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INSTRUTOR STC

Diego Charles Consultoria e


Técnico de segurança Representações
ÍNDICE
 NORMAS REGULAMENTADORAS NR-11 E NR-12
 MOVIMENTAÇÕES AÉREAS DE GRANDES CARGAS
 CONCEITO DE PONTE ROLANTE
 COMPONENTES DA PONTE ROLANTE
 ELEMENTOS ESTRUTURAIS
 SISTEMAS DE TRAÇÃO
 SISTEMA DE VARIAÇÃO DE VELOCIDADE
 SISTEMA DE COMANDOS
 OPERAÇÃO SEGURA
 ORIENTAÇÃO PARA EVITAR ACIDENTES
 SINALIZAÇÃO
 MOVIMENTAÇÃO DA PONTE ROLANTE
 COMPONENTES E EQUIPAMENTOS DA PONTE
 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
 CABOS DE AÇO E CINTAS DE CARGA
1. NORMAS REGULAMENTADORAS:

NR 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO


DE MATERIAIS.
 11.1. Normas de Segurança para operação de Elevadores, Guindastes,
Transportes Industriais e Máquinas Transportadoras.
 
11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados,
solidamente em toda sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias nos
pavimentos.
 
11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a
abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos
convenientes.

11.1.3. Os equipamentos utilizados nas movimentações de


materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes,
monta-carga, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, esteiras
rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e
construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de
resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de
trabalho.
11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas,
correntes, roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados,
permanentemente, substituindo-se as partes defeituosas.
 
11.1.3.2. Em todo equipamento será indicada em lugar visível, a
carga máxima de trabalho permitida.

11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação de pessoal, serão


exigidas condições especiais de segurança.
 
11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das
mãos.

11.1.5. Nos equipamentos com força motriz própria o operador deverá receber
um treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitara na função.
 
11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser
habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um
cartão de identificação, com o nome e fotografia em lugar visível.
11.1.6.1. O cartão terá validade de 1(um) ano, salvo imprevisto e para
revalidação o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por
conta do empregador.
 
11.1.7. Os equipamentos de transportes motorizados deverão possuir sinal
de advertência sonora (buzina).
 
11.1.8. Todos os transportes industriais serão permanentemente
inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiência deverão
ser imediatamente substituídas.
 
11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos
por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentração
no ambiente de trabalho, acima dos limites permitidos.
 
11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de
máquinas transportadoras, movidas a motores a combustão interna, salvo se
providas de dispositivos neutralizadores adequados.
11.2. Normas de Segurança do trabalho em atividades de
transporte de sacas.
11.2.1. O piso do armazém deverá ser constituído de material
não escorregadio, sem aspereza, utilizando-se, de preferência o
mastique asfaltico e mantido em perfeito estado de
conservação.
11.3. Armazenamento de Matérias

11.3.1. O peso do material armazenado não poderá ultrapassar a capacidade de


carga calculada para o piso.
 
11.3.2. O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a
obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergência, etc.
 
11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do
prédio a uma distância de pelo menos 50 (cinqüenta) centímetros.

11.3.4. A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, o


acesso as saídas de emergência.
 
11.3.5. O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança
especiais a cada tipo de material.
NR 12 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
 
12.1.1. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas
e equipamentos deverão ser vistoriados e limpos,
constantemente, para que haja eliminação dos riscos
provenientes de graxas, óleos e outras substâncias que o tornem
escorregadio.
 
12.1.2. As áreas de circulação e os espaços em torno das
máquinas e equipamentos deverão ser de tal amplitude que o
material, os trabalhadores e os transportadores mecanizados
possam movimentar-se com segurança.
12.1.3. Entre partes móveis de máquinas e equipamentos deverá
existir uma faixa livre de no mínimo 1,30 metros.
 
12.1.4. A distância mínima entre as máquinas é de 0,80 metros.
 
12.1.5. Além da distância mínima de separação das máquinas
deverão existir áreas reservadas para corredores e
armazenamentos de materiais, devidamente demarcados com
faixas de cores indicadas pela NR-26.
12.1.6. As vias principais mínimas de circulação, no interior dos locais de
trabalho e as que conduzem às saídas devem ter no mínimo 1,20 m (um
metro e vinte centímetros) de largura e ser devidamente demarcada e
mantidas permanente desobstruídas.
 
12.2. Normas de Segurança para dispositivos de acionamento, partida e
parada de máquinas e equipamentos.
 
12.2.1. As máquinas e equipamentos deverão ter dispositivos de
acionamento e parada localizado de modo que:

a) Seja acionado (ligado e desligado) pelo operador na sua posição de


trabalho;
b) Não se localiza em zona perigosa do equipamento;
c) Possa ser desligado ou parado em caso de emergência, por outra pessoa
que não seja o operador;
d) Não possa ser acionado involuntariamente pelo operador, ou de
qualquer outra forma acidental;
e) Não introduza riscos adicionais.
 
12.2.2. As máquinas e equipamentos de acionamentos repetitivo, que não
tenham proteção adequada, oferecem riscos ao operador, deverão ter
dispositivos apropriados de segurança para o seu acionamento.
 
12.2.3. As máquinas e equipamentos que utilizam energia elétrica, fornecida
por fonte externa, deverão possuir chave geral, em local de fácil acesso, e
acondicionadas em caixas que evitem o seu acionamento acidental e protejam
as suas partes energizadas.
 
12.2.4. O acionamento simultâneo de um conjunto de máquinas ou de uma
máquina de grande dimensão, por um único comando, deverá ser precedido de
um sinal de alarme.

12.3. Normas sobre proteção de máquinas e equipamentos.

12.3.1. As máquinas e equipamentos deverão ter suas transmissões


enclausuradas dentro de sua estrutura ou devidamente protegidas.

12.3.2 As máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura das suas


partes, proteção de peças ou partes destas, devem ter seus movimentos,
alterados ou rotativos protegidos.

.
12.3.4. As máquinas e equipamentos que no seu processo de trabalho ou
serviço, lançarem partículas de material, deverão ter proteção, para que
estas partículas não constituam riscos.

12.3.5. As máquinas e equipamentos que utilizarem ou gerarem energia


elétrica deverão ser aterradas eletricamente, quando previsto na NR – 10.

12.4. Da manutenção e operação.


 
12.4.1. Os reparos, limpeza, ajustes e a inspeção somente podem ser
executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável
a realização do ajuste ou da inspeção.
 
12.4.2. A manutenção e inspeção somente podem ser executadas por pessoa
devidamente credenciadas pela empresa.

12.4.3. A manutenção e inspeção das máquinas e equipamentos devem ser


feitas de acordo com as instruções fornecidas pelo fabricante e/ou de acordo
com as normas técnica oficiais vigentes no País.
 
12.4.4. Nas áreas de trabalho de máquinas deverão permanecer apenas o
operador e pessoas autorizadas.
2. MOVIMENTAÇÕES AÉREAS DE GRANDES CARGAS
 
Com o desenvolvimento industrial e a conseqüente ampliação das fábricas,
tornou-se, comum e necessário a fabricação de equipamentos de grandes
dimensões.
Com o aumento das dimensões dos equipamentos, apareceu a necessidade
de manusear peças de grande porte em grandes áreas e para isso era
necessário um equipamento versátil, rápido e seguro e que permitisse a
utilização total da área útil.
Esse equipamento deveria então cobrir toda área útil, nas suas três
dimensões, sem atrapalhar as demais atividades de trabalho, transporte e
estocagem de material.
A primeira idéia em termos de levantamento de carga, foi a talha, em que já
a muito tempo era utilizada. Pensou-se em dar mais dois movimentos a talha,
um transversal e outro longitudinal, além do movimento de subida e descida
que já possuía.

O equipamento assim idealizado é utilizado hoje na maioria das industrias e


obras diversas e recebeu o nome de Ponte Rolante.
CONCEITO DE PONTE ROLANTE
 

A ponte é um equipamento motorizado construído para o içamento de cargas


podendo transportá-las após a carga estar sustentada pela ponte na área pré-
estabelecida ficando desta forma seu funcionamento restrito a área dentro dos
galpões. A região que a ponte se movimenta sobre trilhos montados nas vigas
dos galpões damos o nome de caminho de rolamento da ponte rolante.

A ponte rolante é constituída de três elementos estruturais básicos e três


sistemas básicos de tração.
Componentes da Ponte Rolante
1 - Truques
2 - Comando remoto por botoeira ou radio frequência
3 - Eletrificação transversal
4 - Coletores de força
5 - Eletrificação longitudinal por fio de cobre nú o
barramento blindado
6 - Quadro elétrico
7 - Talha elétrica (carro troley)
3.1 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

3.1.1 VIGAS
 
É o componente estrutural que liga os dois truques e sobre a qual trafega o
carro transportador, fazendo com que a ponte possa executar transportes
transversais no galpão.

O perfil das vigas podem ser constituídos de várias formas, sendo as mais usuais
a de viga de caixão, a de viga tubular e a de viga em treliça.

Para permitir o movimento do carro transportador pelas vigas são lixados em


geral na parte superior,trilhos para formar a pista de rolamento do carro.

Para permitir o acesso ao carro transportador quando o mesmo estiver no meio


do vão é construído um passadiço,que serve também para inspeções periódicas
na estrutura das vigas.
3.1.2 TRUQUES
É o componente estrutural de ligação das vigas e neles são montadas as
rodas das pontes.
Esta ligação é feita por parafusos na parte superior e lateral interna dos
truques, tendo como seu principal elemento de fixação estrutural aqueles das
partes superiores, em função das pontes terem sido projetadas para o içamento
de cargas e não para o arraste.
Nos truques ficam instalados os freios de estacionamento, que são
dispositivos mecânicos para travar qualquer tentativa de movimento por arraste
pela ação de elementos externos, como vento excessivo ou batida de outra
ponte rolante.

3.1.3 CARRO TRANSPORTADOR (CARRO TROLEY)


 
É o carro que transporta o sistema de guincho e se desloca pelas vigas da
ponte.
O carro fornece os movimentos de subida e descida da carga, pois tem
fixado neste o sistema de guincho, bem como, realiza o movimento transversal
ao galpão pois se desloca pelas vigas da ponte.
3.2. SISTEMA DE TRAÇÃO:

3.2.1 SISTEMA DE TRAÇÃO DA PONTE

É o sistema elétrico/mecânico de acionamento para permitir a


movimentação da ponte rolante longitudinal no galpão.
Poderá ser realizado por apenas um motor elétrico e freiado por freio tipo
expansão interno (freio de segurança), instalado no meio da ponte rolante, no
passadiço, com acionamento das rodas motoras através de varão (tubo
mecânico) e mancais.
Poderá também, ser realizado por dois motores independentes um em cada
roda motora, com sistema motoredutor com freio cônico acionados
sincronamente.
3.2.2 SISTEMA DE TRAÇÃO OU CARRO TRANSPORTADOR

 
É o sistema elétrico/mecânico de acionamento para permitir a movimentação
do carro transportador pelas vigas da ponte rolante no sentido transversal ao
galpão.
Realizado por dois motores independentes um em cada roda motora com
sistema motoredutor com freio cônico acionados sincronamente.

3.2.3 SISTEMA DE TRAÇÃO DO GUINCHO DE ELEVAÇÃO (CARRO TROLEY)


 

É o sistema elétrico/mecânico de acionamento de um motoredutor para


permitir a movimentação das cargas no sentido vertical executando a
movimentação de subida e descida da carga.

Realizado por apenas um motor elétrico e travado por sistema de freio tipo
expansão interna (freio de segurança), isto é, quando falta energia elétrica o
freio se fecha não permitindo o funcionamento.
3.3. SISTEMA DE VARIAÇÃO DE VELOCIDADE:

3.3.1 BANCO DE RESISTÊNCIA

A variação de velocidade poderá ser executada através de banco de resistência,


onde o acionamento dos motores é executado com a energia elétrica passando
primeiro através de um banco de resistência, fazendo com que para se obter os
pontos de velocidade menor acrescente-se mais resistência consumindo energia
sem transformá-la em potência nos motores e vice-versa quando necessitamos
de maior velocidade, isto é, menos resistência e mais energia elétrica para os
motores transformando em maior velocidade.

3.3.2 INVERSOR DE FREQÜÊNCIA

O variador de freqüência faz a variação da velocidade através da variação da


freqüência das correntes elétricas que vão para os motores elétricos, fazendo
com que eles mudem suas velocidades.
3.4 SISTEMA DE COMANDO:
3.4.1 BOTOEIRA DE ACIONAMENTO POR CONTROLE REMOTO
Podem ser operadas de alguma cabina, de alguma plataforma ou ainda do solo,
mas sempre guardando a facilidade do acionamento remoto, via cabo ou via
radio.

Sua utilização permite uma importante redução de custos operacionais, pois o


operador não necessita ficar fixo em cabine fechada ou limitado à extensão do cabo
da botoeira.
· sistema de rádio sintetizado multifrequencial;
· alta segurança;
· desenho ergonômico, leve e de fácil manejo.
3.4.2 MANETES DA CABINA DE COMANDO

Podem ser operadas através de painéis na cabina tipo “jostick”, ou


convencionais com travamento em cada ponto de velocidade.

4. COMANDOS:

As pontes rolantes apresentam 3 (três) movimentos independentes que são:


 
a) o movimento de translação da ponte;

b) o movimento de translação do carro;

c) o movimento de subida e descida do guincho.

Os dois primeiros movimentos (a e b), permitem colocar a carga em qualquer


ponto da área abrangida pela ponte e o terceiro (c) permite deslocar a carga por
sobre obstáculos.
Para cada movimento da ponte, temos na botoeira, dois comandos,
conforme disposição abaixo.
 
A e B – comandam os movimentos de subida e descida do guincho.
 
C e D – deslocam o carro de um lado para outro da ponte, Leste/Oeste.
 
E e F – movimentam a ponte de um extremo a outro do caminho rolamento,
Norte/Sul.
É importante que antes de qualquer manobra com a ponte, você se certifique
de que está usando o comando correto, evitando movimento desnecessário e
incorreto da ponte rolante.

Os comandos do guincho são facilmente identificados pelas setas de subida


e descida.
Os demais comandos você conhecerá, consultando a tabela colada embaixo
da ponte rolante e que contemos mesmos símbolos usados na botoeira,
indicando o sentido de deslocamento da ponte ou do carro.
5. OPERAÇÃO:
“Condições a serem observadas para evitar qualquer acidente pessoal ou
material”.

 Estar munido do equipamento de proteção individual (E.P.I);

 Imobilizar as partes móveis da carga para evitar que se desloque durante

a movimentação ;

 Desmontar órgãos removíveis que possam dificultar a manobra;


 
 Prever uma sólida base de apoio ao material a ser transportado, bem como,
prever a resistência do piso de seu trajeto;
 
 Proteger as partes vulneráveis da carga com madeira macia ou trapos;

 Não posicionar-se em hipótese alguma por baixo da carga, nem entre


qualquer obstáculo, durante o trajeto;
 Observar posições corretas para aplicação da força (içamento, translação,
etc):
        
EM SE TRATANDO DE SEGURANÇA,
TODO CUIDADO É POUCO

 
Deve-se ter sempre em mente que a seu lado existem outras pessoas e que
você não deve colocar em risco a sua segurança e muito menos a dos outros.
 
Um dos grandes causadores de acidentes nas fábricas e o uso incorreto das
pontes rolantes ou sua utilização por pessoas que desconhecem o seu
funcionamento.
 
6. ORIENTAÇÃO PARA EVITAR ACIDENTES

6.1 Inspeção da Ponte


Ao utilizar-se da ponte rolante, lembre-se que ela está para servi-lo e que um
descuido seu poderá danificá-la, ocasionando sua paralisação e
conseqüentemente, atraso na produção e talvez até um acidente.
·   Sempre antes de utilizar a ponte, faça uma inspeção visual nos cabos de
aço, no guincho e nos acessórios a serem utilizados.
Comunique ao encarregado qualquer defeito que a ponte rolante apresente,
como por exemplo quando:

 
Os comandos da botoeira não atendem prontamente ou ficarem retidos
quando queremos que desligue;
 
O cabo de aço estiver danificado;
 
O gancho estiver muito aberto ou apresentando defeitos visíveis como,
ferrugem, rachaduras, etc;
 
Houver barulho estranho nos motores;
 
Houver movimentos estranhos da ponte por obstrução ou defeito no
caminho de rolamento, problemas com as rodas do truque, etc.
6.2. INSPEÇÃO DE ACESSÓRIOS:

Verificar se o mesmo é adequado para aquele tipo de serviço, principalmente


quanto à capacidade do mesmo.

Fazer uma revisão visual no acessório. Em caso deste apresentar defeito (elos
partidos, cabos ou cordas desfiadas, gancho muito aberto, garra que não prende),
o encarregado da seção deve ser avisado. Não faça consertos nos acessórios,
isto é trabalho do fabricante.

Manter limpo todos os acessórios, para facilitar a visualização de defeitos.

Recolocar o acessório no lugar reservado a ele, após seu uso. Outras pessoas
poderão precisar do mesmo e terão que ficar procurando, caso você não o
recoloque no mesmo lugar.
6.3. FIXAÇÃO DA CARGA A SER TRANSPORTADA:
A fixação de um cabo numa carga e a amarração no gancho de sustentação da
ponte rolante ou outro mecanismo, precedem o transporte da mesma.
 
Assim, para que nenhum incidente ocorra e se tire o máximo proveito da
resistência destes acessórios de transporte
1. A vertical materializada pelo cabo de sustentação deve passar pelo centro
de gravidade da carga a fim de evitar o balanço da carga ao içarmos.
2. Quando vários cabos (ou pernas) forem utilizados. recomenda‑se que tenham
comprimentos suficientes de modo a manter um ângulo (a) em torno de 30º.
 
3. 0 posicionamento dos cabos sob a carga, deve ser feito de modo a evitar
qualquer deslizamento ou desequilíbrio da mesma, o que poderia provocar
a ruptura do cabo em conseqüência da sobre carga local.
 
4. Caso a amarração com porte nós, estes deverão ser suficientemente seguros,
de modo a não deslizar nem desapertar durante a manobra

5. Içamento de carga

 Não levante uma carga se o cabo de aço ou a corrente estiver torcida; 


 Ao utilizar língas, verifique se não estão cruzadas. Efetuar um levantamento
com língas cruzadas, ocasiona uma rotação da carga;
 0 ângulo formado pelas língas não deve ultrapassar de um determinado
valor.
 
 
7. SINALIZAÇÃO:

Conheça os sinais internacionais de acordo com a ANSI B 30.5, que


convencionam a sinalização entre o operador e o ajudante (rigger).
Lembre‑se que a comunicação verbal em locais de muito barulho ou grandes
distâncias pode ser entendida erradamente.
8. MOVIMENTAÇÃO DA PONTE ROLANTE:

8.1 Ao deslocar a Ponte não permita que esta se choque com outra ou com as
estruturas de fim de curso
 

8.2. Ao deslocar os carros não permita que estes se choquem um com o outro.
8.3 Ao levantar uma carga, faça‑o lentamente até que o cabo de aço esteja
completamente, esticado (carga estática), evitando assim trancos que podem
danificar tanto o mecanismo de levantamento como o cabo de aço ou gancho,
assim como os acessórios utilizados para o levantamento.
8.4 Nunca levante uma carga que tenha peso maior que a capacidade da ponte.

8.5 Ao descer a carga verifique se a área está completamente livre, pois a


carga poderá ficar presa em algum ponto ocasionando uma descida brusca ou
mesmo o escorregamento da carga.
8.6 A carga ao ser levantada ou transportada deve manter os cabos de aço
sempre na vertical. Sendo assim, ao transportar uma carga, verifique se o
caminho está completamente. livre, evitando que a carga se desloque em
relação a ponte, forçando o mecanismo de, levantamento e podendo danificar os
cabos de aço.
8.7 Nunca utilize, acessórios que apresentem defeito ou que não sejam
adequados para o serviço.
8.8 Só utilize uma ponte se você tem pleno conhecimento de seu funcionamento.
Não pense que por você ter operado outras pontes, você também conhece esta.
Em caso de necessidade, aproveite a hora de folga de seus companheiros para
conhecê-la, porém avise ao encarregado da seção que irá fazê-lo.

 
8.9 Ao prender uma carga, utilize os acessórios corretos. Não improvise.
8.10 Verifique se a capacidade da ponte é suficiente para levantar aquela carga.
8.11 Os cabos de aço da ponte rolante, devem estar sempre na vertical, ao
levantarmos uma carga. O uso incorreto poderá provocar acidentes de grandes
proporções pelo deslocamento lateral da carga ao ser içada.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.12 Quando se tratar de cargas muito pesadas, levante‑a a alguns centímetros
do piso e verifique se o freio suporta este peso. Lembre‑se que se o freio falhar,
a carga descerá, provocando acidentes.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.13 Prenda a carga de tal forma que esta não tombe para um dos lados e
também não escorregue, provocando o choque entre uma carga a outras peças
que estão no piso.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.14 Não passe com a carga por sobre a cabeça de outros colegas, se tiver que
fazê‑lo avise‑os.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.15 No caso de duas ou mais pontes sobre o mesmo caminho de rolamento,
verifique a posição das outras e se elas não estão sendo usadas. Ao usar sua
ponte você deverá estar de olho na carga e nas outras pontes, pois outra pessoa
pode, inadvertidamente movimentá-las.
 
8.16 Não abandone os comandos da ponte enquanto a carga estiver no alto.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.17 Mantenha sempre atenção total ao operar a ponte. Não se distraia. Sua
distração poderá provocar um acidente de grandes proporções.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.18 Não utilize acessórios que apresentem defeitos visíveis.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.19 Ao descer a carga, verifique se a área está completamente livre,
evitando que a carga fique presa em qualquer ponto.

8.20 Quando a carga for de grandes dimensões, de tal forma que você não
tenha visão total, solicite ajuda a alguém experiente e acompanhe todos os
sinais dados pelo ajudante.
8.21 Não viaje junto com a carga
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.22 No caso de faltar energia, enquanto a carga está suspensa, o operador não
deve desviar sua atenção da carga e nem afastar‑se dos comandos. Em caso de
perigo, avise seus companheiros.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.0. COMPONENTES E EQUIPAMENTOS DA PONTE
 
A necessidade da indústria, quanto ao manuseio de peças de grande porte em
grandes áreas, sem prejuízo do trânsito de veículos, estocagem de materiais e
posicionamento de máquinas e equipamentos, confere à ponte rolante um papel
importante no aproveitamento de toda área útil para o transporte, nas suas três
dimensões. Sem detrimento da rapidez, segurança e versatilidade. A ponte rolante
é, portanto, um equipamento de elevação e transporte de carga que se movimenta
assentado sobre trilhos fixados normalmente nas vigas laterais do edifício.
Os movimentos de uma ponte rolante podem ser definidos por seus componentes
fundamentais que são: ponte, trole ou carro e guincho.
A PONTE ‑ é um equipamento de elevação e transporte de volumes e não de
pessoas, dentro de suas especificações de capacidade, que se move sobre as
vigas nas extremidades dos trilhos. É composta de traves com trilhos (vigas),
truques, passadiços, pára-choques e mecanismo de acionamento.
 
A ponte movimenta‑se livremente, dispondo apenas do freio mecânico,
acionado pelo operador, para fazê‑lo parar.
 
Os quatros cantos da ponte são equipados com pára-choques de molas, das
quais não se deve depender ao pará‑la, devendo ser entendidos como
equipamentos de segurança para proteger as extremidades dos edifícios ou outra
ponte que esteja nas vigas de rolamento.
 
Os truques são formados pela estrutura e pelas rodas, estas ligadas por um
eixo comum, em cada um dos extremos da ponte. O motor que aciona esse eixo é
montado sobre a plataforma de um dos lados da ponte.

TROLE OU CARRO ‑ É um componente motorizado que sustenta o


mecanismo de elevação e se desloca longitudinalmente sobre as traves até os
limites de segurança fixados nas extremidades dos trilhos, nas vigas da ponte,
levando o mecanismo dos guinchos e o seu próprio mecanismo de acionamento. É
composto de motor, redutor, freio, acoplamento, mancais, suportes etc...
O trole, a exemplo da ponte, também se movimenta livremente, não possuindo
chave‑limite nas extremidades dos trilhos para fazê‑lo parar.
 
Os trilhos são equipados com batentes protetores, os quais não devem ser
usados para frear o trole, mas, sim, como equipamentos de segurança.
   
  ·      O GUINCHO ‑ É um componente motorizado, que fazendo parte da ponte
 
  rolante, exerce a força necessária para elevar ou baixar a carga até os limites de
  segurança fixados no trole, através do mecanismo de elevação composto de:
 
  motor, freio do motor redutor, eixo, freio de carga, tambor cabos de aço, polias,
  suportes, caixa de gancho mancais e gancho.
 
 
 
 
 
Além desses componentes, a ponte rolante ainda pode possuir um local
destinado ao operador, de onde ele a comanda em todos os seus movimentos,
através de chaves, alavancas ou botões, denominado cabina.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO DA PONTE
Considerada como um dos elementos importantes na cadeia de produção
apesar de ser de altíssimo custo e oferecer certos riscos, a ponte rolante é
equipada com alguns componentes descritos a seguir, que permitem maior
segurança de operação e possibilitam a prevenção de acidentes envolvendo
homens e/ou materiais:

Freio de expansão interna, normalmente usado em quase todos os movimentos.


Acionado eletricamente pela botoeira ou manete.

FREIO ELETROMAGNÉTICO 1 CS FREIO TIPO ELDRO


PARA‑CHOQUE Equipamento de proteção localizados nos extremos dos
truques, compostos de molas para amortecer choques da ponte ou elastômero.
 
 
 
 
 
 
 
 

CHAVE‑GERAL Quando desligada, permite a paralização total da ponte. Está


localizada geralmente na cabine ou na parte superior da ponte.
 
 
 
 
 
 
LIMITADOR AUTOMÁTICO
 
 

(CHAVE‑LIMITE): Componentes localizado no guincho, que permite sua paralizaçâo


na posição de elevação máxima. Normalmente está ligado ao guincho, sendo
acionado pelo bloco de rodanas.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
·  BATENTE DO BARRAMENTO Equipamento de segurança fixado nas vigas
da ponte, funcionando como proteção para não se tocar no barramento
energizado.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  ·  EXTINTOR DE INCÊNDIO: Equipamento auxiliar, utilizado no combate ao
 
fogo na ponte, localizado normalmente na cabine do operador.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.1. ACESSÓRIOS INDIVIDUAIS:
Conforme o tipo de carga a ser elevada ou transportada pela ponte rolante,
torna‑se necessária uma preparação anterior da mesma, que deve ser executada
pelos ajudantes, utilizando‑se os acessórios individuais adaptáveis a cada tipo
diferente de carga. Os acessórios são:
 
TENAZ OU GARRA Utilizada normalmente no transporte de material acabado,
onde haja um ponto de apoio para prendê‑lo. Ex: lingotes, lingoteíras, cadinhos
etc.
ELETROIMÃ Utilizado para transportar material sujeito ao magnetismo e
não combustível. Ex: sucata, chapas de aço etc.
 
 
 
 
 
 

 CORRENTES Utilizadas para transportar material em bruto, ou peças de


grande porte, como bloco de motor, jaquetas de motores, etc.
 
 
 
 
 
ESTROPOS Utilizados no transporte de material acabado e de superfície
lisa, onde não possam acontecer riscos ou danos. (fig. 43).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BALANÇIM Utilizado como recurso no transporte de peças ou cargas
grandes, com geometria difícil para dar equilíbrio e muitas vezes.
 
 Esses acessórios funcionam como instrumentos auxiliares, colocados nas
diversas especificações de carga e engatados nos ganchos do guincho para
facilitar a sua elevação, descida ou transporte.
 GANCHO “C” - Utilizado como recurso no transporte de tramos
intermediários formados, após a solda de virolas, com geometria difícil para
dar equilíbrio no transporte interno na oficina, facilitando a sua elevação,
descida ou transporte.
 GANCHO “C” – INSPEÇÃO
As inspeções no Ganchos “C”, “J” e Garras deverão ser permanentes realizadas
para a existencia de trincas de duas formas:
1. Visual a cada dia de trabalho pelos trabalhadores que utilizam estes
acessórios;
2. Através de LP (Líquido Penetrante) a cada revisão periódica de manutenção,
sendo recomendado período anual pela BS7121, nos locais indicados.

soldas

curvas
 GANCHO “J” - Utilizado como recurso no transporte de tramos prontos para
viagem, facilitando sua retirada da oficina e seu carregamento em carretas
 GANCHO “J” - Utilizado como recurso no transporte de tramos prontos para
viagem, facilitando sua retirada da oficina e seu carregamento em carretas,
nclusive com o uso de dois Super Stacker (marca Kalmar), operação
sincronizada.
 GARRA COM CORRENTE - Utilizado como recurso no transporte de virolas,
facilitando sua movimentação na oficina.
Para posicionamento de pega, é instalado lateralmente as duas garras uma em
cada lado da virola, mantendo a corrente levemente estirada. O controle do
levantamento das garras é sincronizado com o movimento longitudinal da
ponte, fazendo com que o gancho desta, mantenha a verticalidade, até que
as correntes estejam extamente em baixo da ponte

d p
inclina

vertical
 GARRAS DAS CORRENTES
São bastante carregados, necessitando de inspeção constante, sendo duas as
cauas de seu descarte:
1. Desgastes excessivos no olhal da anilha e/ou no corpo da garra;
2. Trincas na região de inflexão do gancho, que deve ser inspecionada com LP
(Líquido Penetrante)
 GARRAS DAS CORRENTES PEGA CHAPAS
São bastante carregados, necessitando de inspeção constante, sendo duas as
cauas de seu descarte:
1. Desgastes excessivos no olhal da anilha e/ou no corpo da garra;
2. Desgastes excessivos das chpas de sacrifício no atrito com as chapas
11. CABOS DE AÇOS

Cabos de aço tem importante função nos trabalhos de movimentação de carga.


Podem trabalhar fixos sustentados a estruturas dos guindastes ou em
movimento constantes de enrolamento em tambores ou curvando-se em polias.
11.1. CONSTRUÇÕES DE CABOS

Entende-se por construção de cabos de


aço o seguinte:
- Ao conjunto de fios (arames) que dá
origem a uma perna
Identificação de um cabo de aço:
-Um cabo de aço se identifica pelo
número de pernas e o número de fios
(arames) por perna
-Ex: Um cabo de aço 6 X 19
Significa que o cabo possui 6 pernas e
19 fios (arames) por perna.

Observar que:
Quando mais fios de arame, o cabo
se torna mais flexível.
Quando menos fios de arame, o
cabo se torna mais rígido.
11.2. COMPOSIÇÃO

Refere-se a disposição dos fios em cada perna, que corresponde aos diversos
tipos de cabo.
11.3. TORÇÃO DAS PERNAS E DOS CABOS
Quando as pernas são torcidas da esquerda para a direita, diz-se que o
cabo é de “TORÇÃO À DIREITA”.
Quando as pernas são torcidas da direita para a esquerda, diz-se que o
cabo é de “TORÇÃO À ESQUERDA”.
11.4. TIPOS DE TORÇÃO:
Torção Regular
Conhecida também como “Em Cruz” (regular Lay), pode ser à direita ou à
esquerda (ver ilustração). No cabo de torção regular, os fios de cada perna são
torcidas em sentido oposto a torção das próprias pernas (Em Cruz). A torção
regular dá uma maior estabilidade ao cabo.
TIPOS DE TORÇÃO

Torção Lang
Conhecida também como “Em Paralelo” (Lang Lay), pode ser à direita ou à
esquerda (ver ilustração). No cabo de torção lang, os fios de cada perna são
torcidas no mesmo sentido da torção das próprias pernas. A torção lang dá
uma maior resistência a abrasão do cabo e sua flexibilidade.
11 .5. ESPÉCIE DE ALMA DO CABO

Refere-se aos tipos de alma, ou seja:

AF – ALMA DE FIBRA
AA – ALMA DE AÇO
AACI – ALMA DE AÇO DE CABO INDEPENDENTE

As Almas de Fibra (AF) em geral dão maior flexibilidade ao cabo de aço.


Os cabos de aço podem ter almas de fibras naturais ou de fibras artificiais. As
almas de fibras naturais são normalmente de sisal ou rami, e as almas de
fibra artificiais são geralmente de polipropileno.
A grande vantagem das almas de fibra artificiais em relação as almas de
fibras naturais é que elas não se deterioram em contato com a água o
substâncias agressivas e não absorvem umidade.
As Almas de Aço (AA) garantem maior resistência aos amassamentos e
aumentam a resistência à tração. A alma de aço pode ser formada por uma
perna de cabo (AA) o por um cabo de aço independente (AACI).
Os cabos de aço com alma de aço tem 7,5 % a mais de resistência a tração e
10 % a mais de peso, do que os de alma de fibra.
11.7.COMO MEDIR E MANUSEAR UM CABO

O diâmetro de um cabo é o da circunferência que o circunscreve. Assim sendo,


o cabo deve ser medido conforme demonstração abaixo:
O cabo deve ser manuseado com cuidado a fim de evitar estrangulamento
(nó), provocando ma torção prejudicial, como se vê no exemplo abaixo:

O começo de nó, nunca se deve permitir que um cabo tome forma de um


laço, como demonstrado acima. Porém, se o laço for desfeito (aberto)
imediatamente um nó poderá ser evitado.
11.8. PARA MELHOR ELUCIDAÇÃO, SEGUE ABAIXO ALGUNS CASOS
TÍPICOS RESULTANTES DE FUNCIONAMENTOS SOB CONDIÇÕES
PRECÁRIAS OU MAUS TRATOS.
11.9. CABO DE ELEVAÇÃO FORA DO CENTRO

Estando o cabo de elevação fora do centro, a lança fica sujeita a uma torção.
E conseqüentemente há danos irreparáveis.
Quando o cabo de elevação não está concentrado. A lança será torcida ao se
lançar uma carga.

A assimetria na passagem do cabo de elevação pelas roldanas do moitão,


provoca o seu tombamento e gera desgaste prematuro das roldanas.
11.10. INSPEÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS DE AÇO EM USO

INSPEÇÃO

Os cabos de aço quando em serviço devem ser inspecionados


periodicamente, o fim de que sua substituição seja determinada sem que o
seu estado chegue a apresentar o perigo de uma ruptura. Em geral, uma
inspeção correta compreende as seguintes observações:

Número de arames rompidos

Deve-se anotar o número de arames rompidos em 1 passo ou em 5 passos


de cabo. Observa se as rupturas estão distribuídas uniformemente ou estão
concentradas em uma ou duas pernas apenas. Neste caso há o perigo
dessas pernas se romperem antes do cabo. É importante também observar a
localização das rupturas, se são externas, internas ou no contato entre as
pernas.
Arames gastos por abrasão

Mesmo que os arames não cheguem a se romper, podem atingir um ponto de


desgaste tal, que diminua consideravelmente o coeficiente de segurança do
cabo, tornando o seu uso perigoso.
Na maioria dos cabos flexíveis, o desgaste por abrasão não constitui um
motivo de substituição se os mesmos não apresentarem arames partidos.
Quando se observa uma forte redução da seção dos fios externos e,
conseqüentemente, do diâmetro do cabo, deve-se verificar periodicamente o
coeficiente de segurança para que este não atinja um mínimo perigoso.
Corrosão

Durante a inspeção deve-se verificar cuidadosamente se o cabo de aço não


está sofrendo corrosão. É conveniente também uma verificação no diâmentro
do cabo em toda sua extensão, para investigar qualquer diminuição brusca do
mesmo. Essa redução pode ser devido à decomposição da alma de fibra por
ter secado e deteriorado, mostrando que não há mais lubrificação interna no
cabo, e conseqüentemente poderá existir um corrosão interna no mesmo.
11.11. SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS

Mesmo que um cabo trabalhe em ótimas condições um momento em que,


após atingir sua vida útil normal, necessita ser substituída em virtude de seu
desgaste, de arames e etc.
Em qualquer instalação, o problema consiste em se determinar qual o
rendimento máximo que se pode obter de um cabo antes de substitui-lo, sem
colocar em perigo a segurança do equipamento.
Existem instalações em que o rompimento de um cabo pó em risco vidas
humanas, como o caso de elevadores e teleféricos de passageiros. Neste
casos existem normas especiais sobre a forma de inspecionar e substituir os
cabos de aço.

Nos demais casos em geral, salva algumas exceções pode-se determinar a


substituição dos cabos em serviços pelo número de arames rompidos
visíveis.

Deve-se substituir um cabo de aço em serviço pelo número de arames


rompidos visíveis no trecho mais prejudicado. Atinja os limites do gráfico
abaixo, que elaboramos tendo como orientação a DIN 15020.
SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS
d = diâmetro do cabo
SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS
O numero de ruptura de arames foi fixada para comprimentos distintas:

- Comprimento igual à 6 vezes o diâmetro do cabo (aproximadamente 1 passo do


cabo), em que se põe em evidência as aglomerações de rupturas que poderiam
ficar despercebidos em um comprimento maior.

- Comprimento igual a 30 vezes o diâmetro do cabo (aproximadamente 5 passos


do cabo), em que se considera um desgaste mais uniforme e normal, e neste
caso o numero de rupturas de arames admissível é apenas o dobro.

Podemos observar que o número admissível de arames rompidos é maior para


cabos com torção regular, pois neste tipos de torção um arame aparece maior
número de vezes a superfície do que em um cabo de torção lang.

Observação importante: Ao se examinar um cabo de aço, se for encontrado


algum outro defeito considerado grave, o cabo deve ser substituído mesmo que o
número admissível de arames rompidos não tenha atingido o limite encontrado no
gráfico, ou até mesmo sem ter nenhum arame rompido.

A inspeção visual de um cabo se sobrepõe a qualquer norma ou método de


substituição dos mesmo.
11.13. EFICIÊNCIA DOS OLHAIS EM RELAÇÃO AS CARGAS DE
RUPTURA MINIMAS EFETIVAS DOS CABOS.
11.14. ACESSÓRIOS PARA LAÇO

ARGOLAS SAPATILHAS ESTRIBOS


PESADAS PROTETORES

SOQUETES GANCHOS SOQUETES


CHUMBADORES FORJADOS CHUMBADORES
ABERTOS FECHADOS
11.15. APLICAÇÃO CORRETA DE GRAMPOS (CLIPS) EM LAÇOS (SLINGS)
VARIAÇÕES DAS TENSÕES NOS LAÇOS DEVIDO AOS ÂNGULOS
Abaixo segue uma tabela para se calcular o número mínimo de grampos
(clips) e o espaçamento entre clips em função do diâmetro do cabo.
TABELA 1
DIÂMETRO DO CABO NÚMERO MÍNIMO DE ESPAÇAMENTO
(polegadas) GRAMPO (CLIPS) ENTRE CLIPS (mm)

3/16” 2 29
1/4" 2 38
5/16” 2 48
3/8” 2 57
7/16” 2 67
1/2" 3 76
5/8” 3 95

3/4" 4 114
7/8” 4 133
1” 4 152
1.1/8” 5 172
1.1/4” 5 191
1.3/8” 6 210
1.1/2” 6 229
1.5/8” 6 248

1.3/4” 7 267

2” 8 305
2.1/4” 8 343
TABELA 2
MANILHAS
TABELA DE MANILHA
DIMENSÕES CARGA DE PESO APROXI-
TRABALHO EM MADADO EM kg
EM pol. EM mm kg
MANILHA
FORJAD. REF.
d A B C D E F G H I

MF-1 1/4 " 41 24 8 22 13 12 32 5 17 320 0,050


MF-2 5/16” 49 29 9 26 14 13 38 5 20 480 0,075
MF-3 3/8 ” 59 36 11 32 16 16 44 5 24 720 0,130
MF-4 7/16” 67 40 13 36 17 18 47 5 27 980 0,190
MF-5 1/2 ” 78 46 16 41 22 20 57 5 33 1280 0,310
MF-6 5/8 ” 96 59 19 51 25 27 70 5 39 2000 0,550
MF-7 3/4 ” 114 70 22 60 31 32 95 6 47 2880 0,970

MF-8 7/8 ” 133 81 25 71 36 36 95 6 54 3910 1,390

MF-9 1. ” 151 93 28 81 43 43 108 9 60 5130 2,050

MF-10 1.1/8” 168 104 32 90 46 47 120 9 66 6050 2,970

MF-11 1.1/4” 187 115 35 100 46 51 130 9 76 7480 4,020

MF-12 1.3/8” 209 127 38 113 54 57 146 9 84 9060 5,455

MF-13 1.1/2” 228 136 41 124 59 60 155 9 92 10700 7,340

MF-14 1.3/4” 270 162 51 146 65 73 184 13 105 14700 11,325

MF-15 2. ” 314 184 57 171 65 82 209 13 127 19100 16,310

MF-16 2.1/4” 336 209 63 181 70 95 238 13 133 24500 22,650

MF-17 2.1/2” 378 232 70 203 95 105 260 13 152 30600 33,520

MF-18 2.3/4” 387 254 76 203 108 114 276 16 152 36600 45,300

MF-19 3. ” 416 279 82 216 120 127 305 16 165 43900 56,625
12. CINTAS: MATERIAIS E RECOMENDAÇÕES.

Por falta de normas técnicas da ABNT, as mais conhecidas normas para


fabricação de cintas e laços em fibras sintéticas são as européias EN 1492
partes 1 e 2 de 1994, e as alemãs DIN 61360 partes 1 e 2 de 1986. Ambas
são tecnicamente parecidas, e com apenas pequenas diferenças. Abaixo,
apresentaremos os detalhes mais importantes destas normas no aspecto de
segurança no trabalho, indicado com EN (européia) e/ou DIN (alemã), de qual
norma se refere:
12.1. MATÉRIA PRIMA:

Os materiais aprovados são poliéster (PES), poliamida (PA) e polipropileno


(PP). Vale salientar que estes materiais têm propriedades mecânicas e
químicas bastante diferentes. (EN/DIN)

12.2. COSTURAS:
As costuras das cintas devem ser feitas com fios do mesmo material que está
sendo usado na fabricação das mesmas. Não se pode misturar poliéster com
poliamida etc. (EN/DIN)

12.3. REFORÇOS NOS OLHAIS:


Os olhais dobrados e costurados devem ser reforçados, devendo-se utilizar o
mesmo material da cinta, ou couro. (EN/DIN)
COR DA CINTA/LAÇO

Para cada capacidade nominal de carga de trabalho, existe uma cor de


reconhecimento de capacidade, conforme exemplificado na tabela abaixo: (EN)
12.5. FATOR DE SEGURANÇA:

O fator de segurança (relação entre a carga de trabalho e a carga mínima de


ruptura) deve ser 7:1 para cintas e laços conforme EN, ou 8:1 para norma DIN.

12.6. ACESSÓRIOS:
Os acessórios à serem utilizados com cintas e laços (ganchos, anéis etc...),
devem ser fabricados conforme normas EN ou DIN. (EN/DIN)
12.7. ETIQUETA:

É obrigatório equipar as cintas e laços com etiqueta contendo no mínimo as


seguintes informações:

Carga máxima de trabalho na posição vertical;


Material usado na fabricação (PES, PA ou PP);
Identificação do fabricante;
Comprimento nominal;
Código de rastreabilidade;
Norma de fabricação.
Se a cinta/laço não possuir etiqueta, ela não deve ser utilizada. As
normas determinam também em que parte da cinta a etiqueta deve ser
colocada.
ETIQUETA
12.8. COR DA ETIQUETA:

A cor da etiqueta identifica a matéria-prima com a qual a cinta/laço foi fabricada.


AZUL-POLIÉSTER, VERDE-POLIAMIDA e MARRON-POLIPROPILENO. Como
estes materiais têm propriedades químicas bastante diferentes, é extremamente
importante que o material seja identificado desta forma. (EN/DIN)

12.9. INSTRUÇÕES DE USO:

Instruções de uso correto devem ser obrigatoriamente fornecidas com a


cinta/laço. (EN/DIN)

12.10. ENSAIOS E TESTES:

As normas prescrevem ensaios nos produtos acabados. Por exemplo, para


cada lote de fabricação deve-se retirar amostras aleatórias para ensaio de
ruptura, certificando-se que o fator de segurança está sendo atendido. Os
resultados destes testes são arquivados por 10 anos e podem ser facilmente
consultados, desde que se informe o código de rastreabilidade da cinta.
(EN/DIN)
12.11. INSPEÇÃO DE CINTAS E LAÇOS:

A Norma técnica EN 1492 recomenda inspeção em três níveis:

1. Antes da utilização, deve-se sempre verificar se a cinta apresenta


qualquer dano ou defeito que possa comprometer o seu uso com
segurança, e se as informações na etiqueta estão corretas. Caso a cinta
apresente danos ou se as informações não estiverem corretas ou
legíveis, a cinta não deverá ser utilizada;
2. Após a utilização de uma cinta antes de seu armazenamento, deve-se
verificar se a mesma não sofreu danos que possam comprometer seu
desempenho. Se a cinta foi danificada durante a utilização, ela deverá
ser inutilizada;
3. Cintas e laços devem ser inspecionados periodicamente, no mínimo
uma vez por ano, por uma pessoa tecnicamente competente, para
determinar se a cinta encontra-se em bom estado de uso.
12.12. USO CORRETO DE CINTAS E LAÇOS:

As seguintes recomendações são extraídas das normas técnicas EN 1492 e


DIN 61360.

 Planejar e preparar bem a movimentação da carga.


 Verificar antes da utilização da cinta, se a carga de trabalho e o
comprimento prescritos na etiqueta da cinta estão corretos. Cintas sem
etiquetas ou com etiquetas ilegíveis não podem ser utilizadas.
 Verificar se a cinta não possui danos, antes de utiliza-la.
 Nunca sobrecarregar a cinta para evitar acidentes, e danos irrecuperáveis
nos equipamentos.
 Colocar o gancho do meio de elevação, sobre o centro de gravidade da
carga a ser movimentada.
 Utilizar cintas idênticas quando precisar acoplar mais de uma cinta na
carga no gancho do meio de elevação.
USO CORRETO DE CINTAS E LAÇOS

Considerar os ângulos e a forma de utilização da cinta / laço, para


determinar a carga de trabalho. Vide tabela de capacidade de carga.
Nunca dar nós nas cintas para encurta-las. Nós reduzem a capacidade
de carga de 25% a 75%.
Nunca movimentar cargas com cintas torcidas. Torção na cinta reduz a
capacidade.
Colocar costuras carregadas (emendas) entre o gancho do meio de
elevação e a carga a ser movimentada, para que elas não sofram danos.
Proteger a cinta contra superfícies ásperas e cantos afiados, utilizando-se
proteção adequadas (Poliuretano, Poliéster ou Couro). Nunca utilize a cinta
sem proteção se a carga apresentar cantos vivos ou ásperos.
Evitar arranques e choques na cinta durante a movimentação da carga.
Uma carga dinâmica é muito superior a uma carga estática, e pode causar
danos por sobrecarga na cinta.
Nunca arrastar cargas com a cinta ou descer a carga sobre a mesma,
para evitar danos.
USO CORRETO DE CINTAS E LAÇOS

Evitar contato de cintas ou laços de Poliéster com produtos químicos


bases, com por exemplo soda cáustica e amoníaco. Poliéster tem boa
resistência contra ácido, dependendo da concentração, da temperatura, e
da duração do contato da cinta com o ácido. Em caso de dúvidas, consulte
seu distribuidor ou as normas técnicas.
Não utilizar cintas ou laços de Poliéster em temperaturas abaixo de -40º C
ou acima de 100º C. Para outros materiais, consulte seu distribuidor ou as
normas técnicas.
Controlar a cinta após o uso e substitui-la se houver danos visíveis.
Inspecionar a cinta periodicamente, no mínimo uma vez por ano.

Esta lista de recomendações é um resumo da norma. Para maiores


informações, consulte o fabricante e/ou as normas técnicas. O
treinamento dos usuários é essencial para evitar acidentes e custos
excessivos.
INSPEÇÃO DE CINTAS DE CARGA
• CINTAS PLANAS:

Para as Cintas Planas devemos descartá-las sempre que o comprimento total


avariado em seu corpo chegarem a 10% da sua largura.
INSPEÇÃO DE CINTAS DE CARGA
 CINTAS TUBULARES:
 As cintas para elevação de carga modelo TECNO são confeccionadas com filamentos internos de
Poliéster alta tenacidade, a capa protetora, 100% poliéster, recebe tratamento no processo de
pigmentação para garantir resistência à abrasão e ao envelhecimento do tecido. Todas as cintas
de elevação de carga recebem etiqueta de identificação com todos os dados do produto
rastreáveis e identificação de capacidade bordada no corpo para auxiliar na escolha da
capacidade.

Produzida
conforme a
NBR 15637-2
INSPEÇÃO DE CINTAS DE CARGA
 CINTAS TUBULARES:
Os filamentos internos não podem se romper pois colocariam em risco de colapso a prória cinta.
Como estes são extremamente sensíveis a real proteção que temos é a capa externa que não poderá
em nehuma hipótese ter um rompimento, pois desta foma colocará em risco iminente o colapso
da cinta.
INSPEÇÃO DE CINTAS DE CARGA
 CINTAS PLANAS:

Avarias que representem igual ou mais de 10% da largura da cinta, são críticas e estas
cintas devem ser descartadas. Cortadas e dado baixa do acervo.
A apresentação de uma linha vermelha no corpo da cinta é sinal que seu tempo de
uso já foi esgotado e deverá ser descartada.
INSPEÇÃO DE CINTAS DE CARGA

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