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Rev. 3 – 04/2010
“A operação segura de um equipamento se inicia
pelo seu conhecimento"
1
Índice
Introdução............................................................................................................................... 3
Capítulo 1: Movimentação de pequenas cargas ..................................................................... 5
Capítulo 2: Guindastes na movimentação de cargas ............................................................ 12
Capítulo 3: Acessórios.......................................................................................................... 20
Capítulo 4: Capacidade de içamento .................................................................................... 29
Capítulo 5: Controle de carga............................................................................................... 30
Capítulo 6: Cuidados na movimentação de cargas............................................................... 34
Capítulo 7: Sinalização......................................................................................................... 36
Capítulo 8: Testes de carga................................................................................................... 40
Capítulo 9: Contratando serviços ......................................................................................... 43
Capítulo 10: Regulamentação............................................................................................... 46
Capítulo 11: Padronização.................................................................................................... 49
APÊNDICE I ........................................................................................................................ 51
Bibliografia........................................................................................................................... 57
2
Introdução
3
Como proceder para obtermos a garantia de um desempenho adequado de um
equipamento de movimentação de cargas? A avaliação de performance efetuada
de maneira organizada, cercada de precauções e “checks” preliminares pode ser
obtida através de testes de carga. Algumas orientações básicas para condução de
tarefas desta natureza foram inseridas neste trabalho e poderão nortear atitudes.
Terceirização é uma realidade presente no mundo, já deixou de ser novidade,
menos ainda quando falamos de operações de movimentação de cargas. O uso
de equipamentos por locação, algumas vezes contemplando a operação é de
larga utilização em instalações industriais, justificando neste momento o
estabelecimento de algumas recomendações que visam à disponibilidade com
segurança destes bens e serviços.
As informações disponibilizadas devem ser consideradas como uma primeira luz
sobre o tema movimentação de cargas, devido à grande extensão de cada
assunto abordado. O conhecimento aprofundado em um determinado dispositivo,
equipamento ou mesmo procedimento pode vir a ser necessário em função da
atuação do profissional envolvido com estas operações, mas sem dúvida o mesmo
já terá a base necessária para iniciar um trabalho.
4
Capítulo 1: Movimentação de pequenas cargas
Aplicações:
– Arraste de carga, mesmo a longas distâncias;
– Montagens industriais e de estruturas;
– Levantamento de cargas; Alavanca de retrocesso
– Operações portuárias;
Alavanca de abertura
– Agricultura. dos mordentes
Alavanca de tração
O princípio de funcionamento é
semelhante ao puxar de uma corda, uma
vez introduzido o cabo de aço no interior
do guincho este é preso por mordentes
Cabo de aço Mordente inferior
atuados por molas, que evitam o
deslizamento do cabo. Ao acionarmos,
por exemplo, a alavanca de tração os
mordentes (FIGURA 1.2) puxam o cabo,
retendo seu movimento enquanto a
alavanca retorna.
FIGURA 1.2
5
A FIGURA 1.3 mostra a utilização de um
tirfor na montagem de uma torre de
transmissão elétrica.
FIGURA 1.3
6
3. Não passar o cabo aço do tirfor em volta da carga;
4. Não aumentar a alavanca telescópica por meio de tubo o outro artifício;
5. Verificar se não há obstáculo no percurso de deslocamento da carga;
6. Fixar o tirfor apenas em locais apropriados;
7. Não permitir que o cabo do aço do tirfor entre em contato com cantos vivos
ou resíduos metálicos;
8. Manter pessoal não envolvido com operação a distância maior que o
comprimento do cabo tensionado.
7
Talhas (FIGURA 1.5)
Bitola (mm) 6 8 8 8 8 8
Número de Ramais 1 1 2 3 4 6
8
Além das talhas manuais como a apresentada na FIGURA
1.5, estão disponíveis ainda no mercado talhas de alavanca
(FIGURA 1.6) e talhas elétricas. Estas últimas em geral de
maior capacidade, podendo ser instaladas em troles
permitindo o deslocamento do conjunto ao longo de trilhos
suspensos e ainda contar com cabos de aço para içamento
(FIGURA 1.7 e 1.8),
FIGURA 1.6
Cuidados no uso
9
8. Evite balançar a carga ou o gancho.
9. Inspecione a talha regularmente, substitua peças danificadas ou gastas e
mantenha sempre registros das manutenções.
10. Não sobrecarregue a talha além de seu limite de capacidade.
11. Não acione a talha antes de verificar se a corrente está apropriadamente
assentada na polia de carga.
12. Não utilize a corrente de acionamento da talha para içar a carga.
13. Não tente aumentar a extensão da corrente de carga ou reparar algum dano
na mesma.
Integridade
Estão relacionadas a seguir, como sugestão, algumas ações que podem ser
consideradas na avaliação de operacionalidade e integridade de talhas manuais
em serviço. Tirfors poderiam ser submetidos a programa semelhantes.
1
Critérios de utilização de talhas de corrente com acionamento manual
10
Deverão ser efetuados registros das observações efetuadas durante a
inspeção e ensaios, que passarão a integrar o histórico de manutenção do
equipamento.
d) Ensaios mecânicos
A avaliação da viabilidade de condução dos ensaios no local de instalação dos
equipamentos deve ser efetuada, principalmente quando se tratar de
equipamentos de pequeno porte. A disponibilidade de cargas aferidas ou de
um dinamômetro calibrado ratificam tal ação.
1. Ensaio de Freio: com 10%, 50% e 100% da carga nominal para medir a
eficiência de frenagem, neste ensaio o freio deve reter as cargas
aplicadas;
2. Ensaio de funcionamento: aplicar uma carga igual a 100% da
capacidade nominal da talha. A carga deve ser elevada e abaixada por
um percurso suficiente para que todas as engrenagens dêem, pelo
menos, uma volta completa. A talha não pode se romper ou se deformar
permanentemente.
IMPORTANTE:
– Os ensaios mecânicos apontados estão de acordo com as
indicações das normas NBR 10401 “Talhas de corrente de
acionamento manual” e NBR 10402 “Talha de acionamento manual -
Ensaios mecânicos”, devendo ser realizados conforme os
procedimentos descritos nas mesmas.
– Lembramos que as normas em questão estão relacionadas à
fabricação de talhas, sendo os itens indicados anteriormente
considerados como propostas de adequação para a condição em
serviço destes equipamentos.
2
CONTEC N -2170 – Inspeção em serviços de acessórios de carga.
11
Capítulo 2: Guindastes na movimentação de cargas
Equilíbrio de esforços
FIGURA 2.1
12
Fatores complementares contribuem para determinação da capacidade de
içamento do guindaste, tanto a nível estrutural, mas especificamente atrelado a
resistência mecânica de componentes, como relacionado à potência disponível,
esta por sua vez é função da forma de acionamento a ser utilizada.
Conhecendo o equipamento
FIGURA 2.3
FIGURA 2.2
3
Movimentações de carga com guindaste terrestre
13
centros de gravidades das cargas, seleção de acessórios de sustentação e, se
aplicável de eventuais juntas soldadas que se façam necessárias.
Cuidados no uso
FIGURA 2.4
14
FIGURA 2.5 FIGURA 2.6
FIGURA 2.7
FIGURA 2.9
15
(peso próprio de componentes e carga suspensa) possa ser suportado pelos
elementos cons-tituintes da base de giro, a massa do contrapeso poderá permitir o
tombamento da máquina, uma vez que esta não está “ancorada” no solo. Mas o
uso do contrapeso para estes guindastes é benéfico, pois é possível efetuar-se
alterações como aumento de comprimento de lança sem comprometimento da
capacidade de içamento, bastando adicionar-se massa ao contrapeso. Esta
operação ainda é facilitada também pela viabilidade de locomoção da unidade,
permitindo que outro guindaste posicione adequadamente o acréscimo de
contrapeso.
As unidades offshore que utilizam contrapeso são equipamentos mais antigos, em
geral provenientes de adaptações de guindastes onshore. A presença destes itens
não é prática, pois em geral em uma plataforma um guindaste não possui alcance
suficiente para efetuar operações de montagem ou remoção de contrapesos em
outro guindaste, podendo ainda aumentar significativamente o peso total do
equipamento, o que afetaria o projeto de sua fixação no convés. Nesta condição
de serviço, a base de giro passa a ter a responsabilidade de manter o
equipamento firme no pedestal.
– Carregamento dinâmico
Quando em operações sobre o mar, a diferença de velocidade relativa entre o
gancho do sistema de elevação de carga e a carga posicionada no convés de uma
embarcação, pode transferir ao guindaste esforços elevados pelo tensionamento
brusco do cabo de aço. Denomina-se carregamento dinâmico a ocorrência citada
acima, podendo o choque resultar em
uma aplicação de esforços bastante
superiores ao peso da carga içada. De FIGURA 2.10
modo a suportar tal ocorrência, as
unidades offshore possuem reforços
estruturais na fixação de tambores,
projeto do cavalete etc.. , bem como
utilizam componentes de resistência
mecânica superior aos correspondentes
em equipamentos de uso onshore, a
exemplo da fixação a base de giro. Tal
fato também influencia as condições de
carregamento, sendo necessário
considerar-se fatores de segurança
diferenciados para operações sobre o
mar e convés para estes equipamentos.
– Intensa movimentação de lança
A condição de equipamento fixo em
pedestal (FIGURA 2.10) faz com que uma
unidade offshore efetue intensa
movimentação de lança de modo a
16
posicionar ou elevar determinada carga situada em pontos diferentes da
plataforma. O dimensionamento do tambor destinado à acomodação do cabo de
aço deste sistema demandará atenção, de modo a evitar desgaste prematuro
neste acessório, bem como danos resultantes do seu constante enrolamento e
desenrolamento no tambor. Em geral, estes tambores são de diâmetros maiores
se comparados a aqueles instalados em unidades onshore, uma vez que tal fato
reduz os esforços transmitidos ao cabo de aço.
A seguir algumas imagens de tipos de guindastes.
17
Não há dúvidas que entre os equipamentos de movimentação de cargas, o
guindaste é o de maior complexidade. A capacidade de trabalho depende de uma
relação extensa de variáveis, sendo comum, em função do princípio de projeto
discutido no capítulo anterior, que esta varie de acordo com o raio de operação.
Vejamos o exemplo de uma tabela de carga de guindaste offshore na TABELA
2.2 e sua interpretação.
18
Consideremos o içamento de uma carga de 15 ton. sobre o convés. Tal operação
deveria ser iniciada no ângulo mínimo de 50 graus ( ), e uma vez iniciado o
carregamento não é possível o abaixamento da lança, sendo viável apenas a
elevação da mesma, pois para ângulos maiores a capacidade aumenta . Na
condição dinâmica, o mesmo içamento apenas poderia ser efetuado a partir de um
ângulo de 70 graus ( ).
FIGURA 2.16
19
Capítulo 3: Acessórios
Cintas
FIGURA 3.1
FIGURA 3.3
FIGURA 3.2
Podem ser constituídas em poliéster (PES), poliamida (PA) e polipropileno (PP) e
como estes materiais têm propriedades mecânicas e químicas bastante diferentes,
há necessidade de atenção especial quando da seleção em função do serviço.
Uma etiqueta colorida identifica a matéria-prima com a qual a cinta foi fabricada,
sendo: AZUL - Poliéster; VERDE - Poliamida e MARROM – Polipropileno. A
etiqueta deve conter ainda as seguintes informações:
(1) Carga máxima de trabalho na posição vertical;
(2) Material utilizado na fabricação (PES, PA ou PP);
(3) Comprimento nominal;
(4) Identificação do fabricante;
(5) Código de rastreabilidade;
(6) Norma de fabricação.
20
TABELA 3.1 – Capacidades x cor da cinta
CAPACIDADE (TON.) COR
1 Violeta
2 Verde
3 Amarelo
4 Cinza
5 Vermelho
6 Marrom
8 Azul
4
Baseada na norma EN-1492-1:2000
21
FIGURA 3.6 FIGURA 3.7
Cuidados no uso
22
8. Considerar os ângulos e a forma de utilização da cinta, para determinar a
carga de trabalho. Vide tabela de capacidade de carga.
9. Nunca dar nós nas cintas para encurtá-las. Nós reduzem a capacidade de
carga entre 25% a 75%.
10. Nunca movimentar cargas com cintas torcidas. Torção na cinta reduz a
capacidade.
11. Evitar arranques e choques na cinta durante a movimentação de carga. Uma
carga dinâmica é muito superior a uma carga estática, e pode causar danos
por sobrecarga na cinta.
12. Nunca arrastar cargas com a cinta ou descer a cargas sobre a mesma, para
evitar danos.
13. Manter o controle de estado das cintas após utilização.
14. As cintas de movimentação devem ser armazenadas em recintos secos, com
temperaturas não muito altas, protegidas dos raios solares e de danos
mecânicos.
15. Devem ser observadas as principais prescrições do fabricante referentes ao
contato com soluções alcalinas e ácidas.
FIGURA 3.8
FIGURA 3.9
23
FIGURA 3.10 - Cinta plana com corte lateral.
Rejeição, sem condição de reparo.
FIGURA 3.10
FIGURA 3.11
FIGURA 3.12
5
Ver APÊNDICE I – Cabos de aço
24
FIGURA 3.14
Assim como para as cintas, a seleção das eslingas deve considerar a carga a ser
içada, tanto em massa como na forma de sustentação, uma vez que o número de
linhas e a geometria do conjunto terão participação fundamental na definição da
capacidade de içamento.
Consideremos novamente a
FIGURA 3.13 Vejam que a extensão
do cabo do guindaste, por ser uma
linha única, pode ter o diâmetro do
cabo determinado exclusivamente
pela resistência dos arames para
atender a solicitação de carga,
enquanto o suporte do container
também dependerá do ângulo
entre as linhas de cabo.
25
Cuidados no uso
Integridade
6
Movimentação de cargas – Laços de cabos de aço –Utilização e inspeção
26
Outros acessórios
• Tornel
Acessório de carga utilizado para cargas leves e funciona como um destorcedor.
FIGURA 3.16 -Tornel com olhal FIGURA 3.17 - Tornel com gancho
• Bola Peso
Dispositivo cuja função principal é prover peso e manter o prumo do cabo de
carga do guindaste.
É composto pelo destorcedor + peso + gancho (FIGURA 3.18).
FIGURA 3.18
FIGURA 3.19
• Patescas
Dispositivo fixo composto por uma ou mais roldanas solidário a um gancho ou
manilha.
FIGURA 3.20 – Patesca com gancho FIGURA 3.21 – Patesca com gancho
27
• Manilhas
Acessório constituído por um vergalhão metálico em forma de U, com um pino
(cavirão) atravessado entre as duas extremidades, e que se emprega para unir
quartéis de amarras e cabos de aço. As FIGURAS 3.22 e 3.23 apresentam tipos de
manilhas diferenciadas apenas pela forma de travamento do pino.
FIGURA 3.22 – manilha com rosca FIGURA 3.23 – manilha com porca e contra-pino
28
Capítulo 4: Capacidade de içamento
7
Plaqueta gentilmente cedida pelo fabricante em novembro/2006
29
Capítulo 5: Controle de carga
Configuração
Os equipamentos mais atuais possuem sistemas que disponibilizam em um
painel localizado na cabine ao operador
informações como:
• Raio de operação;
• Ângulo de elevação de lança;
• Carga içada;
• S.W.L (carga de trabalho segura)
correspondente ao raio de
operação.
Além de fornecer os dados acima, estes
sistemas podem ainda atuar alarmes (90 %
e 110% S.W.L.) ou atuar junto ao sistema
de comando do guindaste, efetuando o
intertravamento em condições de
sobrecarga. Na FIGURA 5.1, temos um
exemplo de um painel instalado na cabine
do operador, onde constam as indicações
citadas.
FIGURA 5.1
30
Moitão e bola peso
Os guindastes offshore normalmente são dotados de dois sistemas de
elevação de carga:
FIGURA 5.2
Leitura da carga
Para a indicação da carga içada são utilizadas células de carga instaladas em
pontos específicos como na ancoragem do cabo de carga na estrutura da
lança, no caso do moitão. As FIGURAS 5.3 e 5.4 correspondem à montagem da
célula de carga tipo “LINK” do sistema principal de um guindaste.
FIGURA 5.4
FIGURA 5.3
31
A indicação de carga para o sistema auxiliar é um pouco mais complexa, e temos
identificado o uso de células com diferentes princípios de atuação. Vejamos os
exemplos abaixo:
Deflexão de roldanas
(FIGURA 5.5) – o cabo de aço
passa entre um conjunto
formado por duas roldanas
fixas posicionadas acima do
cabo, e uma móvel, situada
na posição central e abaixo
do mesmo. A célula está
posicionada nesta roldana, e
quando o cabo é tracionado
a roldana é deslocada para
baixo e a célula “sente” o
FIGURA 5.5
esforço de tração. Este
dispositivo, dotado de rolda-
nas de pequeno diâmetro,
tem se mostrado inadequado devido à possibilidade de indução de fadiga ao cabo
de aço.
FIGURA 5.7
32
O emprego das células citadas anteriormente caracteriza os sistemas como de
leitura direta da carga içada, já que os esforços atuantes nestes componentes são
aplicados pelo cabo de carga.
É fato que não há um dispositivo consagrado para uso em 1 linha de cabo nos
guindastes de projetos mais antigos, onde adaptações são requeridas. Logo foram
identificadas opções que poderiam contornar tal inconveniente, como a citada a
seguir.
Considerações
33
Capítulo 6: Cuidados na movimentação de cargas
Antes da operação
34
Durante a operação
Rotineiramente
35
Capítulo 7: Sinalização
FIGURA 7.1
36
FIGURA 7.2
FIGURA 7.3
37
FIGURA 7.4
FIGURA 7.5
38
FIGURA 7.6
FIGURA 7.7
39
Capítulo 8: Testes de carga
As ações abaixo devem fazer parte dos preparativos para a realização dos testes:
• Definição do procedimento de teste;
A seqüência de tarefas deve estar claramente estabelecida, incluindo as
referências necessárias como raio ou ângulo da lança e carga correspondente
a ser içada, por exemplo, para guindastes.
• Atribuição de responsabilidades aos participantes;
O papel de cada profissional envolvido nos testes deve ser previamente
estabelecido. Orientações como: apenas um participante deverá orientar o
operador durante as operações, sendo os sinais convencionais repassados
antes dos trabalhos.
• Conhecimento prévio por parte do operador das operações previstas;
A explanação do procedimento a ser utilizado é fundamental e deve ser
realizada pelo responsável pela condução dos testes, com a presença do
profissional incumbido pela comunicação com o operador, se assim
necessário.
• Vistoria prévia do equipamento a ser testado, como nos itens a seguir (não
limitada aos mesmos):
respostas a comandos (sem carga);
integridade de cabos de aço, correntes e outros acessórios;
integridade estrutural da lança, cavalete no caso de guindastes; pórtico
e trolley no caso de talhas;
em caso de acionamento motorizado, quando aplicável:
nível de óleo lubrificante;
nível da água do radiador ;
nível de óleo hidráulico.
40
• Conhecimento prévio por parte do operador do equipamento;
Durante os testes o equipamento deve preferencialmente ser operado por um
profissional familiarizado com o mesmo, se tal ação não for possível, o
operador encarregado deverá ter tempo de conhecê-lo melhor antes do início
dos testes.
• Disponibilidade das cargas de teste – emprego de pesos aferidos;
As cargas utilizadas nos testes devem ser conferidas através do emprego de
instrumentos calibrados (dinamômetros), garantindo a utilização dos valores de
carga conforme estabelecido no procedimento de referência.
• Disponibilização de EPI´s
Todos os profissionais envolvidos
deverão estar devidamente protegidos. O
uso de capacetes, luvas, óculos e
protetores auditivos (este em função do
equipamento a ser testado) devem ser
confirmados.
41
Observações durante o teste de carga
IMPORTANTE:
42
Capítulo 9: Contratando serviços
Locação de item
43
inspeções por ensaios não destrutivos como citadas no item 2, antes e após os
ENSAIOS DE FREIO e FUNCIONAMENTO, descritos na norma NBR 10402.
Estes ensaios deverão ser acompanhados pela fiscalização e os respectivos
relatórios deverão estar disponíveis para consulta futura.
4. Estruturar plano de manutenção preventiva, inspeção e testes das talhas,
submetendo-o à fiscalização PETROBRAS para aprovação, anteriormente à
entrada em serviço dos equipamentos.
44
deverão ser do tipo falha segura.
– A contratada, antes do início dos serviços, deverá apresentar procedimento
de emergência, onde estarão previstos, no mínimo, procedimentos para
abaixamento seguro de cargas suspensas, em caso de falta de força motriz
no equipamento.
– Caberá ao preposto da CONTRATADA a responsabilidade de verificar a
integridade e o funcionamento geral do Equipamento de Movimentação de
Cargas, incluindo o cumprimento do plano de manutenção preventiva,
tomando todas as providências necessárias para as correções devidas.
45
Capítulo 10: Regulamentação
Normas aplicáveis
• NORMA REGULAMENTADORA 11 - NR 11
TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE
MATERIAIS
• NORMA REGULAMENTADORA 18 - NR 18
CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
Da PETROBRAS
46
Da ABNT
• NBR 13543
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS - LAÇO DE CABO DE AÇO – UTILIZAÇÃO E
INSPEÇÃO
Qualificação pessoal
FIGURA 10.1
47
PROMINP, e a subseqüente disponibilização do equipamento a uma instituição de
ensino é um marco fundamental na formação de novos profissionais para
operação destas grandes máquinas. Tal recurso aliado a um programa de
treinamento avaliado pela PETROBRAS e dotado de material didático em grande
parte fornecido pela própria permitirá o ingresso de operadores adequadamente
treinados.
FIGURA 10.2
48
Capítulo 11: Padronização
49
Os padrões disponíveis possuem abordagens também bastante diferenciadas,
como a disponibilidade em alguns de orientações específicas para operações com
cargas de risco, mas a ausência de referências para atuação em emergência ou
vice-versa.
50
APÊNDICE I
CABOS DE AÇO
1. Terminologia
Perna (strand)
Conjunto de arames trançados em forma de hélice
(FIGURA 2). As pernas são trançadas em forma
de hélice em torno de um núcleo constituindo o
cabo de aço.
Camada (layer)
Conjunto de pernas de um mesmo nível em
relação ao núcleo do cabo de aço (FIGURA
3).
FIGURA 2
FIGURA 3
Construção
Constituição de um cabo de aço em termos de quantidade / tipo de arames
e pernas.
51
Passo (pitch)
Corresponde a distância medida no
cabo de aço para realização de uma
volta completa da perna em torno do
núcleo (FIGURA 4).
FIGURA 4
Resistência dos arames (wire tensile)
Medida expressa em unidade de pressão, relativa a resistência a tração dos
arames empregados na confecção das pernas de um cabo de aço.
2. Construção
FIGURA 5
FIGURA 6
52
possui 7 e outro 25. No primeiro, o diâmetro dos arames das pernas seria
obrigatoriamente maior que os arames do cabo de 25 pernas, o que lhe
atribuiria uma maior resistência ao desgaste, tanto por abrasão como por
corrosão. Por outro lado, o segundo cabo apresentaria uma maior
flexibilidade. A seleção da construção a ser empregada depende
fundamentalmente da aplicação a que se destina o componente, como
veremos mais à frente de forma semelhante para outras características
construtivas.
Tipos de alma
O núcleo do cabo de aço pode ser constituído de diferentes materiais e
estruturas, mas com um mesmo objetivo de dar
suporte as demais pernas do cabo. Vejamos os
tipos mais usuais:
FIGURA 8
53
Torção
a) LANG a direita - Arames trançados para direita nas pernas e estas
trançadas para direita em torno do núcleo;
b) LANG a esquerda - arames e pernas trançadas para esquerda em
torno do núcleo;
c) REGULAR a direita -
Arames das pernas para
a
esquerda e pernas para
direita em torno do núcleo;
d) REGULAR a esquerda - b
Arames das pernas para
direita e pernas para
esquerda em torno do c
núcleo.
Vide FIGURA 9 ao lado.
d FIGURA 9
FIGURA 10
54
uma tendência menor ao destrançamento das pernas quando o
cabo é submetido ao carregamento. Isto é fundamental, por
exemplo, em aplicações onde várias linhas de cabo são utilizadas
em um mesmo moitão ou catarina, pois reduziria a tendência das
pernas ao entrelaçamento (FIGURA 11).
Além das diferentes torções entre as camadas, os cabos
não rotativos apresentam uma elevada quantidade de pernas, por
exemplo, 18x7 ou 34x7, o que permite identificá-los facilmente.
Estes cabos apresentavam tradicionalmente valores de
resistência a tração inferiores a dos cabos convencionais, mas
atualmente com o advento do cabo “compactado” temos
verificado o oposto, com diferenças de capacidades da ordem de
30%.
FIGURA 11
Acabamento
Os cabos de aço podem receber proteção anticorrosiva por galvanização,
aplicada aos arames anteriormente a montagem das pernas a quente ou
eletroliticamente. Diante da ausência desta proteção os cabos são
denominados polidos e em geral, atualmente, não se verificam diferenças
de resistência mecânica entre os cabos polidos e galvanizados.
55
4. Fatores de segurança
5. Referências Normativas
56
Bibliografia
CRUZ, RONALDO G.
CRUZ, RONALDO G.
PUPPIM, CARLOS H. J.
Campbell, Douglas H.
57