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4

PARTE

Técnicas de trabalho
em Geografia
ANALISAR E MANUSEAR MAPAS 202 • C omo construir um • C omo construir um
• Como nos orientamos gráfico linear ou de linhas? 219 gráfico triangular? 238
pela bússola? 202 • Como construir um • Como construir um
• Que outros processos de gráfico de barras simples? 222 gráfico de dispersão? 240
orientação podemos usar? 204 • Como construir um gráfico • Como construir um
• Como elaborar um de barras compostas? 224 gráfico recorrendo às
perfil topográfico? 207 • Como construir uma novas tecnologias? 243
• Como analisar uma carta pirâmide etária? 226 CONSTRUÇÃO DE MAPAS 245
sinóptica ou meteorológica? 210 • Como construir um • Como construir um mapa
O TRABALHO ESCRITO gráfico termopluviométrico? 229 de manchas ou coropleto? 249
DE PESQUISA EM GEOGRAFIA 212 • Como construir um • Como construir um mapa
• Como executar um trabalho escrito gráfico de áreas? 232 de símbolos? 252
de pesquisa em Geografia? 212 • Como construir um • Como construir um mapa
ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS 217 gráfico circular ou sectograma? 234 de símbolos proporcionais? 255
• Como analisar • Como construir um • Como construir um mapa
dados estatísticos? 217 pictograma? 236 de fluxos? 258

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Parte

4 ANALISAR E MANUSEAR MAPAS


Como nos orientamos pela bússola?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

O que é?
A bússola é um instrumento que serve para o ser humano se orientar.
Foi inventada pelos Chineses, pensando-se que tenha surgido cerca de
2000 anos a. C.
Este instrumento é composto por uma agulha
magnética colocada sobre um suporte horizon-
tal, que indica o norte magnético.

Como se deve utilizá-la?


A bússola atual possui uma agulha magnética
sobre uma superfície horizontal onde se apresenta
uma circunferência e os pontos cardeais e cola-
terais, correspondendo os valores 0° ao norte, 90° Bússola.
ao este, 180° ao sul e 270° ao oeste.
A agulha aponta sempre para o norte; antes de se começar a utilizar este instrumento de orientação, deve rodar-
-se a base de forma a fazer coincidir a agulha com o norte nela indicado.
A bússola deve ser colocada numa posição perfeitamente horizontal; se isso não for respeitado, podem ocorrer
erros de leitura.
A utilização deste instrumento permite localizar qualquer elemento presente numa paisagem ou determinar a
orientação de um percurso que se pretenda realizar.
O sentido de qualquer ponto é determinado pelo ângulo que a agulha da bússola faz com esse mesmo ponto,
designando-se este por azimute.
Quando se utiliza este aparelho, deve evitar-se estar muito próximo de objetos que provoquem atração magné-
tica à agulha da bússola, tais como postes e linhas de alta tensão, fios telefónicos, determinados objetos de ferro
ou metálicos, aparelhos eletrónicos ou a existência de uma mina, por exemplo.
Quando se adquire uma bússola com o intuito de se realizar trabalho de campo e proceder à orientação em
determinado espaço, deve optar-se por um instrumento resistente, adaptado para mapas de escalas de 1/25 000
ou 1/50 000, que apresente ajuste à declinação magnética que permita a medição da inclinação, e apresente
também pontos fluorescentes, que permitam a utilização da bússola durante a noite.
A melhor forma de potenciar a utilização da bússola é fazer-se acompanhar por uma carta topográfica de escalas
1/25 000 e 1/50 000.

Material necessário para a orientação


Cartas topográficas, transferidor, lápis e bússola.

Etapas a seguir para a orientação em campo (1)

1.ª Etapa
Quando se pretende executar um percurso, seguindo uma direção a partir de um elemento existente na paisagem,
deve utilizar-se o transferidor e marcar o azimute. Para proceder a esta marcação, deve colocar-se a base do
transferidor junto da representação do elemento em questão na carta.

202 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

4
2.ª Etapa
Posicionar o transferidor de forma paralela às linhas verticais de referência existentes na carta.

Técnicas de trabalho em Geografia


3.ª Etapa
Marcar na carta o ponto correspondente ao ângulo que se pretende seguir.

4.ª Etapa
Unir o ponto de referência e o ponto do ângulo, determinando-se assim o percurso a executar.
Alvo

60° Azimute magnético.

Etapas a seguir para a orientação em campo (2)

1.ª Etapa
No início ou durante o percurso, deve observar-se elementos da paisagem e localizá-los na carta, como habitações,
marcos geodésicos, cruzamentos, entre outros; estes pontos devem corresponder a elementos observáveis no
campo e na carta, para que não haja qualquer dúvida de localização.

2.ª Etapa
Determinar, com a bússola, os azimutes dos pontos escolhidos.

3.ª Etapa
Identificar os azimutes inversos, ou seja, o que lhe é oposto; por exemplo, o azimute inverso de um azimute 90° é 270°.

4.ª Etapa
Marcar na carta, com o auxílio do transferidor, os azimutes inversos a partir dos pontos escolhidos como
referência; o ponto onde as linhas se intersetam corresponde ao local onde o observador se encontra.

340° 30°

O azimute inverso de 30° é 210°


e o azimute inverso de 340° é 160°.

Atividades

1 A bússola é um instrumento essencial à orientação quando se realiza um trabalho de campo.


1.1 Explica qual é a utilidade da bússola.
1.2 Indica qual é a posição correta de colocação da bússola.
1.3 
Identifica os outros instrumentos que se devem levar para o campo para complementar
a localização que se executa com a bússola.
1.4 
Explica, de forma sucinta, a forma como se pode proceder à localização de pontos no campo
utilizando a bússola.

GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana 203

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Parte

4 ANALISAR E MANUSEAR MAPAS


Que outros processos de orientação podemos usar?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

O que devemos ter em atenção N


quando pretendemos orientar-nos?
O primeiro passo necessário à orientação de um indivíduo NNO NNE CARDEAIS
é o conhecimento dos rumos da rosa dos ventos, ou seja, NO NE N — Norte
os pontos cardeais, colaterais e intermédios. S — Sul
ONO ENE E — Este
Como nos orientamos pelo Sol? O — Oeste

Quando se pretende executar este tipo de orientação, há


O E
COLATERAIS
que conhecer ou observar o movimento aparente do Sol. OSO ESE NE — Nordeste
O Sol nasce a este e põe-se a oeste, e ao meio-dia solar SE — Sudeste
indica o sul. SO SE NO — Noroeste
SSO SSE SO — Sudoeste

Rosa dos ventos. S

SUL

ESTE OESTE

NORTE

Orientação pelo Sol.

Como nos orientamos pelo Sol


com um relógio?
No hemisfério norte tem de se manter o relógio
na horizontal, com o mostrador para cima. De
seguida, deve posicionar-se o ponteiro das horas
na direção do Sol. A bissetriz do menor ângulo
formado pelo ponteiro das horas e pela linha
das doze horas define a direção norte/sul.
Durante o horário de verão, quando a hora legal
se adianta em relação à hora solar, poderá ser
necessário dar um desconto, desviando-se a
linha norte/sul para a direita ou atrasando-se o
relógio uma hora. Orientação pelo Sol, com um relógio.

204 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

Como nos orientamos pela sombra


de uma vara ou de um ramo? 4

Técnicas de trabalho em Geografia


É um método de menor exatidão, que deve ser uti-
lizado de manhã ou de tarde. Começa por se marcar
no chão a localização da extremidade da sombra da
vara com uma pedra ou um pau. Passado algum
tempo, quando a sombra se movimenta, procede-se
a nova marcação.
Deve desenhar-se uma linha que una as duas marca-
ções, sendo essa linha a determinar a orientação este/
oeste.

Como nos orientamos por Orientação pela sombra de uma vara.


certos indícios que nos rodeiam?
Cada indivíduo deve ainda saber orientar-se por
indícios que pode encontrar no campo e nas povoa­
ções.
Igrejas — as igrejas eram habitualmente construí-
das com o altar-mor voltado para este (nascente)
e a porta principal para o oeste (poente), o que já
não acontece em todas as igrejas recentemente cons-
truídas.
Campanários e torres — têm normalmente no cimo
um cata-vento, que possui uma cruzeta indicando os
pontos cardeais.
Moinhos — as portas dos moinhos portugueses
ficam geralmente viradas para sudoeste.
Tronco das árvores — o tronco das árvores é mais
rugoso e com mais fendas do lado que é batido pelas
chuvas, ou seja, do lado norte.
Torre de uma igreja com cata-vento.
Folhas de eucalipto — torcem-se de modo a ficarem
menos expostas ao sol, apresentando assim as «faces»
viradas para este e oeste.
Inclinação das árvores — se se souber qual é a
direção do vento dominante numa região, através da
inclinação das árvores consegue determinar-se os
pontos cardeais.
Musgos e cogumelos — desenvolvem-se mais facil-
mente em locais sombrios, ou seja, do lado norte.
Girassóis — voltam a sua flor para sul, em busca do
sol.
Caracóis — encontram-se mais nos muros e paredes
voltados para este e para sul.
Formigas — têm o formigueiro, especialmente as
entradas, abrigadas dos ventos frios do norte.

O musgo no tronco das árvores pode ajudar-nos


a determinar os pontos cardeais.

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Parte

4 Como nos orientamos pela Lua?


Quando nasce, a Lua indica o ponto cardeal este; no entanto deve ter-se em linha de conta que a hora do nasci-
mento da Lua varia consoante a fase em que se encontra. Para se identificar a fase em que a Lua se encontra,
Técnicas de trabalho em Geografia

deve atentar-se na ideia popular de que a Lua é mentirosa: se a face iluminada tiver a forma de um D, de decres-
cente, significa que está a crescer; se a face iluminada tiver o formato de C, de crescente, significa que está a
decrescer.

HORA

12 h SE E NE N no O SO S
15 h S sE e Ne n no O So
18 h So s se e ne n nO o
21 h o so s se e ne n no
24 h no o so s se e ne n
3h n no o so s se e ne
6h ne n No o so s Se e
9h e ne N No o so s Se

Direção da Lua em função da fase e da hora.

Como nos orientamos pelas estrelas?


A orientação pelas estrelas é um dos mais antigos
processos de orientação. As constelações a que se
recorre mais no hemisfério norte são a Ursa Maior,
a Ursa Menor, a Oríon e a Cassiopeia.
A Ursa Maior é a constelação mais facilmente obser-
vável.
A Ursa Menor apresenta uma dimensão mais reduzida
e é mais difícil de observar, pois ostenta estrelas menos
brilhantes; na sua cauda fica a Estrela Polar, que indica
o ponto cardeal norte.
A constelação Oríon só é visível no inverno. A cons-
telação de Cassiopeia e a da Ursa Maior encontram-
-se em simetria em relação à Estrela Polar.
No hemisfério sul utiliza-se como ponto de referência
a estrela do Cruzeiro do Sul.
Orientação pela Estrela Polar.
Atividades

1 Existem diferentes processos de orientação.


1.1 Enumera os processos de orientação que conheces.
1.2 
Refere quais são os processos de orientação que se devem utilizar de dia e os que se devem utilizar
de noite.

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Parte

ANALISAR E MANUSEAR MAPAS 4


Como elaborar um perfil topográfico?

Técnicas de trabalho em Geografia


NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


A construção de um perfil topográfico permite executar uma
interpretação das formas de relevo existentes no local em
estudo.
O perfil topográfico corresponde a uma representação do
relevo representado pelas curvas de nível existentes num mapa
ou numa carta.
Os mapas onde são normalmente visíveis as curvas de nível
designam-se por mapas ou cartas e plantas topográficas, con-
soante a escala que apresentam, sendo que as cartas variam
entre as escalas 1/10 000 e 1/50 000 e as plantas apresentam
escalas iguais ou superiores a 1/10 000.
Este tipo de cartografia representa diversos elementos existen-
tes na paisagem no momento em que se efetuou o levanta-
mento de campo da zona respetiva. É utilizado para a execução
do planeamento do território, para a planificação de obras de
construção civil ou para a prática de atividades de lazer que
Pormenor de uma carta topográfica.
necessitam do conhecimento pormenorizado de um território.
O território de Portugal encontra-se cartografado, na sua totalidade, a uma escala de 1/25 000, pelo Instituto
Geográfico do Exército. Existem também representações de plantas topográficas, que não cobrem a totalidade
do território nacional, e que são utilizadas para a execução de planeamento urbanístico e realização de obras de
construção civil diversas, como pontes, barragens, etc.
A carta topográfica possui diversos elementos que facilitam a sua leitura, designadamente:
• nome da carta e do seu autor;
• número e designação da folha;
• enquadramento da folha;
• sistema de projeção cartográfica;
• escalas numérica e gráfica;
• data da execução;
• orientação, através da localização do norte cartográfico;
• legenda;
• equidistância das curvas de nível.
As cartas topográficas respeitam habitualmente a seguinte representação, em termos cromáticos:
• a preto, surgem os aterros, desaterros, construções, caminhos de ferro, caminhos e divisões administrativas;
• a azul, aparecem os cursos de água, lagos, regiões pantanosas e linhas de alta tensão;
• a verde, surge a vegetação natural ou criada pelo ser humano que tenha expressão territorial;
• a castanho, representam-se as curvas de nível e os pontos cotados;
• a vermelho, aparecem as estradas principais.

Material necessário para a sua construção


Carta topográfica ou pormenor da mesma, papel milimétrico, lápis/lapiseira, régua, borracha e lápis de cor ou
marcadores.

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Parte

4 Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Técnicas de trabalho em Geografia

Traçar um segmento de reta entre dois locais presentes na carta topográfica ou no seu excerto, intersetando
neste várias curvas de nível.

2.ª Etapa
Traçar, no papel milimétrico, um eixo cartesiano, ou seja, duas semirretas, uma horizontal e outra que a intersete
numa das suas extremidades, de preferência a esquerda. A semirreta horizontal terá de apresentar pelo menos
o comprimento do segmento de reta traçado na primeira etapa.

3.ª Etapa
Preencher a escala da linha vertical construída, onde se representarão os valores de altitude. Esta deve surgir em
metros e permitir que a dimensão da linha vertical seja superior à da linha horizontal, facto que facilitará a leitura
do perfil topográfico.

4.ª Etapa
Dobrar a folha de papel milimétrico, acompanhando a semirreta horizontal. Sobrepor o papel milimétrico, no
local da dobra efetuada anteriormente, ao segmento de reta desenhado na carta topográfica.

5.ª Etapa
Marcar, no papel milimétrico, o local onde este se interseta com as curvas de nível, não esquecendo de assinalar
a altitude que a curva representa.

6.ª Etapa
Desdobrar o papel milimétrico e traçar uma linha entre cada ponto correspondente a cada curva de nível
desde o mesmo até à altitude correspondente, tendo em conta a escala definida na terceira etapa. No final deve
marcar-se um ponto.

7.ª Etapa
Unir os pontos marcados, desenhando uma linha mais ou menos curvilínea, que se deve aproximar do desenho
que o relevo apresenta na realidade. Assim se obtém o perfil topográfico.

8.ª Etapa
Dar um título ao trabalho, identificando o local representado, a escala da carta utilizada e a equidistância
das curvas de nível e, no final, passar o perfil a tinta.

PERFIL TOPOGRÁFICO DA SERRA DO AÇUDE Etapa 8


Etapa 3 300
E' F'
250
Etapa 7
Escala vertical (em m)

D' G'
200
C' H'
150
B' I'
100
A' J'
50

N 0 N'
Etapa 2
Etapa 6

R A B C D E F G H I J R'
Etapa 1 250 Etapas 4 e 5
200
150
100

50

Etapas de elaboração do perfil topográfico.

208 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

Como se analisa e interpreta?


A primeira etapa da análise do perfil corresponde à identificação da área representada.
4

Técnicas de trabalho em Geografia


Depois, deve elaborar-se uma descrição da variação das altitudes, identificando a maior e a menor, bem como a
forma como esta varia ao longo do perfil. No final da leitura devem mencionar-se as formas de relevo patentes
no perfil topográfico obtido (vale, montanha, colina, etc.).

Atividades

1 Observa com atenção o excerto da carta topográfica que se segue.


1.1 Constrói o perfil topográfico da área atravessada pelo segmento de reta AB.
1.2 Identifica a variação de altitudes presente no perfil desenhado.
1.3 Identifica as formas de relevo presentes no perfil desenhado.
1.4 Indica as principais povoações representadas na carta topográfica.
1.5 Identifica os principais elementos da paisagem presentes na carta topográfica.

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Parte

4 ANALISAR E MANUSEAR MAPAS


Como analisar uma carta sinóptica ou meteorológica?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


A carta sinóptica corresponde a uma representação gráfica da variação da pressão atmosférica num determinado
território. Trata-se de um instrumento que permite conhecer o estado da atmosfera num determinado momento
e local e, assim, caracterizar a situação meteorológica vigente, permitindo a previsão das condições do estado
de tempo.
As cartas sinópticas podem ser de superfície — quando registam as observações ao nível das águas do mar — ou
de altitude — quando representam dados obtidos a diferentes altitudes, sendo estas últimas de leitura mais
complexa.
Estas cartas são elaboradas com base nas imagens recolhidas por satélite e nas informações recolhidas nas dife-
rentes estações meteorológicas.
Este tipo de cartografia representa as frentes quentes, frentes frias e frentes oclusas, bem como os centros baro-
métricos de alta e baixa pressões e as linhas isóbaras.

B A
N
102

10
0 996

B
44
10
40
100
0
10
10

36
32
10

1024
28

Fonte: Instituto de Meteorologia


10
24
102
8
0
100
10
1028
1032
32
B
10
36

1036

1040
0 900 Km

A Anticiclone B Depressão Isóbaras Frente quente Frente fria Frente oclusa

Carta sinóptica da Europa.

Por vezes, as cartas sinópticas apresentam também referência à nebulosidade patente, ao tipo de nuvens em circulação,
à circulação do vento e ao tipo de precipitação vigente, no caso da sua existência, utilizando a seguinte simbologia:

INDICAÇÕES GERAIS NEBULOSIDADE GÉNERO DE NUVENS TEMPO PRESENTE


E PASSADO
Anticiclone Céu limpo
Cirros Nuvens a
Depressão 1/8 de céu coberto dissiparem-se
Cirros-estratos
Chuvas 2/8 de céu coberto Céu invariável
contínuas Cirros-cúmulos
Chuvas 3/8 de céu coberto Bruma seca
Altos-cúmulos
intermitentes 4/8 de céu coberto
Altos-estratos Neblina
Aguaceiros
5/8 de céu coberto
Estratocúmulos Nevoeiro
Chuviscos 6/8 de céu coberto
Nimbos-estratos
Isóbaras (mb/hPa) Relâmpagos
7/8 de céu coberto
Frente fria Cúmulos
8/8 de céu coberto Trovoadas
Frente quente Cúmulos-nimbos
Frente oclusa Ceú obscurecido, Estratos
ou nebulosidade
Frente estacionária não observável

Simbologia utilizada nas cartas sinópticas.

210 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

Material necessário para a sua construção


Carta sinóptica ou excerto da mesma.
4

Técnicas de trabalho em Geografia


Etapas a seguir para a sua análise
1.ª Etapa
Reconhecer o espaço geográfico representado.

2.ª Etapa
Analisar a forma com se distribui a pressão atmosférica, pela observação da variação espacial das isóbaras.

3.ª Etapa
Identificar a existência e localização de frentes quentes, frias e oclusas, bem como de centros barométricos de
alta e baixa pressões.

4.ª Etapa
Identificar outros elementos que possam estar referenciados na carta.

5.ª Etapa
Caracterizar o estado de tempo no local em análise.

6.ª Etapa
Prever o estado de tempo para um futuro próximo, tendo em linha de conta diversos conhecimentos sobre a
circulação do ar:
• Se entre as linhas isobáricas existir um certo afastamento, tal é sinónimo da ocorrência de vento fraco; se se
registar uma proximidade entre as mesmas, tal significa a existência de vento forte.
• A deslocação do vento efetua-se da maior para a menor pressão atmosférica, sendo assim possível determinar
a orientação da deslocação do vento.
• Um centro barométrico de alta pressão indica uma situação de bom tempo, enquanto a existência de um
centro de baixa pressão indica a ocorrência de uma situação de mau tempo ou de instabilidade.
• Se estiverem presentes na carta superfícies frontais, estas indiciam a existência de instabilidade.
• Os locais que estiverem sob a influência de uma frente quente registam precipitação.
• Os locais que estiverem entre a passagem da frente quente e da frente fria sofrerão um aumento da tempera-
tura e a interrupção de ocorrência de precipitação.
• As áreas que estiverem sob a influência de uma frente fria registam precipitação forte.
• O local onde se regista o contacto entre as duas frentes sofre grande instabilidade meteorológica.

Atividades

1 O
 bserva atentamente a carta 968 B
sinóptica. 976
984
992
1.1 Identifica o estado de tempo que 100
0
Portugal apresenta, tendo em conta 100
8
a informação presente na carta 10
16
sinóptica.
1.2 Identifica o estado de tempo que se
1024
verifica na Islândia. 1036
A
Açores
1.3 Indica as consequências provocadas 1032 1036

pela distribuição desigual das linhas A 1032


Madeira
isóbaras. •

0 400 km

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Parte

4 O TRABALHO ESCRITO DE PESQUISA EM GEOGRAFIA


Como executar um trabalho escrito de pesquisa em Geografia?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


Um trabalho escrito de pesquisa permite refletir sobre uma investigação que o(s) seu(s) autor(es) realizou(aram)
sobre uma determinada temática.
Os trabalhos realizados para a disciplina de Geografia devem recorrer a fontes de investigação, como atlas,
enciclopédias geográficas, fontes estatísticas, entre outras.
Este tipo de trabalho pode ser apresentado em suporte de papel ou sob formato eletrónico.
Deve ter-se em linha de conta que um trabalho de pesquisa não corresponde à cópia de textos de um livro, nem
significa a apresentação de fotocópias de livros ou de páginas da Internet, nem deve ser uma transcrição de
um conjunto de dados ou de citações.

Etapas a seguir para a sua construção

1.ª Etapa
Para elaborar um trabalho de pesquisa, deve começar-se por procurar informações sobre o tema a trabalhar,
recorrendo a bibliografia diversa ou a motores de busca na Internet. A informação deve ser cuidadosamente
selecionada e organizada.

2.ª Etapa
Depois de se conhecer bem o assunto sobre o qual se vai trabalhar e investigar, deve fazer-se um plano que
determine o desenvolvimento do trabalho. Esse plano deverá compreender uma introdução, um desenvolvimento
e uma conclusão. Nesta fase, deve ter-se em consideração o tempo e a quantidade de informação disponíveis
para a elaboração do trabalho.

3.ª Etapa
Organizar a informação recolhida, ordenando-a segundo a sua importância (procedendo à separação das
informações mais relevantes das secundárias), e elaborar um esquema da estrutura que se pretende dar ao
desenvolvimento do trabalho.

4.ª Etapa
Definir a estrutura a utilizar na realização do trabalho. Este deve ter:
a) Capa;
b) Folha em branco (facultativo);
c) Folha de rosto;
e) Agradecimentos (facultativo);
e) Índice;
f) Introdução;
g) Desenvolvimento;
h) Conclusão;
i) Bibliografia;
j) Anexos;
l) Contracapa (facultativo).

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Parte

4
5.ª Etapa
Produzir a capa do trabalho. Esta deve mencionar:
Escola Secundário da Trofa

Técnicas de trabalho em Geografia


a) O nome da escola (deve surgir na parte superior da folha);
b) O título (e o subtítulo) do trabalho (deve apresentar uma
posição central e um tipo de letra que promova o seu
destaque); INDICADORES
c) O nome do(s) autor(es), bem como os números e a turma DE DESENVOLVIMENTO
a que os mesmos pertencem (deve surgir abaixo do título, DO CONCELHO DA TROFA
à direita ou ao centro);
d) O local de realização;
e)  A data ou o ano letivo de realização (estes dois últimos Telmo Machado, n.º 22
Diogo Pires, n.º 5
itens devem surgir no fundo da página e centrados).
Turma 901
A capa pode apresentar uma ilustração ou uma imagem que
facilite a compreensão do tema do trabalho, devendo surgir
Trofa, 22 de Fevereiro de 2015
num formato que não desvalorize os outros elementos.
Este elemento deve construir-se num material forte para que
Capa.
o trabalho não se deteriore com facilidade.

6.ª Etapa
Telmo Machado, n.º 22
Elaborar a folha de rosto do trabalho. Esta deve incluir: Diogo Pires, n.º 5
Turma 901
a) O nome do(s) autor(es), bem como os números e a turma
a que os mesmos pertencem; INDICADORES
b) O título (e o subtítulo) do trabalho; DE DESENVOLVIMENTO
c) A designação da disciplina; DO CONCELHO DA TROFA
d)  O nome do professor responsável pela disciplina ou orien-
tador do trabalho; Disciplina: Geografia
e) O nome da escola; Professora: Magda Garcia
f) O local de realização;
g) A data ou o ano letivo de realização.
Escola Secundário da Trofa
Esta página deve ser semelhante à capa, mas não deve con-
ter qualquer tipo de imagem ou informação além da estrita- Trofa, 22 de Fevereiro de 2015
mente necessária.
Folha de rosto.
7.ª Etapa
Esta etapa é de execução facultativa e corresponde à elaboração de uma página onde se registam os agra­
decimentos, podendo agradecer-se a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para a realização do
trabalho, nomeadamente com a cedência de informação diversa, ou que responderam a entrevistas ou inqué-
ritos, por exemplo.

8.ª Etapa
Organizar o índice do trabalho, onde deve ser referida a ordem de cada capítulo e subcapítulo, identificando-se
a página onde os mesmos se iniciam. Há autores que entendem que este pode ser denominado sumário.
O número de páginas que o trabalho contém deve começar a ser contado a partir da folha de rosto.
Se se executar o trabalho utilizando um suporte informático como o Microsoft Word, pode realizar-se o índice
à medida que se constrói o corpo do trabalho, bastando para isso, em cada entrada que se pretenda que faça
parte deste item, ir a «inserir», procurar «referência cruzada» e escolher de entre as opções fornecidas aquela que
corresponde ao que é pretendido. Esta opção de construção facilita a execução do trabalho.

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Parte

4
9.ª Etapa
Elaborar a introdução, onde deve constar uma explicação sobre a pertinência do tema tratado e os objetivos
que pautam a sua execução.
Técnicas de trabalho em Geografia

Este item deve também conter uma breve descrição da estrutura que o trabalho apresenta, podendo incluir uma
explicação sucinta dos conteúdos gerais das partes mais importantes.
Neste espaço deve também descrever-se a metodologia utilizada, quando esta é importante para a orientação
da investigação executada, especialmente quando também surge necessidade de se indicarem os constran­
gimentos e dificuldades que se colocaram para a realização do trabalho.

10.ª Etapa
Elaborar o desenvolvimento, que corresponde ao corpo efetivo do trabalho, onde surgem os conteúdos
propriamente ditos, e deve corresponder à parte mais extensa do mesmo.
Deve ter-se especial cuidado com a linguagem utilizada, já que esta deve ser clara, concisa, rica e coerente, sem
erros ortográficos. Para evitar esta situação, é possível, quando o trabalho é feito em suporte digital, recorrer-se
ao corretor ortográfico, mas deve ter-se cuidado com o corretor utilizado, já que muitos deles não estão com­
pletos ou surgem em português do Brasil.
As ideias que se pretendem defender devem ser bem explicadas, após análise cuidada das informações recolhi-
das.
O desenvolvimento do trabalho deve apresentar ordenação, desenvolvendo-se em capítulos curtos ou em sub-
capítulos.
Na construção do texto deve apresentar-se a noção dos termos ou conceitos utilizados considerados funda-
mentais para o trabalho, devendo também privilegiar-se a utilização de frases afirmativas e curtas, procurando
expor apenas uma ideia por parágrafo construído.
Quando se utilizam vocábulos ou frases em língua estrangeira, estes devem surgir em «itálico». Os termos que
se quer evidenciar podem ser sublinhados ou destacados a «negrito».
Por vezes, há a tendência para se executar uma cópia do material que se pesquisou, mas tal desvirtua a qualidade
do trabalho, pelo que se deve proceder à leitura das fontes consultadas e tomar algumas notas, onde se registem
as principais ideias a reter. Depois, deve construir-se um texto, onde se exponham essas ideias, mas de forma
original.
Na realização desta etapa, pode recorrer-se à utilização de citações, ou seja, à transcrição integral ou parcial
de texto elaborado por outro autor. Estas devem surgir entre aspas, identificando-se o autor e a obra de onde
a informação citada foi recolhida. Normalmente a caracterização da citação surge em nota de rodapé, ou seja,
junto da citação, no corpo do texto aparece apenas um número ou uma letra, que conduz à nota que surge no
fundo da página. Esta nota deve ser o mais completa possível, referindo-se o nome do autor, o nome da obra,
o ano e o local de realização da mesma e a editora, bem como a página de onde foi retirada.
Se se utilizar mais do que uma nota do mesmo autor ou obra de forma seguida, utiliza-se a expressão Idem,
ibidem, referenciando-se a página da citação.
Se se fizer o trabalho utilizando suporte informático, como o Microsoft Word, pode inserir-se a nota de rodapé,
selecionando «referências».
Além do texto, um trabalho pode compreender imagens, mapas, gráficos e tabelas de dados; em Geografia,
considerada uma ciência da observação, tal procedimento deve ser privilegiado. Tudo isto tem de surgir de forma
claramente observável, havendo que referenciar a fonte de onde foi retirado (seguindo-se a ordem de construção
mencionada para a redação da nota de rodapé), bem como a elaboração de um título claro.

11.ª Etapa
Realizar a conclusão do trabalho. Esta deve corresponder a uma reflexão onde se exponham as principais
conclusões retiradas da execução do trabalho.

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Parte

4
Este espaço pode conter algumas opiniões e considerações do autor sobre a realização do trabalho, nomea­
damente as dificuldades que encontrou durante sua execução, bem como a apresentação de ideias para a rea-
lização de trabalhos posteriores ou de outras dimensões, mencionando-se questões que não foram abordadas,

Técnicas de trabalho em Geografia


mas que podem ter importância para o aprofundamento do tema.

12.ª Etapa
Organizar a bibliografia: esta corresponde à referência ordenada de todas as fontes consultadas para a realização
do trabalho, ordenando alfabeticamente os apelidos dos autores.
As fontes devem ser agrupadas tendo em conta a sua tipologia; ou seja, em primeiro lugar devem surgir as
referências bibliográficas, seguindo uma determinada ordem: primeiro as obras de referência (dicionários,
enciclopédias, …), depois a restante bibliografia geral e específica e, por último, os artigos de revistas e jornais.
Só depois é que se apresentam as referências a aplicações informáticas (software): primeiro as de referência
(dicionários, enciclopédias, …), depois as de âmbito geral e específico. Finalmente devem apresentar-se as refe-
rências que correspondem às consultas executadas na Internet, identificando o endereço consultado.
As referências devem respeitar determinadas regras consoante o tipo de documento consultado:

APELIDO do autor, Inicial ou nome do autor (data). Título. Subtítulo, volumes, edição,
local de edição, editora.
Nota 1: Quando há dois autores deve seguir-se o nome do segundo autor, escrito pela sua
Livro ordem natural.
Nota 2: Quando a obra apresenta mais do que dois autores deve colocar-se apenas a
referência ao nome do primeiro, seguido da expressão et al.
Nota 3: Pode colocar-se a data no final da referência, bem como as páginas consultadas.
APELIDO do autor, Inicial do nome & APELIDO do segundo autor, Inicial do nome (data: ano,
Artigo de revista mês). «Título do artigo», Nome da revista, n.º da revista, pág. inicial — pág. final do artigo.
Nota 1: Pode colocar-se a data no final da referência.
APELIDO do autor, Inicial do nome (data: ano, dia, mês). «Título do artigo», nome do jornal,
Artigo de jornal
páginas consultadas.
Artigo da Internet APELIDO do primeiro autor, Nome & APELIDO do segundo autor, Nome (data).
com referência a data «Título do artigo», URL:< endereço completo>.
Artigo da Internet APELIDO do primeiro autor, Nome & APELIDO do segundo autor, Nome (s.d.).
sem referência a data «Título do artigo», URL:< endereço completo>.

Quando não se conhece a editora da fonte, deve colocar-se no local correspondente a sigla [s.e.]; se se desco-
nhecer o local de elaboração da obra, deve escrever-se a sigla [s.l.]; se se desconhecer a data de elaboração, deve
inscrever-se a sigla [s.d.].

13.ª Etapa
Adicionar os anexos do trabalho. Neste espaço podem incluir-se documentos que se considerem pertinentes,
mas que não necessitem de estar no corpo do trabalho, como textos, mapas, gráficos, quadros, entre outros.
Os anexos devem ser numerados com numeração romana, sendo sempre legendados e referida a sua fonte.

14.ª Etapa
Imprimir o trabalho, caso este seja feito em suporte informático.
Deve ter-se em atenção se se possui tinteiros e papel suficientes para realizar a impressão. Se o trabalho for com-
posto por muitas páginas, não se deve imprimir de uma só vez, bem como não se deve deixar a impressora a
trabalhar sozinha, porque a impressão pode não decorrer com normalidade.

15.ª Etapa
Encadernar o trabalho, devendo esta etapa propiciar que o trabalho ganhe consistência e o seu conteúdo fique
protegido.

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Parte

4 Como se apresenta?
Há aspetos a ter em conta quando se pretende apresentar um trabalho escrito.
Técnicas de trabalho em Geografia

O trabalho deve ser escrito em folhas brancas, devendo constar apenas num dos lados.
Se se utilizar um suporte informático, deve ter-se em atenção a escolha do tipo e tamanho de letra, o espaçamento
entre linhas e margens, entre outros, de maneira que o aspeto do trabalho seja agradável.
Se o trabalho for manuscrito, deve utilizar-se um tipo de letra que seja perfeitamente legível.
As folhas devem ser todas numeradas da mesma forma: em cima ou em baixo, ao centro ou na margem direita.
As ilustrações que forem usadas devem ter qualidade suficiente para que sejam bem percetíveis.
Relativamente aos capítulos e subcapítulos, estes devem ser numerados e identificados segundo uma ordem e
um tipo de numeração.
No trabalho podem incluir-se cabeçalho e rodapé, onde se pode identificar as páginas do trabalho, o nome da
escola, o nome do trabalho, o nome dos autores ou da disciplina, ou a data.
Quando se utiliza um suporte informático como o Microsoft Word, podem inserir-se o cabeçalho e o rodapé,
selecionando-se «Inserir», depois «Cabeçalho» e de seguida «Rodapé», escrevendo a informação que se considere
pertinente.
Como já se referiu, a contagem das páginas deve executar-se a partir da página de rosto, mas só se deve incluir
o número na página da Introdução. O número da página pode surgir em qualquer canto da página, devendo,
quando se usa o Microsoft Word 2007, selecionar-se «Inserir» e depois «Número de página».
Se se preferir fazer uma apresentação em PowerPoint, devem colocar-se os seguintes diapositivos: um, onde
se apresentem os dados referenciados na capa, os diapositivos que correspondem ao desenvolvimento
devem conter pouca informação; no final, deve incluir-se uma ficha técnica onde se identifiquem os autores,
a disciplina, o nome do professor e da escola, a data de execução e os agradecimentos, caso sejam necessários.

Atividades

1 Prepara agora o teu trabalho escrito, tomando notas na tabela que se segue.

Título do trabalho

Fontes de pesquisa
Título do trabalho
consultadas

Título do etrabalho
Quadros tabelas

Título do trabalho
Imagens

Cartografia

Anexos

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Parte

ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS 4


Como analisar dados estatísticos?

Técnicas de trabalho em Geografia


NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Em Geografia, recolhem-se dados diversos que nos permitem caracterizar uma sociedade, a forma como se
distribui um fenómeno pelo território, entre outras informações que se considerem pertinentes, sendo depois
necessário organizar e tratar esses dados, para facilitar a análise do que se estuda.
Os dados podem ser recolhidos através da consulta de dados estatísticos, da realização de inquéritos ou entrevistas,
da recolha de informação em fontes diversas, como livros, Internet e meios de comunicação social, por exemplo.
As variáveis em estudo podem ser qualitativas ou quantitativas e, no caso destas últimas, podem ter um
carácter contínuo, quando se distribuem por um intervalo numérico continuado, ou descontínuo, quando ape-
nas se reportam a números inteiros.
Após a recolha da informação, deve seguir-se a sua organização, para que posteriormente se possa proceder
ao seu tratamento, pelo que há que ordenar os dados, construindo tabelas, onde se identifiquem o número
de ocorrências de cada valor que a variável em estudo pode apresentar, designando-se estas por tabelas de
ocorrência ou frequência.
Além do registo absoluto de ocorrências, pode também disponibilizar-se neste tipo de tabela informação sobre
o peso relativo de cada distribuição; para se calcular este valor basta dividir a frequência absoluta de um item
pelo valor total de ocorrências em análise.
Para que se compreenda melhor o que foi anteriormente exposto, tomemos como exemplo a recolha de infor-
mação, através da realização de um inquérito a uma turma de uma escola, sobre o número de quartos que
possui a habitação de cada elemento.
Os quinze alunos responderam: 2, 2, 2, 3, 4, 2, 2, 3, 5, 2, 3, 4, 3, 2, 3.
Número Frequência
A primeira etapa do trabalho deve corresponder ao agrupamento das frequências de assoalhadas absoluta
iguais, sendo que passaria a apresentar-se: 2, 2, 2, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 3, 3, 4, 4, 5.
2 7
A segunda etapa corresponde à construção de uma tabela, onde é apresen-
3 5
tado o número de vezes em que cada valor surge nas respostas dos alunos.
4 2
De seguida, pode então conhecer-se o peso de cada valor, tendo em conta
5 1
o universo de inquiridos, dividindo a frequência absoluta pelo total. O valor
das frequências acumuladas pode ser apresentado numa tabela. Total = 15

Números Números
Frequência
de Números
Frequência
de Números
Frequênciade Frequência
de assoalhadas assoalhadas
absoluta absoluta
assoalhadas
acumulada assoalhadas
relativa relativa acumulada
2 72 72 0,47 =2 47 % 0,47 = 47 %
3 53 12
3 0,33 =3 33 % 0,33 = 80 %
4 24 14
4 0,13 =4 13 % 0,13 = 93 %
5 15 15
5 0,07 5= 7 % 1,00 = 100 %
Total = 15 Total = 15 1,00 = 100 %

Este tipo de tabela já permite uma primeira análise dos dados obtidos no inquérito, tarefa que não era de fácil
realização quando os dados não estavam ainda ordenados.
Para a análise de dados estatísticos é, muitas vezes, importante conhecer o resultado mais frequente ou deter-
minar o valor médio do conjunto com que se trabalha, pelo que se podem também calcular diversas medidas
estatísticas, designadas por medidas de tendência central. As medidas mais utilizadas correspondem à moda,
à mediana e à média aritmética.

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Parte

4 Como se calculam medidas de tendência central?


1. Moda
Técnicas de trabalho em Geografia

A moda corresponde ao valor de uma frequência que regista mais ocorrências, dentro do universo. Se os dados
em análise estiverem agrupados em classes, por se tratar de um universo de variáveis contínuas, a moda vai
corresponder à classe que possui maior volume de ocorrências, designando-se esta por classe modal.
Quando existe apenas um valor que tem frequência superior num universo, este pode ser designado por
unimodal; se o universo apresentar duas modas, designa-se por bimodal; se apresentar mais do que duas,
denomina-se multimodal.
Se o analista dos dados quiser ser específico, no caso de estar a trabalhar com classes, e pretender determinar
o valor exato da moda, deve dividir o valor do intervalo da classe por dois, atribuindo ao resultado obtido a
designação de moda.
No exemplo fornecido temos como moda o valor 2, já que é o que apresenta maior frequência.

2. Mediana
A mediana corresponde ao ponto médio de distribuição de um universo, ou seja, equivale ao ponto que divide
o universo em duas partes iguais, ficando cinquenta por cento do universo para um lado e os outros cinquenta
por cento para o outro.
Se o universo analisado totalizar um número par, a mediana terá de ser calculada tendo em conta que vai corresponder
ao meio dos dois valores centrais; se o universo tiver um número ímpar, a mediana corresponde ao valor central.
Quando se trabalha com classes, a classe onde se situa o centro do universo designa-se por classe mediana. Se
o analista dos dados quiser ser específico, no caso de estar a trabalhar com classes e pretender determinar o valor
exato da mediana, deve dividir o valor do intervalo da classe por dois, atribuindo ao resultado obtido a designa-
ção de mediana.
No exemplo fornecido, como o universo corresponde ao valor ímpar de 15, a mediana situa-se no 3, deixando
sete registos para um lado e sete registos para o outro: 2, 2, 2, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 3, 3, 4, 4, 5
Se se analisar a tabela construída, a mediana situa-se no valor que ultrapassa os cinquenta por cento.

3. Média aritmética
O valor da média aritmética corresponde ao somatório de todos os dados a dividir pelo número que totaliza o
universo. É uma variável que geralmente se representa pela letra M ou pelo símbolo x.
No exemplo fornecido, é necessário somar 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 4 + 4 + 5 = 42. Divide-
-se por 15, correspondendo a média a 2,8.

Atividades

1 A
 professora de Geografia da turma do Pedro propôs aos alunos conhecerem o número de
retenções que os pais dos alunos da turma obtiveram ao longo da sua vida de estudo. Depois
de terem realizado um pequeno inquérito aos pais, obtiveram os seguintes resultados:
1.1 Constrói uma tabela onde introduzas os dados
Nível de ensino Mãe Pai
correspondentes às frequências absolutas acumuladas,
às frequências relativas e às frequências relativas 0 12 11
acumuladas. 1 6 7
1.2 Indica qual é a moda do universo estudado. 2 2 1

1.3 Calcula a média aritmética das retenções apresentadas 3 1 2


pelas mães e a apresentada pelos pais.
1.4 Calcula a mediana dos valores obtidos para as mães e a mediana das retenções dos pais.

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Parte

ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS 4


Como construir um gráfico linear ou de linhas?

Técnicas de trabalho em Geografia


NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade? EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL


POR CONTINENTES
O gráfico linear corresponde a uma construção simples, Milhões de pessoas

que se executa quando se pretende representar a varia- 5000


África
ção sequencial de um fenómeno, especialmente quando Ásia
se analisa a variação de uma ou mais variáveis ao longo 4000 Europa
América
do tempo. Utiliza um sistema de dois eixos, em que um Oceânia

representa a escala escolhida (absoluta ou percentual) e 3000

o outro a variável, normalmente temporal (por exemplo,


2000
anos ou meses, etc.).

Fonte: ONU
Este tipo de gráfico apresenta, no final da sua construção, 1000

uma ou mais linhas que facilitam a visualização da evo-


0
lução dos valores que representam. 1750 1800 1850 1900 1950 2000 2050
Anos

Material necessário para a sua construção Gráfico de linhas.


Conjunto de dados, papel milimétrico, lápis/lapiseira,
EVOLUÇÃO DO VALOR DE PRODUÇÃO
régua, borracha e lápis de cor ou marcadores.
DOS MINÉRIOS NÃO METÁLICOS
Milhões de euros
Etapas de construção 10

1.ª Etapa
8
Analisar os dados que se pretendem representar no
gráfico e definir a escala que se vai utilizar. Esta escolha 6
deve permitir uma leitura fácil do gráfico, quando este
esteja terminado, não devendo conduzir a que o eixo 4
respetivo fique muito pequeno ou muito grande.

Fonte: IGM
2
Se possível, deve usar-se uma escala que utilize um in-
tervalo regular de valores, já que esta situação facilita
0
a leitura. Se a situação atrás mencionada não for viável, 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
se o gráfico for muito grande ou desproporcionado, deve Anos
optar-se por uma das seguintes situações: executar- Gráfico de linhas.
-se um corte de escala ou uma variação exponencial da
variável. AUMENTO DA TEMPERATURA GLOBAL DO PLANETA
ºC
Também se deve ter em conta que os dados po­dem 0,8

apresentar valores negativos, sendo que, quando estes


surgem, o valor zero deve estar alinhado com o eixo 0,4
horizontal, mas tal não é regra obrigatória, podendo o
autor do gráfico entender que ambos os eixos começam 0
no mesmo ponto.
Se o autor optar pela última hipótese acima mencionada,
Fonte: IPCC

– 0,4
pode também desenhar uma linha que permita a distin-
ção clara entre valores positivos ou negativos, através do –0,8
desenho de uma linha identificativa ou do preenchimento 1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000
do espaço do gráfico a diferentes cores. Anos
Gráfico com valores negativos.

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Parte

4
Neste tipo de gráfico, o eixo horizontal serve normalmente para representar o intervalo temporal em estudo,
enquanto o eixo vertical reserva-se para a escala de variação de dados escolhida.
Técnicas de trabalho em Geografia

2.ª Etapa
Traçar os dois eixos (horizontal e vertical) no papel milimétrico, tendo o cuidado de deixar uma margem de um
ou mais centímetros, para se escreverem os valores de cada eixo. Cada linha desenhada deve apresentar algum(uns)
centímetro(s) a mais do que o necessário, em termos de escala, quando se pretenda escrever no topo a unidade
da variável representada.
Esta tarefa deve ser executada a lápis, utilizando-se a régua.

3.ª Etapa
Escrever na parte exterior de cada eixo a informação que permite a sua leitura (escala definida e variável estudada).
Esta tarefa deve executar-se a lápis.

4.ª Etapa
Escrever no topo ou ao longo de cada um dos eixos, a informação que faculta a leitura do gráfico e a unidade
utilizada, quando esta é importante para a leitura do gráfico. A tarefa deve ser feita inicialmente a lápis.

5.ª Etapa
Marcar um ponto referente a cada dado, respeitando a escala estabelecida, colocando-o na vertical em relação
à escala do eixo horizontal. Esta tarefa deve ser executada a lápis.

6.ª Etapa
Unir os pontos marcados, desenhando uma linha. A tarefa deve ser executada a lápis, podendo recorrer-se ao
auxílio de uma régua, se o autor entender ser mais correto.
A linha desenhada apenas se deve unir ao eixo vertical se o eixo horizontal se iniciar no 0.
Nota: Repetir a 5.ª e a 6.ª etapas para a representação de todas as variáveis que se pretenda incluir no gráfico.

7.ª Etapa
Passar a tinta em todo o gráfico, com a ajuda da régua (eixos, valores e linha).
Quando se representa mais do que uma variável, as linhas obtidas devem ser executadas utilizando-se diferentes
cores, que devem ser escolhidas para que se proporcione uma leitura simples do gráfico.

8.ª Etapa
Colocar, em área visível, o título do gráfico. Este deve identificar claramente o assunto que se representa, assim
como a área geográfica a que se reporta e a data a que se referem os dados utilizados.

9.ª Etapa
Mencionar a fonte utilizada, da forma mais completa possível, devendo incluir-se a referência ao trabalho de onde
foram extraídos os dados, o seu autor, a data e o local de elaboração do mesmo.

10.ª Etapa
No final, deve construir-se uma legenda onde se identifique claramente o significado de cada cor (quando se
representa mais do que uma variável).

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Parte

4
EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA POPULAÇÃO ATIVA EM PORTUGAL ENTRE 1950 E 2001 Etapa 8
Etapa 4 %
60

Etapa 6

Técnicas de trabalho em Geografia


Etapa 3 50
Terciário
40

30 Secundário
Etapa 7
20

10 Primário
Etapa 2
0
1950 1960 1970 1981 1991 2001 Anos

Fases de elaboração de um gráfico de linhas. Fonte: INE, 2002 Etapa 9

Como se analisa e interpreta o gráfico?


A primeira etapa da análise do gráfico corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
Depois, quando se analisa o comportamento de um fenómeno segundo uma variável temporal, é possível
verificar a(s) tendência(s) evolutiva do mesmo, distinguindo os períodos de aumento, diminuição e estabilização.
Para que a interpretação seja completa, deve executar-se primeiro uma leitura mais geral e, depois, outra mais
específica, onde se descrevem os pormenores considerados mais relevantes, como picos de evolução.

Atividades

1 Atenta nos dados referentes à rede ferroviária existente em Portugal, entre 1990 e 2006.

EXTENSÃO DA REDE FERROVIÁRIA NACIONAL (KM)


Anos Total Eletrificada Dupla Larga
1990 3126 458 424 2730
1991 3117 462 429 2724
1992 3054 462 429 2741
1993 3063 461 451 2759
1994 3070 461 451 2767
1995 3065 522 408 2762
1996 3071 614 431 2768
1997 3038 731 431 2764
1998 2794 873 465 2580
1999 2814 901 464 2599
2000 2814 904 497 2599
2001 2814 905 497 2599
2002 2801 1047 520 2613
2003 2818 1076 522 2630
2004 2836 1359 607 2648
2005 2839 1436 607 2647
Portugal 2839 1436 607 2647

1.1 Constrói um gráfico linear com os dados acima expostos.


1.2 Indica as conclusões que podes retirar da leitura do gráfico que elaboraste.

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Parte

4 ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS


Como construir um gráfico de barras simples?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ATIVOS
Este tipo de gráfico de barras corresponde a uma cons- % NA AGRICULTURA EM PORTUGAL
trução simples, que se executa quando se pretende esta- 40

belecer uma comparação entre valores. Utiliza um sistema 33,9

de dois eixos, em que um representa a escala escolhida 30 28,5

(absoluta ou percentual) e o outro, as variáveis utilizadas. 23,8

Este tipo de gráfico apresenta, no final da sua cons­trução, 20 17,9

um conjunto de barras que têm de ser pro­porcionais aos

Fonte: INE, 2007


13
12
valores que representam, variando o seu comprimento, 10
11,5

mas mantendo sempre a mesma largura.

Material necessário para a sua construção 0


1975 1980 1985 1990 1995 2000 2006
Anos
Conjunto de dados, papel milimétrico, lápis/lapiseira, régua, Gráfico de barras simples.
borracha e lápis de cor ou marcadores.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretendem representar e definir a escala a utilizar. Esta escolha deve permitir uma leitura
fácil do gráfico, não devendo conduzir a que o eixo respetivo fique muito pequeno ou muito grande.
Se a situação atrás mencionada não for viável, pelo facto de o gráfico ficar muito grande e/ou desproporcionado,
deve optar-se por um corte de escala ou uma variação exponencial da variável.
2.ª Etapa
Escolher o eixo onde fica representada a escala de variação dos dados e o que representa a variável em estudo,
decidindo se as barras são na vertical ou na horizontal.
3.ª Etapa
Traçar os dois eixos (horizontal e vertical) no papel milimétrico, tendo o cuidado de deixar uma margem de um
ou mais centímetros, para que se possam escrever os dados e a variável de cada eixo. O autor do gráfico deve
também decidir se as barras devem surgir unidas umas às outras ou se deve existir um intervalo entre as mesmas.
Esta tarefa deve ser executada a lápis, com a utilização da régua.
4.ª Etapa
Escrever na parte exterior de cada eixo a informação que permite a sua leitura (escala definida e variável estudada)
e a unidade utilizada, quando se entenda que tal é crucial para a leitura do gráfico. Esta tarefa deve começar por
ser executada a lápis.
5.ª Etapa
Traçar o limite superior de cada barra, respeitando a escala estabelecida e a largura definida para cada barra. Esta
tarefa deve ser executada a lápis.
6.ª Etapa
Concluir a construção das barras, unindo o limite superior ao eixo horizontal, respeitando a largura estabelecida.
Esta tarefa deve ser executada a lápis, com o auxílio de uma régua.

222 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

564538 201-262.indd 222 04/03/15 18:06


Parte

4
EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO
POR SETORES DE ATIVIDADE NOS PAÍSES Etapa 8
DE ELEVADO DESENVOLVIMENTO
Etapa 4 %

Técnicas de trabalho em Geografia


100

90 Primário
Secundário
Etapa 4 80
Terciário
70

60

50
Etapa 6
40

30

Fonte: INE
20
Etapa 3 10
Etapa 9
0
1900 2000 Anos

Etapas de elaboração de um gráfico de barras onde se representam três variáveis.

7.ª Etapa
Passar a marcador todo o gráfico, com a ajuda da régua (eixos, valores e barras) e pintar as barras a uma cor. Esta
tarefa não é obrigatória, mas permite que a leitura do gráfico se efetue mais facilmente.

8.ª Etapa
Colocar, em área visível, o título do gráfico. Este deve identificar claramente o assunto que se representa no grá-
fico, assim como a área geográfica a que se reporta e a data a que se referem os dados utilizados.

9.ª Etapa
Referir a fonte utilizada. Esta deve ser o mais completa possível, incluindo o nome do trabalho de onde foram
extraídos os dados, o seu autor, a data e o local de elaboração do mesmo.

Como se analisa e interpreta o gráfico?


A primeira etapa da análise do gráfico corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
Depois, quando se analisa o comportamento de um fenómeno segundo uma variável temporal, é possível veri-
ficar a(s) tendência(s) evolutiva(s) do mesmo, distinguindo os períodos de aumento, diminuição e estabilização.
Se se tratar de um gráfico que representa a distribuição de um facto por diversos espaços geográficos, devem
comparar-se os valores que cada espaço apresenta, podendo criar-se grupos de espaços, consoante o apresentado.
Para que a interpretação seja completa, deve executar-se primeiro uma leitura mais geral e, depois, outra mais
específica, onde se descrevem os pormenores que se consideram mais relevantes.

Atividades
TAXA BRUTA DE MORTALIDADE (‰)
EM 2006, POR LOCAL DE RESIDÊNCIA
1 A
 tenta nos valores de taxa de mortalidade
Local de residência ‰
que se registaram em Portugal, no ano
de 2006. Portugal 9,6
Continente 9,6
Fonte: INE, Indicadores Demográficos
Quadro obtido em http://www.ine.pt

1.1 Constrói um gráfico de barras simples que


ilustre a distribuição da taxa de mortalidade Norte 8,3
pelas áreas apresentadas no quadro. Centro 11,0

1.2 Indica as conclusões que podes retirar Lisboa 9,0


da leitura do gráfico que elaboraste. Alentejo 13,0
Algarve 10,9
Região Autónoma dos Açores 9,6
Região Autónoma da Madeira 10,6

GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana 223

564538 201-262.indd 223 04/03/15 18:06


Parte

4 ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS


Como construir um gráfico de barras compostas?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ATIVA
Este tipo de gráfico de barras corresponde a uma cons- EM PORTUGAL, DE 1950 A 2007
%
trução simples, que se executa quando se pretende esta- 100

belecer comparação entre valores. Utiliza um sistema


de dois eixos, em que um representa a escala escolhida 80

(absoluta ou percentual) e o outro, as variáveis utilizadas.


60

Este tipo de gráfico permite representar diversas variáveis


ao mesmo tempo, visualizando-se o valor total por variá- 40

Fonte: INE, 2007


vel temporal ou espacial, bem como a distribuição das
20
outras variáveis em análise pelo total.
0
Material necessário para a sua construção 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2006 2007
Anos

Setor primário Setor secundário Setor terciário


Conjunto de dados, papel milimétrico, lápis/lapiseira, régua,
borracha e lápis de cor ou marcadores. Gráfico de barras compostas.

Etapas a seguir para a sua construção


Este tipo de gráfico pode ter duas apresentações. Na primeira, todas as barras têm a mesma altura. Esta opção
toma-se quando se pretende representar a distribuição percentual de diferentes variáveis, normalmente em
espaços geográficos diferenciados. A outra opção, ilustrada no exemplo em baixo, com barras de diferentes
dimensões, é utilizada quando se pretende representar valores absolutos.
Constrói-se da mesma forma que o gráfico de barra simples, mas deve ter-se em linha de conta que o tamanho
do eixo onde se representa a escala deve possuir uma dimensão que permita a construção de uma barra que
fique com o comprimento do quantitativo total.
Quando se representa um número significativo de variáveis, deve optar-se pela utilização de cores bastante
distintas, opção que facilita a análise do gráfico.
No final, deve construir-se uma legenda, onde se identifique claramente o significado de cada cor.
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FAMÍLIAS, SEGUNDO A SUA DIMENSÃO, Etapa 8
EM PORTUGAL, EM 2001
Anos Etapa 1

Etapa 4 2001 Etapa 6

1991 Etapa 7

1981 Etapa 5
Fonte: INE, 2002

1970

1960 Etapa 9

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000


Etapa 3 Milhares Etapa 2
1 indivíduo 2 indivíduos 3 a 5 indivíduos mais de 5 indivíduos

Fases de construção de um gráfico de barras compostas.

224 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

564538 201-262.indd 224 04/03/15 18:06


Parte

Como se analisa e interpreta o gráfico?


A primeira etapa da análise do gráfico corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
4

Técnicas de trabalho em Geografia


Depois, quando se analisa o comportamento de um fenómeno segundo uma variável temporal, é possível veri-
ficar a(s) tendência(s) evolutiva(s) do mesmo, distinguindo os períodos de aumento, diminuição e estabilização.
Se se tratar de um gráfico que representa a distribuição de um facto por diversos espaços geográficos, devem
ser comparados os valores que cada espaço apresenta, podendo criar-se grupos de espaços, consoante o
apresentado. Neste tipo de gráfico, deve proceder-se a uma análise evolutiva das barras (pela observação
do tamanho total das mesmas) e à análise comparativa das diferentes variáveis representadas em cada barra
(observando os valores apresentados para cada cor em cada barra).
Para que a interpretação seja completa, deve executar-se primeiro uma leitura mais geral e, depois, outra mais
específica, onde se descrevem os pormenores que se consideram mais relevantes.

Atividades

1 Atenta nos valores de população residente que se registaram em Portugal, em 2006.

POPULAÇÃO RESIDENTE (N.o) EM 2006 POR LOCAL DE RESIDÊNCIA, SEXO E GRUPO ETÁRIO
(POR CICLOS DE VIDA)
Portugal Continente Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira
Total 10 599 095 10 110 271 3 744 341 2 385 891 2 794 226 764 285 421 528 243 018 245 806
0 a 14 anos 1 637 637 1 546 450 603 704 338 852 438 501 102 042 63 351 46 904 44 283
15 a 24 anos 1 265 531 1 191 875 482 896 280 046 297 759 84 564 46 610 38 007 35 649
25 a 64 anos 5 867 310 5 605 801 2 094 235 1 284 670 1 592 020 402 618 232 258 127 909 133 600
65 e + anos 1 828 617 1 766 145 563 506 482 323 465 946 175 061 79 309 30 198 32 274
Fonte: http://www.ine.pt

1.1 Constrói um gráfico de barras compostas que ilustre a distribuição população por idades pelas áreas
apresentadas no quadro (0 aos 14; 15 aos 24; 25 aos 64 e 65 e mais anos).
1.2 Indica as conclusões que podes retirar da leitura do gráfico que elaboraste.

2 A
 tenta nos dados referentes ao tipo de atividade desenvolvida pelas ONG ambientais
em Portugal, em 2005.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM 2005 PELAS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS DE AMBIENTE


(N.o) POR LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA (NUTS — 2002) E DOMÍNIOS DE AMBIENTE
desenvolvimento

Outras atividades
ruído e vibrações
recuperação dos

Proteção contra
solos, de águas
águas residuais

biodiversidade
e da paisagem

Investigação e
e superficiais

do ambiente
subterrâneas

Localização
de proteção
Proteção do

Proteção de

Proteção da
Proteção e
Gestão de

Gestão de

radiações
ar e clima

geográfica
resíduos
Total

Portugal 4583 191 78 230 233 6 1284 21 232 2308


Continente 4378 191 77 228 221 6 1193 21 209 2232
R. A. dos Açores 158 0 1 2 0 0 61 0 23 71
R. A. da Madeira 47,0 0 0 0 12 0 30 0 0 5
Quadro obtido em http://www.ine.pt

2.1 Constrói um gráfico de barras compostas que ilustre o tipo de ONG ambientais existentes nas áreas
apresentadas no quadro.
2.2 Indica as conclusões que podes retirar da leitura do gráfico que elaboraste.

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Parte

4 ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS


Como construir uma pirâmide etária?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


PIRÂMIDE ETÁRIA DE PORTUGAL, EM 1930
A pirâmide etária corresponde a uma representação gráfica da estrutura Idades
etária de uma população. Corresponde à representação em dois his- + 85
80 - 84
togramas, que são associados e, por isso, utiliza um sistema de dois 75 - 79
70 - 74
eixos, representando o horizontal a escala escolhida (absoluta ou per- Homens 65 - 69
60 - 64
Mulheres

centual), e o outro, as classes etárias (que correspondem ao intervalo 55 - 59


50 - 54
de cinco anos de idade. Exemplo: dos 0 aos 4; dos 5 aos 9, etc.). 45 - 49
40 - 44
35 - 39
30 - 34
Este tipo de gráfico apresenta, no final da sua construção, um conjunto 25 - 29
20 - 24
de barras que têm de ser proporcionais aos valores que representam, 15 - 19
10 - 14
com variações no seu comprimento, mas sempre com a mesma largura. 5-9
0-4
400 300 200 100 0 0 100 200 300 400

Material necessário para a sua construção População (milhares)


Jovens Adultos Idosos
Conjunto de dados, papel milimétrico, lápis/lapiseira, régua, borracha
Pirâmide etária de Portugal, em 1930.
e lápis de cor ou marcadores.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretendem representar no gráfico e definir a escala que se vai utilizar. Esta escolha deve
permitir uma leitura fácil do gráfico, quando este esteja terminado, não devendo conduzir a que o eixo respetivo
fique muito pequeno ou muito grande. No caso da pirâmide etária, deve ter-se em linha de conta que os eixos
verticais devem apresentar 0,5 cm para cada classe etária.

2.ª Etapa
Traçar o eixo horizontal no papel milimétrico, tendo o cuidado de deixar uma margem de um ou mais centímetros,
para que se possam escrever os dados do eixo. A linha desenhada deve apresentar alguns centímetros a mais do
que o necessário, quando se pretenda escrever no topo a unidade da variável representada. Esta linha deve ter uma
dimensão que permita servir de base à pirâmide. Esta tarefa deve ser executada a lápis, com o auxílio da régua.

3.ª Etapa
Traçar os dois eixos verticais no papel milimétrico, que devem encontrar-se distantes um a dois centímetros um
do outro e no centro do eixo horizontal.
As linhas desenhadas devem apresentar algum(uns) centímetro(s) a mais do que o necessário, quando se pretende
escrever no topo a palavra «Idades». Estas linhas têm de ter uma dimensão que permita representar as classes etárias,
devendo estar espaçadas 0,5 cm umas das outras. Esta tarefa deve ser executada a lápis, com o auxílio da régua.

4.ª Etapa
Escrever na parte exterior dos eixos horizontais a informação que permite a sua leitura (escala definida, sendo
que para a direita vão representar-se os valores das mulheres, e para a esquerda se representarão os valores dos
homens). Esta tarefa deve começar por ser executada a lápis.

5.ª Etapa
Escrever entre os eixos verticais os valores das classes etárias. No topo pode escrever-se a designação «Idades».
Esta tarefa deve começar por ser executada a lápis.

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Parte

4
6.ª Etapa
Escrever no topo de cada um dos eixos ou ao longo da informação que facilita a leitura do gráfico a unidade
utilizada, quando se entenda que tal é crucial para a leitura do gráfico. A tarefa deve ser feita inicialmente a lápis.

Técnicas de trabalho em Geografia


7.ª Etapa
Traçar o limite superior de cada barra, respeitando a escala estabelecida e a largura definida para cada barra
(0,5 cm). Não esquecer que a pirâmide etária corresponde a um gráfico de barras horizontais. Esta tarefa deve ser
executada a lápis.

8.ª Etapa
Concluir a construção das barras, unindo o limite superior ao eixo vertical, respeitando a largura estabelecida.
A tarefa deve ser executada a lápis, com o auxílio de uma régua.

9.ª Etapa
Passar a marcador todo o gráfico, com a ajuda da régua (eixos, valores e barras). As designações «Homens»
e «Mulheres» devem ser inscritas no respetivo lado do gráfico; no entanto, tal pode ser colocado onde se torne
visível, dependendo do desenho das barras da pirâmide.

10.ª Etapa
Pintar as barras a uma ou mais cores. Esta tarefa não é obrigatória, mas permite que a leitura do gráfico seja
mais facilmente efetuada. Pode optar-se por duas cores, fazendo a distinção entre Homens e Mulheres, ou três
cores, de forma a distinguir os grupos etários (dos 0 aos 14 anos — os Jovens; dos 15 aos 64 anos — os Adultos;
dos 65 em diante — os Idosos).

11.ª Etapa
Colocar, em área visível, o título do gráfico. Este deve identificar claramente o assunto que se representa no grá-
fico, assim como a área geográfica a que se reporta e a data a que se referem os dados utilizados.

12.ª Etapa
Referir a fonte utilizada, da forma mais completa possível, incluindo o nome do trabalho de onde foram extraídos
os dados, o seu autor, a data e o local de elaboração do mesmo.

13.ª Etapa
No final deve construir-se uma legenda onde se identifique claramente o significado de cada cor (quando se
utiliza mais do que uma cor).

PIRÂMIDE ETÁRIA DE PORTUGAL EM 2001 Etapa 11


Idades
+ 100
95 - 99
90 - 94
Etapa 3
Etapa 5 85 - 89
80 - 84
75 - 79
Etapa 7 70 - 74
65 - 69
Homens
60 - 64
Mulheres Etapa 9
55 - 59
50 - 54
45 - 49
40 - 44
Etapa 10 35 - 39
30 - 34
25 - 29
20 - 24
Fonte: INE

15 - 19
10 - 14
Etapa 12
Etapa 1 5-9
0-4

Etapa 4 500 400 300 200 100 0 0 100 200 300 400 500

População (milhares)
Etapa 2
Jovens Adultos Idosos Etapa 13
Pirâmide etária — fases de elaboração.

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Parte

4 Como se analisa e interpreta o gráfico?


A pirâmide etária facilita a análise da estrutura etária de uma população, permitindo compreender a distribuição
da população por classes e grupos etários, bem como por sexos.
Técnicas de trabalho em Geografia

Para se proceder à análise da composição de uma população num dado momento, deve executar-se uma primeira
análise, atentando nas características da própria pirâmide, analisando a base (se é estreita ou larga), o topo (se é
largo ou estreito, quando comparado com a base) e a diferença entre sexos.
Depois, deve partir-se para uma análise mais pormenorizada, procurando explicações demográficas para as
diferentes características, nomeadamente:
• taxa de Natalidade e Taxa de Fecundidade, que se analisa em função do formato da base: se é estreita, tal
significa que estas taxas são baixas; se é larga, que as mesmas são elevadas;
• esperança Média de Vida e Taxa de Mortalidade, que se analisa tendo em conta o formato do topo: se este
é estreito, o valor da primeira é baixo, enquanto o valor da segunda é elevado; se ele é largo é porque o valor
da primeira é elevado e o valor da segunda é baixo;
• taxa de Crescimento Natural, que se analisa estabelecendo a proporção entre a base e o topo da pirâmide:
se a primeira for muito superior significa que a taxa em causa é elevada, se o topo for superior à base esta taxa
será baixa;
• acontecimentos com consequências maioritariamente demográficas (movimentos migratórios, guerras e
epidemias), que são observáveis pela existência de classe(s) oca(s) (classe que apresenta menor quantitativo
populacional do que a que lhe é imediatamente superior).
Classificar a pirâmide quanto ao seu tipo: pirâmide de população jovem, adulta, idosa ou rejuvenescente.

Atividades

1 A
 tenta nos valores de população DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE
residente, por sexos e idades, que se MASCULINA E FEMININA (%) EM PORTUGAL,
registaram em Portugal, em 2005. POR GRUPO ETÁRIO, EM 2005
Grupo etário Masculino Feminino
1.1 Constrói uma pirâmide de idades com
os dados presentes no quadro. Total 100,0 100,0
0-4 anos 5,6 4,9
1.2 Indica as conclusões que podes retirar
da leitura da pirâmide que elaboraste. 5-9 anos 5,4 4,8
10-14 anos 5,5 4,9
15-19 anos 5,9 5,3
20-24 anos 7,0 6,3
25-29 anos 8,0 7,4
30-34 anos 8,2 7,6
35-39 anos 7,6 7,2
40-44 anos 7,6 7,3
Fonte: INE, Estimativas da População Residente

45-49 anos 7,0 6,8


50-54 anos 6,5 6,5
Quadro obtido em http://www.ine.pt

55-59 anos 5,9 6,1


60-64 anos 5,1 5,5
65-69 anos 4,7 5,3
70-74 anos 4,2 5,0
75-79 anos 3,0 4,1
80-84 anos 1,9 2,9
85 e + anos 1,0 2,0

228 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS 4


Como construir um gráfico termopluviométrico?

Técnicas de trabalho em Geografia


NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


ÉVORA
O gráfico termopluviométrico corresponde a uma construção (Lat. 41°N; Long. 2°O; Alt. 12 m)
onde se representam duas variáveis simultaneamente (os valores T(°C) P(mm)
90
de precipitação total e de temperatura média mensais, registados
80
ao longo de um ano numa determinada estação meteorológica).
70

Fonte: Instituto de Meteorologia


Utiliza um sistema de três eixos, em que dois representam as
escalas escolhidas (um correspondente à precipitação e outro à 60
temperatura) e o outro, a variável temporal utilizada (meses). 25 50
20 40
Este tipo de gráfico apresenta, no final da sua construção, um
conjunto de barras que têm de ter comprimentos proporcionais 15 30
aos valores que representam, mas sempre com a mesma largura 10 20
e uma linha. 5 10
0 0
J F M A M J J A S O N D
Material necessário para a sua construção Meses
Precipitação Temperatura
Conjunto de dados, papel milimétrico, lápis/lapiseira, régua, bor-
racha e lápis de cor ou marcadores. Gráfico termopluviométrico.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretendem representar no gráfico e definir a escala que se vai utilizar. Esta escolha deve
permitir uma leitura fácil do gráfico, quando este esteja terminado, não devendo conduzir a que os eixos res­
petivos fiquem muito pequenos ou muito grandes.
Neste gráfico, o eixo que se reporta aos valores de temperatura deve apresentar uma escala de 1 cm para cada
10 °C, enquanto o eixo da precipitação deve respeitar a escala de 1 cm para cada 20 °C; não se pode utilizar uma
escala que altere a proporção de precipitação igual a duas vezes a temperatura.

2.ª Etapa
Traçar o eixo horizontal no papel milimétrico, onde ficam representados os meses, devendo respeitar-se a escala
de 0,5 cm para cada mês do ano, pelo que este segmento de reta deverá ter 6 cm, tendo o cuidado de se deixar
uma margem de um ou mais centímetros, para que se possam escrever os dados. Esta tarefa deve ser executada
a lápis, com a utilização da régua.

3.ª Etapa
Traçar os dois eixos verticais no papel milimétrico (do lado direito respeitante à precipitação, e do lado esquer-
do, à temperatura), tendo o cuidado de deixar uma margem de um ou mais centímetros, para que se possam
escrever os dados de cada eixo. Cada linha desenhada deve apresentar alguns centímetros a mais do que
o necessário, quando se pretende escrever no topo a unidade da variável representada. Esta tarefa deve ser
executada a lápis, com a utilização da régua. Se a temperatura apresentar valores negativos, deve efetuar-se
um prolongamento do eixo, abaixo do eixo horizontal.

4.ª Etapa
Escrever na parte exterior de cada eixo a informação que permite a sua leitura (escala definida e variável estudada)
e a unidade utilizada. Esta tarefa deve começar por ser executada a lápis.

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Parte

4
5.ª Etapa
Traçar o limite superior de cada barra, respeitando a escala estabelecida e a largura definida para cada barra. Esta
tarefa deve ser executada a lápis.
Técnicas de trabalho em Geografia

6.ª Etapa
Concluir a construção das barras, unindo o limite superior ao eixo horizontal, respeitando a largura estabelecida,
ou seja, 0,5 cm. A tarefa deve ser executada a lápis, com o auxílio de uma régua.

7.ª Etapa
Marcar um ponto referente a cada valor de temperatura média mensal, respeitando a escala estabelecida,
colocando-o na vertical em relação à escala do eixo horizontal, no centro do espaço destinado ao mês. Esta
tarefa deve ser executada a lápis.

8.ª Etapa
Unir os ponto marcados, desenhando uma linha. A tarefa deve ser executada a lápis, podendo recorrer-se
ao auxílio de uma régua, se o autor entender ser mais correto. A linha desenhada não deve ser unida aos eixos
verticais.
Repetir a 7.ª e a 8.ª etapas para a representação de todos os valores de temperatura que se devem incluir
no gráfico.

9.ª Etapa
Passar a marcador todo o gráfico, com a ajuda da régua (eixos, valores e barras) e pintar as barras a cor azul e a
linha a cor vermelha.

10.ª Etapa
Colocar, em área visível, o título do gráfico. Este deve identificar claramente o nome da estação meteorológica
a que se reporta e as coordenadas geográficas do local.

11.ª Etapa
Referir a fonte utilizada, da forma mais completa possível.

12.ª Etapa
No final, deve construir-se uma legenda identificando claramente o significado de cada cor.
PORTO Etapa 12
T ˚C (Lat. 41° 08’ N; Alt. 95 m) P mm Etapa 5
180

Etapa 5 160

70 140 Etapa 1

Etapa 6 60 120
Fonte: Instituto de Meteorologia

50 100

40 80
Etapa 3
30 60

20 40
Etapa 11
Etapa 9 10 20

0 0
J F M A M J J A S O N D Etapa 2
Meses
Etapas 7 e 8 Precipitação Temperatura Etapa 12
Gráfico termopluviométrico — etapas de elaboração.

230 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

Como se analisa e interpreta o gráfico?


A primeira etapa da análise do gráfico corresponde à identificação da estação meteorológica representada, a sua
4
localização geográfica e o ano de observação dos dados.

Técnicas de trabalho em Geografia


Depois, deve analisar-se a forma como varia a temperatura ao longo do ano, distinguindo os períodos de aumento,
diminuição e estabilização, bem como os valores mais elevados e reduzidos, que permitem determinar a ampli-
tude térmica anual.
De seguida deve proceder-se à análise dos valores de precipitação distinguindo os períodos de aumento, dimi-
nuição e estabilização, bem como os valores mais elevados e reduzidos, que permitem determinar o valor de
precipitação total anual.
Outra etapa de análise do gráfico corresponde à identificação dos meses secos existentes no gráfico, ou seja,
quando a barra da precipitação se encontre abaixo da linha da temperatura, podendo identificar-se as estações
húmida e seca, caso tal se verifique.
Pode proceder-se a uma caracterização das estações do ano e, por fim, identificar o tipo de clima representado.
Para tal, devem recordar-se os tipos de climas existentes a nível mundial e a sua distribuição geográfica.
180° 150° 120° 90° 60° 30° 0° 30° 60° 90° 120° 150° 180°

O
OCEANO GLACIAL ÁRTIC
Círcu
lo Pol
ar Árt
60° c tico

OCEANO
40°
40°

PA C Í F I C O
OCEANO
OCEANO Trópico de Câncer
20°
20°
PA C Í F I C O

Equador 0°
Climas quentes
Equatorial
Tropical húmido
Tropical seco OCEANO 20°
Desértico
AT L Â N T I C O ÍNDICO Trópico de Capricórnio
Climas temperados
Tipo chinês
Mediterrânico
Continental 40°
Marítimo

Climas frios
Subpolar
0 4000 km
Polar
rtico
Alta montanha P olar Antá
Círculo 60°
120° 90° 60° 30° 0° 30° 60° 90° 120° 150° 180°

A distribuição dos climas a nível mundial.

Atividades

1 Observa a distribuição dos valores de temperatura e precipitação ao longo do ano em Dacar.

J F M A M J J A S O N D
Dacar T°C 20,5 20,0 20,2 21,1 21,7 25,0 27,3 27,8 28,3 27,0 23,1 21,2
Lat. 15°N Pmm 0,5 1 0 0 1 16 81 245 146 42 3 3

1.1 Constrói o gráfico termopluviométrico respetivo.


1.2 Interpreta o gráfico que elaboraste.
1.3 Identifica o clima que o gráfico representa.

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564538 201-262.indd 231 04/03/15 18:06


Parte

4 ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS


Como construir um gráfico de áreas?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS ETÁRIOS NA EUROPA
O gráfico de áreas corresponde a um
800
gráfico de linhas mais complexo, que se

Fonte: Diário de Notícias, 22/09/99


Idades
700 (em anos)
executa quando se pretende compreen-

Milhões de pessoas
600 0–4
der o peso que cada variável apresenta 500 15 – 24
em relação ao total, em determinado 400 25 – 64
intervalo temporal. Utiliza um sistema de 300 65 – 79
dois eixos, em que um representa a escala 200 mais de 80
escolhida (absoluta ou percentual) e o 100
outro, a variável temporal utilizada. 0

00

10

20

30

40

50
60

70

80

90
50

Este tipo de gráfico apresenta, no final da

20

20

20

20

20

20
19

19

19

19
19

Anos
sua construção, um conjunto de áreas
Gráfico de áreas.
que têm de ser proporcionais aos valores
que representam.

Material necessário para a sua construção


Conjunto de dados, papel milimétrico, lápis/lapiseira, régua, borracha e lápis de cor ou marcadores.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Analisar os dados a representar no gráfico e definir a escala a utilizar. Esta escolha deve permitir uma leitura fácil
do gráfico, não devendo conduzir a que o eixo respetivo fique muito pequeno ou muito grande.

2.ª Etapa
Para uma leitura mais fácil, podem determinar-se os valores percentuais de cada valor, caso estes se apresentem
em valores absolutos. Para executar este cálculo deve utilizar-se a fórmula matemática que permite estabelecer
a proporção relativamente ao valor 100:
Valor de cada variável  ×  100
û = 
Valor total

3.ª Etapa
Traçar os eixos horizontal e vertical. Normalmente, o eixo horizontal destina-se à variável temporal, enquanto o
vertical se destina aos dados a representar. Esta tarefa deve ser executada a lápis, com a utilização da régua.

4.ª Etapa
Escrever na parte exterior de cada eixo a informação que permite a sua leitura (escala definida e variável estudada)
e a unidade utilizada. A variável temporal, normalmente representada no eixo horizontal, deve iniciar-se na inter-
seção desse eixo com o eixo vertical. Esta tarefa deve começar por ser executada a lápis.

5.ª Etapa
Marcar um ponto referente a cada dado, colocando-o na vertical em relação à escala do eixo horizontal. Começar
por marcar o ponto de valor mais baixo. Esta tarefa deve ser executada a lápis.

232 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

564538 201-262.indd 232 04/03/15 18:06


Parte

4
6.ª Etapa
DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS ETÁRIOS
Unir os pontos marcados, desenhando Etapa 3 NA EUROPA DESDE 1950 Etapa 8
uma linha. A tarefa deve ser executada

Técnicas de trabalho em Geografia


E PREVISÃO ATÉ 2050
a lápis, podendo recorrer-se ao auxílio 800

Fonte: Diário de Notícias, 22/09/99


de uma régua, se o autor entender ser 700
mais correto. A linha desenhada deve 600

Milhões de pessoas
Etapas 5 e 6
unir-se ao eixo vertical. Repetir a 5.ª e 500
a 6.ª etapas para a representação de 400
todas as variáveis que se pretendam 300
Etapa 10
incluir no gráfico. 200
100
7.ª Etapa 0
Etapa 4

00

10

20

30

40

50
60

70

80

90
50
Passar a marcador todo o gráfico, com

20

20

20

20

20

20
19

19

19

19
19
Anos
a ajuda da régua (eixos, valores e linhas). Idades (em anos) Etapa 7
Etapa 1
Definir a escala de cor ou a trama para 0–4 25 – 64 mais de 80

cada espaço e colorir ou executar a 15 – 24 65 – 79 Etapa 10


trama em cada espaço definido.
Etapas de elaboração de um gráfico de áreas.
8.ª Etapa
Colocar, em área visível, o título do gráfico. Este deve identificar claramente o assunto que se representa no
gráfico, assim como a área geográfica a que se reporta e a data a que se referem os dados utilizados.

9.ª Etapa
Referir a fonte utilizada, da forma mais completa possível, incluindo o nome do trabalho de onde se retiraram os
dados, o seu autor, a data e o local de elaboração do mesmo.

10.ª Etapa
No final, deve construir-se uma legenda onde se identifique claramente o significado de cada cor ou trama
(quando se representa mais do que uma variável).

Como se analisa e interpreta o gráfico?


A primeira etapa da análise do gráfico corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
Depois, quando se analisa o comportamento de um fenómeno segundo uma variável temporal, é possível veri-
ficar a(s) tendência(s) evolutiva(s) do mesmo, distinguindo os períodos de aumento, diminuição e estabilização.
Deve ter-se em linha de conta que este gráfico representa sempre o valor cumulativo, ou seja, cada área corres-
ponde ao valor da sua cor adicionado por todos os que lhe antecedem.
Fonte: INE, Sistema Integrado de Nomenclaturas Estatísticas

Atividades CIDADES ESTATÍSTICAS (N.o)


POR LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
1 O
 bserva atentamente o quadro, 2005 2004 2003
que expressa a distribuição das cidades Portugal 151 141 141
em Portugal, entre 2003 e 2005.
Continente 139 130 130
Quadro obtido em http://www.ine.pt

1.1 Constrói um gráfico de áreas com Norte 51 49 49


os dados expostos.
Centro 41 36 36
1.2 Indica as conclusões que podes retirar Lisboa 17 16 16
da leitura do gráfico que elaboraste.
Alentejo 19 18 18
Algarve 11 11 11
Região Autónoma dos Açores 5 5 5
Região Autónoma da Madeira 7 6 6

GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana 233

564538 201-262.indd 233 04/03/15 18:06


Parte

4 ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS


Como construir um gráfico circular ou sectograma?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


POPULAÇÃO RESIDENTE EM PORTUGAL
O gráfico circular corresponde a uma construção mais complexa, POR GRAU DE INSTRUÇÃO EM 1960
que se executa quando se pretende estabelecer uma compa-
1960
ração entre as partes representadas. Utiliza um círculo, que é
dividido em secções proporcionais aos valores a representar, e
Analfabeta
apresenta-se em valores percentuais.
Lê e escreve

Este tipo de gráfico não deve representar mais do que cinco ou Ensino Básico
Ensino Secundário
seis variáveis. Formação média
Formação superior

Material necessário para a sua construção


Fonte: INE
Conjunto de dados, papel milimétrico, lápis/lapiseira, régua,
Sectograma.
compasso, transferidor, borracha, máquina de calcular e lápis de
cor ou marcadores.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretendem representar no gráfico e, caso estes se encontrem em valores absolutos,
calcular as percentagens a que corresponde cada valor.
Para executar este cálculo, deve utilizar-se a fórmula matemática que permite estabelecer a proporção relativa-
mente ao valor 100:
Valor de cada variável  ×  100
û = 
Valor total
2.ª Etapa
Depois de se obter o valor percentual de cada variável, há que determinar o valor que cada uma apresenta
em graus. Esta tarefa pode ser executada com o auxílio da máquina de calcular.
Para executar esta tarefa, utiliza-se a fórmula matemática que permite executar a proporção com o valor 360°
(valor total da circunferência):
Valor percentual de cada variável  ×  360
û = 
100
3.ª Etapa
Construir, com o auxílio do compasso, um círculo no papel milimétrico. A dimensão deste varia consoante
a necessidade do autor, mas deve ter um raio que permita, no final da construção do gráfico, uma leitura simples
e correta dos valores representados. Esta tarefa deve ser executada a lápis.

4.ª Etapa
Marcar, no centro do círculo, o ponto central, que servirá de ponto de partida para a marcação de todas as linhas.
A tarefa deve ser feita a lápis.

5.ª Etapa
Desenhar uma linha, que corresponde ao ponto de partida do gráfico, na vertical, respeitando a direção das
12 horas do relógio. Esta tarefa deve ser executada a lápis, com o auxílio da régua.

234 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

4
6.ª Etapa
Marcar, no sentido da movimentação dos ponteiros do relógio, o ângulo da primeira variável. Para proceder a
esta marcação, deve colocar-se o valor zero do transferidor em cima da linha desenhada na etapa anterior e

Técnicas de trabalho em Geografia


verificar o valor do ângulo que se pretende desenhar, assinalando-o junto da linha do círculo.

7.ª Etapa
Unir o ponto central ao ponto marcado na etapa anterior. Repetir a 6.ª e a 7.ª etapas para a representação de todas
as variáveis que se pretendam incluir no gráfico.

8.ª Etapa
Passar a tinta todas as linhas do gráfico, com a ajuda da régua (eixos, valores e linha). Se se considerar importante,
podem escrever-se os valores percentuais a que cada área diz respeito, no seu interior ou na parte exterior, ato
que permite uma melhor leitura do gráfico.

9.ª Etapa
Colorir todas as áreas respeitantes a cada variável, utilizando diferentes cores ou tramas, que devem ser escolhidas
para que se proporcione uma leitura simples do gráfico.

10.ª Etapa POPULAÇÃO RESIDENTE EM PORTUGAL Etapa 10


POR GRAU DE INSTRUÇÃO EM 1991
Colocar, em área visível, o título do 1991
gráfico identificando o assunto, assim Etapas 6 e 7
como a área geográfica a que o mesmo Etapa 5
Analfabeta
se reporta e a data a que se referem Etapa 12
Lê e escreve
os dados. Ensino Básico
Etapa 4 Ensino Secundário

11.ª Etapa Formação Média


Formação Superior
Mencionar a fonte utilizada, da forma Etapa 9
Etapa 3
mais completa possível.
Fonte: INE Etapa 11

12.ª Etapa Etapas de elaboração de um sectograma.

No final, deve construir-se uma legenda identificando claramente o significado de cada cor ou trama (quando se
representa mais do que uma variável).

Como se analisa e interpreta o gráfico?


A primeira etapa da análise do gráfico corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
Este tipo de gráfico permite conhecer facilmente o peso relativo de cada variável representada, face ao total, pelo
que se deve atentar nas diferenças e semelhanças representadas.
Para que a interpretação seja completa, deve tentar-se encontrar explicações para os valores registados.

Atividades

1 O
 bserva o quadro com os dados
Taxa Esperança Taxa
referentes a indicadores Países de natalidade média de vida de alfabetização
demográficos de alguns países (%) (anos) (%)
europeus, em 2007.
Portugal 10,5 77 94,1
1.1 Constrói um gráfico circular com Espanha 10,7 80 98,1
os dados expostos.
Itália 9,5 81 98,8
1.2 Indica as conclusões que podes França 12,6 80 99
retirar da leitura do gráfico que
Grécia 9,4 79 97,7
elaboraste.

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Parte

4 ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS


Como construir um pictograma?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO
O pictograma corresponde a uma construção simples, que se executa POR LATITUDE (milhões de hab.)
quando se pretende estabelecer uma comparação entre valores. Utiliza 2636
um sistema de dois eixos, representando um a escala escolhida (absoluta População do 1276 População
hemisfério sul 1050 do hemisfério
ou percentual), e o outro a variável espacial ou temporal utilizada (por 553 norte
214
exemplo, continentes, países ou regiões, ou anos ou meses). 4 26

Este tipo de gráfico apresenta, no final da sua construção, um conjunto


de imagens que têm de ser proporcionais aos valores que representam,
variando o seu comprimento.
4988

Fonte: Eurostat, 2002


Material necessário para a sua construção
Conjunto de dados, papel milimétrico, lápis/lapiseira, régua, borracha 771

e lápis de cor ou marcadores.


60˚ 40˚ 20˚ 0˚ 20˚ 40˚ 60˚ Latitude
Etapas a seguir para a sua construção Pictograma.
1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretendem representar no gráfico e definir a escala que se vai utilizar. Se o gráfico ficar
muito grande e/ou desproporcionado, deve optar-se por uma das seguintes situações: executar-se um corte de
escala ou uma variação exponencial da variável.

2.ª Etapa
Decidir qual é o eixo onde fica representada a escala de variação dos dados e qual é o que representa a variável
em estudo, escolhendo se as imagens surgirão na vertical ou na horizontal.
Esta decisão depende do espaço que se tem disponível para se proceder ao desenho do gráfico, do tipo de
leitura que se pretende efetuar, bem como do gosto pessoal do autor.

3.ª Etapa
Traçar os dois eixos (horizontal e vertical) no papel milimétrico, tendo o cuidado de deixar uma margem de um
ou mais centímetros, para que se possam escrever os dados de cada eixo. Esta tarefa deve ser executada a lápis,
com a utilização da régua.

4.ª Etapa
Escrever na parte exterior de cada eixo a informação que permite a sua leitura (escala definida e variável estudada)
e a unidade utilizada. Esta tarefa deve começar por ser executada a lápis.

5.ª Etapa
Traçar o limite superior que cada imagem deve ter, respeitando a escala estabelecida. Esta tarefa deve ser executada
a lápis.

6.ª Etapa
Incluir a imagem pretendida com o comprimento determinado, respeitando a largura estabelecida. A tarefa deve
ser executada com o máximo de cuidado. Para o efeito, pode desenhar-se à mão ou recorrer às novas tecnologias,
e escolher uma imagem, procedendo à sua formatação e posterior colagem no gráfico.

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Parte

4
7.ª Etapa
Passar a marcador todo o gráfico, com a ajuda da régua (eixos e valores).

Técnicas de trabalho em Geografia


8.ª Etapa
Colocar, em área visível, o título do gráfico. Este deve identificar claramente o assunto que se representa no
gráfico, assim como a área geográfica a que se reporta e a data a que se referem os dados utilizados.

9.ª Etapa
Referir a fonte utilizada, da forma mais completa possível, incluindo o nome do trabalho de onde foram extraídos
os dados, o seu autor, a data e o local de elaboração do mesmo.

10.ª Etapa
No final, deve construir-se uma legenda onde se identifique claramente o significado de cada imagem (quando
se represente mais do que uma variável).

DENSIDADE POPULACIONAL EM ALGUNS PAÍSES DA EUROPA EM 2001 Etapa 8


400
Hab./km 2

Etapa 5 Etapa 5
350

300

Etapa 6
250

200

Etapas 1 e 2

Fonte: Eurostat, 2002


150

100
Etapa 9
50

Etapa 3
0
BEL. DIN. ALE. GRE. ESP. FRA. IRL. ITA. LUX. PBA. AUS. POR. FIN. SUE. RU
Países Etapa 4
Pictograma — fases de elaboração.

Como se analisa e interpreta o gráfico?


A primeira etapa da análise do gráfico corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
Depois, quando se analisa o comportamento de um fenómeno segundo uma variável temporal, é possível veri-
ficar a(s) tendência(s) evolutiva(s) do mesmo, distinguindo os períodos de aumento, diminuição e estabilização.
Se se tratar de um gráfico que representa a distribuição de um facto por diversos espaços geográficos, devem
comparar-se os valores que cada espaço apresenta, podendo criar-se grupos de espaços, consoante o apre-
sentado.

Atividades

1 O
 bserva o quadro com os dados resultantes do inquérito que a turma do Pedro realizou na
escola sobre a evolução do número de alunos que se deslocam de autocarro para a escola.
1.1 Constrói um pictograma com os dados acima expostos.
Anos N.º alunos
1.2 Indica as conclusões que podes retirar da leitura do gráfico que
2007 800
elaboraste.
2006 750
2005 700
2004 500

GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana 237

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Parte

4 ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS


Como construir um gráfico triangular?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade? ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ATIVA NOS PAÍSES DA UE EM 2002


0 100
O gráfico triangular corresponde a uma cons­
10 90
trução complexa, que se executa quando se Bélgica
20 80 Dinamarca
pretende estabelecer uma comparação entre Alemanha
30 70
três variáveis. Utiliza um triângulo equilátero, onde Grécia
Espanha
cada lado se refere à variável a representar, tendo 40 60
Finlândia

io

Se
iár
esta de surgir em valor percentual. França

cu
50 50

rc

Fonte: Eurostat, 2002


nd
Irlanda

Te
60 40

ári
Uma das utilizações mais vulgares deste tipo de Itália

o
70 30 Luxemburgo
gráfico reporta-se à repartição da população Países Baixos
ativa pelos setores de atividade de diversos 80 20 Áustria
Portugal
países ou regiões ou à percentagem de jovens, 90 10
Suécia
adultos e idosos de diferentes populações. 100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
0
100
Reino Unido

Primário
Material necessário para Gráfico triangular.
a sua construção
Conjunto de dados, papel milimétrico, lápis/lapiseira, régua, borracha, máquina de calcular e lápis de cor ou
marcadores.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretendem representar no gráfico e, caso estes se encontrem em valores absolutos,
calcular as percentagens a que corresponde cada valor.
Para executar este cálculo, deve utilizar-se a fórmula matemática que permite estabelecer a proporção relativa-
mente ao valor 100:
Valor de cada variável  ×  100
û = 
Valor total
2.ª Etapa
Desenhar os três lados do triângulo no papel milimétrico, tendo o cuidado de deixar uma margem de um ou
mais centímetros, para que se possam escrever os dados de cada eixo, pelo que se deverá traçar uma linha hori-
zontal e duas diagonais. Esta tarefa deve ser executada a lápis, com a utilização da régua.

3.ª Etapa
Escrever na parte exterior de cada eixo a informação que permite a sua leitura (valores percentuais, segundo um
intervalo, e variável estudada). Esta tarefa deve começar por ser executada a lápis.

4.ª Etapa
Desenhar, no interior do triângulo, as linhas que auxiliam a marcação dos valores. A marcação destas linhas auxi-
liares deve respeitar um intervalo previamente definido, determinado no sentido de facilitar a marcação e a leitura
dos pontos a representar. A tarefa deve ser feita a lápis, com o auxílio da régua.

5.ª Etapa
Passar a tinta todas as linhas do gráfico, com a ajuda da régua (eixos, valores e linha).

238 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

4
6.ª Etapa
Proceder à marcação dos pontos no gráfico. Para tal, deve começar-se por se procurar o valor que este ocupa no
eixo horizontal, desenhando-se uma linha leve do valor correspondente ao eixo da direita. Depois, deve proceder-

Técnicas de trabalho em Geografia


-se de igual forma, mas agora procurando o valor do eixo diagonal direito e desenhando a linha até ao eixo
diagonal esquerdo. Esta tarefa deve ser executada a lápis.

7.ª Etapa
Marcar o ponto, na interseção destas duas linhas. Deve ainda verificar-se se o valor coincide com o da terceira
variável a representar; se tal não ocorrer, deve verificar-se a marcação, porque esta terá de estar errada. A tarefa
deve ser executada a lápis e, após a verificação, passar-se o ponto a tinta.
Repetir a 6.ª e a 7.ª etapas para a representação de todas as variáveis que se pretendam incluir no gráfico.

8.ª Etapa
GRUPOS ETÁRIOS EM PORTUGAL POR REGIÕES, EM 2001 Etapa 8
Colocar, em área visível, o título do grá- 0 100

fico. Este deve identificar claramente o 10 90


Etapas 6 e 7
assunto que se representa, assim como 20 80
a área geográfica a que o mesmo se Etapa 3
30 70
reporta e a data a que se referem os
40 60 Etapa 3
dados utilizados. Etapa 2
50 50

Ad
Norte
sos

9.ª Etapa

ult
60 40 Centro
Ido

os
Lisboa
Mencionar a fonte utilizada, da forma 70 30
Alentejo Etapa 10
Algarve
mais completa possível. 80 20
Açores
90 10 Madeira
10.ª Etapa 100 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
No final, deve construir-se uma legenda Jovens Fonte: INE, 2002 Etapa 10
onde se identifica claramente o signifi-
Etapas de elaboração de um gráfico triangular.
cado de cada cor.

Como se analisa e interpreta o gráfico?


A primeira etapa da análise do gráfico corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
Este tipo de gráfico permite facilmente compreender a forma como cada variável representada se comporta em
cada local apresentado, pelo que se deve atentar nas diferenças e semelhanças representadas.
Para que a interpretação seja completa, deve procurar-se encontrar explicações para os valores registados.

Atividades

1 A
 tenta nos dados referentes à população empregada (em milhares de pessoas) segundo
o setor de atividade em Portugal, em 2006.
1.1 Constrói um gráfico Primário Secundário Terciário
triangular com os dados
Fonte: Anuário Estatístico de Portugal, 2006

Portugal 603,8 1577,2 2978,4


da tabela. 578,8 1517,1 2838,8
Continente
1.2 Indica as conclusões que Norte 218,7 716,9 869,7
podes retirar da leitura
Centro 287,7 387,8 611,0
do gráfico que elaboraste.
Lisboa 14,6 284,6 996,2
Alentejo 45,0 86,5 214,1
Algarve 12,7 41,3 147,7
Região Autónoma dos Açores 13,4 27,9 66,3
Região Autónoma da Madeira 11,7 32,2 73,4

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Parte

4 ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS


Como construir um gráfico de dispersão?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade? DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO FEMININA POR CLASSE ETÁRIA


8
O diagrama de dispersão corresponde a uma cons-
7
trução simples, que se executa quando se pretende

População feminina (%)


6
observar a forma como se distribuem os dados de
5
uma variável estatística, com o objetivo de os orga-
nizar em classes. 4

Fonte: INE, 2005


3
Utiliza um sistema de dois eixos, em que um repre-
2
senta a escala escolhida (tendo em conta a fre-
1
quência absoluta) e o outro, a variável utilizada.
0
Este tipo de gráfico apresenta, no final da sua cons-

0-4
5-9
10-14
15-19
20-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
65-69
70-74
75-79
80-84
+ 85
trução, um conjunto de pontos, que se agrupam
Grupos etários
por classes, permitindo a posterior construção de
outras representações gráficas ou cartográficas. Gráfico de dispersão.

Material necessário para a sua construção


Conjunto de dados, papel milimétrico, lápis/lapiseira, régua, borracha e lápis de cor ou marcadores.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretendem representar no gráfico e definir a escala que se vai utilizar. Esta escolha deve
permitir uma leitura fácil do gráfico, quando este esteja terminado, não devendo conduzir a que o eixo respetivo
fique muito pequeno ou muito grande.

2.ª Etapa
Traçar os dois eixos, horizontal e vertical, no papel milimétrico, correspondendo o primeiro ao local onde se
registam os valores da variável e o segundo à frequência absoluta da variável, ou seja, ao número de vezes que
a mesma se repete. Deve ter-se o cuidado de deixar uma margem de um ou mais centímetros, para que se pos-
sam escrever os dados de cada eixo. Cada linha desenhada deve apresentar alguns centímetros a mais do que o
necessário, quando se pretende escrever no topo a unidade da variável representada. Esta tarefa deve ser exe-
cutada a lápis, com a utilização da régua.

3.ª Etapa
Escrever na parte exterior de cada eixo a informação que permite a sua leitura (escala definida e variável estudada).
Esta tarefa deve começar por ser executada a lápis.

4.ª Etapa
Escrever no topo de cada um dos eixos, ou ao longo da informação que facilita a leitura do gráfico, a unidade
utilizada, quando se entende que tal é crucial para a leitura do gráfico. A tarefa deve ser feita inicialmente a lápis.

5.ª Etapa
Marcar o ponto referente a cada ocorrência, registando-o na vertical do valor respetivo e, se houver mais ocorrências
do mesmo valor, terá de se proceder ao alinhamento vertical das marcações. Esta tarefa deve ser executada a lápis.
Esta etapa deve repetir-se para todas as ocorrências.

240 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

4
6.ª Etapa
Passar a marcador todo o gráfico, com a ajuda da régua (eixos, valores e pontos).

Técnicas de trabalho em Geografia


7.ª Etapa
Agrupar os valores em classes, após ter procedido a uma análise da distribuição obtida. O grupo de pontos
pertencente a uma classe deve ser delimitado por uma linha fechada que permita reconhecer com facilidade o
intervalo selecionado. Esta etapa deve realizar-se inicialmente a lápis, e só depois passada a marcador.
As áreas de intervalo de ocorrência de dados devem corresponder à distinção de classes.

FORMAÇÃO DE CLASSES
A formação de classes apresenta algumas regras que devem ser respeitadas tanto quanto possível,
embora a sua execução dependa do entendimento do autor do diagrama e esteja intimamente relacionada
com o objetivo do trabalho a realizar. No entanto, deve atentar-se ao cumprimento dos seguintes passos:
1. Calcular a diferença entre os valores inferior e superior do intervalo;
2. Dividir a diferença anterior pelo número de classes que se pretende obter, não esquecendo que estas
não devem ser mais de cinco ou seis;
3. Verificar se é possível respeitar o intervalo obtido, através da análise dos pontos marcados no diagrama,
pois tal facilita a leitura do documento a elaborar;
4. Se a opção expressa no ponto anterior não for viável, deve considerar-se a delimitação de classes que
respeitem as ruturas da distribuição da variável;
5. As classes não devem estar definidas com intervalos que permitam a ocorrência de classes ocas, ou
seja, onde não se registe nenhuma ocorrência;
6. Não se deve concentrar a distribuição de ocorrências numa ou duas classes, o que significa que a
amplitude da classe deve ser redefinida;
7. Deve determinar-se o valor dos limites das classes. Pode optar-se por que o limite superior de uma
classe coincida com o limite inferior da que lhe está imediatamente a seguir, devendo esse limite
ser aberto na classe inferior e fechado na superior, por exemplo: [0, 10]; [10, 20]; [20, 30]; [30, 40], etc.
Se se entender mais conveniente, face aos dados apresentados, podem os limites não ser coinci-
dentes, por exemplo: [1, 10]; [11, 20]; [21, 30]; [31, 40], etc.

8.ª Etapa:
Colocar, em área visível, o título do gráfico. Este deve identificar claramente o assunto que se representa no
gráfico, assim como a área geográfica a que se reporta e a data a que se referem os dados utilizados.

Etapa 1 Etapa 5 Etapa 8

ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO EM PORTUGAL

3
Frequência

2
Fonte: INE, 2003

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280
Índice de envelhecimento

Etapa 2 Etapa 4 Etapa 7 Etapa 3 Etapa 9


Gráfico de dispersão — etapas de elaboração.

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Parte

4
9.ª Etapa
Referir a fonte utilizada, da forma mais completa possível, incluindo o nome do trabalho de onde foram extraídos
os dados, o seu autor, a data e o local de elaboração do mesmo.
Técnicas de trabalho em Geografia

Como se analisa e interpreta o gráfico?


A primeira etapa da análise do gráfico corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
Depois, terá de se analisar a distribuição de ocorrências para verificar a forma como os dados se distribuem.
De seguida, deve verificar-se se a divisão de classes foi bem determinada, devendo ter-se em linha de conta os
pressupostos apresentados na 7.ª etapa.
Para que a interpretação seja completa, deve executar-se primeiro uma leitura mais geral e, depois, outra mais
específica, podendo sugerir-se outra divisão de classes, apresentando argumentação que fundamente a análise
executada.

Atividades

1 Atenta nos valores de resíduos urbanos recolhidos por habitante em Portugal, em 2005.

RESÍDUOS URBANOS RECOLHIDOS POR HABITANTE (KG/ HAB.),


POR LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA, EM 2005
Localização geográfica kg/hab.
Portugal 445
Continente 444
Norte 389
Centro 387
Lisboa 515
Alentejo 482
Algarve 728
Região Autónoma dos Açores 262
Região Autónoma da Madeira 649
Fonte: INE, Estatísticas dos Resíduos Municipais
Quadro obtido em http://www.ine.pt

1.1 Constrói um gráfico de dispersão com os valores apresentados.


1.2 Define as classes que consideras pertinentes perante a distribuição dos dados obtida no gráfico
de dispersão.
1.3 Efetua uma leitura do gráfico obtido.
1.4 Explica qual é a utilidade de se definirem classes de dados.
1.5 Identifica, de forma sucinta, os cuidados que se devem apresentar para a definição de classes
de dados.

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Parte

ANÁLISE DE DADOS ESTATÍSTICOS 4


Como construir um gráfico recorrendo às novas tecnologias?

Técnicas de trabalho em Geografia


NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade? IDADE MÉDIA DA MÃE (ANOS)


AO NASCIMENTO DO PRIMEIRO FILHO
Qualquer tipo de gráfico pode construir-se com
facilidade recorrendo a um computador e uti-
lizando o programa EXCEL.
Este recurso permite conferir maior precisão

Fonte: INE, junho de 2007


na execução do trabalho e mudar qualquer
informação, forma, cor, etc., que se entenda
conveniente, de acordo com a utilização que
se pretende dar ao gráfico.

Material necessário para


a sua construção
Conjunto de dados, computador. Gráfico realizado no programa EXCEL.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa IDADE MÉDIA AO CASAMENTO (ANOS) POR SEXO

Criar no programa EXCEL uma tabela de dados, copiando-se Anos H M


a informação do conjunto de dados para a tabela do programa. 2001 29,8 27,4
2002 30 27,6
2.ª Etapa 2003 30,5 28,2
Depois de construída a tabela para poder elaborar-se o gráfico, 2004 30,9 28,5
aquela deve ser selecionada, colocando-se o rato do compu- 2005 28,9 31,3
tador na primeira célula e arrastando-o até à última, do lado Fonte: INE, fevereiro de 2008
oposto. Com a tabela selecionada, clica-se na imagem que
surge na barra de ferramentas, que se encontra na parte superior do ecrã, ou seleciona-se «Inserir».

3.ª Etapa
Obtém-se uma lista de gráficos disponíveis no programa; seleciona-se a opção pretendida, podendo optar-se
por um dos gráficos disponíveis. O gráfico surge de imediato.

4.ª Etapa
Consoante a versão do EXCEL com que se esteja a trabalhar, terá de se procurar a opção em «Esquema» que
permite introduzir os dados relativos aos seguintes elementos do gráfico:
a) O título do gráfico.
b) A legenda da unidade utilizada de cada um dos eixos.
c) A legenda do gráfico, que pode ser colocada no local que se entenda mais conveniente.
d) A informação numérica do valor de cada frequência representada.
e) A inclusão da tabela de dados junto do gráfico.
f) A escala a utilizar.
g) A inclusão de linhas horizontais, verticais ou uma rede, que facilite a leitura.
h) A inclusão de uma linha de tendência.

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Parte

4
5.ª Etapa
A cor do fundo, das letras das barras, das linhas de referência, bem como a posição de todos os elementos, pode
ser alterada; para tal, deve clicar-se na opção pretendida, que se encontra associada à opção «Formatar».
Técnicas de trabalho em Geografia

IDADE MÉDIA AO CASAMENTO (ANOS) POR SEXO Etapa 4a

Etapa 4g Etapa 4c

Etapa 4d

Fonte: INE, fevereiro de 2008


Etapa 5

Etapa 4b
Gráfico realizado no programa EXCEL — fases de elaboração.

Como se analisa e interpreta o gráfico?


A primeira etapa da análise do gráfico corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
Depois, quando se analisa o comportamento de um fenómeno segundo uma variável temporal, é possível veri-
ficar a(s) tendência(s) evolutiva(s) do mesmo, distinguindo os períodos de aumento, diminuição e estabilização.
Se se tratar de um gráfico que representa a distribuição de um facto por diversos espaços geográficos, devem
comparar-se os valores que cada espaço apresenta, podendo criar-se grupos de espaços, consoante o apre-
sentado.
Para que a interpretação seja completa, deve executar-se primeiro uma leitura mais geral e depois outra mais
específica, onde se descrevam os pormenores considerados mais relevantes.

Atividades

1 A
 tenta nos dados referentes à distribuição da taxa de desemprego em Portugal,
entre 2004 e 2007.

TAXA DE DESEMPREGO (SÉRIE 1998 — %)


POR LOCAL DE RESIDÊNCIA (NUTS — 2002) E SEXO
4.º Trimestre 4.º Trimestre 4.º Trimestre 4.º Trimestre
de 2007 de 2006 de 2005 de 2004
Quadro obtido em http://www.ine.pt
Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

Portugal 7,8 8,2 8,0 7,1


Continente 7.9 8,3 8,2 7,2
Norte 9,1 9,7 9,0 8,0
Centro 5,7 6,8 6,0 4,8
Lisboa 8,4 8,9 9,0 8,1
Alentejo 7,8 9,3 9,4 9,4
Algarve 7,1 6,1 5,9 5,7

1.1 Constrói um gráfico de linhas com os dados acima expostos, recorrendo às novas tecnologias.
1.2 Indica as conclusões que podes retirar da leitura do gráfico que elaboraste.

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Parte

CONSTRUÇÃO DE MAPAS 4

Técnicas de trabalho em Geografia


NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Quando se pretende conhecer a distribuição espacial de um fenómeno, deve construir-se um mapa que facilite
esse reconhecimento.

Tipos de mapas
Pode construir-se dois tipos de mapas, quanto à categoria do fenómeno representado. Os mapas qualitativos,
que representam a distribuição de um fenómeno não quantificável, e os mapas quantitativos, que apresentam
a distribuição de um facto quantificável.
Nos mapas qualitativos, inserem-se os mapas políticos, climáticos e geológicos, entre outros; os mapas quantita-
tivos devem apresentar um leque de exemplos de tal forma vasto, que seria exaustivo proceder-se a uma exem-
plificação.
Os mapas quantitativos podem ser de pontos, símbolos geométricos proporcionais de área ou volume, de isoli-
nhas e de manchas ou coropletos. Para a elaboração de cada um deles existem regras específicas que se devem
ter em linha de conta aquando da sua execução.
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NA EUROPA AMPLITUDE TÉRMICA ANUAL
O
C

ºC
12ºC
I

14
T

TICO
N
Â

14ºC
L
T

14ºC
A

AT L Â N

10ºC
O
N
A
E
C

ºC
O

ANO

14

ESPANHA
12ºC
OCE

C
10º

16ºC
8ºC

Fonte: Instituto de Meteorologia


14ºC

0 400 km
Fonte: Eurostat, 2007

°C
16 a 18
12ºC

14 a 16 0 50 km
12 a 14
10 a 12
Muito alta Moderada alta Baixa 8 a 10
Alta Moderada baixa Muito baixa <8

Mapa qualitativo. Mapa quantitativo.

Características de um mapa
Para oferecer qualidade, um mapa deve ser:
1. P reciso — deve ser fiel à realidade que representa e exato quanto à posição dos diferentes elementos, tendo
em conta a escala utilizada;
2. Legível — os elementos representados no mapa devem ser de fácil leitura, sendo fundamental a escolha do
número de classes (caso tal seja necessário) e do tipo de expressão gráfica a utilizar;
3. Expressivo — deve evidenciar a(s) informação(ões) a veicular;
4. Eficaz — deve assegurar que se atinjam os objetivos propostos.

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Parte

4 Elementos de um mapa
Para se considerar completa, uma representação cartográfica tem de se fazer acompanhar de cinco elementos
fundamentais: o título; a orientação; a escala; a legenda e a fonte.
Técnicas de trabalho em Geografia

O título identifica o assunto tratado no mapa; deve ser o mais completo possível, referindo não só o assunto,
mas, se necessário, o local representado e a data a que se reporta a informação veiculada.
A orientação permite que se conheça a posição do mapa, que pode ser feita através da introdução de uma
rosa dos ventos, da sinalização de um ponto cardeal ou da utilização da rede cartográfica (rede de paralelos
e meridianos).
A escala dá a conhecer a relação entre as distâncias no mapa e as distâncias reais correspondentes, podendo
ser representada de forma numérica ou gráfica, sendo que a primeira corresponde a um segmento de reta
que estabelece a correspondência entre as distâncias reais e as distâncias no mapa, enquanto a segunda
cor­responde a uma fração, onde o numerador refere a distância no mapa e o denominador a distância real
res­peitante.
A legenda revela o significado de toda a simbologia que se utiliza no mapa e é considerada relevante para a
sua compreensão e leitura.
A fonte divulga a origem dos dados utilizados na elaboração do mapa.

Orientação Título

60 Cír
˚N cul
oP
olar
Ártic ISOTÉRMICAS DE JANEIRO NA EUROPA
Reiquejavique o

O
I C
50 T
˚N N
Â
L
T
A
Estocolmo

Dublin Moscovo
Londres
Berlim
40
˚N
O

Viena
Paris +20˚ C
N

Fonte: Instituto de Meteorologia


+10˚ C
A

0˚ C
E

–10˚ C
C

–20˚ C
O

–30˚ C
Roma Corrente
Lisboa do Golfo
Corrente
fria
30
˚N
Atenas
0 400 km
10˚N 0˚ 10˚N 20˚N 30˚N

Elementos de um mapa.
Legenda Escala Fonte

Variáveis visuais de um mapa


Quando se pretende elaborar um mapa, tem de se tomar posição quanto ao tipo de imagem que se pretende
obter, pelo que tem de se conhecer o conjunto de variáveis visuais e as possibilidades que estas oferecem,
entendendo a sua utilidade gráfica e as reações que podem provocar no observador.
As variáveis visuais correspondem ao tamanho, ao valor, ao grão, à cor, à orientação e à forma.

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Parte

4
O tamanho CONSUMO TOTAL DE ELETRICIDADE, POR CONCELHO,
EM PORTUGAL CONTINENTAL, EM 2001
A variável tamanho é utilizada na elaboração de um
mapa de símbolos proporcionais, que podem ser

Técnicas de trabalho em Geografia


de círculos, triângulos ou qualquer figura geométrica
bidimensional ou tridimensional que se queira uti-
lizar. Assim, a realidade vai determinar a utilização Região Autónoma
dos Açores
de figuras que adquirem uma dimensão proporcio-
nal aos dados a utilizar, podendo hierarquizar-se
facilmente a realidade representada.

A
0 40 km

O valor

H
Região Autónoma
A variável valor é utilizada na elaboração de mapas da Madeira

N
de manchas e corresponde à variação da quantidade

A
de cor utilizada, cores mais claras para valores mais
baixos e cores mais escuras para valores mais ele-

P
0 20 km

vados. A utilização desta variável é privilegiada

S
quando se pretende estabelecer comparações em
relação à distribuição do fenómeno em análise, já

E
OCEAN O
que esta faculta a ordenação visual dos dados repre-
sentados.
ATLÂN TICO
O grão
A variável grão funciona como a variável valor, mas Milhões kWh 0 50 km
é utilizada na versão trama; ou seja, há uma grada- 2000
1000
ção da quantidade de cor presente por unidade de

Fonte: INE
500
superfície; por exemplo, se se utilizar uma trama de
linhas, estas terão de aumentar a sua espessura, de
forma a aumentar a quantidade de cor, à medida Mapa que usa a variável tamanho em círculos
que aumentam os valores da variável. proporcionais.

TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL NO MUNDO

OCEANO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO

PACÍFICO OCEANO
ÍNDICO
AT L Â N T I C O

> 20
5 a 20
1a5
0 2000 km
0a1
<0

Mapa que usa a variável valor com manchas claras para valores baixos e manchas escuras para valores altos.

GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana 247

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Parte

4
A cor COBERTURA VEGETAL DA REGIÃO SUL DE PORTUGAL
A variável cor é utilizada na elaboração de
mapas de manchas, mas corresponde à
Técnicas de trabalho em Geografia

utilização de diferentes cores ou tonalidades


e não à utilização da quantidade de cor. Esta
variável é normalmente utilizada em mapas Cobertura vegetal

A
que pretendem espartilhar bem a distribui- Predomínio de folhagem

N H
caduca (áreas mistas)
ção geográfica do fenómeno representado, Predomínio de folhagem
ou seja, quando se tem como objetivo dife- persistente (áreas mistas)

A
Árvores mediterrânicas com
renciar realidades. predomínio de sobreiro

E S P
Árvores mediterrânicas com
predomínio de azinheira
A orientação OCEANO
Árvores mediterrânicas com
AT L Â N T I C O predomínio de alfarrobeira
A variável orientação utiliza-se na elaboração
de mapas de tramas, onde se pretende pro-

Fonte: ICN
mover a distinção entre fenómenos repre-
0 50 km
sentados. Corresponde à variação da posi-
ção da trama utilizada, ou seja, de vertical
a oblíqua ou horizontal. Mapa que usa a variável cor em manchas com tonalidades diferentes
da mesma cor.
A forma
A variável forma utiliza-se na elaboração de mapas de símbolos e corresponde à utilização de simbologia diversa
sem que a mesma promova qualquer gradação. Esta variável não deve ser utilizada quando se pretende repre-
sentar muitos fenómenos, já que se torna de leitura difícil.

UNIDADES MORFOESTRUTURAIS LOCALIZAÇÃO DOS AEROPORTOS


DE PORTUGAL CONTINENTAL E AERÓDROMOS EM PORTUGAL

Bragança
Chaves

Mirandela
Maia Braga
Mogadouro
AT LÂ NT ICO

Porto
Vila Real
Ovar
ATLÂ NT I CO

Viseu

Covilhã
Figueira
E S P A N H A
da Foz Coimbra
A

O CEA NO
H

Monte Real
N
ANO

Torres
P
OCE

Vedras Ota
S

Tires LISBOA
E

Cascais Montijo
Évora

Beja
Aeroporto
principal 0 50 km
Maciço antigo Aeródromo
Fonte: IGM

Portimão
Fonte: INE

civil
Orlas sedimentares
Aeródromo Faro
Bacia terciária 0 50 km militar
Lagos

Mapa que usa a variável valor com manchas claras para Mapa que usa a variável forma distinguindo o tipo de
valores baixos e manchas escuras para valores altos. aeródromo com simbologia diferenciada.

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Parte

CONSTRUÇÃO DE MAPAS 4
Como construir um mapa de manchas ou coropleto?

Técnicas de trabalho em Geografia


NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade?


O mapa de manchas é adequado para representar a distribuição de uma variável por diferentes áreas de um
território. Os tipos de variável que mais facilmente são representados neste género de mapa correspondem a um
valor por unidade de superfície ou a um indicador expresso em percentagem ou permilagem.
O mapa coropleto utiliza a cor ou a variação de mancha ou grão, para que se compreenda a variação de densidade
de distribuição espacial de um fenómeno.
A construção deste tipo de mapa assenta no preenchimento das diferentes áreas apresentadas com as cores
ou manchas que indicam o valor ou o intervalo de valores respetivo. Convém referir que a utilização da cor,
ao permitir uma leitura mais clara e fácil, bem como menos cansativa ao olhar, tem vindo a ganhar terreno ao
uso da trama, surgindo como a opção mais frequente da atualidade para a elaboração de mapas deste tipo.

Material necessário para


a sua construção DENSIDADE POPULACIONAL EM PORTUGAL CONTINENTAL

Conjunto de dados, base cartográfica, lápis/lapiseira,


régua, borracha e lápis de cor ou marcadores.
Para a execução prévia do diagrama de dispersão deve
possuir-se também papel milimétrico.

Etapas a seguir para


A T L Â N T I C O

a sua construção
1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretende representar no

E S P A N H A
mapa e definir a escala que se vai utilizar. Esta escolha
deve permitir uma leitura fácil do mapa, quando este
esteja terminado. Para se realizar esta tarefa, deve
O C E A N O

construir-se um diagrama de dispersão onde se deter-


minem as classes que a escala deve possuir.

DENSIDADE POPULACIONAL NA MADEIRA

PORTO SANTO

OCE
AN
O Hab./km2
MADEIRA
16 a 18
14 a 16
12 a 14
10 a 12
8 a 10

Hab./km2
Funchal Ilhas > 1000
Desertas 500 a 1000
100 a 500
Fonte: INE

AT
LÂN 25 a 100
TICO 0 20 km < 25 0 50 km

À direita, mapa de manchas de distribuição de uma variável, com intervalos contínuos. À esquerda mapa de manchas de
distribuição de uma variável, com intervalos discretos.

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Parte

4
Um mapa de manchas não deve ter mais de oito classes, pois este corresponde ao número que um indivíduo
tem capacidade de memorizar. Deve também evitar-se a utilização apenas de duas cores, facto que torna o mapa
muito homogéneo e não reflete corretamente a distribuição da realidade representada.
Técnicas de trabalho em Geografia

Quando se definem as classes a serem utilizadas, deve optar-se por fazê-lo utilizando intervalos contínuos, quando
se vai aumentando a amplitude das classes, ou intervalos discretos, em que cada classe tem sempre a mesma
amplitude.
NÚMERO DE IDOSOS POR CADA 100 JOVENS
2.ª Etapa EM PORTUGAL CONTINENTAL

Escolher as cores ou as tramas a utilizar para repre-


sentar cada classe.
Quando se opta pela utilização da cor, deve ter-
-se em linha de conta que para a gradação de uma

AT L ÂN TI C O
variável devem utilizar-se diferentes tonalidades de
uma cor, como sucede nos mapas apresentados ante-

A
riormente.

H
Quando se pretende representar duas variáveis, es-

N
pecialmente quando estas se referem a vertentes
antagónicas de um fenómeno, devem utilizar-se duas

A
NO
cores de grupos distintos para que seja mais fácil

P
OCEA
proceder-se à respetiva distinção.

S
Quando se opta pela utilização de tramas, há também

E
de ter em linha de conta que para se carto-
grafar a variação de apenas uma variável se deve
optar por variar o grão, utilizando apenas variação
N.º de idosos por
de trama ou de orientação da mesma, quando se cada 100 jovens
pretende representar mais do que uma variável ou 220 a 280
160 a 219
fenómeno. 120 a 159
0 50 km
100 a 119

Fonte: INE
É também necessário ter em conta que as tramas que 80 a 99
60 a 79
se tornam mais escuras se devem associar aos valores
mais elevados, enquanto as mais claras se associam
Mapa de manchas de distribuição de uma variável que
aos valores mais baixos.
apresenta valores onde o «menos de 100» e «mais de 100»
são relevantes para a interpretação do mapa.
3.ª Etapa
Proceder ao preenchimento de cada unidade administrativa escolhida, utilizando as cores ou as tramas escolhi-
das. O procedimento deve ser executado com a maior perfeição possível, de preferência utilizando um suporte
informático, que permite maior qualidade.

4.ª Etapa
Deve construir-se uma legenda onde se identifique claramente o significado de cada cor ou trama.

5.ª Etapa
Colocar, em área visível, o título do mapa. Este deve identificar claramente o assunto que se representa no mapa,
assim como a área geográfica a que se reporta e a data a que se referem os dados utilizados.

6.ª Etapa
Identificar a fonte utilizada, da forma mais completa possível, incluindo o nome do trabalho de onde foram
extraídos os dados, o seu autor, a data e o local de elaboração do mesmo.

7.ª Etapa
Colocar a orientação no mapa (rosa dos ventos; indicação do ponto cardeal norte ou a rede cartográfica) e a
escala.

250 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

Etapa 3
4
Etapa 5 ISOTÉRMICAS DE JANEIRO –10°C

Técnicas de trabalho em Geografia


Temperatura
média diária
0°C (em °C)
Mar da
Noruega 20°
10°
+5°C 5° Etapa 4

–5°
–10°

O
–20°
Etapa 7 I C Mar –30°
N T
do
Norte Etapa 2
L Â
A T

Fonte: Instituto de Meteorologia


– 5°C
O

Mar
A N

0°C
+10°C
O C E

Mar Negro Cáspio

0°C
Mar +5°C
0 400 km
+10°C
Mediterrâneo
Etapa 6

Fases de construção de um mapa de manchas de distribuição de duas variáveis


contrárias (temperaturas positivas e temperaturas negativas).

Como se analisa e interpreta o mapa?


A primeira etapa da análise do mapa de manchas corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
De seguida, deve verificar-se a distribuição do fenómeno pelo espaço geográfico em análise, primeiro de uma
forma geral, depois analisando diferentes pormenores que se considerem pertinentes.
A interpretação de um mapa de manchas deve sempre ter em linha de conta que este apresenta o inconveniente
de mostrar a distribuição do fenómeno por unidades geográficas, não respeitando a real disposição do mesmo
pelo território.
Outra ideia que se deve ter presente é a de que o autor do mapa pode não ter escolhido o melhor intervalo de
classes, dificultando a leitura ou promovendo a sua adulteração.

Atividades

1 Atenta nos valores de resíduos urbanos recolhidos por habitante em Portugal, em 2005.
1.1 Constrói um gráfico de dispersão com os valores
ENFERMEIROS POR 100 HABITANTES (N.º),
apresentados. POR LOCAL DE TRABALHO, EM 2006
1.2 Define as classes que consideras pertinentes Localização geográfica N.º
Fonte: INE; quadro obtido em http://www.ine.

perante a distribuição dos dados obtida no gráfico


Portugal 4,8
de dispersão.
Continente 4,7
1.3 Constrói um mapa de manchas para representar
Norte 4,4
os valores em análise, respeitando as classes
que definiste na questão 1.2. Centro 4,8
Lisboa 5,4
1.4 Indica as conclusões que podes retirar da leitura
do mapa que elaboraste. Alentejo 3,8
Algarve 4,0
Região Autónoma dos Açores 6,1
Região Autónoma da Madeira 7,0

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Parte

4 CONSTRUÇÃO DE MAPAS
Como construir um mapa de símbolos?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade? ESTADOS DE TEMPO NA EUROPA

O mapa de símbolos é adequado para


O
representar a distribuição de uma ou mais I
C
T
variáveis que ocupam uma posição geo- Â
N
L
gráfica bem determinada. Este mapa A
T

pretende apenas localizar fenómenos ou


Estados de

O
variáveis, colocando-se os símbolos nos tempo

N
A
locais a assinalar. Céu limpo

Fonte: Instituto de Meteorologia


C Céu pouco
O

Este mapa deve permitir uma leitura clara nublado

da localização, pelo que é de evitar a Céu nublado


Chuva
representação de um número excessivo
de variáveis, bem como um número exa- Trovoada

gerado de localizações, já que tal dificulta


Vento
a leitura do mapa.
0 400 km
A construção deste tipo de mapa assen-
ta na colocação de diferentes símbolos Mapa de símbolos.
em localizações específicas. Este mapa
não permite executar uma hie­rarquização de fenómenos, pelo que, se essa for a pretensão do autor, a escolha
deve assentar noutro tipo de cartografia.
Os símbolos que se utilizam correspondem a uma escolha do autor, não havendo uma regra específica para
tomar a opção; no entanto, podem utilizar-se símbolos abstratos ou imagens, que se podem designar de pic­
togramas.

Material necessário para a sua construção


Conjunto de dados, base cartográfica, lápis/lapiseira, borracha e lápis de cor ou marcadores.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretende representar no mapa e definir a quantidade de simbologia que se vai utilizar.
Esta escolha deve permitir uma leitura fácil do mapa, quando este esteja terminado.

2.ª Etapa
Escolher os símbolos a utilizar para representar cada variável. Pode optar-se pela utilização de símbolos iguais,
fazendo variar a cor, ou por símbolos diferentes, mas abstratos, designados por simbologia convencional, ou
por utilizar imagens, tentando que estas se relacionem com a variável, para que o observador do mapa possa
rapidamente estabelecer essa ligação
aquando da leitura do mesmo.
Há que ter em atenção a dimensão dos
símbolos a utilizar, que devem ser
adequados à escala do mapa e à sua
dimensão, de forma a não saturar o
espaço cartografado.

252 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

4
3.ª Etapa
Proceder ao preenchimento, com a simbologia adequada, de cada ponto a localizar.

Técnicas de trabalho em Geografia


O procedimento deve ser executado com a maior perfeição possível e, se possível, utilizando um suporte infor-
mático, que permite maior qualidade.

4.ª Etapa
Deve construir-se uma legenda onde se identifique claramente o significado de cada símbolo utilizado.

5.ª Etapa
Colocar, em área visível, o título do mapa. Este deve identificar claramente o assunto representado no mapa, assim
como a área geográfica a que se reporta e a data a que se referem os dados utilizados.

6.ª Etapa
Identificar a fonte utilizada, da forma mais completa possível, incluindo o nome do trabalho de onde foram
extraídos os dados, o seu autor, a data e o local de elaboração do mesmo.

DISTRIBUIÇÃO DOS recursos geológicos EM PORTUGAL CONTINENTAL Etapa 5

Etapa 3
Etapa 7
I C O
 N T
A T L

AH
N O

N
E A

PA
O C

S
E

Brecha calcária
Etapas 1 e 2 Calcário microcristalino Etapa 7
Outro calcário
ornamental e rústico
Mármore
Calcário para calçada
Granito ornamental
e rústico 0 50 km
Granito para calçada
Sienito nefelínico
Fonte: IGM

Serpentinito
Ardósia
Xisto ardosífero Etapa 6

Etapas de elaboração de um mapa de símbolos.

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Parte

4
7.ª Etapa
Colocar a orientação no mapa (rosa dos ventos; indicação do ponto cardeal norte ou a rede cartográfica).
Técnicas de trabalho em Geografia

Como se analisa e interpreta o mapa?


A primeira etapa da análise do mapa de símbolos corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
De seguida, deve verificar-se a distribuição do fenómeno pelo espaço geográfico em análise, primeiro de uma
forma geral, depois analisando diferentes pormenores que sejam considerados pertinentes.
A interpretação de um mapa de símbolos deve sempre ter em linha de conta que este apresenta a distribuição
de variáveis em espaços muito definidos, permitindo uma leitura exata e precisa dessa distribuição, facilitando a
perceção da forma como os fenómenos se apresentam no espaço.
Deve ter-se em atenção que, quanto menor for a escala do mapa, ou seja, quanto mais reduzida se apresenta a
realidade, maior é o grau de imprecisão de colocação da simbologia.

Atividades

1 A
 tenta na planta da escola 2, 3/S de Penalva do Castelo, disponível no site da respetiva
escola.

1.1 Pesquisa uma base cartográfica da tua escola idêntica a esta.


1.2 Com base na planta que possuis, efetua a localização dos extintores que existem na tua
escola.
1.3 Constrói um mapa de símbolos, utilizando a base cartográfica e informação obtidas,
colocando o símbolo de um extintor.
1.4 Retira as principais conclusões da distribuição representada, tendo em conta as normas
de segurança que se devem respeitar, na matéria em análise.

254 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

CONSTRUÇÃO DE MAPAS 4
Como construir um mapa de símbolos proporcionais?

Técnicas de trabalho em Geografia


NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade? DESCARGAS DE PEIXE NOS PRINCIPAIS PORTOS


EM PORTUGAL
O mapa de símbolos proporcionais é adequado
para representar a distribuição quantitativa de Viana
do Castelo
uma ou mais variáveis por diferentes áreas ou pontos
Póvoa de Varzim
específicos de um território. Este mapa apenas deve
Leixões

N T I C O
ser utilizado para representar variáveis com valor
absoluto. Aveiro

Na construção de um mapa de símbolos propor­

A T L Â

E S P A N H A
cionais, deve utilizar-se simbologia geométrica,
Nazaré
que pode ser bidimensional (círculos, quadrados,
triângulos, etc.) ou tridimensional (esferas, cubos,

A N O
pirâmides, etc.), embora esta última torne mais com-
Peniche
plexa a leitura do mapa. O C E
Lisboa
O autor deste tipo de cartografia pode também optar Sesimbra Setúbal
por utilizar como simbologia gráficos circula-
res que representem a distribuição de determina- Pescado

Fonte: INE, 2002


Sines 0 50 km
das variáveis numa área ou num local. Esta escolha descarregado
(toneladas) Vila Real
deve ser bem ponderada, para que a leitura do mapa 10 000
Portimão
de Santo António
não seja dificultada. 2500
Lagos Olhão

A simbologia a utilizar vai variar em tamanho, con-


Mapa de símbolos proporcionais.
forme varia a frequência da variável a representar.
Este mapa deve permitir uma leitura clara da localização, pelo que é de evitar a representação de um número
excessivo de variáveis, bem como um número exagerado de localizações, já que tal dificulta a leitura do mapa.

Material necessário para a sua construção


Conjunto de dados, base cartográfica, papel milimétrico, lápis/lapiseira, borracha, régua, compasso e lápis de cor
ou marcadores.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretende representar no mapa e definir a simbologia que se vai utilizar. Esta escolha
deve permitir uma leitura fácil do mapa, quando este estiver terminado.
Deve ter-se em linha de conta que o símbolo mais fácil de utilizar corresponde ao círculo; no entanto,
a comparação entre as áreas de diferentes círculos pode ser complexa, pelo que se deve ter cuidado e pondera-
ção quando se faz esta opção. Os retângulos correspondem às figuras que se comparam mais facilmente, em
termos de observação, enquanto os triângulos correspondem às figuras geométricas de mais difícil comparação.

2.ª Etapa
Definir a dimensão dos símbolos a utilizar para representar cada variável. Para a execução desta tarefa, deve
desenhar-se, em papel milimétrico, um segmento de reta que contenha uma escala a utilizar para a elaboração
do trabalho, segundo o intervalo que os dados a cartografar apresentam.

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Parte

4
De seguida, deve decidir-se qual é a dimensão 30
máxima do símbolo a utilizar e, no valor máximo 20
10
do intervalo, marcar, em linha reta, essa medida 4
Técnicas de trabalho em Geografia

com um ponto. A dimensão máxima do símbolo 0 4 10 20 30


0

deve ter em linha de conta o tamanho do mapa Milhares


Milhares
e a quantidade de informação a cartografar.
Depois, é necessário unir esse ponto ao início do segmento de reta, desenhando um novo segmento, que surge
oblíquo em relação ao primeiro.
De seguida, deve marcar-se uma linha que vá de cada valor a representar até ao segmento de reta oblíquo,
correspondendo a dimensão desta linha à dimensão do símbolo a colocar no mapa.

3.ª Etapa
Colocar no mapa cada símbolo, respeitando a dimensão que o mesmo deve ter.
Este procedimento deve ser executado com a maior perfeição possível; de preferência utilizando um suporte
informático, pois permite maior qualidade.
A escolha do local de colocação do símbolo deve respeitar o seguinte:
• se se está a localizar pontos exatos, fazer aproximar essa localização com a que o local ocupa no mapa;
• se se pretende colocar símbolos que representam valores de áreas, pode optar-se por localizá-los no centro
da cada área respetiva, ou num ponto específico da área, por exemplo na capital administrativa;
• deve evitar-se que os símbolos se intersetem ou se sobreponham, pois tal dificulta a leitura do mapa.

PEDREIRAS COM LICENÇA DE EXPLORAÇÃO Etapa 5


EM PORTUGAL CONTINENTAL

Viana do
Castelo
Etapa 7
Bragança
Braga
Vila Real

Porto
TICO

Viseu
AT L Â N

Aveiro Guarda
A

Coimbra
H
N

Leiria Castelo Branco


A

Etapa 3
P
S

Lisboa Portalegre
E

Santarém
OCEANO

Évora
Setúbal

Beja
Etapa 7
Número de
Etapa 4 explorações 0 50 km
600
Fonte: INE

300
100 Faro
Etapa 6

Etapas de elaboração de um mapa de símbolos


proporcionais.

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4.ª Etapa
Parte

Deve construir-se uma legenda onde se identifique claramente o significado de cada símbolo utilizado, neste
caso deixando clara a quantidade a que cada símbolo se refere, podendo usar-se apenas alguns como refe- 4
rência.

Técnicas de trabalho em Geografia


5.ª Etapa
Colocar, em área visível, o título do mapa. Este deve identificar claramente o assunto representado no mapa, assim
como a área geográfica a que se reporta e a data a que se referem os dados utilizados.

6.ª Etapa
Identificar a fonte utilizada, da forma mais completa possível, incluindo o nome do trabalho de onde foram
extraídos os dados, o seu autor, a data e o local de elaboração do mesmo.

7.ª Etapa
Colocar a orientação no mapa (rosa dos ventos; indicação do ponto cardeal norte ou a rede cartográfica) e a
escala.

Como se analisa e interpreta o mapa?


A primeira etapa da análise do mapa de símbolos proporcionais corresponde à identificação do(s) fenómeno(s)
representado(s).
De seguida, deve verificar-se a distribuição do fenómeno pelo espaço geográfico em análise, primeiro de uma
forma geral, depois analisando diferentes pormenores que se considerem pertinentes.
A interpretação de um mapa de símbolos proporcionais deve sempre ter em linha de conta que, se este se refere
à distribuição de variáveis em espaços muito definidos, permite uma leitura exata e precisa dessa distribuição,
facilitando a perceção da forma como os fenómenos se apresentam no espaço.
Se o mapa representar a distribuição do fenómeno por unidades geográficas, pode não respeitar a real dispo-
sição do mesmo pelo território.
Outra ideia que se deve ter presente é a de que o autor do mapa pode não ter escolhido o melhor símbolo e a
sua dimensão, dificultando a leitura ou promovendo a sua adulteração.

Atividades

1 Atenta nos valores da distribuição de médicos por 1000 habitantes, em Portugal, em 2006.
1.1 Constrói um ábaco onde definas as áreas que
MÉDICOS POR 1000 HABITANTES (N.º),
os círculos devem ter, mediante os valores POR LOCAL DE RESIDÊNCIA, EM 2006
apresentados no quadro.
Localização geográfica N.º
1.2 Constrói o mapa de símbolos proporcionais que
Portugal 3,5
represente a distribuição apresentada no quadro
exposto. Continente 3,6
Norte 3,2
1.3 Analisa a distribuição que é visível no mapa
construído na questão 1.2. Centro 3,0
Lisboa 5,1
Alentejo 1,9
Algarve 2,8
Região Autónoma dos Açores 1,9
Região Autónoma da Madeira 2,3
Fonte: INE, Estatísticas do Pessoal de Saúde
Quadro obtido em http://www.ine.pt

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Parte

4 CONSTRUÇÃO DE MAPAS
Como construir um mapa de fluxos?
Técnicas de trabalho em Geografia

NOME:  N.o:  TURMA:  DATA:

Qual é a sua utilidade? DESLOCAÇÃO PARA O TRABALHO


COM DESTINO A LISBOA EM 1988
O mapa de fluxos é adequado para representar a
distribuição geográfica de movimentos entre dife- Deslocações (n.º)
300
rentes áreas ou pontos específicos de um território. 14 450
Este mapa deve ser apenas utilizado para represen- 39 120
Azambuja
tar variáveis com valor absoluto.
Este tipo de mapa ilustra os movimentos através da
Vila Franca de Xira
utilização de linhas, que podem surgir em linha reta Mafra

entre dois pontos ou acompanhando a rota que


representam. Loures

As linhas adquirem uma espessura que é propor- Sintra Odivelas

cional ao volume de movimentos a apresentar e Amadora


BO
A
Cascais LIS Alcochete Montijo
devem incluir o sentido do movimento respetivo, Montijo
Oeiras
obtendo um formato de seta. Almada Barreiro Moita
Seixal
Este mapa deve permitir uma leitura clara da loca- Palmela

lização, pelo que é de evitar a representação de um


Setúbal
número excessivo de linhas, já que tal dificulta a

Fonte: INE
0 50 km
leitura do mapa. Sesimbra

Material necessário para Mapa de fluxos.


a sua construção
Conjunto de dados, base cartográfica, lápis/lapiseira, borracha, régua e lápis de cor ou marcadores.

Etapas a seguir para a sua construção


1.ª Etapa
Analisar os dados que se pretende representar no mapa, bem como o formato da base cartográfica a utilizar, para
definir a espessura que se vai utilizar para cada seta. Esta escolha deve permitir uma leitura fácil do mapa, quando
este estiver terminado.
A largura da seta terá de ser diretamente proporcional ao volume de fluxo a representar, pelo que a escala não
pode ser excessivamente grande, pois tal situação conduz a uma largura muito elevada, que pode ocultar infor-
mação importante do mapa; nem muito pequena, pois tal faz com que as setas que terão menor largura sejam
difíceis de representar.
Esta decisão terá então de ser tomada pelo autor do mapa, após ter ponderado todas estas situações.

2.ª Etapa
Desenhar as linhas para representar cada variável, respeitando a escala determinada. Esta tarefa deve começar
por ser executada a lápis.
Este procedimento deve ser executado com a maior perfeição possível e, de preferência, utilizando um suporte
informático, que permite maior qualidade.

3.ª Etapa
Colocar em cada linha o limite da seta, respeitando este o sentido do fluxo representado.

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Parte

4
4.ª Etapa
Caso se representem vários tipos de fluxos, devem colorir-se as diferentes linhas com a cor respetiva.

Técnicas de trabalho em Geografia


5.ª Etapa
Deve construir-se uma legenda onde se identifique claramente o significado da largura de cada linha utilizada; neste
caso, deixando clara a quantidade a que cada linha se refere, podendo usar-se apenas algumas como referência.
Se se utilizar mais do que uma cor, tal deve também ser ilustrado na legenda.

6.ª Etapa
Colocar, em área visível, o título do mapa. Este deve identificar claramente o assunto representado no mapa, assim
como a área geográfica a que se reporta e a data a que se referem os dados utilizados.

7.ª Etapa
Identificar a fonte utilizada, da forma mais completa possível, incluindo o nome do trabalho de onde foram
extraídos os dados, o seu autor, a data e o local de elaboração do mesmo.

8.ª Etapa
Colocar a orientação no mapa (rosa dos ventos; indicação do ponto cardeal norte ou a rede cartográfica) e a
escala.

FLUXO DE TURISTAS NO MUNDO Etapa 6

Etapa 6

OCEANO

OCEANO

OCEANO Etapa 7
PA C Í F I C O

Fonte: Instituto de Turismo de Portugal


PA C Í F I C O
OCEANO
Etapa 5 Milhares de turistas
ÍNDICO
> 20 000
4000 a 20 000 AT L Â N T I C O
1000 a 4000
100 a 1000
< 100

Principais fluxos
Outros fluxos
Alto tráfego 0 2000 km
de cruzeiros
marítimos

Fases de construção de um mapa de fluxos.


Etapa 3 Etapa 8

Como se analisa e interpreta o mapa?


A primeira etapa da análise do mapa de fluxos corresponde à identificação do(s) fenómeno(s) representado(s).
De seguida, deve verificar-se a distribuição do fenómeno pelo espaço geográfico em análise, primeiro de uma
forma geral, depois analisando diferentes pormenores que se considerem pertinentes.
A interpretação de um mapa de fluxos deve ter sempre em linha de conta que se refere à distribuição de variáveis
em espaços muito definidos, permitindo uma leitura exata e precisa dessa distribuição, que facilita a perceção
da forma como os fenómenos se apresentam no espaço.
Se a largura das linhas que representam os fluxos for bem selecionada, será possível proceder a uma análise rica
dos movimentos que se encontram representados, bem como ao volume da sua ocorrência.

GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana 259

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Parte

4 Atividades

1 A
 tenta nos valores da população estrangeira que solicitou estatuto de residente em Portugal,
Técnicas de trabalho em Geografia

segundo as principais proveniências.

AMÉRICA AMÉRICA
ÁFRICA EUROPA
DO NORTE DO SUL
Cabo Guiné- São Tomé Reino
Total Angola Alemanha Espanha França EUA Brasil
Verde Bissau e Príncipe Unido
1992 13 735 3165 1014 1732 420 332 235 243 424 479 2873
1993 9852 1864 1057 922 378 404 207 262 496 428 1824
1994 5653 360 404 190 79 550 326 280 614 435 833
1995 5025 287 294 132 52 603 320 271 678 323 728
1996 3644 119 274 92 31 482 270 251 500 255 327
1997 2563 114 232 40 25 71 80 46 79 490 460
1998 6485 362 765 233 125 635 540 453 539 331 670
1999 15 289 1272 3893 1330 444 859 1045 715 761 203 1412
2000 18 753 2862 3476 1874 705 842 1172 726 855 218 1834
2001 19 135 2561 3556 2043 969 799 1491 649 900 145 1717
2002 18 311 2288 3318 1686 788 762 1023 585 1035 124 1942
2003 14 108 1089 2053 1051 426 703 754 492 1046 105 2202
2004 16 519 1105 2388 835 666 599 616 429 1210 79 2677
2005 14 708 1267 1902 776 467 570 600 363 1066 75 3212
Portugal 59 257 1678 2874 1389 803 292 255 164 834 89 10 741
Continente 56 326 1645 2710 1276 792 267 239 153 777 70 10 119
R. A. Açores 1019 25 151 19 6 14 2 2 7 16 307
R. A. Madeira 1912 8 13 94 5 11 14 9 50 3 315
INE, Portugal, 2007, Anuário Estatístico de Portugal, 2006
Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)

1.1 Constrói o mapa de fluxos onde se represente os valores expostos para 2005.
1.2 Analisa a distribuição que é visível no mapa construído.
1.3 Analisa a evolução dos valores presentes no quadro relativamente aos países africanos.
1.4 Analisa a evolução dos valores presentes no quadro relativamente aos países europeus.
1.5 Analisa a evolução dos valores presentes no quadro relativamente à América do Norte.
1.6 Analisa a evolução dos valores presentes no quadro relativamente à América do Sul.

260 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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Parte

Técnicas de trabalho em Geografia


O
C
I
T
N
Â
L
T
A

O
N
A
E
C
O

0 40 km

O C E A N O

A T L Â N T I C O

NUT II

O C
EA
NO
AT
L
Â
N
T
IC
O

0 50 km
0 10 km

GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana 261

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Parte

4
Técnicas de trabalho em Geografia

Oceano
Pacífico

Oceano
Índico
Oceano Glacial Ártico

Atlântico
Oceano

Oceano
Pacífico

3000 km
N

262 GEOGRAFAR  •  Geografia  •  9.º ano  •  Material fotocopiável  •  © Santillana

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