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O Hibridismo de Estéticas na concepção da Iluminação


do espetáculo “ VEM VIRAR TRAVESTI”

Cézar Augusto Nunes Marques

Orientador: Eduardo dos Santos Andrade.

RESUMO

Este artigo traz alguns apontamentos referentes à iluminação cênica, no que diz respeito
à sua concepção criativa no processo de montagem de um espetáculo, e apresenta uma
pesquisa de alguns estilos de linguagem no campo da iluminação cênica com o objetivo
de dar apoio à concepção artística do trabalho prático desenvolvido Vem Virar Travesti
- espetáculo inspirado no filme The Rocky Horror Picture Show de 1975, e no primeiro
espetáculo homônimo do grupo de teatro Dzi Croquetes, que se caracteriza por um
hibridismo de linguagens e estéticas.

PALAVRAS-CHAVE: Iluminação cênica. Estéticas teatrais. Hibridismo de


linguagens.

 
 

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 - Montagem da peça The Sound and the Fury de William Faulkner .............8

FIGURA 2 - Montagem da peça La señorita Julia de August Strindberg.........................8

FIGURA 3 - Montagem do musical The Black Rider: The Casting of the Magic Bullets
de William S. Burroughs .........................................................................10

FIGURA 4 -  Espetaculo Shadowland da Pilobolus Dance Theatre's..............................11


 
FIGURA 5 - Espetaculo Shadowland da Pilobolus Dance Theatre's..............................11
 
FIGURA 6 - The Works Tour da banda Queen..............................................................12
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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1- A CONCEPÇÃO CRIATIVA DA ILUMINAÇÃO CÊNICA

Foi a partir da apropriação da luz elétrica pelo teatro, no final do século XIX, que a
iluminação passou a ser vista como uma linguagem da arte teatral, interferindo
diretamente na sintaxe da encenação. Ao longo do século XX, aparece a função de
iluminador que, aos poucos, foi ganhando maior importância nos processos de criação e
montagem teatrais.

A denominação lighting designer (designer de luz) surgiu somente em 1970 no livro


stage lighting de Richard Pilbrow. O autor esquematizou “roteiros” para a iluminação
de diferentes tipos de espetáculos (Drama, Comédia, Show e Dança) e também
aprimorou a visão do iluminador como agente criador de sentidos em um espetáculo,
colocando a ideia da iluminação criativa como um processo de criação que envolve a
equipe de design na definição de um conceito para espetáculo:

Iluminar não é um processo mecânico; nem simplesmente um ato


de clarear ou de fazer efeitos. A arte da iluminação criativa parte
de uma ideia baseada na peça e no conceito decidido pela equipe
de design. Essa é a ideia de luz e sombra e de espaço que envolve o
ator e o auxilia a projetar sua história ao público. Entretanto, o
designer deve ter uma imagem mental do efeito visual do palco
todo, com atores e cenários. (PILBROW,2002 citado por
CAMARGO, 2006, p. 39)

Atualmente, a luz frequentemente desempenha um papel tão importante quanto o dos


outros elementos antepostos, visto que ela é capaz de selecionar o que será visto, ou não
visto, e de determinar a forma como esses elementos serão apresentados ao público. A
função do iluminador não é apenas clarear ou escurecer o palco, e sim dialogar com a
cena. A iluminação não deve sobressair-se aos demais elementos e sim acoplar-se a
eles, ajudando na construção da sintaxe cênica e na definição da estética geral do
espetáculo. Dessa forma, o profissional criador de luz deve participar do processo de
concepção do espetáculo desde o início, de modo a participar na definição dos conceitos
que irão nortear a construção do espetáculo.

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Não existe uma fórmula exata para a criação de uma luz, o conhecimento técnico é de
extrema importância a fim de avaliar os melhores equipamentos e angulações para criar
determinados efeitos. Mas só o conhecimento técnico não é suficiente para a concepção
de uma iluminação. Cada processo de montagem de um espetáculo tem características
únicas, cuja base é a concepção autoral de seus criadores que trazem opções estéticas
particulares para os diferentes processos criativos.

Embora cada montagem tenha suas próprias intenções estéticas, pode-se reconhecer, ao
longo do século XX, correntes estilísticas que vão influenciar visual e conceitualmente a
criação dos artistas, alinhando-os em diferentes linguagens e estilos. Determinadas
estéticas teatrais têm iluminações características que as diferenciam entre si e as
caracterizam como tal. Autores e encenadores como Grotowski, Brecht e Appia
definiram iluminações especificas para seus estilos teatrais.

No teatro contemporâneo, percebe-se frequentemente uma sobreposição de estilos, uma


vez que as montagens atuais buscam cada vez mais um hibridismo estético, apoiado,
muitas vezes, na junção com outras áreas das artes, como a dança, as artes plásticas e a
performance. As características em comum das iluminações de algumas estéticas
teatrais podem servir de base para a criação de uma iluminação inspirada a partir destas
igualdades. A seguir descreveremos algumas dessas características.

2- A UTILIZAÇÃO DA ILUMINAÇÃO EM DIFERENTES ESTÉTICAS

No teatro realista, a iluminação tinha a função de imitar a realidade, a fim de tornar o


ambiente o mais verossímil possível, como explica Laura Figueiredo:

Os estilos realistas em luz cênica caracterizam-se principalmente


pela necessidade de construir nos espaços uma iluminação que
opere um movimento mimético de recriação ou sugestão da
luminosidade natural dos ambientes espaciais que formam o fundo
onde ocorre a ação.(FIGUEIREDO, 2007, p. 35)

A criação da luz para um espetáculo realista se dá pela observação do comportamento


da mesma no cotidiano, suas sombras, claridades e intensidades. Esta é a base para um

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iluminador dessa estética teatral. Na FIG. 1 podemos perceber que o iluminador utiliza
vários abajures espalhados na cenografia para “justificar” o nível de claridade presente
na cena. Podemos notar também que se trata de uma cena que se passa à noite, não só
pelos abajures acesos, mas também pela luz na parte superior das portas, que imita a
iluminação de um poste ou de um corredor. Já na FIG. 2 podemos notar que a ação
acontece durante o dia, uma vez que o iluminador tenta retratar ao fundo do cenário o
que seria a sombra da luz solar entrando por uma janela. Em ambas as imagens, a
iluminação, juntamente com a cenografia e os demais signos teatrais, causam um efeito
ilusionista da realidade, que é a principal função desta estética.

FIGURA 1 - Montagem da peça The Sound and the Fury de William Faulkner
Fonte: www.variety.com/review/VE1117936948.

FIGURA 2 - Montagem da peça La señorita Julia de August Strindberg.


Fonte: www.lahuelladigital.com/el-teatro-naturalista-de-strindberg

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O teatro simbolista, segundo Laura Figueiredo (2007, p. 38), foi responsável pelo maior
avanço nas pesquisas de equipamentos cênicos ao longo da história do teatro,
juntamente com a aproximação das artes plásticas, o que permitiu uma liberdade maior
na criação de ambientações cênicas. O iluminador no teatro simbolista não ficou mais
preso a reproduzir uma luz verossímil ao natural. Não existia mais a pretensão de criar
um efeito mimético, a luz agora poderia aparecer de todos os ângulos e cores, de uma
forma mais abstrata. O mais importante na estética simbolista é que iluminação também
podia abarcar as atmosferas e sentidos produzidos pelo texto ou pela encenação.

O expressionismo surgiu na Alemanha no inicio século XX e ficou mundialmente


conhecido principalmente através do cinema, representado por filmes como Nosferatu
(1922) e Metropolis (1927). No teatro, o expressionismo teve grande influência da
psicanálise, principalmente em razão da publicação do livro A interpretação dos sonhos,
de Freud, em 1900. Um dos principais representantes dessa estética no teatro é o
produtor e diretor Max Reinhardt, que fez grandes experimentações no âmbito da
iluminação cênica, principalmente em relação ao jogo de luz e sombra e ao foco bem
marcado. Essas experimentações realizadas por Reinhardt se tornaram as principais
características da iluminação cênica expressionista. Como Laura Figueiredo expõe:

No âmbito do desenho de luz teatral, podemos ver que o estilo


deixado como herança pelo expressionismo, trouxe-nos a cultura
do foco fechado, de chamar a atenção para a expressão da face ou
qualquer outra parte do corpo, como um zoom cinematográfico.
Procuram-se novos ângulos para os feixes de luz envolver o ator
com “deformações” propositais da face, bem como a luz se
empenha em explorar as zonas de sombras no espaço e no corpo do
ator, além de utilizar fortes contrastes na intensidade e no “brilho”
de cada cena, buscando causar “impressões” na retina dos
espectadores, ressaltando as tensões dramáticas. (FIGUEIREDO,
2007, p. 44)

Além disso, a iluminação no teatro expressionista também utiliza uma grande gama de
cores vivas, a fim de criar um contraste com o excesso de preto e branco causado pelo
efeito de luz e sombra. Porém, as cores da iluminação expressionista não buscavam
necessariamente expor um sentido semiológico como na estética simbolista - a cor aqui
tem uma função mais decorativa, cujo objetivo é “embelezar” e dar plasticidade à cena.

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A estética expressionista no teatro propõe uma distorção da realidade, a atuação é


composta de gestos expansivos e exagerados, principalmente em se tratando das
expressões faciais, por isso a luz dessa estética sempre ressalta a expressões faciais dos
atores, como vemos na FIG. 3.

FIGURA 3 - Montagem do musical The Black Rider: The Casting of the Magic Bullets
por Bob Wilson. Fonte: www.act-sf.org/press/black_rider.html

O Teatro épico, em particular o proposto por Bertolt Brecht, teve grande influência da
estética expressionista, principalmente no que diz respeito ao distanciamento da
estrutura naturalista. Mas no quesito iluminação, Brecht propõe especificações próprias
para seu tipo de teatro. Como o teatro épico não tem a função ilusionista e o seu público
não duvida de que se trata sempre de uma representação teatral, Brecht se absteve da
utilização de bambolinas1 e bastidores2 em seus espetáculos, deixando aparente todo o
aparato técnico do teatro.

A iluminação épica é formada basicamente por uma geral3 de luz branca, como explica
Laura Figueiredo:

Partindo do pressuposto que a relação palco-plateia deve ser de


atenção critica e de pensamento consciente e racional, não

                                                                                                                       
1 Tapadeiras horizontais instaladas acima da área de encenação com o objetivo de esconder os aparatos
técnicos do palco.
2 Tapadeiras verticais instaladas nas laterais da área de encenação, delimitando o quadro visual.
3 A iluminação geral é a iluminação uniforme sobre a área de encenação sem a incorporação de qualquer
efeito visual diferenciado.

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deixando duvidas quanto à “clareza” da situação de representação,


tanto para o ator como para o público, o encenador alemão
postulava que seus textos deveriam ser iluminados no palco de
forma “clara e homogênea”, onde tudo estaria revelado e mostrado
ao espectador por uma “geral branca”, bem distribuída pelo espaço,
não deixando margens para zonas de sombra, tampouco criando
atmosferas que pudessem sugestionar emocionalmente o
desempenho do ator ou a fruição do público. (FIGUEIREDO, 2007
p. 47)

O Teatro de Sombras é um dos mais antigos estilos teatrais, pode-se dizer que ele é o
estilo que mais assimilou a importância da luz no teatro, uma vez que essa arte só é
possível de ser realizada a partir de uma iluminação especifica. Ele é também um dos
mais simples em relação a estilos de iluminação. Sua concepção básica de luz para a
criação do efeito de sombra é uma contra luz que projeta as siluetas de objetos ou
pessoas sobre uma tela, geralmente branca, como vemos nas FIG 4 e FIG 5.

FIGURA 4 – Espetaculo Shadowland da Pilobolus Dance Theatre's


Fonte: http://anyamanas.blogspot.com.br/2010/02/pilobolus-dance-theatres-shadowland.html

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FIGURA 5– Espetaculo Shadowland da Pilobolus Dance Theatre's


Fonte: http://www.shadowland-show.de/show.html

Teatros Musicais e Shows de Música são duas linguagens diferentes, mas, do ponto de
vista da concepção de luz, podemos nos ater às várias semelhanças existentes nestes
dois estilos, começando pelos equipamentos de iluminação utilizados. No teatro
dramático, os iluminadores geralmente optam por refletores do tipo Plano Convexo,
Fresnel e Elipsoidal, que são relativamente comuns nas casas de teatro e que são
responsáveis pelos cortes mais precisos de uma área de cena. Os iluminadores de
Musicais e Shows têm preferência por utilizar os refletores de lâmpada PAR, que
possuem maior brilho em sua luminosidade e abrangem uma maior área de cena.
Podemos notar a quantidade de refletores tipo PAR, necessários para criação de
efeitos de luz FIG 6, que mostra a iluminação criada por Woodroffe para a Turnê “The
Works Tour” da banda de rock Queen.

FIGURA 6 – The Works Tour da banda Queen


Fonte: http://a3.ecimages.myspacecdn.com/images01/83/ccd320caacc3c0c8b480845beb4dc41e/l.jpg

Atualmente, agregou-se o uso de canhões seguidores4 e Moving Head5 que praticamente


dominaram o palco quando se pensa neste tipo de estética. Mas não é só a mudança de
equipamento que caracteriza as iluminações de shows e teatros musicais, a disposição e
orientação dos equipamentos no palco demarcam uma estética característica da
                                                                                                                       
4 Refletor de grande potência com movimento manual utilizado para acompanhar atores, bailarinos etc.
5 Moving Head é um aparelho utilizado por profissionais de iluminação, embutindo num só equipamento
varias funções como mudança de cor, de foco e de direção que podem ser controladas à distância por via
digital.

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linguagem. Podemos notar, por exemplo, que a maior parte dos refletores são utilizados
para efeitos de contra luz6, de modo a ressaltar a qualidade plástica do conjunto em
detrimento à valorização de detalhes das expressões faciais. Nota-se também que não se
busca esconder estes aparatos da visão do público como em algumas estéticas teatrais.
Pelo contrário, aqui os equipamentos técnicos ficam à mostra em complemento à
cenografia do palco.

As noções em cada estilo teatral podem servir de base para a concepção da iluminação
de diversos espetáculos, cabendo ao responsável pela criação do desenho de luz de cada
montagem pesquisar, filtrar, adequar e até mesmo modificar essas noções para que elas
abranjam as propostas cênicas.

3- A ILUMINAÇÃO DO ESPETÁCULO VEM VIRAR TRAVESTI

Inspirado no filme The Rocky Horror Picture Show de 1975 e no primeiro espetáculo
homônimo do grupo de teatro Dzi Croquetes, o espetáculo Vem Virar Travesti pode ser
considerado híbrido em sua concepção por não se manter em um só estilo de
representação, podendo tanto ser considerado como um musical, um Teatro Musicado,
ou um Ato Performático. Contém elementos do Teatro Burlesco e de Revista, e efeitos
da ordem do Expressionismo e Teatro de Sombras. Sua dramaturgia abarca estruturas
dramáticas e épicas, e ainda os conceitos do Metateatro, um “Teatro cuja problemática é
centrada no teatro que fala, portanto, de si mesmo, se auto-representa. (PAVIS, 1999, p.
240)

O Metateatro torna-se uma das bases da pesquisa de iluminação para esse espetáculo.
Como o texto e a encenação se propõem a recriar um “teatro dentro de um teatro”, todos
os aparatos cênicos podem estar à mostra, descartando-se os procedimentos ilusionistas
tradicionais. Além disso, o conceito fundamental que norteia a concepção da luz apoia-
se no caráter híbrido do espetáculo. Propõe-se, assim, experimentar os diversos estilos
de iluminação presentes nas estéticas teatrais, sem que a iluminação pareça deslocada
ou virtuosa demais em relação ao espetáculo.
                                                                                                                       
6 luz projetada a partir do fundo da área de cena cuja a finalidade é dar contorno à figura iluminada,
provocando a sensação de volume e de profundidade.

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As diferentes cenas existentes no espetáculo possuem efeitos inspirados nos diferentes


estilos teatrais, como as cenas de dança e canto, que têm sua luz baseada nos shows e
espetáculos musicais com a utilização de refletores tipo PAR na posição de contra-luz
para ressaltar o desenho das harmonias musicais. A cena da entrada dos religiosos
simula os efeitos da luz realista, como a luz de um poste iluminando a estrada por onde
eles caminham. Já a cena da mesa, inspirada nas iluminações expressionistas de Bob
Wilson, busca instaurar um clima sóbrio no espetáculo, enquanto a cena dos camarins
apoia-se no efeito do teatro de sombras para distorcer o sentido da cena que é projetada.

A noção de estilos de iluminação em cada estética teatral serve apenas para nortear a
concepção de luz para o espetáculo, não havendo a intenção de se aplicar essas noções
como uma regra ou fórmula. Cabe também ressaltar que o iluminador deve sempre se
preocupar com a harmonia da luz no espetáculo e, para isso, é imprescindível tomar
cuidado com os excessos, como alerta Laura Figueiredo:

O projetista de luz que se orienta apenas pelas intenções


espetaculares e potencialmente embelezadoras da cena,
possibilitadas pelas infinitas manipulações visuais disponíveis hoje
pelos recursos de equipamentos de iluminação cênica, poderá
muitas vezes cometer um exagero na sua atuação. (FIGUEIREDO,
2007, p. 42)

A concepção criativa da iluminação para o espetáculo Vem Virar Travesti é muito mais
abrangente que o próprio resultado de sua luz final, porque nem sempre a luz pretendida
no processo de criação materializa-se efetivamente no ato da montagem. Tudo depende
do espaço de apresentação, dos equipamentos disponíveis e de diversos outros fatores
que podem alterar a concepção da luz definitiva da montagem. Mesmo sofrendo estas
mudanças, o resultado final não altera as possíveis intenções estéticas do iluminador, já
que a concepção criativa também serve para auxiliar o iluminador nessas mudanças sem
que haja alteração nos “sentidos” presentes em sua luz.

4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Embora a luz tenha grande importância na concepção de um espetáculo, ela é raramente


pensada ao longo de todo o processo de criação. A luz é geralmente o último recurso a
ser acoplado ao processo de montagem, e o iluminador tem que se adequar aos
elementos já existentes - como cenário, figurino, espaço de cena, entre outros -
restringindo-se, muitas vezes, a soluções técnicas ou meramente plásticas.

No processo de montagem do espetáculo Vem virar travsesti, buscamos, através da


pesquisa da iluminação cênica em diferentes estéticas e linguagens, subsidiar a criação
da iluminação, entendendo a luz como um processo criativo que ultrapassa os limites do
campo técnico e que deve ser incorporado desde o início do processo de montagem.
Percebemos que, como em todo processo criativo, a investigação de referências
estéticas ampliou significativamente as possibilidades criativas, influenciando e
alimentando o processo de construção do espetáculo como um todo. Paralelamente,
acreditamos ter contribuído, de alguma forma, com os estudos no campo da iluminação
cênica.

REFERÊNCIAS:

CAMARGO, Roberto Gill. Conceitos de iluminação cênica: processos coevolutivos.


Rio de Janeiro: Musica & Tecnologia, 2012

CAMARGO, Roberto Abdelnur. Luz e Cena: Processos de comunicação co-


evolutivos. 2006. 181 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica) Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo.São Paulo, 2006. Disponível em:
<http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/C%EAnica/Pesquisa/Luz%20e%20Cena%20-
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FIGUEIREDO, Laura Maria. Luz: a matéria cênica pulsante – Apontamentos didáticos


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de São Paulo. Programa de Pós Graduação em Artes, São Paulo, 2007. Disponível em:
<www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27139/tde.../915060.pdf>. Acesso em 20 mai.
2012.

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PALMER, Richard H. The Lighting Art: The Aesthetics of Stage Lighting Design.
Disponível em:<
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em 20 mai. 2012.

PAVIS, Patrice. Dicionário de Teatro. São Paulo: Editora Perspectiva, 1999.

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ROUBINE, Jean Jacques. A Linguagem da Encenação Teatral. Rio de Janeiro: Jorge


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SARAIVA, Hamilton Figueiredo. Semânticas da Iluminação. Ouvir ou ver, Uberlândia.


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<www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Linguagem%20Visual/SEM%C2NTICAS%20DA%20
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SERRAT, Barbara Suassuna Bent Valeixo Mont. Iluminação Cênica como Elemento
Modificador Dos Espetáculos: Seus efeitos sobre os objetos de cena. 2006. 93 f.,
Dissertação (Mestrado em Arquitetura ).Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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<www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/C%EAnica/Pesquisa/ilumina%E7%E3o%20c%EAnica
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WOODROFFE, Patrick. Luz, mais luz!. Revista Luz & Cena. v. XI n. 143, p. 18-23,
[2011]. Rio de Janeiro. Musica & Tecnologia, 2011. Entrevista concedida a Rodrigo  
Sabatinelli.

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