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FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E POLÍTICAS

Curso de Curta Duração | Protecção de Marcas e Patentes


Ano Lectivo de 2020

AVALIAÇÃO 1

NOME: FRANCISCO XAVIER PENDUKENI PELIVAVALI


N.º DE ESTUDANTE: 170362
EMAIL: fp170362@aluno.ugs.ed.ao
DATA: 24/11/2020

Hipótese Prática
Gimenez Gila, professor Universitário, é coordenador de uma unidade de investigação
e desenvolvimento (IYD) na Faculdade de Engenharia Aeronáutica da Universidade Privada
do norte de Angola (UPN). A unidade de IYD que dirige tem-se dedicado ao estudo do
electromagnetismo. No âmbito da actividade de pesquisa levada a cabo pela referida unidade
e após anos de árduo labor, o professor Gimenez desenvolveu um grande aplicativo para
telemóveis, capaz de calcular as calorias que se perde numa corrida.

Resolução

A situação prática expressa no enunciado coloca-nos em presença do Direito da


Propridade Industrial, que visa a protecção da propridade industrial.

Fontes cognoscendi: n.º 4 do artigo 42.º da Constituição da República de Angola


(CRA); Art.º 1303.º do Código Civil; Lei n.º 3/92, de 28 de Fevereiro – Lei da Propriedade
Industrial (LPI); Decreto-Lei n.º 20/97, de 9 de Maio – Tabela de Taxas referentes à
Propriedade Industrial.

De acordo com o n.º 2 do artigo 1.º da LPI, “a protecção da propriedade industrial tem
por objecto as patentes de invenção, os modelos de utilidade, os modelos e desenhos industriais,
as marcas de fabrico, de comércio e de de servições, as recompensas, o nome e a insígnia do
estabelecimento e as indicações de proveniência, bem como a repressão da concorrência
desleal”.
A hipótese prática retrata do aplicativo para telemóveis capaz de calcular as calorias
que se perde numa corrida, desenvolvida pelo professor Universitário Gimenez Gila no âmbito
do contrato de Trabalho com a Faculdade de Engenharia Aeronáutica da UPN.

Trata-se de uma invenção patenteável Patenteável?

Nos termos do artigo 2.º da LPI, “entende-se por patente o título jurídico concedido
para proteger uma invenção e que confere ao seu titular o direito de a explorar”. A invenção é
entendida nos termos do mesmo artigo, como “a ideia de um inventor que permite, na prática,
a solução de um problema específico no domínio da tecnologia, quer seja referente a um
produto, quer a um processo”.

O artigo 3.º da LPI estabelece os requisitos que visam definir as invenções patenteáveis:
Novidade; actividade inventiva e susceptibilidade de aplicação industrial.
Quanto ao primeiro requisito, parece tratar de uma invenção nova até prova em contrário de
que se trata de uma situação de estado de técnica (n.º 2 do art.º 3.º da LPI).

No que concerne ao segundo, até prova em contrário, considera-se uma actividade


inventiva (n.º5 do art.º 3.º da LPI).

Por última, quanto à susceptibilidade de aplicação industrial, acha-se uma dúvida a


respeito da utilidade do objecto da invenção em causa. De acordo com o n.º 6 do artigo 3.º da
LPI, o objecto da invenção deve ser utilizado em todo o género de indústria incluindo a
agricultura, a pesca e o artesanato.

Quando à pateteabilidade da da inveção do aplicativo de telemóvel em causa, constata-


se uma lacuna legal, pois, talvez o legislador de 1992 não tenha previsto tal progresso
tecnológico. Portanto, é necessário que se recorra a analogia para suprir tal lacuna.

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