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fonologia é uma ciência faz parte do estudo fonoaudiológico é relacionada com

linguágem seus conceitos explicações razões e definicões.... estudo de fonologia da


lingua portuguêsa geralmente estuda os sons da fala e os caracteriza com padrões de
linguagem

DIVISÃO FONÉTICA?????????
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Daleh
Lv 6
Há 9 anos

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Diferentemente de outras línguas (inglês, por exemplo), em que o critério de


divisão é morfológico, no português é a fonética que determina a correta
divisão das sílabas, a começar pelo conceito de sílaba: toda emissão de voz
completa é uma sílaba. Portanto, são tantas as sílabas de uma palavra quantas
forem suas emissões de voz completas: ad-mi-nis-tra-ção, a-gen-da
De que é constuído o aparelho fonador e qual o papel de cada
orgão?
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Xan
Lv 7
Há 1 década

Resposta favorita

Aparelho fonador e a fala


Considerando a produção dos sons necessários à fala, a fonação está
associada ao aparelho fonador. Prova disto, estudos da linguagem humana
compreendem em duas partes: a primeira, tem por objeto a língua, por ser
individual relaciona-se ao psíquico; a segunda, se encontra a fala, que é a
fonação, a psicofísica.
Sobre o valor da palavra, constituído por relações e diferenças, são pertinentes
alguns comentários. "O que importa na palavra não é o som em si, mas as
diferenças fônicas que permitem distinguir essa tal palavra de todas as outras,
porque são elas que levam à significação". Com isto, tem-se a noção do
fonema, que pode ser "entidades opositivas, relativas e negativas". Com a
palavra se constrói a fala, a linguagem

LÍNGUA + LINGUAGEM = COMUNICAÇÃO

Carlos Santos (UESB)

APRESENTAÇÃO

A presente pesquisa objetiva esclarecer a importância de conceitos básicos e


etimológicos desta importante equação lingüística da comunicação humana: língua
+ linguagem = comunicação. Para isto, o saber científico esteve entrelaçado
durante sete meses neste estudo, partindo de princípios e conceitos de dicionários
especializados e literatura específica. Nesta Era de globalização e contatos com
novas mídias, se faz necessário compreender como os falantes ou qualquer
comunicador - que emite e recebe mensagens precisam saber sobre o
funcionamento do processo de comunicação dos seres humanos. Neste estudo, foi
considerada na metodologia, a relatividade de regiões e épocas dos falantes, numa
perspectiva dialética. Com isto, teci comentários sobre diversas línguas faladas no
nosso planeta. Mesmo porque, desde a Antigüidade, pensamento e linguagem estão
ligados num processo de pensar e dizer dos falantes de qualquer comunidade
humana. Segundo Rotins, em Pequena História da lingüística, "a língua de um povo
é o espírito, e seu espírito é sua língua", ou seja, o modo de pensar e o modo de
falar de determinadas comunidades estão indissociavelmente ligados. Para o
lingüista Herder, a linguagem e pensamento são inseparáveis: a linguagem é
instrumento, conteúdo e forma de pensamento. A estreita relação entre
pensamento e linguagem tornou-se lugar-comum na filosofia desde a Antigüidade,
ainda que autores como Aristóteles admitisse a anterioridade da abstração e do
pensamento, a que, portanto, a linguagem estaria subordinada. Herder, dizia que,
tendo em vista a mútua dependência entre o pensar e o dizer, os esquemas
conceptuais e a literatura popular das diferentes comunidades só poderia ser
adequadamente compreendidos e estudados através das próprias línguas.

Na teoria do significado, os teóricos consideram a palavra, que tem seu significado


próprio, como símbolos essenciais e imediatos de idéias em estudos de linguagem
enquanto enunciados lógicos. Como referencial teórico, fiz consultas em dicionários
e leitura da bibliografia citada no final deste trabalho visando obter respostas que
convencessem questionamentos do corpus da pesquisa, assim como comprovasse
hipóteses no ato de comunicação oral e escrito do corpus. Dessa forma, iniciei a
investigação a partir do processo fonológico - vendo a língua e compreendendo o
seu funcionamento no processo articulatório, no uso de vogais e consoantes nos
órgãos do aparelho fonador.
Ao iniciarmos o aprendizado de qualquer idioma, é necessário conhecer onde são
produzidos os sons da língua e entender como funciona nosso aparelho fonador.
Deve-se também, ter a noção do conceito de língua, seus tipos e suas variações.
Biologicamente, a língua humana tem a função de articulador de sons para a
produção de sons na execução das palavras. Com as palavras se faz a linguagem
ou as linguagens. Com estas, qualquer ser falante passa a se comunicar. Mas para
que isto aconteça, o comunicador precisa conhecer os diversos conceitos de língua,
de linguagem e de comunicação.

INTRODUÇÃO

Aparelho fonador e a fala

Considerando a produção dos sons necessários à fala, a fonação está associada ao


aparelho fonador. Prova disto, estudos da linguagem humana compreendem em
duas partes: a primeira, tem por objeto a língua, por ser individual relaciona-se ao
psíquico; a segunda, se encontra a fala, que é a fonação, a psicofísica.

Sobre o valor da palavra, constituído por relações e diferenças, são pertinentes


alguns comentários. "O que importa na palavra não é o som em si, mas as
diferenças fônicas que permitem distinguir essa tal palavra de todas as outras,
porque são elas que levam à significação". Com isto, tem-se a noção do fonema,
que pode ser "entidades opositivas, relativas e negativas". Com a palavra se
constrói a fala, a linguagem. Se a língua é um produto social, a fala pode ser
definida como um componente individual da linguagem, um ato de vontade e da
inteligência humana. Foram os gregos que perceberam línguas diferentes e divisões
dialetais dentro da comunidade da fala grega. Por isto, voltemos ao conceito e
considerações a respeito da fala humana.

“A fala é um fenômeno físico e concreto que pode ser analisado seja diretamente,
com ajuda do ouvido humano, ou com métodos e instrumentos análogos”. Alguns
teóricos a definem como “a faculdade natural de falar”. Muitos confundem a fala
como linguagem. A fala é um ato individual de vontade e de inteligência. Na
verdade, ela é um fenômeno fonético; a articulação da voz de origem a um
seguimento fonético audível de pura sensação. O ato da fala se divide fisicamente
em três fases: a primeira diz respeito a produção da cadeia sonora pelos órgãos de
(articulação e fonação); a segunda, corresponde à transmissão da mensagem com
ajuda de uma onda sonora; e a terceira, está associada à recepção da cadeia
sonora, isto é, sua interpretação como uma série de elementos de valores
distintivo. Sapir, em “A Linguagem”, diz que a fala não é uma atividade simples
produzida por órgãos. “Não cabe falar, rigorosamente, de órgãos da fala; existem,
somente, órgãos fortuitamente úteis à produção dos sons da linguagem: os
pulmões, a laringe, o palato, o nariz, a língua, os dentes e os lábios são utilizados
pela fala, mas não devem ser considerados essenciais”...

A língua é necessária para que a fala seja inteligível e produza todos os seus
efeitos, mas esta é necessária para que se comunique. O ato da fala vem sempre
antes da língua. A fala está depositada no cérebro. É a fala que evolui a língua. São
as impressões recebidas ao ouvir os outros que modificam os hábitos lingüísticos,
por exemplo, dois falantes (emissor-receptor) em comunicação. O ponto de partida
será o cérebro, onde os fatos da consciência, a que chamamos de conceitos, se
acham associados às representações dos signos lingüísticos ou imagens acústicas
que servem para exprimi-los. Com isto, imagina-se que um conceito suscite no
cérebro uma imagem acústica, ou seja, um fenômeno inteiramente psíquico,
seguido de um processo fisiológico: o cérebro transmite aos órgãos da fonação um
impulso correlativo da imagem, depois, as ondas sonoras se propagam da boca A
(emissor) até o ouvido de B (receptor), um processo puramente físico.
Posteriormente, o circuito se prolonga até (B) numa ordem inversa do ouvido ao
cérebro. Isso é uma transmissão fisiológica da imagem acústica. No cérebro,
acontece a associação psíquica dessa imagem com o conceito correspondente. O
termo (imagem acústica), para Saussure, é a representação natural da palavra
enquanto fato da língua virtual, fora de toda realização da fala.

Baseado em um dos estudos de Saussure sobre linguagem, destaca-se a relação


intrínseca língua/fala. Na definição do lingüista genebrino, língua "é a parte social
da linguagem que, em forma de sistema, engloba todas as possibilidades de sons
existentes em uma comunidade". Partindo desse princípio, a língua se caracteriza
como ato exterior ao indivíduo que, não pode criá-la nem modificá-la. De acordo
com os lingüistas, a língua evolui de geração em geração. Já a fala, é individual e
pertence ao falante que tem total liberdade para usá-la. Em "Aula de Português", o
poeta Carlos Drummond de Andrade escreve sobre a relação lingüística Língua +
Linguagem = Comunicação. Nos versos do poeta, “linguagem/ na ponta da
língua/tão fácil de falar/ e entender”...

Saussure referiu-se à língua como um “tesouro” onde estariam armazenados os


signos, enquanto que a fala seria a organização desses signos em frase, a
combinação dos sentidos para construírem o sentido global da frase. Saber um
idioma implica receber e memorizar o seu código. Nesta junção, a língua é uma
passividade. Enquanto que a fala implica um comportamento ativo sobre a
linguagem. O semiólogo Roland Barthes, ressalta o caráter dialético do conceito
saussuriano, e afirma que só podemos manejar uma fala quando destacamos na
língua, a fala. "A língua só é possível a partir da fala: historicamente, os fatos da
fala procedem sempre os fatos da língua - é a fala que faz a língua evoluir e,
geneticamente, a língua constitui-se no indivíduo, no ser falante, pela
aprendizagem da fala que o envolve. A língua é, em suma, o produto e o
instrumento da fala, ao mesmo tempo". Com isso, a definição dos termos (fala e
língua) depende essencialmente do processo dialético que une um ao outro.

LÍNGUA

Língua “é um instrumento de comunicação, um sistema de signos vocais específicos


aos membros de uma mesma comunidade. Graças à sua flexibilidade, mobilidade e
situação na cavidade bucal, ela desempenha o principal papel na fonação. Seus
movimentos provocam modificações na forma da cavidade bucal e exerce uma
influência sobre a onda sonora na laringe. A língua, também interfere, em geral,
como uma articuladora quando entra em contato na produção do ar dentro da boca,
na região laringal e labial que produz o som das palavras” define o Dicionário de
Lingüística. Para Ferdinand de Saussure e os estruturalistas, língua é um sistema
cuja estrutura se estuda a partir de um corpus, estudo esse que leva a uma
classificação, a uma taxionomia dos elementos do sistema. Já no Dicionário de
Comunicação (Ática - 1987), em outra concepção de Saussure, língua é o “produto
social da faculdade da linguagem”, pode ser também “um conjunto de conversões
necessárias, adotadas pelo corpo social, para permitir o exercício da linguagem”.

A língua é, portanto, um sistema de signos cujo seu funcionamento repousa sobre


um certo número de regras, de correções. É um código que pretende estabelecer
uma comunicação entre emissor e receptor. Um sistema de signos construídos pela
associação de imagens auditivas a conceitos determinados. E para compreendê-la,
é fundamental discernir da fala, o qual será definido posteriormente. Para
desvendar esta complexidade, o estudioso francês Roland Barthes, mestre da
semiologia, completa a definição Saussure definindo língua como “a linguagem
menos a fala”. Sendo uma instituição social e um sistema de valores, para Barthes,
a língua é “uma instituição social, ela é parte social e não premeditada da
linguagem; o indivíduo, por si só, não pode nem criá-la nem modificá-la, trata-se
essencialmente de um contrato coletivo ao qual temos que nos submeter em bloco
se quisermos comunicar”. Em Cours de Linguistique Générale, Saussure explicou:
"para nós, ela não se confunde com a linguagem; é somente uma parte
determinada. Ela é, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade da
linguagem e um conjunto de conversões necessárias, adotadas pelo corpo social
para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. A língua constitui-se algo
adquirido e convencional. Pode-se dizer, faz a unidade da linguagem".

Portanto, a língua, distinta da fala, é um objeto que se pode compreender


separadamente. Enquanto que a linguagem é heterogênea. A língua é um sistema
de signos que exprimem idéias, e é comparável, por isto, à escrita, ao alfabeto dos
surdos-mudos, aos ritos simbólicos, aos sinais militares, etc. Pode ser também,
"um sistema de sinais acústicos orais, que funciona na intercomunicação de uma
coletividade", define Carlota Ferreira e Suzana Cardoso em A dialética no Brasil (Ed.
Contexto).

No corpus da pesquisa, existiam suas variações, e diversas comunidades e falantes


das mesmas. A começar pela língua materna, usada no país do falante, adquirida
desde a infância, durante o aprendizado da linguagem. As línguas vivas, são todas
as línguas utilizadas, tanto na comunicação oral como na comunicação oral como
na comunicação escrita, nos mais diversos países. As línguas mortas não estão
mais em uso como meio de comunicação oral e escrito, mas substituem essas e são
utilizadas, às vezes, em milhares de textos bíblicos, documentos arqueológicos,
textos literários, servindo como documento-fonte de pesquisa. O Sânscrito, o
Latim, o Grego, também são ditas línguas “mortas” porém são encontradas em
documentos religiosos.

No universo pesquisado, existe uma pluralidade de línguas, desde que se fale língua
portuguesa, inglesa, francesa, espanhola, entre outras. Aqui, o termo entra em
concorrência com outras palavras - dialetos, regionalismo, sotaques e patoás -, que
também designam sistemas de comunicação lingüísticos. Há diversos tipos e níveis
de línguas. Para se conhecer, é necessário mais tempo e mais investigações neste
campo. Contudo, uma das principais questões para a lingüística e teóricos da
comunicação seria: onde essas línguas estão e como são faladas? Para que servem
e como surgiram? No meu recorte da presente pesquisa, encontrei algumas
definições.

A língua-mãe, é quando se estabelecem genealogias - ou famílias de línguas


tomadas como referência ou resultado. Para o português ou francês, por exemplo,
diremos que a língua-mãe é o latim. As línguas-irmãs são todas as que resultam
das evoluções divergentes de uma mesma língua antiga, dita língua-mãe. O
português, franc6es e espanhol são exemplos de línguas irmãs, sendo o latim, a
língua-mãe. A língua franca é o saber falado até o Século XIX nos portos
mediterrâneos. Ela é baseada no italiano, compreende diversos elementos das
línguas românticas. Denomina-se também língua franca, toda língua composta do
mesmo tipo. A língua de união, encontrada nas regiões fragmentadas
lingüisticamente, onde nenhuma língua se impõe como veicular, procede-se à
constituição de línguas de união. A constituição das línguas de união é baseada na
escolha de certos sistemas lingüísticos naturais.
Dialeto, segundo o Dicionário de Comunicação, “é uma forma de língua que tem
seu próprio sistema léxico, sintático e fonético, e é usado num ambiente mais
restrito que a própria língua”. O termo “dialektos”, de origem grega, enquanto
oposto `a língua, designa uma língua menor em uma língua maior. Os dialetos são
membros de uma família de línguas ou se constituem “famílias” menores inseridas
numa família maior. Na Zâmbia e na África oriental portuguesa, encontram-se seis
grupos de dialetos diferentes, cujos falantes reunidos estimam-se em cerca de um
milhão.

Nos países sem uma língua definida, oficial normalizada, os dialetos são formas de
línguas vizinhas uma das outras, cujos falantes se compreendem mais ou menos e,
por oposição a outros, têm a impressão de pertencerem a uma mesma comunidade
lingüística. Eles são também formas locais de comunicação a partir das quais se
constitui uma língua de união.

Os regionalismos, forma peculiar do falar de indivíduos de qualquer região,(baiano,


carioca, gaúcho ou paulista) pode-se entender verificando-se suas diversas
maneiras de pronunciar as palavras. Para entender e ser entendido, deve-se
considerar traços de um falar de pessoas que vivem em um país com variações
lingüísticas diversificadas.

Os sotaques - conjunto dos hábitos articulatórios realizados por entonações,


confere uma identificação própria ou estrangeira à fala de indivíduos. No Brasil, em
cada região ou Estado há um tipo de sotaque característico dos falantes nativos. Já
o patoá - adaptado do francês patois, é o dialeto social reduzido a certos signos
falados somente numa comunidade, em geral, em grupos de falantes rurais. Na
visão dos estudiosos da língua, os patois, ou falar patoá, derivam de dialetos
regionais ou mudança sofrida de uma língua oficial. Na Jamaica, o patois é formado
por uma junção do inglês, francês, espanhol e línguas africanas. É usado pelos
falantes nativos da ilha para confundir os turistas.

Se para Ferdinand de Saussure, a língua é um sistema, pode-se questionar quais


são as unidades deste sistema, defini-la e delimitá-la para que se posa estudar seu
funcionamento neste sistema. É um estudo que interessa não só aos lingüistas,
mas professores de idioma e jornalistas que fazem uso dela. Mesmo porque, as
línguas são unidades complexas, compostas de palavras.

LINGUAGEM

Os estudos da linguagem foram iniciados na Grécia. Em quase todas as famosas


escolas da filosofia grega incluíram a linguagem como seus objetos de investigação
científica. Ao contrário dos estóicos, os alexandrinos também se interessaram
principalmente pela linguagem como parte dos estudos literários. lingüisticamente,
este reconhecimento se tornou claro na adoção da linguagem adotada entre as
províncias ocidentais e orientais. Varrão, gramático latino, foi o mais importante
estudioso do assunto. A visão dele sobre a linguagem era que: "o desenvolvimento
da linguagem se deu a partir de um conjunto limitado de palavras básicas que se
fizeram aceitar para representar os objetos que serviram para reproduzir novas
palavras através das mudanças de letras ou da forma fonética". Foi Sibawarth,
pesquisador persa com os gramáticos árabes que foram capazes de descrever
sistematicamente os órgãos da fala e o mecanismo da fonação. O que contribuiu
para novos caminhos e conquistas políticas, sociais e intelectuais que deu início o
período histórico na Idade Média nos estudos das línguas e da linguagem humana.
A origem da linguagem, ainda que esteja fora do alcance de qualquer ciência
lingüística concebível, nunca deixou de fascinar os pesquisadores interessados pelos
problemas da fala, e de uma forma ou de outra tem sido permanente centro de
atenção desde os primórdios registros históricos. Já houve várias tentativas de
afirmações sobre a origem da linguagem. Mas ainda continua a incerteza. O que se
sabe é que em meados do século XVIII, dois filósofos franceses (Condillac e
Rousseau) já discutiam sua origem. As concepções deles sobre a gênese da
linguagem são semelhantes. Para ambos, a linguagem tem origem nos gestos
demonstrativos e imitativos e nos gritos naturais. Humboldt foi um dos lingüistas
do início do século passado que, em sua teoria da linguagem, ressaltou o aspecto
criativo da habilidade lingüística do todo ser humano. Mas o que é linguagem?

Segundo o minidicionário “Aurélio”, que classifica linguagem como um substantivo


feminino, significa o “uso da palavra como meio de expressão e de comunicação
entre pessoas. Forma de expressão pela linguagem própria dum indivíduo, grupo e
classe social. Vocabulário, palavreado. No “Dicionário de Lingüística” ela é definida
da seguinte forma: “capacidade específica à espécie humana de comunicar por
meio de um sistema de signos vocais ou língua, que coloca em jogo uma técnica
corporal complexa e supõe a existência de uma função simbólica e de centro
nervoso geneticamente especializado”. Esse sistema de signos vocais referido,
utilizado por um grupo social ou comunidade lingüística constitui uma língua
particular.

No “Dicionário de Comunicação”, define-se de outra maneira e dizem claramente


que a linguagem está ligada à lingüística e pode ser “qualquer sistema de signos -
não só vocais ou escritos, como também visuais, fisionômicos, sonoros e gestuais -
capaz de servir à comunicação entre indivíduos. A linguagem articulada é apenas
um desses sistemas. Pode ser ainda o recurso usado pelo homem para se
comunicar. Instrumento pelo qual os homens estabelecem vínculos no tempo e
determinam os tipos de relações que mantêm entre si.”

Para o alemão Edward Sapir, estudioso da linguagem, autor de vários livros, a


linguagem chega a ser o meio de expressão de uma sociedade, a tal ponto que o
mundo real é “inconscientemente construído sobre os hábitos de linguagem do
grupo. Em grande parte, vemos, ouvimos e temos outras experiências porque os
hábitos da linguagem da nossa comunidade predispõem certas escolhas de
interpretação”. Essa concepção mais ampla de linguagem dá margem a duas
posições divergentes: a) todas as formas vivas têm uma certa forma de linguagem;
b) a linguagem é um fato exclusivamente humano, um método de comunicação
racional de idéias, emoções e desejos por meio de símbolos produzidos de maneira
deliberada.

A linguagem pode ser caracterizada como a capacidade viva que têm os falantes de
produzir e entender enunciados, e não com os produtos observáveis que resulta do
ato de falar ou de escrever. Ela é uma habilidade criadora e não um mero produto.
Pode ser definida ainda, como um vetor essencial da comunicação e existe uma
procura cada vez mais forte de tratamento dos conflitos sociais em termos de
disfuncionamento da comunicação. A linguagem também pode ser conceituada
como meio de expressões e dos sentimentos individuais que, por ela, o homem se
comunica coletivamente.

As linguagens são constituídas de três formas: como representação, “espelho” do


mundo e do pensamento; instrumento “ferramenta” de comunicação e forma
“lugar” de ação ou interação entre falantes. Ou seja, a principal concepção, o
homem (ser falante) representa para si o mundo através da linguagem e, assim
sendo, a função da língua é representar/refletir seu pensamento e seu
conhecimento de mundo. A segunda, considera a língua como um código através do
qual um emissor comunica-se com um receptor certas mensagens. A terceira
concepção, finalmente, é aquela que encara a linguagem como atividade, forma de
interação que possibilita aos membros de uma sociedade a prática dos mais
diversos atos. A cada instante, a linguagem implica ao mesmo tempo um sistema
estabelecido e uma evolução. A cada instante ela é uma instituição atual e um
produto do passado. “De fato nenhuma sociedade conhece nem conheceu jamais a
língua de um outro modo que não fosse como um produto herdado de gerações
anteriores e que cumpre receber como tal. O único interesse da pesquisa
lingüística, é investigar a vida normal e regular de idiomas já constituídos. Mesmo
porque, um dado estado da língua é sempre o produto de fatores históricos, isto é,
que interessa a ciência da linguagem”. (Ferdinand de Saussure, Curso de
Lingüística Geral).

Existem diversas perturbações da faculdade da linguagem. Como patologias da


linguagem há por exemplo: a dislexia e a distografia. Perturbações devidas à
patologia mental (autismo, esquizofrenia, entre outras afasias devidas a uma lesão
cerebral. A afasia pode ser uma dificuldade ou uma incapacidade de expressão -
afasia de expressão, de compreensão - afasia de sensorial; de leitura - alexia, ou
de escrita - agrafia.

COMUNICAÇÃO

É o ato ou efeito de comunicar-se. Ação de transmitir e receber mensagens por


meio de métodos e ou processos convencionais. Segundo o “Dicionário de
Lingüística”, comunicação “é a troca verbal entre um falante, que produz um
enunciado destinado a outro falante, o interlocutor de quem ele solicita e escuta
e/ou uma resposta explícita ou implícita. Ela é intersubjetiva. No plano
psicolingüístico, é o processo em cujo decurso a significação que um locutor associa
aos sons é a mesma a que o ouvinte associa a esses sons. Seus participantes ou
atores, são as “pessoas”: o eu, ou falantes, que produzem o enunciado/discurso, o
interlocutor ou alocutório, enfim, aquilo que se fala, os seres ou objetos do mundo.

No sentido que lhe dão os teóricos e os lingüistas, comunicação é o fato de uma


informação ser transmitida de um ponto a outro - lugar ou pessoa. A transferência
dessa informação é feita por meio de uma mensagem (linguagem), que recebe uma
certa forma, que foi decodificada. A primeira condição, com efeito, para que a
comunicação possa estabelecer-se é a condição da informação, isto é, a
transformação da mensagem sensível e concreta em um sistema de signos, ou
código, cuja característica essencial é ser uma convenção preestabelecida,
sistemática e categórica.

O que esta pesquisa objetivou foi mostrar, com alguns conceitos, a relação/equação
entre a língua, e a linguagem, para se efetuar a comunicação. Todavia, o esquema
da comunicação supõe a transmissão de uma mensagem lingüística entre canais de
um emissor (falante A) e um receptor (falante B), que possuem em comum, ao
menos parcialmente, o código - língua - para a transcrição da ou das mensagens.

CONSIDERAÇÕES E RESULTADOS

Conclui-se, contudo, após a investigação científica que o corpus que delimitei a


estudar não se esgota tão facilmente. Cabe à lingüística, ciência da linguagem , dá
ou abrir novos caminhos de pesquisa e fomentar estudos nesta área. Com isto, nós,
seres humanos e falantes de idiomas poderemos compreender seus fenômenos
nesta diversidade (mais de 200) línguas do planeta terra , e entender os códigos
das línguas ditas naturais faladas no mundo.

Ficou constatada também a existência de uma infinidade de línguas, dialetos


e patois em várias regiões do mundo ainda desconhecidos para uma grande parcela
da humanidade, cuja tipologia é possível estudar cientificamente. Mesmo porque,
nesta pesquisa, houve a possibilidade de verificar que no seio de determinadas
comunidades lingüísticas, todos os membros (falantes) do português por exemplo,
produzem enunciados que, a despeito das variações lingüísticas diatópicas,
diafásicas a diastráticas lhes permitem estabelecer compreensão e comunicação
entre os comunicadores/falantes. Tudo repousa sobre um sistema de regras e
relações possíveis de descrever, a partir do aparelho fonador. É a esse sistema
abstrato, subjacente a todo o ato da fala, que Saussure denominou de língua. E,
com ela, os falantes, através da linguagem, se comunicam com o mundo em que
vive.

Do ponto de vista histórico, a contribuição de Ferdinand de Saussure para a


lingüística está dividida em três partes: 1) formalizar e explicar a dimensão
sincrônica em que a língua é considerada como ela existe e como funciona num
dado ponto de temporal, e a dimensão diacrônica, onde se focaliza as mudanças da
língua no tempo; separar a competência lingüística do falante dos fenômenos
dando-lhes o nome langue - língua, definindo-a como produto histórico e parole -
fala, como o uso das regras que estão gravadas na mente humana. Saussure
mostrou também, com seus estudos, que a langue é a forma e a parole a
substância. Definições estas que daria mais um precioso estudo para a teoria da
comunicação e a lingüística.

No campo fonológico das palavras, a fonética era considerada nos estudos dos
lingüistas como ponto de união entre a gramática e a expressão oral. Divididos em
intrabucais e extrabucais, os órgãos fonológicos - a glote, os pulmões e a cavidade
bucal são responsáveis pelos sons da fala. A fonética, ciência dos sons da
linguagem, está dividida em três ramos: a articulatória - a mais antiga, analisa a
maneira como o aparelho fonador produz os sons da linguagem; a acústica - que
estuda a estrutura física dos sons da língua, analisando em termos de freqüência,
de intensidade e de duração. Efetua uma síntese da fala: auditiva - que estuda os
processos da audição da linguagem.

Depois de pesquisado a equação Língua + Linguagem = Comunicação na


bibliografia específica, constatei que a linguagem não é perceptível, ela é um objeto
abstrato cuja existência se postula para explicar as línguas existentes. Para os
níveis de língua, foram encontrados conceitos de língua familiar, elevada, língua
técnica, erudita e popular, próprias a certas classes sociais, características a
subgrupos. Sobre a variação geográfica (que se estuda de forma diafásica,
diastrática e diatópica), encontra-se diferentes tipos de línguas. A respeito dos
tipos, há teóricos que afirmam existir além de línguas escritas e instituições
lingüísticas, há também línguas não ensinadas, como por exemplo, a língua dos
ciganos.

Diante das constatações do universo pesquisado, pode-se certificar que não existe
homem , enquanto ser racional, sem linguagem, nem nenhuma linguagem isolada
do ser falante. Com suas peculiaridades e características próprias, os falantes com
suas línguas vão construindo suas linguagens e buscando formas de se comunicar
em suas comunidades. Assim, o homem por ser histórico e social constrói suas
realidades, suas cadeias de comunicação, alcançando lugares de poder e resistência
nesta aldeia global de comunicação da sociedade pós - moderna.

BIBLIOGRAFIA

DUBOIS, Jean & MATHÉE, Giacomo (e outros). Dicionário de Lingüística. São


Paulo : Cultrix, 1997-98.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário Aurélio. Rio de Janeiro :


Nova Fronteira, 1997.

FERREIRA, Carlota & CARDOSO, Suzana. A dialetologia no Brasil. São Paulo :


Contexto,1994.

MAINGUENEAU, Dominique. Introdução à Lingüística. Lisboa, 1997.

RABAÇA, Carlos Alberto & BARBOSA, Gustavo. Dicionário de Comunicação. São


Paulo, 1997.

ROBINS, R.H. Pequena História da Lingüística. Rio de Janeiro : Ao Livro Técnico,


1997.

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Lingüística Geral. São Paulo : Cultrix, 1994.

Morfologia é o estudo da estrutura das formas das palavras. Onde existem: Existem:
Radical; Afixos (Sufixo e Prefixo);Desinências (verbal e nominal);Vogal Temática;
Vogal de Ligaçao;Consoante de Ligação e derivações e etc.

É o estudo das palavras dentro do seu grupo gramatical. Os grupos se


classificam em 10:
artigo,
numeral,
adjetivo,
pronome,
substantivo,
verbo,
advérbio,
preposição,
conjunção,
interjeição.
Diferença: Morfema, Morfe, Morfema zero e Alomorfe -
MORFOLOGIA

Comparação entre Morfologia e Fonologia:


Morfe = Fone
Morfema = Fonema
 os exemplos são, o “papai”, “mamãe” e o engraçado é visto no último quadrinho, quando
ela chama o cachorro de “cacá”, usando como exemplo as duas primeiras palavras, que
sofrem

Existem dois tipos de composição:composição morfológica ecomposição


morfossintática.<br /> 3. Flexão<br /> 4

1.
2.
3. Fonologia como sendo a área da Linguística que se preocupa com a descrição e
explicação de processos fonológicos que os sons de um sistema linguístico sofrem ou
provocam nas relações que estabelecem com outros contextualmente próximos, ou
seja, é o “estudo dos sistemas de sons das línguas” (Mateus, 2005: 172)
4. Objecto de estudo da Fonologia é o fonema

11.a) O objectivo da Fonologia é explicar o funcionamento dos sistemas de sons das línguas no
quadro da explicação duma teoria da linguagem e desenvolvendo métodos e técnicas que
permitem determinar os sistemas fonológicos das línguas particulares

b) Fonemas, fones e alofones  Fones são as “realizações fonéticas dos fonemas” (ibidem:
173) e é o objecto de estudo da Fonética e deve ser escrito entre parênteses rectos,
exemplificado: [m]; [k]; [o].  Alofones sãos as diferentes realizações ou variantes de fones do
mesmo fonemas em contextos diferentes. Exemplo: [l] [lɐta] Fonema → /l/ alofones [ł]
[posίvɛł] Devemos notar que existem alofones que distinguem sociolectos ou dialectos

c)identificando: Vogais orais: talha, pera, tela, pira, tola/tola, tulha → /a/, /e/, /ɛ/, /i/, /o/,
/ɔ/, /u/ respectivamente.  Vogais nasais: mando, pente, pinte, ponte, mundo → /ã/, /ẽ/,
/ῖ/, /õ/, /ũ/ respectivamente.

d) exemplos de glides e ditontos

Glides – em Português existem duas glides com valor fonológico, a saber: /j/ e /w/ e quando
estes estão junto de uma vogal nasal e formando ditongo, a glide é nasalizada na vogal. Ex: pai
['paj], pau ['paw] e na nasal: mãe ['mãj], mão ['mᾶw]

Sobre Princípios da Morfologia

A linguagem é estudada por meio de diversas áreas e, entre elas, encontra-se a


Fonética, que se preocupa em analisar de forma detalhada os sons
produzidos por uma língua.Essa área de estudo 

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