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Sumário

EMBASAMENTO LEGAL DO TREINAMENTO.............................................................................................2


INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................3
CONCEITO GERAL DE TALHA ....................................................................................................................4
TIPOS DE TALHAS .....................................................................................................................................4
COMPONENTES DA TALHA.......................................................................................................................6
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO...............................................................................................................7
RESPONSABILIDADES................................................................................................................................9
INSPEÇÃO PARA MOVIMENTAÇÃO ..........................................................................................................9
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS............................................................................................................... 10
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE TALHAS............................................................................................... 11
RISCOS ESPECÍFICOS.............................................................................................................................. 12
CABOS DE AÇO ...................................................................................................................................... 14
CINTAS DE ELEVAÇÃO............................................................................................................................ 17
GANCHOS .............................................................................................................................................. 19
VERIFICAÇÃO DAS POLIAS ..................................................................................................................... 20
SINALIZAÇÃO MANUAL PADRONIZADA ................................................................................................ 21
BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................................ 24

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EMBASAMENTO LEGAL DO TREINAMENTO

NORMA REGULAMENTADORA 11 - NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E


MANUSEIO DE MATERIAIS

3.Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de


carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras- rolantes,
transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as
necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.

1.Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser
inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas.

2.Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.

5.Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber
treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.

6.Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão


dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e
fotografia, em lugar visível.

1.O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá
passar por exame de saúde completo, por conta do empregador.

7.Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina).

NR 12-SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Capacitação.

135.A operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em maquinas e equipamentos devem


ser realizadas por trabalhadores habilitados, qualificados, capacitados ou autorizados para este
fim.

136.Os trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em


maquinas e equipamentos devem receber capacitação providenciada pelo empregador e compatível
com suas funções, que aborde os riscos a que estão expostos e as medidas de proteção existentes e
necessárias, nos termos desta Norma, para a prevenção de acidentes e doenças.

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A “ABNT NBR 15466:2007 - Qualificação e certificação de operadores de ponte rolante, pórtico e
semipórtico – Requisitos” estabelece requisitos e a sistemática para qualificação e certificação de
operadores de ponte rolante, pórtico e semipórtico, bem como define suas atribuições, atitudes e
atividades.

CAMPO DE APLICAÇÃO DO CURSO

Aplica-se à qualificação e certificação de profissionais executantes de serviços de operação de ponte


rolante, pórtico e semi-pórtico em diversos tipos de instalações.

Esta norma “PODE” ser utilizada para:

a) Desenvolvimento de programas de capacitação ou formação de profissionais;

b) Orientação no desenvolvimento de profissionais.

c)Conteúdo programático básico para qualificação profissional dos Operadores


de Ponte/Pórtico/Semi-pórtico.

TREINAMENTO OPERACIONAL

O operador de ponte rolante deve ser inteiramente treinado nos procedimentos operacionais antes
usar a máquina.

O operador deve poder avaliar a amarração necessária das cargas, o uso de dispositivos próprios
para cada tipo de carga, os pontos de conexão para movimentação do item a ser erguido e o uso de
EPI e EPC necessários para uma operação segura.

O operador deve estar pronto para uma parada de emergência e procedimentos de bloqueios de
energia.

INTRODUÇÃO
A movimentação de cargas compreende as operações de elevação, transporte e descarga de objetos,
que pode ser efetuada manualmente ou com recurso a sistemas mecânicos.

A movimentação mecânica de cargas permite que, de um modo planeado e seguro, e com recurso a
um determinado conjunto de materiais e meios, se movimentem cargas de um determinado ponto
para outro.

Esta operação compreende as seguintes fases:

 Elevação (ou carga);


 Manobra livre (ou movimentação);
 Assentamento (ou descarga).

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CONCEITO GERAL DE TALHA
Equipamento composto de roldanas (polias) e correntes. Funciona com o princípio de redução
através de polias, o que faz com que a força necessária para o içamento de uma determinada carga
pela talha seja reduzida, porém, a metragem da corrente a ser puxada aumenta.

TALHA ELÉTRICA

Equipamento robusto movido à eletricidade, usado para atender as necessidades de locomoção de


cargas médias ou pesadas de difícil manejo, que realiza movimentos verticais e de translação quando
acopladas a um trole, com capacidade de carga de 100Kg até 50t.

Talhas são equipamentos que transformam toda força manual, elétrica e pneumática em movimento
de elevar ou descer (não podendo utilizar em pessoas), garantindo segurança e praticidade. Os
movimentos podem ser curtos ou longos, para pequenas obras ou até em grandes construções.
Quanto mais alto for, maior energia será utilizado. Para escolher uma talha, você precisa conhecer
qual tipo de trabalho será feito, os espaços e peso.

TIPOS DE TALHAS
TALHAS MANUAIS

O movimento realizado é manual, com uma pessoa puxando uma corrente de elos continua, onde
provoca movimentação de uma roda dentada principal, que está ligada a um sistema de outras rodas
dentadas, que comanda o suficiente para içar a carga mantendo os esforços do operador.

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Lembrando que, por ser manual, quanto maior a capacidade de carga, menor será a velocidade de
elevação. Na hora da compra se informe, sabendo não só a capacidade e a altura de gancho, mas
também a altura de operação.

TALHAS MANUAIS COM ALAVANCAS

A alavanca substitui as rodas dentadas, utilizando sistema de catracas e engrenagens. São menores e
têm pesos reduzidos, o que facilita o manuseio, podendo utilizar em diversos ângulos.

TALHAS PNEUMÁTICAS

As talhas pneumáticas são mais utilizadas quando não é possível utilizar as elétricas. Recomendadas
para aplicações contínuas (sem descanso). Normalmente são fabricadas para menores capacidades,
chegam até 10 toneladas.

Uma das vantagens é que, por ser um sistema alimentado por ar comprimido há possibilidade de
menos atritos, tendo menos manutenções, e utilização mais silenciosa.

TALHAS ELÉTRICAS

Existem no mercado talhas elétricas de correias e com cabo de aço, ambas são utilizadas em lugares
que necessite de uma segurança maior, como o risco de contaminação (indústrias químicas,
alimentícios).

É necessária utilizar uma estrutura fixa, podendo dar mais facilidade no trabalho. A velocidade pode
ser regulada. Pode causar mais ruídos que as outras talhas.

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COMPONENTES DA TALHA
Os principais componentes de uma talha elétrica são: gancho, moitão, cabos de aço ou correntes,
tambor, guia de cabo, fim de curso, moto redutor, freio eletromagnético, trolley, painel de comando
e botoeira de acionamento/controle remoto.

BOTOEIRA

O controle da movimentação pode ser feito através de uma botoeira, geralmente pendente e
suportada por cabo de aço, para não haver esforços no cabeamento elétrico de comando da
botoeira.

BOTOEIRA PENDENTE: É a forma mais tradicional de controlar os movimentos de uma Talha Elétrica.

 Aumenta o risco da operação devido a proximidade da carga;


 Diminui a produtividade pela dificuldade em se movimentar por entre máquinas e materiais;
 Aumenta os custos de manutenção (pois o cabo está sujeito a enroscar em algo e a botoeira
pendente está sujeita a golpes e pancadas).

OBS: A botoeira pendente pode ser substituída pelo radio controle, fazendo assim com que o
operador não trabalhe próximo a carga elevada e com a distância possa ter melhor ângulo de visão.

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CONTROLE REMOTO: composto por um receptor de rádio frequência conectado eletricamente ao
painel da Talha Elétrica, um transmissor portátil para seleção dos movimentos e bateria.

 Por ser portátil, assegura um melhor posicionamento do operador em relação a carga , ou


seja, mais segurança na operação;
 Mais eficiente pela facilidade de ser locomover, aumentando a produtividade;
 A botoeira pendente pode ser retirada ou pode continuar como reserva do controle remoto.

TROLES

Equipamentos utilizados para sustentação das talhas e movimentação das mesmas sobre as vigas.

TROLE MANUAL: O seu movimento ocorre quando o operador desloca a talha ou a carga para a
direção desejada.

TROLE MECÂNICO: O movimento ocorre quando adicionado ao trole manual, volante e engrenagens,
sendo o acionamento feito através de corrente pelo operador.

TROLE ELÉTRICO: O movimento ocorre através do acionamento de uma botoeira ligada a um sistema
elétrico, geralmente é utilizado com talhas elétricas.

MONOVIAS

A monovia está constituída basicamente por um perfil no qual se desloca a talha equipada com trole.
O perfil utilizado nas monovias é geralmente uma viga “I” laminada ou feita de chapas soldadas.
Em Alguns casos é utilizado um perfil especial.

Elas podem ter um percurso retilíneo ou curvilíneo, incorporar desvios, discos giratórios, etc.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
CHAVE DE EMERGÊNCIA

Dispositivo obrigatório na botoeira de controle. No momento que o botão de emergência for


travado, o circuito permanece interrompido.

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CHAVES LIMITES DE FIM DE CURSO

São pequenas chaves que ao serem acionadas abrem o circuito finalizando a operação. Este
componente impede a colisão da máquina com a carga ou da máquina com a estrutura do prédio.

A maioria das talhas elétricas incorpora algum tipo de mecanismo de segurança para evitar o
deslizamento de cargas e sobrecarga, o que pode ser extremamente perigoso, geralmente trabalham
com um sistema de embreagem, o que permite que a cadeia entre em um torque programado
impeça qualquer sobrecarga.

Em algumas talhas elétricas, o limite de sobrecarga é operado através da cadeia mecanicamente


envolvida com um mecanismo interruptor. A mais modernas têm interruptores de segurança que
cortam automaticamente a energia, se houver algum problema com o sistema.

SINALIZAÇÃO AUDIOVISUAL

SIRENE – De acordo com a NR 11 atualizada em junho de 2004, toda máquina transportadora deverá
possuir sinalização de advertência durante a sua movimentação. Esta sinalização pode ser áudio
(sirenes, buzinas ou alarmes) e/ou visual (lâmpadas com acionamento alternado). O ideal é que seja
usado os dois tipos em conjunto a movimentação.

SINALIZAÇÃO DE CAPACIDADE NOMINAL

CAPACIDADE DE CARGA – Em atendimento a NR 11, deverá ser indicada de forma visível a


Capacidade máxima permitida na Talha elétrica.

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RESPONSABILIDADES
A operação de Talhas só pode ser realizada por funcionário devidamente treinado e credenciado pela
empresa. Neste manual iremos nos referir a este pessoal como “operadores”.

Tanto o operador quanto a pessoa que realiza a amarração da carga são responsáveis pela escolha
dos equipamentos utilizados para o içamento da carga. Para esta escolha, deve-se levar em
consideração o peso da carga, os recursos existentes para amarração e o percurso a ser realizado
durante o transporte da carga.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

ATENÇÃO: O operador deve possuir um aguçado espírito de observação, estando sempre alerta para
o que se passa na sua área de trabalho e para as condições de funcionamento da Ponte Rolante que
opera.

PREVISÃO: É a capacidade de prever situações adversas, valendo-se, sobretudo, da sua posição de


visualização das áreas de movimentação da carga (dependendo da tarefa) e da experiência do
operador.

DECISÃO: É a capacidade de ação no momento exato da ocorrência de uma situação adversa.

CONHECIMENTO: São os procedimentos operacionais corretos adquiridos através de manuais dos


fabricantes, treinamentos específicos, etc.;

HABILIDADE: É a execução de diversas manobras em tempo hábil, utilizando os conhecimentos e


reflexos;

ATITUDE: Adquirindo conhecimento e habilidade, espera-se que o operador saiba agir em cada
situação de serviço.

Para isto, é preciso um treinamento adequado de forma a reciclar os seus conhecimentos.

NÃO DEVERÃO OPERAR PONTES ROLANTES

 Quem não souber ler e escrever;


 Quem tiver visão e / ou audição deficientes, “sem a devida correção indicada” por médico
credenciado pela empresa;
 Quem estiver fazendo uso de medicamentos controlados (uso permanente ou temporário);
 O operador que não estiver fisicamente ou mentalmente capacitado conforme determinação
do Médico do Trabalho;
 Quem não for instruído na movimentação de cargas, capacitado e autorizado na operação de
Ponte Rolante.

INSPEÇÃO PARA MOVIMENTAÇÃO


ANTES DE MOVIMENTAR A CARGA DEVE-SE VERIFICAR:

 A carga, laço ou acessório de carga, esteja devidamente apoiada na base do gancho;

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 A carga esteja segura, equilibrada e devidamente posicionada no gancho, laço ou acessório
de carga, logo após o levantamento de poucos centímetros;
 Se o freio mantém a carga nesta posição sem escorregar;
 O laço de cabo na elevação não possui dobramento;
 As diversas linhas (pernas) do laço não estejam trançadas;
 O gancho esteja posicionado de forma a minimizar balanços;
 O cabo de aço da ponte esteja devidamente posicionado nos canais dos tambores e polias,
mesmo que o cabo esteja sem carga ou tenha ficado sem carga anteriormente.

MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
 Todos os elementos da estrutura, mecanismo, fixação e acessórios dos aparelhos de
elevação devem ser de boa construção, de materiais apropriados e resistentes, e ser
mantidos em bom estado de conservação e funcionamento.
 Os ganchos dos aparelhos de elevação devem estar munidos de dispositivos de segurança
que impeçam a fuga do cabo de suspensão.

 Os aparelhos de elevação acionados eletricamente devem ser equipados com


limitadores de elevação que cortem automaticamente a corrente elétrica quando a carga
ultrapassar o limite superior do curso que lhe está fixado.
 Os guinchos dos aparelhos de elevação devem ser concebidos de modo a que a descida das
cargas se faça com o motor embraiado e não em queda livre.
 Todos os aparelhos de elevação devem ser providos de freios calculados e instalados de
maneira a poder suportar eficazmente uma carga que atinja, pelo menos, vez e meia a carga
autorizada.
 Os órgãos de comando devem ser colocados em locais de fácil acesso, indicar claramente as
manobras a que se destinam e ser protegidos contra acionamento acidental.
 Em cada aparelho de elevação acionado automaticamente deve-se apresentar, de forma
bem visível, a indicação da carga máxima admissível.
 Deve ser fixada junto do condutor, assim como na parte inferior do aparelho, a indicação dos
seus limites de emprego, tendo em conta, especialmente, o valor e posição do contrapeso, a
orientação e inclinação da lança, a carga levantada em função do vão e a velocidade do
vento compatível com a estabilidade.
 Nas extremidades dos caminhos de rolamento de aparelhos de elevação sobre carris devem
existir dispositivos de paragem.
 A elevação e transporte de cargas por aparelhos de elevação devem ser regulados por um
código de sinalização que comporte, para cada manobra, um sinal distinto feito, de
preferência, por movimentos dos braços ou das mãos, devendo os sinaleiros ser facilmente
identificáveis à vista.
 Os aparelhos de elevação devem ser inspecionados e submetidos a prova por pessoa
competente antes da sua instalação e recomeço de funcionamento após paragem
prolongada ou avaria.
 Os aparelhos de elevação devem ser examinados diariamente pelo respectivo condutor e
inspecionados periodicamente por qualquer outra pessoa habilitada, variando o período que
decorre entre as inspeções dos diferentes elementos com os esforços a que estejam
submetidos.

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 Os cabos, correntes, ganchos, lingas, tambores, freios e limitadores de curso devem ser
examinados completa e cuidadosamente, pelo menos, uma vez por semana.
 Os condutores dos aparelhos de elevação devem evitar, tanto quanto possível, transportar as
cargas por cima dos trabalhadores e dos locais onde a sua eventual queda possa constituir
perigo.
 Quando seja necessário deslocar, por cima dos locais de trabalho, cargas perigosas, tais
como metal em fusão ou objetos presos a eletroímãs, deve-se lançar um sinal de advertência
eficaz, a fim de alertar os trabalhadores para abandonarem a zona perigosa.
 Os condutores dos aparelhos de elevação não os devem deixar sem vigilância quando estiver
suspensa uma carga.

SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE TALHAS


 Estudar o manual de instruções do fabricante, mesmo que você seja um experiente operador
de talhas.
 Manter sempre a talha centralizada sobre a carga antes do içamento. Tração lateral
excessiva pode danificar a talha, o trole ou a corrente de carga. Não transporte cargas
lateralmente.
 Nunca torcer a corrente ou virar o bloco inferior ao contrário.
 Nunca enrole uma corrente de roletes.
 Proceder sempre uma inspeção visual da talha antes de iniciar uma operação, que inclui os
ganchos, a corrente de carga, chaves limitadoras e freios. Certifique-se de que os mesmos se
encontram em condições de operação.
 Nunca usar a corrente de carga como uma linga. Utilizar sempre lingas apropriadas.
 Nunca exceder a capacidade de carga da talha. Existe um modelo apropriado para cada
tarefa. Certifique-se que os suportes de suspensão estão dimensionados para a carga a ser
içada. Em caso de dúvidas não realizar a operação.
 Não operar uma talha até os limites extremos da corrente de carga. A chave limitadora
destina-se somente a paradas de fim de curso.
 Nunca deixar cargas suspensas por longo período ou quando o operador não estiver
presente.
 Utilizar um recolhedor de correntes, quando necessário.
 Nunca colidir a talha com outras talhas ou objetos.
 Nunca utilizar uma talha para transportar pessoas.
 Nunca transportar cargas sobre pessoas.
 Levantar cuidadosamente a carga. Nunca levantar aos trancos.
 Sempre faça a elevação da carga em linha reta. Nunca em ângulos.
 Nunca utilizar uma talha além de seu ciclo projetado de trabalho.
 Não acione a talha em solavancos desnecessários.
 Assegurar que a carga esteja livre para movimentação. A área deve estar desobstruída.
 Assegure-se sempre que a área de desembarque esteja desobstruída.
 Assegurar-se que a carga está equilibrada e presa na corrente de carga.
 Assegurar-se que a linga é própria para a carga e se o gancho é próprio e que esteja fechado.
 Ao operar a talha, estar atento ao movimento da carga para evitar acidentes com pessoas
que possam estar passando pelo local.

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 Utilizar o bom senso no transporte de cargas, observando onde ela está indo.
 Assegurar-se que a corrente de carga está bem assentada de maneira apropriada no côncavo
do gancho e com a trava fechada.

RISCOS ESPECÍFICOS
A frequência elevada de acidentes envolvendo uma Talha são causados basicamente por falhas
operacionais, tais como:

 Desrespeito aos procedimentos de segurança e operação;


 Falta da inspeção pré operacional no equipamento e acessórios de movimentação;
 Falta de conferência do tipo de carga e sua amarração;
 Área para operação obstruída; e
 Má operação com balanço da carga.
BALANÇO DA CARGA

O balanço da carga é o resultado da conexão flexível entre o cabo de aço da ponte e a carga. Quando
se aciona os motores das translações, a ponte imediatamente se movimenta, porém a carga fica
ligeiramente para trás, com o cabo de aço formando um ângulo menor com o piso.

O mesmo acontece quando se diminui a marcha; nesse caso o impulso da carga pesada pode
tracionar a ponte.

TIRANDO O BALANÇO DA CARGA

O balanço ocorre devido a flexibilidade do cabo de aço, falta de ajustes no freio e a inércia da carga
na movimentação.

O operador experiente tira vantagem desse movimento (balanço avançado da carga) para evitar que
a carga balance na parada da ponte.

Em vez de deixar que a carga passe da ponte e depois voltar atrás até atingir o prumo, o operador
deve: parar a ponte antes do lugar de descarga; quando o balanço atingir 90º, acelerar a ponte
rapidamente para frente acompanhando o sentido do balanço, de maneira que tanto a ponte como a
carga possa ter seus movimentos interrompidos de forma simultânea quando atingirem o local de
descarga.

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Movimento Pendular da Carga: Caso a carga comece a balançar, espere a carga ficar em prumo e
avance com a Ponte no sentido do movimento do pêndulo da carga.

FALHAS OPERACIONAIS NO IÇAMENTO

Posição incorreta do laço no gancho: Somente faça içamento da carga se o gancho estiver
posicionado na vertical. Se a linga estiver posicionada fora da sela força a abertura do gancho e pode
escapar.

O movimentador ao laçar com a linga, deverá usar olhais com folga suficiente para o engate correto
do gancho.

Posicionamento da Ponte fora do prumo da carga: Este erro acontece quando o operador efetua a
amarração da carga estando o equipamento fora do prumo da carga.

Na operação de subida o cabo e a Talha vão sofrer uma série de tensões para as quais não foram
dimensionados.

A Talha foi projetada para suportar somente esforços na vertical. Para evitar estes esforços laterais
sempre eleve a carga no prumo.

IÇAMENTO CRÍTICO

Como parte do planejamento seguro, deve-se estabelecer se o trabalho é um “Içamento Crítico”, que
se enquadra quando:

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 A carga excede a 80% da capacidade indicada do equipamento.
 Quando a carga suspensa possui pouca estabilidade ou risco eminente de colisão ou queda.
 Onde exista a possibilidade de quedas de cargas sobre produtos inflamáveis, explosivos ou
em locais com alta tensão.
 A carga passa sobre áreas de trabalho ativas ou sobre vias de acesso público.

CABOS DE AÇO
INSPEÇÃO VISUAL DIÁRIA

Os cabos de aço devem ser inspecionados visualmente, no início de cada turno de trabalho. A
observação visual tem por objetivo detectar danos no cabo de aço que possam causar riscos durante
o uso, tais como:

a)Distorções no cabo, dobras ou nós, amassamentos, alongamento do passo, gaiola de passarinho,


perna fora de posição ou alma saltada.

b) Corrosão em geral.

c) Pernas rompidas ou cortadas.

d)Número, distribuição e tipo de ruptura dos arames visíveis. Nota: Recomenda-se retirar de serviço
os cabos de aço que apresentarem danos visíveis e submete-lo à avaliação de uma pessoa
qualificada.

PONTOS DE INSPEÇÃO

Devem ser tomados cuidados especiais para se inspecionar trechos do cabo de aço que possam
sofrer deterioração muito rápida, conforme segue:

e)Trechos em contato com roletes de apoio, polias equalizadoras ou outras polias onde o percurso
do cabo é limitado.

f)Trechos do cabo junto ou próximo aos terminais onde possam aparecer arames oxidados ou
rompidos.

g) Trechos sujeitos a flexões alternadas.

h)Trechos do cabo que normalmente ficam escondidos durante a inspeção visual, tais como as
partes que ficam sobre as polias.

Obs.: Para que se possam obter dados para decidir o momento adequado da substituição de um cabo
de aço, deve ser mantido um registro de todas as inspeções periódicas realizadas. Nesse registro
deverão constar os pontos de deterioração listados anteriormente.

CRITÉRIOS DE DESCARTE

Após os registros das inspeções, deverão ser considerados os seguintes critérios de descarte:

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a) Redução do diâmetro do cabo abaixo do seu diâmetro nominal, devido à deterioração da alma,
corrosão interna/externa ou desgaste dos arames externos.

Para cabos das classes 6x7, 6x19 e 6x36, é recomendada uma redução máxima conforme a tabela
abaixo:

b)Corrosão acentuada diminui a capacidade de carga através da redução da área metálica do cabo
de aço, além de acelerar a fadiga.

Geralmente, a perda da resistência causada por corrosão ou danos mecânicos em todo o cabo é mais
crítica que a perda da resistência resultante de arames partidos.

c)Arames partidos podem causar ferimentos ao usuário, como também reduzir a resistência do
cabo. Normalmente surgem por danos mecânicos, embora possam surgir por corrosão.

Arames partidos, distribuídos uniformemente, podem não ter efeitos marcantes na resistência do
cabo. As condições listadas na tabela a seguir são razões suficientes para se questionar a
continuidade do uso de um cabo ou para se aumentar a frequência das inspeções.

Para evitar ferimentos aos usuários, os arames expostos devem ser quebrados na base.

d) Terminais mal instalados, desgastados, tortos, trincados ou com corrosão acentuada.

CRITÉRIOS DE SUBSTITUIÇÃO DOS CABOS DE AÇO

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Não existe uma regra precisa para determinar o momento exato da substituição de um cabo de aço,
uma vez que diversos fatores estão envolvidos. A continuidade da operação do cabo dependerá da
avaliação de uma pessoa qualificada que deverá comparar as condições do mesmo, realizando uma
inspeção baseada em critérios de descarte contemplados em normas especificas, como por exemplo:
NBR ISO 4309, ASME B30.2 e B30.5.

LUBRIFICAÇÃO

A lubrificação dos cabos é muito importante para sua proteção contra a corrosão e também para
diminuir o desgaste por atrito pelo movimento relativo de suas pernas, dos arames e do cabo de aço
contra as partes dos equipamentos como por exemplo polias e tambores.

Os cabos de aço são lubrificados durante o processo de fabricação com um lubrificante composto
especialmente para cada tipo de aplicação. Esta lubrificação é adequada somente para um período
de armazenagem e início das operações do cabo de aço.

Para uma boa conservação do cabo, recomenda-se relubrificá-lo periodicamente.

Caso não seja realizado um plano de lubrificação adequado, o cabo de aço estará sujeito à:

 Ocorrência de oxidação com porosidade causando perda de área metálica e,


consequentemente, perda de capacidade de carga;
 Os arames começam a ficar quebradiços devido ao excesso de corrosão;
 Como os arames do cabo de aço movimentam-se relativamente uns contra os outros,
durante o uso, ficam sujeitos a um desgaste por atrito. A falta de lubrificação intensifica o
desgaste, causando a perda de capacidade do cabo de aço provocada pela perda de área
metálica;
 A porosidade também provoca desgaste interno dos arames, resultando em perda de
capacidade de carga.

A lubrificação de um cabo de aço é tão importante quanto a lubrificação de uma máquina.

Nunca utilize óleo queimado para lubrificar um cabo de aço, pois contém pequenas partículas
metálicas que irão se atritar com o cabo, além de ser um produto ácido e conter poucas das
características que um bom lubrificante deve possuir.

RECOMENDAÇÕES DE CUIDADOS DURANTE O USO DOS CABOS DE AÇO

1)os cabos de elevação devem ter uma construção adequada para o uso. A carga total (carga máxima
a ser levantada pelo equipamento mais o peso do moitão) dividida pelo número de linhas que
suportam a carga não deve ultrapassar 20% da carga de ruptura mínima efetiva do cabo de aço.

2)quando o cabo estiver exposto a temperaturas que excedam 82 0C (180 0F), deve ser usado cabo com
Alma de Aço Independente (AACI) ou Alma de Aço formada por uma perna (AA).

3)para a substituição de um cabo de aço, deve ser usado o mesmo diâmetro, resistência e construção
do cabo original fornecido pelo fabricante do equipamento ou por um profissional qualificado.

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4)se a carga for suportada por mais de uma linha de cabo, a tensão entre as linhas deve estar
equalizada.

5)os ganchos e/ou manilhas devem atender às especificações do fabricante e não podem ser
sobrecarregados. Se os ganchos forem do tipo giratório, eles devem girar livremente. Os ganchos
devem possuir travas de segurança, a não ser em alguns usos específicos, onde a trava se torna
impraticável ou desnecessária. A trava deverá ser usada para evitar que as lingas, correntes e outros
acessórios escapem do gancho quando fora de trabalho.

6)quando, em condições normais de trabalho, houver possibilidade de que o cabo de elevação sofra
batida ou atritos contra o equipamento, devem ser instalados protetores para se minimizar os danos
ao cabo.

MONTAGEM LAÇOS COM GRAMPOS

Antes da montagem, certifique-se de que os grampos estão limpos e que parafusos e porcas estejam
lubrificados. Os parafusos devem ser apertados gradualmente e uniformemente com o nível de
torque adequado. Após o primeiro carregamento os parafusos devem ser re-apertados.
Recomendamos que o usuário aperte os parafusos novamente depois de algumas semanas de uso
(de alguns dias a 3 semanas, dependendo da frequência de uso).

CINTAS DE ELEVAÇÃO
As Cintas para Elevação de Cargas comercializadas são todas fabricadas de acordo com as normas
NBR 15.637-1 e NBR 15.637-2.

CINTAS BRANCAS 5:1

As cintas brancas tem um fator de segurança que suporta 5 vezes a capacidade de carga da cinta,
portanto, se temos uma cinta para elevar 1000 kg esta cinta deve romper com 5000 kg.

CINTAS NORMATIZADAS 7:1 NBR 15637-1 E 2

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Uma cinta de elevação de carga NBR 15637 tem um código de coloração que pode indicar qual a
capacidade da cinta, por exemplo: Cor = a capacidade da cinta na posição vertical.

Importante: deve-se verificar principalmente a etiqueta da cinta para constatar a sua capacidade,
pois existem empresas no Brasil que comercializam cintas coloridas, porém não normatizadas com as
cores da norma, confundindo o usuário e induzindo-o ao erro. Deve-se ter atenção e na
eventualidade de constatação de irregularidade, o meio de elevação deve ser devolvido ao fabricante
solicitando ao mesmo a troca pelo material normatizado.

FORMA SEGURA DE USO

 Utilize proteções sobre superfícies abrasivas;


 Proteja as Cintas para Elevação de Cargas contra cantos vivos;
 Não forçar a costura do olhal, respeitar uma abertura máxima de 20°;
 Nunca exceda a carga de trabalho das Cintas para Elevação de Cargas;
 Proteja as Cintas para Elevação de Cargas contra respingos de solda ou faíscas;
 Nunca torça ou arraste as Cintas para Elevação de Cargas;
 Não utilizar em ambientes ou superfícies acima de 100°;
 Nunca faça emendas ou nós nas Cintas para Elevação de Cargas;
 Utilize calços para facilitar o posicionamento e a retirada das Cintas para Elevação de Cargas;
 Sempre conheça o peso e o centro de gravidade da carga;
 Posicione corretamente as Cintas para Elevação de Cargas a fim de evitar escorregamentos;
 Verifique o balanceamento da carga antes de movimentá-la;
 Faça a movimentação com suavidade evitando solavancos;
 Nunca utilize na posição cesto invertido;
 Examine cuidadosamente os olhais e acessórios antes de cada utilização;
 Descarte as Cintas para Elevação de Cargas caso haja esfolamentos, cortes ou descosturas.

ATENÇÃO: Ao utilizar cintas com olhais flexíveis em qualquer circunstância o ângulo formado na
parte interna do olhal da cinta não pode ser superior a um ângulo de 20 graus.

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Ao se conectar uma cinta de olhais flexíveis a um equipamento de elevação a parte do conjunto que
suporta a cinta deve ser essencialmente reta a menos que a largura de suporte da cinta seja inferior
a 150mm caso em que o raio de curvatura da fixação do aparelho de elevação deve ser no mínimo
1.5 vezes a largura de suporte da cinta.

Cintas mais largas podem ser afetadas pelo raio interno do gancho, como resultado da curvatura
desse gancho, que impede o carregamento uniforme através da largura da cinta.

Não pode ser utilizado mais de dois pares de olhais em um mesmo gancho.

NÓS

Cintas com Nós nunca devem ser utilizadas, estes nós podem reduzir de 25% a 75% da capacidade da
cinta colocando em risco eminente de acidentes. No caso da necessidade de conectar uma cinta em
outra a recomendação é usar conectores.

BALANCIM

O EQUIPAMENTO DE SUSPENSÃO mais conhecido como balancim, travessa ou barra de cargas é um


EQUIPAMENTO metálico para proporcionar uma melhor distribuição e o equilíbrio da carga para
elevação em ponte rolantes ou guindastes.

Exerce grande influência na segurança em operação de movimentação de cargas, dando mais


estabilidade ao produto que está sendo elevado e ajuda a aumentar a vida útil das cintas de
poliéster.

GANCHOS
O Gancho forjado é um elemento de conexão aplicado em cintas de poliéster e cabos de aço nos
processos de movimentação e elevação de Cargas.

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O Gancho é um acessório versátil que pode também ter aplicação em diversos conjuntos como
cordoalhas, grabs, laços de cabos de aço, etc.

Importante: Os Ganchos devem atender às normas de capacidades de cada tipo de carga.

Inspecionar visualmente os ganchos, boca curvada para fora, desgastes visíveis, pequenas fendas,
compromentem seriamente sua resistência. Os ganchos devem ser examinados para verificar se
suas dimensões estão em conformidade com a medidas nominais.

Os ganchos devem ser substituídos quando forem detectados:

Torção maior que 10º / Abertura da garganta 15% maior que a original / Trincas / Desgaste
acentuado maior que 10%.

GANCHOS – UTILIZAÇÃO

Angulação da carga X eficiência:

GANCHOS – INSPEÇÃO

 Verificar a existência e funcionamento da Trava de Segurança;


 Verificar desgastes.

VERIFICAÇÃO DAS POLIAS


Com o uso constante, o cabo tem seu diâmetro reduzido. Como durante o trabalho o cabo provoca
um desgaste natural das polias, quanto maior a redução do diâmetro do cabo, maior o desgaste
irregular da polia, provocando assim um sulco de diâmetro inferior ao recomendado.

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Quando um cabo novo é colocado na polia danificada, este passa a não assentar perfeitamente no
canal , provocando no cabo, durante o uso, amassamentos e desgaste por abrasão prematuros, que
diminuirão sua durabilidade.

Por tudo isso, procure verificar as polias com cuidado de tempos em tempos, e retifique aquelas que
estiverem com problema. No caso do perfil da polia estar muito danificado, a melhor opção é
substituí-lo por uma nova.

O uso de um gabarito de polias facilita a identificação destes problemas.

SINALIZAÇÃO MANUAL PADRONIZADA


O operador da ponte rolante deve se concentrar nos gestos visuais padronizados do sinaleiro para
mover itens pesados distantes de modo seguro e preciso. O local de trabalho precisa ter muita luz,
natural ou luminárias, para não interferir na comunicação visual entre o sinaleiro e o operador.

SUBIR O GANCHO OU A CARGA: Com o antebraço na vertical e o indicador apontando para cima
mover a mão em pequenos círculos horizontais.

DESCER O GANCHO OU A CARGA: Com o braço estendido para baixo e o indicador apontando para
baixo, mover a mão em pequenos círculos horizontais.

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DESLOCAR A PONTE: Com o braço estendido para frente, mão aberta e ligeiramente levantada, fazer
movimentos de empurrar na direção do movimento.

DESLOCAR O CARRO: Palma da mão para cima, dedos fechados, polegar apontando na direção do
movimento, sacudir a mão horizontalmente.

PARAR QUALQUER MOVIMENTO: Com o braço estendido, palma da mão para baixo, manter a
posição rigidamente.

PARADA TOTAL DE EMERGÊNCIA: Com o braço estendido e palma da mão para baixo, executar
movimentos para esquerda e direita.

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MOVIMENTAÇÃO LENTA: Usar uma mão para dar qualquer sinal de movimentação e colocar a outra
mão parada em frente da mão que está realizando o sinal de movimento.

ACIONAMENTO INDIVIDUAL: Acionar o 1º ou 2º sistema de movimentação de carga.

ELETROIMÃ DESLIGADO: O operador abre os braços, com as palmas das mãos para cima.

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BIBLIOGRAFIA
http://blog.webferramentas.com.br/9614-2/

Apostila do curso "Máquinas de Elevação e Transporte" da Universidade Santa Cecília (Unisanta -


Santos- SP), do professor Wilson Roberto Nassar.

Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 11: programa de prevenção de riscos


ambientais. Brasília, DF.

http://www.siva.com.br/inspecoes-cabos-aco

http://www.aciotec.com.br/produtos_cintas.php

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