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Manual de Reparo,

Revisão e
Recuperação de
Motores Elétricos
para Atmosferas
Explosivas

WEG Equipamentos Elétricos S.A.


Assistência Técnica – Edição Março 2011

Revisão 02/2015
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
MANUAL DE REPARO, REVISÃO E RECUPERAÇÃO
MOTORES ELÉTRICOS
ÍNDICE
1. Objetivo ................................................................................................................. 4
2. Introdução.............................................................................................................. 4
3. Conceitos Gerais ..................................................................................................... 5
3.1 Definições .......................................................................................................................... 5
3.1.1 Área classificada .......................................................................................................... 5
3.1.2 Atmosfera Explosiva .................................................................................................... 5
3.1.3 Explosão ..................................................................................................................... 5
3.2 Elementos Necessários para Gerar a Explosão ..................................................................... 6
3.3 Caracteristica da Substância inflamável ............................................................................... 6
3.3.1 Ponto de Fulgor ............................................................................................................ 6
3.3.2 Líquido Inflamável ....................................................................................................... 7
3.3.3 Líquido Combustível .................................................................................................... 7
3.3.4 Densidade Relativa ....................................................................................................... 7
3.3.5 Ponto de Ignição:.......................................................................................................... 8
3.3.6 Limite de Inflamabilidade:............................................................................................ 8
3.3.6.1 Limite Inferior de Inflamabilidade (LII): ................................................................... 8
3.3.6.2 Limite Superior de Inflamabilidade (LSI): ................................................................. 8
3.4 Classificação de Áreas ........................................................................................................ 9
3.5 Classes de Temperatura ......................................................................................................12
3.6 Índice de Proteção ..............................................................................................................12
4.Tipos de Proteção .................................................................................................. 13
4.1 Geral ..................................................................................................................................13
4.2 Tipo de Proteção “d” - Motores à Prova de Explosão (Ex d) ...............................................14
4.2.1 Interstício Máximo Experimental Seguro - MESG .......................................................14
4.2.2 Ensaio de Pressão Hidrostático ....................................................................................16
4.2.3 Linhas de Motores “Ex d” ...........................................................................................16
4.3 Tipo de Proteção “e” - Motores de Segurança Aumentada (Ex e) .......................................17
4.3.1 Medidas Construtivas para Motores Elétricos de Segurança Aumentada ......................18
4.3.2 Tempo “tE” ..................................................................................................................18
4.3.3 Linha de Motor “Ex e” ................................................................................................19
4.4 Tipo de Proteção “n” - Motores Não Acendíveis (Ex n) ......................................................20
4.4.1 Medidas Construtivas para Motores Não Acendíveis ...................................................20
4.4.2 Linha de Motores “Ex n” .............................................................................................20
4.5 Tipo de Proteção “t” - Motores à Prova de Ignição de Poeira por Invólucro (Ex t) ..............21
4.5.1 Medidas Construtivas para Motores “Ex t” ................................................................ 201
4.5.2 Linha de Motor “Ex t” (DIP): ......................................................................................21
4.6 Nível de Proteção do Equipamento - EPL......................................................................... 221

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MOTORES ELÉTRICOS
5. Instruções de Serviços .......................................................................................... 22
5.1 Instruções Gerais - Elétrica.................................................................................................23
5.1.1 Remoção da Bobinagem do Motor...............................................................................23
5.1.2 Ensaio de “Fluxo” no Estator do Motor (Loop Test) ....................................................24
5.1.3 Isolamento do Motor ...................................................................................................24
5.1.4 Bobinagem do Motor...................................................................................................24
5.1.5 Sensores de temperatura no Bobinado .........................................................................24
5.1.6 Ensaios Elétricos após Rebobinagem do Motor ...........................................................26
5.2 Instruções Gerais - Mecânica..............................................................................................27
5.2.1 Eixo ............................................................................................................................28
5.2.2 Tampas........................................................................................................................28
5.2.3 Carcaças ......................................................................................................................29
5.2.4 Valores Dimensionais .................................................................................................29
5.2.5 Avaliação do Batimento Radial da Polia ......................................................................29
5.2.6 Avaliação da Concentricidade e Perpendicularidade entre Eixo e Flange .....................30
5.2.7 Vedações, Rolamentos e Lubrificação .........................................................................32
5.2.8 Vibração ......................................................................................................................34
5.2.9 Pintura.........................................................................................................................34
5.3 Recomendações Gerais ......................................................................................................36
5.4 Instruções Específicas para o Tipo de Proteção “d” – À Prova de Explosão ........................36
5.4.1 Juntas à prova de explosão .......................................................................................37
5.4.2 Aplicação de Resina Epóxi para Motores Industrial ................................................39
5.4.3 Montagem de Prensa Cabo em Motor “Bomba de Combustível” .............................44
5.4.4 Montagem de “Bushing Line” em Motor Motor Freio”Ex d” ...................................44
5.4.5 Montagem de Motor ”Ex d”.....................................................................................44
5.5 Instruções Específicas para o Tipo de Proteção “Ex e”, “Ex n” e “Ex t” .............................45
6 Serviços Autorizados e Não Autorizados em motores Ex ........................................... 46
7. Fornecimento de Partes e Peças............................................................................. 48
8. Histórico de Atualizaões ......................................................................................... 48

Anexo 1.................................................................................................................... 50
Anexo 2.................................................................................................................... 51
Anexo 3.................................................................................................................... 53
Anexo 4.................................................................................................................... 62
Anexo 5.................................................................................................................... 77

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MANUAL DE REPARO, REVISÃO E RECUPERAÇÃO
MOTORES ELÉTRICOS

1. Objetivo

O objetivo deste Manual é fornecer informações aos Assistentes Técnicos para realizarem
serviço de reparo, revisão e recuperação de motores elétricos WEG, projetados para operar em
atmosferas explosivas, o presente documento em concordância com a norma ABNT NBR IEC
60079-19 – Reparo, revisão e recuperação de equipamento para atmosferas explosivas, e demais
normas relevantes do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - SBAC.

2. Introdução

Quando um motor elétrico é instalado onde pode haver concentração ou quantidade perigosa
de gases, vapores ou poeiras inflamáveis, medidas adicionais devem ser adotadas a fim de evitar a
ignição desta atmosfera. Deste modo, a temperatura máxima das superfícies do equipamento
quando em operação deve estar abaixo dos valores especificados para aquele ambiente e arcos e
faíscas devem ser evitados.
Os motores elétricos para atmosferas explosivas são desenvolvidos para operar em ambientes
onde são manuseados, estocados ou processados produtos inflamáveis, de modo que sua operação
não cause ignição da mistura explosiva. Estes motores elétricos possuem características e detalhes
que o diferenciam de um motor elétrico para uso industrial geral.
A WEG tem grande experiência em motores elétricos aplicados em áreas classificadas, sendo
um dos maiores fabricante mundiais deste tipo de equipamento.
Todos os motores elétricos são produzidos dentro dos mais rígidos padrões de qualidade, sendo
aprovados e certificados por várias entidades nacionais e internacionais. Estes motores elétricos
são aplicados em companhias de gás, refinarias de petróleo, plantas químicas, tendo o alto nível de
confiabilidade de suas características.
Neste Manual, você encontrará detalhes e dados sobre os motores à Prova de Explosão,
Segurança Aumentada, Não-Acendível e Proteção por Invólucro Contra Ignição de Poeira por
Invólucro, além de conhecer os serviços que podem ou não ser executados nos mesmos. Apesar de
existirem outros tipos de proteção de motores elétricos para operarem em áreas classificadas,

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somente fazem parte deste Manual os motores fabricados pela WEG Unidade Motores e que
possuem certificação no mercado brasileiro.
Partes relevantes das normas de fabricação, segurança, instalação e manutenção para motores
elétricos desenvolvidos para atmosfera explosiva, pertinentes ao mercado brasileiro, também
fazem parte deste Manual. Informações adicionais não disponíveis neste, podem ser solicitadas à
WEG.
O Assistente Técnico deve estar ciente de sua responsabilidade ao executar um serviço de
reparo, revisão e recuperação em motores elétricos para atmosfera explosiva, pois serviços
inadequados ou realizados de maneira incorreta podem acarretar em uma explosão
indesejada tendo como consequência danos ao patrimônio e lesões graves ou mesmo colocar
em risco vidas humanas. Desta forma o serviço deve ser executado em conformidade com a
legislação nacional, por pessoal qualificado e de modo a garantir a integridade do motor
elétrico bem como a segurança da planta e de pessoas.

3. Conceitos Gerais

3.1 Definições
3.1.1 – Área Classificada
Área na qual uma atmosfera explosiva está presente, ou pode ser esperada estar presente em
quantidade que requeira precauções especiais para construção, instalação e uso de equipamento
elétrico. (fonte: IEC 60050 – 426:2008)

3.1.2 – Atmosfera Explosiva


Mistura com ar, sob condições atmosféricas, de uma substancia inflamável na forma de gás,
vapor, poeira, fibras ou partículas suspensas, na qual, após ignição permite auto-sustentação de
propagação. (fonte: NBR IEC 60079-0)

3.1.3 – Explosão
Defini-se explosão quando a combustão quase que instantânea de uma massa de gases/vapores
ou poeiras, seguida de uma onda de pressão proveniente da deflagração e acompanhada de um
forte ruído. A velocidade de combustão para vapores de petróleo pode atingir 25 m/s.

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3.2 Elementos Necessários para Gerar a Explosão
Para que se inicie uma explosão, três elementos são necessários e precisam estar juntos:
 Combustível;
 Comburente (oxigênio do ar);
 Fonte de Ignição (calor ou faísca).
A ausência de qualquer um dos elementos acima garante que não ocorrerá explosão.

Figura 1: Triângulo de Explosão

3.3 Características da Substância Inflamável

3.3.1 Ponto de Fulgor


É a menor temperatura na qual um líquido libera vapor em quantidade suficiente para formar
uma mistura inflamável.

Figura 2 – Desprendimento de vapores para uma mesma substância em diferentes temperaturas

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3.3.2 Líquido Inflamável
Líquidos inflamáveis são aqueles que têm ponto de fulgor inferior a 70 °C e pressão de
vapor que não exceda 2,8 kg/cm² absoluta a 37,7ºC.
Exemplos: - Gasolina = - 38°C
- Álcool Anidro = 12ºC
- Querosene = 37°C

3.3.3 Líquido Combustível


Líquidos combustíveis são aqueles que têm ponto de fulgor igual ou superior a 70ºC e
inferior a 93,3ºC.
Exemplos: - Ácido acético = 40°C
- Amilmetilcetona = 49ºC
- Óleo BPF = 90°C

3.3.4 Densidade Relativa


Tomando como base a densidade do ar igual a 1, definimos a densidade relativa de gases e
vapores como sendo o peso destes em relação ao ar.

Figura 3 - Comportamento de vapores com densidades superior e inferior a 1

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3.3.5 Ponto de Ignição:


É a temperatura mínima na qual ocorre uma combustão, sem que uma chama ou faísca
esteja presente. Também é chamada de temperatura de auto-ignição. .
Exemplos: - Propano = 470 °C
- Acetileno = 305 ºC
- Hidrogênio = 560 °C
- Pó de Alumínio = 590 °C
- Amido = 345 °C
- Pó de Zinco = 460 °C

3.3.6 Limite de Inflamabilidade:


Defini a relação volumétrica de oxigênio e substância inflamável dentro de uma faixa de
inflamabilidade.

3.3.6.1 Limite Inferior de Inflamabilidade (LII):


É quando temos muito oxigênio e pouca substância inflamável, nesta condição a mistura ainda
não é inflamável e é dita MISTURA POBRE.

3.3.6.2 Limite Superior de Inflamabilidade (LSI):


É quando temos pouco oxigênio e muita substância inflamável, nesta condição a mistura não é
mais inflamável e é dita MISTURA RICA.

Exemplos de limites de inflamabilidade:

LII = 5% do volume
- Metano
LSI = 15% do volume

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LII = 4% do volume
- Hidrogênio
LSI = 77% do volume

Figura 4 - Limites superior e inferior de inflamabilidade

3.4 Classificação de Área

Conforme as normas NBR/IEC os ambientes são definidos por Grupos:


a) Grupo I – são equipamentos destinados a trabalhos subterrâneos em minas;
b) Grupo II – são equipamentos fabricados para operação em indústrias de superfície, sendo
subdividido em IIA, IIB, e IIC.
b.1) Grupo IIA (Grupo do Propano) – Gás inflamável, vapores produzidos por líquidos
inflamáveis/combustíveis provenientes de: acetona, amônia, benzeno, butano, butanol, álcool
butílico, etano, etanol, acetato de etil, gasolina, heptanos, hexanos, gás natural, metanol, nafta de
petróleo, propano, propanol, tolueno, estireno, solventes em geral.

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b.2) Grupo IIB (Grupo do Eteno)– Gás inflamável, vapores produzidos por líquidos
inflamáveis/combustíveis provenientes de: ciclopropano, éter etílico, etileno, ou gases e vapores de
risco equivalente.
b.3) Grupo IIC (Grupo do Hidrogênio)– Gás inflamável, vapores produzidos por líquidos
inflamáveis/combustíveis provenientes de: hidrogênio, acetileno e dissulfeto de carbono.
c) Grupo III – Grupo de fibras e poeiras para equipamentos fabricados para operação em
indústrias de superfície, sendo subdividido em IIIA, IIIB, e IIIC.
c.1) Grupo IIIA – Presença de poeiras e fibras (partículas maiores que 500 µm) combustíveis
em suspensão;
c.2) Grupo IIIB – Presença de poeiras não condutivas (resistividade elétrica maior a 103 Ω.m);
c.3) Grupo IIIC – Presença de poeiras condutivas (resistividade elétrica menor ou igual a 103
Ω.m).

De acordo com normas ABNT/IEC denomina-se o grau de risco encontrado em um local como
Zona, são:
a) Zona 0: local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é contínua, ou existe por
longos períodos (risco presente ˃ 1.000 horas por ano);
b) Zona 1: local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é provável de ocorrer em
condições normais de operação do equipamento (risco presente ˃ 10 horas mas ˂ 1.000
horas por ano);
c) Zona 2: local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é pouco provável de
acontecer e se acontecer é por curtos períodos, estando associado à operação normal do
equipamento (risco presente ˂ 10 horas por ano);

d) Zona 20: equivalente a Zona 0 porem com presença de poeiras e fibras;


e) Zona 21: equivalente a Zona 1 porem com presença de poeiras e fibras;
f) Zona 22: equivalente a Zona 2 porem com presença de poeiras e fibras.

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Figura 5 – Conceito de classificação de zonas

Tabela 1 - Relação entre norma Norte Americana (NEC/API) e norma Brasileira (ABNT/IEC):
Ocorrência da mistura inflamável
Normas
Contínua Ocorre em operação normal Ocorre em operação anormal
ABNT/IEC Zona 0 ou 20 Zona 1 ou 21 Zona 2 ou 22
NEC/API Divisão 1 Divisão 2

Normas Correlação dos gases


ABNT/IEC II C II C II B II A
NEC/API Classe I Gr A Classe I Gr B Classe I Gr C Classe I Gr D

Normas Correlação de poeiras e fibras


ABNT/IEC III C III B III B III A
NEC/API Classe II Gr E Classe II Gr F Classe II Gr G Classe III
Tabela 1: Comparação entre normalizações NEC/API e ABNT/IEC

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3.5 Classes de Temperatura

A mínima temperatura que causa a combustão de uma substância inflamável é chamada de


temperatura de ignição. Para evitar a ignição de uma substância inflamável, as superfícies dos
motores devem apresentar temperatura sempre abaixo da temperatura de ignição da substância
inflamável. A temperatura de superfície interna e externa do equipamento elétrico é um critério a
ser observado para o projeto e uso dos motores, assim, um motor para operar em ambiente de gás e
vapor é classificado em classes de temperatura conforme Tabela 2.
TEMPERATURA
CLASSES DE
DE IGNIÇÃO DA
TEMPERATURA TEMPERATURA MÁXIMA DE
ATMOSFERA
SUPERFÍCIE (ºC)
IEC/ABNT EXPLOSIVA (ºC)
T1 450 >450
T2 300 >300
T3 200 >200
T4 135 >135
T5 100 >100
T6 85 >85
Tabela 2: Classes de temperatura para gases e vapores
Os motores que operaram em ambientes com presença de poeiras e fibras tem sua classe de
temperatura definida pelo valor da temperatura sendo esta gravada na placa de identificação do
motor como sendo o próprio valor da temperatura.

3.6 Índice de Proteção (IP)

Índice de Proteção são medidas aplicadas ao invólucro de um equipamento elétrico, visando:


• Proteção de pessoas contra o contato a partes energizadas sem isolamento; contra o contato
as partes móveis no interior do invólucro e proteção contra a entrada de corpos estranhos;
• Proteção do equipamento contra o ingresso de água e poeira em seu interior.
Os motores são designados por uma simbologia que é composta de uma sigla “IP”, seguido de dois
dígitos, que classificam o grau de proteção do motor.

IP-XX
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As normas de fabricação de equipamentos aplicados em atmosferas explosivas definem IP
mínimos que os equipamentos “Ex” devem ter. Isto deve-se ao fato de que o índice de proteção,
para alguns tipos de proteção, tem impacto direto no principio de proteção do equipamento.
Neste documento estão as instruções específicas com relação ao índice de proteção para
que o motor após reparado ou revisado esteja apto a operar em um local de risco de explosão.

4.Tipos de Proteção

4.1 Geral

Como vimos anteriormente, para que tenhamos um incêndio ou explosão é necessário termos a
presença de três elementos: um produto inflamável, ar (rico em oxigênio) e uma fonte de ignição.
Essa fonte de ignição pode ser ocasionada por um centelhamento ou devido à presença de uma
superfície com temperatura suficiente para causar a ignição da substancia inflamável.
As máquinas elétricas girantes, por sua própria natureza, podem constituir-se em uma fonte de
ignição, seja por centelhamento ou por calor, quando operando em uma área classificada, assim, os
motores devem possuir características inerentes que os tornam capazes de operar em atmosferas
potencialmente explosivas de forma segura. Desta forma tornou-se necessário o desenvolvimento
de técnicas de proteção de modo que medidas construtivas são aplicadas as máquinas elétricas
girantes de forma minimizar o risco de ser o motor uma fonte de ignição.
Os tipos de proteção para aplicação em atmosferas potencialmente explosivas variam em
função das técnicas construtivas que são incorporadas ao equipamento. Sendo que para cada tipo
de proteção é atribuída uma simbologia, sendo a seguinte: a sigla Ex, seguida de uma letra
minúscula indicando os vários tipos de proteção previstos por normas técnicas. A tabela 3 indica
os tipos de proteções e suas nomenclaturas.
Tipo de proteção Símbolo
À Prova de Explosão Ex d
Segurança Aumentada Ex e
Não Acendível Ex n
À Prova de Ignição de Poeira Ex t
Tabela 3: Tipos de proteção fabricados pela WEG Motores

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Nota: Apesar de existir outros tipos de proteção além dos citados na Tabela 03, nesta apostila
estaremos tratando dos tipos de proteção fabricados pela WEG Unidade Motores e que possuem
certificado no Brasil.

4.2 Tipo de Proteção “d” - Motores à Prova de Explosão (Ex d)


São motores dotados de uma proteção na qual as partes que podem inflamar uma atmosfera
explosiva são confinadas em invólucros que podem suportar a pressão durante uma explosão
interna de uma mistura explosiva sem romper o invólucro e que previne a transmissão da explosão
para a atmosfera explosiva externa ao motor.
O motor elétrico de indução com tipo de proteção “d” não é estanque, ou seja, ele troca ar com
o meio externo. Quando em funcionamento, o motor se aquece e o ar em seu interior fica com uma
pressão maior que a externa (o ar é expelido) Quando o motor é desligado, a pressão interna
diminui, permitindo a entrada de ar (que neste caso está contaminado: oxigênio + combustível). A
proteção “Ex d”, em condições normais de operação, não permitirá que uma eventual explosão
interna se propague ao ambiente externo e nem ocorra o rompimento do invólucro do motor.
A norma de fabricação brasileira para o tipo de proteção “d” é ABNT NBR IEC 60079-1 -
Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas - Parte 1: Invólucro à prova de explosão ”d”.
Este tipo de proteção permite que o motor seja instalado em locais classificados como sendo
Zona 1 e 2.

4.2.1 Interstício Máximo Experimental Seguro - MESG


Como citado anteriormente, os invólucros à prova de explosão não são vedados contra a
entrada de gás. É permitido e esperado que o gás inflamável entre em seu interior onde este em
contato com fonte de ignição (elétrica ou térmica) poderá causar uma explosão em seu interior.
Os invólucros são estruturas reforçadas projetadas e construídas para suportar a pressão
oriunda de uma explosão sem que haja propagação da chama para o ambiente externo ao motor
pelos espaçamentos existentes entre componentes devido ao dimensional mecânico e acabamento
das superfícies serem cuidadosamente controlados. Estes espaçamentos são chamados de
interstícios, ou caminho de passagem de chama.

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Para segurança do sistema, a WEG controla os valores dos interstícios, pois estas são
responsáveis por permitir a passagem dos gases entre o interior e exterior do motor.
Interstícios1 (i) são os espaços existentes nos invólucros a prova de explosão, tais como junção
tampa e carcaça do motor, como a passagem do eixo pela tampa do motor e tudo que possa ter
uma comunicação com o meio externo. Os interstícios devem ser controlados de modo a não
permitir que essa explosão venha a se propagar para o meio externo.

Figura 6 - Invólucro Ex d com junta de comprimento "l" e interstício "i"

Os valores dimensionais da largura “l” e o interstício “i” variam em função do grupo do gás.

Gás / vapor MESG (mm) Grupo de gás

Acetona 1,01 IIA

Propano 0,92 IIA

Éter etílico 0,87 IIB

Etileno 0,65 IIB

Hidrogénio 0,29 IIC

Sulfureto de carbono 0,20 IIC


Tabela 04: Interstício x Comprimento da junta para diferentes gases

As juntas tem seu dimensional definido pela norma de fabricação para o tipo de proteção de
acordo com a aplicação e características do projeto, outro requisito normativo é a rugosidade das
juntas onde o valor máximo não deve exceder a 6,3 µm (Ra).
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Ver no anexo 3 e 4 os locais considerados interstícios para motores “Ex d” linha.

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Na ocorrência de uma explosão no interior do invólucro, existirá uma tendência das partes que
compõe o invólucro do motor, como tampa e carcaça, de se afastarem. Este afastamento deve ser
limitado, pois do contrário, a explosão interna pode ser uma fonte de ignição no meio externo. É
por este motivo que os motores e invólucros de equipamentos a prova de explosão são providos de
uma grande quantidade de parafusos. É de relevante importância que o aperto destes parafusos
devam ser controlados para que este afastamento entre as partes ocorra de forma limitada.

4.2.2 Ensaio de Pressão Hidrostático

As peças que compõem invólucro para motores Ex d são submetidas a ensaios de rotina de
pressão hidrostática, onde é utilizada uma pressão de 1,5 vezes a pressão de referência durante 60
segundos. A pressão de referência é obtida através de um ensaio prático onde uma mistura
explosiva é inflamada no interior do invólucro e o valor de pressão é registrado.
O ensaio de rotina somente é dispensado caso o invólucro suporte uma pressão de 4 vezes a
pressão de referência. Em caso de carcaças com união soldada, mesmo que suporte 4 vezes a
pressão de referência, é necessária a realização do ensaio de rotina com 1,5 vezes a pressão de
referência. Para realização destes ensaios são utilizadas máquinas específicas para este fim.

4.2.3 Linhas de Motores “Ex d”

A WEG possui três (3) principais linhas de motores construídos com o tipo de proteção
“d”. Existe a linha conhecida como “Bomba de Combustível” e duas linhas de motores de uso
industrial em baixa tensão, uma com e outra sem freio. Os motores de uso industrial podem operar
com inversor de frequência desde que atendido os critérios definidos no certificado dos motores.
Detalhes das linhas podem ser obtidos nos catálogos de produtos e/ou nos certificados dos
motores.

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Figura 7 - Motor Ex d Bomba de Combustível

Figura 8- Motor Ex d Figura 9- Motor Ex d com freio

4.3 Tipo de Proteção “e” - Motores de Segurança Aumentada (Ex e)

É o tipo de proteção em que medidas construtivas adicionais são aplicadas aos


equipamentos onde em condições normais de operação não produz arcos, faíscas ou aquecimento
de suficiente para causar ignição da atmosfera explosiva para o qual foi projetado.
Norma brasileira para tipo de proteção “e” é a ABNT NBR IEC 60079-7 - Atmosferas
Explosivas - Parte 7: Proteção de equipamentos por segurança aumentada “e”
Este tipo de proteção permite que o motor seja instalado em locais classificados como
sendo Zona 1 e 2. Importante frisar que o motor “Ex e”, mesmo sendo habilitado a operar em Zona
1, não é um equipamento a prova de explosão, ou seja, o motor “Ex e” não suporta uma explosão
interna. O conceito de segurança do motor “Ex e” se dá pelo fato de que ele não gera, além da
temperatura excessiva, centelhas ou arcos elétricos durante o seu funcionamento normal.

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4.3.1 Medidas Construtivas para Motores Elétricos de Segurança Aumentada
Medidas construtivas são definidas na norma de fabricação para o tipo de proteção “e” de
forma a minimizar a possibilidade de ocorrer arcos, faíscas ou aquecimento de superfície. Dentre
as medidas constritivas normalizadas ressalta-se:
a) Elevação de temperatura de 10 K abaixo da máxima permitida para a classe de isolamento,
na condição de +/- 10 Un;
b) Tempo de desligamento para o dispositivo de proteção - tE ;
c) Grau de proteção mínimo IP54;
d) Ventiladores devem ser feitos de material não centelhante, e quando for fabricado em
material plástico sua resistência superficial não deve ser superior a 1 GΩ;
e) Entre ferro do estator e rotor mínimo conforme polaridade e tamanho do rotor;
f) Componentes da caixa de ligação, bem como os cabos de ligação, firmemente fixados (sem
possibilidade de giros);
g) O invólucro deve ser submetido a ensaio de impacto;
h) As barras do rotor devem ser travadas dentro das ranhuras do rotor;
i) O aterramento externo na carcaça é obrigatório;
j) O aterramento da carcaça deve estar conectado com o aterramento da caixa de ligação;
k) Obrigatório o uso de chapéu em aplicações verticais;
l) A temperatura de qualquer superfície externa ou interna na qual a atmosfera explosiva
tenha acesso não deve exceder a temperatura da classe em condições normais de operação.

4.3.2 Tempo “tE”


Dentre os requisitos normativos para o tipo de proteção “e” destaca-se o tempo tE, trata-se do
tempo necessário para atingir a temperatura limite permitida em serviço normal sob condição de
corrente de partida IA (rotor bloqueado) à temperatura ambiente máxima.
Temperatura Limite: Temperatura máxima admissível para um equipamento elétrico ou parte
dele, igual à menor das duas temperaturas determinadas abaixo:
a) pelo risco de ignição da atmosfera explosiva de gás que o envolve;
b) pela estabilidade térmica dos materiais utilizados na sua construção.

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MOTORES ELÉTRICOS
O dispositivo de proteção deve ser dimensionado para evitar qualquer risco sob todas as
condições de operação, sendo que este deve operar não somente em caso de sobrecarga, mas
também em caso de rotor bloqueado. Dessa forma, o valor do tempo tE deve ser tal que, quando o
rotor é bloqueado, o motor deve ser desligado por um dispositivo de proteção dependente da
corrente, antes que o tempo tE tenha se esgotado.

Figura 10 - Curva de elevação de temperatura para determinação do tempo te

O - Temperatura em °C
A – Máxima temperatura ambiente (geralmente 40°C)
B – Temperatura em serviço normal
C – Temperatura Limite
1 – Temperatura em serviço normal
2 – Temperatura durante falha ou rotor bloqueado

No gráfico da figura 10, o intervalo OA representa a máxima temperatura ambiente e OB é


a temperatura atingida em regime nominal. Caso uma falha ocorra e o rotor venha a travar, a
condição está representada no intervalo 2 do gráfico. A temperatura do motor aumenta
rapidamente até o intervalo OC, que deve ser menor que a temperatura T* (classe de temperatura
do equipamento) de classificação do motor. Dessa forma, deve-se tomar o cuidado para que o
motor seja desligado dentro do tempo tE.

4.3.3 Linha de Motor “Ex e”


A WEG possui uma linha de motores de uso industrial em baixa tensão com motores a
partir da carcaça IEC 63 até a carcaça IEC 315, 2 e 4 polos com potencia de até 136 CV. Motores

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“Ex e” com acionamento por inversor somente é possível para certificação específica. Detalhes da
linha podem ser obtidos no catálogo do produto e/ou no certificado do motor.

Figura 11 - Motor “Ex e” linha W21

4.4 Tipo de Proteção “n” - Motores Não Acendíveis (Ex n)


Este tipo de proteção é aplicável a equipamentos elétricos que, em condições normais de
operação não seja capaz de causar a ignição da atmosfera explosiva de gás reinante no ambiente,
bem como não é provável que ocorra uma falha capaz de causar a ignição dessa atmosfera.
Norma aplicada no Brasil para tipo de proteção “n” é a ABNT NBR IEC 60079-15 -
Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas Parte 15: Construção, ensaio e marcação de
equipamentos elétricos com proteção ”n”.
Este tipo de proteção permite que o motor seja instalado somente em locais classificado
como sendo Zona 2.
4.4.1 Medidas Construtivas para Motores Não Acendíveis
Medidas construtivas são definidas na norma de fabricação para o tipo de proteção “n” de
forma a minimizar a possibilidade de ocorrer arcos, faíscas ou aquecimento de superfície. As
medidas são similares aos requisitos descritos no item 4.3.1 (medidas construtivas para motores
“Ex e”), sendo que para o tipo de proteção “Ex n” exclui-se o tempo tE. Este fato torna o motor
“Ex n” muito similar fisicamente ao motor “Ex e”.

4.4.2 Linhas de Motores “Ex n”:


A WEG possui uma linha de motores de uso industrial em baixa tensão com motores a
partir da carcaça IEC 63 até a carcaça IEC 355 e uma segunda linha de baixa e alta tensão da
carcaça IEC 315 a 400 HGF. O motor de baixa tensão linha W21 pode operar com inversor de

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frequência desde que atendido os critérios definidos no certificado. Detalhes das linhas podem ser
obtidos nos catálogos dos produtos e/ou nos certificados dos motores.

Figura 12 - Motor “Ex n” linha W21 Figura 13 - Motor “Ex n” linha HGF

4.5 Tipo de Proteção “t” - Motores à Prova de Ignição de Poeira por Invólucro (Ex t)
Este tipo de proteção é aplicável a equipamentos elétricos onde o invólucro exclui a
possibilidade de penetração de poeira quando instalado e protegido conforme as recomendações
impedindo que arcos, centelhas, ou calor gerado causem a ignição de camadas externas de nuvens
de poeiras no invólucro.
Norma aplicada no Brasil para tipo de proteção “t” é a ABNT NBR IEC 60079-31- Proteção
de equipamentos contra ignição de poeira por invólucros Parte 31.
Este tipo de proteção permite que o motor seja instalado em locais classificado como sendo
Zona 21 e 22 de acordo com a sua construção.

4.5.1 Medidas Construtivas


Medidas construtivas são definidas na norma de fabricação para o tipo de proteção “t” de
forma que partes que possam gerar arcos, faíscas ou aquecimento acima do limite são contidas
dentro de um invólucro que impeça o ingresso de poeira. Além disto, o motor deve possuir meios
de limitar a temperatura de superfície externa ao motor. Dentre as medidas constritivas
normalizadas ressalta-se:
 Dispositivo de proteção térmica de ligação obrigatória;
 Grau de proteção IP5X, para zona 22 (exceto se for poeira condutiva)
 Grau de proteção IP6X, para zona 21 e 22 se for poeira condutiva;
 Elevação de temperatura máxima permitida na condição de +/- 10 Un;
 Ensaio de pressão interna positiva antes da realização do ensaio de IP do motor;

21
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4.5.2 Linha de Motor “Ex t”


A WEG possui uma linha de motores de uso industrial em baixa tensão com motores a
partir da carcaça IEC 63 até a carcaça 355. O motor pode operar com inversor de frequência desde
que atendido os critérios definidos no certificado. Detalhes da linha podem ser obtidos nos
catálogos dos produtos e/ou no certificado do motor.

Figura 14 - Motor “Ex t”

4.6 Nível de Proteção do Equipamento – EPL


Trata-se de um novo conceito de identificação do equipamento aplicado em local de risco de
explosão de forma possibilitar a seleção de um equipamento de acordo com o seu EPL. A norma
ABNT NBR IEC 60079-0 – Requisitos gerais – em seu anexo “D”, descreve detalhadamente o
método de avaliação de risco incluindo o “nível de proteção do equipamento”. Existe uma relação
entre o EPL e a Zona em que o equipamento pode ser instalado. A tabela abaixo mostra relação.

Nível de Proteção do Equipamento Zona


Ga 0
Gb 1
Gc 2
Da 20
Db 21
Dc 22
Tabela 05: Relação entre EPL e Zona

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5. Instruções de Serviços
Atualmente encontramos em uso vários exemplos de motores elétricos que deixaram de ser
adequados para operar em atmosferas explosivas após um reparo ou uma revisão. Isto ocorre
normalmente por falta de informação dos responsáveis pelo serviço no equipamento.
O reparo, revisão e recuperação em motores elétricos, para uso em áreas classificadas, exige
por parte dos reparadores uma infraestrutura que passa pelo treinamento até a utilização de
dispositivos para ensaios e verificações da funcionalidade do equipamento após o trabalho.

Visando manter os níveis de segurança das instalações com presença de áreas potencialmente
explosiva, foi publicada no Brasil a norma ABNT NBR IEC 60079-19 – Reparo, revisão e
recuperação de equipamentos Ex. Esta norma veio regulamentar a realização de serviços em
equipamentos “Ex” de forma a manter a integridade dos equipamentos, consequentemente
manterem a segurança exigida em um local com risco de explosão. Caso contrário do que serviria
ter equipamentos e instalações projetados de forma a evitar o risco de uma explosão se os
equipamentos, após a realização de serviço, tornam-se inaptos a voltar operar em uma atmosfera
explosiva.

5.1 Instruções Gerais - Elétrica

5.1.1 Remoção da Bobinagem do Motor


Para remoção dos enrolamentos danificados o procedimento recomendado pela WEG é o de
retirar mecanicamente o bobinado, o uso de solvente apropriado para diluição do verniz de
impregnação é aceito.
O procedimento que utiliza a aplicação de calor para facilitar a remoção dos enrolamentos é
aceita pela norma ABNT NBR IEC 60079-19, porém, o método utilizado deve garantir que o
processo adotado não afete o isolamento entre as chapas magnéticas. Assim, o método aceito pela
WEG será o uso de estufa, ou equipamento similar, provido de controle de temperatura de forma a
não afetar o isolamento entre as chapas magnéticas. A perda de isolamento entre as chapas
magnéticas pode resultar em o motor não atenda sua classe de temperatura especificada ou causar
degradação do material isolante podendo resultar em uma falha (curto) em um ponto localizado.

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A temperatura máxima indicada pela WEG para este processo é de 200ºC para motores até a
carcaça IEC 200 e 300ºC a partir da carcaça IEC 225.

5.1.2 Ensaio de “Fluxo” no Estator (Loop Test)


De acordo com a norma ABNT NBR IEC 60079-19, núcleos de estatores danificados, por
arraste, curtos dentro da ranhura ou sobre cargas, devem ser avaliados para assegurar que não
sejam deixados “pontos quentes” no estator quando este for rebobinado. Um ponto quente pode
fazer com que o motor não venha a atender sua classe de temperatura especificada ou causar
degradação do material isolante. Ver Anexo 2, procedimento de ensaio Loop Test.

5.1.3 Isolamento do Motor


A norma ABNT NBR IEC 60079-19 permite aplicar material cuja classe de isolação seja igual
ou superior à original. Por exemplo, um enrolamento com isolação Classe B pode ser modificado
para material de Classe F. Porém o fato de aplicar um material de Classe de Isolação superior à
original não permite um acréscimo das condições nominais do equipamento sem que uma
recertificação seja realizada.
Obs.: Para motores “Ex n” de alta tensão da linha HGF que necessitarem ser rebobinados,
consultar a WEG para obter os detalhes do sistema de isolamento do motor previstos no
documento de certificação do motor.

5.1.4 Bobinagem do Motor


Quando no reparo do motor for necessário fazer a substituição do enrolamento, os dados
originais de bobinagem devem ser utilizados. A obtenção dos dados de bobinagem para motores
WEG é feita através do sistema "wireframe" disponível no site "myweg".
Caso isto não seja possível, a técnica de cópia do enrolamento é aceita pela WEG nos motores
com o tipo de proteção Ex "d", "n" e "t" desde que o Assistente Técnico considere que o bobinado
existente é original.
Para motor que possua resistência de aquecimento fixada a cabeça de bobina, esta deve ser
instalada na parte superior da cabeça de bobina, após a bobinagem, impregnação e cura. Em
existindo a solicitação do cliente para instalação de resistência de aquecimento, a qual não

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MOTORES ELÉTRICOS
constava no motor, esta somente poderá ser instalada se estiver contemplada no certificado do
motor. Em caso de dúvida a WEG deverá ser consultada.
Se o equipamento necessita ser rebobinado para outra tensão, deve ser verificado se a nova
tensão está dentro dos limites previstos na certificação do motor. Caso esteja, os novos parâmetros
devem ser marcados na nova placa. Um rebobinamento para velocidade diferente do projeto
original do motor não deve ser feito.

5.1.5 Sensores de Temperatura no Bobinado


Em um processo de rebobinamento se o motor possuir sensores de temperatura no bobinado é
necessário instalar novos antes da impregnação no mesmo local do enrolamento original.
Durante o processo de revisão do motor, caso um sensor de temperatura esteja danificado e o
mesmo necessita ser substituído, sendo este do tipo embutido dentro do bobinado, a sua
substituição requer a rebobinagem do motor conforme definido pela norma NBR IEC 60079-19.
Existindo a solicitação do cliente para colocação de sensores de temperatura o qual não estava
previsto no motor, este somente poderá ser instalado se ele estiver contemplado no certificado do
motor. Em caso de dúvida a WEG deverá ser consultada.

Figura 15 - Instalação do sensor de temperatura


Para os sensores de temperatura previstos nos certificados mercado Brasil não são indicados
fornecedores específicos e também não possuem certificação Ex. Entretanto, não há restrição para
uso de sensores certificados desde que sejam especificados pelo cliente e suas características
técnicas estejam contempladas no certificado.

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Termostato
Os protetores térmicos certificados para o mercado Brasil são do tipo bimetálico,
especificados para operação a uma temperatura de 155°C.
A compra de Termostatos sobressalentes deve ser feita com referência no código de identificação
do motor e/ou de acordo com as características especificadas no certificado.

Resistência de Aquecimento
O certificado mercado Brasil contempla o uso de um ou dois cordões, de acordo com a
especificação do motor, instalados sobre a cabeça de bobinas do lado acoplado e oposto ao lado
acoplado (quando sendo em dois cordões).
A compra de Resistências de Aquecimento sobressalentes deve ser feita somente como
partes e peças WEG, com referência no código de identificação do motor e/ou de acordo com as
características especificadas no certificado.
Para o mercado Europa existe a possibilidade de certificação específica para a Resistência de
Aquecimento.

5.1.6 Ensaios Elétricos após Rebobinagem do Motor


Os motores após a rebobinagem devem ser submetidos, preferivelmente com o conjunto
montado, aos seguintes ensaios conforme a norma ABNT NBR IEC 60079-19:
a) Resistência de cada enrolamento
Medição e verificação da resistência de cada enrolamento deve ser feita à temperatura
ambiente. A norma ABNT NBR IEC 60079-19 define que a variação do valor de
resistência medido não varie mais que 5 % em relação ao especificado. Para bobinados de
motores trifásicos o desequilíbrio entre as fases (diferença entre a maior e o menor valor de
resistência medido) não pode ser maior que 5 % do valor médio.
b) Ensaio de resistência de isolamento
Este ensaio é feito para medir a resistência entre os enrolamentos e a terra, entre os
enrolamentos, onde possível, entre enrolamentos e auxiliares, e entre auxiliares e a terra. É
recomendável aplicar uma tensão mínima de 500 V d.c, mas vale lembrar que a tensão a
ser aplicada deve ser compatível com a tensão de operação do motor.

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Na tabela 6 estão os valores limites recomendáveis pela WEG para resistência de isolamento.
Estes valores são mais conservadores que o valor mínimo descrito na norma ABNT NBR IEC
60079-19 que é de 20 M . Deve-se garantir que a máquina esteja seca e limpa (no caso da
permanência prolongada em estoque ou desuso).
Valor Limite (M  ) Avaliação do Isolamento

------ 2 Perigoso
2 50 Ruim
50 100 Insatisfatório
100 500 Bom *
500 1000 Muito Bom
Acima de 1000 Excelente
Tabela 6: Valores de resistência de isolamento recomendados para aceitação da máquina

c) Ensaio de tensão aplicada (HiPot)


Deve ser realizado o ensaio de tensão aplicada, entre enrolamentos e a terra, entre
enrolamentos se possível, e entre enrolamentos e auxiliares anexados aos enrolamentos. A
tensão de teste é definida como sendo 1000 V + 2 x Un (tensão nominal) do motor e se
aplica durante 60 segundos. A falha no isolamento será detectada se houver fuga de
corrente para a carcaça (choque). O critério de aceitação é de que o isolamento não seja
rompido durante o teste. A WEG, após anos de realização de ensaios de tensão aplicada,
passou a adotar valores de referencia pra a corrente de fuga, os valores são descritos na
tabela abaixo e são válidos para bobinados novos.
Carcaças Corrente de fuga máximo recomendado
Nema 56 e 61 5mA
63 a 90 15mA
100 a 132 25mA – 30mA
160 a 200 30mA a 50mA
225 a 315 90mA
355 150mA
Tabela 7: Valores de corrente de fuga para ensaio de Hipot recomendados
O ensaio de Hipot é considerado um ensaio destrutivo, assim, o mesmo somente é realizado
em bobinados novos. Seu uso em bobinados que já estão operando somente deve ser feito
com o consentimento do cliente, neste caso adota-se a norma o critério da norma NBR
17094-1 e NBR 17094-2;

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d) Ensaio a vazio
Deve-se acionar o motor em sua tensão nominal de forma verificar o valor de corrente a
vazio avaliando a relação de corrente entre as fases e seu equilíbrio, o desequilíbrio da
corrente a vazio deve ser menor que 5 % do valor médio. Com o motor em vazio deve-se
avaliar a temperatura, vibração e ruído, na verificação de qualquer anormalidade esta deve
ser analisada e corrigida.
e) Ensaio de rotor bloqueado
Em sendo razoavelmente possível, o motor deve ser energizado a uma tensão reduzida
apropriada, na condição de rotor bloqueado, de forma obter entre 75 % e 125 % da corrente
de plena carga e com isto verificar o equilíbrio entre as fases. O desequilíbrio deve ser
menor do que 5 % do valor médio.

5.2 Instruções Gerais - Mecânica

5.2.1 Eixo
Deve-se verificar e avaliar as dimensões consideradas críticas no eixo do motor elétrico. A
partir dos ajustes e tolerâncias recomendados, classificar o material como apto ou não apto ao uso.
São consideradas dimensões críticas em um eixo de motor elétrico:
 Diâmetro da polia;
 Diâmetro do assento do rolamento;
 Interstícios para motores “Ex d”.

5.2.2 Tampas
Deve-se verificar e avaliar as dimensões nominais consideradas críticas nas tampas de um
motor elétrico. A partir dos ajustes e tolerâncias recomendados, classificar o material como apto
ou não apto ao uso.
São consideradas dimensões críticas nas tampas de motor elétrico:
 Cubo da Tampa;
 Interstícios para motores “Ex d”.

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5.2.3 Carcaça
Deve-se verificar e avaliar as dimensões nominais consideradas críticas nas carcaças de um
motor elétrico. A partir dos ajustes e tolerâncias recomendados, classificar o material como apto
ou não apto ao uso.
É considerada dimensão crítica na carcaça de motor elétrico:
 Interstícios para motores “Ex d”.

5.2.4 Valores Dimensionais


As tabelas do Anexo 4 fornecem os valores dimensionais relevantes a serem verificados
quando necessário em motores Ex. Para os motores “Ex d” os valores apresentado no anexo 4
atendem a norma de fabricação ABNT NBR IEC 60079-1 e são valores referentes aos produtos
fabricados pela WEG. Para motores com dimensões especiais, cujos valores não estão
relacionados no Anexo 4, a WEG deverá ser consultada através do número de série do motor.
Para assento e alojamento (cubo) do rolamento o erro máximo de forma (ovalização e
conicidade) aceitável corresponde a no máximo 50% do campo de tolerância da dimensão
avaliada. Esta regra só é válida para locais onde os rolamentos são montados, para as demais
dimensões os erros de forma aceitáveis são analisados considerando todo o campo de tolerância.

5.2.5 Avaliação do Batimento Radial da Polia


Os valores de batimento da ponta do eixo são descritos na Tabela 8 e são requisitos da norma
NBR 15623-1 – Dimensões e séries de potencias para motores – padronização.
Motores com características especiais (classe precisa de batimento radial) devem ser
consultados diretamente com a WEG através do número de série do equipamento.
Procedimento:
 Deve-se utilizar relógio comparador e suporte de fixação;
 Deve-se posicionar o relógio comparador na metade do assento da polia (Figura 16);
 Girar o eixo lentamente até completar uma volta (360°) e anotar os valores de máximo e
mínimo do relógio comparador;
 Registrar os valores obtidos e comparar com a Tabela abaixo, ou de acordo com as
tolerâncias de projeto da máquina em questão.

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Figura16: Medição de batimento em ponta de eixo

DIFERENÇA MÁXIMA ADMISSÍVEL ENTRE


AS LEITURAS MÁXIMAS E MÍNIMA DO
DIÂMETRO DA PONTA DO EIXO D COMPARADOR
(mm)
(m)
CLASSE NORMAL
D  10 30
10 < D  18 35
18 < D  30 40
30 < D  50 50
50 < D  80 60
80 < D  120 70
Tabela 8: Batimento Radial

5.2.6 Avaliação da Concentricidade e Perpendicularidade entre Eixo e Flange


Os valores de concentricidade e perpendicularidade entre eixo e flange estão descritos na
Tabela 9 e são requisitos da norma NBR 15623-1. Motores com características, a WEG deve ser
consultada através do número de série do equipamento.

Procedimento:
 Colocar a máquina na posição vertical, com a ponta de eixo voltado para cima;
 Para avaliar concentricidade, deve-se fixar o relógio comparador na ponta do eixo do
motor. A ponta de medição do relógio comparador deve formar um ângulo de 90° em
relação ao encaixe do flange. Girar lentamente o eixo até completar uma volta (360°) e
registrar os valores de mínimo e máximo do relógio comparador, comparando com os
valores limites da Tabela 9 ou conforme especificação do fabricante;

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 Para avaliar perpendicularidade, fixar o relógio comparador na ponta de eixo do motor. A
ponta de medição do relógio comparador deve formar um ângulo de 90° em relação à
superfície do diâmetro externo do flange. Girar lentamente o eixo até completar uma volta
(360°) e registrar os valores de mínimo e máximo do relógio comparador, comparando com
os valores limites da Tabela 9 ou conforme especificação do fabricante;
 Instrumento: relógio comparador e base magnética;

Figura17: Medição de concentricidade (desenho da esquerda) e perpendicularidade (desenho da direita)

Diferença máxima admissível entre as leituras máxima e


ABNT
mínima do comparador (µm)
FF 55 a FF 115
FT 55 a FT 115 80
-
FF 130 a FF 265
FT 130 a FT 265 100
C - 115 a C - 266
FF 300 a FF 500
FT 300 a FT 500 125
C - 317 a C - 419
FF 600 a FF 740
160
FT 600 a FT 740
FF 940 a FF 1080 200

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FT 940 a FT 1080
Tabela 9: Valores de concentricidade e perpendicularidade de flanges

5.2.7 Vedações, Rolamentos e Lubrificação


A lubrificação dos rolamentos segue o procedimento dos motores de área segura. Os espaços
vazios do rolamento devem ser preenchidos com graxa conforme Tabela 10 abaixo:
Tipo do Rolamento Quantidade Inicial de Graxa (g)
6209 12,50  1,0
6211 17,00  1,0
6212 23,00  1,0
6309 24,00  2,0
Rolamentos de 6311 40,00  3,0
Esferas 6312 50,00  4,00
6314 76,00  5,00
6316 109,00  6,00
6319 176,00  9,00
6322 280,00  28,00
Rolamentos de NU319 128,00 13,00
Rolos Cilíndricos NU322 200,00  20,00
Tabela 10: Quantidade de graxa para rolamentos
Rolamentos com dupla vedação metálica (ZZ) já são fornecidos com graxa pelos
fabricantes de rolamento e não necessitam ser lubrificados.
Observar que os anéis de fixação do rolamento devem ter sua cavidade preenchida de graxa
em ½ da cavidade conforme figura abaixo.

Figura18: Colocação de graxa em anel de fixação

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A graxa utilizada como padrão pela WEG é a Polyrex EM 103, mas caso deseje utilizar outras
graxas pode ser aplicado graxas a Base de Poliuréia ou a Base de Lítio e Óleo Mineral de boa
qualidade.
Importante verificar sobre no rotor e eixo qualquer sinal de batida/pancada ou danos sobre
as superfícies que possam tornar não conformes os interstícios e o entreferro do motor. Ao montar
o motor, verificar o batimento radial da ponta de eixo. As vedações do motor devem ser
substituídas.
Caso os rolamentos venham a ser reutilizados, deve-se protegê-los contra a contaminação
por corpos estranhos. Para lavá-los, utilize desengraxantes específicos, preferencialmente
biodegradáveis.
Especial cuidado deve ser dado à montagem dos retentores:
- Os lábios de vedação não devem ser danificados;
- Deve-se aplicar uma fina camada de graxa sobre a superfície de contato;
- O retentor deve ser colocado paralelo ao plano do flange, perpendicular ao eixo do motor;
- A superfície do eixo deve estar isenta de rebarbas;
- Verificar a correta posição de inserção do retentor;
- Utilizar vedações com as mesmas dimensões e materiais que o origina;
- Atenção para a correta posição de montagem do retentor na tampa do motor.

Motores que apresentem Labirinto Taconite devem ter a vedação lavada com desengraxante a
cada desmontagem do motor, ao montá-lo novamente deve ser preenchido com graxa, sendo a
mesma graxa utilizada na lubrificação dos rolamentos.
Especial cuidado deve ser dado à montagem dos anéis labirintos para que fiquem corretamente
montados sobre o eixo do motor. Não pode haver qualquer atrito entre as partes móveis e
estacionárias.
Obs.: A WEG tem certificado elementos de vedação dos seguintes fornecedores indicados
abaixo.
 Fornecedores de V’Ring, W’Ring e O’ring – Microjuntas; Wuxi Yangqian; Agel;
NAK;
 Fornecedores de Retentores - Microjuntas; Agel; NAK.

33
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5.2.8 Vibração
Vibração é um dos ensaios requeridos na norma ABNT NBR IEC 60079-19. A norma de
ensaio de vibração para motor é a NBR IEC 60034-14 – Medição, avaliação e limites de níveis de
vibração, ela se aplica para medições realizadas com o motor em base elástica ou suspensão livre.
Esta norma não se aplica a motores instalados, ou seja, motores acoplados à suas cargas ou
máquinas acionadas. Para medir os níveis de vibração quando o motor está instalado utiliza-se a
norma ISO 10816-3.
Procedimento:
 Deve-se ligar o motor em vazio na sua tensão e frequência nominais;
 Ensaio deve ser realizado com o motor desacoplado a qualquer carga e com a carcaça aterrada;
 Canal de chaveta preenchido com meia chaveta ou de acordo com as especificações do
fabricante, isto visa não introduzir no sistema uma massa residual de desbalanceamento;
 Motor de várias velocidades deve ser ensaiado em todas as velocidades nominais de operação;
 A deformação elástica mínima do suporte atendendo aos valores do gráfico abaixo:

Figura 19: Deformação mínima de bases elásticas e suspensão livre em função da rotação mecânica conforme
norma NBR IEC 60034-14

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As medições devem ser feitas sobre os pontos mais próximos dos mancais (tampas), em três
direções perpendiculares no mancal dianteiro e duas direções perpendiculares no mancal traseiro.
O acelerômetro deve ser montado sobre a base de modo a permitir o perfeito contato com a
superfície. A superfície do ponto deve estar isenta de graxa, sujeira, rebarbas, etc, de modo a não
influenciar o valor medido. A massa do acelerômetro não deve ser superior a 1/50 da massa do
motor que será ensaiado e o acelerômetro deve ser compatível com a grandeza que será avaliada
(deslocamento, velocidade ou aceleração) e faixa de frequência a ser medida.

Figura20: Pontos de medição

VALORES MÁXIMOS DE VELOCIDADE DE VIBRAÇÃO POR


GRAU DE
TAMANHO DA CARCAÇA
VIBRAÇÃO
56 ≤ H ≤ 132 132 ˂ H ≤ 280 H ˃ 280
A (padrão) 1,6 2,2 2,8
B (especial) 0,7 1,1 1,8
Tabela 11: Limite de vibração da norma ABNT NBR IEC 60034-14 para suspensão livre em “mm/s” e “RMS”

5.2.9 Pintura
Os motores podem ser pintados internamente de forma prevenir a ocorrência de oxidação
das partes metalicas internas do motor, esta pintura, conhecida na WEG como pintura
“tropicalizada”, é uma tinta epóxi WEGTERM HPI 363 VERDE 54280.
Este pintura pode ser aplicada nas partes internas ao motor com exceção:
 Nos interstícios;
 Assentos de rolamentos no eixo e cubo do rolamento na tampa;

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 Encaixes de tampas e encaixes de anéis de fixação.

Atenção deve ser dada a pintura externa do motor com relação a sua espessura de camada,
pois a norma ABNT NBR IEC 60079-0 – Requisitos gerais - define limites de camadas de
materiais não metálicos externos ao motor de acordo com o grupo dos gases. Este requisito visa
evitar o risco de ignição devido a acumulo de carga eletrostática. A tabela abaixo indica os limites
normalizados.

Tabela 12: Limite de camada de tinta plicada externamente ao motor

5.3 Recomendações Gerais


Especial atenção deve ser dada a componentes dos motores da linha à Prova de Explosão -
“Ex d”. Um componente deve ter impedimento de seu uso caso verifique-se erros dimensionais,
trincas, riscos nos interstícios ou quais quer danos nas regiões de passagem de chama que afetem a
proteção, esteja em desacordo com o certificado ou com a norma ABNT NBR IEC 60079-19 bem
como em desacordo com a norma de fabricação.
Rotores de gaiola de alumínio fundido e eixo danificados, devem ser substituídos por novos.
Nenhum tipo de recuperação de componentes é aceita pela WEG para motores que operam em
locais de risco de explosão, existe risco da descaracterização do motor de forma a torna-lo não
apto a operar em uma atmosfera explosiva. Cita-se como exemplo de recuperação: soldagens,
metalização, cromagem, embuchamento, usinagem, etc.
Rotores não devem ter seu diâmetro externo alterado, pois pode afetar as características de
desempenho do motor, fato que resultará na realização de ensaios para comprovar que a
modificação não teve impactos que comprometam a segurança do motor quando este estiver em

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operação. Para motores com o tipo de proteção “Ex d” o aumento do entre ferro pode possibilitar a
introdução do fenômeno de pré-compressão no interior do invólucro, fato que pode colocar em
risco a integridade do motor caso uma explosão ocorra internamente.
Componentes como tampa de caixa de ligação, caixa de ligação e tampas, além de terem como
função de proteção contra a entrada de contaminantes sólidos e líquidos para o interior do motor,
são itens de segurança, ao se verificar alguma irregularidade que não possa ser corrigida estes
componentes devem ser substituídos.
A WEG não recomenda a aplicação de qualquer tipo de material que não esteja previsto no
certificado de conformidade do motor, em caso de dúvidas a WEG deverá ser consultada.
Alguns motores à Prova de Explosão são providos de dreno roscado para drenar possível
condensado do interior do motor. Este dreno é importante para a manutenção do tipo de proteção e
deve ser reinstalado sempre que retirado.

5.4. Instruções Específicas para o Tipo de Proteção “d” – À Prova de Explosão

5.4.1 Juntas à prova de explosão


Superfícies oxidadas ou corroídas podem ser recuperadas somente se o dano não afete o tipo
de proteção. É importante que além da parte dimensional do interstício, o acabamento superficial
não seja alterado de forma não atender a rugosidade máxima de 6,3 μm [Ra] especificada na
norma ABNT NBR IEC 60079-1.
A remoção da corrosão nas partes e peças de motores do tipo “Ex d” pode ser realizada
manualmente com lixa d’água de granulometria 240 e óleo anticorrosivo, sugere-se o uso do
Starret M1.
Procedimento de Limpeza:
 Colocar o componente sobre a bancada, com a face a ser limpa voltada para cima;
 Aplicar sobre toda a superfície oxidada o óleo anticorrosivo Starret M1;
 Passar a lixa sobre o óleo suavemente para a remoção da oxidação;
 Remover o resíduo da limpeza com uma estopa limpa;
 Repetir o procedimento acima até que toda a superfície esteja isenta de oxidação.
Cuidados Especiais:
 Não aumentar a rugosidade da face usinada;

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 Limpar a superfície sem deixar resíduos ou manchas.

Figura 21: Limpeza de junta oxidada


É expressamente proibida a aplicação de qualquer tipo de cola, silicone, veda-flange,
colocação de juntas do tipo papel e outros materiais que possam bloquear os interstícios dos
motores do tipo “Ex d”. Os certificados WEG, no mercado brasileiro, para o tipo de proteção “Ex
d” cita o uso do produto Lumomoly PT/4 da Molycote sendo este certificado para aplicar nos
caminhos de passagem de chama. Este material é utilizado em todos os motores “Ex d” com grau
de proteção IP-55 nas junções entre tampa da caixa de ligação/caixa de ligação e caixa de
ligação/carcaça do motor, isto visa eliminar a possibilidade de entrada de tinta do processo de
pintura do motor nos interstícios formados por estas juntas.

Figura 22: indicação da aplicação do Lumomoly em motores IP-55

O Lumomoly PT/4 - Molycote também é utilizado nos motores cujo índice de proteção é
superior ao IP55 conforme identificado no anexo 5.

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5.4.2 Aplicação de Resina Epóxi para Motores Industrial
A colocação da resina epóxi na saída dos cabos de ligação visa minimizar o efeito da pré-
compressão na região da caixa de ligação. Aplica-se em motores das carcaças IEC/ABNT 90 à
355M/L conforme procedimento:
 Equipamentos e Materiais:
- Balança;
- Recipiente para Mistura;
- Espuma;
- Resina Epóxi parte A e B;
 Preparação da mistura:
Devem ser pesadas iguais quantidades de resina Parte A e B e proceder a mistura em recipiente
apropriado. Veja o exemplo:
Componentes Peso (gr)
Parte A (Lackterm 1326 A) 250
Parte B (Lackterm 1326 B) 250
Massa Total 500

 O recipiente no qual é feita a mistura deve ser limpo, isento de qualquer resíduo para não
prejudicar a mistura;
 As superfícies onde será aplicada a resina devem estar limpas, isentas de qualquer sujeira;
 Posicionar a carcaça de modo que a saída dos cabos de ligação fique para cima, conforme
exemplo da figura 23;

Figura 23: Posição da carcaça para aplicação da resina epóxi

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 Vedar com espuma auto-extinqüivel o fundo da passagem dos cabos de ligação, mantendo os
cabos igualmente afastados entre si, ver figura 24. A espuma visa impedir a penetração da
resina para o interior do motor ao formar uma barreira;

Figura 24: Colocação e posicionamento da espuma na passagem dos cabos

 Aplicar a resina epóxi de forma preencher a passagem dos cabos, conforme abaixo.

Figura 25: Colocação da resina na passagem dos cabos

 Após aplicar a resina epóxi, ainda com a resina não curada, deve-se girar os cabos, um por um,
em movimentos circulares, conforme abaixo. Este movimento melhora a aderência da massa
epóxi sobre a superfície do cabo, evitando a formação de bolhas de ar e promovendo perfeita
vedação entre os cabos e a resina;

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Figura 26: Aplicação de resina

 A cura da resina ocorre após 3 horas. Somente pode-se prosseguir com a montagem do motor,
quando a resina estiver rígida. A colocação do motor no interior da estufa, em temperatura de
até 100°C auxilia no processo de secagem da resina;

 Após a cura, deve-se certificar-se que a junta de passagem de esteja limpa, qualquer resíduo de
resina sobre a junta deve ser removida com cuidado especial e atenção para não riscá-la;

5.4.3 Montagem de Prensa Cabo em Motor “Bomba de Combustível”


Motores da carcaça modelo EXT/EXM 61G que possuem a saída dos cabos pela tampa
traseira do motor através de prensa cabo, este é roscado diretamente na tampa com torque de
aperto de 32 N.m sendo aplicado na rosca uma trava química referencia Loctite 277 ou ALMAFIX
A3277.

Figura 27: Prensa cabo na tampa traseira

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5.4.4 Montagem de “Bushing Line” em Motor Moto Freio “Ex d”

Motores industriais com sistema de freio (moto freio) não utilizam resina epóxi na
passagem dos cabos como demostrado no item 5.4.2 deste documento. Para esta linha de motor se
utiliza uma base intermediária entre a caixa de ligação e a carcaça onde nesta base são montados o
sistema de passagem dos cabos conhecido como “Bushing line”.

Figura 28: Base intermediaria e o “Bushing line” em motor “Ex d” com freio

A seguir será descrito o procedimento de montagem do “Bushing line”:

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 Conectar o chicote Bushing line com as mãos conforme Figura abaixo;

Figura 29: Montagem do “Bushing line”

 Aplicar cola ALMAFIX 241 na rosca do “Bushing line” conforme Figura abaixo;

Figura 30: Montagem do “Bushing line”

 Fixar “Bushing line” na base com auxílio de uma chave tipo cachimbo, parafusar até o final
da rosca

Figura 31: Montagem do “Bushing line”

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5.4.5 Montagem do motor “Ex d”
Montar as tampas cuidadosamente, com auxílio de martelo de borracha. De maneira alguma
deve ser utilizado martelo de metal.

Figura 32: Montagem da tampa

Fixar os parafusos da carcaça alternadamente em forma de cruz, de modo que as tampas e


anéis de fixação dos rolamentos não fiquem enviesados. As tampas devem estar bem assentadas na
face de encosto da carcaça para não haver possibilidade de passar chama ao meio externo em caso
de explosão. Após a fixação dos parafusos, aferir o torque de aperto com um torquímetro,
conforme Tabela 13.

Figura 33: Aperto dos parafusos

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Tabela 13: Torque de aperto dos parafusos com juntas rígidas para motores “Ex d”.

Verificar, com calibrador de folga (espião), se a folga entre a caixa de ligação e a sua tampa
não excede 0,05mm (requisito para aceitação do equipamento). Caso a medição seja realizada em
apenas uma face usinada (outro componente não disponibilizado pelo cliente) o procedimento de
medição deve ser realizado com calibre de folga e uma regua de fio. Nesse caso o valor limite será
a metade do valor, 0.025mm.
Recomenda-se que após montado o motor, gire-se o eixo com a mão a fim de verificar alguma
possível anormalidade.
Os elementos de fixação, parafuso e hastes, possuem classe de resistência especifica conforme
a seguir:
 Motores da linha “Bomba de combustível” nas carcaças 56 e 61
 Porca 5/16” - aço com classe de resistência 5.6
 Parafusos da tampa da caixa de ligação M6 - aço com classe de resistência 5.6
 Hastes fixação das tampas 5/16” – aço com classe de resistência 4.8
 Parafuso fixação do cotovelo de saída dos cabos - aço com classe de
resistência 5.6

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 Motores da linha industrial nas carcaças 90 a 355 com e sem freio
Para o mercado Brasil estão certificados o uso de 4 tipos de parafusos conforme tabela abaixo:

O parafuso padrão é a classe 12.9 (Aço Carbono). Entretanto, os outros tipos em Aço Inox
estão disponíveis para uso em aplicações mais severas, onde há maior possibilidade de corrosão.
Recomenda-se manter os parafusos originais especificados para o motor.

5.5 Instruções Específicas para o Tipo de Proteção “Ex e”, “Ex n” e “Ex t”
Os tipos de proteção segurança aumentada, não acendível e a prova de poeira combustível,
possuem requisito normativo que define seu índice de proteção (IP-XX) mínimo. Atenção deve ser
dada para que durante o reparo do motor o mesmo seja montado de forma a atender o grau de
proteção descrito na placa de identificação.
A tabela a seguir mostra os detalhes construtivos a serem utilizados nos motores para estes
tipos de proteção de acordo com seu grau de proteção.

Tabela 14: Detalhes construtivos de acordo com o índice de proteção do motor


Notas:
1 – Motor “Ex d” IP-55 o padrão é o uso de retentor na vedação do eixo;
2 - Motor “Ex d” utiliza o Lumomoly na vedação de encaixes e caminhos de passagem de chama;
3 – Motor “Ex d” quando utiliza dreno é sempre do tipo roscado (fechado).

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6 Serviços Autorizados e Não Autorizados em motores Ex

A Tabela 15 abaixo mostra quais serviços podem, ou não, serem executados em produtos
certificados para trabalhar em área de risco, de acordo com todos os aspectos técnicos que
envolvem este tipo de motor.
Se alguma dúvida existir, deve-se contatar a WEG para esclarecimentos antes de iniciar os
trabalhos.
Não
Item Descrição dos trabalhos Permitido
permitido
01 Balanceamento do rotor completo X
02 Substituição do rotor completo X
03 Substituição do pacote do rotor X
04 Rebobinar o estator 1 X
05 Substituição do eixo X
06 Balanceamento do ventilador X
07 Substituição do ventilador X
08 Substituição e alteração no pacote do estator (comprimento, X
embaralhamento)
09 Substituição dos rolamentos X
10 Substituição da pintura X
11 Alteração de cor da pintura X
12 Substituição de tampas X
13 Troca do rolamento e sistema de vedação 2 X
14 Alteração do índice de proteção (IP) 2 X
15 Substituição da caixa de ligação X
16 Substituição dos terminais do cabo X
17 Substituição da placa de identificação X
18 Substituição da graxa do rolamento X
19 Alteração da forma construtiva X
20 Substituição de material isolante 3 X
21 Substituição de componentes auxiliares (PTC, PT100 e X
Resistência de aquecimento)
22 Substituição de parafusos 4 X
23 Instalar chapéu na tampa defletora X
24 Inclusão e/ou substituição do sistema de lubrificação 5 X
25 Adicionar componentes auxiliares (PTC, PT100 e Resistência de X
aquecimento) 6
26 Usinagem do rotor X
27 Recuperação por processos de soldagem, metalização, usinagem
e embuchamento dos componentes: tampas, eixo, rotor, carcaça, X
caixa de ligação, anéis

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28 Instalação de caixa de ligação auxiliar 7 X
29 Substituição da carcaça do motor 8 X
30 Realizar ou alterar rosca para os cabos na caixa de ligação 9 X
Tabela 15: Execução de serviços em Motores: Ex d; Ex n; Ex e; Ex tD
Notas:
1. O serviço de rebobinamento deve garantir que sejam mantidos os dados originais do motor.
Somente é permitido alteração de tensão para tensões previstas no certificado do motor. Os
motores “Ex e” que necessitam ser rebobinados deverão retornar a WEG;
2. O sistema de vedação do motor entre eixo e tampa/anéis pode ser trocado para fins de
alteração do índice de proteção do motor (desde que o novo índice esteja previsto no
certificado do motor) ou por reposição de componentes danificados;
3. Eventualmente um material isolante de classe térmica superior pode ser utilizado,
entretanto isto não pode ser considerado para alterações da condição térmica do motor;
4. Parafusos podem ser substituídos por parafusos de mesma classe de resistência;
5. Pode ser incluído e/ou substituído o sistema de lubrificação nos motores Ex "d" da carcaça
132 a 200, através da intercambiabilidade das peças (anéis e tampas). Para os demais tipos
de proteção esta alteração pode ser realizada a partir da carcaça 90;
6. Acessórios podem ser adicionados desde que previsto no documento de certificação;
7. Somente para os motores: Ex "e"; Ex "n" e Ex "tD";
8. O serviço de troca de carcaça deve garantir que sejam mantidos as concentricidades entre o
estator e os encaixes das tampas, isto visa garantir o entre ferro entre o rotor e o estator de
forma a manter o entre ferro mínimo definido por normas. Desta forma os motores que
necessitam trocar a carcaça deverão retornar para WEG;
9. Consultar a WEG.

7. Fornecimento de Partes e Peças

As Partes e Peças dos produtos especificados às áreas de risco devem ser adquiridas
diretamente com a WEG Motores, para uso em consertos, podendo ser comercializadas pela
CONTRATADA, a outros Assistentes Técnicos Autorizados credenciados para este fim, devendo
para isto, verificar junto à WEG Motores o real credenciamento da outra parte.
A venda direta ao consumidor (pessoa física ou jurídica) de qualquer componente de motores
para atmosfera explosiva é estritamente proibida. Caso o motor não possa ser retirado de seu local
de trabalho o Assistente Técnico poderá realizar o trabalho em campo desde que acordado
previamente com o cliente, pois os custos de mão-de-obra e transporte correm por conta do dele.
A não observação deste fato rescindirá imediatamente o contrato de prestação de serviços de
Assistência Técnica, com os custos de eventuais perdas e danos de responsabilidade única da
CONTRATADA.

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8. Histórico de Atualizações

19/03/2013 – Alterado tabela 13 de torque de aperto de parafusos;


03/12/2013 - Alterado comprimento cota “X” para aplicação de resina epoxi para carcaça 160 no
anexo 4;
14/11/2014 - Alterado texto do item 5.1.4 para inclusão da obtenção de dados de bobinagem e
criado o item 5.1.5 Sensores de temperatura no bobinado.
09/02/2015 - Alterado tabela 13 de torque de aperto de parafusos;
10/02/2015 - 3.3.2 Definição de Líquido Inflamável
10/02/2015 - 3.3.3 Definição de Líquido combustível

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Anexo 1

Detalhes para Motores Ex Acionados por Inversor de Frequência

Motores “Ex d”, com e sem freio, “Ex n” e “Ex t” que operam com variação de velocidade, o
inversor possui as seguintes características:
 Característica operacional: PWM;
 Faixa de frequência: conforme certificado;
 Frequência de chaveamento: conforme certificado;
 Tipo de controle: Vetorial.
Motor que pode operar acionado por inversor de frequência é identificado com a letra “X” ao final
do número de seu certificado. O certificado, além de descrever as características do inversor,
informa que o usuário é responsável por ligar o sensor de temperatura instalado no motor a um
dispositivo adicional que garanta a proteção térmica do motor. Ou seja, motor acionado por
inversor tem que ter protetor térmico instalado. O dispositivo de proteção térmica deve ser
instalado e ajustado conforme a característica do protetor térmico e deve estar em conformidade
com a norma de instalação ABNT NBR IEC 60079-14.

Motores acionados por inversor de frequência nas carcaças IEC 315 e 355, devem possuir um
mancal isolado.

Motores que operam com inversor devem obedecer a curva de derating descrito no seu
certificado, isto visa atender a classe de temperatura para o qual o motor foi projetado.

Obs.: Os motores que possuem placa contendo certificado emitido pelo CEPEL não estão aptos a
operar com inversor de freqüência.

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Anexo 2

Loop- Test

Objetivo
Descrever de forma simples, equalizando as informações a respeito do teste capaz de
detectar pontos quentes, nos estatores de motores elétricos.

Ponto Quente
Caso o isolamento elétrico existente entre as lâminas do estator seja danificado em
algum ponto (devido a um curto-circuito dentro da ranhura, por exemplo), ocorrerá um
aumento muito grande das correntes parasitas naquele ponto, provocando um
superaquecimento. Ou seja, aparecerá um ponto quente no núcleo de chapas. Se um motor
que apresenta ponto quente for rebobinado, quando estiver operando com carga irá
apresentar aquecimento anormal da carcaça, podendo sobreaquecer também os rolamentos
(devido a maior dificuldade em dissipar seu calor). Como consequência, em pouco tempo
poderá ocorrer falha do rolamento e/ou nova queima do motor. Saliente-se que o ponto
quente irá sobreaquecer o motor praticamente sem aumentar a corrente, e nesse caso o relé
térmico não protegerá o motor.

Loop-Test
O loop-test deve ser feito sempre que um motor queimado apresentar características
de possível danificação do isolamento entre lâminas do estator. Como exemplos dessas
características, podemos citar:
- Curto-circuito dentro da ranhura ou na saída da ranhura, provocado por falha do material
isolante;
- Curto-circuito dentro da ranhura, provocado pelo arraste do rotor;
- Marcas de arraste do rotor no estator, mesmo que o arraste não tenha provocado curto-
circuito dentro da ranhura;
- Sobrecarga violenta, provocando carbonização do material isolante.

Procedimento
O loop-test consiste em se criar um campo magnético no núcleo de chapas, mediante
a aplicação de tensão em um solenóide conforme visto na figura 1. Para o cálculo do
número de espiras e da bitola do fio para a montagem do solenóide, deve-se observar as
figuras 1 e 2 e aplicar as equações abaixo:
Z = 375.000 x U (Espiras) D1 = Di + 2hn1 (mm)
f x (De – D1) x L

S = 37.500 x U x (De + D1) (mm2)

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f x Z2 x L x (De – D1)

Simbologia

U = tensão (V) a ser aplicada no solenóide hn1 = altura da ranhura (mm)


f = freqüência (Hz) da tensão U L = comprimento do pacote de chapas (mm)
De = diâmetro externo do estator (mm) Z = número de espiras necessárias para o
solenóide
Di = diâmetro interno do estator (mm) S = seção do condutor a ser utilizado no
solenóide

Após calculado e montado o solenóide, aplica-se a tensão U em seus terminais, e


verifica-se a temperatura em diversos pontos do núcleo durante aproximadamente trinta
minutos. Caso algum ponto do núcleo venha a aquecer pelo menos 10ºC acima da
temperatura dos outros pontos, deverá ser considerado como um ponto quente. Nesse caso,
o núcleo magnético deverá ser condenado e substituído.

Observações
- A figura 1 não mostra a carcaça, somente para simplificar o desenho. O teste é feito com o
núcleo dentro da carcaça;
- O loop-test deverá ser feito com o estator limpo, isto é, sem o bobinado queimado:

Figuras que mostram estator danificado e processo de ensaio

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Anexo 3

Desenhos em corte de “Ex d” (sem freio)

Carcaça IEC 90 a 200 “Ex d”

Carcaça IEC 90 a 200 “Ex d”

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Carcaça IEC 225 a 355 “Ex d”

Carcaça IEC 225 a 355 “Ex d”

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Desenhos em corte de “Ex d” (com freio)

Carcaça IEC 90 a 200 “Ex d” com freio

Carcaça IEC 90 a 200 “Ex d” com freio

55
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
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Tampa Traseira:

Tampa traseira “Ex d” sem freio Tampa traseira “Ex d” com freio

Existem 4 parafusos que fixam a tampa traseira na carcaça do motor e são 4 parafusos que
fixam a sobre tampa do freio na carcaça do motor.

Furos foram adicionados para fixação do freio na tampa traseira e para o “Bushing line” de
passagem dos calos de ligação do freio.

Furos roscados

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Desenhos em corte de “Ex d” Motor “Bomba de Combustível

Carcaça EXT 61 Trifásico

Carcaça EXT 61 Trifásico

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ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
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Carcaça EXM 61 Monofásico

Carcaça EXM 61 Monofásico

58
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
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Carcaça EXT 56 Trifásico

Carcaça EXM 56 Monofásico

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Desenho em corte de motores “Ex e”, “Ex n”, “Ex t” (W21)

Carcaça IEC 225 a 355

Carcaça IEC 63 a 200

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Desenho em corte de motores “Ex n”(HGF)

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Anexo 4

Tabela: Diâmetros e Tolerâncias para Eixos e Tampas Linha W21

Diâmetro do Assento Rolamento Diâmetro do Cubo do Rolamento


Carcaça (Eixo) (Tampa)
Dianteiro Traseiro Dianteiro Traseiro
+ 0,001 + 0,001 - 0,006 0,000
63 12 k5 12 k5 32 J6 32 H6
+ 0,009 + 0,009 + 0,010 + 0,016
+ 0,001 + 0,001 J6 - 0,006 H6 0,000
71 17 k6 15 k6 40 35
+ 0,012 + 0,012 + 0,010 + 0,016
+ 0,002 + 0,001 - 0,006 0,000
80 20 k6 17 k6 47 J6 40 H6
+ 0,015 + 0,012 + 0,010 + 0,016
+ 0,002 + 0,002 - 0,006 0,000
90 25 k6 20 k6 52 J6 47 H6
+ 0,015 + 0,015 + 0,010 + 0,016
+ 0,002 + 0,002 - 0,006 0,000
100 30 k6 25 k6 62 J6 52 H6
+ 0,015 + 0,015 + 0,013 + 0,019
+ 0,002 + 0,002 - 0,006 0,000
112 35 k6 30 k6 80 J6 62 H6
+ 0,018 + 0,015 + 0,013 + 0,019
+ 0,002 + 0,002 - 0,006 0,000
132 40 k6 35 k6 90 J6 72 H6
+ 0,018 + 0,018 + 0,016 + 0,019
+ 0,002 + 0,002 - 0,006 0,000
160 45 k6 45 k6 100 J6 85 H6
+ 0,018 + 0,018 + 0,016 + 0,022
+ 0,002 + 0,002 - 0,006 0,000
180 55 k6 55 k6 120 J6 100 H6
+ 0,021 + 0,021 + 0,016 + 0,022
+ 0,002 + 0,002 - 0,007 0,000
200 60 k6 60 k6 130 J6 110 H6
+ 0,021 + 0,021 + 0,018 + 0,022
+ 0,002 + 0,002 H5 0,000 H5 0,000
225 70 k6 70 k6 150 150
+ 0,021 + 0,021 + 0,018 + 0,018
+ 0,011 + 0,002 0,000 0,000
250 70 m5 70 k6 150 H5 150 H5
+ 0,024 + 0,021 + 0,018 + 0,018
+ 0,011 + 0,002 H5 0,000 H5 0,000
280 II P 70 m5 70 k6 150 150
+ 0,024 + 0,021 + 0,018 + 0,018
+ 0,013 + 0,002 0,000 0,000
280 IV P 80 m5 80 k6 170 H5 170 H5
+ 0,028 + 0,021 + 0,018 + 0,018
+ 0,011 + 0,002 0,000 0,000
315 II P 70 m5 70 k6 150 H5 150 H5
+ 0,024 + 0,021 + 0,018 + 0,018
+ 0,013 + 0,002 0,000 0,000
315 IV P 95 m5 80 k6 200 H5 170 H5
+ 0,028 + 0,021 + 0,020 + 0,018
+ 0,011 + 0,002 0,000 0,000
355 II P 70 m5 70 k6 150 H5 150 H5
+ 0,024 + 0,021 + 0,018 + 0,018
+ 0,013 + 0,003 0,000 0,000
355 IV P 110 m5 95 k6 240 H5 200 H5
+ 0,028 + 0,025 + 0,020 + 0,020

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Tabela: Distância entre encosto de rolamentos para linha W21

“Ex e”; “Ex n”; “Ex t” -


Carcaça “Ex d” - L (mm)
L (mm)
63 --- 119.5 (0 a +0.2)
71 ---- 131.7 (0 a +0.2)
80 ---- 146.7 (0 a +0.2)
90S 150.3 (0 a +0.2) 154.7 (0 a +0.2)
90L 175.8 (0 a +0.2) 179.7 (0 a +0.2)
100L 203.4 (0 a +0.2) 205.7 (0 a +0.2)
112M 209.4 (0 a +0.2) 213.7 (0 a +0.2)
132S 240.6 (0 a +0.2) 245.6 (0 a +0.2)
132M 278.6 (0 a +0.2) 283.7 (0 a +0.2)
160M 337 (0 a +0.2) 340.3 (0 a +0.2)
160L 381 (0 a +0.2) 384.7 (0 a +0.2)
180M 376.5 (+/-0.2) 380.6 (0 a +0.2)
180L 414.5 (+/-0.2) 418.7 (0 a +0.2)
200M 435.5 (+0.2) 437.7 (0 a +0.2)
200L 473.5 (0 a +0.2) 475.7 (0 a +0.2)
225S/M 494 (+/- 0.3) 494 (+/- 0.3)
250S/M 570 (+/- 0.3) 570 (+/- 0.3)
II 679 (+/- 0.3) 679 (+/- 0.3)
280S/M
IV/VI/VIII 671 (+/- 0.3) 671 (+/- 0.3)
II 769 (+/- 0.3) 769 (+/- 0.3)
315S/M
IV/VI/VIII 750 (+/- 0.3) 750 (+/- 0.3)
II 999 (+/- 0.3) 969 (+/- 0.3)
355M/L
IV/VI/VIII 974 (+/- 0.3) 944 (+/- 0.3)

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MOTORES ELÉTRICOS
Dimensional de Passagem de Chama no Encaixe Entre Carcaça e Tampa
para Motor “Ex d” na Carcaça 90 a 355

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MOTORES ELÉTRICOS
Dimensional de Passagem de Chama no Anel de Fixação e Eixo
para Motor “Ex d” na Carcaça 90 a 200

Carcaça 90 e 100 Carcaça 112 e 132 Carcaça 160 a 200

65
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
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MOTORES ELÉTRICOS
Dimensional de Passagem de Chama no Anel de Fixação e Eixo
para Motor “Ex d” na Carcaça 225 a 355

66
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MOTORES ELÉTRICOS
Dimensional de Passagem de Chama da Tampa Traseira e Tampa do Freio e Eixo
para Motor “Ex d” com Freio na Carcaça IEC 90 a 200

Detalhe da tampa do freio

Detalhe da tampa traseira

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MOTORES ELÉTRICOS

Detalhe do “Bushing line” dos cabos de alimentação do freio

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MOTORES ELÉTRICOS
Dimensional de Passagem de Chama na Caixa de Ligação
Para Motores Industriais “Ex d”

Detalhe da caixa de ligação das carcaças IEC 225 a 355

Detalhe da caixa de ligação das carcaças IEC 90 a 200

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MOTORES ELÉTRICOS

Aplicar a massa epóxi sobre a espuma auto-extinguível e na superfície mostrada nas duas figuras
anteriores, observando as seguintes dimensões mínimas para cota “X”:

X
CARCAÇAS (mm)
IEC
90 27
100 33
112 38
132 43
160 45
180 50
200 50
225 e 250 64
280 e 315 71
355 80

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MOTORES ELÉTRICOS

Detalhe da caixa de ligação das carcaças IEC 160 a 200 “Ex d” com freio

Detalhe das passagens de chama na caixa de ligação das carcaças IEC 160 a 200 “Ex d” com freio

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MOTORES ELÉTRICOS
Dimensões Mínimas
Carcaça
Z1 Z2 Z3 W1 W2
90 12 12,5 8 18 22,5
100 12 12,5 8 18 22,5
112 13 12,5 8 18 21
132 13 12,5 8 18 21
160 14 12,75 8,7 20 18
180 14 12,75 8,7 20 18
200 14 13,5 8,7 20 18

Detalhe de passagem de chama na caixa de ligação das carcaças IEC 90 a 355

Dimensões Mínimas
Carcaça
ω1 ω2 ω3 W1 W2
90 12 12,5 9 18 22,5
100 12 12,5 9 18 22,5
112 13 12,5 9 18 21
132 13 12,5 9 18 21
160 14 12,75 9 20 18
180 14 12,75 9 20 18
200 14 13,5 9 20 18
225 18.5 12,5 11,5 22,5 30

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MOTORES ELÉTRICOS
250 18.5 12,5 11,5 22,5 30
280 17 12,5 11,5 22,5 29
315 17 14 11,5 22,5 30
355 13 14 13 22,5 30

- W1 e W2 - Largura mínima da junta


- ω1, ω2 e ω3 - Distância mínima entre furo e interior ou exterior do invólucro
- Dimensões em milímetros
- Para motores fabricados do ano de 2007 ou mais antigos alguns valores medidos podem
estar em acordo com os documentos da época. Em caso de divergência das medições
com os valores informados na tabela acima, entrar em contato com a Fábrica.

Placas de bornes fresamento no pino para motores linha Ex e - Segurança aumentada

Dimensional de Passagem de Chama para Motores “Bomba de Combustível” da Carcaça 56


e 61

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Detalhe da caixa de ligação das carcaças EXT 56 e EXM 56

Detalhe da saída dos cabos na tampa dianteira nas carcaças EXT/EXM 56 e 61

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MOTORES ELÉTRICOS
Detalhe da saída dos cabos na tampa traseira nas carcaças EXT/EXM 56 e 61

Detalhe da saída dos cabos na tampa traseira na carcaça 56

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Detalhe das juntas de passagem de chama nas carcaças EXT/EXM 56

Detalhe das juntas de passagem de chama nas carcaças XPT/XPM 56 e EXT/EXM 61

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MOTORES ELÉTRICOS

Detalhe da chave comutadora de tensão nas carcaças EXT/EXM 61

Anexo 5

Aplicação de graxa Lumomoly em Motores “Ex d” – IP 56, IP 65 e IP 66

Pontos de aplicação:
1 – Nos encaixes da carcaça;
2 – Na parte superior da caixa de ligação;
3 – Base de fixação da caixa de ligação na carcaça;
4 – Parafusos de fixação de labirinto laconite quando este for montado no motor.

Importante, a graxa Lumomoly somente é aplicada em partes usinadas.

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