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AMBIENTE, SEGURANÇA,

HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO


UFCD 0349
Curso: Assistente Familiar e de Apoio
à Comunidade
IEFP (30/11/2015- 07/12/2015)

Madalena Ribeiro Dez/2015


Objetivos

 Identificar os principais problemas ambientais.


 Promover a aplicação de boas práticas para o meio ambiente.
 Explicar os conceitos relacionados com a segurança, higiene e saúde no
trabalho.
 Reconhecer a importância da segurança, higiene e saúde no trabalho.
 Identificar as obrigações do empregador e do trabalhador de acordo com
a legislação em vigor.
 Identificar os principais riscos presentes no local de trabalho e na
atividade profissional e aplicar as medidas de prevenção e proteção
adequadas.
 Reconhecer a sinalização de segurança e saúde
 Explicar a importância dos equipamentos de proteção coletiva e de
proteção individual.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Conteúdos
1. AMBIENTE

•Principais problemas ambientais da atualidade

•Resíduos
oDefinição
oProdução de resíduos

•Gestão de resíduos
o Entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos
o Estratégias de atuação
o Boas práticas para o meio ambiente

Madalena Ribeiro Dez/2015


Conteúdos
II. SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

•CONCEITOS BÁSICOS RELACIONADOS COM A SHST

•ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA SHST

• ACIDENTES DE TRABALHO DOENÇAS PROFISSIONAIS

•PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS

•SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE

•EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E DE PROTEÇÃO


INDIVIDUAL

Madalena Ribeiro Dez/2015


1. AMBIENTE

PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS


RESÍDUOS
GESTÃO DE RESÍDUOS

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
IDEIAS CHAVE
A distância entre a Terra e o Sol e a massa da Terra
conferem-lhe características que a tornam única no
sistema solar.

O nosso planeta é o único que possui uma hidrosfera abundante, uma


atmosfera rica em oxigénio e uma biosfera que são condições indispensáveis à
vida.

O efeito de estufa permite que a Terra conserve uma parte do calor que recebe
do sol.

A camada de ozono protege os seres vivos dos efeitos destruidores dos raios
UV;

Todos os subsistemas da Terra- BIOSFERA, ATMOSFERA, HIDROSFERA E


GEOSFERA - interagem entre si, criando um Dez/2015
Madalena Ribeiro equilíbrio único.
Quais os principais problemas
ambientais atuais?

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais

A ÁGUA

Visto do espaço, o Planeta Terra é um globo


azul, devido à quantidade de água que cobre
3/4 da sua superfície.

Esta imagem cria-nos a ilusão que a água é


inesgotável. Mas será assim?

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
A maior parte da água não serve para consumo - 97% da água do planeta é
salgada.

Da água doce existente, apenas cerca de 0.3% está disponível para o
consumo;

A restante água está imobilizada sob a forma de gelo nas regiões polares e
sob a forma de vapor.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
A água não está distribuída de uma forma uniforme pelo
Planeta, o que faz com que a água seja um fator importante de
desigualdade social e condicionante do desenvolvimento social e
económico de vastas regiões do mundo.

As regiões mais secas do planeta são também as mais pobres e


as menos desenvolvidas.

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Principais problemas ambientais
O AR

Em meio urbano, a poluição atmosférica é um dos


principais fatores de degradação da qualidade de
vida das populações.

Os compostos libertados para a atmosfera


provenientes da atividade industrial, mas sobretudo
da exaustão de gases dos veículos automóveis
(hidrocarbonetos e outros compostos orgânicos,
monóxido de carbono e partículas que contêm
carbono e outros contaminantes) originam uma
variedade de impactos ambientais a diferentes
escalas geográficas e temporais;

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
FORMAÇÃO DO SMOG

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais

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Principais problemas ambientais

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
Chuva Ácida – Como se forma?

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
FONTES EMISSORAS DE CO2 PARA A ATMOSFERA

queima de combustíveis fósseis ;

fogos florestais;

alterações no uso do solo;

transportes e deposições de resíduos em


aterros;

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Principais problemas ambientais

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais

COMBUSTIVEIS FÓSSEIS

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
A CAMADA DE OZONO E O EFEITO DE ESTUFA

O ozono (O₃) concentra-se na alta atmosfera, constituindo uma


camada que absorve a quase totalidade das radiações
infravermelhas vindas do sol e retém algumas das radiações
infravermelhas emitidas pelo solo para o espaço, permitindo o
EFEITO DE ESTUFA. O Efeito de estufa a níveis controlados é
necessário para a temperatura média da Terra. Contudo, o
excesso de GEE está a contribuir para o aumento do
aquecimento global.

A utilização maciça de GEE provocou uma rutura na integridade


da camada de Ozono (BURACO DE OZONO) comprometendo as
suas funções protetoras .

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
Fenómenos que indicam a ocorrência de alterações
climáticas:
O aquecimento global;
Alterações fortes em características básicas das estações
do ano;
 Aumento significativo de fenómenos extremos, tais como
a ocorrência de cheias, secas e tempestades.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
OS RESÍDUOS

Os resíduos são vulgarmente designados por LIXO.

LIXO é todo e qualquer resíduo resultante das atividades


diárias do homem em sociedade.

Pode encontrar-se nos estados sólido, líquido e gasoso.


Como exemplo de lixo, temos as sobras de alimentos,
embalagens, papéis, plásticos e outros.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
CLASSIFICAÇÃO DOS LIXOS
1.Segundo o critério de origem e produção:

 Doméstico: gerado basicamente em residências;

Comercial: gerado pelo setor comercial e de serviços;

 Industrial: gerado por indústrias (classe I, II e III);

Hospitalares: gerado por hospitais, farmácias, clínicas, etc.;

 Especial: podas de jardins, entulhos de construções e animais mortos.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
POLITICA DOS 5 R´S

Reduzir a quantidade de resíduos produzidos (por


exemplo, através da utilização de produtos de longa
duração e de produtos a granel);

Reutilizar resíduos quando não for possível reduzir,


através da utilização de materiais usados (por exemplo,
reutilização de sacos plásticos, reparação de artigos
danificados);

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
POLITICA DOS 5 R´S

Reciclar os materiais (já) não reutilizáveis, através da


prévia separação seletiva e posterior deposição no
respetivo ecoponto:

• plástico e metal – amarelo;

• papel e cartão – azul;

• vidro – verde;

• pilhas usadas- pilhão;


Madalena Ribeiro Dez/2015
Principais problemas ambientais
POLITICA DOS 5 R´S
Embalagens de madeira  Ecocentros.

Eletrodomésticos devem ser entregues e não depositados


junto dos contentores (recolha: Amb3e, ERP Portugal – REEE -
Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos).

Os óleos alimentares domésticos  oleão.

A matéria orgânica  compostagem ou decomposição


biológica controlada da matéria orgânica, obtendo-se o
composto que pode ser utilizado como adubo na agricultura.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
POLITICA DOS 5 R´S

A reciclagem é o mais mediático dos 5 R e consiste na


transformação de um resíduo numa forma novamente
utilizável, prolongando assim o seu ciclo de vida.

Em Portugal, (apenas) 15% dos resíduos totais produzidos


são reciclados

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
POLITICA DOS 5 R´S

Recuperar, quando possível, a energia de resíduos que


não podem ser reduzidos, reutilizados ou reciclados. Esta é
uma opção direcionada maioritariamente para a indústria
e inclui opções como a incineração, por exemplo, que
através da queima controlada de resíduos produz energia
elétrica.

Racionalizar a produção e os procedimentos, evitando


ao máximo a criação de resíduos.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Principais problemas ambientais
Gestão de Resíduos

Recolha  transporte  armazenagem  triagem


Tratamento valorização e eliminação de resíduos;

operações de descontaminação de solos;

monitorização dos locais de deposição após o


encerramento das respetivas instalações.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Entidades gestoras do fluxo de
resíduos
Sociedade Ponto Verde – Sociedade Gestora de
EMBALAGENS Resíduos de Embalagens, S.A.
Valorfito ‐ Sistema Integrado de Gestão de
Embalagens e Resíduos em Agricultura, Lda.
Valormed ‐ Sociedade Gestora de Resíduos de
Embalagens e Medicamentos, Lda.
Óleos Usados Sogilub – Sociedade de Gestão Integrada de
Óleos Lubrificantes Usados, Lda.

Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão


Resíduos de de Resíduos de Equipamentos Elétricos e
Equipamento Eletrónicos
Elétrico e Eletrónico ERP‐Portugal – Associação Gestora de
Resíduos de Equipamentos Elétricos e
Eletrónicos
Madalena Ribeiro Dez/2015
Entidades gestoras do fluxo de
resíduos
Resíduos de Ecopilhas – Sociedade Gestora de
Pilhas e Resíduos de Pilhas e Acumuladores. Lda.
Acumuladores Valorcar – Sociedade de Gestão de
Veículos em Fim de Vida, Lda.

Veículos em Fim Valorcar – Sociedade de Gestão de


de Vida Veículos em Fim de Vida, Lda

Valorpneu – Sociedade de Gestão


de Pneus, Lda.
Pneus usados

Entidade Gestora do Sistema Integrado de Sociedade Ponto


embalagens e resíduos de embalagem Verde
Madalena Ribeiro Dez/2015
2. SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE
NO TRABALHO

CONCEITOS BÁSICOS RELACIONADOS COM A SHST

Madalena Ribeiro Dez/2015


Importância da SHST numa empresa
A SHST é um vetor fundamental para o
sucesso de uma empresa, nomeadamente na
integridade e saúde dos recursos humanos, da
imagem da empresa e da preservação do
património.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Princípios Básicos da SSHT
Todos os trabalhadores têm direito à prestação de trabalho
em condições de Segurança, Higiene e de Proteção da Saúde.

• Evitar os riscos e Avaliar os riscos que não possam ser evitados.

• Combater os riscos na origem.

• Adaptar o trabalho ao Homem (Ergonomia).

• Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso.

• Integrar a prevenção, formação e informação.

• Prioridade à Proteção Coletiva em detrimento da Proteção Individual.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Conceitos da SHST
• Ambiente de Trabalho: Conjunto de variáveis que
definem a realização de uma tarefa concreta e o
enquadramento em que esta se realiza, assim como
determinam a saúde do individuo que a executa, na
tripla dimensão, física, mental e social.
• HIGIENE E SEGURANÇA
Consiste na identificação e quantificação dos vários
fatores de risco e consequente avaliação e controlo das
condições de trabalho, nomeadamente na prevenção
da doença relacionada com o trabalho (Higiene) e na
prevenção do acidente de trabalho (Segurança).

Madalena Ribeiro Dez/2015


Conceitos da SHST
 LOCAL DE TRABALHO : Todo o lugar em que o
trabalhador se encontra, ou donde ou para onde deve
dirigir-se em virtude do seu trabalho, e em que esteja,
direta ou indiretamente, sujeito ao controlo do
empregador.

• Avaliação de riscos: Processo de identificar, estimar


(quantitativa ou qualitativamente) e valorar o risco
para a saúde e segurança dos trabalhadores. Este
processo visa obter a informação necessária à tomada
de decisão relativa às ações preventivas a adotar.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Conceitos da SHST
 ÍNDICE DE FREQUÊNCIA: Número de
acidentes de trabalho por milhão de horas
trabalhadas.

 ÍNDICE DE GRAVIDADE : Número de dias de


trabalho perdidos devido a acidentes de
trabalho por mil horas trabalhadas.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Conceitos da SHST
 PERIGO
Situação que excede o limite do risco aceitável.
Propriedade intrínseca de um objeto ou
organismo capaz de produzir danos ou lesões.
 PREVENÇÃO
Ação de evitar ou diminuir os riscos profissionais
através de um conjunto de disposições ou
medidas que devam ser tomadas no
licenciamento e em todas as fases de atividade da
empresa, do estabelecimento ou do serviço.
Madalena Ribeiro Dez/2015
Conceitos da SHST
 MEDICINA DO TRABALHO: Especialidade da
medicina cujo objetivo é prevenir riscos para a
saúde do trabalhador, vigiando e controlando
diretamente o seu estado de saúde.

 SAÚDE NO TRABALHO : Abordagem que


integra, além da vigilância médica, o controlo dos
elementos físicos e mentais que possam afetar a
saúde dos trabalhadores, representando uma
considerável evolução face às metodologias
tradicionais da medicina do trabalho.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Conceitos da SHST
• Acidente de trabalho: Acontecimento não
intencionalmente provocado, de carácter anormal, súbito e
inesperado, que se verifica no local e tempo de trabalho ou
ao serviço do empregador, produzido, direta ou
indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou
doença de que resulte morte ou redução na capacidade de
trabalho ou de ganho.

• Comissão de Segurança e Saúde: Comissão integrada


pelos representantes dos trabalhadores para as questões
de segurança e saúde e por representantes dos
empregadores que foi estabelecida e desempenha as suas
funções ao nível da organização, em conformidade com a
legislação e as práticas nacionais.
Madalena Ribeiro Dez/2015
Conceitos da SHST
 COMBURENTE
Nome dado à substância que é reduzida numa reação de
combustão. O oxigénio é o principal comburente, porém há
casos isolados em que o comburente é o cloro, bromo ou o
enxofre.
 COMBUSTÃO
Reação de oxidação entre um combustível e o comburente.
A reação é provocada por uma energia de ativação sendo
sempre exotérmica (libertação de calor).
• COMBUSTÍVEL
Qualquer substância que reage com o comburente de
forma violenta ou de um modo a produzir calor, chamas ou
gases.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Conceitos da SHST
 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Todo o equipamento, bem como qualquer
complemento ou acessório, destinado a ser utilizado
pelo trabalhador para se proteger dos riscos, para a sua
segurança e para a sua saúde.

 ERGONOMIA
Ciência que estuda e projeta os postos e lugares de
trabalho de modo a adaptar o trabalho ao homem,
permitindo a conjugação da melhoria do nível de
saúde, segurança, conforto e produtividade.
Madalena Ribeiro Dez/2015
Conceitos da SHST
• Custos dos acidentes de trabalho:
Consequências dos acidentes de trabalho,
geralmente classificados em dois tipos: custos
diretos e custos indiretos.

 DANO: Lesão corporal, perturbação funcional


ou doença que determina redução na capacidade
de trabalho ou de ganho ou a morte do
trabalhador resultante, direta ou indiretamente,
de acidente de trabalho.
Madalena Ribeiro Dez/2015
Conceitos da SHST
Perfil físico- Posto de
psicológico trabalho
do trabalhador

• Assegurar que o trabalhador possui boa


aptidão para o desempenho das atividades que
desenvolve no seu posto de trabalho.

• Investigar se as características pessoais se


podem converter em fator de risco de acidente
para si mesmo ou para terceiros.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Conceitos da SHST
Vigilância Prevenção de
Médica Acidentes

Comprovar o impacto das condições de trabalho na


saúde do trabalhador.

• Investigar os aspetos da saúde relacionados


diretamente com as características do posto de
trabalho desempenhado.

• Verificar se a alteração do estado de saúde de um


trabalhador pode constituir um perigo para si ou
para terceiros.
Madalena Ribeiro Dez/2015
Conceitos da SHST
Avaliação de Saúde no
Riscos Trabalho

•Avaliação dos riscos tem como função primordial da


Prevenção de Acidentes.
• A Saúde no Trabalho tem como perspetiva e
referência o trabalhador, em contraponto, embora
em colaboração, com as outras valências de SHST,
que têm como referência as máquinas e
equipamentos, o ambiente e as situações de
trabalho.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Madalena Ribeiro Dez/2015
III. ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA SHST

Obrigações do Trabalhador e do
Empregador em matéria de SHST

Madalena Ribeiro Dez/2015


• Todos os trabalhadores têm direito à prestação
de trabalho em condições de segurança, higiene e
saúde, competindo ao empregador assegurar
estas condições em todos os aspetos relacionados
com o trabalho, nomeadamente através da
aplicação de todas as medidas necessárias tendo
em conta os princípios gerais de prevenção e da
organização de serviços de segurança e saúde no
trabalho em conformidade com a lei.
( Art.º 281.ºdo CT)

Madalena Ribeiro Dez/2015


Obrigações da Entidade Empregadora
em matéria de SHST

• Dec. Lei 133/99 de 21 de Abril


Art. 8.º Obrigações da Entidade Empregadora
Art. 12º Obrigações dos Trabalhadores

• Lei Quadro (lei 102/2009)


Art. 15.º Obrigações da Entidade Empregadora
Art. 17.º Obrigações dos Trabalhadores

Madalena Ribeiro Dez/2015


Obrigações da Entidade Empregadora
em matéria de SHST
Assegurar condições de segurança e saúde no trabalho;
Assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores;
Organizar os serviços adequados, internos ou externos à
empresa capazes de monitorar e assegurar as condições de
HST;
Definir atividades de prevenção, da formação e da
informação, bem como o equipamento de proteção que se
torne necessário utilizar.
Respeitar todos os enquadramentos legais no que se refere ao
controlo de riscos para o sector de atividade da
empresa(controlo de riscos na origem; privilegiar as
medidas de proteção coletiva; disponibilizar equipamentos
de proteção individual…);

Madalena Ribeiro Dez/2015


Obrigações da Entidade Empregadora
em matéria de SHST
Adaptar o trabalho ao homem, em
especial no que toca à conceção dos
postos de trabalho (ergonomia);

• Estabelecer as medidas a adotar em


matéria de primeiros socorros,
combate a incêndios e evacuação de
trabalhadores

Madalena Ribeiro Dez/2015


Obrigações dos Trabalhadores em
matéria de SHST
• Cumprir as prescrições de Segurança e saúde no trabalho previstas
na Lei e em instrumentos de regulamentação coletiva, bem como as
ordens e instruções do empregador nesta matéria;

• Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segurança e


saúde de outras pessoas que possam ser afetadas pelas suas ações
ou omissões;

• Utilizar corretamente e de acordo com as instruções recebidas as


máquinas, aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e outros
equipamentos e meios postos à sua disposição, incluindo os
equipamentos de proteção coletiva e individual, e cumprir os
procedimentos de trabalho estabelecidos;

Madalena Ribeiro Dez/2015


Obrigações dos Trabalhadores em
matéria de SHST
• Tomar conhecimento da informação prestada pelo empregador;

• Comparecer às consultas e exames médicos determinados pelo


médico do trabalho;

• Comunicar imediatamente ao superior hierárquico qualquer avaria


ou problema que possa representar um problema para a segurança;

• Em caso de perigo grave e eminente, adotar as medidas e seguir as


instruções estabelecidas para tais situações, dando conhecimento
imediato ao superior hierárquico;

Madalena Ribeiro Dez/2015


Nenhum trabalhador pode ser prejudicado pelo facto de se afastar do seu posto
de trabalho ou outra área perigosa em caso de perigo grave ou iminente, nem
por ter adotado qualquer outra medida para sua própria segurança ou de
terceiros.

As obrigações dos trabalhadores em matéria de segurança e saúde no local de


trabalho não exoneram o empregador das suas obrigações e responsabilidades
legais nesta matéria.

Os trabalhadores que exercem funções de chefia ou de coordenação estão


especialmente obrigados a zelar pela segurança e saúde dos restantes
trabalhadores dos serviços sob seu enquadramento hierárquico e técnico, bem
como de outras pessoas que possam ser afetadas.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Vigilância Médica
• Sem prejuízo de outros previstos em legislação especial, devem ser
realizados os seguintes exames de saúde:

Exames de admissão  antes do início da prestação de trabalho ou, em


caso de urgência na admissão, nos 15 dias seguintes;

Exames periódicos  anuais, para os trabalhadores menores (menos de


18 anos) e para os trabalhadores com mais de 50 anos; de dois em dois
anos, para os restantes;

Exames ocasionais  sempre que haja alterações substanciais nos


componentes materiais de trabalho que possam ter repercussão negativa
na saúde dos trabalhadores; ou em caso de regresso ao trabalho depois
de uma ausência superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente.

Madalena Ribeiro Dez/2015


IV. Acidentes de Trabalho e
Doenças profissionais

Madalena Ribeiro Dez/2015


Acidente de Trabalho
• “É acidente de trabalho aquele que se
verifique no local e no tempo de trabalho e
produza direta ou indiretamente lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de
que resulte redução na capacidade de
trabalho ou de ganho ou a morte”.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Acidente de Trabalho
Considera-se, também, acidente de trabalho, o ocorrido:

No TRAJECTO DE IDA E DE REGRESSO para e do local de trabalho (desde


que seja o normalmente utilizado e durante o período ininterrupto
habitualmente gasto pelo trabalhador);

Na execução de SERVIÇOS ESPONTANEAMENTE PRESTADOS e da qual


possa resultar PROVEITO ECONÓMICO para a entidade empregadora;

No local de trabalho, quando no exercício do DIREITO DE REUNIÃO ou da


ACTIVIDADE DE REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES;

No local de trabalho, em CURSO DE FORMAÇÃO ou, fora do local de


trabalho, quando exista autorização expressa da entidade empregadora;

Madalena Ribeiro Dez/2015


Local e Tempo de trabalho
• Local de trabalho é todo o lugar em que o
trabalhador se encontra ou deva dirigir-se e em
que esteja direta ou indiretamente sujeito ao
controlo do empregador.

• Tempo de trabalho incluí o período normal de


trabalho, o período precedente e o período
subsequente, em atos relacionados com a
prestação de serviço, e ainda as interrupções
normais ou forçosas de trabalho.
Madalena Ribeiro Dez/2015
Descaraterização do Acidente de
trabalho
Não dá direito a reparação o acidente que é:

• 1°) DOLOSAMENTE provocado pelo sinistrado, ou provier de seu ato ou


omissão, que importe violação, sem causa justificativa, das condições de
segurança estabelecidas pela entidade empregadora ou previstas na lei;

• 2°) Resultar exclusivamente de negligência grosseira do sinistrado;

• 3°) Provier da privação permanente ou acidental do USO DA RAZÃO do


sinistrado, nos termos da lei civil, salvo se tal privação derivar da própria
prestação do trabalho, for independente da vontade do sinistrado ou se a
entidade empregadora, conhecendo o seu estado, consentir na prestação;

• 4°) Tiver origem em caso de FORÇA MAIOR (sismos, tufões, maremotos,


etc.).

Madalena Ribeiro Dez/2015


Causas dos Acidentes de Trabalho
• Ascendência e ambiente social;
• Falha humana (imprudência, irritabilidade, etc.);
• Ato inseguro (não utilizar, ou utilizar
erradamente, Equipamento de Proteção
Individual, estacionar sob cargas suspensas, usar
ferramentas em mau estado, etc.);
• Condição perigosa – proteções ou suportes de
máquinas inadequados, congestionamento dos
locais de trabalho, ruído excessivo ou risco de
incêndio.
Madalena Ribeiro Dez/2015
Causas dos Acidentes de Trabalho
Fatores materiais ou técnicos: Fatores Humanos:

• Má organização do trabalho; • Ansiedade e stress;


• Deficiente proteção das • Falta de integração do
máquinas; trabalhador no grupo de
• Má qualidade dos trabalho;
equipamentos ou ferramentas;
• Alcoolismo e sonolência.
• Falta de Equipamento de
Proteção Individual;
• Utilização de produtos
perigosos.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Prevenção dos Acidentes de Trabalho
Ter muito cuidado e seguir à risca todas as regras de
segurança na realização de atividades mais perigosas;

Organizar o local de trabalho ou o posto de trabalho,


não deixando objetos fora dos seus lugares ou mal
arrumados;

Saber quais os riscos e cuidados que se devem ter na


atividade que se desenvolve e quais as formas de
proteção para reduzir esses riscos;
.

Madalena Ribeiro Dez/2015


Prevenção dos Acidentes de Trabalho
Participar sempre nas ações ou cursos de prevenção
de acidentes que a empresa possa proporcionar;

Aplicar as medidas e dispositivos de prevenção de


acidentes que são facultados, designadamente o uso
de vestuário de proteção adequado, como as
proteções auriculares para o ruído, óculos, capacetes e
dispositivos anti queda, e equipamento de proteção
respiratória, entre outras;

Não recear sugerir à empresa onde se trabalha a


realização de palestras, seminários e ações de
formação sobre prevenção deDez/2015
Madalena Ribeiro acidentes.
Doenças Profissionais
(DL n° 248/99, de 2 de Julho – Art.º 2°)

• São Doenças Profissionais as doenças constantes


da Lista de Doenças Profissionais.
• São ainda consideradas doenças profissionais:
as lesões, perturbações funcionais ou doenças,
não incluídas na lista a que se refere o número
anterior, desde que sejam consequência
necessária e direta da atividade exercida pelos
trabalhadores e não representem normal
desgaste do organismo.
Madalena Ribeiro Dez/2015
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS

Madalena Ribeiro Dez/2015


Diferença entre Perigo e risco
“Uma mina anti-pessoal escondida nas areias de um
deserto em local em que jamais alguém passará,
constitui um perigo – a mina é sempre um objeto
perigoso, o perigo é intrínseco à mina. Se essa mina
escondida nas areias do deserto, estiver numa rota de
circulação, inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde,
essa mina será pisada por alguém – agora a mina já não
é só perigosa, mas constitui um risco para os
passantes.”

Madalena Ribeiro Dez/2015


Conceito de Risco

Madalena Ribeiro Dez/2015


QUALIFICAÇÃO DE RISCO

• Importância da qualificação do risco, como


fator determinante na hierarquização dos
riscos presentes no local de trabalho.
Gravidade

RISCO
Probabilidade

Madalena Ribeiro Dez/2015


Hierarquia dos riscos:
 Risco de elevada gravidade (catastrófico ou crítico) e
elevada probabilidade (frequente, provável ou ocasional);

 Risco de elevada gravidade (catastrófico ou crítico) e


baixa probabilidade (remoto ou improvável);

 Risco de baixa gravidade (marginal ou negligenciável) e


elevada probabilidade (frequente, provável ou ocasional);

 Risco de baixa gravidade (marginal ou negligenciável) e


baixa probabilidade (remoto ou improvável)

Madalena Ribeiro Dez/2015


CONTROLO DE RISCOS
O controlo do risco nem sempre é de fácil
execução, quer por razões técnicas, quer por
fatores de ordem económica, quer, ainda, por
outras razões.

Deve-se, no entanto, controlar o risco, de modo a


reduziras suas consequências, “levando-o” para
níveis mais aceitáveis, não perdendo o objetivo
de reduzir ao máximo quer a gravidade, quer a
probabilidade (Zona Verde).
Madalena Ribeiro Dez/2015
DE QUE DEPENDE O RISCO ?

Madalena Ribeiro Dez/2015


Definição de Incêndio
Reação química exotérmica (combustão);

Resulta da interação de um combustível com um comburente, em


presença de uma fonte de energia
térmica.

F
O
Combustível
• Calor G
Comburente O

Madalena Ribeiro Dez/2015


Madalena Ribeiro Dez/2015
ELEMENTOS DO FOGO
• Combustível é uma substância sólida, líquida ou
gasosa que tem a capacidade de se inflamar na
presença de um comburente e em condições
específicas de temperatura.
• Comburente é a substância em cuja presença, o
combustível pode arder. O comburente presente
na generalidade das combustões é o oxigénio.
• Fonte de energia é a energia, manifestada em
forma de calor, requerida para elevar a
temperatura do combustível até permitir a sua
ignição.

Madalena Ribeiro Dez/2015


CLASSES DO FOGO
• Determinação de um fogo pelo tipo de
material que está a sofrer o processo de
combustão.
• Classe A – sólidos;
• Classe B – líquidos;
• Classe C - Gases;
• Classe D- Metais.

Madalena Ribeiro Dez/2015


INCÊNDIO
Incêndio é um fogo não controlado que
pode libertar:
fumo;
chama;
calor;
gases tóxicos.

MECANISMOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO baseiam-se na:

 Destruição do TRIÂNGULO DO FOGO


Madalena Ribeiro Dez/2015
Agentes Extintores de Incêndio
Agentes extintores de utilização corrente:

• água;
• dióxido de carbono (CO2);
• pós químicos.

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Riscos Elétricos
INTENSIDADE (I):

• quantidade de corrente
elétrica que passa no circuito, na
unidade de tempo;
• mede-se em Ampéres (A)

Circuito Elétrico:
dois condutores (fase e neutro).
diferença de potencial (ddp) ou
tensão (U) é medida em Volt (V)

LOCAIS DE TRABALHO  230


Volt

Curto-Circuito:
• contacto direto entre a fase e o neutro
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Riscos elétricos
Os efeitos da corrente elétrica no organismo
humano dependem:
da quantidade de corrente (I) que o percorre ;
do tempo que dura o contacto;

• ELECTRIZAÇÃO - passagem de corrente elétrica para o


corpo;
• ELECTROCUSSÃO - acidente mortal provocado pela
electrização;
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Efeitos da corrente elétrica:

• Fibrilação ventricular
• Paragem respiratória
• Tetanização
• Queimaduras

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MEDIDAS ESPECÍFICAS PARA O CONTROLO DOS
RISCOS ELÉCTRICOS
• Medidas técnicas (de isolamento) - conservação dos sistemas de
isolamento dos condutores ativos;

• Medidas comportamentais - Antes de qualquer intervenção, desligar


a tomada ou cortar a corrente no quadro elétrico e assegurar-se
que não será ligado inadvertidamente;
 Não utilizar aparelhos elétricos com as mãos molhadas
e/ou os pés imersos em água;
 Não desligar o cabo elétrico de um aparelho puxando por ele;
segurar na ficha e desligar;
 Não reforçar os fusíveis do quadro elétrico de distribuição nem
modificar a capacidade de corte dos disjuntores; Evitar as
extensões e fichas múltiplas;
 Substituir as tomadas, fichas e cabos deteriorados;
 Rever periodicamente os equipamentos elétricos;

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Riscos Ambientais
• Ruído
• Iluminação
• Vibrações

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Riscos Ambientais – O Ruído
SOM:
É qualquer variação de pressão ( no ar, água
ou qualquer outro meio) que o ouvido possa
detetar
Pressão sonora:
Oscilações mecânicas do som que provocam
uma pressão alternativa sobreposta à pressão
atmosférica

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Riscos Ambientais – O Ruído

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Riscos Ambientais – O Ruído
O ouvido humano não responde linearmente
aos estímulos, mas sim logaritmicamente.

Os parâmetros acústicos são medidos numa


escala logarítmica expressa em decibéis (dB)

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Riscos Ambientais – O Ruído
Consequências do ruído:
• Perturbações da comunicação
• Irritabilidade
• Fadiga
• Perturbações gástricas
• Alterações da pressão arterial
• Aumento da produção hormonal da tiroide
• Aumento da frequência cardíaca
• Aumento da produção da adrenalina
• Perda de equilíbrio
• Lesões dos órgãos auditivos

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Riscos Ambientais – O Ruído
RUIDO EXCESSIVO
A exposição pessoal diária de um trabalhador ao ruído durante o trabalho NÃO
deve ultrapassar os 85 dB(A);

o valor limite da exposição diária de um trabalhador ao ruído durante o trabalho é


igual a 90 db(A)

in DR nº 9/92, de 28/4

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Riscos Ambientais – O Ruído
RUIDO EXCESSIVO
A exposição pessoal diária de um trabalhador ao ruído durante o trabalho
NÃO deve ultrapassar os 85 dB(A);
O valor limite da exposição diária de um trabalhador ao ruído durante o
trabalho é igual a 90 dB(A) (in DR nº 9/92, de 28/4)
8 horas ................ ≥ 85 dB(A)

4 “ ................ ≥ 88 dB(A)

2 “ ............... ≥ 91 dB(A)

1 “ ............... ≥ 94 dB(A)

30 minutos ........ ≥ 97 dB(A)

15 “ ........ ≥ 100 dB(A)

7,5 “ ........ ≥ 103 dB(A)


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Riscos Ambientais – O Ruído
RUIDO EXCESSIVO
Ao trabalhador exposto entre 85 dB(A) e 90
dB(A), o empregador faculta proteção
auricular eficaz;

Para o trabalhador exposto a 90 dB(A) ou


mais é obrigatório o uso de proteção
auricular eficaz

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Riscos Ambientais – O Ruído
Tipos de Equipamento de Proteção Individual
contra o Ruído:

• Tampões: equipamentos de inserção no canal


auditivo externo;

• Protetores auriculares: equipamentos de


cobertura de todo o pavilhão auricular (orelha).

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Riscos Ambientais – O Ruído
Protetores dos Ouvidos devem:
Estar em conformidade com as normas
europeias harmonizadas ou nacionais existentes
e devidamente certificados;

Estar adaptados a cada trabalhador e às


características das suas condições de trabalho;

Proporcionar a atenuação adequada da


exposição ao ruído.

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Riscos Ambientais – Iluminação
 A iluminação é fundamental à perceção visual do que nos
rodeia.

 A quantidade de iluminação (iluminância) necessária


depende das características das tarefas a executar nesse
local:

• com maior risco


• precisão mais acentuada
• exigência de rapidez e eficácia
• etc.
Iluminância é a medida do fluxo luminoso incidente por unidade de
superfície e é medida em Lux.

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Riscos Ambientais – Iluminação
Lâmpadas
Tipos de incandescentes
iluminação (duração e
rendimento
baixos)

Natural Artificial • Lâmpadas


(solar) fluorescentes
(duração e
rendimento
altos)
Riscos: Riscos:
• Encandeamento • Acidentes
• Desconforto térmico • Fadiga visual
Controlo dos riscos: Medidas de segurança:
• Utilização de ecrãs (estores, • Colocação de lâmpadas e armaduras em
persianas, cortinas, etc) número suficiente e de forma a que a
iluminação seja uniforme
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Riscos Ambientais – Iluminação

É importante adequar a cor da radiação das lâmpadas ao tipo de


trabalho a iluminar;
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VIBRAÇÕES
• A VIBRAÇÃO É O MOVIMENTO OSCILATÓRIO DE
UM CORPO DEVIDO A FORÇAS DESEQUILIBRADAS
DE COMPONENTES ROTATIVOS E MOVIMENTOS
ALTERNADOS DE UMA MÁQUINA OU
EQUIPAMENTO.
• Ao contrário de muitos agentes ambientais, a
vibração só se torna um problema quando há
efetivo contato físico entre um indivíduo e a
fonte, o que nos auxilia no reconhecimento da
exposição.

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VIBRAÇÕES
• Podem ser de Corpo inteiro ou Mão/braço
• Todo o corpo possui uma frequência natural
de oscilação, sem que isso acarrete grandes
problemas ao individuo.
• No entanto, este corpo poderá estar sujeito a
forças externas, vibrações de outras fontes
que podem entrar em contato com o mesmo,
provocando uma ressonância prejudicial ao
trabalhador.
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Vibrações no Homem
Decreto-Lei n. 46/2006
de 24 de Fevereiro
Art. 3.º
1—Para as vibrações
transmitidas ao sistema mão-
-braço são fixados os seguintes
valores:
a) Valor limite de exposição: 5
m/s2;
b) Valor de ação de exposição:
2,5 m/s2.

2—Para as vibrações
transmitidas ao corpo inteiro
são fixados os seguintes valores:
a) Valor limite de exposição: 1,15
m/s2;
b) Valor de ação de exposição:
0,5 m/s2.
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Efeitos gerais da vibração
Visão turva:

Diminuição do rendimento no trabalho e aumento do risco


de acidentes.
Perda de equilíbrio, simulando uma labirintite.
Falta de concentração.

Alteração sistema cardiovascular:

Aumento da frequência cardíaca.


Lentidão nos reflexos.

Aparelho digestivo:

Enjôo, gastrites e úlceras.


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Efeitos gerais da vibração

Cinetose - Distúrbio do movimento

Mal estar geral, náuseas e vômitos.

Degeneração do tecido muscular e nervoso


Principalmente para as vibrações localizadas:

Perda da capacidade de manipular.


Perda do tato das mãos e dedos.
Dificuldades no controle motor.

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Fontes da vibração no local de
trabalho
Furadoras elétricas–manuais: Indústrias metalúrgicas,
mecânicas e instaladores.
Esmeriladora - Desgaste e corte de metais;
Motosserras e rebarbadoras: Indústria extrativa
madeireira.
Martelos pneumáticos: Reparo de vias públicas,
demolições, construção de túneis e estradas, extração de
mármore.
Máquina conduzida manualmente;
volante.


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AGENTE QUÍMICO
CONCEITO:
Qualquer elemento ou composto químico,
isolado ou em mistura, que seja produzido, utilizado
ou libertado em consequência de uma atividade
laboral, inclusivamente sob a forma de resíduos, seja
este intencionalmente produzido ou não e
comercializado.

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Classificação dos agentes químicos

Estado sólido Estado Líquido


Aerossóis
Poeiras
Neblinas
Fibras

Fumos

Estado Gasoso
Gases
Vapores
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Risco químico
1 - Risco de exposição:

• É a probabilidade de estar em contacto com uma dose suficiente de

um determinado produto, capaz de provocar o aparecimento de

efeitos nocivos.

2 - Risco de aparecimento dos efeitos:

• É a probabilidade de que uma exposição a uma determinada dose de

um produto, dê lugar ao aparecimento dos efeitos nocivos.

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Ficha de Segurança
Diretiva comunitária 91/155/CEE e Portaria nº 732-A/96 de 11
de Dezembro

Para permitir que os utilizadores tomem as medidas


necessárias para a proteção do ambiente, assim como da
saúde e da segurança nos locais de trabalho, todo e qualquer
fabricante, importador ou distribuidor deve de enviar aos
destinatário os dados de segurança da substância química,
contendo informações necessárias à proteção do homem e
ambiente.

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Ficha de Segurança
ITENS FUNDAMENTAIS DA FICHA DE SEGURANÇA

1. IDENTIFICAÇÃO DA SUBSTÂNCIA / PREPARAÇÃO E DA SOCIEDADE /


EMPRESA
2. COMPOSIÇÃO/INFORMAÇÃO SOBRE OS COMPONENTES
3. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS
4. PROCEDIMENTOS PARA PRIMEIROS SOCORROS
5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIOS
6. MEDIDAS A TOMAR EM CASO DE FUGAS ACIDENTAIS
7. MANUSEAMENTO E ARMAZENAGEM
8. CONTROLO DE EXPOSIÇÃO / PROTECÇÃO INDIVIDUAL

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Ficha de Segurança
ITENS FUNDAMENTAIS DA FICHA DE SEGURANÇA

9. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS


10. ESTABILIDADE E REACTIVIDADE
11. INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA
12. INFORMAÇÃO ECOLÓGICA
13. QUESTÕES RELATIVAS À ELIMINAÇÃO DO PRODUTO
14. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO TRANSPORTE
15. INFORMAÇÃO SOBRE REGULAMENTAÇÃO
16. OUTRAS INFORMAÇÕES

É muito importante que todos as pessoas nas áreas de trabalho


saibam onde podem encontrar a “Lista de Químicos da Área” e que a
lista esteja atualizada.
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Rotulagem dos agentes químicos
O rótulo para além da identificação da substância, deverá informar dos perigos, das
medidas de segurança e do modo de atuação em caso de acidente (Portaria nº 732-
a/96, de 11 de Novembro)

Qualquer embalagem deve conter de modo legível as seguintes indicações em


língua portuguesa:
Nome
Nome e endereço do responsável pela colocação no mercado (fabricante,
importador ou distribuidor)
Símbolos e indicação de perigos
Frases do tipo indicando os riscos particulares
Frases tipo indicando conselhos de prudência
Número CEE quando atribuído

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Rotulagem dos agentes químicos

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RISCOS BIOLÓGICOS
Agentes biológicos “os microrganismos (vírus, bactérias, fungos…) incluindo os
geneticamente modificados, as culturas celulares e os endoparasitas humanos,
suscetíveis de provocar infeções, alergias ou intoxicações”. (DEC-LEI 84/97)

Avaliação dos Riscos Biológicos deve ter em conta todas as informações


disponíveis, nomeadamente:

 Classificação dos agentes biológicos;


Riscos suplementares (sensibilidade acrescida devido a doença anterior,
medicação, deficiência imunitária, gravidez ou aleitamento);

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RISCOS BIOLÓGICOS – Classificação
dos agentes biológicos

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RISCOS BIOLÓGICOS – Controle de
Riscos
(Dec. Lei 84/97 Artigo 9º )

a) Limitação ao mínimo do número de trabalhadores expostos ou com possibilidade


de o serem;
b) Modificação dos processos de trabalho e das medidas técnicas de controlo para
evitar ou minimizar a disseminação dos agentes biológicos no local de trabalho;
c) Aplicação de medidas de proteção coletiva e individual, se a exposição não puder
ser evitada por outros meios;
d) Aplicação de medidas de higiene compatíveis com os objetivos da prevenção ou
redução da transferência ou disseminação acidental de um agente biológico para fora
do local de trabalho;
e) Utilização do sinal indicativo de perigo biológico
f) Elaboração de planos de ação em casos de acidentes que envolvam agentes
biológicos;
g) Verificação da presença de agentes biológicos utilizados no trabalho fora do
confinamento físico primário, sempre que for necessário e tecnicamente possível;
h) Utilização de meios de recolha, armazenagem e evacuação dos resíduos

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RISCOS BIOLÓGICOS - SINALETICA

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RISCOS ERGONÓMICOS

NÍVEIS DE ANÁLISE DE UMA


SITUAÇÃO DE
TRABALHO

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Riscos Ergonómicos
CONDIÇÕES INTERNAS INDIVIDUAIS (humanas):
• Sexo
• Idade
• Estado de saúde
• Capacidades físicas, psíquicas e sensoriais
• Motivação profissional
• Personalidade
• Características antropométricas
• Qualificação e experiência profissional

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Riscos Ergonómicos
CONDIÇÕES EXTERNAS
TÉCNICAS:
• Equipamentos
• Espaço de trabalho
• Dimensão do posto de trabalho

ORGANIZACIONAIS:
• Horários/pausas
• Ritmos de trabalho
• Divisão de tarefas
• Normas de produção e Procedimentos de execução
• Sistemas hierárquicos

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Riscos Ergonómicos
CONDIÇÕES EXTERNAS
SOCIAIS:
• Remuneração e outras regalias sociais
• Segurança no emprego
• Condições de alojamento e transportes
• Sobrecargas familiares

• AMBIENTAIS:
• Físicas: ruído, vibrações, iluminação, ambiente
térmico, radiações
• Químicas: poeiras, fumos, gases e vapores
• Biológicas: fungos, bactérias, vírus

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RISCOS ERGONÓMICOS - PREVENÇÃO
TRABALHO DE PÉ:
• Postura natural e cómoda
• Superfície de trabalho ao nível dos cotovelos
• Espaço de trabalho arrumado
• Alternar as posturas
TRABALHO SENTADO:
• Costas direitas e região lombar apoiada
• Assento adequado (a coxa e perna: ângulo de
90º)
• Apoio para os pés
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RISCOS ERGONÓMICOS - PREVENÇÃO
NA MOVIMENTAÇÃO LATERAL:
• Não torcer o tronco; rodar todo o tronco para
mover lateralmente a carga
• Usar calçado cómodo e de salto (tacão) baixo
• Alternar, sempre que possível, tarefas que
exijam posturas diferentes
• Fazer exercício físico para fortalecimento da
musculatura

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Movimentação Manual de Cargas

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Movimentação Manual de Cargas

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Movimentação Manual de Cargas

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Movimentação Manual de Cargas

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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/SinalizacaoSeguranca/Paginas/default.aspx

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Revisões
A Segurança do Trabalho visa combater num ponto de vista não médico as
doenças profissionais.

Vias de penetração de substâncias perigosas no organismo: inalação, ingestão e


percutânea

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