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Escola Secundária Santa Maria - ano letivo 2016/2017

As empresas…

…Multinacionais / Transnacionais

Disciplina: Área de Integração

Aluno: André Ramos, nº 5, 2ºTAEI

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Índice

1. Introdução......................................................................................................................3

2. O que é uma empresa multinacional/transnacional.......................................................4

2.1. Alguns exemplos de empresas multinacionais ou transnacionais..........................8

2.2. O caso especial da Nike como empresa Transnacional........................................10

3. Conclusão....................................................................................................................16

4. Webgrafia....................................................................................................................17

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1. Introdução

O tema deste trabalho é “As empresas multinacionais ou transnacionais”. Mas o


que se entende por “multinacionais”? Segundo o Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa1, “multinacional”, é algo relativo a vários países, ou algo realizado entre
vários países, ou ainda algo de que fazem parte muitos países.

Ainda segundo o mesmo Dicionário Houaiss2, a expressão “multinacionalismo”,


significa o carácter ou condição do que é multinacional, ou ainda a designação de uma
forma de organização que reúna membros, grupos ou sectores de atividade (industrial,
comercial, agrícola, de serviços, etc.) pertencentes a mais de três países.

O adjetivo “multinacional” foi utilizado pela primeira vez em 1960 por David
Lilienthal, um economista norte-americano que dirigiu um projeto de desenvolvimento
do Vale do Tennessee nos Estados Unidos da América (EUA).

Já transnacional é aquilo que vai além das fronteiras nacionais, sendo comum a
vários países, unidos política e economicamente: corporação transnacional. Por
Extensão, o que ultrapassa os limites geográficos de um país, abarcando outros.

Neste trabalho, iremos falar sobre o que é uma empresa multinacional ou


transnacional. É essencial que se perceba o peso destas empresas na economia mundial.

1
Cfr. HOUAISS, António e VILLAR, Mauro, in Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Tomo XIII,
p. 5664, edição Instituto António Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C
Lda. – Lisboa, Temas e Debates, 2003.

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Idem.

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2. O que é uma empresa multinacional/transnacional

Em 1963, o adjetivo multinacional transforma-se em nome e ganha fama


mundial, isto através da publicação de um relatório especial na revista Business Week
sobre empresas apátridas que adotaram o planeta Terra como o seu mercado de eleição.

No entanto, estas empresas têm uma pátria bem definida (ou seja, a pátria de
origem do seu capital). Razão porque muitos autores e estudiosos desta matéria
(essencialmente na área da economia), preferem denominá-las de “empresas
transnacionais”. Segundo a ONU, as empresas multinacionais são sociedades que
possuem (ou controlam) meios de produção ou serviços fora do país onde estão
sediadas. A ONU prefere utilizar o termo empresas transnacionais (pois este último pode
ser interpretado como se a empresa pertencesse a várias nações, enquanto o primeiro
relaciona-se ao facto de a empresa ultrapassar os limites territoriais de sua nação para atuar
no mercado exterior), mas não possui meios de produção ou subsidiárias noutros países.

A relação entre os países onde se instalam e as próprias multinacionais, dá


origem a um paradoxo: a participação estrangeira das empresas multinacionais (ou
empresas transnacionais) na economia dos países capitalistas subdesenvolvidos é tão
elevada que, contribui, também, para uma grande dependência económica destes países,
relativamente a tais empresas.

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Se as empresas nacionais necessitam dos países para obterem lucros e se
expandirem, também muitos países dependem dessas empresas transnacionais para se
desenvolverem e darem melhores condições de vida aos seus cidadãos.

Os países (subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento) ao atraírem grupos


económicos multinacionais (ou transnacionais) para o interior das suas fronteiras, tem
em vista tornarem-se, também elas, nações mais desenvolvidas. Para o efeito, através
dos respetivos Governos, concedem às multinacionais:

- Legislação favorável, no sentido de permitir mais capital estrangeiro investido;

- Grandes recursos, essencialmente, em termos de matéria-prima a baixos


preços;

- Mão-de-obra abundante e baixos salários.

De facto, não se tratam, na sua maioria, de empresas novas, a operar nestes


países. Nem é novidade o caráter multinacional das suas operações. Muitas destas
empresas até já existiam no início do século XX, por atuarem de modo monopolizador
em setores inteiros da economia dos seus países de origem e, sobretudo, por adotarem
acordos secretos para dividir os mercados e imporem preços.
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Mas então, porque é que se utiliza uma palavra nova (“multinacional” ou
“transnacional”), para designar empresas antigas? A resposta é:

- Em primeiro lugar, pela nova dimensão alcançada, ao nível do Planeta, por


muitas destas empresas;

- Em segundo lugar, porque, muitas vezes, estas empresas assumiram um papel


que antes era desempenhado pelo Estado, no caso: ao nível da internacionalização da
economia.

Para termos uma ideia dos montantes que estas empresas movimentavam (pela
primeira vez, com dados fiáveis e com proveniência de um organismo independente) em
1971, uma comissão especial das Nações Unidas analisou o papel das multinacionais no
Mundo, estimando em 500 biliões de dólares americanos o valor total por elas
adicionado à produção num ano (o equivalente a 1/5 de toda a produção capitalista).
Mais, ao tempo, se adicionássemos os 3 biliões de dólares americanos, por ano
realizados por cada uma das três maiores multinacionais, aquela soma superava o
Produto Interno Bruto de 80 países membros das Nações Unidas.

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Hoje é lícito afirmar que, pelo volume dos seus recursos, as multinacionais
tornaram-se mais poderosas do que os Governos de alguns Estados. Metade das 500
maiores empresas multinacionais atuam nas áreas do petróleo e da refinação do mesmo
bem como na área da produção de veículos, passando pela área da eletrónica e sem
esquecer a área dos alimentos.

Atualmente as multinacionais/transnacionais otimizam mercados, recursos


naturais e movem influências políticas à escala mundial. Criaram uma nova forma de
acumular lucros e fundaram uma nova divisão internacional de trabalho. Agora, não são
apenas os produtos destas empresas multinacionais que se espalham pelo Mundo, são
também as suas fábricas e, sob o escudo das multinacionais, o Capitalismo assumiu
abertamente o seu caráter supranacional.

Tendo por base a economia global, centenas de empresas estão a atravessar as


fronteiras nacionais – onde têm as suas sedes - para produzir bens e serviços no exterior,
tendo como destinatários clientes de todo o mundo. Ao contrário da conceção
empresarial do passado, as empresas multinacionais estão a transferir para outros países
a sua produção, o capital, a tecnologia e até a gestão.

No fundo, estas empresas procuram com o seu crescimento, ou lucro, onde quer
que existam boas hipóteses de negócio.

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Através das multinacionais, promovendo a cultura do consumismo, seduziram-se
as populações do Leste Europeu, contribuindo para a derrocada do Muro de Berlim, o
que evidencia o triunfo do Capitalismo sobre o Comunismo e uma vitória da conceção
neoliberal; isto é: a organização social oriunda da competição entre os homens
(característica dos países e economias capitalistas) tornou-se superior,
comparativamente à socialização dos meios de produção (tradicionalmente atribuída às
economias socialistas e comunistas).

Ou seja, as multinacionais contribuíram para a alteração do paradigma político.


Dizendo de outro modo, as multinacionais, aliadas ao consumismo, sendo ambas uma
marca do Capitalismo, contribuíram para a alteração de comportamento das pessoas,
onde quer que elas se encontrem, o que levou a alterações das conceções de vida e de
comportamentos em locais geográficos onde, algumas dezenas de anos atrás, por razões
políticas, tal era inconcebível.

Por outro lado, a globalização da economia reduziu cada vez mais a competição.
No final deste milénio, já se verificam situações em que só uma ou duas empresas –
como é o exemplo da IBM na informática, ou da EXXON e da SHELL no petróleo -
detêm quase metade do mercado mundial.

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2.1. Alguns exemplos de empresas multinacionais ou transnacionais.

Qualquer multinacional/ transnacional é uma sobrevivente, vitoriosa, na luta pela


obtenção de mercado, luta essa em que a sobrevivente venceu outras empresas
concorrentes, ou então, acabou por as absorver. No fundo, trata-se de um processo
interminável de concentração de capital e de monopolização da produção. A este
respeito, vejamos como nasceu uma das maiores multinacionais do Mundo, a EXXON,
que detêm 15% do mercado mundial de derivados de petróleo, através do controlo
acionista (isto é do capital) de quase 300 empresas em 52 países. A história da EXXON
é típica para perceber a formação das multinacionais norte-americanas, que primeiro
dominaram o mercado do seu próprio país. Esgotada essa etapa, isto é, uma vez
esgotado o seu mercado tradicional nacional, viram-se para o domínio dos mercados
mundiais.

Também os casamentos, ou alianças, entre grandes empresas europeias de


nacionalidades diferentes e dimensões comparáveis, celebrados em meados do século
passado (numa escalada de processos de concentração de capitais, sobretudo ao nível da
bolsa) contribuíram para a formação e criação de multinacionais. São disso exemplo:

- Em 1964, a união da fabricante de filmes alemã AGFA e da sua congénere


belga GEVAERT;

- Em 1970, uniram-se duas poderosas fabricantes de produtos de borracha, cabos


e pneus: a DUNLOP (de capital britânico) e a PIRELLI (italiana);

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- Na mesma década de 70, duas multinacionais farmacêuticas, no caso ambas
suíças, a CIBA e a GEIGY, deram origem à maior empresa do ramo em todo o mundo.

2.2. O caso especial da Nike como empresa Transnacional

A Nike é a maior empresa de vestuário desportivo do Planeta e está presente em


cerca de 140 países, tendo atingido, aproximadamente, 30.000 pontos de venda fora dos
EUA.

A Nike Inc. é uma empresa norte-americana de calçado, equipamentos


desportivos, roupas e acessórios que foi fundada em 1972. A sua a sede atual fica em
Beaverton, no estado de Oregon, nos Estados Unidos. Esta empresa inspirou-se na
deusa grega da vitória, Niké para criar o seu nome O logotipo da marca é um desenho
gráfico criado em 1971 e vendido por apenas 35 dólares à empresa.

O braço internacional desta empresa multinacional/transnacional estende-se em


subsidiárias nos seguintes países: Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá,
Chile, Croácia, Republica Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Hungria,
Indonésia, Índia, Irlanda, Itália, Japão, Coreia, Malásia, México, Nova Zelândia,
Holanda, Noruega, Filipinas, Portugal, Polónia, Singapura, Eslovénia, África do Sul,
Espanha, Suécia, Suíça, Taiwan, Tailândia, Turquia, Reino Unido e Vietname.

Em termos de produção, a maior parte dos vestuários Nike é fabricada fora dos
EUA, tendo a sua concentração, principalmente, nos seguintes países: Bangladesh,

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China, Índia, Indonésia, Malásia, México, Paquistão, Filipinas, Sri Lanka, Taiwan e
Tailândia.

Já a produção de calçado Nike é exclusivamente fabricado fora dos EUA,


visando essencialmente o mercado internacional e estão concentrados basicamente na:
China, Indonésia, Vietname, Tailândia, Itália, Taiwan e Coreia do Sul.

A Nike divide o Mundo em quatro grandes regiões de atuação: os Estados


Unidos, a Europa (inclui Oriente Médio e África), a Ásia Pacifico (inclui Oceânia) e as
Américas (exclui os EUA).

Uma das características mais marcantes da Nike é a importância dada à


valorização da marca, o que tem sido conseguido com investimentos maciços em
marketing, a criação de espaços emblemáticos, como o Nike Campus e as lojas Nike
Town.

Tem existido também um grande investimento na pesquisa e desenvolvimento


de produtos (produtos sem PVC, produtos de algodão natural); no marketing ecológico
e social (com o é o caso de ações desportivas como é o caso da Race to Stop Global
Warming, do projeto Air to Earth que visa o reaproveitamento/reciclagem dos
componentes dos produtos Nike) e, sobretudo, numa comunicação agressiva e criativa,
que valoriza a personalidade de marca, baseada sobre em cinco valores. A saber:

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- A honestidade: a Nike quer ser uma empresa honesta na forma como trata os
atletas que patrocina e na forma como entende as suas necessidades;

- A inovação: a Nike afirma-se como uma empresa que se esforça para entregar
ao consumidor aquilo que ele ainda nem concebeu/imagina;

- A competitividade: a Nike diz que produz os melhores produtos para melhorar


a performance dos atletas;

- A inspiração: a Nike realça que estimula a emoção e paixão pelo desporto e


pela competição; ·

- A diversão: a Nike considera que possui energia, vitalidade e graça em tudo


que produz.

Mas a atitude de marketing e publicidade da Nike, atualmente, extravasa o


mundo desportivo e integra os setores internos da própria empresa, designadamente ao
nível da:

- Produção - depois de muitos ataques que prejudicaram a imagem da empresa,


associados à exploração de mão-de-obra nos países subdesenvolvidos e à
discrepância entre custo de produção e valor de revenda, a empresa tem
melhorado a remuneração e condições de trabalho de seus funcionários
(admitindo, no entanto, a existência de condições ainda precárias e de alguns
funcionários ainda mal remunerados), tendo para o efeito estabelecido uma
política de aproximação com as comunidades mais necessitadas;
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- Pesquisa e Desenvolvimento – a empresa tem enfatizado a sua preocupação
com a melhoria da performance dos atletas, através do domínio de know-how
tecnológico, o que pode ser constatado em inovações como sistema de
amortecimento Shox, sistema de distribuição de calor Dry Fit, em muitos dos
seus produtos;

- Responsabilidade Social - a Nike tem a cultivado a imagem de uma empresa


responsável através do apoio a diversas Organizações Não Governamentais
(ONG) e a eventos com cunho ecológico e social (é o caso da Air to Earth, que é
um programa de reciclagem de produtos Nike; do P.L.A.Y. - Participate in the
Lives of America’s Youth, um programa de integração de jovens necessitados;
Race to Stop Global Warming, que é um patrocínio na corrida contra o
aquecimento global; etc.);

- Estrutura Física - além das lojas conceptuais chamadas Nike Town, é muito
importante, o exemplo do Nike Campus, constituído por um conjunto de 11
edíficios (do tipo universidade americana), distribuídos numa grande área verde,
fora de algumas cidades (sobretudo nos EUA). Nestes locais são criados,
desenvolvidos e testados todos os produtos Nike. Nestes prédios existe também
uma enorme e moderníssima academia de desporto com uma parede com 25
metros de altura para “wall climbing”; uma piscina olímpica, campos de
basquetebol, golfe e ténis; uma pista de corrida com cobertura que contorna todo
o campus e, no meio, três campos de futebol – os “Ronaldo Fields”, com direito
a uma estátua de bronze deste famoso jogador de futebol português.

- Marketing - a Nike desde sempre percebeu que publicidade é também matéria-


prima dos seus produtos e, neste sentido, procurou criar conceitos associados ao
espírito Nike na mente do consumidor. Todas as atitudes atrás referenciadas, são
difundidas pela empresa, interna e externamente, pois é fundamental possuir
uma imagem da marca que seja associada a: tecnologia desportiva, paixão pelo
desporto e responsabilidade social.

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Ainda dentro do campo da publicidade, ou marketing, da Nike, pela importância
que assumiram na difusão desta marca ao nível mundial, destacamos as datas
abaixo mencionadas e os seguintes conceitos:

- Em 1988 - Just do it – tratou-se de um conceito universal e pessoal e tornou-se


a marca registada da empresa.

- Em 1995 – Futebol em prédios - a Nike selecionou jogadores da elite do


futebol mundial para uma partida internacional entre paredes de edifícios. As
figuras dos atletas retratadas nas paredes ganharam vida e trocaram passes numa
partida transatlântica. Foi muito interessante pela perceção da presença
internacional da Nike;

- Em 2001- Street football – com o objetivo mostrar que praticar desporto é


divertido, criou um clip onde os atletas de elite se divertem a jogar (no caso, o
futebol). O anúncio mostra a técnica, a habilidade e a competência, ao mostrar o
que se pode fazer com uma bola de futebol. O destaque é a integração entre
ritmo musical e o ritmo do jogo;

- Em 2014 - Quem ganha fica – neste anúncio a Nike usa diversas estrelas do
futebol mundial. Tratava-se de um anúncio publicitário verdadeiramente épico
de uma campanha virada para o Campeonato do Mundo 2014. Neste anúncio, a
marca de material desportivo conseguiu reunir alguns dos melhores jogadores de
futebol do mundo. (vídeo no site http://videos.sapo.pt/221ikn3UwkZ3c9i4Dzfj).

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Segundo a consultora britânica Interbrand, a marca NIKE está atualmente
avaliada em 19.875 biliões de dólares americanos, ocupando a posição número 22 no
ranking das marcas mais valiosas do mundo, além de ocupar a posição número 9 no
ranking das marcas mais influentes do Planeta.
A empresa ocupa ainda a posição número 115 no ranking da revista FORTUNE
500 de 2014, entre as empresas de com maior faturação no mercado americano. 

A Nike tem aproximadamente 57.000 funcionários no Mundo (e mais de


950.000 trabalhadores indiretos que trabalham em fábricas contratadas), tendo seus
produtos vendidos em mais de 170 países. Os maiores mercados da empresa são Estados
Unidos, Europa e Japão. A Nike lança, por trimestre, cerca 1.800 novos produtos. Os
mais de 300 milhões de pares de ténis vendidos por ano e outros milhões de acessórios
garantem uma faturação superior a 27 biliões de dólares americanos.
Se isto não é uma multinacional/ transnacional, que outra empresa o poderá ser?

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3. Conclusão
Atualmente, na era da globalização, as empresas são cada vez mais ou
multinacionais ou transnacionais. Na realidade os dois termos, pelo uso comum
acabaram por se fundir e servem para denominar as grandes empresas que, sediadas
geralmente nos países desenvolvidos, se instalam em países subdesenvolvidos, muitas
vezes, para tornarem os produtos mais baratos e os comercializam no Mundo inteiro. Os
objetivos destas empresas é a maximização do lucro, logo procuram os países pouco
desenvolvidos para produzir os seus produtos, visto que a mão de obra é mais barata e
as preocupações ambientais são menores.
Os avanços tecnológicos aceleraram processos de globalização, romperam
fronteiras e modificaram a forma de relacionamento entre empresas e nações. O Mundo
passou a ser entendido como uma grande aldeia global, originando assim o termo
globalização. Neste contexto muito mais complexo, as empresas necessitaram de
adaptar sua produção e comercialização dos produtos para garantirem as vantagens
competitivas, mas também para terem a oportunidade de expandir seus negócios em
novos e promissores mercados.
As empresas multinacionais vão dando origem às transnacionais, naturalmente,
quando deixam de ser apenas uma empresa que comercializa os seus produtos para o
Mundo. As empresas foram obrigadas a repensarem as suas estratégias de atuação local.
Num processo constante de aprendizagem, as empresas foram evoluindo e repensaram
as suas estratégias. Com esta evolução, uma empresa transnacional deixa de ter capital
social pertencente a um país em particular e deixa de dominar, necessariamente, o
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processo de produção na sua totalidade. Veja-se o caso da AutoEuropa em Portugal. É
esta subsidiária que acorda os contratos com empresas locais ou estrangeiras para o
fornecimento dos componentes que necessita e a empresa mãe pouco decide na gestão
da fábrica.
Cada produto pode ter os seus componentes produzidos em diversas regiões do
mundo. Isto acontece porque as empresas procuram a redução dos custos (ex.:
produção, mão-de-obra, de impostos, financiamentos, etc.) com o objetivo de se
tornarem mais competitivas e de dominarem o mercado a que se destinam os seus
produtos ou serviços.
Em síntese, as multinacionais/ transnacionais tornaram-se “cidadãs do Mundo” e
são o exemplo perfeito do Capitalismo no Mundo Moderno.

4. Webgrafia

- As empresas multinacionais e transnacionais, Porto Editora,


https://recursos.portoeditora.pt/recursoid=4431136; (em linha);

- Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, dicionario.priberam.pt/sobre.aspx (em


linha);

- A internacionalização e os fatores de competitividade; FEP;


https://www.fep.up.pt/docentes/cbrito/Tese%20Manuela%20Dias.pdf (em linha);

- As Empresas multinacionais que dominam a economia mundial;


www.webartigos.com/artigos/as-empresas-multinacionais-que...a...mundial/139750,
(em linha);

- Internacionalização do Grupo Oxylane, Capítulo 1;Introdução; Estudo Geral


Universidade de Coimbra;https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/17948/5/tese.pd
f (em linha);

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