Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PARÁ
RÁ 1
PARÁ
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARÁ
DIRETORIA TÉCNICA
2
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARÁ
PARÁ
RÁ 3
PARÁ
SENAI – PA – DEPARTAMENTO REGIONAL
É proibida a reprodução total ou parcial deste documento, sem a prévia
autorização por escrito do SENAI – Departamento Regional do Pará.
FICHA TÉCNICA
Correção Gramatical:
Pesquisa e Elaboração: Ismael Felix Invenção
Avaliação Técnica:
Avaliação Pedagógica:
Diagramação:
SENAI. PA
. Título.
CDD
4
SUMÁRIO
Apresentação
1. Legislação.....................................................................................................................7
2. Normas Regulamentadoras..........................................................................................9
3. Talha Elétrica..............................................................................................................11
4. Riscos e prevenções...................................................................................................14
5. Regras de Segurança na Operação...........................................................................14
6. Acessórios de Içamento.............................................................................................16
7. Amarração de cargas.................................................................................................28
8. Simbologias de cargas...............................................................................................29
9. Referências................................................................................................................30
5
APRESENTAÇÃO
6
1. LEGISLAÇÃO
1. Acidente de trabalho
O acidente de trabalho encontra-se definido em vários documentos legais. O artigo
19 da lei 6.367/76, regulamentada pelo decreto 79.037/76, é apresentado a seguir:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11
desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Caracterizar uma doença ocupacional apresenta uma certa dificuldade, pois, na maioria
das vezes, os sintomas se manifestam depois de anos de exposição. Esta caracterização
deve ser feita através de perícias médica, baseada nos aspectos técnicos e legais,
apresentados pelas ordens de serviço (OS) do INSS.
Para caracterizar o acidente de trabalho, é importante considerar os seguintes aspectos:
a) O evento causador do acidente;
b) A existência do dano pessoal;
c) Estabelecer o nexo causal entre o dano e o evento.
O Art. 20 da lei 8.213, regulamentada pelo Decreto 2 172/ 97, apresenta o seguinte
conceito para o acidente de trabalho.
Art. 20. Consideram–se acidentes do trabalho, nos termos do artigo anterior, as
seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício
do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) A doença degenerativa
b) A inerente a grupo etário:
c) A que não produza incapacidade laborativa;
d) A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultado de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
7
1.1 - Os motivos que causam os acidentes
São três os motivos que podem gerar ocorrência de acidentes:
Ato inseguro/ ações fora do padrão;
Condição insegura/ condições fora do padrão;
Fator pessoal de insegurança.
1. Condição insegura
São situações existentes no ambiente de trabalho que podem vir a causar acidentes,
tais como:
1.1- Fatos mais comuns de atos inadequados praticados no dia a dia de trabalho:
A falta de uso de proteções individuais;
A inutilização de equipamentos de segurança;
8
Emprego incorreto de ferramentas ou o emprego de ferramentas com defeito;
Ajuste, a lubrificação e a limpeza de máquinas em movimento;
A permanência debaixo de carga suspensa;
As correrias em escadarias e em outros locais perigosos.
2. NORMAS REGULAMENTADORAS
10
12.6.3. A manutenção a inspeção das máquinas e dos equipamentos devem ser feitas
de acordo com as instruções fornecidas pelo fabricante e/ou de acordo com as normas
técnicas oficiais vigentes no País.
12.6.4. Nas áreas de trabalho com máquinas e equipamentos devem permanecer
apenas o operador e as pessoas autorizadas.
12.6.5. Os operadores não podem se afastar das áreas de controle das máquinas sob
sua responsabilidade, quando em funcionamento.
3. Talha Elétrica
A talha elétrica é um equipamento
elétrico, utilizado para levantar e
transportar produtos suspensos
acima do solo, tanto no sentido
horizontal como no vertical em que o
comando é feito do piso, através de
botoeira ou controle remoto.
11
a) Talha com cabo de aço e corrente
b) viga e trilho
c) motor e redutor
12
f) moitão
g) tambor ranhurado
13
Devem deslizar sobre
Guiar o movimento do
Rodas trilhos. Livres de atrito ou
carro
graxa.
Engatar a linga que Suporte de engate de
Ganchos
sustenta a carga lingas
Determinar o percurso do
Trilhos Viga I
carro
4. Riscos e Prevenções
Risco de acidente queda de carga sobre pessoas.
Risco de rompimento do cabo de aço ou acessórios de içamento.
Risco de esmagamento de membros.
Risco de acidentes em pessoas que se encontram no raio de trabalho do equipamento
Risco de queda do trolley sobre operador.
Risco de choque elétrico.
15
28. Não use os limitadores de curso como interruptores habituais de operação. Eles são
unicamente dispositivos de emergência.
29. Não use a talha para elevar, apoiar ou transportar pessoas.
30. Não eleve cargas sobre as pessoas.
31.Não deixe uma carga suspensa desatendida a não ser que tenham sido tomadas
precauções específicas.
32. Não permita contato estreitos entre duas talhas ou entre a talha e obstruções.
33. Não permita que a corrente/gancho seja tocados por um eletrodo de solda ligado.
34. Não remova ou apague os avisos contidos na talha.
35. Não ajuste ou conserte uma talha, a não ser que você esteja qualificado para efetuar
a manutenção do equipamento.
36. Não tente aumentar o comprimento da corrente ou consertar uma corrente
danificada.
37. Não permitir que a corrente ou gancho de carga sejam usados como um “terra”
elétrico ou de soldagem.
6. Acessórios de Içamento
Segurança na operação com acessórios de içamento de cargas
A segurança de qualquer manobra de transporte de carga com Talha Elétrica depende
diretamente da adequação dos equipamentos utilizados para a amarração da carga. Os
bons projetos contemplam o dimensionamento dos pontos de amarração de modo a
facilitar o transporte adequado dos equipamentos.
A pessoa responsável pela amarração deve primeiramente conhecer o peso da carga,
pois só assim conseguirá escolher o material adequado.
Deve – se optar sempre pela matéria mais robusta possível adequada com o ponto de
fixação existente na peça a ser transportada.
Uma carga amarrada em mais de um ponto tem seu peso distribuído de acordo com as
forças resultantes que interagem no conjunto.
Repare que para uma mesma carga, temos uma distribuição diferente do peso em cada
perna dos cabos, dependendo exclusivamente do ângulo formado entre a carga e a
perna do cabo.
As cintas, correias e eslingas costumam possuir um selo indicando a variação de sua
capacidade em função do tipo de amarração Vantagens do Trabalho com Cintas e
Eslingas de Poliéster.
16
Normas sobre lingas
Linga é um cabo de levantamento de cargas, que pode ser formado por cabo de aço,
correntes ou materiais de fibras (cintas).
Independentemente do material de sua linga (cabo de aço, corrente ou fibra), é
imperativo evitar dobrar a linga ao redor de cantos ou extremamente agudas. Isso
enfraquecerá severamente a linga e frequentemente resultará em sua falha. Material de
condicionamento deve ser usado para prevenir essas situações.
Além de proteger suas lingadas de içamento, certas cargas são tais que necessitam ser
protegidas das lingas. Acondicionamento com madeira na maior parte dos casos em que
não se pode usar lingas de poliéster é uma solução.
Extremo cuidado deve ser tomado ao usar correntes de tambor por sua tendência de
escapar imediatamente assim que a carga é relaxada.
Também podem deslocar-se por si mesmas inadvertidamente e deixar a carga cair se a
carga bate num obstáculo ou saliência como corrimão ou similar.
Estas são normais gerais, a maioria das quais se aplica a todos os tipos de lingas sejam
constituídas de cabo de aço, corrente de liga ou fibras sintéticas.
6.1 CINTA
Cinta de poliéster ou fibra sintética, que possui dois olhais nas extremidades.
Devido a natureza do material de cinta, a resistência é prejudicada se houver quaisquer
cortes, rasgões, desgaste ou costuras arrebentadas. Por esta razão, estas lingas devem
ser inspecionadas muito de perto antes de serem usadas e só devem ser usadas se não
apresentarem esses problemas.
17
Tabela de capacidade de carga (em toneladas):
Inspeção em cintas
Inspecionar as cintas antes de cada uso (observando se há danos) e assegurar
18
Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar danos à
cinta. Não utilizar em arestas sem as devidas proteções ou arrastar a carga com
a cinta.
Nunca utilizar cintas danificadas (gastas por abrasão, cortes no sentido
transversal ou longitudinal, rachaduras na superfície, ataque químico ou danos
por aquecimento ou fricção).
Recomendações:
A influência térmica não pode ser maior que + 100° C.
Água não afeta a resistência do poliéster.
Planejar e preparar bem a movimentação de carga.
Verificar antes da utilização da cinta, se a carga de trabalho e o comprimento prescritos
na etiqueta da cinta estão corretos.
Verifique se os dois lados da cinta não possuem danos antes de utiliza-las.
Nunca dar nós nas cintas.
Nunca movimentar carga com uma cinta torcida.
Proteger a cinta contra superfícies ásperas e cantos afiados.
Nunca arrastar cargas com a cinta.
As alças dos olhais devem ser inspecionadas particular e cuidadosamente.
Estabilidade Não danifica a superfície do material a ser Pode danificar o material a ser
içado. O posicionamento das eslingas é içado. Posicionamento lento e
fácil e rápido. Pode ainda ajudar na complicado. Exige o uso de luvas
conformação do material durante o para manuseio seguro.
içamento devido à maior área de contato.
Resultado: Içamento mais prático e
seguro.
19
Durabilidade Durável contra-ataque químico menor raia Facilmente oxidável em
de dobramento devido á maior exposição a ácidos, alcalinos e
flexibilidade. Resultado: maior durabilidade até umidade excessiva. Devido à
baixa flexibilidade, pode ocorrer
fadiga e consequente ruptura.
Espécie de alma do cabo: a alma pode ser de fibra (sisal, rami) ou de fibra artificial
(polipropileno), ou alma de aço formada por um cabo independente, ou ainda alma de
aço formada de uma perna.
Cabo com alma de fibra Cabo com alma de aço Cabo com alma de aço
formada por cabo formada por uma perna
independente
20
Torção dos cabos:
Quando as pernas são torcidas da esquerda para a direita, diz-se que o cabo é " torção
à direita ".
Quando as pernas são torcidas da direita para a esquerda, diz-se que o cabo é " torção
à esquerda ".
No cabo de torção regular, os fios de cada perna são torcidos em sentido oposto à torção
das próprias pernas (em cruz). No cabo de torção Lang, os fios de cada perna são
torcidos no mesmo sentido que o das próprias pernas (em paralelo). A torção lang
aumenta a resistência à abrasão do cabo e sua flexibilidade. Por outro lado, a torção
regular confere maior estabilidade ao cabo.
Passo de um cabo:
É a distância na qual uma perna dá uma volta completa em torno da alma do cabo.
A Figura acima, mostra o passo de um cabo.
22
Dobra e amassamento - Se existirem dobras e amassamentos o cabo deverá ser
substituído
Corrosão
Durante a inspeção deve- se verificar cuidadosamente se o cabo de aço não está
sofrendo corrosão. É conveniente também uma verificação no diâmetro do cabo em toda
sua extensão, para investigar qualquer diminuição brusca do mesmo. Essa redução pode
ser devida à decomposição da alma de fibra por ter secado e deteriorado, mostrando
que não há mais lubrificação interna no cabo, e consequentemente poderá existir
também uma corrosão interna no mesmo. A corrosão interna representa um grande
perigo, pois ela pode existir sem que se manifeste exteriormente.
23
Alma de fibra de diâmetro reduzido.
Alma de fibra que apodreceu, não dando mais apoio às pernas do cabo. No primeiro
caso há o perigo das pernas supertensionadas se romperem.
Nos outros 2 casos não há um perigo iminente, porém haverá um desgaste desuniforme
no cabo e, portanto, um baixo rendimento.
Nos cabos de várias camadas de pernas, como nos cabos não rotativos, e cabos com
alma de aço, há o perigo da formação de ''gaiolas de passarinho'' e ''hérnias'', defeitos
estes que podem ser provocados pelos seguintes motivos:
Fixações deficientes dos cabos, que possibilitam deslizamentos de pernas ou
camadas de pernas, permitindo que uma parte do cabo fique supertensionada e outra
frouxa.
Manuseio e instalação deficiente do cabo, dando lugar a torções ou distorções do
mesmo.
Estes defeitos são graves, obrigando a substituição imediata dos cabos de aço.
Recomendações
É proibida a fabricação de estropos dentro das empresas não credenciadas.
Estropos não devem ser movimentados arrastados no chão.
Estropo deve ser conservado sempre limpo e bem lubrificado.
Evitar o uso de estropos em contato com objetos em alta temperatura.
Laços com alma de fibra não devem ser expostos à temperaturas superiores a 82° C
Ambientes quimicamente agressivos podem afetar a resistência dos laços uma vez
que o material que o material pode ser danificado por ataque de substâncias
cáusticas e ácidas ou fumaça.
6.3 Manilhas
São constituídas por um vergalhão recurvado em forma de “U”, tendo orelhas nas
extremidades a fim de receber um pino que se chama cavirão. O cavirão pode ter rosca,
chaveta ou contra pino na extremidade para fixá-lo.
24
As manilhas são usualmente empregadas para a ligação de dois olhais ou para a fixação
de cabos e aparelhos de laborar, consistindo em uma conexão muito simples e
resistente.
Inspeção:
Corrosão- Indícios de corrosão devem ser eliminados protegendo a manilha com
uma leve camada de óleo protetor.
Trincas - caso seja detectado a trinca, a manilha deverá ser substituída.
Dimensões - Caso a abertura da manilha (E) esteja fora de seu formato original a
mesma deverá ser sucateada.
Dimensões - caso as dimensões da manilha (D) e do pino (C) estejam
comprometidos a mesma deverá ser sucateada.
Rosca - caso a rosca do pino esteja danificada, a manilha deverá ser substituída.
6.4 Gancho
Peça única de aço forjado, curva, com ponta aguda e olhal na outra extremidade.
Também conhecido como “gato”, é usado para engatar uma lingada ao aparelho de
carga.
Inspeção:
Corrosão- Indícios de corrosão devem ser eliminados protegendo gancho com
uma leve camada de óleo protetor.
25
Trincas - caso seja detectado a trinca, o gancho deverá ser sucateado.
Dimensões - Caso a abertura do gancho (E) esteja fora de seu formato original a
mesmo deverá ser sucateada.
Deformação - caso seja detectado deformação, desalinhamento na ponta do
gancho em relação ao corpo, o mesmo deverá ser sucateado.
6.5 Moitão
Poleame de laborar com apenas um gorne onde trabalha uma roldana. Pode ser de
madeira ou de metal
6.6 Patesca
Constituída por uma caixa semelhante à de um moitão, embora mais comprida, dotada
de uma aldabra, tendo apenas uma roldana e uma abertura de modo a permitir gurnir
(receber) um cabo pelo seio. Depois de gurnido o cabo, a aldrava fecha a caixa.
6.7 Cadernal
Possui dois ou três gornes em que trabalham, respectivamente, duas ou três roldanas
ten-do um eixo comum. Pode ser de madeira ou de metal. É designado pelo número de
gornes que possui.
26
6.8 Catarina
Moitão especial de aço, capaz de suportar grandes pesos. Sua caixa é toda aberta, tendo
apenas braços que não deixam o cabo desgurnir.
Os poleames de laborar são usados para transmitir ou multiplicar a força de tração
exercida sobre um cabo e também para fazer retorno aos cabos de laborar. Os roletes
que servem para retorno devem ser pelo menos 8 vezes maiores que o diâmetro do cabo
de aço e devem ser conservados com movimento fácil e bem lubrificados.
27
7. Amarração de carga.
Conceito: É a porção de objetos que é geralmente amarrado de forma homogenia, içada
ou arriada de uma só vez, conduzida em cada movimento do guindaste ou equipamentos
de idênticas funções, a exemplo: ponte rolante, talha elétrica, guindaste de bordo, de
trilho, pau de carga e etc.
28
8. SIMBOLOGIA DE CARGAS
Se a carga não tiver símbolo, procure saber sobre ela com o conferente ou encarregado
29
REFERENCIAS
NR 12 – Máquinas e Equipamentos
30