. Feita a conversão, as penas devem ser unificadas.
Art. 111, LEP. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em
processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou
unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.
Correta.
Art. 111, LEP. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em
processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou
unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.
(D) somar a nova condenação ao restante da pena que está sendo cumprida, desconsiderando a
restritiva de direitos.
Incorreta. De fato, soma-se a nova condenação ao restante da pena que está sendo cumprida. Mas
não haverá desconsideração da pena restritiva de direitos. As penas devem ser unificadas.
Art. 111, LEP. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em
processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou
unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.
48. Conforme o artigo 41, do Código de Processo Penal, “A denúncia ou queixa conterá a exposição
do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos
pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das
testemunhas”. Portanto, a peça acusatória
(A) deve descrever os fatos ilícitos, ainda que não em sua totalidade.
Incorreta. Deve descrever os fatos ilícitos em sua totalidade, viabilizando ao réu o exercício do
princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório. O réu se defende dos fatos que lhes são
imputados e não da tipificação jurídica que lhes é dada; por isso, todos os fatos devem estar
descritos na inicial acusatória.
Correta. Considera-se inepta a denúncia que não individualiza a conduta do acusado, não expõe
concretamente o fato imputado ao acusado descrevendo o comportamento delituoso de forma
escorreita.
(C) precisa apresentar algumas das condutas alegadamente praticadas pelo agente.
Incorreta. Precisa apresentas todas as condutas alegadamente praticadas pelo agente, para que ele
possa exercer seu direito de defesa.
(D) pode conter elementos que sejam prescindíveis, mas relevantes para a imputação.
Incorreta. A denúncia exige a descrição do fato criminoso de forma pormenorizada, todavia, sem
apelar para detalhes supérfluos, prescindíveis.
“Por fim, a denúncia deve conter a imputação objetiva e direta dos fatos. Tudo o que não disser
respeito à imputação propriamente dita não deve constar na denúncia. Como se disse, a denúncia
veicula a imputação. Deve-se excluir da imputa- ção dados que sejam irrelevantes, desnecessários
ou supérfluos para compreender a imputação. Detalhes desnecessários devem ser evitados. A
denúncia deve ser “enxuta” ao máximo, para que o fato imputado fique o mais claramente possível
delimitado. MENDONÇA, Andrey Borges de. Manual do Procurador da Justiça. Ed. Juspodivm.
Pg. 273.”
49. Um réu foi condenado à pena de dois anos e quatro meses de reclusão pelo crime de furto
mediante fraude, embora ainda no curso da instrução já existissem elementos indicativos de que
outra seria a conduta e a definição jurídica do fato delituoso. Em sede de apelação, o Tribunal de
Justiça deverá
(A) determinar vista para que o Ministério Público adite a denúncia, no prazo de 05 dias.
Incorreta. Haveria supressão de instância se o Tribunal determinasse vista para que o órgão do
Ministério Público aditasse a denúncia. Essa é a razão da súmula 453 STF não admitir mutatio
libelli em segundo grau, em grau de recurso.
Súmula 453 STF - Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do código de
processo penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de
circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.
Súmula 453 STF - Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do código de
processo penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de
circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.
(C) anular o processo para que haja a modificação da descrição do fato em primeira instância.
Súmula 453 STF - Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do código de
processo penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de
circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.
SÚMULA 160 STF - É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no
recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
Correta. Em observância ao princípio da correlação, deve o Tribunal absolver o acusado, sob pena
de indevida supressão de instâncias.
50. No julgamento pelo Tribunal do Júri, havendo condenação pelo crime de homicídio doloso por
motivo fútil, a defesa recorre e requer a absolvição alegando a ocorrência de decisão contrária à
prova dos autos. A apelação será desprovida com base no seguinte:
(A) as decisões do Tribunal do Júri são soberanas e somente em casos de nulidade podem ser
revistas.
Incorreta. De fato, as decisões do Conselho de Sentença são soberanas. Ocorre que, não é somente
no caso de nulidade que elas poderão ser revistas. Em qualquer das hipóteses do art. 593, inciso III
do CPP elas poderão ser modificadas.
(C) o veredicto será alterado apenas quando a decisão for tomada por maioria e não por
unanimidade.
(D) os jurados adotaram uma das vertentes possíveis e optaram por uma das versões apresentadas.
Correta. Note-se que o art. 593, inciso IV, alínea d do Código de Processo Penal utiliza o
termo"manifestamente contrária à prova dos autos", ou seja, somente cabe novo julgamento popular
quando a decisão dos jurados conflitar de forma explícita, notória, evidente, flagrante ao conjunto
probatório já produzido. Sendo oferecidas aos jurados vertentes alternativas da verdade dos fatos,
incabível o recurso de apelação.
Direito Constitucional
51. O “constitucionalismo moderno”, com o modelo de Constituições normativas, tem sua base
histórica:
Inglaterra.
(D) com o advento do “Estado Constitucional de Direito”, com uma Constituição rígida,
estabelecendo limites e deveres aos legisladores e administradores.
RESPOSTA – B
ALTERNATIVA B, CORRETA.
52. A expressão “constitucionalização do Direito” tem, de modo geral, sua origem identificada pela
doutrina:
(A) nos EUA, com o precedente firmado no julgamento do caso Marbury v. Madison, em 1803.
(B) na Constituição Federal brasileira de 1988, com seu conteúdo analítico e casuístico.
(D) nos julgamentos dos MI 712/PA, 670/ES e 708/DF, pelo Supremo Tribunal Federal, alterando
entendimento anterior para reconhecer sua competência para editar texto normativo diante da
omissão legislativa, a fim de concretizar previsão constitucional.
RESPOSTA – C
ALTERNATIVA C, CORRETA.
ALTERNATIVA D, INCORRETA. Não surgiu no Brasil. Além disso, o STF não tem competência
para “editar texto normativo”. Lembrar que em Mandado de Injunção, aplica-se a Teoria Concretista
Geral.
53. Conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Rcl 4345/AC, na
declaração de inconstitucionalidade de lei em sede de controle difuso, os efeitos da decisão
(A) podem gerar efeitos gerais, ultra partes, assemelhados a um caráter vinculante.
(B) não podem ter caráter geral em relação aos Tribunais Estaduais, e a Súmula Vinculante 10
(cláusula de reserva de plenário) impede a declaração de inconstitucionalidade de lei por órgão
fracionário do Tribunal ou pelas Turmas Recursais dos Juizados Especiais.
(C) podem ter efeito geral em relação aos Juízes e Tribunais Estaduais se e quando convertidos em
Súmulas Vinculantes.
(D) se tiverem reconhecida a sua eficácia geral, a vinculação ao decidido limita-se à parte
dispositiva daquela decisão.
RESPOSTA – A
A questão aborda o fenômeno da abstrativização do controle difuso e seus efeitos. Por se tratar de
tema polêmico, dividiremos a explicação em duas etapas:
1ª etapa: O principal expoente da abstrativização no Brasil é o Min. Gilmar Mendes, para quem o
art.52, inciso X da CF sofreu mutação constitucional, atribuindo ao Senado Federal o papel de
conferir simples efeito de publicidade às decisões proferidas em controle incidental de
constitucionalidade.
Esse não é, contudo, o entendimento da maioria dos Ministros do STF. Para a maioria, o art. 52, X,
da CF/88 não sofreu mutação constitucional e o Senado continua tendo o poder de conferir eficácia
erga omnes às decisões do STF que, em controle difuso, declaram a inconstitucionalidade de lei.
2ª etapa: apesar de o entendimento majoritário do STF ser no sentido de que o art.52, inciso X da
CF continua válido, há situações excepcionais em que as decisões do Supremo que ganham eficácia
erga omnes mesmo sem a atuação do Senado. Os precedentes dos tribunais superiores e,
especialmente, do STF, possuem inequívoca força ultra partes. Nesse caso, fala-se em “força
expansiva” das decisões.
ALTERNATIVA A, CORRETA. De fato, os efeitos da decisão PODEM gerar efeitos ultra partes.
Perceba que a redação da assertiva fala em caráter “assemelhado” ao vinculante; isso é importante,
porque a força expansiva não é sinônimo perfeito de efeitos erga omnes e vinculantes.
ALTERNATIVA B, INCORRETA. Podem sim ter caráter geral, ultra partes. Além disso, as Turmas
Recursais não se sujeitam à cláusula de reserva de plenário.
Não confunda efeito geral (força expansiva) com efeito erga omnes e vinculante. Por exemplo, só
cabe Reclamação na hipótese de descumprimento de decisões do STF que gozem de eficácia
vinculante e erga omnes; não cabe em caso de violação a decisões que tenham “apenas” força
expansiva.
(A) têm natureza prestacional, desde que vinculados à proteção da liberdade e da saúde.
(C) têm natureza prestacional, desde que correspondentes aos denominados direitos fundamentais
da segunda “dimensão”.
(D) têm natureza prestacional quando correspondem aos denominados direitos positivos.
RESPOSTA – D
Alexy entende que os direitos fundamentais se dividem em dois grandes grupos, o das ações
negativas e o das ações positivas. As ações negativas são os chamados direitos de defesa e as ações
positivas os direitos sociais. Dentro das ações positivas, tem-se ainda uma classificação quanto uma
ação positiva fática e uma ação positiva normativa. Onde a fática significa a ajuda através de
subsídios e a normativa o auxílio por meio de criação de normas. (ALEXY, Robert. Teoria dos
direitos fundamentais. 2008, p. 202).
Quem formulou a teoria das dimensões dos direitos fundamentais Karel Vasak na aula inaugural de
1979 dos Cursos do Instituto Internacional dos Direitos do Homem, em Estrasburgo (Fonte:
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 19ª Edição, São Paulo: Editora Malheiros,
2006, p. 563). Essa informação, por si só, já elimina as alternativas B e C.
ALTERNATIVA B, INCORRETA. Nem todos são prestacionais e Alexy não fala em “dimensões”.
55. Ao analisar decisões do Supremo Tribunal Federal na aplicação do princípio da igualdade, por
exemplo na ADPF 186/DF (sistema de cotas para ingresso nas universidades públicas), é correto
afirmar que:
(A) a diferença salarial entre servidores com igual função em diferentes entes públicos não se
sustenta diante do princípio da isonomia, a justificar revisão por parte do Judiciário.
(C) a Constituição Federal não estabelece distinção entre igualdade formal e material.
RESPOSTA – B
Na ADPF 186/DF, o STF decidiu que as ações afirmativas são adequadas à Constituição Federal,
que o sistema de cotas não contraria - ao contrário, prestigia – o princípio da igualdade material.
Súmula 339 STF - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.
ALTERNATIVA B, CORRETA.
(A) imponha alteração do conteúdo da matéria a ser divulgada, a fim de riscar ou suprimir
expressões ofensivas à honra e à intimidade da vítima.
(B) proíba a circulação da publicação jornalística considerada ofensiva, com base no art. 5o, V e X,
da Constituição Federal.
(C) proíba a inserção da matéria considerada ofensiva naquela publicação jornalística, embora
autorizada sua circulação.
(D) assegure, após configurado o dano causado à honra e à intimidade, a sua reparação.
RESPOSTA – D
ALTERNATIVA D, CORRETA. O dano moral, regra gera, exige prova do direito da personalidade
violado.
57. A divulgação, nos sites dos respectivos órgãos administrativos, de nomes e vencimentos de
servidores públicos, observado o decidido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do ARE
652.777, é medida que:
(A) deve ser limitada à indicação da remuneração genérica dos cargos, sem identificação pessoal
dos servidores, em respeito à inviolabilidade da intimidade e da vida privada dos servidores.
(B) deve ser autorizada em relação aos denominados agentes políticos, ocupante de cargos eletivos,
para conhecimento da população.
(C) deve ser reconhecida como legítima diante dos princípios constitucionais que regulam a
atividade pública e da Lei federal no 12.527/11.
(D) deve ser vedada, como regra geral, atendendo apenas a eventual requisição ou consulta
justificada, porque a Lei Federal no 12.527/11 (acesso à informação) não impõe ou disciplina
aquela divulgação.
RESPOSTA – C
No julgamento do ARE 652.777, o STF definiu que a Administração Pública pode divulgar,
inclusive pela internet, levantamento com o nome de servidores e os valores dos salários que eles
recebem. A publicidade deve ser prestigiada. Na União, por exemplo, há o Portal da Transparência.
ALTERNATIVA B, INCORRETA. Deve ser autorizadas para servidores públicos em geral, não
apenas agentes políticos.
ALTERNATIVA C, CORRETA.
(A) não deve ser deferida sem prévia avaliação técnica e orçamentária, no âmbito do Judiciário
(prova pericial), quanto aos impactos da medida.
(B) não deve ser deferida judicialmente porque preserva-se a escolha técnica de políticas públicas
aos órgãos da Administração.
(C) deve ser parcialmente deferida apenas para os exercícios seguintes, tendo em vista a
necessidade de previsão na lei orçamentária anual.
RESPOSTA – B
Como regra geral, a escolha de políticas públicas é atribuição do Poder Executivo, que leva em
conta as necessidades prioritárias da população e os recursos orçamentários. Apenas em casos
excepcionais é que se vem falando em “judicialização das políticas públicas”, permitindo-se a
interferência do Poder Judiciário na implementação de políticas públicas que visam a efetivar
direitos fundamentais.
O caso proposto pelo enunciado enquadra-se na regra geral, de modo que o pedido do Ministério
Público é inconstitucional (Art.61, §1º da CF).
ALTERNATIVA A, INCORRETA. Não deve ser deferida. Iniciativas que envolvem despesas
públicas são privativas do chefe do Poder.
ALTERNATIVA B, CORRETA.
ALTERNATIVA C, INCORRETA. Não pode ser deferida, nem mesmo parcialmente.
ALTERNATIVA D, INCORRETA. Ainda que atenda interesse público, é o Executivo quem decide,
regra geral.
59. Determinada Câmara Municipal tem a iniciativa de, por meio de emenda à Lei Orgânica
Municipal, estabelecer mudança na base de cálculo de benefício a servidor municipal e o respectivo
pagamento é implementado. No ano seguinte, o novo Prefeito ingressa com a ação direta de
inconstitucionalidade daquela alteração legislativa, sendo correto decidir (conforme precedente do
órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo na ADI 2222132-48.2014) que:
(A) existe inconstitucionalidade por vício de iniciativa e, diante do efeito repristinatório inerente à
desconstituição da norma inconstitucional, devem ser devolvidos pelos servidores os valores
recebidos, mediante compensação nos vencimentos futuros.
(B) não existe inconstitucionalidade da modificação legislativa, tendo em vista sua aceitação pelo
Prefeito anterior e como medida de proteção à segurança jurídica e boa-fé dos servidores.
(C) existe inconstitucionalidade por vício de iniciativa e a decisão judicial tem eficácia ex nunc,
aplicando a modulação dos seus efeitos e declarando que os valores recebidos pelos servidores são
irrepetíveis.
(D) existe inconstitucionalidade e seus efeitos são ex tunc, sendo que a modulação dos efeitos
somente é permitida ao Supremo Tribunal Federal, preservando-se apenas pagamentos feitos até a
data da decisão judicial.
RESPOSTA – C
A questão envolve vício de iniciativa e modulação temporal dos efeitos (Art.27, 9868/99).
ALTERNATIVA A, INCORRETA. Os servidores receberam de boa-fé, não é justo que eles sejam
sacrificados. Os Tribunais entendem que o servidor que recebe de boa-fé não precisa devolver o
dinheiro.
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela
só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
ALTERNATIVA D, INCORRETA. O efeito é ex nunc. Além disso, atualmente o STF permite que
qualquer tribunal, inclusive juiz de primeira instância, module efeitos.
60. Por meio de mandado de segurança preventivo, Vereador pretende obter ordem judicial
obstando a tramitação de projeto de lei municipal que disciplina, no âmbito do Município, como
deve ser ministrado o ensino religioso. Adotando como referência o decidido pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento do MS 32033/DF, é correto afirmar que
(A) como a matéria é regulada pela Constituição e por lei federal, é cabível o controle preventivo do
conteúdo material da norma proposta.
(B) o parlamentar tem legitimidade para promover o controle abstrato repressivo, logo, nada obsta
que seja aceita a pretensão exposta em Juízo.
(C) se não cabe mandado de segurança contra lei em tese, a pretensão deveria ser expressa por meio
de ação declaratória, com pedido de tutela antecipada.
(D) não é cabível o controle preventivo de constitucionalidade material das normas em curso de
formação.
RESPOSTA – D
Sobre o tema Mandado de Segurança (MS) impetrado por parlamentar no controle preventivo de
constitucionalidade, é preciso destacar que:
- Se for projeto de Emenda Constitucional, o MS pode abordar tanto a forma quanto o conteúdo
(art.60, §4º da CF).
- Se for projeto de lei, o MS pode questionar apenas a forma. Não pode questionar o conteúdo,
porque violaria a Separação de Poderes.
O caso concreto examinado pelo STF no MS 32033/DF tratava de projeto de LEI, mas a tramitação
deste projeto não violava nenhuma regra constitucional sobre o processo legislativo (arts. 59 a 69 da
CF/88). O que se almejava era a discussão do conteúdo (mérito).
ALTERNATIVA C, INCORRETA. Tendo sido o projeto convertido em lei, a pretensão deveria ser
expressa por meio de ADI (no TJ) ou de ADPF (no STF).
Direito Eleitoral
(A) voto proporcional com listas abertas para as eleições aos cargos do Legislativo, o que assegura
maior participação a grupos minoritários no âmbito partidário.
(B) voto proporcional com lista fechada para as eleições majoritárias e proporcionais, o que
submete o eleitor às escolhas das lideranças partidárias.
(C) voto majoritário para o Executivo e o Senado, tendo como resultante o atual modelo de
financiamento das campanhas.
(D) voto majoritário para o Executivo e o Senado, tendo como resultante o denominado
Presidencialismo de coalizão.
RESPOSTA – NDA
ALTERNATIVA A, INCORRETA. Apesar de essa ser a resposta apontada como correta pelo
gabarito preliminar, é incorreto falar que o sistema proporcional é o adotado para os “cargos do
Legislativo”. Isso porque, o Senado Federal compõe o Poder Legislativo (art.44, CF) e é eleito
segundo o sistema majoritário (art.46, CF) relativo. Por essa razão, é possível que haja anulação
dessa questão.
Art. 44, CF. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal.
Art. 46, CF. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal,
eleitos segundo o princípio majoritário.
Mas a parte final está incorreta, porque o modelo de financiamento das campanhas é o mesmo, ou
seja, independe de ser sistema majoritário.
62. A busca das condições de relativa “igualdade” na disputa eleitoral autoriza a disciplina da
propaganda eleitoral, condição que inclui:
(A) vedação de manifestações individuais nas “redes sociais” no período de campanha eleitoral.
(B) o controle prévio do conteúdo do material apresentado pelos Partidos e coligações para
divulgação na campanha eleitoral.
(C) limitações à propaganda eleitoral em relação ao rádio e à televisão durante o período de
campanha eleitoral.
RESPOSTA – C
Segundo Fávila Ribeiro (1999, p. 445), “propaganda é um conjunto de técnicas empregadas para
sugestionar pessoas na tomada de decisão.”
Art. 36-A, Lei 9.504/97. Não serão consideradas propaganda antecipada e poderão ter cobertura
dos meios de comunicação social, inclusive via internet: (Redação dada pela Lei nº 12.891, de
2013)
Art. 45. A partir de 1º de julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão,
em sua programação normal e noticiário:
I - transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou
qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o
entrevistado ou em que haja manipulação de dados;
II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma,
degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com
esse efeito;
V - veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão
ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas
jornalísticos ou debates políticos;
63. A Justiça Eleitoral, no exercício de suas atribuições legais e constitucionais, não pode:
(A) apreciar deliberações dos órgãos máximos partidários em relação a questões eleitorais
envolvendo os seus membros, diante da autonomia dos Partidos.
(B) estabelecer, por meio do juiz da respectiva zona eleitoral, regras municipais diferenciadas para
propaganda eleitoral, por conta das peculiaridades locais, observada a competência legislativa
municipal.
(C) emitir resoluções com caráter normativo secundário, relativas ao processo eleitoral diante do
princípio da reserva legal.
RESPOSTA – B
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho;
ALTERNATIVA A, INCORRETA. A autonomia dos partidos não inibe que a Justiça Eleitoral
aprecie deliberações ilegais.
“Consulta. Desfiliação partidária sem justa causa. Perda de cargo. Competência. Justiça eleitoral.
Não obstante a autonomia assegurada no art. 17, § 1º, da Constituição Federal, os partidos políticos
estão sujeitos à jurisdição da Justiça Eleitoral quanto aos atos que tenham potencialidade para
interferir no processo eleitoral. Assim, no que tange à perda do cargo por desfiliação partidária sem
justa causa, a competência para julgar a matéria pertence à Justiça Eleitoral, devido aos reflexos que
a perda de cargo eletivo acarreta no âmbito eleitoral.”(Res. nº 22.893, de 14.8.2008, rel. Min. Felix
Fischer.)
ALTERNATIVA B, CORRETA. Toda questão Eleitoral é matéria atribuída à União (art.22, CF).
Princípio Federativo.
Art. 105, 9.504/97. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral,
atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos,
previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos.
(Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade
com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;
64. O art. 22 da Lei no 9.096/95, com a redação da Lei no 12.891/13, estabelece como hipótese de
cancelamento imediato de filiação partidária, entre outras:
(A) a perda dos direitos políticos diante de condenação, em decisão proferida por órgão colegiado,
por ato de improbidade decorrente de dolo.
(B) a filiação a outro partido, desde que comunicado o fato ao partido para cancelamento da filiação
anterior.
(C) a expulsão do partido nos casos de posicionamentos contrários à liderança partidária, desde que
consultados os filiados.
(D) a filiação a outro partido, comunicado o fato ao Juiz da respectiva zona eleitoral, prevalecendo a
filiação mais recente em caso de coexistência de filiações.
RESPOSTA – D
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de:
I - morte;
III - expulsão;
V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva Zona
Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Art. 1º, inciso I, alínea l: os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão
transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade
administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a
condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento
da pena; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
Art.22, V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva Zona
Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
(A) estabeleçam normas estatutárias relativas a penalidades, suspensão de direito de voto ou perda
de prerrogativas quanto aos seus filiados, por conta de suas condutas e votos.
(B) editem normas estatutárias definindo competência deliberativa exclusiva à presidência nacional
do Partido, por conta de seu caráter nacional.
(C) estabeleçam previsão estatutária que fixe sua imunidade ao controle judicial, em se tratando de
competência interna corporis.
(D) outorguem aos seus órgãos diretivos competência para escolha dos candidatos,
independentemente de prévia fixação das regras de escolha em seu Estatuto.
RESPOSTA – A
Art. 17, CF. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento
I - caráter nacional;
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006)
ALTERNATIVA C, INCORRETA. Flagrante incorreta, haja vista que um partido não pode fixar sua
imunidade ao controle judicial.
V - os partidos políticos.
Direito Empresarial
(B) Na sociedade limitada, em que o capital social ainda não estiver integralizado, a designação de
administrador não sócio depende da aprovação pela unanimidade dos sócios.
(C) Exceto se houver expressa autorização no contrato social, na sociedade limitada, um sócio não
pode ceder quotas a outro quotista sem o consentimento dos demais.
(D) Na sociedade limitada, a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor das suas quotas, salvo
quanto à obrigação de integralização do capital, que é solidária.
RESPOSTA – C
SOCIEDADE LIMITADA
SOCIEDADE SIMPLES
Art. 1.055, CC. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas
a cada sócio.
§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os
sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.
Art. 1.006, CC. O sócio, cuja contribuição consista em serviços, não pode, salvo convenção em
contrário, empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob pena de ser privado de seus lucros e
dela excluído.
ALTERNATIVA B, CORRETA. Até 2010, a designação de administrador NÃO sócio dependia de
autorização prévia no contrato social + quórum de votação; com a nova redação do art. 1.061 do
CC, dada pela Lei 12.375/10, deixou-se de exigir tal autorização, bastando que a aprovação dos
sócios seja: por votação unânime, em caso de capital não integralizado; por 2/3 dos votos, após a
integralização.
ALTERNATIVA C, INCORRETA. Um sócio pode ceder sua quota a outro sócio INDEPENDENTE
do consentimento dos demais; para ceder a estranho é que se exige a não oposição de mais de ¼ do
capital social (ou houver autorização de ¾ do capital social).
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem
seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de
titulares de mais de um quarto do capital social.
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
(A) desde que não haja oposição de qualquer dos acionistas presentes, a assembleia geral da S/A
fechada pode deliberar a distribuição de dividendos inferiores aos fixos ou mínimos estipulados
para os acionistas preferencialistas.
(B) a assembleia geral não pode suspender o exercício dos direitos de acionista em mora com
obrigações impostas pelo estatuto, salvo se tal obrigação decorrer de expressa disposição legal.
(C) a critério de seus fundadores, a sociedade anônima que tenha por objeto social atividade rural
poderá ser inscrita no registro civil de pessoas jurídicas.
(D) o acordo de acionistas registrado na Companhia pode vincular o voto dos membros do conselho
de administração eleitos pelos sócios que o tenham firmado.
RESPOSTA – D
§ 3o A assembleia-geral pode, desde que não haja oposição de qualquer acionista presente,
deliberar a distribuição de dividendo inferior ao obrigatório, nos termos deste artigo, ou a retenção
de todo o lucro líquido, nas seguintes sociedades:
II - companhias fechadas, exceto nas controladas por companhias abertas que não se
enquadrem na condição prevista no inciso I.
Art. 203. O disposto nos artigos 194 a 197, e 202, não prejudicará o direito dos acionistas
preferenciais de receber os dividendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade, inclusive os
atrasados, se cumulativos. (Vide Medida Provisória nº 608, de 2013) (Vide Lei nº 12.838, de
2013)
Art. 120. A assembleia-geral poderá suspender o exercício dos direitos do acionista que deixar
de cumprir obrigação imposta pela lei ou pelo estatuto, cessando a suspensão logo que cumprida a
obrigação.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o
exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações;
e, simples, a cooperativa.
Art. 118. Os acordos de acionistas, sobre a compra e venda de suas ações, preferência para adquiri-
las, exercício do direito a voto, ou do poder de controle deverão ser observados pela companhia
quando arquivados na sua sede.
(A) o exame de livros comerciais, em ação judicial envolvendo contratos mercantis, fica limitado
aos lançamentos correspondentes às transações entre os litigantes.
(C) quando preencherem os requisitos legais, os livros contábeis fazem prova a favor de seu titular,
nos litígios entre empresários.
(D) os livros obrigatórios do empresário e da sociedade empresária devem ser autenticados na Junta
Comercial.
RESPOSTA – B
Súmula 260 STF: O exame de livros comerciais, em ação judicial, fica limitado às transações entre
os litigantes.
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência
aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente
aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as
mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
Art. 100. A companhia deve ter, além dos livros obrigatórios para qualquer comerciante, os
seguintes, revestidos das mesmas formalidades legais:
I - o livro de Registro de Ações Nominativas, para inscrição, anotação ou averbação:
Art. 379, CPC. Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei, provam também
a favor do seu autor no litígio entre comerciantes.
ALTERNATIVA D, CORRETA.
Art. 1.181, CC. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas,
antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.
(A) na cédula de crédito bancário pode ser constituída garantia real em documento separado, desde
que se faça mera referência a isso no corpo da cédula.
(B) não é possível o preenchimento do título de crédito incompleto pelo credor após a sua emissão.
(C) o endossatário de endosso em branco pode mudá-lo para endosso em preto, desde que o
complete com o seu nome ou de terceiro, bem como pode endossar novamente o título, mas não
pode transferi-lo sem novo endosso.
(D) o devedor deve conferir a autenticidade das assinaturas de toda a cadeia de endossos lançados
no título, antes de realizar o pagamento ao último endossatário e portador.
RESPOSTA – A
Art. 27. A Cédula de Crédito Bancário poderá ser emitida, com ou sem garantia, real ou
fidejussória, cedularmente constituída.
Art. 891, CC. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de
conformidade com os ajustes realizados.
Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram,
não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido
de má-fé.
Súmula 387 do STF - A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser
completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
ALTERNATIVA C, INCORRETA. É possível transferir SEM novo endosso, por meio da tradição.
Art. 913, CC. O endossatário de endosso em branco pode mudá-lo para endosso em preto,
completando-o com o seu nome ou de terceiro; pode endossar novamente o título, em branco ou em
preto; ou pode transferi-lo sem novo endosso.
Art. 911, CC. Considera-se legítimo possuidor o portador do título à ordem com série regular e
ininterrupta de endossos, ainda que o último seja em branco.
Parágrafo único. Aquele que paga o título está obrigado a verificar a regularidade da série de
endossos, mas não a autenticidade das assinaturas.
(B) o contrato de alienação de estabelecimento produzirá efeitos imediatos entre as partes e perante
terceiros, salvo se alienante e adquirente exercerem o mesmo ramo de atividades, quando a
operação ficará na dependência da aprovação da autoridade de defesa da concorrência.
(C) exige que o alienante ceda, separada e individualmente, ao adquirente cada um dos contratos
estipulados para a exploração do estabelecimento.
(D) permite que o alienante se restabeleça de imediato se assim desejar, continuando a exploração
da mesma atividade, caso não haja expressa vedação contratual no contrato de trespasse.
RESPOSTA – A
Art. 1.146, CC. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Não confundir:
Trespasse
Cessão de quotas
ALTERNATIVA B, INCORRETA. Para que o trespasse produza efeitos perante terceiros, seja
EFICAZ, é preciso que ele seja averbado na Junta Comercial e publicado na imprensa oficial.
Portanto, não há falar em produção imediata de efeitos perante terceiros.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição
do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de
publicado na imprensa oficial.
ALTERNATIVA C, INCORRETA. No trespasse, transmitem-se todos os contratos conjuntamente.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos,
translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer
concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência.
71. Nos termos da Lei no 12.529/11, não constitui por si só infração da ordem econômica os atos
dos competidores que tenham por objeto ou possam produzir o seguinte efeito:
RESPOSTA – C
Art. 36, 12.529/11. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos
sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos,
ainda que não sejam alcançados:
ALTERNATIVA A, INCORRETA. Constituem infração da ordem econômica, nos termos do art. 36,
inciso I da Lei 12.529/11.
ALTERNATIVA B, INCORRETA. Constituem infração da ordem econômica, nos termos do art. 36,
inciso IV da Lei 12.529/11.
(A) A circular oferta de franquia pode ser entregue pelo franqueador ao franqueado após a
assinatura do contrato e do pagamento das taxas pertinentes.
(C) No contrato de locação comercial de imóvel urbano que tenha sido construído pelo locador para
atender a especificações fixadas pelo locatário, as partes podem estipular a renúncia à revisão do
locativo durante a vigência do contrato.
RESPOSTA – C
Art. 4º A circular oferta de franquia deverá ser entregue ao candidato a franqueado no mínimo 10
(dez) dias antes da assinatura do contrato ou pré-contrato de franquia ou ainda do pagamento de
qualquer tipo de taxa pelo franqueado ao franqueador ou a empresa ou pessoa ligada a este.
ALTERNATIVA B, INCORRETA.
Súmula 369 do STJ - No contrato de arrendamento mercantil (leasing), ainda que haja cláusula
resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatário para constituí-lo em mora.
Art. 54-A. Na locação não residencial de imóvel urbano na qual o locador procede à prévia
aquisição, construção ou substancial reforma, por si mesmo ou por terceiros, do imóvel então
especificado pelo pretendente à locação, a fim de que seja a este locado por prazo determinado,
prevalecerão as condições livremente pactuadas no contrato respectivo e as disposições
procedimentais previstas nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.744, de 2012)
§ 1o Poderá ser convencionada a renúncia ao direito de revisão do valor dos aluguéis durante o
prazo de vigência do contrato de locação. (Incluído pela Lei nº 12.744, de 2012)
Art. 43, Lei 4.886/65. É vedada no contrato de representação comercial a inclusão de cláusulas
del credere.
Art. 698, CC. Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere, responderá o comissário
solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, salvo
estipulação em contrário, o comissário tem direito a remuneração mais elevada, para compensar o
ônus assumido.
(A) os juros remuneratórios superiores a 12% ao ano presumem-se abusivos, cabendo à instituição
financeira demonstrar sua adequação e razoabilidade.
(C) a comissão de permanência pode ser cumulada com os juros remuneratórios contratados.
(D) os juros moratórios sujeitam-se ao limite de 1% ao mês, caso não se trate de contratos bancários
regidos por legislação específica.
RESPOSTA – D
Súmula 382 do STJ - A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não
indica abusividade.
ALTERNATIVA B, INCORRETA. A Súmula 381 do STJ veda expressamente que o juiz conheça,
de ofício, da abusividade das cláusulas inseridas em contratos bancários.
Súmula 381 do STJ - Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da
abusividade das cláusulas.
Súmula 296 do STJ - Os juros remuneratórios, não cumuláveis com a comissão de permanência, são
devidos no período de inadimplência, à taxa média de mercado estipulada pelo Banco Central do
Brasil, limitada ao percentual contratado.
Sumula 472 do STJ – A cobrança de comissão de permanência – cujo valor não pode ultrapassar a
soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato – exclui a exigibilidade dos
juros remuneratórios, moratórios e da multa contratual.
SÚMULA 379 do STJ - Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os juros
moratórios poderão ser convencionados até o limite de 1% ao mês.
Cuidado! A estipulação de juros REMUNERATÓRIOS superiores a 12% ao ano é que, por si só,
não indica abusividade, nos moldes da Súmula 382 do STJ.
Súmula 382 do STJ - A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não
indica abusividade.
(B) o juízo da recuperação judicial é competente para decidir sobre a constrição de todos os bens da
recuperanda, mesmo que não abrangidos pelo plano de recuperação da empresa.
(C) é permitido retirar do estabelecimento do devedor bens móveis sobre os quais o credor tenha
propriedade fiduciária, mesmo que sejam eles essenciais à atividade empresarial do recuperando.
(D) não tramitam as ações propostas contra a recuperanda que demandem quantias ilíquidas.
RESPOSTA – A
Inicialmente, cumpre destacar que o lapso temporal de suspensão do curso da prescrição e de todas
as ações e execuções em face do devedor é contado em DIAS, não em meses. O art.6º, §4º da Lei.
11.101/05 (Lei de Falência) traz expressamente em seu texto que o prazo é de 180 (cento e oitenta)
dias.
Art.6º, § 7o As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação
judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da
legislação ordinária específica.
ALTERNATIVA B, INCORRETA. Se não são abrangidos pelo plano, o juízo da recuperação não é
competente, nos moldes da recente Súmula 480 do STJ.
SÚMULA 480 do STJ - O juízo da recuperação judicial não é competente para decidir sobre a
constrição de bens não abrangidos pelo plano de recuperação da empresa.
ALTERNATIVA C, INCORRETA. Segundo o STJ, “os credores cujos créditos não se sujeitam ao
plano de recuperação não podem expropriar bens essenciais à atividade empresarial” (REsp
1.298.670).
§ 1o Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia
ilíquida.
(A) um sócio da sociedade falida pode exercer seu direito de retirada, mesmo após a decretação da
falência.
(C) são exigíveis contra a massa falida juros vencidos após a decretação da falência,
independentemente da suficiência do ativo apurado para pagamento dos credores subordinados,
desde que estejam previstos em lei ou contrato.
(D) na realização do ativo, o juiz deverá dar preferência à alienação separada e individualizada de
cada um dos ativos que integram a massa, em lugar da venda em bloco dos estabelecimentos da
empresa.
RESPOSTA – B
I – o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à arrecadação, os quais deverão ser
entregues ao administrador judicial;
Art. 124. Contra a massa falida não são exigíveis juros vencidos após a decretação da falência,
previstos em lei ou em contrato, se o ativo apurado não bastar para o pagamento dos credores
subordinados.
Art. 140. A alienação dos bens será realizada de uma das seguintes formas, observada a seguinte
ordem de preferência:
III – alienação em bloco dos bens que integram cada um dos estabelecimentos do devedor;
Direito Tributário
76. Comerciante utiliza notas fiscais de compras de mercadorias para aproveitamento dos
respectivos créditos de ICMS e, posteriormente, a empresa fornecedora daqueles bens tem suas
atividades encerradas, e reconhecidas pelo Fisco como inidôneas as notas fiscais por ela emitidas.
Diante de tal situação,
(A) a boa-fé do comerciante não impede que seja apurada a veracidade daquelas transações
comerciais que originaram as notas fiscais declaradas inidôneas.
(B) nos termos do art. 136 do CTN, a responsabilidade por infrações tributárias independe da
intenção do agente, logo, no caso, irrelevante a boa ou má-fé dos envolvidos nas operações.
(C) a má-fé do emitente das notas fiscais contamina as operações subsequentes, invalidando-as e
autorizando a autuação.
(D) a boa-fé do comerciante que utilizou aquelas notas fiscais declaradas inidôneas impede que seja
autuado pelo Fisco.
RESPOSTA – A
3. In casu, o Tribunal de origem consignou que: “[…] os demais atos de declaração de inidoneidade
foram publicados após a realização das operações (f. 272/282), sendo que as notas fiscais declaradas
inidôneas têm aparência de regularidade, havendo o destaque do ICMS devido, tendo sido
escrituradas no livro de registro de entradas (f. 35/162). No que toca à prova do pagamento, há, nos
autos, comprovantes de pagamento às empresas cujas notas fiscais foram declaradas inidôneas (f.
163, 182, 183, 191, 204), sendo a matéria incontroversa, como admite o fisco e entende o Conselho
de Contribuintes”.
Súmula 509 do STJ - É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS decorrentes
de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da compra e
venda.
77. Na cobrança do ISSQN sobre serviços bancários, é correto afirmar, com base nos atuais
julgamentos do STJ, que:
(A) a lista de serviços previstos na legislação para a atividade bancária tem tratamento específico
porque os serviços bancários têm natureza genérica, sujeitos, portanto, como regra, ao pagamento
daquele tributo.
(B) a lista de serviços previstos na legislação é exemplificativa, logo, admite outras inclusões.
(C) a lista de serviços previstos na legislação é taxativa, porém, admite leitura extensiva para
serviços idênticos embora com denominações distintas.
(D) a lista de serviços previstos na legislação é taxativa e não admite outras inclusões.
RESPOSTA – C
Súmula 424 do STJ - É legítima a incidência de ISS sobre os serviços bancários congêneres da lista
anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n. 56/1987.
ALTERNATIVA C, CORRETA.
ALTERNATIVA D, INCORRETA. De fato, a lista é taxativa, mas admite sim outras inclusões para
abranger os serviços “congêneres”.
(A) o contribuinte deve recolher o ITBI e o IPTU adotando como base de cálculo o valor venal de
referência.
(B) é válido instituir como base de cálculo do ITBI o valor pelo qual o bem ou direito é negociado à
vista.
(C) compete ao contribuinte impugnar, caso discorde da cobrança, o valor indicado como base de
cálculo do ITBI pela Municipalidade, presumido como correto.
(D) a base de cálculo do ITBI a ser considerada pelo contribuinte é aquela periodicamente apurada
pelo órgão municipal competente.
RESPOSTA – B
ALTERNATIVA A, INCORRETA. A base de cálculo não é a mesma para os dois, conforme se nota
do trecho da Arguição de Inconstitucionalidade 0056693-19.2014: “Valor venal atribuído ao imóvel
para apuração do ITBI que não se confunde necessariamente com aquele utilizado para lançamento
do IPTU. Precedentes do STJ. Previsão contida no aludido artigo 7º que, nessa linha, não representa
afronta ao princípio da legalidade, haja vista que, como regra, a apuração do imposto deve ser feita
com base no valor do negócio jurídico realizado, tendo em consideração as declarações prestadas
pelo próprio contribuinte, o que, em princípio, espelharia o "real valor de mercado do imóvel"
"Valor venal de referência", todavia, que deve servir ao Município apenas como parâmetro de
verificação da compatibilidade do preço declarado de venda, não podendo se prestar para a prévia
fixação da base de cálculo do ITBI”.
ALTERNATIVA B, CORRETA.
ALTERNATIVA C, INCORRETA. É o próprio contribuinte que indica o valor que entende correto.
“Nessa linha, em relação ao ITBI cabe ao próprio contribuinte declarar a base de cálculo e antecipar
o recolhimento do imposto, restando ao poder tributante, posteriormente, examinar a operação,
homologando a ou não”. TJ-SP - Arguição de Inconstitucionalidade: 00566931920148260000 SP
0056693-19.2014.8.26.0000, Relator: Paulo Dimas Mascaretti, Data de Julgamento: 25/03/2015,
Órgão Especial, Data de Publicação: 23/04/2015.
79. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do ARE 639632 AgR/MS, ao analisar a questão
relativa à cobrança progressiva do IPTU estabeleceu alguns parâmetros e, de acordo com tal
julgamento, é correto afirmar que
(A) é inconstitucional o regime de alíquotas progressivas do IPTU com base no valor venal do
imóvel.
(B) a parafiscalidade é o fenômeno por meio do qual se busca a concretização da função social da
propriedade.
RESPOSTA – D
Art.156, § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o
imposto previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de
2000)
Fiscal: Art.156, § 1º, CF. Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º,
inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:
Extrafiscal: art.182, § 4º, CF. É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para
área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
ALTERNATIVA D, CORRETA.
Art. 7o, 10.257/01. Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do
caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o
Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU)
progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.
(A) a lei geral federal prevalece em relação às leis estaduais e estas prevalecem em relação às leis
municipais, nos termos das Constituições Estaduais.
(B) na ausência de normas gerais federais, os Estados têm competência para legislar em matéria
tributária, e, na ausência de leis federais e estaduais, os Municípios têm a referida competência, o
que se denomina competência concorrente cumulativa.
(C) a norma jurídica editada por um ente federativo no âmbito de sua competência tributária exige
que os demais entes federativos respeitem sua incidência, dentro dos respectivos limites geográficos
estaduais.
(D) a competência residual tributária quanto aos impostos é da União, observado o disposto no art.
154, I, da Constituição Federal.
RESPOSTA – D
ALTERNATIVA A, INCORRETA. Não há hierarquia entre as leis de cada um dos entes federativos,
em decorrência da autonomia prevista no art.18 da CF/88. Em que pese a autonomia dos entes
federados, todos são servos do texto constitucional, devendo, assim, atuar em conformidade à rígida
distribuição de competências.
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição;
81. Na hipótese da União, mediante tratado internacional, abrir mão de tributos de competência de
Estados e Municípios, nos termos do decidido pelo Supremo Tribunal Federal (RE 229096), é
correto afirmar que:
(A) o tratado é válido desde que acompanhado de medidas de “compensação tributária” em favor
dos Estados e Municípios prejudicados.
(C) se caracteriza a denominada isenção heterônoma, vedada nos termos do art. 151, III, da
Constituição Federal.
(D) se caracteriza violação ao princípio federativo, objeto de cláusula pétrea, nos termos do art. 60,
§ 4o, I, da Constituição Federal.
RESPOSTA – B
ALTERNATIVA B, CORRETA.
Art. 98, CTN. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação
tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
ALTERNATIVA C, INCORRETA. Quando a União atua como Pessoa Jurídica de Direito Público
EXTERNO (ou internacional), firmando tratado internacional, não há falar em isenção heterônoma.
O âmbito de aplicação do art. 151, da CF é o das relações das entidades federadas, entre si, ou seja,
quando a União atua como Pessoa Jurídica de Direito Público INTERNO.
Súmula 575 do STF - À mercadoria importada de país signatário do GATT, ou membro da ALALC,
estende-se a isenção do Imposto de Circulação de Mercadorias concedida a similar nacional.
Súmula 20 do STJ - A mercadoria importada de país signatário do GATT é isenta do ICMS quando
contemplado com esse favor o similar nacional.
82. Na disciplina das isenções, imunidades e hipóteses de não incidência, é correto afirmar que:
RESPOSTA – C
Com todo respeito à banca examinadora, entendemos que esta questão não observa a exigência
prevista no art.33 da Resolução 75 do CNJ. Isso porque a matéria exigida na alternativa A não é
pacífica entre os doutrinadores.
Não incidência, ou não incidência pura e simples, é tudo aquilo que escapa da hipótese de
incidência, ou simplificadamente corresponde a toda situação que não se subsume perfeita e
rigorosamente ao tipo tributário legalmente previsto. (TAVARES, Alexandre Macedo. Fundamentos
de direito tributário. p. 39.)
A imunidade tributária é, assim, a qualidade da situação que não pode ser atingida pelo tributo, em
razão de norma constitucional que, à vista de alguma especificidade pessoal ou material dessa
situação, deixou-a fora do campo sobre que é autorizada a instituição do tributo. (AMARO,
Luciano. Direito Tributário Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2010, p.174).
Mas CUIDADO: Alguns importantes autores, como Luciano Amaro, entendem que as imunidades
habitam o campo da não incidência tributária. Sabendo que a imunidade exclui a própria
competência tributária (não competência), é possível dizer que para esses autores, a não incidência,
a imunidade e a não competência não seriam situações juridicamente distintas, elas se inter-
relacionam.
ALTERNATIVA B, INCORRETA.
Isenção
Alíquota zero
É a situação em que a obrigação tributária surge, mas não existe valor devido.
O ente tributante define que a tributação daquela operação ou produto será zerada, visando a uma
política econômica provisória de incentivo ao consumo.
Art. 150, § 6º, CF. Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as
matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto
no art. 155, § 2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - a isenção;
II - a anistia.
Autônomas – são concedidas mediante lei de autoria do ente tributante competente para instituir o
mesmo tributo cuja isenção é conferida. As isenções autônomas são a regra no ordenamento
jurídico.
Heterônomas - são concedidas por lei de pessoa jurídica distinta da que detém a competência
tributária. A Constituição Federal proíbe a criação de novas isenções heterônomas.
- A União, por meio de lei complementar, pode isentar de ICMS as exportações para o exterior
de produtos e serviços além dos mencionados no inciso X, a da CF (art. 155, §2º, XII, “e” da CF).
- A União poderá, por meio de lei complementar, isentar de ISS as exportações de serviços
(art. 156, §3º, II da CF).
Mas CUIDADO: apesar da isenção autônoma ser a regra, há um caso em que aquele que pode
tributar não pode isentar sem que haja autorização de convênio interestadual.
Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO
FISCAL. ICMS. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL. EXIGÊNCIA CONSTITUCIONAL DE
CONVÊNIO INTERESTADUAL (CF, ART. 155, § 2º, XII, ‘g’). DESCUMPRIMENTO. RISCO
DE DESEQUILÍBRIO DO PACTO FEDERATIVO. GUERRA FISCAL.
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. CONCESSÃO DE ISENÇÃO À OPERAÇÃO DE
AQUISIÇÃO DE AUTOMÓVEIS POR OFICIAIS DE JUSTIÇA ESTADUAIS. VIOLAÇÃO AO
PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA (CF, ART. 150, II). DISTINÇÃO DE TRATAMENTO
EM RAZÃO DE FUNÇÃO SEM QUALQUER BASE RAZOÁVEL A JUSTIFICAR O
DISCRIMEN. INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 1. O
pacto federativo reclama, para a preservação do equilíbrio horizontal na tributação, a prévia
deliberação dos Estados-membros para a concessão de benefícios fiscais relativamente ao ICMS, na
forma prevista no art. 155, § 2º, XII, ‘g’, da Constituição e como disciplinado pela Lei
Complementar nº 24/75, recepcionada pela atual ordem constitucional. 2. In casu, padece de
inconstitucionalidade formal a Lei Complementar nº 358/09 do Estado do Mato Grosso, porquanto
concessiva de isenção fiscal, no que concerne ao ICMS, para as operações de aquisição de
automóveis por oficiais de justiça estaduais sem o necessário amparo em convênio interestadual,
caracterizando hipótese típica de guerra fiscal em desarmonia com a Constituição Federal de 1988.
3. A isonomia tributária (CF, art. 150, II) torna inválidas as distinções entre contribuintes em razão
de ocupação profissional ou função por eles exercida”, máxime nas hipóteses nas quais, sem
qualquer base axiológica no postulado da razoabilidade, engendra-se tratamento discriminatório em
benefício da categoria dos oficiais de justiça estaduais. 4. Ação direta de inconstitucionalidade
julgada procedente. STF - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ADI 4276 MT
(STF) Data de publicação: 17/09/2014.
83. Quando a legislação tributária estabelece que é responsável pelo recolhimento do tributo terceira
pessoa, vinculada ao mesmo fato gerador ocorrido, estamos diante da situação denominada:
RESPOSTA – A
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal;
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
Art. 150, § 7º, CF. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize
o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
84. Diante do disposto nos artigos 173 e 174 do Código Tributário Nacional, fixando,
respectivamente, prazo de cinco anos para constituição do crédito tributário e igual prazo para
cobrança do crédito tributário, é correto afirmar que:
(A) a Fazenda tem cinco anos para obter seu crédito tributário.
(B) a prescrição intercorrente pode ser reconhecida nos períodos decorridos até a constituição do
crédito tributário ou após iniciada a cobrança, contados os prazos separadamente.
(C) nos casos de tributos sujeitos a lançamentos por homologação, diante do pagamento do valor
declarado e ausente fraude ou simulação, a prescrição do crédito tributário é de cinco anos,
contados do fato jurídico tributado.
(D) a Fazenda tem dez anos (regra cinco mais cinco) para obter seu crédito tributário.
RESPOSTA – C
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco)
anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o
decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito
tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao
lançamento.
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da
data da sua constituição definitiva.
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº
118, de 2005)
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do
débito pelo devedor.
ALTERNATIVA B, INCORRETA. No § 4º, do art. 40, da Lei de Execuções Fiscais, o termo a quo
da prescrição intercorrente provém da decisão que ordena o arquivamento dos autos, ou seja, a
prescrição ocorre ao final do quinquênio; e com a súmula 314 do STJ abrange casos em que não
forem localizados bens penhoráveis o juiz poderá determinar no mesmo despacho a suspensão e o
arquivamento após o período de um ano. Assim, a questão ficou pacificada no entendimento que a
inércia da Fazenda Pública no quinquênio legal é motivo para a decretação da prescrição
intercorrente na execução fiscal.
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou
encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de
prescrição.
§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois
de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de
imediato. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)
SÚMULA 314 do STJ - Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o
processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.
ALTERNATIVA C, CORRETA. Nas exações cujo lançamento se faz por homologação, havendo
pagamento antecipado conta-se o prazo decadencial a partir da ocorrência do fato gerador (art. 150,
4º, do CTN). Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova de fraude, dolo ou
simulação é que se aplica o disposto no art. 173, I, do CTN.
Art. 150, § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência
do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de
dolo, fraude ou simulação.
85. O art. 655-A do Código de Processo Civil ainda em vigor e o art. 11 da Lei no 6.830/80 indicam
o dinheiro, em espécie ou depósito, como preferencial para penhora; de outra parte, o art. 620 do
Código de Processo Civil ainda vigente e o art. 185-A do Código Tributário Nacional recomendam,
respectivamente, que a execução se faça “pelo modo menos gravoso ao credor” e que, se o devedor
não pagar ou indicar bens, deverá ser decretada a indisponibilidade de seus bens e direitos. Diante
de tais disposições, o Superior Tribunal de Justiça tem concluído que:
(A) não pago o valor devido nem indicados bens à penhora, o bloqueio de ativos financeiros do
devedor é medida que prescinde de outras diligências prévias por parte do credor.
(B) indicados bens não poderá ser efetivada a denominada penhora on-line.
(D) o Juiz deve verificar, inicialmente, se foram esgotadas as diligências para localização de bens
do devedor antes de determinar a penhora on-line.
RESPOSTA – A
ALTERNATIVA A, CORRETA.
Execução fiscal. ISSQN. Possibilidade de recusa pela Municipalidade de bens nomeados à penhora.
Bens de difícil comercialização. Valor insuficiente. Penhora online. Possibilidade. Precedentes desta
Corte e do STJ. Nega-se provimento ao recurso. TJ-SP - AI: 00793898320138260000 SP 0079389-
83.2013.8.26.0000, Relator: Beatriz Braga, Data de Julgamento: 27/03/2014, 18ª Câmara de Direito
Público, Data de Publicação: 02/04/2014.
Direito Ambiental
86. Sobre a servidão ambiental instituída pela Lei no 6.938/81 e alterada pelas Leis no 7.804/89, no
11.284/06 e no 12.651/12, é correto afirmar que:
(A) a servidão ambiental pode ser alienada, cedida ou transferida totalmente durante sua vigência.
(B) a servidão deverá ser sempre gratuita e pode ser instituída por instrumento público ou particular.
(C) a servidão florestal não se confunde com a servidão ambiental, devendo esta prevalecer sobre
aquela quando houver sobreposição.
(D) a servidão ambiental não pode ser instituída como modo de compensação de Reserva Legal.
RESPOSTA – A
Art. 9o-C, Lei 6.938/81. O contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental
deve ser averbado na matrícula do imóvel. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
Art. 9o-B, Lei 6.938/81. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária ou
perpétua. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
Art. 9o-A, Lei 6.938/81. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode,
por instrumento público ou particular ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante
do Sisnama, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou
recuperar os recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental. (Redação dada pela Lei
nº 12.651, de 2012).
Art. 44-A. O proprietário rural poderá instituir servidão florestal, mediante a qual voluntariamente
renuncia, em caráter permanente ou temporário, a direitos de supressão ou exploração da vegetação
nativa, localizada fora da reserva legal e da área com vegetação de preservação permanente.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)
§ 1o A limitação ao uso da vegetação da área sob regime de servidão florestal deve ser, no
mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67,
de 2001)
Art. 44. É instituída a Cota de Reserva Ambiental - CRA, título nominativo representativo de área
com vegetação nativa, existente ou em processo de recuperação:
I - sob regime de servidão ambiental, instituída na forma do art. 9o-A da Lei no 6.938, de 31 de
agosto de 1981;
Art. 9o-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumento
público ou particular ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante do Sisnama,
limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os
recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental. (Redação dada pela Lei nº 12.651, de
2012).
(...)
Art.9º-A, § 5o, Lei 6938/81. Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão ambiental
deve ser averbada na matrícula de todos os imóveis envolvidos. (Redação dada pela Lei nº 12.651,
de 2012).
Art. 66, 12.651/12 (Novo Código Florestal). O proprietário ou possuidor de imóvel rural que
detinha, em 22 de julho de 2008, área de Reserva Legal em extensão inferior ao estabelecido no art.
12, poderá regularizar sua situação, independentemente da adesão ao PRA, adotando as seguintes
alternativas, isolada ou conjuntamente:
§ 5o A compensação de que trata o inciso III do caput deverá ser precedida pela inscrição da
propriedade no CAR e poderá ser feita mediante:
87. Com relação à gestão de resíduos sólidos instituída pela Lei no 12.305/10, é correto afirmar que:
(A) a lei instituiu a obrigação de estruturar e implementar sistemas de logística reversa dividindo a
responsabilidade entre os fabricantes e os comerciantes de produtos como pilhas e baterias,
agrotóxicos, pneus, equipamentos e componentes eletrônicos e lâmpadas, entre outros.
(B) o titular do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos pode, mediante
termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de
responsabilidade destes nos sistemas de logística reversa, vedada a cobrança por essas atividades.
(D) a Lei de Resíduos Sólidos permite a incineração de resíduos sólidos desde que realizada com
emprego de equipamentos devidamente licenciados pela autoridade ambiental competente.
RESPOSTA – D
ALTERNATIVA A, INCORRETA. Assertiva que dá margem à discussão, tendo em vista que o rol
dos produtos previstos no art.33 da Lei 12.305/10 - pelos quais fabricantes e os comerciantes são
responsáveis por estruturar e implantar o sistema de logística reversa - é muito similar ao que foi
proposto na alternativa A.
Ocorre, todavia, que a logística reversa de lâmpadas não abrange TODOS os tipos de lâmpadas,
como se verifica do Acordo Setorial para implantação do Sistema de Logística Reversa de
Lâmpadas Fluorescentes de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista que foi assinado no dia
27/11/2014 e teve seu extrato publicado no D.O.U de 12/03/2015 (Cláusula Segunda, Parágrafo
Primeiro). Por isso, incorreta a alternativa A.
CLÁUSULA SEGUNDA – OBJETO Constitui objeto do presente ACORDO SETORIAL a
implantação com abrangência nacional da LOGÍSTICA REVERSA DE LÂMPADAS que após seu
uso foram descartadas por GERADORES DOMICILIARES podendo ser estendidas aos
GERADORES NÃO DOMICILIARES DE RESÍDUOS mediante condições estabelecidas na
Cláusula Décima Segunda.
Art. 33 da Lei 12.305/10. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,
mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço
público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de:
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o
uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos
previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do
Suasa, ou em normas técnicas;
II - pilhas e baterias;
III - pneus;
I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do art. 13;
b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou
volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal;
Art. 47. São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou
rejeitos:
III - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para essa
finalidade;
88. A Constituição federal previu que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, estabelecendo incumbências ao poder público para assegurar a efetividade desse
direito. Dentre essas incumbências arroladas no art. 225, não está a seguinte:
(A) definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos.
RESPOSTA – C
ALTERNATIVA A, INCORRETA. Tal incumbência está contida no inciso III do §1º do art.225 da
CF/88.
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
(Regulamento)
ALTERNATIVA B, INCORRETA. A incumbência de fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e
manipulação de material genético encontra previsão no inciso III do §1º do art.225 da CF/88.
89. Nos termos da Resolução CONAMA 001, de 1986, o relatório de impacto ambiental – RIMA
deve refletir as conclusões do estudo de impacto ambiental e terá um conteúdo mínimo. A
alternativa que não reflete a exigência de conteúdo mínimo obrigatório de um RIMA é:
(B) a descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos
negativos, mencionando aqueles que não puderem ser evitados e a estimativa de custos para
implementação das medidas mitigadoras exigidas.
(D) a síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do projeto e
a descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade.
RESPOSTA – B
Artigo 9º, Resolução 001 CONAMA - O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as
conclusões do estudo de impacto ambiental e conterá, no mínimo:
VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem
geral).
Art.9º, VI, Resolução 001 CONAMA - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras
previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e
o grau de alteração esperado;
Artigo 9º, Resolução 001 CONAMA - O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as
conclusões do estudo de impacto ambiental e conterá, no mínimo:
Art.9º, III, Resolução 001 Conama - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental
da área de influência do projeto;
(A) é lícita a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente para implantação
de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, desde que
comprovada a outorga do direito de uso da água.
(D) todo imóvel rural situado no território nacional deve manter área com cobertura de vegetação
nativa, a título de Reserva Legal, no correspondente a 20% da área total do imóvel.
RESPOSTA – D
Art. 8o, Lei 12.651/12. A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação
Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo
impacto ambiental previstas nesta Lei.
(...) § 3o. É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em caráter de
urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à
prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas.
Art. 25. O poder público municipal contará, para o estabelecimento de áreas verdes urbanas, com
os seguintes instrumentos:
ALTERNATIVA D, CORRETA. O percentual da propriedade rural para fins de Reserva Legal vai
variar de acordo com o bioma e a região em questão, observando os percentuais mínimos do art.12
da Lei 12.651/12.
Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva
Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente,
observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os casos
previstos no art. 68 desta Lei: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
Direito Administrativo
91. O instituto da desapropriação, no direito brasileiro, é regido por norma editada por decreto-lei
na década de 40 e recepcionada pela Constituição Federal de 1988, com algumas alterações
pontuais procedidas por legislação posterior. Sobre o instituto da desapropriação, é correto afirmar
que:
(A) a prática dos atos necessários à desapropriação pode ser exercida por particulares mediante
delegação pelo poder público à iniciativa privada.
(B) só é possível a expropriação de bens imóveis com prévia indenização em dinheiro ou, em
algumas hipóteses, em títulos públicos com vencimento em prazo de, no máximo, cinco anos.
(C) a desapropriação exige que os bens expropriados sejam destinados a uma finalidade ou utilidade
públicas, incorporando-se ao patrimônio público, vedada a sua posterior alienação em favor de
particulares.
(D) na desapropriação de bem imóvel, a declaração de utilidade pública deve especificar o bem dela
objeto e se circunscrever àquela área necessária àquela finalidade, vedada sob pena de nulidade do
ato expropriatório a inclusão de área lindeira para futura alienação e captura da valorização
imobiliária pelo poder público.
RESPOSTA – A
- em títulos da dívida agrária, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua
emissão (art.184, CF/88);
Art.5º, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos nesta Constituição;
Art. 182, §4º, III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel
rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da
dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a
partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
Art. 4º Os bens desapropriados serão objeto de venda ou locação, a quem estiver em condições de
dar-lhes a destinação social prevista.
(A) a contratação de parcerias público-privadas será precedida de licitação devendo o contrato ser
adjudicado à empresa ou ao consórcio de empresas que se sagrou vencedor do certame, vedado que
o objeto da parceria seja cometido a pessoa jurídica distinta dos adjudicatários.
(B) elas só podem ter por objeto a prestação de serviços públicos divisíveis de que a Administração
seja usuária direta ou indireta, ainda que envolva a execução de obra.
(C) é vedado que numa PPP o particular receba recursos públicos a qualquer título que não seja de
financiamento por instituição financeira, antes de iniciar a prestação dos serviços objeto da PPP.
(D) se inclui entre as cláusulas necessárias dos contratos de PPP a que contenha as penalidades
aplicáveis à Administração Pública.
RESPOSTA – D
ALTERNATIVA A, INCORRETA. O objeto da parceria seja cometido a pessoa jurídica distinta dos
adjudicatários no caso de subconcessão (art.26, Lei 8.987/95), observadas as exigências legais.
Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que
expressamente autorizada pelo poder concedente.
I – ordem bancária;
ALTERNATIVA D, CORRETA.
Art. 23, Lei 8.987/95. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
Art. 29, Lei 11. 079/04. Serão aplicáveis, no que couber, as penalidades previstas no Decreto-
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992 –
Lei de Improbidade Administrativa, na Lei no10.028, de 19 de outubro de 2000 - Lei dos Crimes
Fiscais, no Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967, e na Lei no 1.079, de 10 de abril de
1950, sem prejuízo das penalidades financeiras previstas contratualmente.
93. À luz da Lei no 12.846/13, denominada Lei Anticorrupção (LAC), é correta a afirmação
constante em qual das alternativas a seguir:
(A) A autoridade máxima do órgão ou entidade pública, com a anuência do Ministério Público,
poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas físicas ou jurídicas responsáveis por atos de
corrupção desde que esta identifique os demais envolvidos na infração, forneça com celeridade
provas e documentos, seja a primeira a se manifestar e cesse completamente seu envolvimento.
(C) As punições previstas na LAC somente poderão ser aplicadas após regular processo
administrativo, no âmbito do qual seja possível o exercício da ampla defesa com todos os meios e
recursos a ela inerentes, e conduzido por comissão integrada por, no mínimo, dois servidores
estáveis.
(D) Com base na LAC, podem ser aplicadas na esfera administrativa as sanções de multa,
publicação extraordinária da decisão condenatória e declaração de inidoneidade da pessoa jurídica
envolvida nos ilícitos.
RESPOSTA – C
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de
leniência com as PESSOAS JURÍDICAS responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que
colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que dessa
colaboração resulte:
ALTERNATIVA C, CORRETA.
Art. 10. O processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica será
conduzido por comissão designada pela autoridade instauradora e composta por 2 (dois) ou mais
servidores estáveis.
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do
último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual
nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação; e
II - publicação extraordinária da decisão condenatória.
94. Sobre o dever constitucional da Administração Pública realizar licitação para contratar obras,
serviços, compras e alienações, bem como para delegar a prestação de serviços públicos por meio
de concessão ou permissão, é correto afirmar que:
(A) é possível que a licitação seja utilizada para a consecução de pautas de políticas públicas que
conflitem com os princípios da economicidade e da isonomia.
(B) a Constituição prevê a existência de uma única lei contendo normas gerais para todos os entes e
órgãos públicos de qualquer ente da Federação.
(C) respeitadas as modalidades de licitação previstas na lei geral editada pelo Congresso Nacional,
Estados e Municípios podem estabelecer modalidades licitatórias adicionais para a Administração
Pública no seu âmbito federativo.
RESPOSTA – A
Polêmica.
Art.3º, § 2o, 8666/93. Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada
preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
II - produzidos no País;
Art.3º, § 5o. Nos processos de licitação previstos no caput, poderá ser estabelecido margem de
preferência para produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas
brasileiras. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011) (Vide Lei
nº 13.146, de 2015) (Vigência)
ALTERNATIVA B, INCORRETA. A Constituição não prevê lei única no art.22, XXVII nem no
art.37, XXI que são os artigos que tratam diretamente da licitação. Além disso, por se tratar de
competência privativa, os Estados podem legislar sobre questões específicas (art.22, parágrafo
único, CF/88).
Art.22, Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.
O Ministro Relator Marcos Bemquerer Costa discorreu: [...] o conceito da proposta mais vantajosa,
inserido no caput do artigo 3º da Lei n. 8.666/1993, não se confunde com o de "mais barato", visto
que sua compreensão pressuporia o atendimento das exigências constitucionais de economicidade e
eficiência; em seguida, ampara o entendimento nos ensinamento de Antônio Carlos Cintra do
Amaral, textualmente: =É comum considerar-se que a maior vantagem para a Administração está
sempre no menor preço. Isso reflete o entendimento, equivocado, de que a lei consagra a tese de que
o mais barato é sempre o melhor, sem contemplação com a técnica e a qualidade. Esse
entendimento não corresponde ao disposto na Lei 8.666/93 e conflita com os princípios da
razoabilidade, eficiência e economicidade, que regem os atos administrativos, inclusive os
procedimentos licitatórios. Acórdão 1978/2009 – Plenário do Tribunal de Contas da União.
95. Em matéria de processo administrativo, no Estado de São Paulo, convivem normas processuais
constantes em lei federal (Lei no 9.784/99) e estadual (Lei no 10.177/98). No regime jurídico do
processo administrativo aplicado à Administração Pública estadual, é correto afirmar que:
(A) a Administração poderá convalidar seus atos inválidos, quando a invalidade decorrer de vício
de competência ou de ordem formal, ainda que o mesmo tenha sido objeto de impugnação por
interessado.
(B) a Administração não pode anular seus atos se passados mais de dez anos contados de sua
produção, mesmo que causadores de prejuízo, independentemente do direito ao ressarcimento.
(C) as competências não são renunciáveis nem delegáveis, podendo ser avocadas em caráter
excepcional e transitório.
(D) no processo administrativo, os atos preparatórios ou de mero expediente não podem ser objeto
de recurso hierárquico, podendo ser impugnados por meio de agravo retido ou pedido de
reconsideração endereçado à autoridade que tiver praticado o ato.
RESPOSTA – B
ALTERNATIVA A, INCORRETA. Os atos inválidos não serão convalidados quando tenham sido
objeto de impugnação pelo interessado. Art.11, §º da Lei do processo administrativo estadual
(10.177/98).
Artigo 11 - A Administração poderá convalidar seus atos inválidos, quando a invalidade decorrer de
vício de competência ou de ordem formal, desde que:
I - na hipótese de vício de competência, a convalidação seja feita pela autoridade titulada para a
prática do ato, e não se trate de competência indelegável;
Artigo 10 - A Administração anulará seus atos inválidos, de ofício ou por provocação de pessoa
interessada, salvo quando:
Artigo 19 - Salvo vedação legal, as autoridades superiores poderão delegar a seus subordinados a
prática de atos de sua competência ou avocar os de competência destes.
96. Sobre os consórcios públicos regulados pela Lei no 11.107/05, é incorreto afirmar que:
(A) o Consórcio Público formado por um Estado e vários Municípios, que assume personalidade
jurídica de direito público, passa a integrar a administração autárquica concomitantemente de todos
os entes federados integrantes de sua composição.
(B) se um consórcio público é inicialmente constituído pela União, dois Estados e cinco Municípios
situados no território de um desses Estados e, durante o processo de ratificação do Protocolo de
Intenções pelos legislativos, a Assembleia Legislativa de um desses Estados nega a ratificação, esse
Consórcio não poderá ser constituído com a participação da União.
(C) constitui ato de improbidade do agente público delegar a prestação de serviço público a órgão
ou pessoa jurídica pertencente a outro ente da Federação por instituto diverso do contrato de
programa.
(D) o contrato de consórcio deverá prever contribuições financeiras ou econômicas de ente da
Federação ao consórcio público, vedada a doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou
imóveis e as transferências ou cessões de direitos
RESPOSTA – D
Art. 241, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei
os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão
associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços,
pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de
ratificação do protocolo de intenções;
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá
outras providências.
§ 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte TODOS
os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.
Art. 36, Decreto 6017/07. A União somente participará de consórcio público em que também
façam parte TODOS os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.
ALTERNATIVA C, INCORRETA.
Art. 30, Decreto 6017/07. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como
condição de sua validade, as obrigações contraídas por ente da Federação, inclusive entidades de
sua administração indireta, que tenham por objeto a prestação de serviços por meio de gestão
associada ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à
continuidade dos serviços transferidos.
Art.4º, § 3o lei 11.107/05. É nula a cláusula do contrato de consórcio que preveja determinadas
contribuições financeiras ou econômicas de ente da Federação ao consórcio público, salvo a doação,
destinação ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis e as transferências ou cessões de direitos
operadas por força de gestão associada de serviços públicos.
(B) na licitação na modalidade de pregão, regulada pela Lei no 10.520/02, apenas após o
encerramento da etapa competitiva o pregoeiro verificará a documentação do licitante vencedor,
quando então deverá verificar sua habilitação jurídica, fiscal, técnica, econômica e a validade de sua
garantia de proposta.
(C) a Ata de Registro de preços constitui modalidade de licitação para contratações cujo orçamento
estimado não alcance o valor que obriga a adoção da modalidade concorrência.
(D) ressalvada a hipótese de contratação integrada nos demais regimes de execução é proibida a
participação do autor do projeto básico como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização,
supervisão ou gerenciamento, na licitação de obra ou serviço ou na sua execução.
RESPOSTA – A
I - garantia de proposta;
III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não serão
superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de tecnologia
da informação, quando for o caso.
Art. 36, Lei 12.462/11. É vedada a participação direta ou indireta nas licitações de que trata esta
Lei:
II - da pessoa jurídica que participar de consórcio responsável pela elaboração do projeto básico ou
executivo correspondente;
III - da pessoa jurídica da qual o autor do projeto básico ou executivo seja administrador, sócio com
mais de 5% (cinco por cento) do capital votante, controlador, gerente, responsável técnico ou
subcontratado; ou
§ 1o Não se aplica o disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo no caso das contratações
integradas.
Art. 9o, 8.666/93. Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de
obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:
98. O regime jurídico dos servidores públicos tem um amplo tratamento na Constituição federal,
além de ser disciplinado em lei estatutária de cada ente da federação. Com relação ao regime geral
dos servidores públicos, é correto afirmar que:
(A) o servidor público estável só pode ser demitido a bem do serviço público após processo
administrativo disciplinar em que lhe seja assegurado o amplo direito de defesa exercida por meio
de advogado por ele constituído ou dativo.
(B) no direito brasileiro é possível que um não servidor público exerça função pública sem que o
agente seja ocupante de cargo público em que tenha sido regularmente investido.
(C) o servidor aprovado em concurso público, após adquirir estabilidade, só pode deixar de ocupar
o cargo no qual foi investido por promoção, exoneração a pedido ou após regular processo
administrativo disciplinar ou ainda quando requerer a aposentadoria, preenchidos os requisitos
legais.
(D) um servidor aposentado pelo regime de previdência do setor público somente poderá acumular
os proventos com a remuneração de cargo público se o cargo em que se aposentou e aquele
posteriormente ocupado forem acumuláveis nos termos da Constituição.
RESPOSTA – B
Art. 41, CF/88. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Súmula Vinculante 5 STF - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição.
ALTERNATIVA B, CORRETA.
ALTERNATIVA C, INCORRETA. O servidor estável poderá deixar de ocupar o cargo que ocupa
tanto nas hipóteses do art.41 quanto na do §4º do art.169, ambos da CF/88.
Art. 41, CF/88. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Art.169, § 4º, CF. Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes
para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor
estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes
especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(A) A prestação de serviço público diretamente pelo poder público é imune à aplicação do regime
de proteção contido no Código de Defesa do Consumidor por caracterizar relação de prestação ao
usuário e não relação de consumo.
(B) Os serviços públicos previstos na Constituição que sejam passíveis de concessão aos
particulares só poderão ser remunerados por meio de tarifas.
(C) A prestação do serviço público não pode ser interrompida por inadimplemento do usuário no
pagamento das tarifas, pois sendo um serviço essencial, o corte fere o princípio da dignidade da
pessoa humana.
(D) As tarifas de remuneração da prestação de serviços públicos concedidos deverão ser fixadas
pelo preço da proposta vencedora da licitação nos termos de sua proposta e sua cobrança poderá ser
condicionada à existência de serviço alternativo e gratuito para o usuário.
RESPOSTA – D
Art. 22, CDC. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias
ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados,
eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste
artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma
prevista neste código.
Art. 3°, § 2°, CDC. Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as
decorrentes das relações de caráter trabalhista.
ALTERNATIVA D, CORRETA.
Art. 9o, 8987/95. A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta
vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no
contrato.
§ 1o A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos
expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço
público alternativo e gratuito para o usuário. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
(A) é vedado o uso privativo de bem público de uso comum por particular, salvo se a lei
expressamente autorizar.
(B) a afetação de bens ao uso comum pode decorrer de ato de vontade de um particular.
(C) bens públicos de uso comum são aqueles abertos à fruição de todo cidadão, de modo
incondicionado e gratuito.
(D) só se sujeitam ao regime de bens públicos aqueles bens que pertençam a pessoa jurídica de
direito público.
RESPOSTA – B
Apelação Cível. Ação Civil Pública. Autorização de Uso. Fechamento de rua residencial sem saída.
Autorização concedida por Decreto Municipal. Pretensão do Ministério Público dirigida à anulação
do ato. Inadmissibilidade. Outorga de uso privativo que pode recair sobre quaisquer espécies de
bens públicos, sejam eles dominicais, de uso especial ou uso comum do povo. Ausência de mácula
ao interesse público, pois o bem não perde o caráter de público e nem - se o caso - sua afetação ao
uso comum do povo. Autorização ou permissão de uso - cuja distinção é reputada irrelevante por
abalizada doutrina - que possui caráter eminentemente precário, podendo ser revogada a qualquer
momento, a critério de conveniência e oportunidade, relegado ao alvedrio do Poder Público.
Precariedade que ressuma evidente no caso dos autos.Característica expressamente prevista tanto no
Decreto de outorga, quanto no termo de recebimento e responsabilidade assinado pelos moradores.
Ato que encontra respaldo em legislação municipal sobre o tema. Ilegalidade não configurada. Ação
julgada improcedente na origem. Sentença mantida.Recurso não provido. (TJ-SP, Relator: Rui
Stoco, Data de Julgamento: 11/07/2011, 4ª Câmara de Direito Público).
Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento,
observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes.
Art. 103, CC. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
ALTERNATIVA D, INCORRETA. Pela análise isolada do caput do art.98 do CC, a assertiva seria
correta. Mas o STF entende que os bens das empresas públicas prestadoras de serviço público (ex.:
ECT – Correios – STF, ADPF 46 DF), embora pertençam a pessoa jurídica de direito privado, são
preservados como se fossem públicos.
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
“Distinção entre empresas estatais prestadoras de serviço público e empresas estatais que
desenvolvem atividade econômica em sentido estrito. (...). As sociedades de economia mista e as
empresas públicas que explorem atividade econômica em sentido estrito estão sujeitas, nos termos
do disposto no § 1º do art. 173 da Constituição do Brasil, ao regime jurídico próprio das empresas
privadas. (...). O § 1º do art. 173 da Constituição do Brasil não se aplica às empresas públicas,
sociedades de economia mista e entidades (estatais) que prestam serviço público.” (ADI 1.642, rel.
min. Eros Grau, julgamento em 3-4-2008, Plenário, DJE de 19-9-2008.) No mesmo sentido: ARE
689.588-AgR, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 27-11-2012, Primeira Turma, DJE de 13-2-2012.