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Apostila WEG REV 02.2015 PDF
Apostila WEG REV 02.2015 PDF
Revisão e
Recuperação de
Motores Elétricos
para Atmosferas
Explosivas
Revisão 02/2015
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
MANUAL DE REPARO, REVISÃO E RECUPERAÇÃO
MOTORES ELÉTRICOS
ÍNDICE
1. Objetivo ................................................................................................................. 4
2. Introdução.............................................................................................................. 4
3. Conceitos Gerais ..................................................................................................... 5
3.1 Definições .......................................................................................................................... 5
3.1.1 Área classificada .......................................................................................................... 5
3.1.2 Atmosfera Explosiva .................................................................................................... 5
3.1.3 Explosão ..................................................................................................................... 5
3.2 Elementos Necessários para Gerar a Explosão ..................................................................... 6
3.3 Caracteristica da Substância inflamável ............................................................................... 6
3.3.1 Ponto de Fulgor ............................................................................................................ 6
3.3.2 Líquido Inflamável ....................................................................................................... 7
3.3.3 Líquido Combustível .................................................................................................... 7
3.3.4 Densidade Relativa ....................................................................................................... 7
3.3.5 Ponto de Ignição:.......................................................................................................... 8
3.3.6 Limite de Inflamabilidade:............................................................................................ 8
3.3.6.1 Limite Inferior de Inflamabilidade (LII): ................................................................... 8
3.3.6.2 Limite Superior de Inflamabilidade (LSI): ................................................................. 8
3.4 Classificação de Áreas ........................................................................................................ 9
3.5 Classes de Temperatura ......................................................................................................12
3.6 Índice de Proteção ..............................................................................................................12
4.Tipos de Proteção .................................................................................................. 13
4.1 Geral ..................................................................................................................................13
4.2 Tipo de Proteção “d” - Motores à Prova de Explosão (Ex d) ...............................................14
4.2.1 Interstício Máximo Experimental Seguro - MESG .......................................................14
4.2.2 Ensaio de Pressão Hidrostático ....................................................................................16
4.2.3 Linhas de Motores “Ex d” ...........................................................................................16
4.3 Tipo de Proteção “e” - Motores de Segurança Aumentada (Ex e) .......................................17
4.3.1 Medidas Construtivas para Motores Elétricos de Segurança Aumentada ......................18
4.3.2 Tempo “tE” ..................................................................................................................18
4.3.3 Linha de Motor “Ex e” ................................................................................................19
4.4 Tipo de Proteção “n” - Motores Não Acendíveis (Ex n) ......................................................20
4.4.1 Medidas Construtivas para Motores Não Acendíveis ...................................................20
4.4.2 Linha de Motores “Ex n” .............................................................................................20
4.5 Tipo de Proteção “t” - Motores à Prova de Ignição de Poeira por Invólucro (Ex t) ..............21
4.5.1 Medidas Construtivas para Motores “Ex t” ................................................................ 201
4.5.2 Linha de Motor “Ex t” (DIP): ......................................................................................21
4.6 Nível de Proteção do Equipamento - EPL......................................................................... 221
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MOTORES ELÉTRICOS
5. Instruções de Serviços .......................................................................................... 22
5.1 Instruções Gerais - Elétrica.................................................................................................23
5.1.1 Remoção da Bobinagem do Motor...............................................................................23
5.1.2 Ensaio de “Fluxo” no Estator do Motor (Loop Test) ....................................................24
5.1.3 Isolamento do Motor ...................................................................................................24
5.1.4 Bobinagem do Motor...................................................................................................24
5.1.5 Sensores de temperatura no Bobinado .........................................................................24
5.1.6 Ensaios Elétricos após Rebobinagem do Motor ...........................................................26
5.2 Instruções Gerais - Mecânica..............................................................................................27
5.2.1 Eixo ............................................................................................................................28
5.2.2 Tampas........................................................................................................................28
5.2.3 Carcaças ......................................................................................................................29
5.2.4 Valores Dimensionais .................................................................................................29
5.2.5 Avaliação do Batimento Radial da Polia ......................................................................29
5.2.6 Avaliação da Concentricidade e Perpendicularidade entre Eixo e Flange .....................30
5.2.7 Vedações, Rolamentos e Lubrificação .........................................................................32
5.2.8 Vibração ......................................................................................................................34
5.2.9 Pintura.........................................................................................................................34
5.3 Recomendações Gerais ......................................................................................................36
5.4 Instruções Específicas para o Tipo de Proteção “d” – À Prova de Explosão ........................36
5.4.1 Juntas à prova de explosão .......................................................................................37
5.4.2 Aplicação de Resina Epóxi para Motores Industrial ................................................39
5.4.3 Montagem de Prensa Cabo em Motor “Bomba de Combustível” .............................44
5.4.4 Montagem de “Bushing Line” em Motor Motor Freio”Ex d” ...................................44
5.4.5 Montagem de Motor ”Ex d”.....................................................................................44
5.5 Instruções Específicas para o Tipo de Proteção “Ex e”, “Ex n” e “Ex t” .............................45
6 Serviços Autorizados e Não Autorizados em motores Ex ........................................... 46
7. Fornecimento de Partes e Peças............................................................................. 48
8. Histórico de Atualizaões ......................................................................................... 48
Anexo 1.................................................................................................................... 50
Anexo 2.................................................................................................................... 51
Anexo 3.................................................................................................................... 53
Anexo 4.................................................................................................................... 62
Anexo 5.................................................................................................................... 77
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ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
MANUAL DE REPARO, REVISÃO E RECUPERAÇÃO
MOTORES ELÉTRICOS
1. Objetivo
O objetivo deste Manual é fornecer informações aos Assistentes Técnicos para realizarem
serviço de reparo, revisão e recuperação de motores elétricos WEG, projetados para operar em
atmosferas explosivas, o presente documento em concordância com a norma ABNT NBR IEC
60079-19 – Reparo, revisão e recuperação de equipamento para atmosferas explosivas, e demais
normas relevantes do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - SBAC.
2. Introdução
Quando um motor elétrico é instalado onde pode haver concentração ou quantidade perigosa
de gases, vapores ou poeiras inflamáveis, medidas adicionais devem ser adotadas a fim de evitar a
ignição desta atmosfera. Deste modo, a temperatura máxima das superfícies do equipamento
quando em operação deve estar abaixo dos valores especificados para aquele ambiente e arcos e
faíscas devem ser evitados.
Os motores elétricos para atmosferas explosivas são desenvolvidos para operar em ambientes
onde são manuseados, estocados ou processados produtos inflamáveis, de modo que sua operação
não cause ignição da mistura explosiva. Estes motores elétricos possuem características e detalhes
que o diferenciam de um motor elétrico para uso industrial geral.
A WEG tem grande experiência em motores elétricos aplicados em áreas classificadas, sendo
um dos maiores fabricante mundiais deste tipo de equipamento.
Todos os motores elétricos são produzidos dentro dos mais rígidos padrões de qualidade, sendo
aprovados e certificados por várias entidades nacionais e internacionais. Estes motores elétricos
são aplicados em companhias de gás, refinarias de petróleo, plantas químicas, tendo o alto nível de
confiabilidade de suas características.
Neste Manual, você encontrará detalhes e dados sobre os motores à Prova de Explosão,
Segurança Aumentada, Não-Acendível e Proteção por Invólucro Contra Ignição de Poeira por
Invólucro, além de conhecer os serviços que podem ou não ser executados nos mesmos. Apesar de
existirem outros tipos de proteção de motores elétricos para operarem em áreas classificadas,
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MOTORES ELÉTRICOS
somente fazem parte deste Manual os motores fabricados pela WEG Unidade Motores e que
possuem certificação no mercado brasileiro.
Partes relevantes das normas de fabricação, segurança, instalação e manutenção para motores
elétricos desenvolvidos para atmosfera explosiva, pertinentes ao mercado brasileiro, também
fazem parte deste Manual. Informações adicionais não disponíveis neste, podem ser solicitadas à
WEG.
O Assistente Técnico deve estar ciente de sua responsabilidade ao executar um serviço de
reparo, revisão e recuperação em motores elétricos para atmosfera explosiva, pois serviços
inadequados ou realizados de maneira incorreta podem acarretar em uma explosão
indesejada tendo como consequência danos ao patrimônio e lesões graves ou mesmo colocar
em risco vidas humanas. Desta forma o serviço deve ser executado em conformidade com a
legislação nacional, por pessoal qualificado e de modo a garantir a integridade do motor
elétrico bem como a segurança da planta e de pessoas.
3. Conceitos Gerais
3.1 Definições
3.1.1 – Área Classificada
Área na qual uma atmosfera explosiva está presente, ou pode ser esperada estar presente em
quantidade que requeira precauções especiais para construção, instalação e uso de equipamento
elétrico. (fonte: IEC 60050 – 426:2008)
3.1.3 – Explosão
Defini-se explosão quando a combustão quase que instantânea de uma massa de gases/vapores
ou poeiras, seguida de uma onda de pressão proveniente da deflagração e acompanhada de um
forte ruído. A velocidade de combustão para vapores de petróleo pode atingir 25 m/s.
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MOTORES ELÉTRICOS
3.2 Elementos Necessários para Gerar a Explosão
Para que se inicie uma explosão, três elementos são necessários e precisam estar juntos:
Combustível;
Comburente (oxigênio do ar);
Fonte de Ignição (calor ou faísca).
A ausência de qualquer um dos elementos acima garante que não ocorrerá explosão.
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MOTORES ELÉTRICOS
3.3.2 Líquido Inflamável
Líquidos inflamáveis são aqueles que têm ponto de fulgor inferior a 70 °C e pressão de
vapor que não exceda 2,8 kg/cm² absoluta a 37,7ºC.
Exemplos: - Gasolina = - 38°C
- Álcool Anidro = 12ºC
- Querosene = 37°C
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LII = 5% do volume
- Metano
LSI = 15% do volume
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LII = 4% do volume
- Hidrogênio
LSI = 77% do volume
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b.2) Grupo IIB (Grupo do Eteno)– Gás inflamável, vapores produzidos por líquidos
inflamáveis/combustíveis provenientes de: ciclopropano, éter etílico, etileno, ou gases e vapores de
risco equivalente.
b.3) Grupo IIC (Grupo do Hidrogênio)– Gás inflamável, vapores produzidos por líquidos
inflamáveis/combustíveis provenientes de: hidrogênio, acetileno e dissulfeto de carbono.
c) Grupo III – Grupo de fibras e poeiras para equipamentos fabricados para operação em
indústrias de superfície, sendo subdividido em IIIA, IIIB, e IIIC.
c.1) Grupo IIIA – Presença de poeiras e fibras (partículas maiores que 500 µm) combustíveis
em suspensão;
c.2) Grupo IIIB – Presença de poeiras não condutivas (resistividade elétrica maior a 103 Ω.m);
c.3) Grupo IIIC – Presença de poeiras condutivas (resistividade elétrica menor ou igual a 103
Ω.m).
De acordo com normas ABNT/IEC denomina-se o grau de risco encontrado em um local como
Zona, são:
a) Zona 0: local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é contínua, ou existe por
longos períodos (risco presente ˃ 1.000 horas por ano);
b) Zona 1: local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é provável de ocorrer em
condições normais de operação do equipamento (risco presente ˃ 10 horas mas ˂ 1.000
horas por ano);
c) Zona 2: local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é pouco provável de
acontecer e se acontecer é por curtos períodos, estando associado à operação normal do
equipamento (risco presente ˂ 10 horas por ano);
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Tabela 1 - Relação entre norma Norte Americana (NEC/API) e norma Brasileira (ABNT/IEC):
Ocorrência da mistura inflamável
Normas
Contínua Ocorre em operação normal Ocorre em operação anormal
ABNT/IEC Zona 0 ou 20 Zona 1 ou 21 Zona 2 ou 22
NEC/API Divisão 1 Divisão 2
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IP-XX
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MOTORES ELÉTRICOS
As normas de fabricação de equipamentos aplicados em atmosferas explosivas definem IP
mínimos que os equipamentos “Ex” devem ter. Isto deve-se ao fato de que o índice de proteção,
para alguns tipos de proteção, tem impacto direto no principio de proteção do equipamento.
Neste documento estão as instruções específicas com relação ao índice de proteção para
que o motor após reparado ou revisado esteja apto a operar em um local de risco de explosão.
4.Tipos de Proteção
4.1 Geral
Como vimos anteriormente, para que tenhamos um incêndio ou explosão é necessário termos a
presença de três elementos: um produto inflamável, ar (rico em oxigênio) e uma fonte de ignição.
Essa fonte de ignição pode ser ocasionada por um centelhamento ou devido à presença de uma
superfície com temperatura suficiente para causar a ignição da substancia inflamável.
As máquinas elétricas girantes, por sua própria natureza, podem constituir-se em uma fonte de
ignição, seja por centelhamento ou por calor, quando operando em uma área classificada, assim, os
motores devem possuir características inerentes que os tornam capazes de operar em atmosferas
potencialmente explosivas de forma segura. Desta forma tornou-se necessário o desenvolvimento
de técnicas de proteção de modo que medidas construtivas são aplicadas as máquinas elétricas
girantes de forma minimizar o risco de ser o motor uma fonte de ignição.
Os tipos de proteção para aplicação em atmosferas potencialmente explosivas variam em
função das técnicas construtivas que são incorporadas ao equipamento. Sendo que para cada tipo
de proteção é atribuída uma simbologia, sendo a seguinte: a sigla Ex, seguida de uma letra
minúscula indicando os vários tipos de proteção previstos por normas técnicas. A tabela 3 indica
os tipos de proteções e suas nomenclaturas.
Tipo de proteção Símbolo
À Prova de Explosão Ex d
Segurança Aumentada Ex e
Não Acendível Ex n
À Prova de Ignição de Poeira Ex t
Tabela 3: Tipos de proteção fabricados pela WEG Motores
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MOTORES ELÉTRICOS
Nota: Apesar de existir outros tipos de proteção além dos citados na Tabela 03, nesta apostila
estaremos tratando dos tipos de proteção fabricados pela WEG Unidade Motores e que possuem
certificado no Brasil.
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MOTORES ELÉTRICOS
Para segurança do sistema, a WEG controla os valores dos interstícios, pois estas são
responsáveis por permitir a passagem dos gases entre o interior e exterior do motor.
Interstícios1 (i) são os espaços existentes nos invólucros a prova de explosão, tais como junção
tampa e carcaça do motor, como a passagem do eixo pela tampa do motor e tudo que possa ter
uma comunicação com o meio externo. Os interstícios devem ser controlados de modo a não
permitir que essa explosão venha a se propagar para o meio externo.
Os valores dimensionais da largura “l” e o interstício “i” variam em função do grupo do gás.
As juntas tem seu dimensional definido pela norma de fabricação para o tipo de proteção de
acordo com a aplicação e características do projeto, outro requisito normativo é a rugosidade das
juntas onde o valor máximo não deve exceder a 6,3 µm (Ra).
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Ver no anexo 3 e 4 os locais considerados interstícios para motores “Ex d” linha.
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MOTORES ELÉTRICOS
Na ocorrência de uma explosão no interior do invólucro, existirá uma tendência das partes que
compõe o invólucro do motor, como tampa e carcaça, de se afastarem. Este afastamento deve ser
limitado, pois do contrário, a explosão interna pode ser uma fonte de ignição no meio externo. É
por este motivo que os motores e invólucros de equipamentos a prova de explosão são providos de
uma grande quantidade de parafusos. É de relevante importância que o aperto destes parafusos
devam ser controlados para que este afastamento entre as partes ocorra de forma limitada.
As peças que compõem invólucro para motores Ex d são submetidas a ensaios de rotina de
pressão hidrostática, onde é utilizada uma pressão de 1,5 vezes a pressão de referência durante 60
segundos. A pressão de referência é obtida através de um ensaio prático onde uma mistura
explosiva é inflamada no interior do invólucro e o valor de pressão é registrado.
O ensaio de rotina somente é dispensado caso o invólucro suporte uma pressão de 4 vezes a
pressão de referência. Em caso de carcaças com união soldada, mesmo que suporte 4 vezes a
pressão de referência, é necessária a realização do ensaio de rotina com 1,5 vezes a pressão de
referência. Para realização destes ensaios são utilizadas máquinas específicas para este fim.
A WEG possui três (3) principais linhas de motores construídos com o tipo de proteção
“d”. Existe a linha conhecida como “Bomba de Combustível” e duas linhas de motores de uso
industrial em baixa tensão, uma com e outra sem freio. Os motores de uso industrial podem operar
com inversor de frequência desde que atendido os critérios definidos no certificado dos motores.
Detalhes das linhas podem ser obtidos nos catálogos de produtos e/ou nos certificados dos
motores.
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4.3.1 Medidas Construtivas para Motores Elétricos de Segurança Aumentada
Medidas construtivas são definidas na norma de fabricação para o tipo de proteção “e” de
forma a minimizar a possibilidade de ocorrer arcos, faíscas ou aquecimento de superfície. Dentre
as medidas constritivas normalizadas ressalta-se:
a) Elevação de temperatura de 10 K abaixo da máxima permitida para a classe de isolamento,
na condição de +/- 10 Un;
b) Tempo de desligamento para o dispositivo de proteção - tE ;
c) Grau de proteção mínimo IP54;
d) Ventiladores devem ser feitos de material não centelhante, e quando for fabricado em
material plástico sua resistência superficial não deve ser superior a 1 GΩ;
e) Entre ferro do estator e rotor mínimo conforme polaridade e tamanho do rotor;
f) Componentes da caixa de ligação, bem como os cabos de ligação, firmemente fixados (sem
possibilidade de giros);
g) O invólucro deve ser submetido a ensaio de impacto;
h) As barras do rotor devem ser travadas dentro das ranhuras do rotor;
i) O aterramento externo na carcaça é obrigatório;
j) O aterramento da carcaça deve estar conectado com o aterramento da caixa de ligação;
k) Obrigatório o uso de chapéu em aplicações verticais;
l) A temperatura de qualquer superfície externa ou interna na qual a atmosfera explosiva
tenha acesso não deve exceder a temperatura da classe em condições normais de operação.
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O dispositivo de proteção deve ser dimensionado para evitar qualquer risco sob todas as
condições de operação, sendo que este deve operar não somente em caso de sobrecarga, mas
também em caso de rotor bloqueado. Dessa forma, o valor do tempo tE deve ser tal que, quando o
rotor é bloqueado, o motor deve ser desligado por um dispositivo de proteção dependente da
corrente, antes que o tempo tE tenha se esgotado.
O - Temperatura em °C
A – Máxima temperatura ambiente (geralmente 40°C)
B – Temperatura em serviço normal
C – Temperatura Limite
1 – Temperatura em serviço normal
2 – Temperatura durante falha ou rotor bloqueado
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“Ex e” com acionamento por inversor somente é possível para certificação específica. Detalhes da
linha podem ser obtidos no catálogo do produto e/ou no certificado do motor.
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frequência desde que atendido os critérios definidos no certificado. Detalhes das linhas podem ser
obtidos nos catálogos dos produtos e/ou nos certificados dos motores.
Figura 12 - Motor “Ex n” linha W21 Figura 13 - Motor “Ex n” linha HGF
4.5 Tipo de Proteção “t” - Motores à Prova de Ignição de Poeira por Invólucro (Ex t)
Este tipo de proteção é aplicável a equipamentos elétricos onde o invólucro exclui a
possibilidade de penetração de poeira quando instalado e protegido conforme as recomendações
impedindo que arcos, centelhas, ou calor gerado causem a ignição de camadas externas de nuvens
de poeiras no invólucro.
Norma aplicada no Brasil para tipo de proteção “t” é a ABNT NBR IEC 60079-31- Proteção
de equipamentos contra ignição de poeira por invólucros Parte 31.
Este tipo de proteção permite que o motor seja instalado em locais classificado como sendo
Zona 21 e 22 de acordo com a sua construção.
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5. Instruções de Serviços
Atualmente encontramos em uso vários exemplos de motores elétricos que deixaram de ser
adequados para operar em atmosferas explosivas após um reparo ou uma revisão. Isto ocorre
normalmente por falta de informação dos responsáveis pelo serviço no equipamento.
O reparo, revisão e recuperação em motores elétricos, para uso em áreas classificadas, exige
por parte dos reparadores uma infraestrutura que passa pelo treinamento até a utilização de
dispositivos para ensaios e verificações da funcionalidade do equipamento após o trabalho.
Visando manter os níveis de segurança das instalações com presença de áreas potencialmente
explosiva, foi publicada no Brasil a norma ABNT NBR IEC 60079-19 – Reparo, revisão e
recuperação de equipamentos Ex. Esta norma veio regulamentar a realização de serviços em
equipamentos “Ex” de forma a manter a integridade dos equipamentos, consequentemente
manterem a segurança exigida em um local com risco de explosão. Caso contrário do que serviria
ter equipamentos e instalações projetados de forma a evitar o risco de uma explosão se os
equipamentos, após a realização de serviço, tornam-se inaptos a voltar operar em uma atmosfera
explosiva.
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A temperatura máxima indicada pela WEG para este processo é de 200ºC para motores até a
carcaça IEC 200 e 300ºC a partir da carcaça IEC 225.
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constava no motor, esta somente poderá ser instalada se estiver contemplada no certificado do
motor. Em caso de dúvida a WEG deverá ser consultada.
Se o equipamento necessita ser rebobinado para outra tensão, deve ser verificado se a nova
tensão está dentro dos limites previstos na certificação do motor. Caso esteja, os novos parâmetros
devem ser marcados na nova placa. Um rebobinamento para velocidade diferente do projeto
original do motor não deve ser feito.
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Termostato
Os protetores térmicos certificados para o mercado Brasil são do tipo bimetálico,
especificados para operação a uma temperatura de 155°C.
A compra de Termostatos sobressalentes deve ser feita com referência no código de identificação
do motor e/ou de acordo com as características especificadas no certificado.
Resistência de Aquecimento
O certificado mercado Brasil contempla o uso de um ou dois cordões, de acordo com a
especificação do motor, instalados sobre a cabeça de bobinas do lado acoplado e oposto ao lado
acoplado (quando sendo em dois cordões).
A compra de Resistências de Aquecimento sobressalentes deve ser feita somente como
partes e peças WEG, com referência no código de identificação do motor e/ou de acordo com as
características especificadas no certificado.
Para o mercado Europa existe a possibilidade de certificação específica para a Resistência de
Aquecimento.
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Na tabela 6 estão os valores limites recomendáveis pela WEG para resistência de isolamento.
Estes valores são mais conservadores que o valor mínimo descrito na norma ABNT NBR IEC
60079-19 que é de 20 M . Deve-se garantir que a máquina esteja seca e limpa (no caso da
permanência prolongada em estoque ou desuso).
Valor Limite (M ) Avaliação do Isolamento
------ 2 Perigoso
2 50 Ruim
50 100 Insatisfatório
100 500 Bom *
500 1000 Muito Bom
Acima de 1000 Excelente
Tabela 6: Valores de resistência de isolamento recomendados para aceitação da máquina
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d) Ensaio a vazio
Deve-se acionar o motor em sua tensão nominal de forma verificar o valor de corrente a
vazio avaliando a relação de corrente entre as fases e seu equilíbrio, o desequilíbrio da
corrente a vazio deve ser menor que 5 % do valor médio. Com o motor em vazio deve-se
avaliar a temperatura, vibração e ruído, na verificação de qualquer anormalidade esta deve
ser analisada e corrigida.
e) Ensaio de rotor bloqueado
Em sendo razoavelmente possível, o motor deve ser energizado a uma tensão reduzida
apropriada, na condição de rotor bloqueado, de forma obter entre 75 % e 125 % da corrente
de plena carga e com isto verificar o equilíbrio entre as fases. O desequilíbrio deve ser
menor do que 5 % do valor médio.
5.2.1 Eixo
Deve-se verificar e avaliar as dimensões consideradas críticas no eixo do motor elétrico. A
partir dos ajustes e tolerâncias recomendados, classificar o material como apto ou não apto ao uso.
São consideradas dimensões críticas em um eixo de motor elétrico:
Diâmetro da polia;
Diâmetro do assento do rolamento;
Interstícios para motores “Ex d”.
5.2.2 Tampas
Deve-se verificar e avaliar as dimensões nominais consideradas críticas nas tampas de um
motor elétrico. A partir dos ajustes e tolerâncias recomendados, classificar o material como apto
ou não apto ao uso.
São consideradas dimensões críticas nas tampas de motor elétrico:
Cubo da Tampa;
Interstícios para motores “Ex d”.
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5.2.3 Carcaça
Deve-se verificar e avaliar as dimensões nominais consideradas críticas nas carcaças de um
motor elétrico. A partir dos ajustes e tolerâncias recomendados, classificar o material como apto
ou não apto ao uso.
É considerada dimensão crítica na carcaça de motor elétrico:
Interstícios para motores “Ex d”.
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MOTORES ELÉTRICOS
Procedimento:
Colocar a máquina na posição vertical, com a ponta de eixo voltado para cima;
Para avaliar concentricidade, deve-se fixar o relógio comparador na ponta do eixo do
motor. A ponta de medição do relógio comparador deve formar um ângulo de 90° em
relação ao encaixe do flange. Girar lentamente o eixo até completar uma volta (360°) e
registrar os valores de mínimo e máximo do relógio comparador, comparando com os
valores limites da Tabela 9 ou conforme especificação do fabricante;
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MOTORES ELÉTRICOS
Para avaliar perpendicularidade, fixar o relógio comparador na ponta de eixo do motor. A
ponta de medição do relógio comparador deve formar um ângulo de 90° em relação à
superfície do diâmetro externo do flange. Girar lentamente o eixo até completar uma volta
(360°) e registrar os valores de mínimo e máximo do relógio comparador, comparando com
os valores limites da Tabela 9 ou conforme especificação do fabricante;
Instrumento: relógio comparador e base magnética;
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FT 940 a FT 1080
Tabela 9: Valores de concentricidade e perpendicularidade de flanges
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A graxa utilizada como padrão pela WEG é a Polyrex EM 103, mas caso deseje utilizar outras
graxas pode ser aplicado graxas a Base de Poliuréia ou a Base de Lítio e Óleo Mineral de boa
qualidade.
Importante verificar sobre no rotor e eixo qualquer sinal de batida/pancada ou danos sobre
as superfícies que possam tornar não conformes os interstícios e o entreferro do motor. Ao montar
o motor, verificar o batimento radial da ponta de eixo. As vedações do motor devem ser
substituídas.
Caso os rolamentos venham a ser reutilizados, deve-se protegê-los contra a contaminação
por corpos estranhos. Para lavá-los, utilize desengraxantes específicos, preferencialmente
biodegradáveis.
Especial cuidado deve ser dado à montagem dos retentores:
- Os lábios de vedação não devem ser danificados;
- Deve-se aplicar uma fina camada de graxa sobre a superfície de contato;
- O retentor deve ser colocado paralelo ao plano do flange, perpendicular ao eixo do motor;
- A superfície do eixo deve estar isenta de rebarbas;
- Verificar a correta posição de inserção do retentor;
- Utilizar vedações com as mesmas dimensões e materiais que o origina;
- Atenção para a correta posição de montagem do retentor na tampa do motor.
Motores que apresentem Labirinto Taconite devem ter a vedação lavada com desengraxante a
cada desmontagem do motor, ao montá-lo novamente deve ser preenchido com graxa, sendo a
mesma graxa utilizada na lubrificação dos rolamentos.
Especial cuidado deve ser dado à montagem dos anéis labirintos para que fiquem corretamente
montados sobre o eixo do motor. Não pode haver qualquer atrito entre as partes móveis e
estacionárias.
Obs.: A WEG tem certificado elementos de vedação dos seguintes fornecedores indicados
abaixo.
Fornecedores de V’Ring, W’Ring e O’ring – Microjuntas; Wuxi Yangqian; Agel;
NAK;
Fornecedores de Retentores - Microjuntas; Agel; NAK.
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5.2.8 Vibração
Vibração é um dos ensaios requeridos na norma ABNT NBR IEC 60079-19. A norma de
ensaio de vibração para motor é a NBR IEC 60034-14 – Medição, avaliação e limites de níveis de
vibração, ela se aplica para medições realizadas com o motor em base elástica ou suspensão livre.
Esta norma não se aplica a motores instalados, ou seja, motores acoplados à suas cargas ou
máquinas acionadas. Para medir os níveis de vibração quando o motor está instalado utiliza-se a
norma ISO 10816-3.
Procedimento:
Deve-se ligar o motor em vazio na sua tensão e frequência nominais;
Ensaio deve ser realizado com o motor desacoplado a qualquer carga e com a carcaça aterrada;
Canal de chaveta preenchido com meia chaveta ou de acordo com as especificações do
fabricante, isto visa não introduzir no sistema uma massa residual de desbalanceamento;
Motor de várias velocidades deve ser ensaiado em todas as velocidades nominais de operação;
A deformação elástica mínima do suporte atendendo aos valores do gráfico abaixo:
Figura 19: Deformação mínima de bases elásticas e suspensão livre em função da rotação mecânica conforme
norma NBR IEC 60034-14
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As medições devem ser feitas sobre os pontos mais próximos dos mancais (tampas), em três
direções perpendiculares no mancal dianteiro e duas direções perpendiculares no mancal traseiro.
O acelerômetro deve ser montado sobre a base de modo a permitir o perfeito contato com a
superfície. A superfície do ponto deve estar isenta de graxa, sujeira, rebarbas, etc, de modo a não
influenciar o valor medido. A massa do acelerômetro não deve ser superior a 1/50 da massa do
motor que será ensaiado e o acelerômetro deve ser compatível com a grandeza que será avaliada
(deslocamento, velocidade ou aceleração) e faixa de frequência a ser medida.
5.2.9 Pintura
Os motores podem ser pintados internamente de forma prevenir a ocorrência de oxidação
das partes metalicas internas do motor, esta pintura, conhecida na WEG como pintura
“tropicalizada”, é uma tinta epóxi WEGTERM HPI 363 VERDE 54280.
Este pintura pode ser aplicada nas partes internas ao motor com exceção:
Nos interstícios;
Assentos de rolamentos no eixo e cubo do rolamento na tampa;
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Encaixes de tampas e encaixes de anéis de fixação.
Atenção deve ser dada a pintura externa do motor com relação a sua espessura de camada,
pois a norma ABNT NBR IEC 60079-0 – Requisitos gerais - define limites de camadas de
materiais não metálicos externos ao motor de acordo com o grupo dos gases. Este requisito visa
evitar o risco de ignição devido a acumulo de carga eletrostática. A tabela abaixo indica os limites
normalizados.
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operação. Para motores com o tipo de proteção “Ex d” o aumento do entre ferro pode possibilitar a
introdução do fenômeno de pré-compressão no interior do invólucro, fato que pode colocar em
risco a integridade do motor caso uma explosão ocorra internamente.
Componentes como tampa de caixa de ligação, caixa de ligação e tampas, além de terem como
função de proteção contra a entrada de contaminantes sólidos e líquidos para o interior do motor,
são itens de segurança, ao se verificar alguma irregularidade que não possa ser corrigida estes
componentes devem ser substituídos.
A WEG não recomenda a aplicação de qualquer tipo de material que não esteja previsto no
certificado de conformidade do motor, em caso de dúvidas a WEG deverá ser consultada.
Alguns motores à Prova de Explosão são providos de dreno roscado para drenar possível
condensado do interior do motor. Este dreno é importante para a manutenção do tipo de proteção e
deve ser reinstalado sempre que retirado.
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Limpar a superfície sem deixar resíduos ou manchas.
O Lumomoly PT/4 - Molycote também é utilizado nos motores cujo índice de proteção é
superior ao IP55 conforme identificado no anexo 5.
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5.4.2 Aplicação de Resina Epóxi para Motores Industrial
A colocação da resina epóxi na saída dos cabos de ligação visa minimizar o efeito da pré-
compressão na região da caixa de ligação. Aplica-se em motores das carcaças IEC/ABNT 90 à
355M/L conforme procedimento:
Equipamentos e Materiais:
- Balança;
- Recipiente para Mistura;
- Espuma;
- Resina Epóxi parte A e B;
Preparação da mistura:
Devem ser pesadas iguais quantidades de resina Parte A e B e proceder a mistura em recipiente
apropriado. Veja o exemplo:
Componentes Peso (gr)
Parte A (Lackterm 1326 A) 250
Parte B (Lackterm 1326 B) 250
Massa Total 500
O recipiente no qual é feita a mistura deve ser limpo, isento de qualquer resíduo para não
prejudicar a mistura;
As superfícies onde será aplicada a resina devem estar limpas, isentas de qualquer sujeira;
Posicionar a carcaça de modo que a saída dos cabos de ligação fique para cima, conforme
exemplo da figura 23;
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Vedar com espuma auto-extinqüivel o fundo da passagem dos cabos de ligação, mantendo os
cabos igualmente afastados entre si, ver figura 24. A espuma visa impedir a penetração da
resina para o interior do motor ao formar uma barreira;
Aplicar a resina epóxi de forma preencher a passagem dos cabos, conforme abaixo.
Após aplicar a resina epóxi, ainda com a resina não curada, deve-se girar os cabos, um por um,
em movimentos circulares, conforme abaixo. Este movimento melhora a aderência da massa
epóxi sobre a superfície do cabo, evitando a formação de bolhas de ar e promovendo perfeita
vedação entre os cabos e a resina;
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A cura da resina ocorre após 3 horas. Somente pode-se prosseguir com a montagem do motor,
quando a resina estiver rígida. A colocação do motor no interior da estufa, em temperatura de
até 100°C auxilia no processo de secagem da resina;
Após a cura, deve-se certificar-se que a junta de passagem de esteja limpa, qualquer resíduo de
resina sobre a junta deve ser removida com cuidado especial e atenção para não riscá-la;
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Motores industriais com sistema de freio (moto freio) não utilizam resina epóxi na
passagem dos cabos como demostrado no item 5.4.2 deste documento. Para esta linha de motor se
utiliza uma base intermediária entre a caixa de ligação e a carcaça onde nesta base são montados o
sistema de passagem dos cabos conhecido como “Bushing line”.
Figura 28: Base intermediaria e o “Bushing line” em motor “Ex d” com freio
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Conectar o chicote Bushing line com as mãos conforme Figura abaixo;
Aplicar cola ALMAFIX 241 na rosca do “Bushing line” conforme Figura abaixo;
Fixar “Bushing line” na base com auxílio de uma chave tipo cachimbo, parafusar até o final
da rosca
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5.4.5 Montagem do motor “Ex d”
Montar as tampas cuidadosamente, com auxílio de martelo de borracha. De maneira alguma
deve ser utilizado martelo de metal.
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Tabela 13: Torque de aperto dos parafusos com juntas rígidas para motores “Ex d”.
Verificar, com calibrador de folga (espião), se a folga entre a caixa de ligação e a sua tampa
não excede 0,05mm (requisito para aceitação do equipamento). Caso a medição seja realizada em
apenas uma face usinada (outro componente não disponibilizado pelo cliente) o procedimento de
medição deve ser realizado com calibre de folga e uma regua de fio. Nesse caso o valor limite será
a metade do valor, 0.025mm.
Recomenda-se que após montado o motor, gire-se o eixo com a mão a fim de verificar alguma
possível anormalidade.
Os elementos de fixação, parafuso e hastes, possuem classe de resistência especifica conforme
a seguir:
Motores da linha “Bomba de combustível” nas carcaças 56 e 61
Porca 5/16” - aço com classe de resistência 5.6
Parafusos da tampa da caixa de ligação M6 - aço com classe de resistência 5.6
Hastes fixação das tampas 5/16” – aço com classe de resistência 4.8
Parafuso fixação do cotovelo de saída dos cabos - aço com classe de
resistência 5.6
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Motores da linha industrial nas carcaças 90 a 355 com e sem freio
Para o mercado Brasil estão certificados o uso de 4 tipos de parafusos conforme tabela abaixo:
O parafuso padrão é a classe 12.9 (Aço Carbono). Entretanto, os outros tipos em Aço Inox
estão disponíveis para uso em aplicações mais severas, onde há maior possibilidade de corrosão.
Recomenda-se manter os parafusos originais especificados para o motor.
5.5 Instruções Específicas para o Tipo de Proteção “Ex e”, “Ex n” e “Ex t”
Os tipos de proteção segurança aumentada, não acendível e a prova de poeira combustível,
possuem requisito normativo que define seu índice de proteção (IP-XX) mínimo. Atenção deve ser
dada para que durante o reparo do motor o mesmo seja montado de forma a atender o grau de
proteção descrito na placa de identificação.
A tabela a seguir mostra os detalhes construtivos a serem utilizados nos motores para estes
tipos de proteção de acordo com seu grau de proteção.
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6 Serviços Autorizados e Não Autorizados em motores Ex
A Tabela 15 abaixo mostra quais serviços podem, ou não, serem executados em produtos
certificados para trabalhar em área de risco, de acordo com todos os aspectos técnicos que
envolvem este tipo de motor.
Se alguma dúvida existir, deve-se contatar a WEG para esclarecimentos antes de iniciar os
trabalhos.
Não
Item Descrição dos trabalhos Permitido
permitido
01 Balanceamento do rotor completo X
02 Substituição do rotor completo X
03 Substituição do pacote do rotor X
04 Rebobinar o estator 1 X
05 Substituição do eixo X
06 Balanceamento do ventilador X
07 Substituição do ventilador X
08 Substituição e alteração no pacote do estator (comprimento, X
embaralhamento)
09 Substituição dos rolamentos X
10 Substituição da pintura X
11 Alteração de cor da pintura X
12 Substituição de tampas X
13 Troca do rolamento e sistema de vedação 2 X
14 Alteração do índice de proteção (IP) 2 X
15 Substituição da caixa de ligação X
16 Substituição dos terminais do cabo X
17 Substituição da placa de identificação X
18 Substituição da graxa do rolamento X
19 Alteração da forma construtiva X
20 Substituição de material isolante 3 X
21 Substituição de componentes auxiliares (PTC, PT100 e X
Resistência de aquecimento)
22 Substituição de parafusos 4 X
23 Instalar chapéu na tampa defletora X
24 Inclusão e/ou substituição do sistema de lubrificação 5 X
25 Adicionar componentes auxiliares (PTC, PT100 e Resistência de X
aquecimento) 6
26 Usinagem do rotor X
27 Recuperação por processos de soldagem, metalização, usinagem
e embuchamento dos componentes: tampas, eixo, rotor, carcaça, X
caixa de ligação, anéis
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28 Instalação de caixa de ligação auxiliar 7 X
29 Substituição da carcaça do motor 8 X
30 Realizar ou alterar rosca para os cabos na caixa de ligação 9 X
Tabela 15: Execução de serviços em Motores: Ex d; Ex n; Ex e; Ex tD
Notas:
1. O serviço de rebobinamento deve garantir que sejam mantidos os dados originais do motor.
Somente é permitido alteração de tensão para tensões previstas no certificado do motor. Os
motores “Ex e” que necessitam ser rebobinados deverão retornar a WEG;
2. O sistema de vedação do motor entre eixo e tampa/anéis pode ser trocado para fins de
alteração do índice de proteção do motor (desde que o novo índice esteja previsto no
certificado do motor) ou por reposição de componentes danificados;
3. Eventualmente um material isolante de classe térmica superior pode ser utilizado,
entretanto isto não pode ser considerado para alterações da condição térmica do motor;
4. Parafusos podem ser substituídos por parafusos de mesma classe de resistência;
5. Pode ser incluído e/ou substituído o sistema de lubrificação nos motores Ex "d" da carcaça
132 a 200, através da intercambiabilidade das peças (anéis e tampas). Para os demais tipos
de proteção esta alteração pode ser realizada a partir da carcaça 90;
6. Acessórios podem ser adicionados desde que previsto no documento de certificação;
7. Somente para os motores: Ex "e"; Ex "n" e Ex "tD";
8. O serviço de troca de carcaça deve garantir que sejam mantidos as concentricidades entre o
estator e os encaixes das tampas, isto visa garantir o entre ferro entre o rotor e o estator de
forma a manter o entre ferro mínimo definido por normas. Desta forma os motores que
necessitam trocar a carcaça deverão retornar para WEG;
9. Consultar a WEG.
As Partes e Peças dos produtos especificados às áreas de risco devem ser adquiridas
diretamente com a WEG Motores, para uso em consertos, podendo ser comercializadas pela
CONTRATADA, a outros Assistentes Técnicos Autorizados credenciados para este fim, devendo
para isto, verificar junto à WEG Motores o real credenciamento da outra parte.
A venda direta ao consumidor (pessoa física ou jurídica) de qualquer componente de motores
para atmosfera explosiva é estritamente proibida. Caso o motor não possa ser retirado de seu local
de trabalho o Assistente Técnico poderá realizar o trabalho em campo desde que acordado
previamente com o cliente, pois os custos de mão-de-obra e transporte correm por conta do dele.
A não observação deste fato rescindirá imediatamente o contrato de prestação de serviços de
Assistência Técnica, com os custos de eventuais perdas e danos de responsabilidade única da
CONTRATADA.
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8. Histórico de Atualizações
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Anexo 1
Motores “Ex d”, com e sem freio, “Ex n” e “Ex t” que operam com variação de velocidade, o
inversor possui as seguintes características:
Característica operacional: PWM;
Faixa de frequência: conforme certificado;
Frequência de chaveamento: conforme certificado;
Tipo de controle: Vetorial.
Motor que pode operar acionado por inversor de frequência é identificado com a letra “X” ao final
do número de seu certificado. O certificado, além de descrever as características do inversor,
informa que o usuário é responsável por ligar o sensor de temperatura instalado no motor a um
dispositivo adicional que garanta a proteção térmica do motor. Ou seja, motor acionado por
inversor tem que ter protetor térmico instalado. O dispositivo de proteção térmica deve ser
instalado e ajustado conforme a característica do protetor térmico e deve estar em conformidade
com a norma de instalação ABNT NBR IEC 60079-14.
Motores acionados por inversor de frequência nas carcaças IEC 315 e 355, devem possuir um
mancal isolado.
Motores que operam com inversor devem obedecer a curva de derating descrito no seu
certificado, isto visa atender a classe de temperatura para o qual o motor foi projetado.
Obs.: Os motores que possuem placa contendo certificado emitido pelo CEPEL não estão aptos a
operar com inversor de freqüência.
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Anexo 2
Loop- Test
Objetivo
Descrever de forma simples, equalizando as informações a respeito do teste capaz de
detectar pontos quentes, nos estatores de motores elétricos.
Ponto Quente
Caso o isolamento elétrico existente entre as lâminas do estator seja danificado em
algum ponto (devido a um curto-circuito dentro da ranhura, por exemplo), ocorrerá um
aumento muito grande das correntes parasitas naquele ponto, provocando um
superaquecimento. Ou seja, aparecerá um ponto quente no núcleo de chapas. Se um motor
que apresenta ponto quente for rebobinado, quando estiver operando com carga irá
apresentar aquecimento anormal da carcaça, podendo sobreaquecer também os rolamentos
(devido a maior dificuldade em dissipar seu calor). Como consequência, em pouco tempo
poderá ocorrer falha do rolamento e/ou nova queima do motor. Saliente-se que o ponto
quente irá sobreaquecer o motor praticamente sem aumentar a corrente, e nesse caso o relé
térmico não protegerá o motor.
Loop-Test
O loop-test deve ser feito sempre que um motor queimado apresentar características
de possível danificação do isolamento entre lâminas do estator. Como exemplos dessas
características, podemos citar:
- Curto-circuito dentro da ranhura ou na saída da ranhura, provocado por falha do material
isolante;
- Curto-circuito dentro da ranhura, provocado pelo arraste do rotor;
- Marcas de arraste do rotor no estator, mesmo que o arraste não tenha provocado curto-
circuito dentro da ranhura;
- Sobrecarga violenta, provocando carbonização do material isolante.
Procedimento
O loop-test consiste em se criar um campo magnético no núcleo de chapas, mediante
a aplicação de tensão em um solenóide conforme visto na figura 1. Para o cálculo do
número de espiras e da bitola do fio para a montagem do solenóide, deve-se observar as
figuras 1 e 2 e aplicar as equações abaixo:
Z = 375.000 x U (Espiras) D1 = Di + 2hn1 (mm)
f x (De – D1) x L
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f x Z2 x L x (De – D1)
Simbologia
Observações
- A figura 1 não mostra a carcaça, somente para simplificar o desenho. O teste é feito com o
núcleo dentro da carcaça;
- O loop-test deverá ser feito com o estator limpo, isto é, sem o bobinado queimado:
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Anexo 3
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Desenhos em corte de “Ex d” (com freio)
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Tampa Traseira:
Tampa traseira “Ex d” sem freio Tampa traseira “Ex d” com freio
Existem 4 parafusos que fixam a tampa traseira na carcaça do motor e são 4 parafusos que
fixam a sobre tampa do freio na carcaça do motor.
Furos foram adicionados para fixação do freio na tampa traseira e para o “Bushing line” de
passagem dos calos de ligação do freio.
Furos roscados
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Desenhos em corte de “Ex d” Motor “Bomba de Combustível
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ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
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Desenho em corte de motores “Ex e”, “Ex n”, “Ex t” (W21)
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Desenho em corte de motores “Ex n”(HGF)
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Anexo 4
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Tabela: Distância entre encosto de rolamentos para linha W21
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Dimensional de Passagem de Chama no Encaixe Entre Carcaça e Tampa
para Motor “Ex d” na Carcaça 90 a 355
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Dimensional de Passagem de Chama no Anel de Fixação e Eixo
para Motor “Ex d” na Carcaça 90 a 200
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Dimensional de Passagem de Chama no Anel de Fixação e Eixo
para Motor “Ex d” na Carcaça 225 a 355
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Dimensional de Passagem de Chama da Tampa Traseira e Tampa do Freio e Eixo
para Motor “Ex d” com Freio na Carcaça IEC 90 a 200
67
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Dimensional de Passagem de Chama na Caixa de Ligação
Para Motores Industriais “Ex d”
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Aplicar a massa epóxi sobre a espuma auto-extinguível e na superfície mostrada nas duas figuras
anteriores, observando as seguintes dimensões mínimas para cota “X”:
X
CARCAÇAS (mm)
IEC
90 27
100 33
112 38
132 43
160 45
180 50
200 50
225 e 250 64
280 e 315 71
355 80
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Detalhe da caixa de ligação das carcaças IEC 160 a 200 “Ex d” com freio
Detalhe das passagens de chama na caixa de ligação das carcaças IEC 160 a 200 “Ex d” com freio
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Dimensões Mínimas
Carcaça
Z1 Z2 Z3 W1 W2
90 12 12,5 8 18 22,5
100 12 12,5 8 18 22,5
112 13 12,5 8 18 21
132 13 12,5 8 18 21
160 14 12,75 8,7 20 18
180 14 12,75 8,7 20 18
200 14 13,5 8,7 20 18
Dimensões Mínimas
Carcaça
ω1 ω2 ω3 W1 W2
90 12 12,5 9 18 22,5
100 12 12,5 9 18 22,5
112 13 12,5 9 18 21
132 13 12,5 9 18 21
160 14 12,75 9 20 18
180 14 12,75 9 20 18
200 14 13,5 9 20 18
225 18.5 12,5 11,5 22,5 30
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250 18.5 12,5 11,5 22,5 30
280 17 12,5 11,5 22,5 29
315 17 14 11,5 22,5 30
355 13 14 13 22,5 30
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Detalhe da caixa de ligação das carcaças EXT 56 e EXM 56
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Detalhe da saída dos cabos na tampa traseira nas carcaças EXT/EXM 56 e 61
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Detalhe das juntas de passagem de chama nas carcaças EXT/EXM 56
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Anexo 5
Pontos de aplicação:
1 – Nos encaixes da carcaça;
2 – Na parte superior da caixa de ligação;
3 – Base de fixação da caixa de ligação na carcaça;
4 – Parafusos de fixação de labirinto laconite quando este for montado no motor.
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ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
MANUAL DE REPARO, REVISÃO E RECUPERAÇÃO
MOTORES ELÉTRICOS
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