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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

EZEQUIEL ASSUNÇÃO

2010
SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARÁ
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARÁ


SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARÁ

2010

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARÁ


SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARÁ

Presidente: José Conrado Azevedo Santos

DIRETORIA REGIONAL DE SENAI DR/PA

Diretor: Gerson dos Santos Peres

DIRETORIA DE GESTÃO

Diretor: Dário Antonio Bastos Lemos

DIRETORIA TÉCNICA

Diretor: Ernesto Lucena Marçal

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Diretora: Lúcia Maria dos Santos Peres

GERÊNCIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Gerente Executivo: Arícles Lemos Freitas

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARÁ

2010

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARÁ


SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

SENAI – PA – DEPARTAMENTO REGIONAL


É Proibida a reprodução total ou parcial deste documento, sem a prévia
autorização por escrito do SENAI – Departamento Regional do Pará.

FICHA TÉCNICA

Correção Gramatical: Arinalda Gomes da Costa


Pesquisa e Elaboração: Ezequiel Assunção
Avaliação Pedagógica: Eli Silva Costa
Avaliação Técnica: Eli Silva Costa
Diagramação: Eli Silva Costa

Normalização: Setor de Informação e Documentação

SENAI. PA

Segurança na Operação de Pá Carregadeira. Belém:


SENAI-PA, 2010, 64 p.

.Título.

CDD

SENAI – Departamento Regional do Pará


Diretoria de Educação e Tecnologia
Travessa Quintino Bocaiúva, 1588 Bloco B – 4º andar
CEP 86.035 – 190 Belém – PA
Fones: (91) 4009-4767 / 4009-4773 FAX: (91) 3223-5073
www.pa.senai.br

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

SUMÁRIO
RELAÇÕES INTERPESSOAIS 11
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 13
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTE 16
PRIMEIROS SOCORROS 18
GESTÃO DA QUALIDADE 20
ÉTICA E CIDADANIA 21
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 22
COMUNICAÇÃO 24
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA 28
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES TÍPICAS DA PÁ
29
CARREGADEIRAS
PARTES DA PÁ CARREGADEIRA 30
RISCOS E PREVENÇÃO NA OPERAÇÃO DA PÁ
34
CARREGADEIRA
NORMAS DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO COM A PÁ
38
CARREGADEIRA
DIREÇÃO DEFENSIVA 44
TIPOS DE SITUAÇÃO ADVERSA 47
PROCESSO OPERACIONAL COM A CAÇAMBA DA PÁ
54
CARREGADEIRA
CARREGAMENTO DE CAÇAMBA 59
PROCESSO PARA PARADA 61
BIBLIOGRAFIA 64

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APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua do padrão


de qualidade e produtividade da indústria, o SENAI-DEPARTAMENTO
REGIONAL DO PARÁ desenvolve programas de educação profissional, além
de prestar serviços técnicos e tecnológicos.

Esse manual foi preparado para funcionar como instrumento de


consulta, possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia
do profissional, e apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação, é
um meio que possibilita de forma eficiente, o aperfeiçoamento do participante
através do estudo do conteúdo apresentado. O objetivo maior é propiciar
informações ao operador quanto à manutenção preventiva, conceitos e
técnicas de manuseio da Pá Carregadeira de forma eficaz e segura, conforme
prevê a NR.11 - Norma Regulamentadora, da Portaria 3214 de 08 de junho de
1978 do MTE.

Essas atividades estão direcionadas para indústrias nos diversos


segmentos, através de programas de educação profissional, consultorias e
informação tecnológica, para todos os profissionais da área industrial ou
aqueles que desejam profissionalizar-se e inserir-se no mercado de trabalho.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

"O prazer no trabalho


aperfeiçoa a obra."
(Aristóteles)

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS

As pessoas são diferentes. É tão óbvio que nem atentamos para isto. Se
levarmos essa afirmação a sério será muito importante
para nossos processos de comunicação e
relacionamento pessoal, pois poderemos viver melhor
com as pessoas que nos rodeiam. Teremos menos
preocupações, menos raiva e mais alegria.

Entendendo que os outros são diferentes de nós, teremos mais apoio


em tudo que precisamos e muito mais possibilidades de satisfazer nossas
necessidades de convivência social, de pertencer a grupos humanos, de
sermos reconhecidos, estimados e apreciados.

É praticamente impossível mudar o mundo e as pessoas, ajustando-as


ao que consideramos o ideal - o que não deixa de ser pretensão de nossa
parte.

Então, por que não mudamos nós? E isto é possível.

Depende de uma questão de domínio próprio, perfeitamente viável


desde que saibamos o que queremos, que compreendamos o mecanismo e a
natureza de nossa percepção, vislumbraremos com clareza, os benefícios que
teremos. Isto depende de nós.

Como tudo que é aprendido pode ser aprimorado, é muito importante


termos uma atitude crítica a respeito de nossas percepções, procurando
verificar em que medida elas estão fundamentadas em fatos reais. Tal atitude
possibilita mudar, corrigir ou confirmar nossas percepções a respeito de nós
mesmos e dos outros.

É certo que o relacionamento só será bom na medida em que for boa a


sua comunicação. Se eu e você podemos nos dizer honestamente quem
somos, ou seja, o que pensamos, julgamos, sentimos, valorizamos, amamos,
respeitamos, estimamos, odiamos, tememos, desejamos, esperamos,
acreditamos e nos comprometemos, então cada um de nós poderá crescer.

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Preciso ser livre e capaz de relatar meus pensamentos, falar sobre meus
julgamentos e valores, expor meus medos e frustrações, admitir meus
fracassos e vergonhas, e compartilhar minhas vitórias, antes que eu possa
estar realmente certo daquilo que sou e daquilo que posso vir a ser.

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SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Como o acidente na empresa está relacionado a um conjunto muito


grande de dispositivos legais e, como a lei se preocupa principalmente com o
trabalhador, procurando evitar que ele se acidente ou reduzir as conseqüências
do acidentes, convém saber o que a legislação entende por acidente, como diz
o Decreto n.º 611/92 de 21/07/92:

“Art. 139 ACIDENTE DO TRABALHO é o que ocorre


pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo
exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a
perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente
ou temporário”.

Para os efeitos da lei, igualam-se e são consideradas como acidentes do


trabalho as doenças do trabalho que constem ou não de relações oficiais, os
acidentes que ocorram no local e no horário do trabalho, os acidentes que
ocorram fora dos limites da empresa e fora no horário de trabalho, dentro de
certas condições. A legislação protege o trabalhador que se acidenta nas
situações que ela estabelece como veremos no capítulo de legislação.

São, portanto, várias as possibilidades de acidentes do trabalho,


previstas na lei, todas incluindo um prejuízo físico e orgânico para o
trabalhador.

PREVENÇÃO

Como vimos o conceito legal refere-se ao


acidente do trabalho como um fato já ocorrido, pois o
define como algo que causa problemas físicos ao
trabalhador.

É, entretanto, muito importante ampliar, estender a idéia, o conceito de


acidente quando se fala em sua prevenção.

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“Acidente do trabalho é uma ocorrência não programada, inesperada ou


não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade,
ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos
materiais.”

Portanto, mesmo ocorrências que não resultem em lesão ou danos


materiais devem ser encaradas como acidentes que exigem uma investigação
do pessoal técnico, para evitar a repetição do fato.

Numa empresa, os acidentes acontecem tendo como causas mais


comuns atos inseguros e/ou condições inseguras. Os atos inseguros são
praticados por trabalhadores que desrespeitam regras de segurança, que não
as conhecem devidamente ou, ainda, que têm um comportamento contrário a
prevenção. As condições inseguras são deficiências e/ou condições
insatisfatórias do próprio ambiente de trabalho. Esses acidentes na sua grande
maioria são provocados por atos inseguros, condições inseguras ou pelos dois
fatores em conjunto. E são causas que podem ser previstas e, portanto
evitadas. Para tanto, é preciso estar alerta, é preciso saber descobrir, localizar
e identificar as causas possíveis de acidentes.

OUTROS CASOS CONSIDERADOS COMO ACIDENTES DO TRABALHO

Outros casos que caracterizam o acidente do trabalho


são, também, os infortúnios que ocorrem no local e horário de
trabalho e que resultam de atos de sabotagem ou terrorismo
praticados por estranhos ou mesmo por companheiros. O
mesmo se dá com lesões físicas intencionais, provocadas por
terceiros, se decorrentes de disputa relacionadas ao trabalho.
Atos de imprudência privados do uso da razão, desabamentos,
inundação ou incêndio, casos decorrentes de causa imprevista
ou força maior, tudo isso se enquadra no conceito de acidente do trabalho.

Esse conceito, todavia, é mais amplo, incluindo infortúnios fora do local e


horário de atividade do trabalhador. Tem como exemplos, os acidentes

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

ocorridos na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade


da empresa; na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa, para
evitar-lhe prejuízo ou para proporcionar-lhe proveito; em viagem a serviço da
empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado, e mesmo sendo veículo
próprio; no percurso residência-trabalho ou vice-versa - chamado acidente de
trajeto; nos períodos de refeição ou descanso destas, quando o trabalhador
permanece, ou não, no local de trabalho.

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO

O QUE É FOGO?

Fogo é a conseqüência de uma reação química


denominada combustão, onde é indispensável a presença do
oxigênio.

Essa reação química desprende calor ou calor e luz,


produzindo alterações profundas na substância que se queima.

Para a formação do fogo é necessária a existência de três elementos


essenciais, que reagem entre si:

Combustível: pode ser sólido, líquido ou gasoso.

Oxigênio ou comburente: ativador do fogo e dá vida às chamas; está


contido no ar.

Calor: dá início à combustão, faz começar o fogo.

Se faltar um desses três elementos, não haverá fogo, isto significa


que se tirarmos um elemento, o fogo se extinguirá.

PONTOS DE INFLAMABILIDADE OU TEMPERATURA

Pontos de fulgor: é a temperatura mínima em que um combustível


desprende gases inflamáveis ou vapores, que combinados com o oxigênio do
ar e em contato com a chama se incendeiam.

Porém, as chamas não se mantêm devido à insuficiência de


quantidade de vapores.

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Ponto de combustão: é a temperatura mínima necessária em que um


combustível desprende gases inflamáveis ou vapores, que combinados com o
oxigênio do ar e em contato com uma chama se inflamam; mesmo que seja
retirada a chama, o fogo não se apagará.

Ponto de ignição: é a temperatura mínima na qual os gases


desprendidos por um corpo entram em combustão sem o auxílio de fonte
externa de calor, apenas em contato com o oxigênio do ar.

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

Para a extinção do fogo, podemos fazê-lo:

Por resfriamento (retirada de calor)

Retira-se o calor do material incendiado, até que ele fique


abaixo do ponto de ignição. A água é o agente mais usado, mais
fácil e econômico, que melhor absorve o calor.

Por abafamento (retirada do comburente)

Por isolamento ou remoção do material (retirada do Combustível)

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

PRIMEIROS SOCORROS

A maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando acontecem,


alguns conhecimentos básicos de primeiros socorros podem diminuir o
sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. O
fundamental é saber que, em situações de emergência, deve-se manter a
calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não elimina a
importância de um médico.

Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a


prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça que um
atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde
da vítima. O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: a omissão
de socorro consiste em "Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida
ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente perigo; não pedir, nesses
casos, o socorro da autoridade pública.”

Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se da omissão


resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte.

Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em


que a pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante
para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.

CONCEITOS BÁSICOS

Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a uma


pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o
fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas
condições, até que receba assistência médica especializada.

Socorrista: Atividade regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo


a portaria n° 824 de 24 de junho de 1999. O Socorrista possui um treinamento
mais amplo e detalhado que uma pessoa prestadora de socorro.

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Urgência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital.


O tempo gasto entre o momento em que a vítima é encontrada e o seu
encaminhamento deve ser o mais curto possível.

Emergência: Estado grave, que necessita atendimento médico embora


não seja necessariamente urgente.

COMO PROCEDER EM EMERGÊNCIAS

Os acidentes representam um dos mais sérios problemas de saúde


pública, constituindo-se na principal causa de mortes e invalidez entre jovens e
crianças. Os acidentes destroem a saúde, a vida e a família de milhões de
pessoas.

Na maioria das vezes o que podemos fazer é apenas dar um


telefonema, já será grande ajuda. Ligar para o 192, Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU 192), serviço voltado para atendimento de casos de
acidentes e outras situações de emergência. O 192 possuem equipes de
resgate paramédicas capacitadas para prestar o socorro adequado e imediato,
Caso não exista na sua cidade ligue para a central 193, que uma equipe do
Corpo de Bombeiros virá atendê-lo.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

GESTÃO DA QUALIDADE

De início é importante saber que globalização não é simplesmente fazer


negócios em um determinado número de países em todo o mundo, pois na
realidade globalização é algo muito mais abrangente. É, sim, fazer negócios
em todo o mundo, porém de uma nova maneira, buscando equilibrar as
qualidades de seus produtos ou serviços com as necessidades específicas das
diversas bases de clientes locais. Desta forma, são características do
processo de globalização a melhoria da qualidade, a capacidade de
satisfação do cliente e a redução dos tempos de ciclo dos processos.

É certo que as grandes corporações, por causa de seu gigantismo e sua


burocracia, têm encontrando muita dificuldade em adaptar-se aos novos
conceitos de flexibilidade, competitividade e inovação, conceitos estes
oportunos para caracterizarem globalização. Uma das soluções está, então, em
subdividir-se e desdobrar-se (fragmentação) em pequenos empreendimentos,
pois, assim, conseguem com maior facilidade adaptar-se rapidamente às
mudanças, especialmente no que tange à tecnologia, qualidade e redução de
custos, mesmo porque o tempo é fator fundamental neste cenário de
globalização.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

ÉTICA E CIDADANIA

Substantivo feminino; vem do grego ethos, que significa “modo de ser”


ou ”caráter” enquanto forma de vida também adquirida ou conquistada pelo
homem. É o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana
suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja
relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.

DEFINIÇÃO

Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as


relações humanas. Esses princípios devem ter características universais,
precisam ser válidos para todas as pessoas e para sempre. Acho que essa é a
definição mais simples: um conjunto de valores, de princípios universais que
regem as relações das pessoas. O primeiro código de ética de que se tem
notícia, principalmente para quem possui formação católica, cristã, são os dez
mandamentos. Regras como “não matarás”, “não desejarás a mulher do
próximo”, “não roubarás” são apresentadas como propostas fundadoras da
civilização ocidental e cristã.

A ética é muito mais ampla, geral, universal do que a moral. A primeira


tem a ver com princípios mais abrangentes, enquanto a segunda se refere mais
a determinados campos da conduta humana. Quando a ética desce de sua
generalidade, de sua universalidade, fala-se de uma moral sexual, uma moral
comercial. Acho que podemos dizer que a ética dura mais tempo, e que a
moral e os costumes prendem-se mais a determinados períodos. Mas uma
nasce da outra. É como se a ética fosse algo maior e a moral fosse algo mais
limitado, restrito, circunscrito.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

São várias as maneiras apresentadas para denominar o assunto,


Ecologia, Meio Ambiente, Preservação do Verde,
Educação Ambiental, Meio Natural, etc., contudo a
questão é uma só: preservar o meio ambiente,
interromper o processo de destruição da natureza,
combater a poluição, manter a vida em nosso planeta são pontos cruciais que o
homem hoje precisa enfrentar para que as gerações futuras tenham condições
de sobreviver na terra.

Para que possamos garantir a nossa sobrevivência na terra devemos


mudar os comportamentos e as
atitudes de todos os homens, e isso
só é possível através da educação,
pois só desta forma poderemos
despertar a consciência ecológica
de todos os cidadãos e contribuir para que medidas efetivas sejam tomadas em
favor da vida, do homem e do planeta.

A natureza não é algo isolado do ser humano. O que seria do homem


sem oxigênio? O que seria de nosso corpo sem a água, sem carbono, sem
energia?

O ambiente degradado é a manifestação concreta da degradação


causada pelo homem. É o modelo de desenvolvimento e modo de vida do ser
humano moderno, que prejudica cada dia mais a integridade física do meio
natural.

Precisamos disseminar a educação ambiental e conscientizar os


cidadãos para que possamos continuar vivendo e desfrutando de todas as
maravilhas modernas, e também da natureza, pois não vivemos isolados neste
mundo, a natureza é nossa principal aliada, e só podemos continuar evoluindo
se começarmos a proteger o meio ambiente natural.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

Só depende de nós, poderemos ter o ambiente adequado quando


começarmos a mudar nossos hábitos, a colaborar com o nosso meio, e quando
nos conscientizarmos que isso não é um problema para a próxima geração, e
sim um problema nosso, que começou a gerações atrás, poderemos começar a
ficar tranqüilos, pois continuaremos a ter a natureza a nosso favor.

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COMUNICAÇÃO

Você já pensou para que serve a comunicação?

Como nós podemos nos comunicar com os outros?

AS VÁRIAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO

Quando uma abelha quer contar às outras onde ela encontrou uma
porção de flores, cheias de néctar, executa uma espécie de dança, que é a
forma que ela usa para se comunicar.

Os animais, embora não falem, têm formas sofisticadas de


comunicação.

As baleias, por exemplo, emitem um canto prolongado, que atravessa os


oceanos.

Os cães conseguem não só comunicar-se entre si, como até mesmo


comunicar-se com seus donos.

As crianças também se comunicam antes mesmo de saber falar, por


gestos, por ruídos, por expressões.

O adulto, mesmo sabendo falar, também se comunica por gestos. O


gesto de levantar ou abaixar o polegar é compreendido por todos, desde o
tempo dos romanos. O aceno de quem vai embora, o sorriso, o abanar da
cabeça, para dizer sim ou não, são formas de comunicação que dispensam a
palavra, embora variem de significação, de um povo para outro.

Os surdos-mudos possuem dois tipos de linguagem. Ambas se valem de


gestos das mãos.

Não são apenas os gestos que comunicam sem palavras.

Até a maneira de uma pessoa se vestir ou se enfeitar pode ser


considerado uma forma de comunicação.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

A música é outra forma de comunicação. Ela transmite estados de


espírito: alegria, tristeza, romantismo ou entusiasmo.

Quando a música é acompanhada de letra, pode emitir uma mensagem


específica, que vai desde as ingênuas canções infantis até os mais exaltados
hinos patrióticos.

O sonho do entendimento universal está ainda longe de se realizar.

No entanto, a busca de uma linguagem que possa ser compreendida por


todos é constante.

Hoje, em todas as cidades do mundo, encontramos sinais de trânsito,


avisos que proíbem o fumo, indicações para toaletes masculinos ou femininos,
praticamente iguais.

REFLEXÃO:

a) De acordo com o texto, podemos afirmar que apenas os seres


humanos se comunicam?

b) ”Até a maneira de uma pessoa se vestir ou se enfeitar pode ser


considerada uma forma de comunicação.”

- Que tipo de informação pode ter a respeito de uma pessoa pela


observação de suas roupas?

c) ”O gesto de levantar ou abaixar o polegar é compreendido por todos,


desde o tempo dos romanos.”

- E hoje? Qual é o significado desses dois gestos?

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COMO É QUE ACONTECE A COMUNICAÇÃO?

Em primeiro lugar, é necessário alguém para mandar uma mensagem e


alguém para receber essa mensagem.

_ Quem manda uma mensagem é chamado emissor.

_ Quem recebe uma mensagem é chamado receptor.

EMISSOR RECEPTOR

MENSAGEM

COMUNICAÇÃO É O ENTENDIMENTO DE UMA PESSOA COM


OUTRA(S)

Para que a mensagem transite do emissor ao receptor, é preciso dar-lhe


uma forma capaz de ser recebida e, obviamente, compreendida.

Assim, faz-se necessário codificar a mensagem, isto é, transformar a


idéia em um código conhecido pelo receptor.

Podemos utilizar diversas linguagens. Entre elas:

.
A linguagem visual, que apresenta imagens;

A linguagem gestual, que apresenta gestos

A linguagem verbal, que apresenta palavras;

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

A PALAVRA

Quando falamos em código, definimo-lo como quaisquer sinais ou


símbolos capazes de transferir a mensagem do emissor ao receptor. De todos
os códigos, é a palavra o mais importante por sua dupla natureza e seu
extenso emprego. A palavra pode ser:

a) falada, sensibilizando a audição do receptor; e

b) escrita, sensibilizando-lhe a visão.

Tanto a palavra escrita quanto a falada têm igual importância prática.


Observamos, porém, que a palavra falada é mais espontânea e por isso, mais
sujeita a descuidos do emissor. A palavra escrita é mais cuidada e,
conseqüentemente, menos espontânea, além de ocasionar inibição do
raciocínio por exigir outras habilidades do emissor: Ortografia, acentuação,
pontuação, etc.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

INTRODUÇÃO

A pá carregadeira é uma maquina com tração força motriz, que serve


para execução de diversas atividades dentro do processo produtivo de
determinadas empresas. Ela é um veiculo que possui direção diferenciada dos
outros veículos comuns, pois podem ser do tipo articuladas ou com direção nas
rodas traseiras.

Esse manual tem como objetivo informar ao operador os procedimentos


e técnicas comportamentais das operações com pá carregadeiras, tomando por
bases legais de acordo com normas pertinentes (NR – 11 e NR - 12 e NR –
18), visando à prevenção de acidentes e a vida útil da maquina.

A pá carregadeira é um tipo de veículo destinado à movimentação


de materiais e cargas.

A função da pá carregadeira é:

 Movimentar e deslocar
materiais;
 Carregamento de
caminhões;
 Nivelamento de terrenos;
 Espalhamento de
materiais;

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

DESCRIÇÃO DAS APLICAÇÕES TÍPICAS DAS PÁS-


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CARREGADEIRAS

MODERADAS

 Carregamento intermitente de caminhões com material retirado de


pilha, abastecimento de tremonhas em superfícies firmes e lisas;
 Materiais de fácil escoamento e baixa densidade;
 Trabalho geral em obras publica e indústria;
 Carregamento e transporte em condições de solo ruins a curtas
distancias, sem rampas.

MÉDIAS

 Carregamento continuo de caminhões com material retirado de


pilha.
 Materiais de densidade baixa a média em caçamba de tamanho
apropriado.
 Carregamento de tremonhas em condições leves a médias de
resistência ao rolamento.
 Carregamento de material de barranco em boas condições de
escavação.
 Carregamento e transporte de superfícies ruins e com inclinação
ligeiramente desfavorável.

RIGOROSAS

 Carregamento de pedras fragmentadas (pás-carregadeiras


grandes).
 Manuseio de materiais de alta densidade, com contrapeso na
máquina.
 Carregamento constante em espaços muito reduzidos junto a
barrancos.
 Trabalho contínuo em superfícies irregulares ou muito macias.
 Carregamento e transporte em escavação difícil.

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 Distâncias de percurso mais longas sobre superfícies precárias


com inclinações desfavoráveis.

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PARTES DA PÁ CARREGADEIRA

Cabine do operador: local que acomoda o operador, ela comporta além


do assento do operador, os elementos de comandos e de instrumentos.

Elementos de comando: é o conjunto de instrumentos que tem por


finalidade colocar a máquina em operação, são eles: acelerador, freios,
alavanca de direção, comandos hidráulicos etc.

Alavancas direcionais: ficam no lado direito e lado esquerdo, à frente


do assento. Para um controle seguro dos equipamentos móveis, sempre
movimente lenta e suavemente.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

Apenas um pequeno movimento é necessário para mover os


componentes.

Painéis de instrumentos: É o conjunto de instrumentos que tem por


finalidade monitorar as diversas situações do veículo. No painel de leitura, o
operador encontra um observador fiel, que registra os principais pontos vitais
dos componentes da máquina por isso, o operador deve prestar muita atenção
nesse painel, conservá-lo e, quando indicar falha, levar a máquina à oficina de
manutenção.

EX: Instrumentos

I. Temperatura do óleo do motor.


II. Temperatura do óleo da transmissão.
III. Pressão do óleo do motor

Amperímetro: É um instrumento que serve para indicar avarias no


sistema de reposição de carga na bateria.

Horímetro: É um instrumento que serve para indicar horas trabalhadas


da carregadeira e auxiliar nos planos de manutenções da maquina.

Manômetros: São instrumentos que servem para medir pressão, e


geralmente são graduados em quilograma força por centímetros quadrados
(gf/cm²), libras por polegadas quadrada (Psi), quilo pascal (Kpa) e bar.

Termômetro: São instrumentos que servem para medir temperaturas.


Por intermédio destes o operador monitora a temperatura normal em
funcionamento dos equipamentos. Os termômetros podem ser graduados em

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

graus °C (centigrados) e °F (Fahreheite) dependendo da norma adotada pelo


fabricante do equipamento.

Nivelamento da caçamba: instrumento que serve para nivelar a


caçamba (concha) em relação ao solo, o operador deve conhecer as técnicas
para nivelamento durante a prática operacional com a máquina.

O TREM DE FORÇA é o principal responsável pela movimentação e


potência do equipamento, sendo assim é necessário conhecer e
identificar os mesmos.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

SISTEMA HIDRÁULICO:

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RISCOS E PREVENÇÕES NA OPERAÇÃO COM PÁ


CARREGADEIRA

O ideal seria a ausência dos riscos no ambiente de trabalho, porém, com


a necessidade de se aplicar máquinas e equipamentos e outras tecnologias, os
riscos são evidentes, nos restando criar meios de proteção.

Segundo; Rogério Regai em sua publicação “Perícia e avaliação de


ruído e calor”, o termo o termo risco ocupacional possui varias forma de
classificação e interpretação no campo da segurança do trabalho, o que se
pode concluir de imediato é que os riscos ocupacionais podem provocar efeitos
adversos á saúde e a integridade física e psicológica do trabalhador.

TABELA DE RISCOS E PREVENÇÕES

Riscos Exemplo Prevenção


Operacionais: São Execução de uma tarefa Inspeção rigorosa nas
condições adversas no com ferramenta ou máquinas e
ambiente de trabalho, equipamento equipamentos; não
apresentadas por inadequado ou avariado. trabalhar com máquinas
aspectos administrativos Ausência de e equipamentos e
ou operacionais, que procedimentos de equipamentos
aumentam a trabalho. defeituosos
probabilidade de ocorrer Falta de treinamento.
um acidente.
Comportamentais: Desmotivação, baixo Criar Procedimentos de
Envolve os aspectos estima ou problemas operação.
individuais do emocionais.
trabalhador, motivado
por um despreparo
técnico, desequilíbrio
psíquico ou de saúde.
Ambientais: Estão Ruído oriundo do motor, Para minimizar os
definidos na legislação vibração devido ao efeitos desses agentes o
do ministério do trabalho aquecimento do motor operador deve usar EPI,
NR-9, são eles: Agentes etc. conforme a disposição
físicos (ruído, calor, do programa de
vibração, frio, umidade, prevenção de riscos
radiações ionizantes e ambientais, estabelecido
não ionizantes ou pela empresa.
pressões anormais),
agentes químicos
(substância na forma de
gases, vapores e
aerodispersóides) e
agentes biológicos

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

Ergonômicos: São Postura inadequada, O operador deve seguir


decorrentes das movimento repetitivo, o programa de controle
condições de trabalho, esforço visual, atenção e desse risco, como:
evolvem fatores raciocínio, ritmo de Ginástica laboral,
biomecânicos, produção, trabalho interrupções em
exigências psicofísicas monótono, trabalho algumas atividades etc.
do trabalho, deficiência noturno (condições de
do processo. iluminação) e stress.

Riscos intrínsecos a Fator causal Prevenção


operação com pá
carregadeira
Deslocamento da Trafegar com caçamba
Tombamento lateral máquina com a caçamba da máquina com uma
acima de 40 cm do solo distância de 30 a 40 cm
e velocidade do solo e velocidade
incompatível compatível.
Operador trafegando Aplicar o cinto de
sem cinto de segurança segurança, nivelar o
Queda do operador com em piso muito irregular, piso, trafegar sempre
a máquina em com a porta da cabine com a porta da cabine
movimento. aberta e velocidade fechada e manter
incompatível. velocidade compatível
com as condições do
local.
Operador com roupas Não operar com roupas
Queda do operador com não apropriadas abertas e outros, que
a máquina parada. descendo ou subindo da possam engatar nas
máquina pelo lado alavancas quando for
errado. subir ou descer da
máquina, subir e descer
pelo lado correto da
máquina.
Risco de atropelamento Operador trafegando Próximo a zona de
de pedestre com a com excesso de circulação de pedestre
máquina velocidade próximo a reduzir a velocidade e
zona de circulação de ser cortês, repousar
pedestre; operador não após uma jornada de
respeitar sinalização, trabalho de oito horas de
faltar com cortesia. operação e evitar operar
a máquina mal
emocionalmente.
Risco físico; vibração na Local muito irregular,
operação de buracos e obstáculos Planar a via com a
deslocamento da sobre a via além da caçamba da máquina,
máquina. vibração do próprio remover os obstáculos e
motor da máquina. reduzir a velocidade.
Risco de colisão Imperícia e imprudência. Só operar a máquina
quando estiver perito e
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respeitar rigorosamente

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

as regras e
procedimentos de
segurança.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA OPERADORES DE PÁ


CARREGADEIRAS

PROCEDIMENTOS ANTES DA OPERAÇÃO

Antes da operação o operador deve fazer uma inspeção visual na carga,


no trajeto e na máquina.

INSPEÇÃO VISUAL NA MÁQUINA (MANUTENÇÃO PREVENTIVA)

É o ato de verificar as condições físicas e funcionais da máquina, antes


de colocá-la em operação, nesta, o operador deve levantar problemas que a
máquina possa estar apresentando através de uma inspeção visual.

A inspeção se divide em duas etapas, primeiramente com o motor


parado e posteriormente com o motor funcionando.

PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO

Itens de inspeção com o motor desligado

Local a Inspecionar Descrição Medidas a adotar


Carcaça ou Chassis Verificar anormalidade Se houver
em toda a carcaça, tais anormalidades,
como: batidas, empenos, comunicar ao gerente
pintura, arranhada, etc.operacional do turno que
tomará providências
cabíveis.
Mangueiras Bombas e Verificar, visualmente, se Comunicar ao gerente
Motor existe vazamentos de operacional que tomará
óleo nestes providências cabíveis.
componentes
Radiador Verificar, se o nível de Em caso negativo,
água está cobrindo as completar o nível.
aletas do radiador.
Filtros de ar primário Verificar se pó dentro Em caso positivo, retirar
dos filtros. o pó, soprando com ar
comprimido.
Reservatórios de óleo do Verificar se o recipiente Em caso negativo,
freio está cheio de óleo. completar o óleo.
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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

Cárter do motor Verificar, utilizando a Abaixo do nível,


vareta se o óleo está no completar o óleo. Acima
nível. do nível, drenar o óleo.
Baterias Verificar se a água está Em caso negativo,
cobrindo as placas da completar a água. Fixar
bateria. Verificar baterias a bateria.
quanto à fixação.
Extintor de Incêndio Verificar se está em bom Em caso negativo,
estado de conservação e comunicar ao gerente
carregado. operacional.
Itens de inspeção com o motor funcionando
Faróis Verificar se as lâmpadas Em caso negativo,
estão funcionando comunicar ao gerente
operacional.
Buzina Verificar se a buzina Em caso negativo,
está emitindo o sinal comunicar ao gerente
sonoro. operacional.
Conjunto articulador da Acionar a alavanca de Caso encontre
caçamba elevação, até o fim do irregularidade,
curso do cilindro. comunicar ao gerente
operacional
Freio de Verificar está Em caso negativo,
estacionamento funcionando comunicar ao gerente
operacional.
Marcador de Verificar se o ponteiro Em caso negativo,
combustível está marcando acima de abastecer a máquina.
¼ de combustível.
Painel de Instrumentos Verificar no instrumento Se estiver acesa, indica
se a luz correspondente falta de alimentação de
ao alternador está corrente para a bateria.
apagada. Comunicar ao gerente
operacional.
Lâmpada de indicação Verificar se a lâmpada Em caso positivo,
da temperatura do motor está acesa. comunicar ao gerente
operacional.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

INSPEÇÃO VISUAL NO TRAJETO:

Verifique se há rampas, lombadas, obstruções buracos e espaços


suficientes, tanto verticais como horizontal, para circulação da máquina.

NORMAS DE SEGURANÇA PARA OPERAÇÃO COM PÁ


CARREGADEIRA (LEGISLAÇÃO).

A utilização dessa máquina nos serviços de terraplenagem e nas


operações dentro das indústrias é objeto de preocupação das empresas e
ministério do trabalho.

Segue aqui procedimentos de segurança visando evitar acidentes,


baseados na norma regulamentada do ministério do trabalho (NR11, NR12 e
NR18), código de trânsito brasileiro e normas auxiliares:

 Antes de subir na máquina, de uma volta de inspeção em torno


dela.

 Não de partida ou ponha em movimento uma máquina avariada.


Todos os transportadores industriais deverão ser permanentemente
inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências,
deverão ser imediatamente substituídos. (NR-11.1.8)

 Antes de usar a máquina, é necessário certificar-se que qualquer


eventual condição perigosa para a segurança. Tenha sido oportunamente
eliminada.

 Não dê partida (não desloque), antes de testar os controles.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

 Antes de por a máquina em movimento, verifique, regule ou


bloqueie o assento na posição, de modo a assegurar o máximo conforto ao
dirigir. Sente-se sempre na cadeira do operador ao dirigir a máquina, ajuste o
assento do veículo, de maneira a realizar o seu trabalho, comodamente e use
sempre o cinto de segurança.

 Use os equipamentos de segurança previstos tais como:


capacete, óculos, sapatos antiderrapantes e protetores auriculares.

 Verifique com seu encarregado ou técnico de segurança quais os


EPI’s necessários ao ambiente que você irá trabalhar, um EPI indispensável é
o protetor auricular. Há normas (NR15 - Anexo 1) que regulamentam o tempo
de trabalho, de acordo com o nível de ruído da maquina. Lembre-se, quanto
mais antiga for a máquina, mais barulho ela faz.

 Só é permitido conduzir pá carregadeira dentro da empresa,


operadores qualificados (credenciados). Já em vias publicas além da
qualificação o condutor deve ser habilitado. Segundo a legislação trabalhista,
os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser
habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portar um
cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível. (NR-11.1.6)

 O operador é responsável pelo bom funcionamento da máquina


que lhe foi confiada e deve responder pelos danos que lhe causar.

 Nunca funcione a máquina em lugares fechados, a menos que


exista um sistema eficaz de aspiração dos gases de descarga. Nos locais
fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas
transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente
de trabalho, acima dos limites permissíveis. (NR-11.1.9)

 Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de


máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se
providas de dispositivos neutralizadores adequados. (NR-11.1.10)

 Nunca permita que uma máquina a combustão permaneça parada


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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

por períodos longos com o motor em funcionamento. A fumaça e os gases,


particularmente em áreas restritas, podem ser desagradáveis e até perigosos.

 Sempre transporte as cargas o mais próximo possível do chão.


Quando uma pá carregadeira está andando sem carga, os seus implementos
devem estar a cerca de 30 a 40 cm do chão.

 Apenas transporte cargas que os implementos suportem.

 Dirija a uma velocidade compatível com as condições existentes.


Diminua a velocidade em superfícies molhadas ou escorregadias.

 Se em algum momento a maquina estiver falhando ou se houver


motivo para considerá-la insegura, suspenda as operações e informe
imediatamente a supervisão.

 Não passe por cima de objetos deixados no chão. Pare a


maquina, coloque os objetos em um lado do corredor e informe o supervisor.

 Remova os obstáculos antes de seguir viagem. Retire os


materiais que podem estorvá-lo, evitando assim possíveis riscos.

 Certifique-se de que há espaço suficiente para levantar a carga.

 Observe se há espaço suficiente para manobrar a carga.

 Verifique se a carga está segura, especialmente no caso das


soltas.

 Veja se não há pessoas (ou obstáculos) próximas a máquina,


quando você for colocá-lo em funcionamento. Não passe a carga por cima de
pessoas e não permita que as pessoas passem sob os implementos ou
permaneçam nas proximidades. Segundo a legislação, nas áreas de trabalho
com máquinas e equipamentos devem permanecer apenas o operador e as
pessoas autorizadas. (NR-12.6.4).

 Obedecer à simbologia que se encontra afixada nas caixas e


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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

embalagens.

 Sempre esteja ciente das limitações e obstruções aéreas.

 Observe a altura das portas. Convença-se de que a altura do teto


é suficiente. Transponha a porta vagarosamente, porque a visão do corredor do
outro lado está obstruída. Utilize a buzina. Se estiver em dúvida, meça!
 O operador deve sempre manter em mente a altura, o
comprimento e a largura de seu veículo, quando dirigido.

 Verifique a capacidade do piso! Esteja seguro de que a


capacidade do piso onde você está operando suportará o peso combinado da
maquina e da carga que ela carrega.

 A maquina nunca deve ser deixada em uma rampa, a menos que


o freio de estacionamento esteja aplicado. As rodas devem ser calçadas se a
permanência for longa.

 Se o operador estiver doente ou, por alguma outra razão não


puder operar o veículo com segurança, o supervisor deverá ser informado.

 Nunca tente movimentar cargas que exceda a capacidade


nominal da maquina. Isto envolve não apenas peso, más também centro de
carga.

 Em nenhuma circunstância deve ser acrescentado outro


contrapeso nas maquinas para aumentar a sua capacidade de transporte de
carga.

 Ao sair da maquina, certifique-se de que os controles no “ponto -


morto”, o motor esteja desligado, os freios aplicados e a chave de ignição
retirada.

 A máquina não deve passar sob uma carga de equipamentos de


guindar parado ou em movimento.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

 Esteja alerta enquanto opera sua maquina Sono e falta de


atenção acarretam ou implicam em riscos a você e a maquina que está
dirigindo.

 Obedeça a todos os sinais e demarcações, dirija devagar em


corredores com cruzamentos e em áreas com aglomerações. Buzine antes dos
cruzamentos.

 Sempre olhe na direção do percurso e mantenha uma visão clara


do caminho à frente.

 Trate os pedestres com respeito. Não coloque ninguém em risco,


que esteja trabalhando perto de uma parede ou outro objeto fixo- pode não
haver nenhuma maneira da pessoa escapar.

 Não dirija com mãos molhadas ou oleosas. Limpe as mãos antes


de dirigir e assegure-se de que a direção e os outros controles estão livres de
óleo e graxa. Cuidado com os sapatos molhados: podem escorregar no pedal.

 Observe todos os avisos, cartazes de instrução e sinais de


tráfego. Ao se aproximar de cruzamentos, passagens etc. verifiquem
cuidadosamente para estar certo de que não há perigo.
 O operador deve sempre seguir o regulamento de transito interno
da empresa.
 O operador deve parar totalmente a máquina, toda vez que mudar
a marcha de avante à ré ou vice-versa.

 Nunca ultrapasse outros veículos. Uma pá carregadeira não foi


construída para ser dirigida como um carro de passageiros. Ultrapassar outros
veículos é extremamente perigoso, podendo ocasionar sérios prejuízos e
estragos.

 Nunca execute um trabalho para o qual não tenha sido


autorizado. Siga sempre os procedimentos e recomendações descritos nas
publicações de assistência técnica. A manutenção e inspeção somente podem

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

ser executadas por pessoas devidamente credenciadas pela empresa. (NR-


12.6.2).

 Em caso de intervenção fora da oficina, posicione a máquina em


local plano e bloqueie-a

 Não amontoar trapos ou panos embebidos em óleo, graxas ou


líquidos inflamáveis no interior da máquina. Eles representam sérios riscos de
incêndio.

 Não levar nos bolsos objetos que possam cair nas frestas ou
aberturas da máquina.

 Nas paradas temporárias ou prolongadas, os operadores devem


colocar os controles em posição neutra, acionar os freios e adotar outras
medidas, com o objetivo de eliminar riscos provenientes de deslocamentos.
(NR-12.6.6)

 Desça da máquina somente quando a mesma estiver


complemente parada.

 Evite contato acidental com a alavanca de mudança de marchas


enquanto o motor está funcionando. Pode de resultar movimento inesperado da
máquina.
 Em países onde a legislação assim exija, use um farol rotativo e
proteções para os garfos quando percorrer estradas públicas de dia ou de
noite.

 Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal


de advertência sonora (buzina). (NR-11.1.7)

 As máquinas e os equipamentos que, no seu processo de


trabalho, lancem partículas de material, devem ter proteção, para que essas
partículas não ofereçam riscos. (NR-12.3.4)

 A manutenção a inspeção das máquinas e dos equipamentos

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

devem ser feitas de acordo com as instruções fornecidas pelo fabricante e/ou
de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes no País. (NR-12.6.3)

 Os operadores não podem se afastar das áreas de controle das


máquinas sob sua responsabilidade, quando em funcionamento. (NR-12.6.5)

DIREÇÃO DEFENSIVA

É dirigir ou operar um veículo de maneira a evitar acidentes apesar das


ações incorretas dos outros e das condições adversas.

Desta definição podemos concluir que:

Os acidentes geralmente são causados pela combinação de diversos


fatores. O fator mais relevante é chamado de causa principal do acidente. Esse
fator pode ser: excesso de velocidade, erros na previsão das ações de outros
motoristas, desrespeito à sinalização ou normas de trânsito, negligência na
avaliação das condições adversas, falta de habilidade para conduzir com
segurança, etc.

Com máquinas pesadas o acidente mais comum em vias publica se dá


pela colisão da máquina com outros veículos devido a falta de sinaleiro
(batedor).

Muitos operadores “culpam” as condições do piso, a chuva, a falta de


sinalização, etc. Mais a estatística aponta como causa principal dos acidentes
no transito a falha humana (negligencia, imprudência e imperícia ). A grande
maioria das falhas humanas pode ser evitada, tomando-se alguns cuidados
básicos.

O operador desse veículo é usuário diário do trânsito, seja como


passageiro, pedestre ou condutor. Por isso, ele é responsável pelo bem estar
desse meio social. Porém, quanto à segurança no trânsito interno e externo,
sem dúvida a maior responsabilidade cabe a ele.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

O operador deve conhecer as técnicas de direção defensiva para evitar


acidentes, mais só conhecer a técnica não basta é preciso alterar o
comportamento, incorporando essas técnicas ao dia-a-dia, reconhecer
44 e
abandonar antigos vícios e maus hábitos, de forma a automatizar os
procedimentos e as atitudes corretas.

Outra característica importante do condutor defensivo é a de que ele fica


satisfeito em evitar o acidente, independente de quem tenha razão ou de quem
seja a culpa.

É importante saber que, em qualquer acidente, ocorre pelo menos uma


destas três falhas humanas: negligência, imprudência e imperícia.

A negligência pode ser definida como descaso, displicência ou desleixo.

MUITOS ACIDENTES E MORTES SÃO CAUSADOS POR


NEGLIGÊNCIA:

 Do órgão com jurisdição sobre a via, quando deixa de fazer a


manutenção e instalar ou reparar a sinalização.
 Do proprietário de veículo, quando permite que condutores não
habilitados ou sem condições de dirigir conduzam seu veículo.
 Do condutor, quando insiste em conduzir um veículo mal
conservado ou fora dos padrões de segurança.
 Do condutor, quando não obedece as normas de segurança, às
leis de trânsito e não pratica as técnicas de direção defensiva.

A imprudência, elemento de presença constante no trânsito brasileiro, o


motorista imprudente é aquele que:

 Expõe a si próprio e às demais pessoas a risco desnecessário,


sem medir as conseqüências.
 Mesmo percebendo a precariedade de sinalização e conservação
de uma via continua conduzindo com velocidade incompatível.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

 Dirige perigosamente, sem levar em consideração condições


adversas existentes no momento em que trafega.

A imperícia ou falta de habilidade é um fator que causa acidentes.45

Geralmente é proveniente de má formação ou treinamento inadequado


do condutor que:

 Não está suficientemente capacitado ou familiarizado para usar


determinado tipo de veículo.
 Não sabe o que fazer ou tem reações impróprias frente a
situações adversas.
 Não sabe como agir em situações de emergência.

As técnicas de direção defensiva estão agrupadas em cinco


elementos básicos: conhecimento, atenção, previsão, habilidade e ação

Conhecimento: Conhecer leis e normas de transito e segurança.

O CONHECIMENTO FUNDAMENTAL PARA O MOTORISTA


DEFENSIVO É:

 Os de leis e normas de trânsito.


 Os de particularidades do veículo, seus equipamentos e
acessórios.

 Os de condições adversas e da maneira correta de enfrentá-las.

As leis e normas de trânsito estão em constante evolução. Portanto, é


necessário reciclar periodicamente esses conhecimentos. Está mais do que
provado: quem não conhece as regras causa mais acidentes.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

CONHECER O VEÍCULO
46
Conhecer bem o veículo que se utiliza é fundamental para prevenir
acidentes. Lembre-se: condutores e proprietário são responsáveis por
acidentes provocados por má conservação ou manutenção deficiente dos
veículos.

 As funções e a localização dos comandos não são iguais em


todos os veículos.
 Os manuais dos veículos e dos equipamentos contêm
informações importantes e precisam ser realmente lidos.
 Redobrar o cuidado enquanto não estiver completamente
familiarizado com o comportamento do veículo.
 Examinar freqüente o veículo os equipamentos e a carga,
tomando providências corretas e imediatas sempre que encontrar
irregularidade.

CONHECER AS CONDIÇÕES ADVERSAS

Condições adversas são fatores ou combinações de fatores que


contribuem para aumentar as situações de risco no trânsito, podendo
comprometer a segurança. O condutor deve ser capaz de identificar os riscos e
agir corretamente diante dessas situações, adotando os procedimentos
adequados para cada uma.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

OS TIPOS DE SITUAÇÃO ADVERSA SÃO OS SEGUINTES: 47


ILUMINAÇÃO, TEMPO (CONDIÇÕES CLIMÁTICAS), VIAS, TRÂNSITO,
MÁQUINA, CARGAS, OPERADOR.

CONDIÇÕES ADVERSAS DE ILUMINAÇÃO

A luz é um fator de segurança, pois é essencial para vermos e sermos


vistos, seja com iluminação natural ou artificial. Porém, a luz torna-se uma
condição adversa quando está em falta ou em excesso: ofuscamento,
penumbra e noite.

Ofuscamento é uma cegueira momentânea causada pelo excesso de luz


em nossos olhos. A vista humana pode levar até 7 segundos para se recuperar
de um ofuscamento. O ofuscamento pode ser ocasionado por:

INCIDÊNCIA DIRETA DE RAIOS SOLARES.

Esta incidência de luz solar ocorre geralmente no início da manhã e no


final da tarde, quando o sol está muito próximo do horizonte.

REFLEXOS DE LUZ SOLAR

É a reflexão de a luz solar em vidros, janelas ou espelhos de outros


veículos.

LUZ ALTA EM SENTIDO CONTRÁRIO.

Provoca uma cegueira momentânea e pode ser agravada por outras


condições adversas, como chuva e neblina.

LUZ ALTA NO RETROVISOR.

Penumbra, ou meia luz, é a situação de pouca luminosidade que ocorre


no final da tarde e início da noite (anoitecer) e no final da madrugada e início da
manhã (amanhecer).

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

É considerada uma situação perigosa, pois contornos e cores dos


objetos ficam pouco definidos.

A penumbra torna mais difícil reconhecer objetos, avaliar corretamente


distâncias e, principalmente, ver e ser visto. 48

Noite é a ausência total de luz solar. Neste período a visibilidade


depende, completamente, da luz emitida pelos faróis dos veículos e da
iluminação artificial das vias. Com a visibilidade limitada ao alcance dos faróis,
a intensidade da luz restrita à potência das lâmpadas e à largura do facho, é
necessária alguns cuidados para se conduzir em segurança, como: manter as
luzes do veículo em perfeito funcionamento, manter os faróis regulados e limpo
e etc.

CONDIÇÕES ADVERSAS DE TEMPO

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

Fenômenos climáticos podem interferir na segurança do trânsito e da


operação, alterando as condições da via, diminuindo a capacidade visual do
condutor, e modificando padrões de condução e comportamento dos veículos,
como a aderência dos pneus e a estabilidade.

As condições de mau tempo pode se agravar, a ponto de impedir o


deslocamento seguro. As principais são: chuva, neblina e a fumaça.

CONDIÇÕES ADVERSAS DAS VIAS

O ideal seria sempre deslocar-se em vias bem projetadas, construídas e


conservadas, além de sinalizadas adequadamente, porém, isso nem sempre é
possível, principalmente em se tratando da vias internas das empresas.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

AS PRINCIPAIS CONDIÇÕES ADVERSAS DAS VIAS SÃO:


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 Sinalização inadequada ou deficiente.
 Pavimentação inexistente ou defeituosa.
 Aclives ou declives muito acentuados.
 Curvas mal projetadas ou mal construídas.
 Lombadas, ondulações e desníveis.
 Inexistência de acostamento.
 Má conservação, buracos, falhas e irregularidade.
 Pista escorregadia ou drenagem deficiente, permitindo acúmulo
de água.

CONDIÇÕES ADVERSAS DE TRÂNSITO

Para dirigir com segurança é fundamental avaliar e agir de acordo com


as condições do trânsito. Os fatores adversos mais comuns são:

 Horário e locais de maior movimento.


 Áreas de aglomeração ou grande circulação de pedestres.
 Tráfego intenso de veículos pesados.
 Comportamento imprudente ou agressivo dos demais motoristas.

O BOM MOTORISTA DEFENSIVO PROCURA, SEMPRE QUE


POSSÍVEL:

 Planejar seu itinerário, evitando os horários e os locais de


congestionamento.
 Sair com antecedência, prevendo possíveis atrasos.

CONDIÇÕES ADVERSAS DA MÁQUINA

Já vimos que é obrigatório manter a máquina em bom estado e em


perfeitas condições de funcionamento.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

CONDIÇÕES ADVERSAS DE CARGAS:

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A CARGA PODE SE TORNAR UMA CONDIÇÃO ADVERSA

No transporte de cargas em geral, ou em qualquer situação que obrigue


o condutor a dirigir transportando objetos (viagens ou mudanças, por exemplo),
a carga transportada poderá transformar-se em uma condição adversa,
comprometendo a segurança.

OS MOTIVOS MAIS COMUNS SÃO:

 Cargas mal distribuídas, mal embaladas ou acondicionadas


inadequadamente.
 Falha na imobilização e amarração dos volumes dentro do
compartimento de carga.
 Desconhecimento do tipo de carga e das suas características.

SEMPRE QUE TRANSPORTA CARGAS, O CONDUTOR DEVE


OBSERVA OS SEGUINTES PONTOS:

 O volume e o peso devem ser compatíveis com a capacidade do


veículo.
 Não transportar passageiros nos compartimentos de cargas ou
vice-versa.
 Certificar - se de que a carga está imobilizada e bem
acondicionada.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

CONDIÇÕES ADVERSAS DO CONDUTOR

Alterações no estado físico e mental do condutor afetam


51

diretamente a capacidade de dirigir com segurança. Os principais fatores


adversos que devem ser observados são:

 Deficiência visual, motora ou auditiva.


 Uso de álcool, drogas ou medicamentos que alteram a percepção.
 Cansaço, sono e fadiga.
 Estados psicológicos alterados e fatores comportamentais de
risco, como por exemplo: pressa, distração, agressividade, irritação, espírito
competitivo, etc.
 Estresse: o indivíduo estressado apresenta reações inadequadas
diante de situações de perigo ou tensão.

ATENÇÃO

Dirigir é uma atividade complexa e de muita responsabilidade, qualquer


displicência ou distração pode ser a causa de acidentes. O ato de dirigir exige
do condutor atenção constante aos múltiplos fatores que vão se apresentando:

 A sinalização.
 Comportamento dos demais condutores.
 Comportamento de pedestres, ciclistas e veículos não
motorizados.
 As possíveis e prováveis condições adversas.

Note que há uma diferença entre olhar de maneira simples e displicente


e realmente estar atento. Estar atento significa estar permanentemente alerta,
em busca de todas as informações que o ato de dirigir com segurança exigem.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

PREVISÃO
52
Antecipar os possíveis acontecimentos.

Na direção defensiva, a previsão ocorre simultaneamente com a


atenção.

Á medida em que, olhando com atenção, o condutor mapeia o terreno,


seu cérebro prevê e antecipa possíveis acontecimentos, de modo a poder agir
prontamente, sem ser tomado de surpresa.

HABILIDADE

Adquirir habilidade para dirigir um veículo significa conhecer o veículo e


os seus equipamentos, ter recebido correto e cuidadoso treinamento para
manusear os controles e saber efetuar com sucesso todas as manobras
necessárias.

Para poder decidir como agir corretamente no trânsito é necessário


conhecer todas as situações que ele apresenta, bem como as alternativas
possíveis para resolver cada situação.

É muito mais fácil aprender a fazer certo, desde a primeira vez, do que
corrigir um aprendizado incorreto. Daí a importância de um aprendizado
correto, eficiente e responsável, onde aluno e professor devem cumprir
detalhadamente todas as etapas do curso.

AÇÃO

A ação é uma combinação de decisão e habilidade.

A ação correta, principal ferramenta da direção defensiva, é uma


combinação de decisão e habilidade.

Com os conhecimentos necessários, dedicando toda a atenção possível


ao ato de dirigir, o condutor poderá prever corretamente.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

Estando devidamente treinado, terá habilidade para decidir e agir


defensivamente, de modo a evitar acidentes e preservar a sua segurança e a
53
dos demais envolvidos.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS, COM A CAÇAMBA DA PÁ


CARREGADEIRA.

Nesta seção são apresentadas técnicas operacionais sugeridas para


operação da pá carregadeira. Pratique os movimentos das alavancas na
medida em que opera a pá carregadeira para aumentar eficiência operacional.
Opere a pá carregadeira com o motor funcionando de acordo com as
especificações do fabricante. Uma boa produção resultará velocidade e
reduzirá o derramamento de material da caçamba e tensões desnecessárias
sobre o componente.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

CARREGAMENTO DA CAÇAMBA.
54
Quando se carrega de um banco de areia ou de material amontoado,
posicione a caçamba de forma que a borda cortante esteja nivelada com o
piso. Mova a máquina para frente forçando a caçamba contra o monte.

Em seguida recolha a caçamba de forma a obter um carregamento


completo.

Nota: Não recolha a caçamba prematuramente, isto fará com que as


costas da caçamba forcem o monte e, portanto, desperdiçara potência e
impedirá a penetração correta, no material amontoado.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

DESLOCANDO MATERIAL NA CAÇAMBA.

Não se preocupe se a caçamba não encher completamente durante


55
cada movimento.

A produtividade máxima é determinada pelo volume de material


carregado em dado período de tempo. Perde-se tempo se duas ou mais
tentativas forem feitas para encher a caçamba em cada movimento. Role
inteiramente a caçamba para trás e suspenda os braços da pá carregadeira.
Mantenha a caçamba carregada o mais baixo possível do piso, especialmente
quando estiver operando em aclive ou declive ou ainda em terreno irregular. A
distância
recomendada é de
aproximadamente 40
cm do piso.

ESCAVAÇÃO

 Alguns minutos avaliando a extensão do trabalho é um tempo


bem gasto.
 Quando a profundidade de material é grande, inicie removendo
uma camada por vez.
 A profundidade de cada camada é determinada pelo tipo de
material.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

 Inicie a cavação posicionando a caçamba em um ângulo


suficiente para assegurar a penetração da borda da caçamba, este ângulo
varia com tipo e rigidez do material a ser escavado.
 Avance a máquina e ao mesmo tempo empurre a caçamba contra
o solo na profundidade desejada.
 Se a penetração for muito difícil, reduza o ângulo de ataque. Os
níveis devem ter uma espessura que permita o funcionamento suave da
máquina.
 Uma vez que a caçamba esteja cheia, com boa carga, recolha-a
enquanto avança com a máquina.
 De marcha ré, saindo da área de escavação, mantendo a
caçamba baixa. Isto auxilia a estabilidade da máquina.

NIVELAMENTO

 Posicione a caçamba de forma que sua borda cortante faça um


pequeno ângulo com o piso.
 Preencha todas as depressões antes de iniciar o nivelamento.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

 Durante a operação em superfície dura, coloque a alavanca da pá


carregadeira na posição “FLUTUAR” e mantenha o nível da caçamba. Isto
permitirá que a caçamba flutue no contorno da superfície de trabalho. Se for
exercida pressão hidráulica para baixo se desgastará, mas rapidamente do que
o normal. A posição de flutuar evitará a mistura de material da superfície com o
material amontoado. Também reduzirá a probabilidade de abertura
57 de

superfície.

TRANSPORTANDO CAÇAMBA CHEIA

Ao transportar material de uma pilha para outro local de


descarregamento, a caçamba deve ser mantida a cerca de 30 a 40 cm acima
do solo. Isto reduz a perda de material e auxilia na visibilidade e torna a
máquina mais estável, especialmente em pisos desnivelados.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

CARREGAMENTO DE CAMINHÕES
58

 Para conduzir o carregamento de caminhões com eficiência,


mantenha a área de operação o menor possível.
 Para distribuir o desgaste do sistema de direção, posicione o
caminhão alternadamente nos dois lados da máquina.
 De qualquer forma o operador deve determinar, por experiência, a
disposição mais eficiente para as condições de trabalhos específicas.
 Para descarregar material dentro do caminhão, levante a pá bem
alta para permitir um ângulo de visão adequado antes de descarregar a carga
na caçamba ou carroceria do caminhão.
 A posição da caçamba da máquina deve ser posicionada na parte
lateral da caçamba do caminhão.
 O operador deve ficar atento para não bater na lateral do
caminhão.
 Após a carga ter sido descarregada, afastar-se enquanto baixa e
nivela a caçamba usando o retorno para operação de escavar se for
necessário.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

OPERAÇÕES DE DESCASCAMENTO OU RASPAGEM


59

 Para operações desta natureza, use pressão descendente com a


alavanca da pá carregadeira na posição baixada e um leve ângulo da caçamba
para iniciar o corte.
 Inicie o corte de aproximadamente 50 mm (2”) de profundidade
movimentando a caçamba para ajustar os lábios de corte para cima ou para
baixo conforme seja necessário, quando os pneus dianteiro entrarem no corte,
ajuste os braços de elevação para a profundidade correta.
 Retro nivele a área de trabalho ocasionalmente com a caçamba
plana e leve pressão descendente para mantê-la limpa e livre de sulcos.
 Trabalhe em ângulos retos a vala com a caçamba da pá
carregadeira nivelada.

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

PROCEDIMENTOS PARA PARADA

Sempre baixe os implementos tirando toda pressão do sistema


60

hidráulico, desligue o motor e aplique sempre o freio de estacionamento.

LEGISLAÇÃO

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ACIDENTE DE TRABALHO

Art. 30, da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro:

”Ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece”.

Art. 157 da CLT:

CABE ÀS EMPRESAS:

 Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do


trabalho;
 .Instruir os empregados, através de ordem de serviço, quanto às
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais;
 .Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão
regional competente;
 Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

CABE AOS EMPREGADOS:

 Observar as normas de segurança e medicina do trabalho;


 Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos desse
capítulo;
PARÁGRAFO ÚNICO.
CONSTITUI ATO FALTOSO DO EMPREGADO A RECUSA

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

INJUSTIFICADA:
 À observância das instruções expedidas pelo empregador na
forma do item ll do art. 157.
 Ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecida pela
empresa.

Art. 159 do Código Civil:


61

“Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência, imprudência


ou imperícia, causar dano a outra pessoa, obriga-se a indenizar o prejuízo”.

SÚMULA 229 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:

“A indenização acidentaria, a cargo da Previdência Social, não exclui a


do Direito Civil, em caso de acidente do trabalho ocorrido por culpa ou dolo”.

Artigo 15 do Código Penal:

“DIZ-SE COMO CRIME:

Doloso: quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de


produzi-lo;

Culposo: “quando o agente deu causa ao resultado por imprudência,


negligência ou por imperícia”.

Artigo 132 do Código Penal:

“Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente.

Pena – Prisão de 03 meses a 01 ano.

ACIDENTE DE TRABALHO

O acidente de trabalho encontra-se definido em vários documentos


legais. O artigo 19 da lei 6.367/76, regulamentada pelo decreto 79.037/76, é
apresentado a seguir:

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE PÁ CARREGADEIRA

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a


serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no
inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.

62
REGULAMENTAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO PERTINENTE
A OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓVEIS.

 Não opere um equipamento móvel avariado. Todos os


transportadores industriais deverão ser permanentemente inspecionados e as
peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente
substituídos. (NR-11.1.8)
 Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o
operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o
habilitará nessa função. (NR-11.1.5.)
 Nunca funcione a máquina em lugares fechados, a menos que
exista um sistema eficaz de aspiração dos gases de descarga. Nos locais
fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas
transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente
de trabalho, acima dos limites permissíveis. (NR-11.1.9).
 Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de
máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se
providas de dispositivos neutralizadores adequados. (NR-11.10).
 Os símbolos de segurança na máquina foram codificados em
amarelo com bordas e texto em preto para alertar e vermelho com bordas e
texto em branco para locais que apresentam perigo (NR-26).
 As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de
acionamento e parada localizados de modo que (NR-12.2.1.):

 Seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de


trabalho;
 Não se localize na zona perigosa de máquina ou do equipamento;

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 Possa ser acionado ou desligado em caso de emergência, por


outra pessoa que não seja o operador;
 Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo
operador, ou de qualquer outra forma acidental;
 Não acarrete riscos adicionais.

TRABALHE SEGURO NÃO COMPROMETA O SEU FUTURO

BIBLIOGRAFIA

ROUSSELET, Edson da Silva; CESAR, Falcão. A segurança na Obra.


63
Rio de Janeiro: Interciência.

ARAUJO, Giovanni Moraes; REGAZZI, Rogério Dias, Perícia e


Avaliação de Ruído e Calor Passo a Passo. Rio de Janeiro: impresso no
Brasil, 2002.

Brasil. Leis, decretos. Segurança e Medicina do Trabalho. 53ª edição.


São Paulo: Editora Atlas, 2003.

Banco de recursos didáticos do SENAI 2010.

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64

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