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Agentes Públicos

Matéria: Direito Administrativo


Professor: Jonatas Albino do Nascimento
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas
Professor Jonatas Albino do Nascimento

AGENTES PÚBLICOS

Sumário
1 – Agentes Públicos ............................................................................... 3
1.1 – Conceito e Classificação ................................................................................................................ 3
1.1.1 – Agentes Administrativos ............................................................................................................ 5
1.1.2 – Agentes Políticos ........................................................................................................................ 5
1.1.3 – Agentes Honoríficos ................................................................................................................... 6
1.1.4 – Agentes Delegados .................................................................................................................... 6
1.1.5 – Agentes Credenciados ............................................................................................................... 7
1.2 – Concursos Públicos ....................................................................................................................... 7
1.2.1 – Necessidade de Concursos Públicos .......................................................................................... 7
1.2.2 – Exceções à regra de Concurso Público....................................................................................... 8
1.2.3 - Acesso a cargos/empregos/funções públicas – ........................................................................ 10
Brasileiros x Estrangeiros ..................................................................................................................... 10
1.2.4 – Editais x Lei............................................................................................................................... 11
1.2.5 - Inidoneidade Moral e Segunda Chamada em Testes de Aptidão Física ................................... 12
1.2.6 - Testes Psicotécnicos ................................................................................................................. 13
1.2.7 - Antecedência Mínima entre Edital e Prova .............................................................................. 15
1.2.8 - Alterações no edital ao longo do concurso público ................................................................. 15
1.2.9 - Controle dos Concursos Públicos.............................................................................................. 15
1.2.10 - Prazo de validade do concurso ............................................................................................... 16
1.2.11 - Vagas reservadas para deficientes ......................................................................................... 19
1.2.12 - Regras para concursos federais .............................................................................................. 21
1.3 - Cargos em comissão e Funções de confiança.............................................................................. 22
1.4 - Direito a associação sindical ........................................................................................................ 26
1.5 - Direito de greve dos agentes públicos......................................................................................... 26
1.6 - Remuneração dos Agentes Públicos ............................................................................................ 29
1.7 – Acumulação de Cargos, Funções e Empregos Públicos .............................................................. 34
1.8 –Administração Tributária ............................................................................................................. 36
1.9 – Estabilidade vs Vitaliciedade....................................................................................................... 38
2 – Direitos dos Servidores Públicos ...................................................... 39
3 – Estabilidade ..................................................................................... 40
4 – Estágio Probatório ........................................................................... 42
5 – Regime Jurídico Único e Plano de Carreira ....................................... 44

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6 - Servidores no exercício de mandato eletivo ...................................... 46


7 – Previdências dos Servidores Públicos............................................... 47
7.1 – Como era..................................................................................................................................... 47
7.2 – Como é hoje ................................................................................................................................ 48
7.2.1 – Aposentadoria por invalidez permanente ............................................................................... 52
7.2.2 – Aposentadoria Compulsória .................................................................................................... 53
7.2.3 – Aposentadoria Voluntária ........................................................................................................ 53
8 – Responsabilidade Civil, Criminal e Administrativa ............................ 54
8.1 – Responsabilidade Civil ................................................................................................................ 55
8.2 – Responsabilidade Penal .............................................................................................................. 55
8.3 – Responsabilidade Administrativa ............................................................................................... 56
8.4 – Disposições Gerais ...................................................................................................................... 56
9 – Questões Comentadas ..................................................................... 58
9.1 – VUNESP ....................................................................................................................................... 58
9.2 – CESPE .......................................................................................................................................... 84
9.3 – ESAF ............................................................................................................................................ 98
9.4 – FCC ............................................................................................................................................ 107
10 – Lista de exercícios ....................................................................... 115
10.1 – VUNESP ................................................................................................................................... 115
10.2 – CESPE ...................................................................................................................................... 127
10.3 – ESAF ........................................................................................................................................ 133
10.4 – FCC .......................................................................................................................................... 138
11 – Gabarito ...................................................................................... 143
11 – Referencial Bibliográfico .............................................................. 146

1 – Agentes Públicos

Já vimos esse tema em aulas passadas, mas não de forma exaustiva.


Vamos fechar nesse tópico todas as lacunas do tema fazendo também uma
breve revisão do que já foi visto.

1.1 – Conceito e Classificação

O conceito de agente público é detalhado na Lei Nº 8.429/92 e pode ser


definido como todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer

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forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função


pública.
Veja que o conceito de agente público é bastante amplo e independe
do vínculo ser permanente ou temporário e também do agente receber ou não
remuneração. Esse conceito é semelhante ao estudado em direito penal com a
denominação funcionário público.

Agente Público
(conceito amplo)

Com ou sem
remuneração

Celetista ou
estatuário

Independe de
vínculo
permanente
com a
Administração

Dentre os agentes públicos, dois tipos merecem especial destaque, pois


representam a grande maioria do gênero agentes públicos: os servidores
públicos e empregados públicos.
Os servidores públicos são aqueles regidos por regime próprio,
estatutário, legal. Resumindo, têm uma lei própria (específica) para reger sua
relação com o Estado. Essa lei é predominantemente de direito público, que é o
regime jurídico que deve predominar (segundo a doutrina) para aqueles que
exercem atividades típicas de Estado. Exercem cargos públicos efetivos ou
em comissão, como os policiais federais.
Os empregados públicos são agentes públicos que atuam sob regime
contratual, celetistas. Por exemplo, os milhares de empregados da Petrobras.
Aqui predomina o regime de direito privado.
Vamos estudar em seguida as principais espécies do gênero agentes
públicos.

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Regime de
SERVIDORES
direito Estatutário
PÚBLICOS
Público

Regime de
EMPREGADOS
direiro Celetista
PÚBLICOS
privado

(CESPE - Esc Pol - PC DF/2013) Acerca do regime jurídico


dos servidores públicos, julgue o item subsecutivo.
O conceito de agente público para a aplicação da Lei de Improbidade
Administrativa abrange aqueles que exerçam, sem remuneração, função no
âmbito da PCDF.
Comentários.
Perfeito. O conceito de agente público é bastante amplo, sendo independente
de remuneração ou de vínculo permanente.
Gabarito: Certo.

1.1.1 – Agentes Administrativos

Aqui estão a maioria dos agentes públicos. Atuam na Administração


Pública ocupando cargos, empregos e funções públicas com vínculo
hierárquico e recebendo remuneração para isso. Podemos citar, como
exemplo, os servidores e empregados públicos.

1.1.2 – Agentes Políticos

Esses são os agentes públicos que fazem parte da cúpula da


Administração Pública. São aqueles que definem as políticas públicas a
serem implementadas pelo Poder Público e realizam a supervisão e
direção superior de tais políticas.
Podemos citar, como características, o fato de terem suas competências
originadas na própria CF/88 e não se sujeitarem a muitas das regras
aplicáveis aos demais agentes públicos. Inclusive possuem certas
prerrogativas definidas pela própria CF/88, como a imunidade dos
parlamentares. Tais prerrogativas servem para que possam executar suas
atribuições com a maior independência possível.

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Em termos gerais, não são hierarquizados e muitas vezes são escolhidos


por eleição. Podemos citar como exemplos o Presidente da República e os
membros do Poder Legislativo.

(CESPE - Tec MPU - Apoio Técnico e Administrativo -


Administração/2013) A respeito dos agentes públicos, julgue o próximo item:
“Os ministros de Estado são considerados agentes políticos, dado que integram
os mais altos escalões do poder público”.
Comentários.
Os agentes políticos são os participantes da cúpula da Administração Pública e
os Ministros de Estado certamente fazem parte de tal categoria, pois estão
abaixo apenas do Presidente e são responsáveis pela definição de políticas
públicas.
Gabarito: Certo.

1.1.3 – Agentes Honoríficos

São cidadãos chamados a colaborarem temporariamente com o


Poder Público, por meio da prestação de serviços específicos. Não
possuem vínculo com a Administração Pública e normalmente atuam sem
remuneração. Podemos citar os mesários que atuam nas eleições, como
exemplo.

(CESPE - Tec APU - TC-DF/2014) No que se refere aos


agentes públicos e aos dispositivos da Lei Complementar n.º 840/2011, julgue
o seguinte item.
Empresário convocado pela justiça eleitoral para ser mesário durante as eleições
será considerado agente público, mesmo que em caráter transitório, enquanto
exercer a função a ele designada pelo Estado.
Comentários.
Perfeito. Os agentes honoríficos são considerados agentes públicos para todos
os fins legais.
Gabarito: Certo

1.1.4 – Agentes Delegados

São particulares que exercem atividades por sua própria conta e


risco, mas que podem ter impacto na população, sendo fiscalizados pelo

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Poder Público. Aqui temos por exemplo os delegatários de serviços públicos e


os leiloeiros.

1.1.5 – Agentes Credenciados

São aqueles que recebem a incumbência de representar a


Administração Pública em determinados eventos ou atividades. Podemos
citar um professor universitário que representa o Brasil em certo congresso.

1.2 – Concursos Públicos

1.2.1 – Necessidade de Concursos Públicos

Primeiramente, vamos entender como se dá o acesso aos cargos,


empregos e funções públicas. De acordo com o artigo 37 da CF/88, temos:
“ (...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
(...)”
Podemos perceber que a investidura em cargo/emprego público depende,
em regra, de concurso público de provas ou de provas e títulos. Ou seja, não é
possível a realização de concurso público exclusivamente de títulos.
Vamos esquematizar o descrito acima para você entender melhor:

Concurso Público de
Provas
Em regra
depende de
Concurso Público de
Investidura em Provas e Títulos
cargo/emprego
público

Salvo Para cargos em comissão

Com relação ao uso de títulos nos concursos públicos, tal possibilidade


só se justifica para cargos/empregos que dependam de especial conhecimento
técnico ou científico. Segundo o STF, deve haver também uma relação lógica

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entre os títulos aceitos como fatos de pontuação e as atribuições dos


cargos/agentes e a natureza do cargo – nada justifica a exigência de títulos para
cargos de atribuição genérica. Além disso, a pontuação atribuída deve ser
razoável, sob pena de afronta aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade.
Com relação a certas carreiras como Magistratura, Advocacia Pública,
Defensoria Pública e os profissionais de educação das redes públicas, a própria
CF/88 já definiu que o concurso público será de provas e títulos.
No âmbito do serviço público federal, a Lei nº 8.112/90 detalha um pouco
mais:
“Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de
provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de
classificação e o prazo de sua validade.”

A Lei nº 8.112/90 trata dos ocupantes de cargo público efetivos no âmbito


federal, que são os servidores públicos federais estáveis no serviço público
(adquirem a estabilidade após o cumprimento de determinados requisitos, que
serão vistos adiante).
Percebam que a lei deixa clara algumas questões não explícitas na CF/88,
como a nomeação de acordo com a ordem de classificação e dentro do prazo
de validade do concurso público. Fato é que, independente de não estar explícito
na CF/88 (que se aplica também às esferas estaduais e municipais), é consenso
na doutrina que tais itens devem ser obedecidos.

(CESPE - Deleg - PC - BA/2013) Com relação aos agentes


públicos, julgue o item subsequente.
Para que ocorra provimento de vagas em qualquer cargo público, é necessária
a prévia aprovação em concurso público.
Comentários.
Questão errada porque o provimento dos cargos em comissão (que são espécie
de cargo público) não requer a realização de concurso público.
Gabarito: Errado

1.2.2 – Exceções à regra de Concurso Público

➢ Cargos em Comissão
O acesso a cargo ou emprego público tem como regra a necessidade
de concurso público. Tal diretriz é excepcionada no caso de cargos em

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comissão, que são de livre nomeação e exoneração da autoridade


competente, tendo como fundamento o poder discricionário.

➢ Agentes Comunitários
Outra exceção é o caso dos agentes comunitários de saúde e de
combate às endemias, que podem ser contratados mediante “processo
seletivo público”, de acordo com a natureza e complexidade de suas
atribuições e requisitos específicos para sua atuação (art. 198, §4º). A lei
11.350/06 estabelece que tal processo seletivo será precedido de provas ou de
provas e títulos.
➢ Contratação por tempo determinado
A contratacão por tempo determinado também é tratada na CF/88 como
exceção à regra de concurso público. Vejamos o texto:
“Art. 37 (...)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público;”
Os agentes descritos acima não são servidores estatutários (regidos
pela Lei nº 8.112/90) nem celetistas (empregados públicos). Exercem
temporariamente função pública e o seu regime de previdência é o geral
(Regime Geral de Previdência Social). Além disso, seus litígios com a
Administração Pública são julgados pela Justiça Comum.
Na esferal federal, são regidos pela Lei nº 8.745/93, que determina que
a sua contratação se dará por processo seletivo simplificado, podendo este
ser dispensado (prescindido) nos casos de calamidade pública,
emergências ambientais e de saúde pública.
A mesma lei faculta a seleção baseada somente no currículo, no caso de
contratação de professor visitante com notória capacidade técnica ou científica.
No caso de tais agentes, a extinção do contrato pode ocorrer de pleno
direito (término do contrato por decurso de prazo) ou a pedido do agente, não
havendo direito à indenização em tais hipóteses.
Se a dispensa ocorrer por conveniência da Administração Pública e antes
do prazo estipulado inicialmente, o agente terá direito à indenização equivalente
a metade da remuneração do período que ainda falta para o término do
contrato.
Por exemplo, suponha que o agente seja contratado por 2 anos (24
meses) com remuneração de R$ 1.000,00. No meio do período a APU decide
extinguir o contrato. Como está no meio, o agente já recebeu 12 parcelas de
R$1.000,00, estando pendente ainda outras 12. Assim, ele deve receber à título
de indenização R$ 6.000,00.

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Esse tipo de contratação deve ser interpretada restritivamente,


segundo o STF, devendo ser atendidos os seguintes requisitos para realizar a
contratação temporária:
• Caso excepcional previsto em lei;
• A necessidade de contratação deve ser temporária;
• Contrato com prazo predeterminado; e
• O interesse público deve ser excepcional.

Exceções à regra de Concurso Público

Agentes Contratação
Cargos em comissão
comunitários temporária

Funções tipicamente burocráticas e operacionais do dia-a-dia da


Administração Pública não podem ser preenchidas dessa forma. Esse é o
entendimento que predomina na Corte Maior, porém há julgados considerando
que apenas a necessidade temporária já justificaria esse tipo de contratação.
Caso o assunto seja abordado em provas, recomendamos que seja adotada a
regra geral que os requisitos acima devem ser cumpridos.
Os três casos acima são so mais cobrados em prova, porém é interessante
termos uma noção básica acerca de outras duas situações ainda, possivelmente
enquadradas no contexto de exceção a concursos.
✓ Cargos eletivos: agentes polítivos eleitos por meio de voto como
manifestação da democracia. Não faz sentido que sejam submetidos a
qualquer tipo de concurso.
✓ Ex-combatentes: uma vez que tenham participado efetivamente de
operações na Segunda Guerra Mundial, conforme art. 53, I, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.

1.2.3 - Acesso a cargos/empregos/funções públicas –


Brasileiros x Estrangeiros

Com relação a quem pode ocupar cargos e empregos públicos, temos o


seguinte na CF/88:

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“Art. 37 (...) I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis


aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,
assim como aos estrangeiros, na forma da lei;”

O concurso público está diretamente ligado ao conceito de isonomia


e de busca do interesse público. Isonomia porque todos (a princípio) podem
concorrer a uma vaga. Já o interesse público mostra que é importante para a
população a seleção das melhores pessoas para se tornarem agentes públicos,
o que beneficiará a sociedade como um todo com o andamento das atividades
do setor público.
Notem que a Lei trata de forma diferente os brasileiros e os
estrangeiros. Aos brasileiros é concedido o livre acesso aos
cargos/empregos/funções públicas, atendidos os requisitos estabelecidos em
lei. Por exemplo, se um dado cargo define como único requisito (fora a
aprovação em prova) a idade mínima de 18 anos, basta que o brasileiro tenha
idade igual ou superior a 18 anos.
No caso do estrangeiro, é usada a expressão “na forma da lei”. Isso
significa que tem que existir uma lei prevendo a possibilidade de acesso
aos estrangeiros para que só então, se todos os requisitos forem
atendidos (como os brasileiros), os estrangeiros tenham acesso aos
cargos/empregos/funções públicas. É uma norma de eficácia limitada, o
que significa que para que essa parte da CF/88 relativa aos estrangeiros seja
aplicável é necessária a edição prévia de uma lei que preveja tal fato.

Tem que atender Norma de eficácia


Brasileiros
requisitos da lei contida

Acesso na forma Norma de eficácia


Estrangeiros
da lei limitada

1.2.4 – Editais x Lei

Os editais de concurso público não podem servir de base legal


para restringir o acesso por meio de critérios não previstos em Lei.
Podemos citar como precedente, um caso em que o STF afastou limite mínimo
de idade definida no edital, mas não prevista em lei. Além disso, de acordo com
a Súmula 683 do STF, o limite de idade deve ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido, ainda que tal limite esteja previsto em
lei.
Do descrito acima podemos extrair que até mesmo a lei não é livre
para definir requisitos para investidura em concursos públicos. Por
exemplo, segundo o STF, é razoável a previsão legal de altura mínima para

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cargos na área de segurança, mas não é legítimo a restrição de gênero (sexo)


para cargos públicos, salvo em casos excepcionais, como ao restringir a
mulheres determinado concurso que irá selecionar agentes penitenciárias para
realizar revistas íntimas.

Exigência deve
Critério deve ser razoável de
Restrição ao acesso a
estar previsto acordo com a
cargo público
em lei natureza do
cargo

No caso específico de membros do Ministério Público e da Magistratura, o


ingresso na carreira será mediante concurso público de provas e títulos
exigindo-se do Bacharel em Direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica.
Para a Corte Maior, a data para se verificar o atendimento do requisito de três
anos é a data de inscrição no concurso (RE 655265).
Ainda em relação à comprovação da prática de atividade jurídica, a
jurisprudência do STJ aponta que quando o concurso não for para Magistratura
ou Ministério Público a a comprovação do preenchimento dos requisitos deverá
se dar no momento da posse (Súmula 266).
Ainda com relação à jurisprudência do STF, o ato administrativo que
impeça a participação de candidato em concurso público deverá sempre ser
motivado (Súmula 684).

(CESPE - SUFRAMA - Geral/2014) A respeito da


organização político-administrativa do Estado, da administração pública e dos
servidores públicos, julgue o item subsequente.
É possível que edital de concurso público preveja a participação de concorrentes
de determinado sexo em detrimento do outro.
Comentários.
Notem que a questão não detalha se há ou não base legal para tal exigência.
Assim a resposta é positiva, pois, segundo jurisprudência do STF, nos casos que
a natureza do cargo justifique tal exigência, é possível restringir pelo sexo o
acesso a determinados cargos.
Gabarito: Certo.

1.2.5 - Inidoneidade Moral e Segunda Chamada em Testes de


Aptidão Física

Segundo jurisprudência da nossa Corte Maior, não pode a


Administração Pública impedir o acesso a cargos/empregos públicos

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baseada no conceito de “inidoneidade moral” ou “ausência de bons


antecedentes”, caso se trate de inquérito ou ação penal sem trânsito em
julgado. Tal situação, segundo do STF, seria uma afronta ao princípio da
presunção da inocência.
Com relação à situação em que o candidato falte a teste de aptidão
física que seja parte de concurso público, ainda que por motivo de força maior,
a Administração não é obrigada a marcar novo teste para o candidato, salvo
expressa previsão no edital.

Inidoneidade
moral

Só podem ser
alegados após
OU
trânsito em
julgado

Ausência de
bons
antecedentes

(CESPE - ANATEL) - Administrativo/2014) Julgue o item


seguinte, referente a agentes públicos e poder de polícia.
Em um concurso público que requeira investigação social como uma de suas
fases, a existência de inquérito policial instaurado contra o candidato não tem,
por si só, o poder de eliminá-lo do certame.
Comentário.
Para reduzir a quantidade de coisas que você já tem que decorar é importante,
sempre que possível, usar o raciocínio para se lembrar de algo. Você acha
razoável que a mera abertura de inquérito policial seja suficiente para eliminar
o candidato? Óbvio que não!
Gabarito: Certo.

1.2.6 - Testes Psicotécnicos

Segundo jurisprudência do STF (Súmula Vinculante 44), os testes


psicotécnicos em concursos públicos são legítimos, desde que previstos
em lei (e não apenas em edital) e que se baseiem em critérios objetivos
de reconhecido caráter científico, devendo inclusive existir a possibilidade
de reexame.
Segundo a Súmula AGU 35/2008, os testes psicotécnicos devem estar
previstos também em edital.

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Importante falar que o Decreto nº 6.944/09, aplicável à Administração


Pública Direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Federal, define que:
“Art. 14. A realização de avaliação psicológica está condicionada à
existência de previsão legal específica e deverá estar prevista no
edital.”
Ainda segundo o decreto, temos que a avaliação psicológica será
realizada após a aplicação das provas escritas, orais e de aptidão física, quando
houver, e ao final da avaliação conste exclusivamente as palavras “apto” ou
“inapto”.
Consolidando o que foi descrito na jurisprudência e na legislação federal,
temos os seguintes requisitos para a exigência de testes psicotécnicos:
• Previsão em lei;
• Previsão no edital (específico para concursos federais);
• Uso de critérios objetivos e de reconhecido caráter técnico; e
• Possibilidade de recurso.

Previsão em Lei Previsão em edital

Requisitos para testes psicotécnicos

Uso de critérios objetivos Possibilidade de recurso

(CESPE - ANATEL - Administrativo/2014) Julgue o item


seguinte, referente a agentes públicos e poder de polícia.
Para que seja admitida a realização de exame psicotécnico em concurso público,
basta que haja previsão no edital, com a definição de critérios objetivos e a
possibilidade de recurso.
Comentários.
Para que ocorram os testes psicotécnicos em determinado concurso, é
necessário que haja previsão em lei e não apenas no edital. Além disso devem
ser previstos critérios objetivos e a possibilidade de recurso.
Gabarito: Errado.

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1.2.7 - Antecedência Mínima entre Edital e Prova

O Brasil ainda carece de uma legislação nacional de concursos públicos


(salvo o que está decrito na própria CF/88). No Executivo Federal, o Decreto nº
6.944/09 veio tentar preencher um pouco essa lacuna.
No referido decreto, temos que o edital do concurso precisa ser
publicado no Diário Oficial da União com antecedência mínima de 60
dias em relação às primeiras provas.
O próprio decreto prevê exceção uma vez que o prazo poderá ser
reduzido mediante ato motivado do Ministro de Estado sob cuja
subordinação ou supervisão se encontrar o órgão ou entidade responsável pela
realização do concurso público.

Publicação Edital Primeira Prova

Mínimo 60 dias

1.2.8 - Alterações no edital ao longo do concurso público

Segundo o STF, é legítima a alteração de condições de concurso


público já em andamento (com edital de abertura publicado), desde que isso
seja necessário para a adequação a eventuais novidades surgidas na
legislação após a publicação do edital. Percebam que a possibilidade é
bastante restrita (alterações na legislação).
Importante saber que tais alterações só podem ocorrer até que o
concurso seja homologado, que corresponde ao ato final que atesta a validade
de todo o concurso público.

1.2.9 - Controle dos Concursos Públicos

Os concursos públicos estão sujeitos aos mesmos controles dos


demais atos administrativos. Com base na autotutela, a Administração Pública
deve anular um concurso que tenha vício insanável ou avaliar a convalidação de
certame que tenha vício sanável.
No caso de nomeação para cargo efetivo sem a realização de concurso
público, não há que se falar em convalidação já que o único modo de resolver a
questão é por meio da anulação. Apesar da anulação da nomeação, o agente
irregularmente nomeado não será obrigado a devolver a remuneração e os
demais direitos porventura recebidos.

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No caso de candidato que se sinta prejudicado por regra do concurso, o


STF entende que, no caso de ajuizamento de mandado de segurança, o prazo
de decadência começa a contar da data do efetivo prejuízo e não da data de
publicação do edital.
Com relação aos gabaritos das provas aplicadas, o STF adota hoje
como regra que tal análise está dentro do mérito administrativo, logo não
deve ser avaliada em ação judicial. Apenas os casos de erros grosseiros
podem ser anulados judicialmente.
Questão diversa ocorre quando o que é questionado é se determinado
tópico está ou não previsto no edital do concurso e por isso poderia ser
cobrado em concurso. A regra nessa caso é que não seria análise do mérito
administrativo e sim de legalidade, logo suscetível de anulação pelo
Judiciário.

• Como regra faz parte do mérito administrativo;


• Apenas erros grosseiros podem ser questionados
Análise da judicialmente.
resposta do
gabarito

• Controle de legalidade;
Análise se o • Pode ser anulado judicialmente.
tópico está
dentro do
edital

Outro caso importante é o agente público que sofre desvio de função. Ele
não pode ser reenquadrado no cargo que efetivamente exerceu, mas fará jus à
remuneração desse cargo durante o período que exerceu função indevidamente.

1.2.10 - Prazo de validade do concurso

Segundo a CF/88 temos:


“Art. 37. (...)
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período; (...)”

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Em primeiro lugar, devemos entender que o prazo de validade descrito


acima começa a contar da homologação do concurso público.
O concurso pode ser prorrogado uma única vez pelo mesmo período de
validade inicial, ou seja, se o concurso tem validade de 6 meses pode ser
prorrogado por mais 6 meses apenas.
No plano federal dos servidores estatutários, temos o seguinte (Lei nº
8112/90):
“Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos,
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.”

Outro ponto importante é que durante o prazo de validade do


concurso o candidato aprovado dentro do número de vagas indicadas
no edital tem direito subjetivo de ser nomeado. O STF ampliou tal
entendimento para o candidatos que não foram aprovados dentro das
vagas, mas que devido à desistência de outros condidato acabam se
enquadrando dentro das vagas.
Em casos excepcionais, provocados por circunstâncias supervenientes
à publicação do edital, é aceitável que a Administração Pública deixe de
nomear os agentes públicos, quando deverá motivar tal decisão que estará
sujeita ao controle do Judiciário.
Caso bastante específico é a situação em que o edital não estabeleça
o número de vagas. Nesse caso, o Superior Tribunal de Justiça entende
que pelo menos um candidato deve ser nomeado – o melhor classificado.

Classificado dentro das vagas

Direito de Classificado fora das vagas inicialmente, mas


nomeação que entre por desistência de outros
candidatos

Pelo menos um candidato de concurso que não


especificou o número de vagas

Ainda, segundo entendimento do STJ, o candidato aprovado fora das


vagas previstas originariamente no edital, mas classificado até o limite das
vagas surgidas durante o prazo de validade do concurso, possui direito
líquido e certo à nomeação, se o edital dispuser que serão providas, além
das vagas oferecidas, as outras que vierem a existir durante a validade do
certame.
Vejamos mais um artigo da CF/88:

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“Art. 37 (...)
IV - Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira(...)”

A CF/88 não proíbe a realização de outro concurso durante a


validade de outro certame, mas garante que os candidatos aprovados no
concurso ainda vigente sejam aprovados com prioridade.
Já a Lei nº 8.112/90 restringe um pouco mais essa questão. Vejamos:
“§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não
expirado.”

Dessa forma, no caso específico dos servidores estatutários federais, nem


mesmo concurso público pode ser aberto enquanto houver candidatos
aprovados em certame anterior e ainda válido. Não é demais lembrar que a
CF/88 se aplica a todos (inclusive aos servidores estatutários), enquanto que a
Lei nº 8.112/90 aplica-se apenas aos servidores de carreira federais.

CF/88 Lei nº 8.112/90

Pode abrir concurso na Não podem abrir concurso


vigência de outro concurso enquanto houver concurso
válido, ainda que existam válido com candidatos
candidatos aprovados aprovados não nomeados

Candidatos aprovados no
Se nomear todo mundo, novo
certame vigente serão
concurso pode ser aberto
nomeados com prioridade

Aplicável apenas aos


Aplicável a todas as
servidores efetivos
esferas e poderes
federais

Se a ordem de classificação não for obedecida, ocorrendo a


nomeação de candidato pior classificado, o candidato preterido adquire
direito a nomeação, de acordo com a Súmula 15 do STF.
Ainda segundo o STF, caso exista vaga para provimento efetivo, se a
Administração Pública optar pela contratação de agente a título precário (em

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cargo em comissão por exemplo), nasce para aquele aprovado em concurso


ainda válido o direito à nomeação. Assim, não cabe questionar se no edital há
ou não número de vagas definido.

(CESPE - AnaTA - MJ/2013) Acerca dos agentes públicos,


julgue o item que se segue.
Segundo entendimento firmado pelo STJ, o candidato aprovado fora das vagas
previstas originariamente no edital, mas classificado até o limite das vagas
surgidas durante o prazo de validade do concurso, possui direito líquido e certo
à nomeação se o edital dispuser que serão providas, além das vagas oferecidas,
as outras que vierem a existir durante a validade do certame.
Comentários.
Questão de jurisprudência pura. Como falamos na aula, esse é o entendimento
do STJ.
Gabarito: Certo

1.2.11 - Vagas reservadas para deficientes

A CF/ 88 trata do tema no inciso VIII do artigo 37:

“VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos


para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua
admissão;”

A Lei nº 8.112/90 detalha essa questão no âmbito dos servidores


federais:
“§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições
sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais
pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas
oferecidas no concurso.”

O Poder Executivo federal, regulamentando a Lei nº 7.853/89, que dispõe


sobre as pessoas portadoras de deficiência, definiu no Decreto nº 3.298/99 que
a publicação do resultado final do concurso será feita em duas listas, contendo
na primeira a pontuação de todos os candidatos, inclusive a dos portadores de
deficiência; e na segunda somente a pontuação destes últimos. Dessa forma,
os candidatos portadores de deficiência podem ser classificados na lista geral
caso esta lhes seja mais favorável.

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O decreto definiu o percentual de no mínimo 5% de vagas


reservadas para deficientes e caso este número seja fracionado, o número
de vagas deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente.
No caso de um concurso que tenha apenas duas vagas, o Supremo decidiu
que não é necessária a reverva de nenhuma vaga para deficientes, uma vez que
isso significativa percentual superior ao valor máximo de 20%.
Assim, a interpretação completa da Lei nº 8.112/90, do Decreto nº
3.298/99 e da jurisprudência é a seguinte (Executivo Federal):
• Deve ser previsto no mínimo 5% de vagas para deficientes;
• Se o número for quebrado, deve ser aumentado para o primeiro inteiro
subsequente;
• O percentual máximo é de 20%; e
• Em concursos com poucas vagas, somente devem ser reservadas
vagas para deficientes caso o limite máximo não seja
ultrapassado, ou seja, apenas em concurso com 5 ou mais vagas
teremos reserva de vagas para deficientes.
No caso de candidados com visão monocular, o STJ já definiu que eles
têm direito a concorrer às vagas reservadas a deficientes.
Por último, devemos salientar que o STF não tem admitido que os editais
deixem de prever vagas para deficientes sob a alegação de que o candidato
deva ter “aptidão plena”. Segundo a Corte Maior, essa análise de que um
determinado cargo não seja compatível com nenhum tipo de deficiência não é
legítima, devendo os examinadores reservarem vagas para os deficientes e
posteriormente avaliarem caso a caso se há ou não possibilidade do candidato
ser aproveitado.

Percentual mínimo 5%
Reserva de vagas para
deficientes
(âmbito federal)
Percentual máximo 20%

(CESPE - APF/2014) No que se refere a organização


administrativa e a agentes públicos, julgue o item a seguir.
Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, se determinado concurso
público destinar-se ao provimento de duas vagas, não será possível que uma
dessas vagas seja destinada exclusivamente a pessoa portadora de
necessidades especiais.
Comentários.

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Para que sejam destinadas vagas para os portadores dedeficiência, é necessário


que o limite máximo (20%) não seja extrapolado. No caso de concurso com
duas vagas, se uma for destinada a candidato com deficiência, corresponderá a
50% das vagas.
Gabarito: Certo.

1.2.12 - Regras para concursos federais

Na esfera federal, o Decreto Nº 6.944/09 veio tratar de algumas regras


relevantes de concursos públicos que achamos relevante explicar aqui.
A autoridade competente para aprovar a realização de concurso
público é o Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão para
órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e
fundacional e decidir sobre o provimento de cargos e empregos públicos. Essa
é a regra geral.
Durante o período de validade do concurso público, o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) poderá autorizar, mediante
motivação expressa, a nomeação de candidatos aprovados e não
convocados, podendo ultrapassar em até cinquenta por cento o quantitativo
original de vagas.
O concurso público poderá ser realizado em duas etapas, conforme
dispuser a lei ou o regulamento do respectivo plano de carreira. Nesse caso, a
segunda etapa será constituída de curso ou programa de formação, de caráter
eliminatório e classificatório, ressalvada disposição diversa em lei específica.
Havendo prova oral ou defesa de memorial, deverá ser realizada em
sessão pública e gravada para efeito de registro e avaliação.
Caso sejam realizadas provas de aptidão física, é necessária a
indicação no edital do tipo de prova, das técnicas admitidas e do desempenho
mínimo para classificação.
Para as provas de conhecimentos práticos específicos, deverá haver
indicação dos instrumentos, aparelhos ou das técnicas a serem utilizadas, bem
como da metodologia de aferição para avaliação dos candidatos.
A realização de avaliação psicológica está condicionada à existência de
previsão legal específica e deverá estar prevista no edital. Além disso, será
realizada após a aplicação das provas escritas, orais e de aptidão física, quando
houver.
Os requisitos psicológicos para o desempenho no cargo deverão ser
estabelecidos previamente, por meio de estudo científico das atribuições e
responsabilidades dos cargos, descrição detalhada das atividades e tarefas,

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identificação dos conhecimentos, habilidades e características pessoais


necessários para sua execução e identificação de características restritivas ou
impeditivas para o cargo.
O edital especificará os requisitos psicológicos que serão aferidos na
avaliação e o resultado final da avaliação psicológica do candidato será
divulgado, exclusivamente, como “apto” ou “inapto”.

(CESPE - ANATEL - Direito/2014) Acerca das regras para


a realização de concurso público, julgue o item subsequente.
Como forma de salvaguardar os direitos dos candidatos em concurso público, a
legislação federal exige que provas orais sejam realizadas em sessões públicas
e gravadas.
Comentários.
É exatamente o que diz o Decreto nº 6.944/09.
Gabarito: Certo.

1.3 - Cargos em comissão e Funções de confiança

Temos a seguinte regra constitucional (CF/88) sobre cargos em comissão


e funções de confiança:
“Art. 37 (...)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento;”

Como se extrai do texto, cada ente político deverá estabelecer, em


leis próprias, percentuais mínimos de cargos em comissão a serem
preenchidos por servidores efetivos (de carreira). Já com relação às funções
de confiança, todas devem ser ocupadas por servidores ocupantes de
cargos efetivos.

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Cargos em Comissão Função de Confiança

• Lei de cada ente definirá • Ocupadas somente por


percentual mínimo para servidores efetivos (de
servidores efetivos; carreira);

• Podem ser criados apenas para


funções de chefia, • Qualquer atribuição.
assessoramente e direção.

Com intuito de reduzir a criação desmedida de cargos em comissão, o


Poder Constituinte procurou restringir sua atuação às áreas de direção, chefia
e assessoramento. Na mesma linha, o STF por diversas vezes declarou
inconstitucionais leis que criavam cargos em comissão para realizar atividades
rotineiras e operacionais.
Devemos entender que cargos, sejam eles efetivos ou em comissão,
podem ser definidos dentro da estrutura da Administração Pública e cada cargo
tem atribuições, responsabilidades e remuneração específicas.
A Lei nº 8.112/90 (que regula tanto os servidores efetivos quanto os
ocupantes de cargo em comissão) assim define:
“Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem
ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros,
são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos
cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.”

Já as funções são conceituadas como a realização de atividades


específicas na Administração Pública. Percebam que não existe cargo sem
função (pois todos os cargos têm atribuições), mas existem funções sem cargos
(atividades que não foram designadas a um cargo específico e por isso podem
ser realizadas por servidores temporários).

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Atribuições
Cargo Público Conjunto de:
Responsabilidades

Conforme visto, os cargos em comissão são de livre nomeação e


exoneração e são ocupados transitoriamente. Por isso, a exoneração não
tem caráter punitivo, sendo ato discricionário da autoridade competente.
Caso um servidor ocupante de cargo em comissão seja retirado do cargo por
penalidade, devemos pensar no instituto da destituição. Se o servidor for
efetivo, teremos a demissão.
Os ocupantes em cargos de comissão são também regidos pela Lei nº
8.112/90, pois são cargos públicos federais. Um detalhe importante é que os
cargos em comissão se submetem ao RGPS (Regime Geral de Previdência
Social).
O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-
se a regime de integral dedicação ao serviço. No caso de servidor que
acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de
provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na
hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de
um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades
envolvidos (Lei nº 8.112/90, artigos 19 e 120).

(CESPE - TJ TRT17 - Administrativa/2013) Acerca dos


agentes e cargos públicos, julgue o item seguinte.
As funções de confiança não se confundem com os cargos em comissão, visto
que estes são ocupados transitoriamente, sem a necessidade de concurso, e
aquelas só podem ser titularizadas por servidores públicos ocupantes de cargos
efetivos.
Comentários.
Perfeita a distinção de cargo em comissão e função de confiança.
Gabarito: Certo
Apesar da liberdade atribuída, a Administração Pública não está livre do
controle realizado pelo Judiciário, principalmente com base nos princípios da
proporcionalidade e razoabilidade. Por exemplo, se contratar um jovem sem
nível superior e qualquer experiência profissional para um alto cargo executivo
de uma estatal, pode sim o Judiciáio, se for provocado, anular tal nomeação.

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É pacífico também na jurisprudência que a prática do nepotismo


(nomeação de parentes para cargos em comissão e funções de confiança) é
vedada independente de previsão legal. O mesmo se aplica ao chamado
nepotismo cruzado (quando agentes em conluio nomeiam parentes um do
outro).
Pela importância do tema, segue a Súmula Vinculante nº 13 do STF:
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral
ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante
ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção,
chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta
e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.”

Em regra, o nepotismo não alcança a nomeação dos chamados


agentes políticos. Falamos em regra porque caso seja verificada uma situação
de nomeação de pessoa sem qualquer qualificação mínima para o cargo é
possível o controle do Judiciário e anulação do ato de nomeação.

NEPOTISMO (direto ou cruzado)

Proibição indepente de previsão legal

Em regra, não se aplica aos agentes políticos

No âmbito da Administração Pública Federal, o Decreto nº 7.203/10


proibiu expressamente o nepotismo, inclusive o nepotismo cruzado.

(CESPE - TJ STF/Administrativa/2013) A respeito do


regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das
fundações públicas federais, julgue o item que se segue.
Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Comentários.

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Transcrição literal da Lei nº 8.112/90.


Gabarito: Certo

1.4 - Direito a associação sindical

Segundo a CF/88 é garantido ao servidor público civil o direito à


livre associação sindical. É uma norma autoaplicável bastante simples.
Cumpre-se ressaltar que os servidores militares estão proibidos de se
sindicalizar.
Com relação ao julgamento dos litígios entre os servidores públicos
federais e a Administração Pública, tais situações serão julgadas na
Justiça Federal e não na Justiça do Trabalho.

Litígios entre servidores


Devem ser julgados na
públicos federais e a
Justiça Federal
Adminitração Pública

Devemos saber que, segundo o STF, a fixação dos vencimentos dos


servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva por ser
incompatível com o regime jurídico estatutário.
Entende-se por Convenção Coletiva de Trabalho um acordo de caráter
normativo, pactuado entre dois ou mais sindicatos representativos de categorias
econômicas (empregadores) e profissionais (empregados), com o objetivo de
estipular condições de trabalho, no âmbito das respectivas representações.

1.5 - Direito de greve dos agentes públicos

Primeiramente, devemos entender que dentro do conceito de agentes


públicos temos dois grandes grupos diferentes (não são apenas dois, como
explicaremos oportunamente):
• os empregados públicos, regidos pela CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho), e
• os servidores públicos, que depois de cumpridos certos requisitos
adquirem estabilidade e são regidos por lei própria (estatuto, que no
âmbito federal é a Lei nº 8112/90).

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Os servidores públicos atuam na Administração Direta e na


Administração Indireta Autárquica e Fundacional, ou seja, em entes e
entidades regidos pelo direito público.
Já os empregados públicos atuam na Administração Indireta, mais
especificamente nas entidades regidas pelo direito privado, ou seja, nas
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações de
direito privado.
É importante ressaltar o caso peculiar dos dirigentes das Empresas
Públicas e Sociedades de Economia Mista que, para a doutrina majoritária,
são equivalentes a empresários devido ao seu maior grau de
responsabilidade.
No caso dos empregados públicos, temos a aplicação do artigo 9º da
CF/88, transcrito abaixo:
“Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os
interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.”

Essa é a mesma regra aplicada aos empregados da iniciativa privada e é


tida como sendo autoexecutável, pois não depende de nenhuma outra legislação
para que tal direito possa ser exercido pelos celetistas.
Vejamos agora o que diz a CF/88 em relação aos servidores públicos:
“Art 37 (...)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
definidos em lei específica;”

Essa é uma norma de eficácia limitada quanto aos princípios


institutivos, pois depende de outra lei (específica) para que os servidores
venham efetivamente dispor do direito de greve de forma plena.

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Servidores Empregados
Públicos Públicos

Regidos por lei


própria Regidos pela CLT
(estatuto)

Atuam na Atuam na
Administração Administração
Pública sujeita a sujeita a direito
direito público privado

Direito de Greve limitado


Direito de Greve
por falta de
garantido
regulamentação

A lei específica acima descrita ainda não foi feita. Em certas situações, o
STF determinou a aplicação temporária ao setor público, no que couber, da lei
de greve do setor privado.
Em determinada oportunidade, o STF determinou que a realização de
greve pelos servidores pode ensejar pela Administração Pública o desconto da
remuneração dos dias não trabalhados, nos mesmos moldes da iniciativa
privada. A diferença é que no setor privado, segundo orientação doutrinária,
ocorre a suspensão do contrato de trabalho, o que é inexistente para o setor
público.
No caso dos servidores militares, não há que se falar em direito de greve,
independente da esfera, havendo jugado do STF em que foi proibida também a
greve dos políciais civis.
Ainda segundo a Corte Maior, também devem ser excluídos do direito de
greve outras categorias de servidores públicos, com o objetivo de garantir a
ordem pública, a segurança pública, a administração da Justiça, a fiscalização
tributária e a saúde pública.

(CESPE - AnaTA MIN/2013) Acerca de processo


administrativo e de agentes administrativos, julgue o item que se segue.
Nas empresas públicas e sociedades de economia mista, não existem cargos
públicos, mas somente empregos públicos.
Comentários.

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A questão está parcialmente correta, pois a grande maioria dos agentes públicos
que trabalham nas EPs e SEMs são empregados públicos. Entretanto, os seus
dirigentes são tidos pela doutrina como empresários e não meros empregados.
O gabarito deveria ser falso, mas ficou como verdadeiro.
Gabarito: Certo.

1.6 - Remuneração dos Agentes Públicos

A CF/88 determina o seguinte para os servidores públicos:


“Art. 37 (...)
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o
§ 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei
específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem
distinção de índices;”

A ideia de lei específica para essa matéria é evitar alterações com impacto
orçamentário em leis de cunho genérico, que os congressitas chamam de
“jabuti”. Com a exigência de lei específica, tal norma deve dispor apenas do
aumento de remuneração.
Já o subsídio se trata de espécie remuneratória obrigatória para certas
carreira e facultativas para outras. Vejamos mais um trecho da Constituição:
“Art. 37 (...)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de
Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio,
verba de representação ou outra espécie remuneratória,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.”

Assim, o subsídio se trata de parcela única e tem como objetivo facilitar


o controle por parte de todos das remunerações recebidas pelos agentes
públicos. As parcelas de caráter indenizatório estão excluídas da regra,
podendo compor a remuneração junto com o subsídio.
A iniciativa das leis específicas que alterem a remuneração varia de
acordo com o cargo e estão resumidas no quadro abaixo:

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Cargo Responsável pela Iniciativa da


Lei
Cargos do Executivo Federal Presidente da República
Cargos da Câmara dos Deputados Câmara do Deputados
Cargos da Senado Federal Senado Federal
Serviços auxiliares da Justiça e juízos STF, Tribunais Superiores e Tribunais
que lhe forem forem vinculados de Justiça

Compete ao Congresso Nacional, mediante decreto, fixar idêntico subsídio


para os Deputados Federais e os Senadores. Também compete a ele fixar o
subsídio do Presidente, do Vice-Presidente da República e dos Ministros de
Estado, não estando sujeito a sanção ou veto do Presidente da República.
Quanto à “revisão geral anual”, a iniciativa é privativa do Chefe do
Executivo de cada esfera (Presidente, Governador e prefeito).
Quanto à remuneração, veremos na sequência diversos tópicos
importantes:
• Teto Constitucional
A CF/88 prevê o seguinte:
“Art. 37 (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos
membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão
exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio
do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal
do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e
o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público,
aos Procuradores e aos Defensores Públicos;”

O legislador podia ter facilitado nossa vida montando um texto mais


enxuto, quebrando em outros incisos por exemplo. Como não o fez, nós
explicaremos a você de uma forma bem fácil! Vamos lá!

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O teto se aplica a todas as esferas de poder (União, Estados, Municípios


e Distrito Federal).
O legislador se preocupou em definir um conceito bastante amplo para
comparação com o teto, que inclui remuneração, subsídio proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza. Ficam
excluídos desse cálculo, entretanto, as parcelas de caráter indenizatório
previstas em lei.
O inciso define, primeiramente, um teto geral aplicável indistintamente
a todas as esferas e poderes que é o subsídio mensal, em espécie, dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal.
É facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, como limite
único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento
(90,25%) do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não
se aplicando tal limite aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos
Vereadores que têm limites próprios discriminados na CF/88. A iniciativa para
tal lei é privativa do Chefe do Executivo de acordo com jurisprudência do STF.

Teto

Especial (facultativo dos Estados) Geral

Subsídio dos
Pode ser
desembargadores
instituido
do TJ, limitado a Subsídio dos Ministros STF
pelos
90,25% do subsídio
Estados
dos Ministros do STF

Vamos agora definir o limite de forma segmentada, quebrando o texto da


Constituição
1. Municípios
O teto é o subsídio do Prefeito
2. Estados e DF
2.1 Executivo
Subsídio do Governador
2.2 Legislativo

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Subsídio dos deputados estaduais e distritais


2.3 Judiciário/ Ministério Público/ Procuradores e Defensores
Públicos
Subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF

Executivo do Legislativo Judiciário do


Prefeitura
Estado do Estado Estado

•Prefeito •Governador •Deputados •Desembargador


TJ, limitado a
90,25% do STF

No caso específico dos magistrados, o STF entendeu que não se aplica


o subteto de 90,25% para o subsídio dos nosso juízes. Mas o limite continua
sendo válido para todas as outras carreiras.
A acumulação de remuneração de cargos e pensões, ainda que
legitimamente percebidos, deve ser considerada na análise do teto, ou seja, tem
que somar tudo e verificar se ultrapassa o teto, salvo as parcelas indenizatórias.
As regras referentes ao teto aplicam-se às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de
despesas de pessoal ou de custeio em geral. Em empresas totalmente
autônomas (não recebem nenhum recurso dos entes políticos), tal vedação não
existe.

• Limite aos vencimentos dos Poderes Legislativo e Judiciário.


Com relação aos servidores do Legislativo e Judiciário, deve-se
observar que os vencimentos dos seus cargos não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo (CF/88, art. 37, inc. XII).

• Vinculação e equiparação de remuneração


É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público
(CF/88, art.37, inc. XIII).
O descrito acima serve para proibir que leis sejam publicadas vinculando
a remuneração de tal cargo a outro cargo. Tal vedação não se aplica quando a
o texto constitucional determina a vinculação/ equiparação, tanto que

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atualmente diversas carreiras típicas de Estado tem procurado “emplacar”


emendas para vincular sua remuneração ao subsídio dos Ministros do STF.
Em julgado, o STF considerou incostitucional a vinculação de reajuste dos
vencimentos dos servidores estaduais e municipais a índices federais de
correção monetária, como o IPC (índice de preços ao consumidor).

• Vedação à incidência cumulativa


Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão
computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos
ulteriores (CF/88, art.37, inc. XIV).
Esta norma procura evitar a aplicação cumulativa de benefícios sobre
benefícios, o que muitas vezes aumenta (e muito) a remuneração dos agentes
públicos.
Segundo a Corte Maior tal norma tem eficácia plena.

• Irredutibilidade dos vencimentos


O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos
são irredutíveis, ressalvado o disposto na própria Constituição.
A regra é aplicável tanto aos servidores (estatutários) quanto aos
empregados (celetistas) públicos e não representa garantia na forma como são
calculados os vencimentos. O que é garantida é a manutenção apenas do valor
final do vencimentos.
No caso de extinção de determinado adicional, aqueles que já tinham direito
adquirido a tal adicional continuarão recebendo a vantagem.
Segundo o STF, essa garantia de irredutibilidade é apenas nominal, não
garantindo o valor real dos vencimentos. Por ser nominal, a irredutibilidade não
protege também a redução real oriundo do aumento de tributos ou inflação.
A irredutibilidade não se aplica no caso do teto consitucional que estudamos
anteriormente, mas deve ser observado no caso de emendas constitucionais
que acabem reduzindo os vencimentos dos agentes públicos.
Por fim, entende também nossa Corte Constitucional que não há direito
adquirido a regime jurídico ao qual está submetido o servidor.

(CESPE - TEFC - Apoio Técnico e Administrativo - Técnica


Administrativa/2009) Com base na jurisprudência majoritária atual do STF e
na CF, julgue os itens a seguir, acerca da administração pública direta e indireta.
A regra constitucional do teto remuneratório se aplica às empresas públicas
federais e suas subsidiárias, mesmo na hipótese de não receberem recursos da
União para pagamento de despesas de pessoal.

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Comentários.
As empresas públicas e sociedades de economia mista autônomas (que não
recebem nenhum recurso do governo) não estão sujeitas ao teto constitucional.
Gabarito: Errado

1.7 – Acumulação de Cargos, Funções e Empregos Públicos

Com o intuito de afastar a prática ilícita de acumular diversos cargos


públicos sem efetivamente exercê-los, a CF/88 estabeleceu o seguinte.
“Art. 37 (...)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso
o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, com profissões regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público;”
Inicialmente, a alínea “c” descrita acima previa a possibilidade de
acumulação de dois cargos privativos de médico. A Emenda Constitucional nº
34 alterou sua redação para “dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas”.

Dois cargos de professor

Acumulação de Um cargo de professor com outro


Cargos/Empregos técnico ou científico
Públicos

Dois cargos/empregos de profissionais


de saúde

A proibição é bastante geral, englobando tanto a Administração Pública


quanto as entidades da Administração Pública Indireta que sejam controladas
pelo Poder Público, isso para todas as esferas e poderes.
Porém, há exceções à regra de acumulação. São elas:

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✓ Vereador: poderá acumular as vantagens de seu cargo, emprego ou


função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, no caso de haver
compatibilidade de horários;
✓ Juízes: podem exercer um cargo ou função de magistério; e
✓ Membros do Ministério Público: podem exercer uma função de
magistério.
O caso dos militares é bastante peculiar. Em regra, é proibida a
acumulação de cargos ou empregos públicos para os militares. Se o
militar tomar posse, temos três possíveis situações, a depender do cargo ou
emprego civil que assumir:
➢ Ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea
"c"(profissionais de saúde), ou seja militares que não sejam
profissionais de saúde:
o Cargo ou emprego público civil permanente: será transferido
para a reserva, nos termos da lei. Assim, o militar sai (em princípio)
definitivamente dos quadros das forças armadas; e
o Cargo ou emprego público civil provisório: ficará agregado ao
respectivo quadro e poderá, somente enquanto permanecer nessa
situação, ser promovido por antiguidade. Nesse caso é contado o
tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a
reserva sendo, depois de dois anos de afastamento (contínuos
ou não), transferido para a reserva, nos termos da lei. Veja que
ocorre uma espécie de suspensão do vínculo do militar com as
Forças Armadas. (art 142, §3º, inc. II e III).
➢ Enquadrados na hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c"
(profissionais de saúde).
o Nesse caso é permitida a acumulação, na forma da lei e com
prevalência da atividade militar (art 142, §3º, inc. VIII)

De acordo com o art. 37, § 10, da CF/88, é vedada a percepção


simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes de cargo, emprego
ou função pública (civis e militares), ressalvados:
o os cargos acumuláveis na forma da Constituição;
o os cargos eletivos; e
o os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.
Com isso, a regra de não acumular é “carregada” pelo servidor até na
aposentadoria no caso dos regimes próprios de previdência.

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Acumulação permitida
pela CF/88

Aposentadorias
Acumuláveis de
cargos/empregos públicos

Cargos Cargos em
Eletivos Comissão

No âmbito federal, a Lei nº 8.112/90 estabelece que, detectada a


acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, será notificado o
servidor para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias.
Caso o servidor não faça a opção por um dos cargos, estará sujeito a
pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade
em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação
ilegal.
É importante dizer que tanto o STF quanto o TCU entendem que a
acumulação irregular ocorre inclusive no caso de licença do servidor público para
tratar de assuntos particulares.
Por fim, o termo para se verificar a acumulação irregular é a posse do
servidor no segundo cargo.

1.8 –Administração Tributária

A Administração Tributária é atividade essencial nos países e é tida como


atividade exclusiva de Estado. É por meio dos seus servidores que o Estado
obtém recursos para realizar seus programas de governo. Sobre tal tema a
CF/88 estabelece o seguinte.
“Art. 37 (...)
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro
de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os
demais setores administrativos, na forma da lei;”

Percebe-se que há necessidade de regulamentar o inciso acima, o que


até o presente momento não ocorreu. Independente disso, nenhum outro setor
da Administração Pública pode obstar a ação dos servidores fiscais.
“Art. 37 (...)

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XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do
Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão
recursos prioritários para a realização de suas atividades e
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.(...)
Art. 167. São vedados:(...)
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos
arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem
como o disposto no § 4º deste artigo;”

A norma acima excepciona o art. 167, IV da CF/88, que proíbe a


vinculação da receita de impostos a órgão, fundo e despesa. Com isso, é possível
que ocorra a vinculação de recursos de impostos para a realização de atividades
da administração tributária. Inclusive a CF/88 deixa claro que tais recursos
podem ser prioritários. Tal norma se justifica, pois quanto mais eficiente a
administração tributária for maiores serãos os recursos arrecadados.
O texto acima respalda também o compartilhamento de informações
entre os fiscos da federação, de acordo com o estabelecido em lei ou convênio.
Notem que a norma prevê uma verdadeira obrigação quando diz que “atuarão
de forma integrada”.
Outro detalhe importante é que o compartilhamento de informações
não é meramente de dados cadastrais, mas também de informações
fiscais, que são aquelas protegidas pelo sigilo fiscal. Notem que não há que
se falar em quebra de sigilo fiscal, pois as informações continuarão protegidas
em relação a todos, salvo os interessados e as administrações fazendárias.

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Prerrogativas das
Administrações
Tributárias

Previsão
Constitucional

Compartilhamento
Precedência sobre de informações
Recursos
os demais setores entre as
Prioritários
administrativos Administrações
Fazendárias

1.9 – Estabilidade vs Vitaliciedade

A estabilidade e a vitaliciedade são institutos que procuram garantir o


bom desempenho por parte do servidor de suas atribuições.
A estabilidade é adquirida ao fim do estágio probatório, podendo o
servidor estável perder o cargo, a partir desse momento, nas seguintes
situações:
 Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
 Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
 Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de Lei Complementar, assegurada ampla defesa; e
 Excesso de despesas com pessoal.
Por outro lado, a vitaliciedade se configura em prerrogativa maior
concedida a determinados agentes, tendo em vista o alto grau de
responsabilidade e riscos por eles assumidos. A perda do cargo por parte dos
agentes nessa situação só se dará mediante sentenã transitada em julgado, não
sendo possível a aplicação das demais hipóteses anteriormente listadas para
servidores estáveis.
O texto constitucional confere a vitaliciedade aos Membros do Ministério
Público, juízes e aos ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas.
Ressalte-se que os que são nomeados sem concurso público para a
magistratura, por nomeação direta, de acordo com a CF/88, terão a estabilidade

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no momento da posse. Esse é o caso, por exemplo, da nomeação de


deserbargadores de acordo com o quinto constitucional.
CF/88. Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais,
dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será
composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada,
com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice,
enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes,
escolherá um de seus integrantes para nomeação.

2 – Direitos dos Servidores Públicos

A CF/88 extende, aos servidores públicos, uma séria de direitos dos


trabalhadores da iniciativa privada. São eles:
✓ Salário mínimo, inclusive para aqueles que recebem remuneração
variável;
✓ Décimo terceiro salário;
✓ Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
✓ Salário-família;
✓ Jornada de trabalho não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais;
✓ Repouso semanal remunerado;
✓ Remuneração do serviço extraordinário superior (hora extra), no mínimo,
em cinquenta por cento à do normal;
✓ Férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a
remuneração normal;
✓ Licença à gestante;
✓ Licença-paternidade;
✓ Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
✓ Redução dos riscos inerentes aos trabalhos, por meio de normas de
saúde, higiene e segurança; e
✓ Proibição de diferença de salários, de diferenças de exercício de funções
e de critério de adminissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil,
sendo que a lei pode estabelecer requisitos diferenciados de admissão
quando a natureza do cargo o exigir.

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JURISPRUDÊNCIA STF

➢ Salário Mínimo: Com relação à garantia de salário mínimo, o


STF entende que a garantia se refere à remuneração e não
ao vencimento básico;
➢ Horas-extras: A Corte Maior entende que o inciso referente às
horas-extras (remuneração extraordinária) não depende de
regulamentação, sendo de eficácia plena – o Poder público
deve garantir seu pleno exercício independente da ausência de
lei regulamentadora;
➢ Conversão de férias em dinheiro: Os servidores que
porventura ainda tenham direito a férias e que não possam
gozá-las devem receber tais benefícios na forma de
dinheiro, independente de previsão legal. Isso vale inclusive
para o adicional de 1/3; e
➢ Estabilidade da gestante: Se aplica aos agentes públicos o
descrito no art. 10º do ADCT da CF/88, segundo o qual fica
vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada
gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses
após o parto. Isso vale, inclusive, para as ocupantes de cargos
em comissão.

3 – Estabilidade
A estabilidade dos servidores públicos existe para que os agentes do
Estados possam realizar suas atividades com a maior autonomia possível.
Imagine se um fiscal pudesse ser demitido por ter lavrado um auto de infração
em uma grande empresa?
O instituto da estabilidade sofreu significativas mudanças pela EC 19/98
(Emenda Constitucional nº 19 de 1998). A estabilidade só é adquirida pelos
servidores efetivos (concursados). Os ocupantes de cargos comissionados
nunca adquirem estabilidade.
Segundo o artigo 41 da CF/88, são estáveis, após três anos de efetivo
exercício, os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público, sendo obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade. Como percebe-
se, não existe mais a figura da estabilidade por decurso de prazo.

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•Concurso público;
•Exercício de cargo
efetivo;
ESTABILIDADE •Três anos de efetivo
exercício;
•Avaliação especial
de desempenho.

Um detalhe muito importante é que a estabilidade na Administração


Pública não se confunde com o estágio probatório, que verifica a capacidade
do servidor para ocupar determinado cargo.
A estabilidade foi flexibilizada, existindo hoje situações nas quais,
mesmo o servidor sendo estável, poderá perder o cargo. São elas:
 Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
 Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
 Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de Lei Complementar, assegurada ampla defesa; e
 Excesso de despesas com pessoal.
Os três primeiros itens estão previstos no artigo 41 da Constituição Federal.
Já o último (excesso de despesa com pessoal) está previsto no art. 169, § 4º
e só pode ser adotado após redução em pelo menos vinte por cento das
despesas com cargos em comissão e funções de confiança e a exoneração dos
servidores não estáveis. Se, depois da adoção dessas medidas, a despesa com
pessoal continuar acima do estipulado em Lei Complementar (que no caso é a
Lei de Responsabilidade Fiscal – LC 101/00), aí sim o servidor público estável
poderá ser exonerado, fazendo juz a uma indenização de um mês de
remuneração por ano de serviço, ficando vedada a criação de novo emprego ou
cargo com atribuições semelhantes pelos próximos quatro anos.

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JURISPRUDÊNCIA STF – Estabilidade de Empregados Públicos

Apesar dos empregados públicos de empresas públicas e


sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos
não adquirirem estabilidade, o STF entende não ser cabível a
demissão imotivada de tais funcionários. Os atos devem sempre ser
motivados.

4 – Estágio Probatório

O estágio probatório corresponde à aferição da capacidade do servidor


para ocupar determinado cargo público efetivo. Tal análise ocorre após 3
anos de efetivo serviço (Parecer AC-17/2004 da AGU e jurisprudência do
STF).
A Lei nº 8.112/90 disciplina o seguinte:
“Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de
provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24
(vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão
objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte
fatores: (Vide EMC nº 19)
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.”
Conforme a EC 19/98, o prazo do estágio probatório passou a ser de três
anos, mas a redação da Lei nº 8.112/90 não foi alterada (24 meses).
Se ao término do estágio probatório o servidor público for reprovado, será
então exonerado (no caso de servidor não estável na Administração Pública)
ou reconduzido ao cargo anteriormente ocupado (se servidor estável na
Administração Pública).
A reprovação em estágio probatório não configura punição, ainda que ocorra
exoneração. Apesar disso, o STF entende que ao servidor reprovado em estágio
probatório deve ser assegurado o devido processo legal, o contraditório e a
ampla defesa.

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Reconduzido
Servidor Estável
cargo anterior
Reprovação no
Estágio
Probatório
Servidor não
Exonerado
Estável

Nos quatro meses anteriores ao fim do período do estágio probatório,


será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do
desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa
finalidade.
O estágio probatório ficará suspenso durante as Licença por Motivo de
Doença em Pessoa da Família, Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge,
Licença para Atividade Política e Afastamento para Participação em Programa
de Pós-Graduação Stricto Sensu no País, bem assim na hipótese de participação
em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento.
A Lei não restringe ao servidor público o exercício de cargos em comissão
ou funções de confiança durante o estágio probatório. Quanto à cessão para
outro órgão, o servidor em estágio probatório somente poderá ser cedido
a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial,
cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.
O servidor que esteja em estágio probatório não terá direito a licenças
para o trato de assuntos particulares.

O STF entendeu que não cabe demissão de servidor em estágio


probatório por inassiduidade em decorrência de participação em
greve. A Corte Maior entendeu também que, com base no princípio da
isonomia, não cabe à Administração Pública definir sanções
administrativas diferenciadas pelo simples fato de terem aderido à
greve.

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(CESPE - AnaTA - CADE/2014) Julgue o próximo item, com


base na legislação da administração pública.
O servidor público poderá adquirir estabilidade mesmo antes de concluir o
estágio probatório.
Comentários.
O estágio probatório tem por fim verificar se o servidor pode exercer bem aquele
cargo. Já a estabilidade é no serviço público. Por isso, é possível que um servidor
já estável passe para outro concurso. Nesse caso, antes de completar o estágio
probatório ele já estará estável.
Certo.

5 – Regime Jurídico Único e Plano de Carreira

Os servidores públicos são regidos por regime próprio, diverso dos


trabalhadores da iniciativa privada. Na esfera federal, tal regime é estabelecido
pela Lei 8.112/90.
Vejamos o que diz a CF/88 sobre o tema:
“Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão,
no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de
carreira para os servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas.” (REDAÇÃO ATUAL)
Apesar de não estar clara a necessidade do regime estatutário (lei
própria) para os servidores, a doutrina majoritária entende que tal regime é o
mais adequado para tratar das relações dos servidores com o Poder Público,
uma vez que as entidades da Administração Pública Direta, autárquica e
fundacional são regidas predominantemente pelo direito público. O
entendimento da doutrina é exatamente que nesse regime haja o predomínio
do direito público para que agentes da Administração Pública da União possam
desempenhar bem suas funções.
A redação do artigo supracitado chegou a ser alterada pela EC 19/98,
mas foi reestabelecida pela ADIN nº 2.135-4, em que o STF suspendeu a nova
redação (descrita abaixo) e determinou que fosse adotada a redação acima, que
deve ser a considerada para fins de concurso público.
Ocorre que enquanto a Corte Maior não suspendeu a alteração, a redação
que vigorou foi:
“Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão
conselho de política de administração e remuneração de pessoal,
integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.” (NOVA
REDAÇÃO SUSPENSA PELA ADIN 2135-4)

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Percebe-se que a principal alteração inserida foi a retirada da


necessidade de regime jurídico único. Com isso foi publicada a Lei nº
9.962/00, que possibilita a contratação de empregados públicos na
Administração Pública Direta.
Apesar de a nova redação ter sido suspensa as contratações realizadas
na sua vigência continuam plenamente válidas, pois assim determinou o STF no
julgamento da ADIN nº 2.135-4, ao definir que os efeitos de sua decisão fossem
apenas prospectivos (ex nunc), sem efeitos retroativos.
Com o descrito acima, é possível que um empregado público tenha sido
contratado para trabalhar na Administração Direta, desde que isso tenha
ocorrido entre a EC 19 e o julgamento da ADIN nº 2.135-4.
Por todo o exposto, hoje os Entes da federação continuam obrigados
a estabelecer regime jurídico único para seus servidores da Administração
Pública Direta, autárquica e fundacional. No plano federal, o regime
corresponde à Lei nº 8.112/90, que é estatutário e com predomínio do
direito público.
Com relação ao mandamento de estabelecer plano de carreira, a CF/88
procura estabelecer diretrizes para que o Poder Público forneça condições de
seus servidores se desenvolverem e prestarem um serviço público de qualidade.
O artigo 39 da CF/88 estabelece que a União, os Estados e o Distrito
Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos
servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos
para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou
contratos entre os entes federados.
Ainda segundo o artigo 39, Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes
da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação,
para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e
racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio
de produtividade. Com isso, busca-se a aproximação da Administração Pública
aos padrões de meritocracia estabelecidos na iniciativa privada, onde o bom
trabalho pode receber inclusive um acréscimo de remuneração.
Obviamente, a fixação dos padrões de vencimento e dos demais
componentes do sistema remuneratório estão diretamente ligados à qualificação
e responsabilidade dos servidores, tendo como fatores que impactarão
diretamente em tal remuneração os seguintes (CF/88, art. 39. §1º)
• A natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos
componentes da cada carreira;
• Os requisitos para a investidura; e
• As peculiaridades dos cargos.

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(CESPE - Adm - PF /2014) No que se refere ao regime


jurídico administrativo, aos poderes da administração pública e à organização
administrativa, julgue o item subsequente.
Em face do princípio da isonomia, que rege toda a administração pública, o
regime jurídico administrativo não pode prever prerrogativas que o diferenciem
do regime previsto para o direito privado.
Comentários.
Assertiva Falsa. O regime estatutário pode sim prever prerrogativa para que
seus agentes desempenhem bem suas atribuições, como a estabilidade.
Errado.

6 - Servidores no exercício de mandato eletivo

O tratamento a ser dado aos servidores da Administração Pública da


União no exercício de mandato eletivo está discriminado no artigo 38 da CF/88.
No caso de ser eleito para mandato eletivo federal, estadual ou
distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função. Se o mandato
for municipal, teremos o seguinte:
1º Mandato de Prefeito  será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
2º Mandato de Vereador  havendo compatibilidade de horários
receberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função e do cargo
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada mesma regra de
prefeito (será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar
pela sua remuneração).

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Investido em
mandato eletivo
Ficará afastado do
federal,
cargo
estadual ou
distrital

Ficará afastado do cargo,


de prefeito podendo optar pela
remuneração do mesmo

Investido em
mandato eletivo se tiver compatibilidade de
municipal horário, exercerá os dois

de vereador
se não tiver compatibilidade de
horário, aplica-se regra de
prefeito

Nos casos em que haja necessidade de afastamento para o exercício de


mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais,
exceto para promoção por merecimento.

7 – Previdências dos Servidores Públicos

Os servidores públicos ocupantes de cargos efetivos têm sua


previdência determinada principalmente pelo artigo 40 da CF/88. Seu regime é
chamado de Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Os demais
trabalhadores são regidos pelo chamado Regime Gerais de Previdência Social
(RGPS). Percebam o que determina a CF/88:
“Art. 40 (...)
§ “13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro
cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de
previdência social.”
Segundo o STF, esse regime próprio se aplica a todos os servidores
efetivos de todos os entes políticos, não sendo possível, por exemplo, um Estado
atribuir o RGPS a um servidor efetivo.
É importante salientar que o RGPS se aplica subsidiariamente aos
servidores públicos, ou seja, se alguma matéria não estiver prevista no RPPS e
estiver no RGPS este último será aplicado.

7.1 – Como era

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As primeiras alterações relevantes da previdência dos servidores públicos


ocorreram por meio da Emenda Constitucional 20/98, que também alterou o
regime geral de previdência social. Depois, a PEC 41/03 alterou bastante o RPPS
e a EC 47/05 fez pequenas alterações.
A PEC 20/98 procurou restabelecer o equilíbrio financeiro. Para isso,
foram estabelecidas idades mínimas para a concessão de aposentadoria. O
sistema passou a ter caráter contributivo e base atuarial.
A PEC 41/03 foi a segunda reforma da previdência. As principais
alterações foram: fim de aposentadorias com proventos integrais,
estabelecimento de um redutor para pensões acima de determinado valor,
instituição de cobrança para inativos que recebam proventos acima do teto do
RGPS e previsão de regime complementar de previdência social.

7.2 – Como é hoje

O regime tem caráter contributivo e solidário, de tal forma que não


importa apenas o tempo de serviço, mas também a real contribuição do
beneficiário. A referência ao caráter solidário visa dar legitimidade para a
contribuição de aposentados e pensionistas.
Contribuirão para o regime o ente público, os servidores ativos e inativos
e os pensionistas. Vejamos o que diz o caput do artigo 40 da CF/88.
“Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, são assegurados regime de previdência de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente
público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial e o disposto neste artigo.”
Quem contribui para o o RPPS?

entes políticos

servidores ativos

servidores inativos

pensionistas

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O regime vigente no Brasil é o de repartição simples. Com isso, tudo que


entra é depositado em uma conta única e tais recursos são aproveitados
imediatamente. Vejamos o que diz a Lei nº 10.887/04:
“Art.” 8º A contribuição da União, de suas autarquias e fundações para o
custeio do regime de previdência, de que trata o art. 40 da Constituição
Federal, será o dobro da contribuição do servidor ativo, devendo o
produto de sua arrecadação ser contabilizado em conta específica.
Parágrafo único. “A União é responsável pela cobertura de eventuais
insuficiências financeiras do regime decorrentes do pagamento de
benefícios previdenciários.”
Com vistas a impedir o favorecimento de certas carreiras, a CF/88
estabelece que seja vedada a existência de mais de um regime próprio de
previdência social para os servidores civis titulares de cargos efetivos, e de mais
de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal.
O servidor pode acumular a aposentadoria de mais de um cargo efetivo no
serviço público desde que tais cargos sejam acumuláveis de acordo com a
CF/88.
Com base no princípio da isonomia, é vedada a adoção de requisitos e
critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo
RPPS, ressalvados, nos termos definidos em Leis Complementares, os casos de
servidores portadores de deficiência, que exerçam atividades de risco e cujas
atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a sua
saúde ou integridade física. É importante dizer que as Leis Complementares
mencionadas não foram editadas.

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STF – Aposentadoria Especial de Servidores Públicos

O STF já decidiu no julgamento de mandados de injunção que a autoridade


competente avaliasse se o servidor atendia aos requisitos da Lei nº
8.213/91, que estabelece os benefícios para aposentadoria especial no
regime geral de previdência social. Isso se deve à inércia legislativa quanto
a estabelecer para os servidores públicos os critérios para aposentadoria
especial. Os servidores têm obtido êxito em tais ações apenas quando
cumprem todo o tempo necessário para a concessão da aposentadoria
especial. No caso dos servidores portadores de deficiência, o STF tem se
posicionado como se tal característica justificasse também aposentadoria
especial.

O STF entendeu que vantagens recebidas pelo servidor ativo, que por
sua natureza estejam ligadas à atividade do servidor não se
incorporam à remuneração do servidor. Além disso, entendeu que o
direito ao auxílio alimentação não se estende aos servidores inativos,
uma vez que se trata de verba indenizatória.

Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua


concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as
contribuições do servidor aos regimes de previdência (tanto ao RPPS quanto ao
RGPS).
Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo dos
proventos serão devidamente atualizados, na forma da lei. Os proventos de
aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder
a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a
aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.
Nos termos da CF/88, é assegurado o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios
estabelecidos em lei.
Com relação à pensão por morte, a Constituição determina que esta seja
igual ao valor da totalidade dos proventos (se aposentado) ou da remuneração
do cargo em que se deu a morte do servidor falecido (se em atividade), até o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência,
acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite. Por exemplo,
se o teto do RGPS for R$ 4.000,00 e o servidor receber R$ 10.000,00. A pensão
será de R$ 4.000,00 (teto de RGPS) + R$ 4.200,00 (70% de R$ 6.000,00).

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Como falamos na aula passada, a regra do teto constitucional aplica-se


também à totalidade dos proventos recebidos a título de aposentadoria.
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que
instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos
servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS, o limite máximo
estabelecido para os benefícios do RGPS.
O regime de previdência complementar de que tratamos acima será
instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o
disposto na CF/88 sobre previdência privada complementar, no que couber, por
intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de
natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de
benefícios somente na modalidade de contribuição definida.
Somente mediante sua prévia e expressa opção, o regime de
previdência complementar acima descrito poderá ser aplicado ao
servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da
publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência
complementar. Ou seja, o servidor quer entrar no serviço público antes poderá
optar entre os dois regimes descritos.
Desde a EC 41/03, incide contribuição sobre os proventos de
aposentadorias e pensões concedidas pelo RPPS que superem o limite máximo
estabelecido para os benefícios do RGPS, com percentual igual ao estabelecido
para os servidores titulares de cargos efetivos. Hoje tal percentual é de 11%.
Quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença
incapacitante, a contribuição acima descrita incidirá apenas sobre as parcelas
de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite
máximo estabelecido para os benefícios do RGPS.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição,
cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do seu RPPS,
cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de
cargos efetivos da União.
A EC41/03 previu até mesmo a contribuição dos servidores que já
estavam aposentados (e seus pensionistas) e daqueles que mesmo ainda não
aposentados já tinham cumprido os requisitos para se aposentar. A PEC
estabelecia o seguinte:
“Art.” 4º Os servidores inativos e os pensionistas da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, em gozo de benefícios na data de publicação desta Emenda,
bem como os alcançados pelo disposto no seu art. 3º, contribuirão para
o custeio do regime de que trata o art. 40 da Constituição Federal com
percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos
efetivos.

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Parágrafo único. A contribuição previdenciária a que se refere o caput


incidirá apenas sobre a parcela dos proventos e das pensões que supere:
I - cinquenta por cento do limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da
Constituição Federal, para os servidores inativos e os pensionistas dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II - sessenta por cento do limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da
Constituição Federal, para os servidores inativos e os pensionistas da
União.
Ocorre que tal redação claramente afronta o princípio da igualdade uma
vez que os servidores aposentados e pensionistas iriam pagar contribuição sobre
o que excederia 50% do teto do RGPS enquanto os servidores que ainda iriam
se aposentar pagariam apenas sobre o que excederia o próprio teto. Além disso,
previa uma contribuição maior dos servidores dos Estados, Distrito Federal e
municípios (acima de 50%) do que dos servidores da União (acima de 60%).
Pois bem, a ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 3.128 foi julgada
procedente pelo STF que declarou a inconstitucionalidade dos incisos
supracitados e estabeleceu que todos os servidores aposentados e seus
pensionistas devem pagar contribuição sobre o que exceder o teto do RGPS.
Com o objetivo de conter a fuga em massa dos servidores, para se
aposentar, o Governo estabeleceu que o servidor que tenha completado as
exigências para aposentadoria voluntária não proporcional estabelecidas no
artigo 40, § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um
abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição
previdenciária até completar as exigências para aposentadoria
compulsória (70 anos de idade). Os requisitos acima citados são:
✓ Tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco
anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
condições abaixo; e
✓ Idade de sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se
homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se
mulher.

No próximo item iremos estudar as hipóteses de aposentadoria previstas


na CF/88.

7.2.1 – Aposentadoria por invalidez permanente

Na aposentadoria por invalidez permanente, os proventos são


proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente
em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou

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incurável. Nesse caso a lei irá determinar como serão os proventos, mas a
CF/88 deixa claro que não podem ser proporcionais.

7.2.2 – Aposentadoria Compulsória

É concedida com proventos proporcionais ao tempo de


contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e
cinco) anos de idade, na forma de Lei Complementar. Isso está definido no
art. 40 da CF/88, § 1º, inciso II, que foi alterado recentemente pela EC 88/15.
A emenda acima introduziu também importante norma no ADCT que
transcrevemos abaixo:
“Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do
§ 1º do art. 40 da Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal
Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União
aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade,
nas condições do art. 52 da Constituição Federal.”
Com o advento da Lei Complementar nº 152/2015, temos o seguinte para
aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade.
Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade:
I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações;
II - os membros do Poder Judiciário;
III - os membros do Ministério Público;
IV - os membros das Defensorias Públicas;
V - os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas.

7.2.3 – Aposentadoria Voluntária

A aposentadoria voluntária ocorre da seguinte forma:


• voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de
efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em
que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
✓ sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se
homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de
contribuição, se mulher, cujo o cálculo dos proventos de
aposentadoria ocorrerá na forma da lei, por ocasião da sua concessão,
serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as
contribuições do servidor aos RPPG e RGPS, na forma da lei.

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✓ sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de


idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição.

Segundo a Corte Maior, os cinco anos de exercício no cargo não


precisarão ser ininterruptos. Especificamente para o professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio, os requisitos de idade e de
tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos.

Garantia de Regime Jurídico

Segundo o STF, não existe garantia para o servidor de manutenção de regime jurídico,
podendo este ser alterado unilateralmente pela Administração Pública.

8 – Responsabilidade Civil, Criminal e Administrativa

As responsbilidades que podem ser imputadas ao servidor constam do


estatuto e respectivo regulamento. São normas que se repetem pelo vários
estatutos que podemos estudar em Direito Administrativo, mas as normas são
as mesmas. Aqui vamos usar a Lei nº 8.112/90 como referência.
Inicialmente temos o artigo 121, que trata das possibilidades de
responsabilização.
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular de suas atribuições.

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CIVIL

RESPONSABILIDADE

ADMINISTRATIVA PENAL

8.1 – Responsabilidade Civil

A responsabilidade civil, em termos simples, é quando o servidor tem


culpa por um prejuízo causado, seja à própria Administração ou a terceiro. Veja
como o artigo 122 coloca isso.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo,
doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante
a Fazenda Pública, em ação regressiva.
Veja o parágrafo segundo, ele traz a ação regressiva que citamos quando
falamos sobre a responsabilidade objetiva do Estado, lembra? Lá do artigo 37,
§ 6º, da nossa Constituição.
Art. 37 (...)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
O estatuto federal traz e costuma ser regra geral que a responsabilidade
civil se estende aos sucessores, até o limite da herança recebida.

8.2 – Responsabilidade Penal

Vejamos agora o conceito de responsabilidade penal, trazido no artigo


123.

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Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções


imputadas ao servidor, nessa qualidade.
Portanto temos referências externas, não é mesmo? Portanto, ainda que
tenhamos estatutos que tragam, a depender da carreira que regulam,
determinados tipos de crimes, podemos dizer que a grande maioria das
hipóteses que ensejarão a responsabilidade criminal estão fora do estatuto.

8.3 – Responsabilidade Administrativa

A responsabilidade administrativa é aquela relacionada às


transgressões disciplinares definidas em estatuto e apuradas em sindicância ou
processo administrativo disciplinar.

8.4 – Disposições Gerais

Após entendermos o que é cada uma delas, precisamos conhecer


pequenos detalhes sobre as formas sob as quais um servidor pode ser
responsabilizado.

POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO
As sanções relacionadas às diferentes formas podem se cumular. Isso
significa que, como regra, elas serão apuradas de forma separada. Cada
“esfera” apura a incidência ou não de sua norma, ocasionando na
responsabilização cumulada ou não.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-
se, sendo independentes entre si.

AFASTAMENTO DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA


Há a hipótese de afastamento da responsabilidade administrativa quando
a apuração penal apontar no sentido de:
• Inexistência do fato; ou
• Negativa de autoria.
Se você parar para pensar, verá que são comandos bastante óbivos. No
primeiro caso, o fato simplesmente não aconteceu. Como poderia então alguém
ser responsabilizado administrativamente por algo que não ocorreu?
Na segunda hipótese, até ocorreu, mas foi outra pessoa que o promoveu.
Igualmente absurda seria a responsabilização do servidor.

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Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no


caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
Por fim, você deve estar se perguntando sobre a influência na esfera civil.
Os que estão mais acostumados ao Direito já sabem que podemos ter um ilícito
civil que não configure crime. Portanto, as hipóteses acima, como regra, não se
aplicam à apuração de responsabilidade civil, ok?
Vamos agora fixar nosso conhecimento com os exercícios!

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9 – Questões Comentadas

9.1 – VUNESP
1. (VUNESP /Delegado de Polícia / PC-BA / 2018)
Servidores da Secretaria da Fazenda pretendem a ascensão do cargo de
Técnico, posteriormente reestruturado para Analista Tributário, para o cargo de
Agente Fiscal, sob o argumento de que ambos os cargos pertencem à mesma
carreira. Tal pretensão é
a) constitucional, porque constitui mera transposição de servidor concursado
de um cargo para outro dentro da mesma pessoa jurídica de direito público.
b) inconstitucional, porque tal alteração é de competência privativa do chefe
do poder executivo e somente pode ocorrer por remoção ou permuta.
c) constitucional, porque os dois cargos possuem natureza e complexidade
semelhantes, e os servidores já foram previamente aprovados em concurso
público.
d) inconstitucional, por constituir modalidade de provimento derivado, que
propicia ao servidor a investidura, sem prévia aprovação em concurso público
destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual foi
anteriormente investido.
e) constitucional, porque a Constituição Federal somente prevê a necessidade
de concurso público para ingresso na administração pública e não para
transposição, transformação ou ascensão funcional.
Comentários.
A alternativa correta é a letra D, pois a situação trazida pelo enunciado afronta
a regra de realização de concursos públicos constante da Constituição Federal.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também,
ao seguinte:
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;
Há também a Súmula Vinculante 43 sobre o tema.
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente
investido.

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Gabarito 1. D.

2. (VUNESP / Escrivão de Polícia Civil / PC-SP / 2018)


Sobre os servidores públicos, a Constituição Federal estabelece que, extinto o
cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável
a) ficará à disposição do órgão público em que se encontra lotado, sem prejuízo
dos vencimentos até que seja readaptado em outro cargo.
b) será exonerado, com direito à indenização proporcional ao tempo de serviço
em um décimo para cada ano trabalhado.
c) será demitido do cargo, com direito à indenização pelo período de tempo que
restar para obter a aposentadoria.
d) será alocado em cargo equivalente, na repartição mais próxima do seu
domicílio, sem direito à indenização.
e) ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de
serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
Comentários.
A alternativa correta é a letra E, conforme consta do artigo 41 da CF/88.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.
Gabarito 2. E.

3. (VUNESP / Assistente em Administração / UFTM / 2018)


Assinale a alternativa que contempla hipótese de acumulação de cargos públicos
que, mesmo havendo compatibilidade de horários, infringe o disposto na
Constituição Federal.
a) Dois cargos de professor.
b) Um cargo de professor com outro técnico.
c) Um cargo de professor com outro científico.
d) Dois cargos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
e) Um cargo de policial civil ou militar com outro técnico ou científico.
Comentários.

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A alternativa incorreta é a letra E, por ser a única que viola o disposto no artigo
37 da CF/88.
Art. 37 (...)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas;
Gabarito 3. E.

4. (VUNESP / Analista de Processos Previdenciários / IPRESB – SP


/ 2017)
É direito assegurado constitucionalmente aos servidores ocupantes de cargo
público:
a) seguro-desemprego.
b) fundo de garantia do tempo de serviço.
c) salário-mínimo.
d) piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
e) proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de
admissão do trabalhador portador de deficiência.
Comentários.
A alternativa correta é a letra C, conforme os seguintes dispositivos da CF/88.
Art. 39 (...)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º,
IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo
a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do
cargo o exigir.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender
a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

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Gabarito 4. C.

5. (VUNESP / Juiz Substituto / TJ-SP / 2017)


O direito de greve reconhecido constitucionalmente aos servidores públicos
implica que
a) do seu exercício, todavia, poderá resultar o desconto de metade dos dias
paralisados, de maneira a compatibilizar o direito constitucional à greve com o
princípio da continuidade do serviço público.
b) seu exercício imporá os descontos dos dias paralisados, não se admitindo a
compensação, uma vez que adstrita a Administração Pública ao princípio da
legalidade.
c) do seu exercício, todavia, poderá resultar o desconto dos dias paralisados a
ser efetuado pela Administração Pública, com possibilidade de compensação na
hipótese de acordo.
d) poderá ser exercido nos mesmos moldes dos trabalhadores da iniciativa
privada, sem possibilidade de descontos dos dias paralisados.
Comentários.
A alternativa correta é a letra C. O exercício do direito de greve é possível, mas
a administração poderá descontar os dias que não foram trabalhados, desde
que a greve não tenha sido provocada por conduta ilícita do Poder Público, é o
que consta de jurisprudência do STF.
Ainda sobre o tema, há jurisprudência no STJ que não permite que o desconto
ocorra em parcela única.
Gabarito 5. C.

6. (VUNESP / Assistente Administrativo / UNESP / 2016)


João é Assistente Administrativo I da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp,
no campus de Araraquara, e foi eleito Vereador no Município de São Carlos.
Nesse caso, João deverá
a) cumprir suas funções nos dois cargos.
b) optar pela remuneração mais vantajosa, pois não poderá receber dois
salários.
c) afastar-se do cargo na Unesp, por incompatibilidade de horário, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração.
d) afastar-se do cargo na Unesp, e seu tempo de serviço no mandato eletivo
será apenas contado para promoção por merecimento.

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e) renunciar ao mandato eletivo por ser incompatível com o cargo que ocupa
na Unesp.
Comentários.
A alternativa correta é a letra C. Ao que me parece a questão cobra também o
conhecimento da carga horária para o cargo citado no enunciado. Fora isso, é
cobrada também a regra de cumulatividade para o eleito para ser vereador.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional,
no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado
de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto
para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.
Gabarito 6. C.

7. (VUNESP / Analista de Processos Previdenciários / IPRESB /


2017)
Considerando o que dispõe a Constituição Federal acerca dos servidores
públicos, assinale a alternativa correta.
a) O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado
e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por
proventos fixados em parcela única.
b) Os servidores do regime próprio de previdência serão aposentados,
compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos
70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma
de lei complementar.
c) Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão,
não poderão ser menores do que a remuneração do respectivo servidor, no
cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para
a concessão da pensão.

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d) O tempo de serviço federal, estadual ou municipal será contado para efeito


de aposentadoria e o tempo de contribuição correspondente para efeito de
disponibilidade.
e) A lei não poderá estabelecer forma de contagem de tempo de contribuição
fictício, a não ser para efeitos de disponibilidade.
Comentários.
A alternativa correta é a letra B. A questão cobra dispositivos da CF/88 em todas
as suas alternativas. Vejamos a que embasa a resposta correta.
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial e o disposto neste artigo.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este
artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores
fixados na forma dos §§ 3º e 17:
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na
forma de lei complementar;
As demais alternativas são incorretas diante dos seguintes dispositivos.
A. Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão
conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por
servidores designados pelos respectivos Poderes.
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado
e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
C. Art. 40 (...)
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua
concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no
cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para
a concessão da pensão.
D. Art. 40 (...)
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para
efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de
disponibilidade.
E. Art. 40 (...)

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§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de


contribuição fictício.
Gabarito 7. B.

8. (VUNESP / Oficial de Promotoria I / MPE-SP / 2016)


As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-
se apenas
a) aos casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público.
b) aos servidores com acumulação remunerada de dois cargos públicos.
c) às autarquias, empresas públicas e suas subsidiárias.
d) às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
e) à administração fazendária e aos seus servidores fiscais.
Comentários.
A alternativa correta é a letra D. A questão cobra o conhecimento do artigo 37,
inciso V, da Constituição Federal.
Art. 37 (...)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
Gabarito 8. D.

9. (VUNESP / Procurador Jurídico / Câmara Municipal de Poá – SP /


2016)
A nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados pode ser feita
até
a) um mês que antecede o pleito.
b) dois meses que antecedem o pleito.
c) três meses que antecedem o pleito.
d) dois meses que antecedem o pleito e até a posse dos eleitos.
e) três meses que antecedem o pleito e até a posse dos eleitos.
Comentários.

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A alternativa correta é a letra E, conforme LEI Nº 9.504/97, especificamente no


seu artigo 73.
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes
condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos
pleitos eleitorais:
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa,
suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o
exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor
público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até
a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos
Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;
Gabarito 9. E.

10. (VUNESP / Assistente Administrativo I / UNESP / 2016)

João é Assistente Administrativo I da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp,


no campus de Araraquara, e foi eleito Vereador no Município de São Carlos.
Nesse caso, João deverá

a) cumprir suas funções nos dois cargos.

b) optar pela remuneração mais vantajosa, pois não poderá receber dois
salários.

c) afastar-se do cargo na Unesp, por incompatibilidade de horário, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração.

d) afastar-se do cargo na Unesp, e seu tempo de serviço no mandato eletivo


será apenas contado para promoção por merecimento.

e) renunciar ao mandato eletivo por ser incompatível com o cargo que ocupa na
Unesp.

Comentários.

A alternativa correta é a letra C. No caso de ser eleito para mandato eletivo


federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função. Se o mandato for municipal, teremos o seguinte:
1º Mandato de Prefeito  será afastado do cargo, emprego ou função,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
2º Mandato de Vereador  havendo compatibilidade de horários receberá
as vantagens de seu cargo, emprego ou função e do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada mesma regra de prefeito (será

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afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua


remuneração).
Gabarito 10. C.

11. (VUNESP / Assistente Legislativo / Prefeitura de Caieiras – SP /


2015)
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, a de
a) três cargos de professor.
b) dois cargos de professor com outro cargo técnico ou científico.
c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
d) dois cargos no Poder Executivo e outro em autarquia.
e) um cargo em fundação pública, um em autarquia e um na administração
direta, desde que não semelhantes.
Comentários.
A alternativa correta é a letra C. Ela traz o disposto no artigo 37, XVI, c).
Art. 37 (...)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o
disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,
com profissões regulamentadas;
Gabarito 11. C.

12. (VUNESP / Assistente de Recursos Humanos / Prefeitura de


Caieiras – SP / 2015)
O servidor público estável só perderá o cargo
a) em virtude de sentença judicial, mesmo que não tenha transitado em
julgado.
b) mediante processo de qualquer natureza.
c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.
d) em virtude de necessidade de enxugamento da estrutura da área.

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e) mediante razões de naturezas econômica e tecnológicas.


Comentários.
A alternativa correta é a letra C. A estabilidade é adquirida ao fim do estágio
probatório, podendo o servidor estável perder o cargo, a partir desse momento,
nas seguintes situações:
 Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
 Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
 Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de Lei Complementar, assegurada ampla defesa; e
 Excesso de despesas com pessoal.
Gabarito 12. C.

13. (VUNESP / Contador Judiciário / TJ-SP / 2015)


De acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 37, a administração pública
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A CF/88 prevê, ainda, que
a) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis exclusivamente aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos na norma específica
b) o prazo de validade do concurso público será de até três anos, prorrogável
uma vez, por metade desse período.
c) durante o prazo prorrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
d) a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, bem como do poder
executivo, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, mas que deverão ser
aprovados pelo poder legislativo.
e) as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira, nos casos, nas condições e nos percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Comentários.
A questão nos cobra dispositivos constitucionais. A resposta correta é a
constante da alternativa E. Ela cobra a literalidade do artigo 37, V.

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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também,
ao seguinte:
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
A alternativa A é incorreta, pois fere o previsto no inciso I do artigo 37.
Art. 37 (...)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
forma da lei;
A alternativa B está incorreta, pois vai contra o prescrito no inciso II do artigo
37.
Art. 37 (...)
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável
uma vez, por igual período;
A alternativa C é incorreta, pois vai contra o que manda o artigo 37, IV, CF/88.
Art. 37 (...)
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;
A alternativa D é incorreta, pois vai contra o constante do inciso IV do artigo
37.
Art. 37 (...)
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;
Gabarito 13. E.

14. (VUNESP / Advogado / Câmara Municipal de Itatiba – SP / 2015)

Estabelece a Constituição da República que, invalidada por sentença judicial a


demissão do servidor estável, será ele

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a) readmitido, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo


de origem, com direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

b) reincorporado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, será exonerado,


com direito a indenização, ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.

c) reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização, aproveitado em


outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.

d) reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo


de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

e) reconduzido, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reintegrado ao cargo


de origem, com direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Comentários.

A alternativa correta é a letra D, conforme artigo 41, § 2º.

Art. 41 (...)

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele


reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo
de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Gabarito 14. D.

15. (VUNESP / Assistente Legislativo / Prefeitura de Caieiras – SP /


2015)
Com base na Constituição Federal, possuirão cargo e estável no Poder
Legislativo Municipal os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público, após o prazo de
a) um ano.
b) dois anos.
c) três anos.
d) cinco anos.
e) seis anos.
Comentários.

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A alternativa correta é a letra C, conforme artigo 41, da CF/88.


Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Gabarito 15. C.

16. (VUNESP / Juiz / TJ-SP / 2015)

O regime jurídico dos servidores públicos tem um amplo tratamento na


Constituição federal, além de ser disciplinado em lei estatutária de cada ente da
federação. Com relação ao regime geral dos servidores públicos, é correto
afirmar que

a) no direito brasileiro é possível que um não servidor público exerça função


pública sem que o agente seja ocupante de cargo público em que tenha sido
regularmente investido.

b) um servidor aposentado pelo regime de previdência do setor público somente


poderá acumular os proventos com a remuneração de cargo público se o cargo
em que se aposentou e aquele posteriormente ocupado forem acumuláveis nos
termos da Constituição.

c) o servidor público estável só pode ser demitido a bem do serviço público após
processo administrativo disciplinar em que lhe seja assegurado o amplo direito
de defesa exercida por meio de advogado por ele constituído ou dativo.

d) o servidor aprovado em concurso público, após adquirir estabilidade, só pode


deixar de ocupar o cargo no qual foi investido por promoção, exoneração a
pedido ou após regular processo administrativo disciplinar ou ainda quando
requerer a aposentadoria, preenchidos os requisitos legais.

Comentários.

A alternativa correta é letra A. A alternativa apenas fala, em termos mais


rebuscados, que é possível o exercício de função não atrelada a cargo, o que é
possível no ordenamento jurídico brasileiro. O que não existe é cargo sem
função.

A alternativa B é incorreta, pois há também a exceção dos cargos em comissão.

Art. 37 (...)

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria


decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração.

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A alternativa C é incorreta. Essa não é a única hipótese de perda de cargo pelo


servidor estável.

A estabilidade foi flexibilizada, existindo hoje situações nas quais, mesmo o


servidor sendo estável, poderá perder o cargo. São elas:
 Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
 Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
 Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de Lei Complementar, assegurada ampla defesa; e
 Excesso de despesas com pessoal.
A alternativa D também é incorreta, conforme vimos acima.

Gabarito 16. A.

17. (VUNESP / Procurador do Município / Prefeitura de São José do


Rio Preto – SP / 2014)
No tocante aos cargos, empregos e funções públicas, é correto afirmar que
a) função pública é o lugar, dentro da organização funcional da Administração
Direta e de suas autarquias e fundações públicas que, ocupado por servidor
público, tem funções específicas e remuneração fixada em lei ou diploma a ela
equivalente.
b) cargos efetivos são aqueles que se revestem de caráter de permanência,
constituindo a maioria absoluta dos cargos integrantes dos diversos quadros
funcionais.
c) as funções de confiança deverão ser exercidas preferencialmente por
servidores ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional.
d) provimento é o fato administrativo que traduz o preenchimento de um cargo
ou emprego público.
e) a vacância, que indica que determinado cargo público não está provido,
somente ocorrerá nas hipóteses de exoneração ou demissão do servidor público.
Comentários.
A alternativa correta é a letra B. Ao contrário dos cargos comissionados, os
cargos efetivos se constituem na regra, sendo maioria em número.
Art. 37 (...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista

Professor Jonatas Albino do Nascimento 71 de 146


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em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em


lei de livre nomeação e exoneração;
A alternativa A é incorreta, pois traz o conceito de cargo público.
A alternativa C é incorreta em face do artigo 37, V.
“Art. 37 (...)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos
por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;”
A alternativa D é incorreta, pois o provimento é ato administrativo, não fato.
A alternativa E está incorreta, pois as hipóteses de vacância não se limitam às
que lá constam.
Lei nº 8.112/90. Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - transferência; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
IX - falecimento.
Gabarito 17. B.

18. (VUNESP / Analista Administrativo / SP-URBANISMO / 2014)


Considerando as normas constitucionais a respeito do servidor público da
Administração Direta, Autárquica e Fundacional, no exercício de mandato
eletivo, assinale a alternativa correta.
a) Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, poderá
continuar no exercício de seu cargo, emprego ou função.
b) Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou
função, não podendo, contudo, optar pela sua remuneração.
c) Investido no mandato de Vereador, havendo ou não compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração do cargo eletivo.

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d) Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato


eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, inclusive
para promoção por merecimento.
e) Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.
Comentários.
A alternativa correta é a letra E. É o que consta do artigo 38 da CF/88.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional,
no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.
A alternativa A é incorreta. Ela traz o inciso I do mesmo dispositivo distorcido.
Art. 38 (...)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado
de seu cargo, emprego ou função;
A alternativa B é incorreta, pois há opção pela remuneração no caso citado.
Art. 38 (...)
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
A alternativa C é incorreta, pois, no caso de compatibilidade, não haverá
prejuízo de nenhum benefício.
Art. 38 (...)
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;
A alternativa D é incorreta, pois não haverá a contagem para promoção por
merecimento.
Art. 38 (...)
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto
para promoção por merecimento;
Gabarito 18. E.

19. (VUNESP / Defensor Público / DPE-MS / 2014)


Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis

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a) aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como


aos estrangeiros, na forma da lei.
b) aos brasileiros e aos estrangeiros, igualmente, nos termos específicos
previstos nas leis de cada ente federativo.
c) aos brasileiros que preencham os requisitos previstos em lei, excluindo-se
qualquer forma de acesso por estrangeiros.
d) aos brasileiros que preencham os requisitos legais e aos estrangeiros, se
houver reciprocidade em favor dos brasileiros no exterior.
Comentários.
A alternativa correta é a letra A. Conforme trecho constitucional abaixo
transcrito.
Art. 37 (...)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
forma da lei;
As demais alternativas procuram confundir o candidato utilizados alternativas
semelhantes ao dispositivo em questão, porém todas incorretas.
Gabarito 19. A.

20. (VUNESP / Juiz / TJ-SP / 2014)

Um funcionário público foi demitido com a nota “a bem do serviço público”,


depois de regular processo administrativo, tendo a Administração Pública lhe
imputado a prática de crime. O processo penal, contudo, vem a concluir pela
inocência do referido funcionário, absolvendo-o por falta de provas (art. 386,
inciso VII, do Código de Processo Penal). A referida decisão da esfera penal vem
a ter a seguinte consequência na esfera administrativa:

a) existe repercussão, devendo, por consequência, ser reintegrado o funcionário


ao serviço público.

b) não existe repercussão, na medida em que a decisão proferida na esfera


penal não se comunica em hipótese alguma com a esfera administrativa.

c) não existe repercussão, na medida em que a absolvição por “falta de provas”


não se admite como fundamento para a invalidação da decisão administrativa.

d) existe repercussão, devendo, por consequência, ser readmitido o funcionário


ao serviço público.

Comentários.

Professor Jonatas Albino do Nascimento 74 de 146


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A alternativa correta é a letra C. A hipótese não se encaixa naquelas que irão


inocentar o servidor na esfera administrativa.

Há a hipótese de afastamento da responsabilidade administrativa quando a


apuração penal apontar no sentido de:
• Inexistência do fato; ou
• Negativa de autoria.
Gabarito 20. C.

21. (VUNESP / Procurador Jurídico / Prefeitura de Poá – SP / 2014)

No tocante à responsabilidade dos agentes públicos, na hipótese do servidor


público cometer infração considerada, ao mesmo tempo, ilícito administrativo e
ilícito penal, é correto afirmar que

a) a absolvição judicial que nega a existência do fato ou afasta do acusado a


respectiva autoria, repercute na esfera administrativa.

b) a decisão judicial proferida no processo penal repercutirá na esfera


administrativa, independentemente de qual seja o conteúdo da decisão.

c) a decisão judicial em processo penal não repercute de forma alguma na esfera


administrativa.

d) se o servidor público for condenado na esfera criminal, nada impede que seja
absolvido em âmbito administrativo, tendo em vista a incomunicabilidade de
instâncias.

e) se houver absolvição do servidor público no processo criminal por falta de


provas, ele deve também ser absolvido na esfera administrativa.

Comentários.

A alternativa correta é a letra A. Há a hipótese de afastamento da


responsabilidade administrativa quando a apuração penal apontar no sentido
de:
• Inexistência do fato; ou
• Negativa de autoria.
A alternativa B é incorreta em face do que vimos acima.

A alternativa C é incorreta. A apuração é independente, porém vimos acima


hipóteses de influências.

A alternativa D é incorreta. Caso haja a condenação penal, processo


administrativo não poderá concluir pela inexistência da conduta.

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A alternativa E está incorreta. Essa não é hipótese de influência da esfera penal


na administrativa.

Gabarito 21. A.

22. (VUNESP / Desenhista Técnico-Pericial / PC-SP / 2014)

Sobre o tema “estabilidade dos servidores públicos”, disciplinado pela


Constituição da República, é correto afirmar que

a) como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação


especial de desempenho por comissão instituída para tal

b) o servidor, apenas e tão somente, perderá o cargo em virtude de sentença


judicial condenatória transitada em julgado.

c) o servidor, apenas e tão somente, perderá o cargo em virtude de decisão


desfavorável em processo administrativo disciplinar.

d) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo, em virtude de


concurso público, adquirem estabilidade após dois anos de efetivo exercício.

e) o servidor, apenas e tão somente, perderá o cargo em virtude de


procedimento de avaliação periódica de desempenho desfavorável.

Comentários.

A alternativa correta é letra A, conforme artigo 41 da CF/88.

Art. 41 (...)

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação


especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Aa alternativas B, C e E são incorretas. O servidor estável poderá perder o


cargo. São elas:
 Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
 Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
 Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de Lei Complementar, assegurada ampla defesa; e
 Excesso de despesas com pessoal.
A alternativa D é incorreta, pois o prazo é de 3 anos.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

Gabarito 22. A.

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23. (VUNESP / Advogado / Câmara Municipal de São Carlos – SP /


2013)
Com relação aos servidores públicos, é correto afirmar que
a) para a investidura de cargo em comissão ou emprego público, é obrigatória
a aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, na
forma pre-vista em lei.
b) a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos públicos da
Administração Direta Municipal, percebidos cumulativamente ou não, incluídas
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
subsídio mensal, em espécie, do Prefeito no âmbito do Poder Executivo, exceção
às sociedades de economia mista, que receberem recursos do Município para
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
c) o concurso público para provimento de cargo de carreira terá a validade de
1 ano, improrrogável.
d) o prazo de validade do concurso público será de, no mínimo, dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período, caso o edital convocatório não
especifique outro prazo de validade.
e) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcio-nal ao tempo de serviço.
Comentários.
A alternativa correta é a letra E, conforme trecho do artigo 41 abaixo.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo
de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
A alternativa A é incorreta, pois os cargos em comissão são de livre nomeação
e exoneração.
Art. 37 (...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;
A alternativa B está incorreta, pois traz exceção inexistente.

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Art. 37 (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos
e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e
cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite
aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
A alternativa C é incorreta, pois a validade será de até 2 anos, prorrogável por
igual período.
Art. 37. (...)
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período;
A alternativa D está incorreta em face do dispositivo acima.
Gabarito 23. E.

24. (VUNESP / Auxiliar de Papiloscopista Policial / PC-SP / 2013)


João, após aprovação em concurso público, foi nomeado para exercer
determinado cargo da administração pública direta, tendo entrado em exercício
em dezembro de 2010. Nessa hipótese, é possível afirmar que João.
a) não pode se associar a sindicato de classe.
b) não pode ser designado para exercer função de confiança no órgão em que
está lotado
c) pode ser nomeado para exercer cargo em comissão no órgão em que está
lotado.
d) é servidor público estável.
e) só pode perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em
julgado.
Comentários.

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A alternativa correta é a letra C. O nomeado para cargo em comissão pode ser


servidor ou não.
Art. 37 (...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;
A alternativa A é incorreta, pois esse é um dos direitos extensíveis aos
servidores públicos, não havendo vedação específica.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
A alternativa B é incorreta., pois as funções de confiança são exclusivas de
ocupantes de cargo efetivo.
Art. 37 (...)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
A alternativa D é incorreta. A estabilidade se dá após três anos, nos termos do
artigo 41.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
A alternativa E é incorreta, diante do disposto no artigo 41, parágrafo primeiro.
Art. 41 (...)
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma
de lei complementar, assegurada ampla defesa.
Gabarito 24. C.

25. (VUNESP / Analista Administrativo / Fundação Casa / 2013)


O regime previdenciário dos servidores titulares de cargos efetivos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, é de caráter.

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a) contributivo, mediante contribuição do respectivo ente público, dos


servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
b) contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público,
dos servidores ativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.
c) contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público,
dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro.
d) contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público,
dos servidores ativos e inativos, observados critérios que preservem o equilíbrio
atuarial.
e) contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público,
dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Comentários.
A alternativa correta é a letra E. A questão nos cobra o conteúdo do artigo 41
da CF/88.
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário,
mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos
e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
Gabarito 25. E.

26. (VUNESP / Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção


/ TJ-SP / 2012)
Sobre os agentes públicos, é lícito afirmar que
a) o exame psicotécnico em concurso para cargo público pode ser instituído
pelo edital.
b) a nomeação de primo para cargo em comissão não ofende diretamente o
texto da Súmula Vinculante 13 do STF, que veda o nepotismo.
c) o salário-base do servidor público não pode ser inferior ao salário-mínimo.
d) a falta de defesa técnica, por advogado, em processo administrativo
disciplinar, torna inválido todo o procedimento.
Comentários.

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A alternativa correta é a letra B, pois primo é parente de quarto grau. Segue a


Súmula Vinculante nº 13 do STF:
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou,
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.”
A alternativa A é incorreta. Consolidando o que foi descrito na jurisprudência e
na legislação federal, temos os seguintes requisitos para a exigência de testes
psicotécnicos:
• Previsão em lei;
• Previsão no edital (específico para concursos federais);
• Uso de critérios objetivos e de reconhecido caráter técnico; e
• Possibilidade de recurso.
A alternativa C é incorreta. Na verdade, a referência é a remuneração
(remuneração = vencimentos + vantagens), que não poderá ser inferior ao
salário-mínimo.
A alternativa D é incorreta. Veja a Súmula Vinculante nº 5.
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar
não ofende a Constituição.
Gabarito 26. B.

27. (VUNESP / Oficial Administrativo / SAP-SP / 2011)


Para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive as
fundações instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é
obrigatório o cumprimento da seguinte norma:
a) para as nomeações de cargo em comissão, é necessário concurso público de
títulos.
b) o prazo de validade do concurso público de provas será de dois anos,
improrrogáveis.
c) a nomeação do candidato aprovado em concurso público de provas ou de
provas e títulos obedecerá à ordem de classificação.
d) durante o prazo improrrogável previsto no edital do concurso, o candidato
aprovado não será convocado com prioridade sobre os novos concursados.

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e) o servidor público não gozará de estabilidade no emprego quando se


candidatar para o exercício de cargo de representação sindical, salvo se não
cometer falta grave definida em lei.
Comentários.
A alternativa correta é a letra C. O respaldo, na Lei nº 8.112/90, consta do
artigo 10.
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento
efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de
provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.
A alternativa A é incorreta, pois o concurso poderá ser apenas de provas.
Art. 37 (...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;
A alternativa D é incorreta, pois é contrária a comando constitucional.
Art. 37 (...)
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;
A alternativa E está incorreta, pois contraria o artigo 8º, VIII, CF/88.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.
Gabarito 27. C.

28. (VUNESP / Juiz / TJ-SP / 2011)


Ermenegilda Pafúncia, grávida de 08 meses, que ocupava cargo em comissão,
foi dispensada do serviço público.
É correto afirmar:
I. faz jus aos direitos constitucionalmente assegurados;
II. porque titular de cargo em comissão, não faz jus a nenhum benefício;

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III. os ocupantes de cargos em comissão podem ser demitidos ad nutum;


IV. pode ser demitida desmotivadamente sem maiores formalidades;
V. pode ser demitida ad nutum, mas deverá receber indenização referente a 05
meses de remuneração, a contar da gravidez.
Estão corretos apenas os itens
a) I e IV.
b) II e III.
c) I e V.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
Comentários.
A alternativa correta é a letra C. Vejamos cada item.
Item I. Correto. Não há norma específica, que deveria ser constitucional, que
afaste qualquer garantia ligada à situação colocada no enunciado.
Item II. Incorreto. Aplica-se por exemplo o regime geral de previdência social.
Item III. Incorreto. O que o item pretende é que o candidato diferencie os
institutos da demissão e destituição, sendo apenas o primeiro hipótese de
aplicação de penalidade.
Item IV. Incorreto. Essa seria a regra caso não houvesse a situação de
gravidez, que impede que ela seja demitida sem justa causa e as devidas
formalidades.
Item V. Correto. O item já adentra um pouco ao direito trabalhista. Nesse caso,
de forma bastante simples, o empregador deveria pagar o correspondente ao
período de estabilidade.
Gabarito 28. C.

29. (VUNESP / Advogado / ITESP / 2008)


Para fins de aposentadoria, submetem-se ao regime próprio de previdência do
serviço público a seguinte categoria de agentes públicos:
a) ocupantes de empregos públicos.
b) servidores de sociedade de economia mista
c) servidores das fundações de direito privado.
d) agentes políticos.
e) Conselheiros dos Tribunais de Contas.
Comentários.

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A alternativa correta é a letra E, pois única que traz servidor estatutário. As


demais trazem agentes públicos celetistas.
Gabarito 29. E.

9.2 – CESPE

30. (CESPE / Analista Técnico / DPU / 2016)


Em relação aos serviços públicos e ao disposto na Lei n.º 8.112/1990, julgue o
item seguinte.
A investidura em cargo público em comissão ocorre com a nomeação e
independe de prévia habilitação em concurso público.
Comentários.
A investidura ocorre com a posse.
Lei nº 8.112/90. Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Gabarito 30. Errado.

31. (CESPE / Técnico em Assuntos Educacionais / DPU / 2016)


Em relação ao regime jurídico dos cargos, empregos e funções públicas e às
disposições da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item que se segue.
A investidura em cargo público ocorre com a posse.
Comentários.
É o que nos traz o artigo 7º da Lei nº 8.112/90.
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Gabarito 31. Certo.

32. (CESPE / Analista Técnico / DPU / 2016)


Em relação aos serviços públicos e ao disposto na Lei n.º 8.112/1990, julgue o
item seguinte.
Os servidores contratados por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público e os empregados públicos
classificam-se, em virtude da ausência de estabilidade, como servidores
temporários.
Comentários.
Incorreto. Os empregados públicos não são temporários. Ainda, em que pese
não adquiram estabilidade, a demissão deve ocorrer mediante processo

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administrativo com ampla defesa e contraditório, devendo o ato administrativo


ser motivado.
Gabarito 32. Errado.

33. (CESPE / Conhecimentos Básicos / FUB / 2015)


Com base no que dispõem as Leis n.º 8.112/1990 e n.º 9.784/1999, julgue o
item que se segue.
Considere que Joana, servidora pública da Universidade de Brasília, tenha
recebido documentação para a instrução do processo administrativo de posse
de um professor estrangeiro em um cargo público da universidade. Nessa
situação, Joana deve desconsiderar a não apresentação, pelo professor, do
documento comprobatório de nacionalidade brasileira, devendo dar
prosseguimento ao referido processo.
Comentários.
Afirmativa correta. O caso de amolda a permissivo específico para contratação
de estrangeiros constante da Lei nº 8.112/90.
Art. 5º (...)
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais
poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros,
de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.
Gabarito 33. Certo.

34. (CESPE/FUB/Conhecimentos Básicos–Nível Intermediário/2015)


À luz do disposto na Constituição Federal de 1988 acerca da administração
pública, julgue o item a seguir.
Os cargos públicos devem ser plenamente acessíveis a brasileiros e a
estrangeiros, podendo o edital do concurso estabelecer, justificadamente,
requisitos apropriados às funções a serem desempenhadas.
Comentários.
Vimos em nossa aula que os editais de concurso público não podem servir
de base legal para restringir o acesso por meio de critérios não
previstos em Lei.
Gabarito 34. Errado.

35. (CESPE/MPU/Analista dp MPU/2015)


A respeito dos cargos e funções públicas, julgue o item que se segue.

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A função pública compreende o conjunto de atribuições conferidas aos


servidores ocupantes de cargo efetivo, razão por que não é exercida por
servidores temporários.
Comentários.
Segundo a Lei 8112/90:
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas
na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Já as funções são conceituadas como a realização de atividades específicas na
Administração Pública.
Percebam que não existe cargo sem função (pois todos os cargos têm
atribuições), mas existem funções sem cargos (atividades que não foram
designadas a um cargo específico e por isso podem ser realizadas por servidores
temporários).
Gabarito 35. Errado.

36. (CESPE/MPU/Técnico do MPU - Segurança Institucional e


Transporte/2015)
Acerca do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item
subsequente.
O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser exonerado a qualquer
momento, independentemente de motivação.
Comentários.
Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração e
são ocupados transitoriamente. Por isso,
a exoneração não tem caráter punitivo, sendo ato discricionário da
autoridade competente e sem necessidade de motivação. Caso um servidor
ocupante de cargo em comissão seja retirado do cargo por penalidade, devemos
pensar no instituto da destituição. Se o servidor for efetivo, teremos a demissão.
Gabarito 36. Certo.

37. (CESPE - SUFRAMA - Geral/2014)


A respeito da organização político-administrativa do Estado, da administração
pública e dos servidores públicos, julgue o item subsequente.
É possível que edital de concurso público preveja a participação de concorrentes
de determinado sexo em detrimento do outro.
Comentários.

Professor Jonatas Albino do Nascimento 86 de 146


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Notem que a questão não detalha se há ou não base legal para tal exigência.
Assim a resposta é positiva, pois segundo jurisprudência do STF nos casos que
a natureza do cargo justifique tal exigência, é possível restringir pelo sexo o
acesso a determinados cargos.
Gabarito 37. Certo.

38. (CESPE - ANATEL) - Administrativo/2014)


Julgue o item seguinte, referente a agentes públicos e poder de polícia.
Em um concurso público que requeira investigação social como uma de suas
fases, a existência de inquérito policial instaurado contra o candidato não tem,
por si só, o poder de eliminá-lo do certame.
Comentários.
Para reduzir a quantidade de coisas que você já tem que decorar é importante,
sempre que possível, usar o raciocínio para se lembrar de algo. Você acha
razoável que a mera abertura de inquérito policial seja suficiente para eliminar
o candidato? Óbvio que não!
Gabarito 38. Errado.

39. (CESPE - ANATEL - Administrativo/2014)


Julgue o item seguinte, referente a agentes públicos e poder de polícia.
Para que seja admitida a realização de exame psicotécnico em concurso
público, basta que haja previsão no edital, com a definição de critérios
objetivos e a possibilidade de recurso.
Comentários.
Para que ocorram os testes psicotécnicos em determinado concurso, é
necessário que haja previsão em lei e não apenas no edital. Além disso, devem
ser previstos critérios objetivos e a possibilidade de recurso.
Gabarito 39. Errado.

40. (CESPE - APF/2014)


No que se refere a organização administrativa e a agentes públicos, julgue o
item a seguir.
Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, se determinado concurso
público destinar-se ao provimento de duas vagas, não será possível que uma
dessas vagas seja destinada exclusivamente a pessoa portadora de
necessidades especiais.

Professor Jonatas Albino do Nascimento 87 de 146


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Comentários.
Para que sejam destinadas vagas para os portadores dedeficiência, é necessário
que o limite máximo (20%) não seja extrapolado. No caso de concurso com
duas vagas, se uma for destinada a candidato com deficiência, corresponderá a
50% das vagas.
Gabarito 40. Certo.

41. (CESPE - ANATEL - Direito/2014)


Acerca das regras para a realização de concurso público, julgue o item
subsequente.
Como forma de salvaguardar os direitos dos candidatos em concurso público, a
legislação federal exige que provas orais sejam realizadas em sessões públicas
e gravadas.
Comentários.
É exatamente o que diz o decreto 6944.
Gabarito 41. Certo.

42. (CESPE/ANTAQ/Técnico Administrativo/2014)


A respeito dos agentes públicos, julgue o próximo item.
Um dos requisitos de acessibilidade aos cargos públicos é a nacionalidade
brasileira, não sendo permitida, portanto, aos estrangeiros a ocupação de
cargo na administração pública.
Comentários.
Com relação a quem pode ocupar cargos e empregos públicos, temos o seguinte
na CF/88:
“Art. 37 (...) I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei;”
O concurso público está diretamente ligado ao conceito de isonomia e de busca
do interesse público. Isonomia porque todos (a princípio) podem concorrer a
uma vaga. Já o interesse público mostra que é importante para a população
a seleção das melhores pessoas para se tornarem agentes públicos, o que
beneficiará a sociedade como um todo com o andamento das atividades do setor
público. Por isso a extensão aos estrangeiros que cumprirem os requisitos na
forma da lei.
Gabarito 42. Errado.

Professor Jonatas Albino do Nascimento 88 de 146


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43. (CESPE/ANTAQ/Técnico Administrativo/2014)


A respeito dos agentes públicos, julgue o próximo item.
Os cargos em comissão, criados por lei, destinam-se somente às atribuições
de direção, chefia e assessoramento.
Comentários.
Conforme a Constituição Federal de 1988:
“Art. 37 (...)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;”
Gabarito 43. Certo.

44. (CESPE/PGE-PI/Procurador do Estado Substit./Adaptada/2014)


A respeito de concurso público, julgue o próximo item.
O prazo de validade de dois anos para um concurso público poderá ser
prorrogado, a critério da administração, sucessivas vezes, inclusive com
prorrogação por período inferior a dois anos.
Comentários.
Segundo a CF/88 temos:
“Art. 37. (...)
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período; (...)”
Gabarito 44. Errado.

45. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014)


Acerca da contratação de pessoal por prazo determinado para o atendimento de
necessidade temporária de excepcional interesse público, julgue o item a seguir.
O recrutamento de pessoal a ser contratado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público deve ser realizado, em regra,
mediante processo seletivo simplificado, sendo este prescindível para o
atendimento às necessidades decorrentes de atividades especiais nas
organizações das Forças Armadas, tais como encargos temporários de obras e
serviços de engenharia.
Comentários.

Professor Jonatas Albino do Nascimento 89 de 146


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A contratação por tempo determinado é tratada na CF/88 como exceção à regra


de concurso público. Vejamos o texto:
“Art. 37 (...)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para
atender à necessidade temporária de excepcional interesse público;”
Na esfera federal, esses agentes públicos são regidos pela Lei 8745/1993 que
determina que:
Art. 1º Para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público, os órgãos da Administração Federal direta, as autarquias e as
fundações públicas poderão efetuar contratação de pessoal por tempo
determinado, nas condições e prazos previstos nesta Lei.
Art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse
público:
VI - atividades:
a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial
ou a encargos temporários de obras e serviços de engenharia;
Art. 3º O recrutamento do pessoal a ser contratado, nos termos desta Lei,
será feito mediante processo seletivo simplificado sujeito a ampla
divulgação, inclusive através do Diário Oficial da União, prescindindo de
concurso público.
§ 1o A contratação para atender às necessidades decorrentes de
calamidade pública, de emergência ambiental e de emergências em saúde
pública prescindirá de processo seletivo.
Veja que, segundo o parágrafo 1º do artigo 3º, o processo seletivo será
dispensável (prescindível) apenas para contratação para atender às
necessidades decorrentes de:
• Calamidade pública
• Emergência Ambiental
• Emergência em Saúde Pública
Gabarito 45. Errado.

46. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014)


Acerca da contratação de pessoal por prazo determinado para o atendimento de
necessidade temporária de excepcional interesse público, julgue o item a seguir.
Admite-se a contratação de professores para suprir demandas excepcionais
decorrentes de projeto de aperfeiçoamento de médicos na área de atenção
básica em saúde, em região prioritária para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Comentários.

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Segundo a Lei 8745/93 (que dispõe sobre a contratação por tempo determinado
para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, nos
termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal, e dá outras
providências):
Art. 1º Para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público, os órgãos da Administração Federal direta, as autarquias e as
fundações públicas poderão efetuar contratação de pessoal por tempo
determinado, nas condições e prazos previstos nesta Lei.
Art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse
público:
XI - admissão de professor para suprir demandas excepcionais decorrentes de
programas e projetos de aperfeiçoamento de médicos na área de Atenção Básica
em saúde em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS),
mediante integração ensino-serviço, respeitados os limites e as condições
fixados em ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento
e Gestão, da Saúde e da Educação.
Gabarito 46. Certo.

47. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014)


A respeito do regime jurídico estatutário dos servidores públicos, julgue o item
a seguir, de acordo com o entendimento dos tribunais superiores.
A alteração do escalonamento hierárquico da carreira a que pertence o servidor
inativo, criando-se novos níveis para a progressão de servidores da ativa, ainda
que não implique redução dos proventos do servidor inativo, é inconstitucional,
por violar o direito adquirido e o princípio da isonomia.
Comentários.
Segundo o STF, não há direito adquirido a regime jurídico. Assim, caso tenha
ocorrido a alteração na carreira de determinado servidor aposentado com a
alteração de 5 para 10 níveis de progressão, desde que não haja redução de
seus proventos, a alteração é constitucional.
Vejamos a posição da nossa Corte Constitucional no agravo regimental de um
recurso extraordinário:
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. ALTERAÇÃO DO
ESCALONAMENTO HIERÁRQUICO DA CARREIRA. REENQUADRAMENTO. REGIME
JURÍDICO. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. “AUMENTO DISFARÇADO”.
EXTENSÃO. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.
I – A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não
há direito adquirido a regime jurídico. Assim, desde que não implique

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redução nos proventos do servidor inativo, é válida a alteração do


escalonamento hierárquico da carreira a que ele pertence, com criação
de novos níveis para progressão dos servidores da ativa. Precedentes.
II – A verificação de eventual ocorrência de “aumento disfarçado”, concedido
aos servidores da ativa e não estendido aos inativos, demandaria o
revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, bem como o exame da
legislação infraconstitucional estadual aplicável à espécie (Leis 7.424/1980,
13.666/2002 e 15.044/2006, e Decretos 2.333/2003 e 3.960/2004), o que
atrairia a incidência das Súmulas 279 e 280 desta Corte.
III – Agravo regimental improvido.
Gabarito 47. Errado.

48. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014)


Acerca da organização administrativa e dos agentes públicos, julgue os itens
seguintes.
Considere que alguns moradores de determinada cidade tenham auxiliados os
bombeiros a resgatar vítimas de um grave desabamento causado pelas fortes
chuvas ocorridas no período do verão. Nessa situação, os referidos moradores
são considerados agentes putativos.
Comentários.
A questão trata dos agentes de fato, que praticam atos em nome da
Administração Pública sem estarem investidos no cargo, emprego ou função
pública. São classificados em:
• Agentes Putativos: desempenham uma atividade pública sem
investidura no cargo, com a presunção de legitimidade de seus atos (é o
exemplo típico do agente de fato). Nesse caso, os atos praticados devem ser
considerados válidos se houver boa-fé do administrado. Isso se deve pela teoria
da aparência, já que seria praticamente impossível o administrado descobrir que
o agente está irregularmente investido. O que ocorreu foi que a Administração
Pública falhou ao permitir que tal situação ocorresse, não podendo o ônus de tal
irregularidade cair sobre o cidadão.
• Agentes Necessários: em situações excepcionais, desempenham
atividade pública como agentes de direito em colaboração com a Administração
Pública. É o exemplo da questão, em que os moradores auxiliaram os bombeiros
no resgate das vítimas.
Gabarito 48. Errado.

49. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014)

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Acerca da organização administrativa e dos agentes públicos, julgue os itens


seguintes.
Os agentes particulares colaboradores, como, por exemplo, os concessionários
e permissionários de serviços públicos, embora atuem em funções públicas
delegadas pelo Estado, não são agentes públicos, ante a ausência de vínculo
estatutário, celetista ou eletivo com a administração.
Comentários.
A Lei nº 8.429/92 determina que: “Agente Público é todo aquele
que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública.”
Percebe-se que o legislador nitidamente procurou elaborar
um conceito bastante amplo de agente público, deixando claro que
a transitoriedade, ausência de remuneração, forma de investidura
ou vínculo não tem por condão retirar a característica de agente público.
Assim, incluem-se como agentes públicos em sentido amplo os agentes
delegados, os agentes políticos, os agentes honoríficos, os agentes
credenciados e os agentes administrativos.
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Direito Administrativo
Descomplicado - 23a Edição - 2015): "Os agentes delegados são particulares
que recebem a incumbência de exercer determinada atividade, obra ou serviço
público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco, sob a permanente
fiscalização do poder delegante. Evidentemente, não são servidores públicos,
não atuam em nome do Estado, mas apenas colaboram com o Poder
Público (descentralização por colaboração). São os concessionários
e permissionários de serviços públicos, os leiloeiros, os tradutores públicos,
entre outros."
Gabarito 49. Errado.

50. (CESPE/MDIC/Analista Técnico - Administrativo/2014)


Com relação aos agentes públicos e aos poderes da administração pública,
julgue os itens subsecutivos.
Os particulares, ao colaborarem com o poder público, ainda que em caráter
episódico, como os jurados do tribunal do júri e os mesários durante as eleições,
são considerados agentes públicos.
Comentários.
A Lei 8429/92 determina que: “Agente Público é todo aquele que exerce, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função pública.”

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Percebe-se que o legislador nitidamente procurou elaborar


um conceito bastante amplo de agente público, deixando claro que
a transitoriedade, ausência de remuneração, forma de investidura
ou vínculo não tem por condão retirar a característica de agente público.
Assim, incluem-se como agentes públicos em sentido amplo os agentes
honoríficos s, os agentes políticos, os agentes delegados, os agentes
credenciados e os agentes administrativos.
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Direito Administrativo
Descomplicado - 23a Edição - 2015): “Os agentes honoríficos são cidadãos
requisitados ou designados para, transitoriamente, colaborarem com o Estado
mediante a prestação de serviços específicos, em razão de sua condição cívica,
de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional. Não possuem
qualquer vínculo profissional com a administração pública (são apenas
considerados "funcionários públicos" para fins penais) e usualmente atuam sem
remuneração. São os jurados, os mesários eleitorais, os membros dos
Conselhos Tutelares criados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e outros
dessa natureza.”
Gabarito 50. Certo.

51. (CESPE/MTPS/Agente Administrativo/2014)


Acerca da disciplina do funcionalismo público no Brasil, julgue os itens
subsequentes no que tange à disciplina constitucional e à Lei n.º 8.112/1990.
Apenas por meio de prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e
títulos, poderá o cidadão brasileiro ter acesso aos cargos e empregos públicos.
Comentários.
Temos duas exceções ao acesso de cargos e empregos públicos por meio de
concurso: cargos em comissão (livre nomeação e exoneração) e contratação
por tempo determinado (mediante processo seletivo simplificado ou não).
Vejamos os artigos:
1 - Cargos em comissão:
Art. 37
(...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;
2 - Contratação por tempo determinado
Art. 37

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(...)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para
atender à necessidade temporária de excepcional interesse público;”
Na esfera federal, esses agentes públicos são regidos pela Lei 8745/93 que
determina:
Art. 1º Para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público,
os órgãos da Administração Federal direta, as autarquias e as fundações
públicas poderão efetuar contratação de pessoal por tempo determinado, nas
condições e prazos previstos nesta Lei.
(...)
Art. 3º O recrutamento do pessoal a ser contratado, nos termos desta Lei,
será feito mediante processo seletivo simplificado sujeito a ampla
divulgação, inclusive através do Diário Oficial da União, prescindindo de
concurso público.
§ 1o A contratação para atender às necessidades decorrentes
de calamidade pública, de emergência ambiental e de emergências em saúde
pública prescindirá de processo seletivo.
Gabarito 51. Errado.

52. (CESPE/MTPS/Agente Administrativo/2014)


Acerca das regras constitucionais aplicáveis à administração pública, julgue os
itens que se seguem.
A investidura em cargo ou emprego público, incluindo-se os cargos em
comissão, depende, de acordo com disposição expressa da CF, da aprovação
prévia em concurso público de provas ou provas e títulos.
Comentários.
Art. 37 (...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;
Assim, a redação correta da questão seria a seguinte: A investidura em cargo
ou emprego público, excluindo-se os cargos em comissão, depende, de acordo
com disposição expressa da CF, da aprovação prévia em concurso público de
provas ou provas e títulos.
Gabarito 52. Errado.

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53. (CESPE / Cargo 33 / MPU / 2013)


No que se refere ao direito administrativo, julgue o item a seguir.
A Constituição Federal de 1988 (CF) não restringe o acesso aos cargos públicos
a brasileiros que gozam de direitos políticos, admitindo que cargos, empregos e
funções públicas sejam preenchidos por estrangeiros, na forma da lei.
Comentários.
Afirmativa correta. Para fixar bem o assunto abordado na presente questão,
destaco dois trechos para leitura, um da CF/88 e ou da lei 8.112/90,
respectivamente:
CF/88. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
forma da lei;
(...)
Lei 8.112/ 90. Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são
criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Gabarito 53. Certo.

54. (CESPE - (Polícia Civil DF/2013)


Acerca do regime jurídico dos servidores públicos, julgue o item subsecutivo.
O conceito de agente público para a aplicação da Lei de Improbidade
Administrativa abrange aqueles que exerçam, sem remuneração, função no
âmbito da PCDF.
Comentários.
O conceito de agente público é bastante amplo, englobando inclusive aqueles
que não recebam remuneração.
Gabarito 54. Certo.

55. (CESPE - Deleg - PC - BA/2013)

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Com relação aos agentes públicos, julgue o item subsequente.


Para que ocorra provimento de vagas em qualquer cargo público, é necessária
a prévia aprovação em concurso público.
Comentários.
Questão errada porque os cargos em comissão (que é espécie de cargo público)
não requer a realização de concurso público.
Gabarito 55. Errado.

56. (CESPE - AnaTA - MJ/2013)


Acerca dos agentes públicos, julgue o item que se segue.
Segundo entendimento firmado pelo STJ, o candidato aprovado fora das vagas
previstas originariamente no edital, mas classificado até o limite das vagas
surgidas durante o prazo de validade do concurso, possui direito líquido e certo
à nomeação se o edital dispuser que serão providas, além das vagas oferecidas,
as outras que vierem a existir durante a validade do certame.
Comentários.
Questão de jurisprudência pura. Como falamos na aula esse é o entendimento
do STJ.
Gabarito 56. Certo.

57. (CESPE - TJ TRT17 - Administrativa/2013)


Acerca dos agentes e cargos públicos, julgue o item seguinte.
As funções de confiança não se confundem com os cargos em comissão, visto
que estes são ocupados transitoriamente, sem a necessidade de concurso, e
aquelas só podem ser titularizadas por servidores públicos ocupantes de cargos
efetivos.
Comentários.
Perfeita a distinção de cargo em comissão e função de confiança.
Gabarito 57. Certo .

58. (CESPE - TJ STF/Administrativa/2013)


A respeito do regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das
autarquias e das fundações públicas federais, julgue o item que se segue.
Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

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Comentários.
Transcrição literal da Lei nº 8.112/90.
Gabarito 58. Certo.

59. (CESPE - AnaTA MIN/2013)


Acerca de processo administrativo e de agentes administrativos, julgue o item
que se segue.
Nas empresas públicas e sociedades de economia mista, não existem cargos
públicos, mas somente empregos públicos.
Comentários.
A questão está parcialmente correta, pois a grande maioria dos agentes públicos
que trabalham nas EPs e SEMs são empregados públicos. Entretanto, os seus
dirigentes são tidos pela doutrina como empresários e não meros empregoss. O
gabarito deveria ser falso, mas ficou como verdadeiro.
Gabarito 59. Certo.

60. (CESPE - TEFC - Apoio Técnico e Administrativo - Técnico


Administrativo/2009)
Com base na jurisprudência majoritária atual do STF e na CF, julgue os itens a
seguir, acerca da administração pública direta e indireta.
A regra constitucional do teto remuneratório se aplica às empresas públicas
federais e suas subsidiárias, mesmo na hipótese de não receberem recursos da
União para pagamento de despesas de pessoal.
Comentários.
As EPs e SEMs autônomas (que não recebem nenhum recurso do governo) não
estão sujeitas ao teto constitucional.
Gabarito 60. Errado.

9.3 – ESAF

61. (ESAF - ATRFB/2009)


Entre os direitos assegurados aos servidores públicos, inclui-se o de greve, nos
limites da legislação específica, conforme art. 37/ VII da Constituição, mas o
Supremo Tribunal Federal, recentemente, firmou entendimento, que hoje
predomina, no sentido de que,

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a) o servidor público não poderá fazer greve, enquanto não for editada a lei
específica, regulando o seu exercício.
b) os servidores públicos em geral são também regidos pela Lei n. 7.783/89,
que dispõe sobre o exercício do direito de greve, pelos trabalhadores.
c) os servidores pertencentes às carreiras de Estado, inclusive as de exação
tributária, estão incluídos entre os alçados pelo pleno direito de greve,
independente de qualquer regulamentação.
d) as atividades desenvolvidas pela polícia civil são análogas, para esse efeito,
às dos militares, aos quais é expressamente vedada a greve.
e) o direito de greve não se aplica aos servidores públicos, regidos pela Lei n.
8.112/90.
Comentários.
Vamos avaliar cada item.
a) Falso. Segundo o STF se aplica aos servidores públicos no que couber a lei
que rege a iniciativa privada.
b) Falso. Esse “em geral” tornou a questão errada. O serviço público tem suas
especificidades, logo não é possível falar que em geral se aplica o mesmo que
no setor privado.
c) Falso. Segundo jurisprudência do STF os servidores da carreira tributária
estão excluídos do direito de greve devido a sua essencialidade.
d) Verdadeiro. Perfeito. Falamos exatamente isso.
e) Falso. Apesar dos servidores ainda estarem no aguardo da publicação da lei
específica que irá regulamentar o seu direito de greve não há que se falar que
os servidores não têm direito de greve.
Gabarito 61. D.

62. (ESAF - ATRFB/2009)


Na Administração Pública Federal, entre outros princípios estabelecidos na
Constituição (Título III, Capítulo VII, art. 37), vigora o de que
a) só por lei específica poderá ser criada autarquia, empresa pública, sociedade
de economia mista, o serviço social autônomo e subsidiárias daquelas
entidades.
b) é vedada a acumulação de todo e quaisquer cargos, empregos e funções
públicas, bem como de subsídios e vencimentos com proventos de inatividade.
c) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de sua área
de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei.

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d) são nulas as contratações de compras, obras e serviços feitas sem licitação


pública.
e) a investidura em cargos públicos, efetivos ou comissionados, depende de
prévia aprovação em concurso.
Comentários.
Vamos avaliar cada item.
a) Falso. A necessidade de lei específica só se justifica para a criação de
autarquia.
b) Falso. Como vimos, há casos previstos na própria CF88 onde é permitida a
acumulação de cargos e empregos públicos.
c) Verdadeiro. Transcrição literal da CF88
d) Falso. Veremos esse item em aula futura.
e) Falso. A investidura em cargo comissionado é de livre nomeação e
exoneração.
Gabarito 62. C.

63. (ESAF - AFC – CGU - Correição/2008)


A respeito da acumulação de cargos, empregos ou funções públicas, pode-se
afirmar que:
I. Detectada a acumulação ilícita de cargos públicos, o órgão deve providenciar
o desligamento imediato do servidor de seu quadro, desde que ausente
compatibilidade de horário para a acumulação.
II. Não caracteriza acumulação ilícita de cargo público o exercício simultâneo de
cargo de médico com a atividade de contador na iniciativa privada,
independentemente da compatibilidade de horário.
III. Acumulação ilícita de cargos, empregos ou funções públicas abrange
autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista,
inclusive suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente
pelo poder público.
IV. É ilícita a acumulação de cargo público de professor universitário de
universidade federal com um emprego de vigilante em instituição financeira
privada.
V. não configura acumulação ilícita o exercício simultâneo de dois cargos de
professor com um cargo de médico, desde que presente compatibilidade de
horário.
Estão corretas as afirmativas:
a) apenas as afirmativas II, III e V.

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b) apenas as afirmativas II e III.


c) apenas as afirmativas III e V.
d) apenas as afirmativas II e V.
e) apenas as afirmativas I, II e IV.
Comentários.
Avaliemos cada alternativa.
I – Falso. Conforme falamos no caso de constatar acumulação ilícita o servidor
deverá ser notificado para no prazo de 10 dias apresentar opção.
II – Verdadeiro. Item capcioso da banca. Não há problema de um médico de
hospital público acumular tal cargo com outro emprego na iniciativa privada,
desde que haja compatibilidade de horários. No meu entendimento a banca
interpretou que apesar de ser uma situação irregular não há que se falar em
acumulação ilegal de cargos públicos, pois há apenas um cargo.
III – Verdadeiro. Transcrição literal da CF88
IV – Falso. Em termos gerais não há problema em acumular um cargo público
(qualquer que seja) com outro emprego da iniciativa privada.
V – Falso. Dois cargos de professor podem ser acumulados pela mesma pessoa,
mas não dois cargos de professor com mais um de médico.
Gabarito 63. B.

64. (ESAF - AFC - CGU - Desenvolvimento Institucional/2008)


João da Silva, servidor público ocupante de um cargo técnico no Distrito Federal
- GDF, presta concurso público federal para o cargo de Técnico de Finanças e
Controle - TFC, no qual é aprovado. Tendo sido o concurso homologado, João
foi logo em seguida nomeado para o cargo ao qual se candidatou tendo, na
sequência, tomado posse e entrado em exercício.
Considerando o texto acima, bem como as disposições da Lei n. 8.112/90,
marque a opção que contenha a afirmativa verdadeira.
a) A nomeação de João para o cargo de TFC sem a vacância do cargo que ocupa
no GDF constitui acumulação de cargos públicos.
b) A posse de João no cargo de TFC não constituirá acumulação de cargos caso
ele esteja gozando de licença sem remuneração no GDF.
c) A acumulação de cargos dar-se-á apenas caso João entre em exercício sem
a vacância de seu cargo no GDF.
d) A acumulação de cargos dar-se-á com a posse de João no cargo de TFC sem
a vacância do cargo ocupado no GDF.

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e) Não há que se falar em acumulação de cargos, haja vista tratar-se de regimes


jurídicos distintos, sendo um federal e outro distrital.
Comentários.
O vínculo com a APU só se aperfeiçoa com a posse e não com a simples
nomeação do servidor. Item a errado. Como vimos, a licença de servidor não o
exime de acumulação irregular de cargos públicos. Letra b fora. A acumulação
irregular se configura na posse, não sendo necessário que o servidor entre em
exercício. Letra c incorreta. Letra d correta. Com relação à letra e, o fato de um
regime ser federal e outro distrital, municipal ou estadual não faz diferença.
Gabarito 64. D.

65. (ESAF - AFC - CGU - Correição/2006)


O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta,
autárquica e fundacional, na forma regulada pela Lei n. 9.962, de 22 de
fevereiro de 2000:
I. Terá sua relação de trabalho regida pela Consolidação das Leis do Trabalho.
II. Está dispensado de submeter-se a prévia aprovação em concurso público de
provas ou de provas e títulos.
III. Não pode ter sua remuneração fixada em convenção coletiva de trabalho.
IV. Pode ser demitido, por ato unilateral da Administração, na hipótese de
acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas.
V. está submetido ao regime disciplinar estabelecido na Lei n. 8.112, de 11 de
dezembro de 1990.
Estão corretas
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas II, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, III e IV.
d) apenas as afirmativas I, IV e V.
e) apenas as afirmativas I, II e IV.
Comentários.
Primeiro um comentário geral. A lei 9962 prever a possibilidade de contratação
de empregados públicos para a APU Direta autárquica e fundacional. Ocorrer
que essa possibilidade foi suspensa pelo STF na ADIN 2135. De qualquer forma
o fato que a lei ainda não foi revogada e pode ser objetos de prova. Vamos
avalia cada item

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I – Verdadeiro. Como vimos, os empregados públicos são regidos pela CLT.


Podemos citar com exemplo os empregados da Petrobras e do Banco do Brasil.
II – Falso. Tanto os servidores quanto os empregados públicos estão submetidos
à regra do concurso público
III – Verdadeiro. Casca de banana total esse item. Os empregados públicos das
entidades de direito público, apesar de serem regidos pela CLT não se
submetem a convenções coletivas, pois seus aumentos dependem de previsão
orçamentária.
IV – Verdadeiro. Veremos esse item na próxima aula.
V – Falso. Estão submetidos a CLT
Gabarito 65. C.

66. (ESAF - AFC - CGU - Correição/2006)


Os ocupantes de cargos em comissão, na Administração Pública Federal, sem
nela deterem outro vínculo funcional efetivo, são:
a) regidos pelo regime da CLT (legislação trabalhista).
b) submetidos ao regime jurídico disciplinar, previstos na Lei n. 8.112/90, que
estabeleceu o regime jurídico único dos servidores civis federais.
c) filiados obrigatórios do Plano de Seguridade Social do Servidor, estabelecido
na Lei n. 8.112/90.
d) destinatários dos mesmos direitos e das vantagens, que a Lei n. 8.112/90
assegura aos servidores titulares de cargos efetivos, inclusive aposentadoria.
e) destinatários dos direitos e vantagens assegurados na Lei n. 8.112/90, aos
servidores efetivos, inclusive os relativos e licenças.
Comentários.
Analisemos cada item.
a) Falso. São regidos pela Lei 8112/90 como os ocupantes de cargos efetivos
b) Verdadeiro. Acabamos de explicar isso.
c) Falso. São filiados ao RGPS.
d) Falso. Não são servidores estatutários.
e) Falso. Não são destinatários dos mesmos direitos, vantagens e licenças.
Veremos isso em detalhe na próxima aula.
Gabarito 66. B.

67. (ESAF - AUFC - Controle Externo/2006)

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Pela regra do teto remuneratório, ficou estabelecido que, nos Estados-


federados, o limite de remuneração no âmbito do Poder Judiciário é o subsídio
dos desembargadores. Esse mesmo teto, conforme a integridade da norma
constitucional abrange, ademais dos membros do Ministério Público, a (s)
categoria (s) de:
a) procuradores e defensores públicos.
b) procuradores e auditores fiscais.
c) somente defensores públicos.
d) somente procuradores.
e) procuradores e delegados de polícia.
Comentários.
Segundo a CF/88 a regra acima é aplicável também aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.
Gabarito 67. A.

68. (ESAF - AFRFB - Tributária e Aduaneira/2005)


O sistema de remuneração dos servidores públicos, sob a forma de parcela
única, ou subsídio, permite o pagamento somente da seguinte vantagem:
a) gratificação por hora extra.
b) verba de representação.
c) diária por deslocamento de sua sede.
d) gratificação de função.
e) adicional de periculosidade.
Comentários.
O sistema de subsídio permite o pagamento de parcelas indenizatórias, como a
diária por deslocamento de sua sede.
Gabarito 68. C.

69. (ESAF – AFRFB - Tributária e Aduaneira/2005)


A Emenda Constitucional n. 34/2001 alterou uma regra relativa à exceção ao
princípio de não-acumulação remunerada de cargos públicos. Essa alteração
referiu-se à possibilidade da acumulação lícita de
a) um cargo de juiz e um de professor.
b) um cargo técnico e outro de provimento em comissão.

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c) um cargo de professor e outro de provimento em comissão.


d) um cargo de provimento em comissão, de recrutamento amplo, e os
proventos de servidor aposentado.
e) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
Comentários.
Vamos avaliar cada item.
a) Falso. Realmente é permitido que o juiz acumule um cargo de magistério com
a magistratura, mas não é isso que foi estabelecido pela emenda constitucional
34.
b) Falso. Não há tal previsão. O que existe é a possibilidade de acumular um
cargo de professor com outro técnico ou científico.
c) e d) Falso. Mesmo comentário do item acima
e) Verdadeiro. Exatamente o que a emenda constitucional estabeleceu.
Gabarito 69. E.

70. (ESAF - ATRFB/2002)


Assinale entre os seguintes cargos públicos, aquele que não pode ser provido
em comissão:
a) Secretário da Receita Federal
b) Assistente do Diretor da Imprensa Nacional
c) Gerente do Departamento Municipal de Saúde Pública
d) Motorista do veículo oficial do Prefeito Municipal
e) Diretor de escola pública estadual
Comentários.
Como vimos, os cargos em comissão são apenas para função de chefia, direção
assessoramento. Obviamente o cargo de motorista não está enquadrado nessas
situações.
Gabarito 70. D.

71. (ESAF – TFC - CGU/2001)


Quanto às disposições referentes aos servidores públicos não é correto afirmar:
a) O estrangeiro, na forma da lei, pode ocupar cargo público.
b) Não se admite concurso público exclusivamente de títulos.

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c) O edital do concurso público pode estabelecer sua validade em até cinco anos.
d) O servidor público tem direito à livre associação sindical.
e) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não
podem ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Comentários.
Vamos analisar cada item.
a) Verdadeiro. Exatamente o que vimos na aula.
b) Verdadeiro. Os concursos serão de provas ou de provas e títulos, mas nunca
somente de títulos.
c) Falso. Como vimos, o prazo máximo de concurso público é de até dois anos
prorrogável uma vez por igual período.
d) Verdadeiro. Literalidade da CF/88
e) Verdadeiro. Literalidade da CF/88
Gabarito 71. C.

72. (ESAF - AFRFB/Política e Administração Tributária/2000)


Em relação ao regime constitucional dos servidores públicos, é correto afirmar:
a) os cargos de provimento em comissão são privativos dos servidores de
carreira
b) é vedado o direito de greve aos servidores públicos
c) os casos de contratação por tempo determinado são destinados,
exclusivamente, ao atendimento de necessidade temporária de excepcional
interesse público.
d) a admissão de pessoas portadoras de deficiência, para cargos efetivos,
independe de concurso público.
e) é permitida a vinculação para o efeito de remuneração no serviço público
Comentários.
Vamos avaliar cada item.
a) Falso. Os cargos de provimento em comissão as funções de confiança são
privativas dos servidores de carreira
b) Falso. O direito de greve do servidor público será exercido na forma da lei,
não sendo possível dizer que a greve está vedada.
c) Verdadeiro. Esse é o nosso gabarito, pois a contratação temporária tem
escopo bastante restrito exatamente para tratar de necessidade temporária e
excepcional.

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d) Falso. O benefício que os deficientes têm é a reserva de vagas de acordo com


certos parâmetros. Entretanto tem que ser aprovado em concurso público como
os demais candidatos, até porque seria impossível selecionar o candidato com
deficiência mais qualificado sem a realização de concurso público.
e) Falso. O correto é NÃO é permitida a vinculação para o efeito de remuneração
no serviço público.
Gabarito 72. C.

9.4 – FCC

73. (FCC - TJ TRT/Administrativa/2014)


Luísa, candidata a uma vaga de concurso público, em seu exame oral, foi
questionada pelos examinadores acerca da classificação dos órgãos públicos,
especificamente quanto à posição estatal, devendo exemplificar os órgãos
públicos superiores. Luísa forneceu cinco exemplos de órgãos públicos
superiores, equivocando-se acerca de um deles, qual seja,
a) Divisões.
b) Departamentos.
c) Ministérios.
d) Coordenadorias.
e) Gabinetes.
Comentários:
Como vimos, os Ministérios são exemplos de órgão autônomos.
Gabarito 73. C.

74. (FCC - TJ TRT2 - Administrativa/Segurança/2014)


Os servidores públicos podem ocupar cargo público, emprego público ou função
pública. Distinguem-se essas categorias, de forma não exaustiva, porque
a) os servidores ocupantes de funções de livre provimento, de confiança, tais
como chefia, direção ou assessoramento, não se submetem a concurso público,
este que também não se aplica aos servidores temporários, podendo, contudo,
haver normas que não se aplicam indistintamente aos dois tipos de função.
b) a contratação de servidores para ocupar função pública dispensa a realização
de prévio concurso público, mas permite ocupar, ainda que temporariamente,
os cargos vagos no quadro da Administração pública contratante.

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c) a contratação de servidores para ocupar função pública dispensa a realização


de prévio concurso público, mas permite ocupar, ainda que temporariamente,
os empregos públicos vagos no quadro da Administração pública contratante,
somente não ensejando aquisição de estabilidade.
d) os servidores ocupantes de função pública não se submetem a prévio
concurso público, restrita essa possibilidade, contudo, à contratação temporária.
e) a contratação de servidores para ocupar cargo demanda prévia realização de
concurso público, enquanto a contratação de empregados públicos prescinde do
certame, na medida em que os servidores se submetem integralmente ao
regime da CLT.
Comentários.
Vamos avaliar cada item.
a) Verdadeiro. Perfeito o item. Concurso público é exigido para o preenchimento
de cargos efetivos e empregos públicos. Não há que se falar em concurso público
para funções de confiança, apesar de essas serem preenchidas exclusivamente
por servidores efetivos. Também está correto o fato dos servidores temporário
não estarem sujeitos a concurso público e sim a processo seletivo simplificado.
b) Falso. Ocupar cargo vago sem concurso público? Só se for em comissão, o
que a questão não especifica.
c) Falso. Não tem nada a ver função pública com concurso público. Além disso,
aqueles que ocupam empregos públicos não adquirem estabilidade.
d) Falso. Redação confusa exatamente para enganar o candidato. As funções
públicas (notem que não estão nem falando em funções de confiança) não se
restringem a contratação temporária.
e) Falso. Os empregados públicos também devem realizar concurso público.
Gabarito 74. A.

75. (FCC - AJ TRT9 - Apoio Especializado Medicina/2013)


A Constituição Federal brasileira determina, no inciso IX, do artigo 37, que “a
lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público. ” Sobre esses
servidores
Temporários contratados sem a realização de concurso público, é correto
afirmar que
a) podem ocupar emprego público quando exercerem suas atividades em
empresas públicas.
b) podem ocupar função pública ou emprego público, desde que nesse caso seja
prescindível a realização de concurso público.

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c) ocupam função pública, para a qual não se exige concurso, inclusive em razão
da urgência da contratação.
d) ocupam emprego público, com as normas aplicáveis aos celetistas vigendo
pelo tempo que durar o contrato de trabalho, com exceção daqueles referentes
a extinção do vínculo.
e) podem ocupar cargo público transitório, não se estendendo a eles, no
entanto, as vantagens do regime estatutário.
Comentários.
Pessoas, os agentes contratados prazo determinado (temporários) não ocupam
nem cargo nem emprego público, mas apenas função pública.
Gabarito 75. C.

76. (FCC - Ana - MPE SE - Direito/2013)


Quanto aos cargos declarados em lei de provimento em comissão, é correto
afirmar que
a) a nomeação para ocupá-los, dispensa a prévia aprovação em concurso
público e a exoneração de seu titular fica a exclusivo critério da autoridade
nomeante.
b) a nomeação, para ocupá-los, não dispensa a aprovação prévia em concurso
público, mas a exoneração é livre, despida de qualquer formalidade especial.
c) são considerados de livre nomeação e exoneração, o que não dispensa a
prévia aprovação em concurso público.
d) o exercício se dá em razão de relação de confiança entre a autoridade
nomeante e o seu titular, mas a exoneração não é livre, sendo necessário, para
tanto, processo administrativo de defesa.
e) são instituídos em caráter transitório, mas seu desempenho é permanente,
e, por essa razão é que são considerados de livre nomeação e exoneração.
Comentários.
Como vimos, a nomeação de cargos em comissão dispensa a realização de
concurso público. São cargos de livre nomeação e exoneração. Não é correto
dizer que se trata de cargos transitórios, pois quem é transitório são os seus
ocupantes.
Gabarito 76. A.

77. (FCC - AJ TRT5 - Judiciária/2013)


Determinado município precisa contratar assessores e contadores para a área
trabalhista, a fim de dar suporte às atividades desenvolvidas pela Procuradoria

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no patrocínio das ações judiciais da Comuna. Em razão da especialidade e da


complexidade, o Prefeito e o Procurador-Geral do Município pretendem escolher,
por meio de análise de currículos e entrevistas, os candidatos aos cargos
públicos efetivos, a fim de garantir que o preenchimento do quadro se dê com
os profissionais mais capacitados. A conduta pretendida
a) encontra respaldo constitucional, em razão do princípio da eficiência, cuja
introdução no texto constitucional permitiu a derrogação do princípio da
legalidade, desde que para atendimento de interesse público comprovado.
b) não encontra respaldo constitucional, tendo em vista que a derrogação da
norma que exige a realização de concurso público de provas ou de provas e
títulos é passível somente para o preenchimento de emprego público.
c) não encontra respaldo constitucional, na medida em que seria necessária a
edição de lei autorizativa da contratação direta, com fundamento no princípio
da eficiência.
d) encontra respaldo constitucional, uma vez que a contratação de servidores
se encontra dentro das atribuições do Chefe do Poder Executivo, como
exteriorização de seu poder regulamentar autônomo.
e) não encontra respaldo constitucional, tendo em vista que o princípio da
eficiência não derroga a norma constitucional que exige a realização de concurso
público de provas ou de provas e títulos para o preenchimento de cargos
efetivos.
Comentários.
Para contratação de agente para realizar atividades operacionais do dia a dia da
APU é necessário a realização de concursos públicos, sendo vedada a
contratação por mera análise de currículos para cargos efetivos.
Gabarito 77. E.

78. (FCC - TJ TRT5 - Administrativa/2013)


Prefeitura municipal pretende preencher cargo efetivo de Assistente Social, que
foi recentemente criado, por lei, junto aos quadros de sua Secretaria de
Relações do Trabalho e Emprego. Para tanto, o município
a) deverá abrir concurso público de provas ou de provas e títulos a todos os
candidatos que preencherem os requisitos previstos em lei.
b) deverá abrir concurso público de provas ou de provas e títulos que, no
entanto, poderá, havendo justificativa para tanto, ficar restrito aos servidores
que já pertençam ao quadro de pessoal da Administração municipal.
c) poderá abrir concurso público a todos os candidatos que preencherem os
requisitos exigidos por lei ou poderá nomear livremente servidor público
comissionado, desde que o faça justificadamente.

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d) poderá contratar, desde que por prazo determinado, sem concurso público,
servidor público temporário, faculdade que independe da existência de lei
municipal disciplinando esse tipo de contratação.
e) poderá recrutar, em caráter precário e experimental, empregados de
empresa pública municipal para desempenhar a função afeta ao cargo.
Comentários.
Preenchimento de cargo público efetivo deve ocorrer através da realização de
concursos públicos de provas ou de provas e títulos.
Gabarito 78. A.

79. (FCC - AJ TRT5 - Judiciária - Oficial de Justiça Avaliador


Federal/2013)
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da
União − Lei no 8.112/90
Processo Administrativo − Lei no 9.784/99
Regimento Interno do Tribunal Regional do Trabalho da 5a Região
O Tribunal Regional do Trabalho da 5a Região − TRT/BA teve concurso público
para provimento de cargos efetivos questionado judicialmente pelos seguintes
motivos: previu validade de até dois anos; previu a possibilidade de prorrogação
por uma vez, por igual período; publicou o edital somente no Diário Oficia da
União e em jornal de grande circulação; havia concurso anterior com lista
remanescente de candidatos aprovados ainda dentro do prazo de validade; o
concurso previu provas e títulos. Quem processou poderá ter seu pleito
atendido, uma vez que
a) o prazo máximo de validade do concurso deveria ser de um ano.
b) não é permitida a prorrogação da validade do concurso.
c) o edital não foi publicado em jornal de circulação local.
d) não é permitida a abertura de novo concurso se ainda houver candidatos
aprovados em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
e) não é permitida a prova de títulos em razão do seu caráter subjetivo.
Comentários.
Segundo a Lei 8112/90, para que seja aberto um novo concurso é necessário
que o não haja concurso vigente com candidatos aprovados.
Gabarito 79. D.

80. (FCC - AJ - TRT14 - Judiciária/Execução de Mandados/2011)

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Ricardo foi designado para o exercício de determinada função de confiança no


âmbito da Administração Pública Federal. A respeito do fato narrado, é correto
afirmar:
a) para assumir a mencionada função, Ricardo deve ser ocupante de cargo em
comissão.
b) A função de confiança destina-se a atender necessidade temporária de
excepcional interesse público, ou seja, destina-se a situação emergencial e
provisória.
c) exige-se concurso público para a investidura na mencionada função de
confiança.
d) Ricardo não poderá exercer atribuição de chefia, uma vez que as funções de
confiança se destinam somente às atribuições de direção e assessoramento.
e) para assumir a mencionada função, Ricardo deve ser servidor público
ocupante de cargo efetivo.
Comentários.
Vamos comentar todos os itens.
a) Falso. Para exercer função de confiança é necessário que seja ocupante de
cargo efetivo.
b) Falso. Os agentes temporários é que têm essa característica e não as funções
de confiança.
c) Falso. Não é correto dizer que se exige concurso público para exercer função
de confiança, mesmo que essa somente possa ser ocupada por servidores
ocupantes de cargo efetivo (para os quais é exercido concurso público). Nenhum
servidor tem que realizar concurso público para ter acesso à função de
confiança.
d) Falso. As funções de confiança assim como os cargos em comissão são
destinadas às atividades de assessoramento, chefia e direção.
e) Verdadeiro. Perfeita a assertiva.
Gabarito 80. E.

81. (FCC - AJ TRT4 - Apoio Especializado - Comunicação Social/2009)


Atenção: Para responder à questão, considere o disposto na Lei no 8.112/90.
Um concurso público é realizado para o provimento de 30 vagas. São aprovados
40 candidatos e imediatamente 20 são nomeados. A validade original do
concurso é de 2 anos. Passados esses 2 anos, a validade do concurso é
prorrogada por mais 2 anos, conforme previsto no edital. Todavia, antes de
encerrados esses outros 2 anos, novo concurso é aberto para o preenchimento
das vagas remanescentes, argumentando a Administração que o prazo de

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validade original do concurso já se expirara e que já está defasada a


comprovação de capacitação dos candidatos anteriormente aprovados. Nessa
situação, é ilegal a
a) convocação de um concurso com validade original de 2 anos.
b) nomeação de aprovados em número menor que o de vagas.
c) abertura do novo concurso.
d) aprovação de candidatos em número maior que o de vagas.
e) convocação de um concurso com validade prorrogável.
Comentários.
Segundo a Lei 8112/90, não será aberto novo certame enquanto houver
candidato aprovado em concurso ainda no prazo de validade do concurso
anterior.
Gabarito 81. C.

82. (FCC - Proc - BACEN/2006)


Considere um concurso público, em cujo edital conste a regra constitucional que
leve à possibilidade máxima de prazo de validade. Suponha ainda que esse
concurso tenha sido aberto para o provimento de 20 vagas e que 30 candidatos
tenham sido aprovados, os 20 primeiros dos quais preenchendo as vagas. Caso,
no 3o ano a contar do termo inicial da validade do concurso, tenham sido
abertas mais 10 vagas,
a) os 10 candidatos aprovados e remanescentes podem ser chamados a assumi-
las, posto que a validade máxima de um concurso é de 4 anos.
b) deverá ser convocado novo concurso para seu provimento, posto que a
validade de um concurso se encerra com o preenchimento das vagas originais.
c) deverá ser convocado novo concurso para seu provimento, posto que a
validade máxima de um concurso é de 3 anos.
d) deverá ser convocado novo concurso para seu provimento, posto que a
validade máxima de um concurso é de 2 anos.
e) os 10 candidatos aprovados e remanescentes podem ser chamados a assumi-
las, posto que não se encerra a validade de um concurso enquanto houver
candidatos aprovados e não aproveitados.
Comentários.
O prazo máximo total do concurso público, se prorrogado uma vez como
previsto na CF88, será de quatro anos. Como os cargos se tornam vagos após
três anos os candidatos aprovados remanescentes poderão ser nomeados.
Gabarito 82. A.

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83. (FCC – CVM - Planejamento e Execução Financeira/2003)


Segundo os estudos de Celso Antônio Bandeira de Mello, os agentes públicos
podem ser definidos como todos aqueles que,
a) exclusivamente vinculados ao Estado, prestam serviço a este, seja
permanentemente seja de forma ocasional.
b) vinculados ou não ao Estado, prestam serviço a este, de forma ocasional.
c) vinculados ou não ao Estado, prestam serviço a este, seja permanentemente
seja de forma ocasional.
d) exclusivamente vinculados ao Estado, prestam serviço a este,
permanentemente.
e) exclusivamente ou não vinculados ao Estado, prestam serviço a este,
permanentemente.
Comentários.
Ao se deparar com uma questão que faça referência a determinado autor tente
manter a calma. No geral os conceitos são bastante semelhantes e basta você
lembrar-se do conceito que você aprendeu.
Ao estudar o conceito de agente público falamos que este conceito é bastante
amplo, englobando inclusive aqueles que não recebem remuneração e que
trabalham apenas esporadicamente prestando serviços públicos, como os
mesários das eleições. Com isso fica fácil perceber que a resposta correta é a
letra C.
Gabarito 83. C.

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10 – Lista de exercícios

10.1 – VUNESP

1. (VUNESP /Delegado de Polícia / PC-BA / 2018)


Servidores da Secretaria da Fazenda pretendem a ascensão do cargo de
Técnico, posteriormente reestruturado para Analista Tributário, para o cargo de
Agente Fiscal, sob o argumento de que ambos os cargos pertencem à mesma
carreira. Tal pretensão é
a) constitucional, porque constitui mera transposição de servidor concursado
de um cargo para outro dentro da mesma pessoa jurídica de direito público.
b) inconstitucional, porque tal alteração é de competência privativa do chefe
do poder executivo e somente pode ocorrer por remoção ou permuta.
c) constitucional, porque os dois cargos possuem natureza e complexidade
semelhantes, e os servidores já foram previamente aprovados em concurso
público.
d) inconstitucional, por constituir modalidade de provimento derivado, que
propicia ao servidor a investidura, sem prévia aprovação em concurso público
destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual foi
anteriormente investido.
e) constitucional, porque a Constituição Federal somente prevê a necessidade
de concurso público para ingresso na administração pública e não para
transposição, transformação ou ascensão funcional.

2. (VUNESP / Escrivão de Polícia Civil / PC-SP / 2018)


Sobre os servidores públicos, a Constituição Federal estabelece que, extinto o
cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável
a) ficará à disposição do órgão público em que se encontra lotado, sem prejuízo
dos vencimentos até que seja readaptado em outro cargo.
b) será exonerado, com direito à indenização proporcional ao tempo de serviço
em um décimo para cada ano trabalhado.
c) será demitido do cargo, com direito à indenização pelo período de tempo que
restar para obter a aposentadoria.
d) será alocado em cargo equivalente, na repartição mais próxima do seu
domicílio, sem direito à indenização.
e) ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de
serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

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3. (VUNESP / Assistente em Administração / UFTM / 2018)


Assinale a alternativa que contempla hipótese de acumulação de cargos públicos
que, mesmo havendo compatibilidade de horários, infringe o disposto na
Constituição Federal.
a) Dois cargos de professor.
b) Um cargo de professor com outro técnico.
c) Um cargo de professor com outro científico.
d) Dois cargos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
e) Um cargo de policial civil ou militar com outro técnico ou científico.

4. (VUNESP / Analista de Processos Previdenciários / IPRESB – SP


/ 2017)
É direito assegurado constitucionalmente aos servidores ocupantes de cargo
público:
a) seguro-desemprego.
b) fundo de garantia do tempo de serviço.
c) salário-mínimo.
d) piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
e) proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de
admissão do trabalhador portador de deficiência.

5. (VUNESP / Juiz Substituto / TJ-SP / 2017)


O direito de greve reconhecido constitucionalmente aos servidores públicos
implica que
a) do seu exercício, todavia, poderá resultar o desconto de metade dos dias
paralisados, de maneira a compatibilizar o direito constitucional à greve com o
princípio da continuidade do serviço público.
b) seu exercício imporá os descontos dos dias paralisados, não se admitindo a
compensação, uma vez que adstrita a Administração Pública ao princípio da
legalidade.
c) do seu exercício, todavia, poderá resultar o desconto dos dias paralisados a
ser efetuado pela Administração Pública, com possibilidade de compensação na
hipótese de acordo.
d) poderá ser exercido nos mesmos moldes dos trabalhadores da iniciativa
privada, sem possibilidade de descontos dos dias paralisados.

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6. (VUNESP / Assistente Administrativo / UNESP / 2016)


João é Assistente Administrativo I da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp,
no campus de Araraquara, e foi eleito Vereador no Município de São Carlos.
Nesse caso, João deverá
a) cumprir suas funções nos dois cargos.
b) optar pela remuneração mais vantajosa, pois não poderá receber dois
salários.
c) afastar-se do cargo na Unesp, por incompatibilidade de horário, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração.
d) afastar-se do cargo na Unesp, e seu tempo de serviço no mandato eletivo
será apenas contado para promoção por merecimento.
e) renunciar ao mandato eletivo por ser incompatível com o cargo que ocupa
na Unesp.

7. (VUNESP / Analista de Processos Previdenciários / IPRESB /


2017)
Considerando o que dispõe a Constituição Federal acerca dos servidores
públicos, assinale a alternativa correta.
a) O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado
e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por
proventos fixados em parcela única.
b) Os servidores do regime próprio de previdência serão aposentados,
compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos
70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma
de lei complementar.
c) Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão,
não poderão ser menores do que a remuneração do respectivo servidor, no
cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para
a concessão da pensão.
d) O tempo de serviço federal, estadual ou municipal será contado para efeito
de aposentadoria e o tempo de contribuição correspondente para efeito de
disponibilidade.
e) A lei não poderá estabelecer forma de contagem de tempo de contribuição
fictício, a não ser para efeitos de disponibilidade.

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8. (VUNESP / Oficial de Promotoria I / MPE-SP / 2016)


As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-
se apenas
a) aos casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público.
b) aos servidores com acumulação remunerada de dois cargos públicos.
c) às autarquias, empresas públicas e suas subsidiárias.
d) às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
e) à administração fazendária e aos seus servidores fiscais.

9. (VUNESP / Procurador Jurídico / Câmara Municipal de Poá – SP /


2016)
A nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados pode ser feita
até
a) um mês que antecede o pleito.
b) dois meses que antecedem o pleito.
c) três meses que antecedem o pleito.
d) dois meses que antecedem o pleito e até a posse dos eleitos.
e) três meses que antecedem o pleito e até a posse dos eleitos.

10. (VUNESP / Assistente Administrativo I / UNESP / 2016)

João é Assistente Administrativo I da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp,


no campus de Araraquara, e foi eleito Vereador no Município de São Carlos.
Nesse caso, João deverá

a) cumprir suas funções nos dois cargos.

b) optar pela remuneração mais vantajosa, pois não poderá receber dois
salários.

c) afastar-se do cargo na Unesp, por incompatibilidade de horário, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração.

d) afastar-se do cargo na Unesp, e seu tempo de serviço no mandato eletivo


será apenas contado para promoção por merecimento.

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e) renunciar ao mandato eletivo por ser incompatível com o cargo que ocupa na
Unesp.

11. (VUNESP / Assistente Legislativo / Prefeitura de Caieiras – SP /


2015)
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, a de
a) três cargos de professor.
b) dois cargos de professor com outro cargo técnico ou científico.
c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
d) dois cargos no Poder Executivo e outro em autarquia.
e) um cargo em fundação pública, um em autarquia e um na administração
direta, desde que não semelhantes.

12. (VUNESP / Assistente de Recursos Humanos / Prefeitura de


Caieiras – SP / 2015)
O servidor público estável só perderá o cargo
a) em virtude de sentença judicial, mesmo que não tenha transitado em
julgado.
b) mediante processo de qualquer natureza.
c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.
d) em virtude de necessidade de enxugamento da estrutura da área.
e) mediante razões de naturezas econômica e tecnológicas.

13. (VUNESP / Contador Judiciário / TJ-SP / 2015)


De acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 37, a administração pública
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A CF/88 prevê, ainda, que
a) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis exclusivamente aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos na norma específica
b) o prazo de validade do concurso público será de até três anos, prorrogável
uma vez, por metade desse período.

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c) durante o prazo prorrogável previsto no edital de convocação, aquele


aprovado em concurso público de provas será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
d) a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, bem como do poder
executivo, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, mas que deverão ser
aprovados pelo poder legislativo.
e) as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira, nos casos, nas condições e nos percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

14. (VUNESP / Advogado / Câmara Municipal de Itatiba – SP / 2015)

Estabelece a Constituição da República que, invalidada por sentença judicial a


demissão do servidor estável, será ele

a) readmitido, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo


de origem, com direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

b) reincorporado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, será exonerado,


com direito a indenização, ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.

c) reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização, aproveitado em


outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.

d) reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo


de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

e) reconduzido, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reintegrado ao cargo


de origem, com direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

15. (VUNESP / Assistente Legislativo / Prefeitura de Caieiras – SP /


2015)
Com base na Constituição Federal, possuirão cargo e estável no Poder
Legislativo Municipal os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público, após o prazo de

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a) um ano.
b) dois anos.
c) três anos.
d) cinco anos.
e) seis anos.

16. (VUNESP / Juiz / TJ-SP / 2015)

O regime jurídico dos servidores públicos tem um amplo tratamento na


Constituição federal, além de ser disciplinado em lei estatutária de cada ente da
federação. Com relação ao regime geral dos servidores públicos, é correto
afirmar que

a) no direito brasileiro é possível que um não servidor público exerça função


pública sem que o agente seja ocupante de cargo público em que tenha sido
regularmente investido.

b) um servidor aposentado pelo regime de previdência do setor público somente


poderá acumular os proventos com a remuneração de cargo público se o cargo
em que se aposentou e aquele posteriormente ocupado forem acumuláveis nos
termos da Constituição.

c) o servidor público estável só pode ser demitido a bem do serviço público após
processo administrativo disciplinar em que lhe seja assegurado o amplo direito
de defesa exercida por meio de advogado por ele constituído ou dativo.

d) o servidor aprovado em concurso público, após adquirir estabilidade, só pode


deixar de ocupar o cargo no qual foi investido por promoção, exoneração a
pedido ou após regular processo administrativo disciplinar ou ainda quando
requerer a aposentadoria, preenchidos os requisitos legais.

17. (VUNESP / Procurador do Município / Prefeitura de São José do


Rio Preto – SP / 2014)
No tocante aos cargos, empregos e funções públicas, é correto afirmar que
a) função pública é o lugar, dentro da organização funcional da Administração
Direta e de suas autarquias e fundações públicas que, ocupado por servidor
público, tem funções específicas e remuneração fixada em lei ou diploma a ela
equivalente.
b) cargos efetivos são aqueles que se revestem de caráter de permanência,
constituindo a maioria absoluta dos cargos integrantes dos diversos quadros
funcionais.

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c) as funções de confiança deverão ser exercidas preferencialmente por


servidores ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional.
d) provimento é o fato administrativo que traduz o preenchimento de um cargo
ou emprego público.
e) a vacância, que indica que determinado cargo público não está provido,
somente ocorrerá nas hipóteses de exoneração ou demissão do servidor público.

18. (VUNESP / Analista Administrativo / SP-URBANISMO / 2014)


Considerando as normas constitucionais a respeito do servidor público da
Administração Direta, Autárquica e Fundacional, no exercício de mandato
eletivo, assinale a alternativa correta.
a) Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, poderá
continuar no exercício de seu cargo, emprego ou função.
b) Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou
função, não podendo, contudo, optar pela sua remuneração.
c) Investido no mandato de Vereador, havendo ou não compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração do cargo eletivo.
d) Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, inclusive
para promoção por merecimento.
e) Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.

19. (VUNESP / Defensor Público / DPE-MS / 2014)


Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis
a) aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como
aos estrangeiros, na forma da lei.
b) aos brasileiros e aos estrangeiros, igualmente, nos termos específicos
previstos nas leis de cada ente federativo.
c) aos brasileiros que preencham os requisitos previstos em lei, excluindo-se
qualquer forma de acesso por estrangeiros.
d) aos brasileiros que preencham os requisitos legais e aos estrangeiros, se
houver reciprocidade em favor dos brasileiros no exterior.

20. (VUNESP / Juiz / TJ-SP / 2014)

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Um funcionário público foi demitido com a nota “a bem do serviço público”,


depois de regular processo administrativo, tendo a Administração Pública lhe
imputado a prática de crime. O processo penal, contudo, vem a concluir pela
inocência do referido funcionário, absolvendo-o por falta de provas (art. 386,
inciso VII, do Código de Processo Penal). A referida decisão da esfera penal vem
a ter a seguinte consequência na esfera administrativa:

a) existe repercussão, devendo, por consequência, ser reintegrado o funcionário


ao serviço público.

b) não existe repercussão, na medida em que a decisão proferida na esfera


penal não se comunica em hipótese alguma com a esfera administrativa.

c) não existe repercussão, na medida em que a absolvição por “falta de provas”


não se admite como fundamento para a invalidação da decisão administrativa.

d) existe repercussão, devendo, por consequência, ser readmitido o funcionário


ao serviço público.

21. (VUNESP / Procurador Jurídico / Prefeitura de Poá – SP / 2014)

No tocante à responsabilidade dos agentes públicos, na hipótese do servidor


público cometer infração considerada, ao mesmo tempo, ilícito administrativo e
ilícito penal, é correto afirmar que

a) a absolvição judicial que nega a existência do fato ou afasta do acusado a


respectiva autoria, repercute na esfera administrativa.

b) a decisão judicial proferida no processo penal repercutirá na esfera


administrativa, independentemente de qual seja o conteúdo da decisão.

c) a decisão judicial em processo penal não repercute de forma alguma na esfera


administrativa.

d) se o servidor público for condenado na esfera criminal, nada impede que seja
absolvido em âmbito administrativo, tendo em vista a incomunicabilidade de
instâncias.

e) se houver absolvição do servidor público no processo criminal por falta de


provas, ele deve também ser absolvido na esfera administrativa.

22. (VUNESP / Desenhista Técnico-Pericial / PC-SP / 2014)

Sobre o tema “estabilidade dos servidores públicos”, disciplinado pela


Constituição da República, é correto afirmar que

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a) como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação


especial de desempenho por comissão instituída para tal

b) o servidor, apenas e tão somente, perderá o cargo em virtude de sentença


judicial condenatória transitada em julgado.

c) o servidor, apenas e tão somente, perderá o cargo em virtude de decisão


desfavorável em processo administrativo disciplinar.

d) os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo, em virtude de


concurso público, adquirem estabilidade após dois anos de efetivo exercício.

e) o servidor, apenas e tão somente, perderá o cargo em virtude de


procedimento de avaliação periódica de desempenho desfavorável.

23. (VUNESP / Advogado / Câmara Municipal de São Carlos – SP /


2013)
Com relação aos servidores públicos, é correto afirmar que
a) para a investidura de cargo em comissão ou emprego público, é obrigatória
a aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, na
forma pre-vista em lei.
b) a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos públicos da
Administração Direta Municipal, percebidos cumulativamente ou não, incluídas
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
subsídio mensal, em espécie, do Prefeito no âmbito do Poder Executivo, exceção
às sociedades de economia mista, que receberem recursos do Município para
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
c) o concurso público para provimento de cargo de carreira terá a validade de
1 ano, improrrogável.
d) o prazo de validade do concurso público será de, no mínimo, dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período, caso o edital convocatório não
especifique outro prazo de validade.
e) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcio-nal ao tempo de serviço.

24. (VUNESP / Auxiliar de Papiloscopista Policial / PC-SP / 2013)


João, após aprovação em concurso público, foi nomeado para exercer
determinado cargo da administração pública direta, tendo entrado em exercício
em dezembro de 2010. Nessa hipótese, é possível afirmar que João.

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a) não pode se associar a sindicato de classe.


b) não pode ser designado para exercer função de confiança no órgão em que
está lotado
c) pode ser nomeado para exercer cargo em comissão no órgão em que está
lotado.
d) é servidor público estável.
e) só pode perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em
julgado.

25. (VUNESP / Analista Administrativo / Fundação Casa / 2013)


O regime previdenciário dos servidores titulares de cargos efetivos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, é de caráter.
a) contributivo, mediante contribuição do respectivo ente público, dos
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
b) contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público,
dos servidores ativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.
c) contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público,
dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro.
d) contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público,
dos servidores ativos e inativos, observados critérios que preservem o equilíbrio
atuarial.
e) contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público,
dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

26. (VUNESP / Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção


/ TJ-SP / 2012)
Sobre os agentes públicos, é lícito afirmar que
a) o exame psicotécnico em concurso para cargo público pode ser instituído
pelo edital.
b) a nomeação de primo para cargo em comissão não ofende diretamente o
texto da Súmula Vinculante 13 do STF, que veda o nepotismo.
c) o salário-base do servidor público não pode ser inferior ao salário-mínimo.

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d) a falta de defesa técnica, por advogado, em processo administrativo


disciplinar, torna inválido todo o procedimento.

27. (VUNESP / Oficial Administrativo / SAP-SP / 2011)


Para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive as
fundações instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é
obrigatório o cumprimento da seguinte norma:
a) para as nomeações de cargo em comissão, é necessário concurso público de
títulos.
b) o prazo de validade do concurso público de provas será de dois anos,
improrrogáveis.
c) a nomeação do candidato aprovado em concurso público de provas ou de
provas e títulos obedecerá à ordem de classificação.
d) durante o prazo improrrogável previsto no edital do concurso, o candidato
aprovado não será convocado com prioridade sobre os novos concursados.
e) o servidor público não gozará de estabilidade no emprego quando se
candidatar para o exercício de cargo de representação sindical, salvo se não
cometer falta grave definida em lei.

28. (VUNESP / Juiz / TJ-SP / 2011)


Ermenegilda Pafúncia, grávida de 08 meses, que ocupava cargo em comissão,
foi dispensada do serviço público.
É correto afirmar:
I. faz jus aos direitos constitucionalmente assegurados;
II. porque titular de cargo em comissão, não faz jus a nenhum benefício;
III. os ocupantes de cargos em comissão podem ser demitidos ad nutum;
IV. pode ser demitida desmotivadamente sem maiores formalidades;
V. pode ser demitida ad nutum, mas deverá receber indenização referente a 05
meses de remuneração, a contar da gravidez.
Estão corretos apenas os itens
a) I e IV.
b) II e III.
c) I e V.
d) II, III e IV.
e) III e IV.

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29. (VUNESP / Advogado / ITESP / 2008)


Para fins de aposentadoria, submetem-se ao regime próprio de previdência do
serviço público a seguinte categoria de agentes públicos:
a) ocupantes de empregos públicos.
b) servidores de sociedade de economia mista
c) servidores das fundações de direito privado.
d) agentes políticos.
e) Conselheiros dos Tribunais de Contas.
10.2 – CESPE

30. (CESPE / Analista Técnico / DPU / 2016)


Em relação aos serviços públicos e ao disposto na Lei n.º 8.112/1990, julgue o
item seguinte.
A investidura em cargo público em comissão ocorre com a nomeação e
independe de prévia habilitação em concurso público.

31. (CESPE / Técnico em Assuntos Educacionais / DPU / 2016)


Em relação ao regime jurídico dos cargos, empregos e funções públicas e às
disposições da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item que se segue.
A investidura em cargo público ocorre com a posse.

32. (CESPE / Analista Técnico / DPU / 2016)


Em relação aos serviços públicos e ao disposto na Lei n.º 8.112/1990, julgue o
item seguinte.
Os servidores contratados por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público e os empregados públicos
classificam-se, em virtude da ausência de estabilidade, como servidores
temporários.

33. (CESPE / Conhecimentos Básicos / FUB / 2015)


Com base no que dispõem as Leis n.º 8.112/1990 e n.º 9.784/1999, julgue o
item que se segue.
Considere que Joana, servidora pública da Universidade de Brasília, tenha
recebido documentação para a instrução do processo administrativo de posse

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de um professor estrangeiro em um cargo público da universidade. Nessa


situação, Joana deve desconsiderar a não apresentação, pelo professor, do
documento comprobatório de nacionalidade brasileira, devendo dar
prosseguimento ao referido processo.

34. (CESPE/FUB/Conhecimentos Básicos–Nível Intermediário/2015)


À luz do disposto na Constituição Federal de 1988 acerca da administração
pública, julgue o item a seguir.
Os cargos públicos devem ser plenamente acessíveis a brasileiros e a
estrangeiros, podendo o edital do concurso estabelecer, justificadamente,
requisitos apropriados às funções a serem desempenhadas.

35. (CESPE/MPU/Analista dp MPU/2015)


A respeito dos cargos e funções públicas, julgue o item que se segue.
A função pública compreende o conjunto de atribuições conferidas aos
servidores ocupantes de cargo efetivo, razão por que não é exercida por
servidores temporários.

36. (CESPE/MPU/Técnico do MPU - Segurança Institucional e


Transporte/2015)
Acerca do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item
subsequente.
O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser exonerado a qualquer
momento, independentemente de motivação.

37. (CESPE - SUFRAMA - Geral/2014)


A respeito da organização político-administrativa do Estado, da administração
pública e dos servidores públicos, julgue o item subsequente.
É possível que edital de concurso público preveja a participação de concorrentes
de determinado sexo em detrimento do outro.

38. (CESPE - ANATEL) - Administrativo/2014)


Julgue o item seguinte, referente a agentes públicos e poder de polícia.
Em um concurso público que requeira investigação social como uma de suas
fases, a existência de inquérito policial instaurado contra o candidato não tem,
por si só, o poder de eliminá-lo do certame.

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39. (CESPE - ANATEL - Administrativo/2014)


Julgue o item seguinte, referente a agentes públicos e poder de polícia.
Para que seja admitida a realização de exame psicotécnico em concurso
público, basta que haja previsão no edital, com a definição de critérios
objetivos e a possibilidade de recurso.

40. (CESPE - APF/2014)


No que se refere a organização administrativa e a agentes públicos, julgue o
item a seguir.
Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, se determinado concurso
público destinar-se ao provimento de duas vagas, não será possível que uma
dessas vagas seja destinada exclusivamente a pessoa portadora de
necessidades especiais.

41. (CESPE - ANATEL - Direito/2014)


Acerca das regras para a realização de concurso público, julgue o item
subsequente.
Como forma de salvaguardar os direitos dos candidatos em concurso público, a
legislação federal exige que provas orais sejam realizadas em sessões públicas
e gravadas.

42. (CESPE/ANTAQ/Técnico Administrativo/2014)


A respeito dos agentes públicos, julgue o próximo item.
Um dos requisitos de acessibilidade aos cargos públicos é a nacionalidade
brasileira, não sendo permitida, portanto, aos estrangeiros a ocupação de
cargo na administração pública.

43. (CESPE/ANTAQ/Técnico Administrativo/2014)


A respeito dos agentes públicos, julgue o próximo item.
Os cargos em comissão, criados por lei, destinam-se somente às atribuições
de direção, chefia e assessoramento.

44. (CESPE/PGE-PI/Procurador do Estado Substit./Adaptada/2014)


A respeito de concurso público, julgue o próximo item.

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O prazo de validade de dois anos para um concurso público poderá ser


prorrogado, a critério da administração, sucessivas vezes, inclusive com
prorrogação por período inferior a dois anos.

45. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014)


Acerca da contratação de pessoal por prazo determinado para o atendimento de
necessidade temporária de excepcional interesse público, julgue o item a seguir.
O recrutamento de pessoal a ser contratado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público deve ser realizado, em regra,
mediante processo seletivo simplificado, sendo este prescindível para o
atendimento às necessidades decorrentes de atividades especiais nas
organizações das Forças Armadas, tais como encargos temporários de obras e
serviços de engenharia.

46. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014)


Acerca da contratação de pessoal por prazo determinado para o atendimento de
necessidade temporária de excepcional interesse público, julgue o item a seguir.
Admite-se a contratação de professores para suprir demandas excepcionais
decorrentes de projeto de aperfeiçoamento de médicos na área de atenção
básica em saúde, em região prioritária para o Sistema Único de Saúde (SUS).

47. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014)


A respeito do regime jurídico estatutário dos servidores públicos, julgue o item
a seguir, de acordo com o entendimento dos tribunais superiores.
A alteração do escalonamento hierárquico da carreira a que pertence o servidor
inativo, criando-se novos níveis para a progressão de servidores da ativa, ainda
que não implique redução dos proventos do servidor inativo, é inconstitucional,
por violar o direito adquirido e o princípio da isonomia.

48. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014)


Acerca da organização administrativa e dos agentes públicos, julgue os itens
seguintes.
Considere que alguns moradores de determinada cidade tenham auxiliados os
bombeiros a resgatar vítimas de um grave desabamento causado pelas fortes
chuvas ocorridas no período do verão. Nessa situação, os referidos moradores
são considerados agentes putativos.

49. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014)

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Acerca da organização administrativa e dos agentes públicos, julgue os itens


seguintes.
Os agentes particulares colaboradores, como, por exemplo, os concessionários
e permissionários de serviços públicos, embora atuem em funções públicas
delegadas pelo Estado, não são agentes públicos, ante a ausência de vínculo
estatutário, celetista ou eletivo com a administração.

50. (CESPE/MDIC/Analista Técnico - Administrativo/2014)


Com relação aos agentes públicos e aos poderes da administração pública,
julgue os itens subsecutivos.
Os particulares, ao colaborarem com o poder público, ainda que em caráter
episódico, como os jurados do tribunal do júri e os mesários durante as eleições,
são considerados agentes públicos.

51. (CESPE/MTPS/Agente Administrativo/2014)


Acerca da disciplina do funcionalismo público no Brasil, julgue os itens
subsequentes no que tange à disciplina constitucional e à Lei n.º 8.112/1990.
Apenas por meio de prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e
títulos, poderá o cidadão brasileiro ter acesso aos cargos e empregos públicos.

52. (CESPE/MTPS/Agente Administrativo/2014)


Acerca das regras constitucionais aplicáveis à administração pública, julgue os
itens que se seguem.
A investidura em cargo ou emprego público, incluindo-se os cargos em
comissão, depende, de acordo com disposição expressa da CF, da aprovação
prévia em concurso público de provas ou provas e títulos.

53. (CESPE / Cargo 33 / MPU / 2013)


No que se refere ao direito administrativo, julgue o item a seguir.
A Constituição Federal de 1988 (CF) não restringe o acesso aos cargos públicos
a brasileiros que gozam de direitos políticos, admitindo que cargos, empregos e
funções públicas sejam preenchidos por estrangeiros, na forma da lei.

54. (CESPE - (Polícia Civil DF/2013)


Acerca do regime jurídico dos servidores públicos, julgue o item subsecutivo.

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O conceito de agente público para a aplicação da Lei de Improbidade


Administrativa abrange aqueles que exerçam, sem remuneração, função no
âmbito da PCDF.

55. (CESPE - Deleg - PC - BA/2013)


Com relação aos agentes públicos, julgue o item subsequente.
Para que ocorra provimento de vagas em qualquer cargo público, é necessária
a prévia aprovação em concurso público.

56. (CESPE - AnaTA - MJ/2013)


Acerca dos agentes públicos, julgue o item que se segue.
Segundo entendimento firmado pelo STJ, o candidato aprovado fora das vagas
previstas originariamente no edital, mas classificado até o limite das vagas
surgidas durante o prazo de validade do concurso, possui direito líquido e certo
à nomeação se o edital dispuser que serão providas, além das vagas oferecidas,
as outras que vierem a existir durante a validade do certame.

57. (CESPE - TJ TRT17 - Administrativa/2013)


Acerca dos agentes e cargos públicos, julgue o item seguinte.
As funções de confiança não se confundem com os cargos em comissão, visto
que estes são ocupados transitoriamente, sem a necessidade de concurso, e
aquelas só podem ser titularizadas por servidores públicos ocupantes de cargos
efetivos.

58. (CESPE - TJ STF/Administrativa/2013)


A respeito do regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das
autarquias e das fundações públicas federais, julgue o item que se segue.
Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

59. (CESPE - AnaTA MIN/2013)


Acerca de processo administrativo e de agentes administrativos, julgue o item
que se segue.
Nas empresas públicas e sociedades de economia mista, não existem cargos
públicos, mas somente empregos públicos.

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60. (CESPE - TEFC - Apoio Técnico e Administrativo - Técnico


Administrativo/2009)
Com base na jurisprudência majoritária atual do STF e na CF, julgue os itens a
seguir, acerca da administração pública direta e indireta.
A regra constitucional do teto remuneratório se aplica às empresas públicas
federais e suas subsidiárias, mesmo na hipótese de não receberem recursos da
União para pagamento de despesas de pessoal.
10.3 – ESAF

61. (ESAF - ATRFB/2009)


Entre os direitos assegurados aos servidores públicos, inclui-se o de greve, nos
limites da legislação específica, conforme art. 37/ VII da Constituição, mas o
Supremo Tribunal Federal, recentemente, firmou entendimento, que hoje
predomina, no sentido de que,
a) o servidor público não poderá fazer greve, enquanto não for editada a lei
específica, regulando o seu exercício.
b) os servidores públicos em geral são também regidos pela Lei n. 7.783/89,
que dispõe sobre o exercício do direito de greve, pelos trabalhadores.
c) os servidores pertencentes às carreiras de Estado, inclusive as de exação
tributária, estão incluídos entre os alçados pelo pleno direito de greve,
independente de qualquer regulamentação.
d) as atividades desenvolvidas pela polícia civil são análogas, para esse efeito,
às dos militares, aos quais é expressamente vedada a greve.
e) o direito de greve não se aplica aos servidores públicos, regidos pela Lei n.
8.112/90.

62. (ESAF - ATRFB/2009)


Na Administração Pública Federal, entre outros princípios estabelecidos na
Constituição (Título III, Capítulo VII, art. 37), vigora o de que
a) só por lei específica poderá ser criada autarquia, empresa pública, sociedade
de economia mista, o serviço social autônomo e subsidiárias daquelas
entidades.
b) é vedada a acumulação de todo e quaisquer cargos, empregos e funções
públicas, bem como de subsídios e vencimentos com proventos de inatividade.
c) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de sua área
de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei.

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d) são nulas as contratações de compras, obras e serviços feitas sem licitação


pública.
e) a investidura em cargos públicos, efetivos ou comissionados, depende de
prévia aprovação em concurso.

63. (ESAF - AFC – CGU - Correição/2008)


A respeito da acumulação de cargos, empregos ou funções públicas, pode-se
afirmar que:
I. Detectada a acumulação ilícita de cargos públicos, o órgão deve providenciar
o desligamento imediato do servidor de seu quadro, desde que ausente
compatibilidade de horário para a acumulação.
II. Não caracteriza acumulação ilícita de cargo público o exercício simultâneo de
cargo de médico com a atividade de contador na iniciativa privada,
independentemente da compatibilidade de horário.
III. Acumulação ilícita de cargos, empregos ou funções públicas abrange
autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista,
inclusive suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente
pelo poder público.
IV. É ilícita a acumulação de cargo público de professor universitário de
universidade federal com um emprego de vigilante em instituição financeira
privada.
V. não configura acumulação ilícita o exercício simultâneo de dois cargos de
professor com um cargo de médico, desde que presente compatibilidade de
horário.
Estão corretas as afirmativas:
a) apenas as afirmativas II, III e V.
b) apenas as afirmativas II e III.
c) apenas as afirmativas III e V.
d) apenas as afirmativas II e V.
e) apenas as afirmativas I, II e IV.

64. (ESAF - AFC - CGU - Desenvolvimento Institucional/2008)


João da Silva, servidor público ocupante de um cargo técnico no Distrito Federal
- GDF, presta concurso público federal para o cargo de Técnico de Finanças e
Controle - TFC, no qual é aprovado. Tendo sido o concurso homologado, João
foi logo em seguida nomeado para o cargo ao qual se candidatou tendo, na
sequência, tomado posse e entrado em exercício.

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Considerando o texto acima, bem como as disposições da Lei n. 8.112/90,


marque a opção que contenha a afirmativa verdadeira.
a) A nomeação de João para o cargo de TFC sem a vacância do cargo que ocupa
no GDF constitui acumulação de cargos públicos.
b) A posse de João no cargo de TFC não constituirá acumulação de cargos caso
ele esteja gozando de licença sem remuneração no GDF.
c) A acumulação de cargos dar-se-á apenas caso João entre em exercício sem
a vacância de seu cargo no GDF.
d) A acumulação de cargos dar-se-á com a posse de João no cargo de TFC sem
a vacância do cargo ocupado no GDF.
e) Não há que se falar em acumulação de cargos, haja vista tratar-se de regimes
jurídicos distintos, sendo um federal e outro distrital.
65. (ESAF - AFC - CGU - Correição/2006)
O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta,
autárquica e fundacional, na forma regulada pela Lei n. 9.962, de 22 de
fevereiro de 2000:
I. Terá sua relação de trabalho regida pela Consolidação das Leis do Trabalho.
II. Está dispensado de submeter-se a prévia aprovação em concurso público de
provas ou de provas e títulos.
III. Não pode ter sua remuneração fixada em convenção coletiva de trabalho.
IV. Pode ser demitido, por ato unilateral da Administração, na hipótese de
acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas.
V. está submetido ao regime disciplinar estabelecido na Lei n. 8.112, de 11 de
dezembro de 1990.
Estão corretas
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas II, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, III e IV.
d) apenas as afirmativas I, IV e V.
e) apenas as afirmativas I, II e IV.

66. (ESAF - AFC - CGU - Correição/2006)


Os ocupantes de cargos em comissão, na Administração Pública Federal, sem
nela deterem outro vínculo funcional efetivo, são:
a) regidos pelo regime da CLT (legislação trabalhista).

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b) submetidos ao regime jurídico disciplinar, previstos na Lei n. 8.112/90, que


estabeleceu o regime jurídico único dos servidores civis federais.
c) filiados obrigatórios do Plano de Seguridade Social do Servidor, estabelecido
na Lei n. 8.112/90.
d) destinatários dos mesmos direitos e das vantagens, que a Lei n. 8.112/90
assegura aos servidores titulares de cargos efetivos, inclusive aposentadoria.
e) destinatários dos direitos e vantagens assegurados na Lei n. 8.112/90, aos
servidores efetivos, inclusive os relativos e licenças.

67. (ESAF - AUFC - Controle Externo/2006)


Pela regra do teto remuneratório, ficou estabelecido que, nos Estados-
federados, o limite de remuneração no âmbito do Poder Judiciário é o subsídio
dos desembargadores. Esse mesmo teto, conforme a integridade da norma
constitucional abrange, ademais dos membros do Ministério Público, a (s)
categoria (s) de:
a) procuradores e defensores públicos.
b) procuradores e auditores fiscais.
c) somente defensores públicos.
d) somente procuradores.
e) procuradores e delegados de polícia.

68. (ESAF - AFRFB - Tributária e Aduaneira/2005)


O sistema de remuneração dos servidores públicos, sob a forma de parcela
única, ou subsídio, permite o pagamento somente da seguinte vantagem:
a) gratificação por hora extra.
b) verba de representação.
c) diária por deslocamento de sua sede.
d) gratificação de função.
e) adicional de periculosidade.

69. (ESAF – AFRFB - Tributária e Aduaneira/2005)


A Emenda Constitucional n. 34/2001 alterou uma regra relativa à exceção ao
princípio de não-acumulação remunerada de cargos públicos. Essa alteração
referiu-se à possibilidade da acumulação lícita de
a) um cargo de juiz e um de professor.

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b) um cargo técnico e outro de provimento em comissão.


c) um cargo de professor e outro de provimento em comissão.
d) um cargo de provimento em comissão, de recrutamento amplo, e os
proventos de servidor aposentado.
e) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.

70. (ESAF - ATRFB/2002)


Assinale entre os seguintes cargos públicos, aquele que não pode ser provido
em comissão:
a) Secretário da Receita Federal
b) Assistente do Diretor da Imprensa Nacional
c) Gerente do Departamento Municipal de Saúde Pública
d) Motorista do veículo oficial do Prefeito Municipal
e) Diretor de escola pública estadual

71. (ESAF – TFC - CGU/2001)


Quanto às disposições referentes aos servidores públicos não é correto afirmar:
a) O estrangeiro, na forma da lei, pode ocupar cargo público.
b) Não se admite concurso público exclusivamente de títulos.
c) O edital do concurso público pode estabelecer sua validade em até cinco anos.
d) O servidor público tem direito à livre associação sindical.
e) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não
podem ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

72. (ESAF - AFRFB/Política e Administração Tributária/2000)


Em relação ao regime constitucional dos servidores públicos, é correto afirmar:
a) os cargos de provimento em comissão são privativos dos servidores de
carreira
b) é vedado o direito de greve aos servidores públicos
c) os casos de contratação por tempo determinado são destinados,
exclusivamente, ao atendimento de necessidade temporária de excepcional
interesse público.

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d) a admissão de pessoas portadoras de deficiência, para cargos efetivos,


independe de concurso público.
e) é permitida a vinculação para o efeito de remuneração no serviço público
10.4 – FCC

73. (FCC - TJ TRT/Administrativa/2014)


Luísa, candidata a uma vaga de concurso público, em seu exame oral, foi
questionada pelos examinadores acerca da classificação dos órgãos públicos,
especificamente quanto à posição estatal, devendo exemplificar os órgãos
públicos superiores. Luísa forneceu cinco exemplos de órgãos públicos
superiores, equivocando-se acerca de um deles, qual seja,
a) Divisões.
b) Departamentos.
c) Ministérios.
d) Coordenadorias.
e) Gabinetes.

74. (FCC - TJ TRT2 - Administrativa/Segurança/2014)


Os servidores públicos podem ocupar cargo público, emprego público ou função
pública. Distinguem-se essas categorias, de forma não exaustiva, porque
a) os servidores ocupantes de funções de livre provimento, de confiança, tais
como chefia, direção ou assessoramento, não se submetem a concurso público,
este que também não se aplica aos servidores temporários, podendo, contudo,
haver normas que não se aplicam indistintamente aos dois tipos de função.
b) a contratação de servidores para ocupar função pública dispensa a realização
de prévio concurso público, mas permite ocupar, ainda que temporariamente,
os cargos vagos no quadro da Administração pública contratante.
c) a contratação de servidores para ocupar função pública dispensa a realização
de prévio concurso público, mas permite ocupar, ainda que temporariamente,
os empregos públicos vagos no quadro da Administração pública contratante,
somente não ensejando aquisição de estabilidade.
d) os servidores ocupantes de função pública não se submetem a prévio
concurso público, restrita essa possibilidade, contudo, à contratação temporária.
e) a contratação de servidores para ocupar cargo demanda prévia realização de
concurso público, enquanto a contratação de empregados públicos
prescinde do certame, na medida em que os servidores se submetem
integralmente ao regime da CLT.

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75. (FCC - AJ TRT9 - Apoio Especializado Medicina/2013)


A Constituição Federal brasileira determina, no inciso IX, do artigo 37, que “a
lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público. ” Sobre esses
servidores
Temporários contratados sem a realização de concurso público, é correto
afirmar que
a) podem ocupar emprego público quando exercerem suas atividades em
empresas públicas.
b) podem ocupar função pública ou emprego público, desde que nesse caso seja
prescindível a realização de concurso público.
c) ocupam função pública, para a qual não se exige concurso, inclusive em razão
da urgência da contratação.
d) ocupam emprego público, com as normas aplicáveis aos celetistas vigendo
pelo tempo que durar o contrato de trabalho, com exceção daqueles referentes
a extinção do vínculo.
e) podem ocupar cargo público transitório, não se estendendo a eles, no
entanto, as vantagens do regime estatutário.

76. (FCC - Ana - MPE SE - Direito/2013)


Quanto aos cargos declarados em lei de provimento em comissão, é correto
afirmar que
a) a nomeação para ocupá-los, dispensa a prévia aprovação em concurso
público e a exoneração de seu titular fica a exclusivo critério da autoridade
nomeante.
b) a nomeação, para ocupá-los, não dispensa a aprovação prévia em concurso
público, mas a exoneração é livre, despida de qualquer formalidade especial.
c) são considerados de livre nomeação e exoneração, o que não dispensa a
prévia aprovação em concurso público.
d) o exercício se dá em razão de relação de confiança entre a autoridade
nomeante e o seu titular, mas a exoneração não é livre, sendo necessário, para
tanto, processo administrativo de defesa.
e) são instituídos em caráter transitório, mas seu desempenho é permanente,
e, por essa razão é que são considerados de livre nomeação e exoneração.

77. (FCC - AJ TRT5 - Judiciária/2013)

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Determinado município precisa contratar assessores e contadores para a área


trabalhista, a fim de dar suporte às atividades desenvolvidas pela Procuradoria
no patrocínio das ações judiciais da Comuna. Em razão da especialidade e da
complexidade, o Prefeito e o Procurador-Geral do Município pretendem escolher,
por meio de análise de currículos e entrevistas, os candidatos aos cargos
públicos efetivos, a fim de garantir que o preenchimento do quadro se dê com
os profissionais mais capacitados. A conduta pretendida
a) encontra respaldo constitucional, em razão do princípio da eficiência, cuja
introdução no texto constitucional permitiu a derrogação do princípio da
legalidade, desde que para atendimento de interesse público comprovado.
b) não encontra respaldo constitucional, tendo em vista que a derrogação da
norma que exige a realização de concurso público de provas ou de provas e
títulos é passível somente para o preenchimento de emprego público.
c) não encontra respaldo constitucional, na medida em que seria necessária a
edição de lei autorizativa da contratação direta, com fundamento no princípio
da eficiência.
d) encontra respaldo constitucional, uma vez que a contratação de servidores
se encontra dentro das atribuições do Chefe do Poder Executivo, como
exteriorização de seu poder regulamentar autônomo.
e) não encontra respaldo constitucional, tendo em vista que o princípio da
eficiência não derroga a norma constitucional que exige a realização de concurso
público de provas ou de provas e títulos para o preenchimento de cargos
efetivos.
78. (FCC - TJ TRT5 - Administrativa/2013)
Prefeitura municipal pretende preencher cargo efetivo de Assistente Social, que
foi recentemente criado, por lei, junto aos quadros de sua Secretaria de
Relações do Trabalho e Emprego. Para tanto, o município
a) deverá abrir concurso público de provas ou de provas e títulos a todos os
candidatos que preencherem os requisitos previstos em lei.
b) deverá abrir concurso público de provas ou de provas e títulos que, no
entanto, poderá, havendo justificativa para tanto, ficar restrito aos servidores
que já pertençam ao quadro de pessoal da Administração municipal.
c) poderá abrir concurso público a todos os candidatos que preencherem os
requisitos exigidos por lei ou poderá nomear livremente servidor público
comissionado, desde que o faça justificadamente.
d) poderá contratar, desde que por prazo determinado, sem concurso público,
servidor público temporário, faculdade que independe da existência de lei
municipal disciplinando esse tipo de contratação.
e) poderá recrutar, em caráter precário e experimental, empregados de
empresa pública municipal para desempenhar a função afeta ao cargo.

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79. (FCC - AJ TRT5 - Judiciária - Oficial de Justiça Avaliador


Federal/2013)
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da
União − Lei no 8.112/90
Processo Administrativo − Lei no 9.784/99
Regimento Interno do Tribunal Regional do Trabalho da 5a Região
O Tribunal Regional do Trabalho da 5a Região − TRT/BA teve concurso público
para provimento de cargos efetivos questionado judicialmente pelos seguintes
motivos: previu validade de até dois anos; previu a possibilidade de prorrogação
por uma vez, por igual período; publicou o edital somente no Diário Oficia da
União e em jornal de grande circulação; havia concurso anterior com lista
remanescente de candidatos aprovados ainda dentro do prazo de validade; o
concurso previu provas e títulos. Quem processou poderá ter seu pleito
atendido, uma vez que
a) o prazo máximo de validade do concurso deveria ser de um ano.
b) não é permitida a prorrogação da validade do concurso.
c) o edital não foi publicado em jornal de circulação local.
d) não é permitida a abertura de novo concurso se ainda houver candidatos
aprovados em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
e) não é permitida a prova de títulos em razão do seu caráter subjetivo.

80. (FCC - AJ - TRT14 - Judiciária/Execução de Mandados/2011)


Ricardo foi designado para o exercício de determinada função de confiança no
âmbito da Administração Pública Federal. A respeito do fato narrado, é correto
afirmar:
a) para assumir a mencionada função, Ricardo deve ser ocupante de cargo em
comissão.
b) A função de confiança destina-se a atender necessidade temporária de
excepcional interesse público, ou seja, destina-se a situação emergencial e
provisória.
c) exige-se concurso público para a investidura na mencionada função de
confiança.
d) Ricardo não poderá exercer atribuição de chefia, uma vez que as funções de
confiança se destinam somente às atribuições de direção e assessoramento.
e) para assumir a mencionada função, Ricardo deve ser servidor público
ocupante de cargo efetivo.

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81. (FCC - AJ TRT4 - Apoio Especializado - Comunicação Social/2009)


Atenção: Para responder à questão, considere o disposto na Lei no 8.112/90.
Um concurso público é realizado para o provimento de 30 vagas. São aprovados
40 candidatos e imediatamente 20 são nomeados. A validade original do
concurso é de 2 anos. Passados esses 2 anos, a validade do concurso é
prorrogada por mais 2 anos, conforme previsto no edital. Todavia, antes de
encerrados esses outros 2 anos, novo concurso é aberto para o preenchimento
das vagas remanescentes, argumentando a Administração que o prazo de
validade original do concurso já se expirara e que já está defasada a
comprovação de capacitação dos candidatos anteriormente aprovados. Nessa
situação, é ilegal a
a) convocação de um concurso com validade original de 2 anos.
b) nomeação de aprovados em número menor que o de vagas.
c) abertura do novo concurso.
d) aprovação de candidatos em número maior que o de vagas.
e) convocação de um concurso com validade prorrogável.

82. (FCC - Proc - BACEN/2006)


Considere um concurso público, em cujo edital conste a regra constitucional que
leve à possibilidade máxima de prazo de validade. Suponha ainda que esse
concurso tenha sido aberto para o provimento de 20 vagas e que 30 candidatos
tenham sido aprovados, os 20 primeiros dos quais preenchendo as vagas. Caso,
no 3o ano a contar do termo inicial da validade do concurso, tenham sido
abertas mais 10 vagas,
a) os 10 candidatos aprovados e remanescentes podem ser chamados a assumi-
las, posto que a validade máxima de um concurso é de 4 anos.
b) deverá ser convocado novo concurso para seu provimento, posto que a
validade de um concurso se encerra com o preenchimento das vagas originais.
c) deverá ser convocado novo concurso para seu provimento, posto que a
validade máxima de um concurso é de 3 anos.
d) deverá ser convocado novo concurso para seu provimento, posto que a
validade máxima de um concurso é de 2 anos.
e) os 10 candidatos aprovados e remanescentes podem ser chamados a assumi-
las, posto que não se encerra a validade de um concurso enquanto houver
candidatos aprovados e não aproveitados.

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83. (FCC – CVM - Planejamento e Execução Financeira/2003)


Segundo os estudos de Celso Antônio Bandeira de Mello, os agentes públicos
podem ser definidos como todos aqueles que,
a) exclusivamente vinculados ao Estado, prestam serviço a este, seja
permanentemente seja de forma ocasional.
b) vinculados ou não ao Estado, prestam serviço a este, de forma ocasional.
c) vinculados ou não ao Estado, prestam serviço a este, seja permanentemente
seja de forma ocasional.
d) exclusivamente vinculados ao Estado, prestam serviço a este,
permanentemente.
e) exclusivamente ou não vinculados ao Estado, prestam serviço a este,
permanentemente.

11 – Gabarito

Gabarito 1. D.................................................................................. 59
Gabarito 2. E. ................................................................................. 59
Gabarito 3. E. ................................................................................. 60
Gabarito 4. C. ................................................................................. 61
Gabarito 5. C. ................................................................................. 61
Gabarito 6. C. ................................................................................. 62
Gabarito 7. B. ................................................................................. 64
Gabarito 8. D.................................................................................. 64
Gabarito 9. E. ................................................................................. 65
Gabarito 10. C. ................................................................................. 66
Gabarito 11. C. ................................................................................. 66
Gabarito 12. C. ................................................................................. 67
Gabarito 13. E. ................................................................................. 68

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Gabarito 14. D.................................................................................. 69


Gabarito 15. C. ................................................................................. 70
Gabarito 16. A. ................................................................................. 71
Gabarito 17. B. ................................................................................. 72
Gabarito 18. E. ................................................................................. 73
Gabarito 19. A. ................................................................................. 74
Gabarito 20. C. ................................................................................. 75
Gabarito 21. A. ................................................................................. 76
Gabarito 22. A. ................................................................................. 76
Gabarito 23. E. ................................................................................. 78
Gabarito 24. C. ................................................................................. 79
Gabarito 25. E. ................................................................................. 80
Gabarito 26. B. ................................................................................. 81
Gabarito 27. C. ................................................................................. 82
Gabarito 28. C. ................................................................................. 83
Gabarito 29. E. ................................................................................. 84
Gabarito 30. Errado. ........................................................................ 84
Gabarito 31. Certo. .......................................................................... 84
Gabarito 32. Errado. ........................................................................ 85
Gabarito 33. Certo. .......................................................................... 85
Gabarito 34. Errado. ........................................................................ 85
Gabarito 35. Errado. ........................................................................ 86
Gabarito 36. Certo. .......................................................................... 86
Gabarito 37. Certo. .......................................................................... 87
Gabarito 38. Errado. ........................................................................ 87
Gabarito 39. Errado. ........................................................................ 87
Gabarito 40. Certo. .......................................................................... 88
Gabarito 41. Certo. .......................................................................... 88
Gabarito 42. Errado. ........................................................................ 88
Gabarito 43. Certo. .......................................................................... 89
Gabarito 44. Errado. ........................................................................ 89
Gabarito 45. Errado. ........................................................................ 90
Gabarito 46. Certo. .......................................................................... 91
Gabarito 47. Errado. ........................................................................ 92

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Gabarito 48. Errado. ........................................................................ 92


Gabarito 49. Errado. ........................................................................ 93
Gabarito 50. Certo. .......................................................................... 94
Gabarito 51. Errado. ........................................................................ 95
Gabarito 52. Errado. ........................................................................ 95
Gabarito 53. Certo. .......................................................................... 96
Gabarito 54. Certo. .......................................................................... 96
Gabarito 55. Errado. ........................................................................ 97
Gabarito 56. Certo. .......................................................................... 97
Gabarito 57. Certo . ......................................................................... 97
Gabarito 58. Certo. .......................................................................... 98
Gabarito 59. Certo. .......................................................................... 98
Gabarito 60. Errado. ........................................................................ 98
Gabarito 61. D.................................................................................. 99
Gabarito 62. C. ............................................................................... 100
Gabarito 63. B. ............................................................................... 101
Gabarito 64. D................................................................................ 102
Gabarito 65. C. ............................................................................... 103
Gabarito 66. B. ............................................................................... 103
Gabarito 67. A. ............................................................................... 104
Gabarito 68. C. ............................................................................... 104
Gabarito 69. E. ............................................................................... 105
Gabarito 70. D................................................................................ 105
Gabarito 71. C. ............................................................................... 106
Gabarito 72. C. ............................................................................... 107
Gabarito 73. C. ............................................................................... 107
Gabarito 74. A. ............................................................................... 108
Gabarito 75. C. ............................................................................... 109
Gabarito 76. A. ............................................................................... 109
Gabarito 77. E. ............................................................................... 110
Gabarito 78. A. ............................................................................... 111
Gabarito 79. D................................................................................ 111
Gabarito 80. E. ............................................................................... 112
Gabarito 81. C. ............................................................................... 113

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Gabarito 82. A. ............................................................................... 113


Gabarito 83. C. ............................................................................... 114

11 – Referencial Bibliográfico

Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 23ª ed. São


Paulo: Editora Método, 2015.
Bandeira de Melo, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2010.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Alexandre, Ricardo. Deus, João de. Direito Administrativo Esquematizado. São
Paulo: Editora Método, 2014.
Meirelles, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 22.ed. São Paulo, RT,
1997
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, Senado, 1998.

Professor Jonatas Albino do Nascimento 146 de 146


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