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Padrão Técnico de Segurança para Içamento e Movimentação de cargas

SUMÁRIO

1 OBJETIVO
2 APLICAÇÃO
3 FREQUÊNCIA
4 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA E COMPLEMENTARES
5 SÍMBOLOS E SIGLAS
6 TERMOS E DEFINIÇÕES
7 RESPONSABILIDADES
8 PROCEDIMENTO
8.1 Regras para atividades de içamento de alto risco
8.2 Regras para atividades de içamento de baixo risco
8.3 Regras para utilização de equipamentos de içamento de cargas
8.4 Regras para realização de serviços
8.5 Capacidade de carga
8.6 Inspeções
8.7 Relatórios de inspeção mecânica
8.8 Relatório de inspeção operacional diária
8.9 Relatórios de inspeção para equipamentos críticos
8.10 Inspeções dos cabos
8.11 Inspeções dos ganchos
8.12 Plano de içamento
8.13 Qualificações mínimas para operadores de guindastes
8.14 Regras para início de operação de içamento e movimentação de cargas
8.15 Regras a serem seguidas durante a operação
8.16 Plano de “rigging”
8.17 Tabela de capacidade de carga
8.18 Rigger / sinaleiro
8.19 Deveres do rigger
8.20 Movimentação de cargas
8.21 Instruções gerais
8.22 Responsabilidades dos empregados
8.23 Responsabilidades gerais
8.24 Credencial
8.25 Treinamento
8.26 Auditoria
8.27 Medidas para violação de regras
8.28 Análise crítica do padrão de içamento e movimentação de cargas
9 REGISTRO DA ATIVIDADE
10 CONTROLE DE REVISÕES
11 DISTRIBUIÇÃO DE CÓPIAS

12 ANEXOS

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


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1- OBJETIVO

Este documento estabelece o Padrão Técnico de Segurança para Içamento e Movimentação de Cargas,
visando garantir a segurança e a saúde das pessoas sob o comando da organização nas atividades de
operação de pontes-rolantes, caminhão Guindauto (munck), Guindastes, talhas e de todos os demais
equipamentos de içamento utilizados em operações.

2- APLICAÇÃO

Este documento deve ser aplicado em todas os sites previamente aprovados pelo SESMT vigente, sejam
elas executadas por pessoal próprio ou contratado. A aplicação deste documento se estende ao
monitoramento e controle dos componentes de içamento de cargas.

3- FREQUÊNCIA

Este documento deve ser cumprido sempre que houver a necessidade de executar qualquer atividade de
içamento, movimentação de carga e monitoramento/controle de componentes de içamento.

4- DOCUMENTOS DE REFERENCIA E COMPLEMENTARES

4.1 ASME B 30.2 - Pórticos e pontes rolantes;

4.2 ASME B 30.5 - Guindastes móveis;

4.3 ASME B 30.9 - Laços (seleção, uso e manutenção);

4.4 DIN-61630 - Cintas, correias de elevação de fibras sintéticas;

4.5 EB-2020 - Grampo pesado para cabo de aço;

4.6 EB-2200 - Extremidades de laços de cabos de aço;

4.7 NBR-6327 - Cabo de aço para uso geral;

4.8 NBR-10070 - Ganchos/haste forjados para equipamentos de levantamento e movimentação de cargas


(dimensões e propriedades mecânicas);

4.9 NBR ISO 4309 – Guindaste -Cabos de Aço-Critério de Inspeção e Descarte

4.10 Padrão FPS AM Segurança 007 - Guindastes e Içamento;

4.11 PB-1411 - Grampo pesado para cabo de aço.

5- SÍMBOLOS E SIGLAS

FPS – Fatality Prevention Standard.

6- TERMOS E DEFINIÇÕES

6.1 Equipamentos de Elevação: São considerados equipamentos de elevação de materiais, os


equipamentos que levantam e movimentam para outros locais, materiais diversos. Entre estes
equipamentos destacam-se as pontes rolantes, elevadores de carga, guindastes, monta-cargas, talhas
elétricas, talhas catracas manuais, Tifor, guinchos, gruas, caminhões tipo munck etc.

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6.2 Eslinga ou Linga: Estropo grande de cabo ou corrente, ou rede para içar ou arriar cargas pesadas.

6.3 Estropo: Formado por um cabo de aço de uma determinada metragem que em suas extremidades
possuem um "laço" ou "olhal".

6.4 Içamento de Alto Risco / Içamento Anormal:

Classificação por Categoria


Atividades Anormais Planejamento Necessário
por Içamento
-Execução de análise preliminar da
-Içamentos com pontes tarefa e sucintas verificações de risco
múltiplas; antes de qualquer execução da
atividade envolvendo APT, PTE e
-Içamentos sobre áreas Check list; e plano de rigging.
operacionais que possam
Alto risco/Içamentos colocar perigo o pessoal; -Desenvolvimento de um plano de
içamento (rigging) quando aplicável
• Guindastes -Içamentos sob redes elétricas; Guindastes e ou Guindauto, que trate
• Ponte Rolante dos riscos associados acompanhado
da ART – Anotação de
• Talha Elétrica -Içamentos envolvendo
Responsabilidade Técnica;
• Guindauto Gaiola de segurança;
-Plano de rigging deverá constar o
-Içamentos de cargas igual ou visto do operador e envolvidos
excedam 5T; diretamente na atividade, e estar de
acordo com o grau de. Sempre deve
-Içamentos em condições de ser obedecida a capacidade de carga
solos instáveis, ou sob dos equipamentos.
intempéries.

6.5 Içamento de Baixo Risco:

Classificação por Categoria por


Atividades Normais Planejamento Necessário
Içamento

-Execução de análise preliminar da


- Içamentos de cargas que tarefa e sucintas verificações de risco
Risco Moderado/Içamento acontecem corriqueiramente em antes de qualquer execução da
processos diários desde que as atividade envolvendo APT, PTE e
mesmas não excedam 5 t. Check list;
• Talha Manuais
- Não possuam complexa -Execução das atividades conforme
• Tifor geometria, não estejam próximas procedimento para guindastes e
• Pinça \Garra de redes elétricas. içamento de cargas, obedecendo
Hidráulica sempre a capacidade de carga dos
-Nem em condições de solos equipamentos.
instáveis, ou sob intempéries.

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6.6 Içamento Padrão: Içamento de rotina nas áreas operacionais.

7- RESPONSABILIDADES

As responsabilidades estão descritas nos próprios capítulos do documento nos itens abaixo e todos os
envolvidos com atividades de içamento de carga devem se ater a elas.

8- PROCEDIMENTO

8.1 Regras para atividades de içamento de alto risco

• Ver quadro item 6.4 “Planejamento necessário”.

8.2 Regras para atividades de içamento de baixo risco.

• Ver quadro item 6.5 “Planejamento necessário”.

8.3 Regras para utilização de equipamentos de içamento de cargas

8.3.1 Talhas Elétricas.

8.3.1.1 Ao inspecionar a talha elétrica a mesma deve constar “Tags” para identificação/controle e registrar
a inspeção no check list (Check-list de Inspeção Ponte Rolante e Talha Elétrica), antes iniciar a operação
de içamento de carga;

8.3.1.2 A capacidade de carga das talhas deve estar claramente posicionada em seu corpo, bem como o
trilho também deve ter assinalada a sua capacidade de carga;

8.3.1.3 As talhas devem estar seguramente presas aos seus suportes de fixação;

8.3.1.4 Talhas podem ser sustentadas em estrutura rígida (trilhos) ou por ganchos. Quando suspensas por
ganchos, estes devem ser providos com trava que não permitam o escape da talha;

8.3.1.5 Os trilhos por onde correm as talhas devem ter batente de fim de curso para evitar a queda da talha;

8.3.1.6 O tambor das talhas com entalhe simples para acomodação do cabo deve ser livre de projeções
que possam danificar o cabo;

8.3.1.7 Só utilizar talhas que apresentem cabos, correntes, ganchos e demais componentes em adequadas
condições de uso;

8.3.1.8 Manter mãos e dedos distantes de pontos de prensamento;

8.3.1.9 Não permanecer sob cargas suspensas.

8.3.1.10 O botão de subida da talha deve ser projetado de forma que requeira permanente pressão para
levantar ou abaixar a carga;

8.3.1.11 As talhas elétricas devem ser providas com limite de fim de curso que não permita ao cabo de aço
sobre enrolar no tambor e romper-se;

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8.3.1.12 O cabo elétrico da caixa de comando deve ser sustentado por um cabo ou corrente paralela
protegendo o cabo de possíveis esforços e danificações;

8.3.1.13 A talha deve ser aterrada de maneira a evitar possível choque elétrico no operador em caso de
falha do circuito;

8.3.1.14 Um mínimo de seis voltas de cabo deve permanecer no tambor quando o bloco do gancho estiver
no piso mais baixo do edifício onde a talha opera.

8.3.2 Talhas Pneumáticas

8.3.2.1 As talhas pneumáticas devem ser acionadas por pistão e devem ter porca do tipo castelo em
condições para segurar o pistão;

8.3.2.2 Quando as talhas forem acionadas por pistão, um grampo em U deve ser usado para prevenir que
o gancho escape do suporte do pistão.

8.3.3 Talhas Manuais

8.3.3.1 As talhas manuais podem ser portáteis para uso em serviços de montagem ou manutenção. É
recomendável que sejam de corrente em função da sua resistência;

8.3.3.2 As talhas devem ser equipadas com freio de carga mecânico que permita controlar a velocidade
de subida e descida da carga.

8.3.3.3 Ao inspecionar as talhas manuais de corrente/alavanca devem constar “Tags” para


identificação/controle e registrar inspeção no check list (Check-list de Insp. Talha Manual de Corrente,
Talha Manual de Alavanca e Tifor) , antes iniciar a operação de içamento de carga;

8.3.4 Cabos de Aço

Os cabos de aço devem passar por uma inspeção periódica e planejada.

Preencher o check list diário antes da utilização do cabo de aço, os mesmos deverão constar “Tags” para
identificação/controle e registrar a inspeção no check list (Check-list de Cabos de Aço).

As inspeções de cabo de aço devem abranger o comprimento total do cabo.

Os arames externos das pernas do cabo de aço devem estar visíveis durante a inspeção.

Qualquer dano no cabo de aço que resulte em perda significativa da resistência original deverá ser
registrado e considerado o risco implicado na continuidade do uso do cabo, conforme norma de referência
NBR ISO 4309.

a) Redução do diâmetro nominal superior a 7% devido à deterioração da alma, corrosão


interna / externa ou desgaste dos arames externos;

b) Corrosões acentuadas ou arames rompidos junto aos terminais;

c) Terminais mal instalados, desgastados, tortos, trincados ou com corrosão acentuada.

8.3.5.2 Trechos a serem inspecionados nos cabos de aço

a) Trechos em contato com selas de apoio, polias equalizadoras ou outras polias onde o percurso
do cabo é limitado;
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b) Trechos sujeitos a flexões alternadas;

c) Trechos do cabo que normalmente ficam escondidos durante a inspeção visual, tais como as
partes que ficam sobre as polias.

8.3.5.3 Periodicidade das Inspeções

Todos os cabos antes de utilizados deverão ser examinados pelo usuário seguindo as orientações do
check-list próprio. Os cabos danificados conforme a inspeção do check-list deverão ser recolhido do serviço
e providenciado o descarte, cortando o produto ao meio e os olhais para garantir que não serão reutilizados.

8.3.5.4 Critérios para substituição dos cabos de aço

Os cabos de aço devem ser substituídos no mínimo quando:

a) Possuir arames rompidos distribuídos aleatoriamente em um passo do cabo, ou três arames rompidos
em uma única perna dentro de um passo do cabo;

b) Um arame externo rompido no contato com a alma do cabo tiver saltado para fora do mesmo;

c) Houver um desgaste igual ou superior a um terço do diâmetro original do arame externo individualmente;

d) Houver qualquer dano que resulte em uma distorção do cabo, como dobra, amassamento ou gaiola de
passarinho;

e) A alma estiver rompida;

f) Houver desgaste dos terminais ou presilhas;

g) Houver superaquecimento;

h) Dois arames próximos ao soquete estiverem rompidos.

Nota: Consultar também a NBR 4309.

8.3.5.5 Içamento com Pinça Hidráulica

a) Controle da área de trabalho

• Certifique-se das condições de trabalho, iluminação, distância de colunas e objetos, altura de trabalho,
etc;
• Permita somente pessoas habilitadas / treinadas para operar o equipamento;
• Em operação não permaneça embaixo do braço do equipamento ou da garra;

b) Operação em carga

• Não permita que pessoas não habilitadas operem o equipamento;


• O guindaste foi desenvolvido para elevação e movimentação de cargas pela garra, portanto nunca se
deve arrancar, golpear, arrastar cargas ou girar bruscamente;
• Os movimentos devem ser feitos de maneira suave e contínua, evite movimentos bruscos ou choques
da carga com objetos.
• No caso de interrupção ou final da operação, abaixe e apoie o braço, apoiando a garra em local seguro;
• Ao final da operação desligue o motor elétrico e o rádio controle;

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c) Início da operação

Antes de iniciar a operação, deverá ser preenchido o check list do equipamento.


• Antes de iniciar a operação, reserve a área de operação sinalizando todo o entorno de trabalho do
braço do equipamento.
• Após a demarcação e a área está totalmente segura, ligue o motor elétrico e o rádio controle, a partir
desse momento o equipamento já tem suas operações habilitadas.

d) Movimentos

• Os movimentos devem ser feitos de forma leve, evite acionar o comando de válvulas ou rádio controle
até o fim de curso de uma vez, faça este acionamento gradativo até a velocidade desejada.

8.3.5 Cintas

8.3.5.1 Uso seguro de Cintas em Elevação ou Amarração de Cargas

a) Inspecionar as cintas antes de cada uso (observando se há danos);

b) Nunca utilizar cintas danificadas, verificando a existência de cantos vivos e preparar proteções para
evitar danos à cinta;

c) Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga a ser içada;

d) Jamais exceder as especificações técnicas;

e) Manter em arquivo próprio o registro de inspeção de cintas em uso.

f) Preencher o check list diário antes da utilização das cintas, os mesmos deverão constar “Tags” para
identificação/controle e registro no check list (Check-list de Cintas/lingas).

8.3.5.2 Elevação de Cargas seguir Seguintes Recomendações

a) Destinar área específica com sinalização adequada;

b) Conferir se a carga está livre para a movimentação;

c) Se a carga prender, sendo possível deverá imediatamente reverter o processo e baixar a carga e/ou se
necessário evacuar a área com segurança;

d) Não colocar mais de um par de cintas no mesmo gancho;

e) Não ultrapassar a capacidade de carga dos elementos de sustentação.

8.3.5.3 Inspeção de Rotina

a) Colocar a cinta em uma superfície plana;

b) Examinar com atenção ambos os lados;

c) Examinar cuidadosamente os olhais;

d) Examinar cuidadosamente as proteções e os acessórios.

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8.3.6.4 Periodicidade das Inspeções

a) As cintas que não forem utilizadas deverão ser examinadas pelo menos uma vez por mês, por uma
pessoa competente qualificada para estabelecer sua adequação quanto à continuidade de uso;

b) As cintas danificadas deverão ser recolhidas do serviço e providenciado o descarte, cortando o produto
ao meio e os olhais para garantir que não será reutilizada.

8.3.6.5 Critérios para substituição das cintas

As cintas devem ser substituídas conforme especificações do fabricante ou quando apresentar avarias que
impeçam seu uso, tais como:

a) Superfície apresentando desgaste excessivo;

b) Corte Lateral;

c) Danos longitudinais nas fibras;

d) Costura rompida próximo ao olhal. Provavelmente houve sobrecarga na cinta, ou a mesma foi utilizada
em um gancho com largura excessiva para a mesma.

Nota: Consultar também a NBR 15637.

8.3.6.6 Como Aumentar a Vida Útil das Cintas

Limpeza – Lavar com água fria e detergente e sua secagem deverá ser feita com exposição ao tempo.

Armazenamento – Deve ser guardado em local livre de poeira e calor excessivo e antes de armazenar as
cintas deverão ser inspecionadas quanto a danos que podem ter ocorrido durante o uso

8.4 Regras para realização de serviços

8.4.1 Regras gerais

a) Deve-se providenciar a segurança das pessoas durante a elevação e movimentação de cargas;

b) Para caminhões guindauto, nunca realizar içamento com a lança sobre a cabine do caminhão, bem
como para guindastes, se caso não tenha jeito devido à complexidade do içamento, o gestor “Solicitante
do Serviço” e SESMT deverão ser envolvidos para realização de estudo para melhor forma de execução
da atividade.

c) As pessoas em circulação nas áreas adjacentes de perigo deverão manter uma distância segura
respeitando o isolamento;

d) As mãos e outras partes do corpo deverão ser mantidas longe das cintas da carga, para evitar lesão
quando a carga for suspensa;

e) Proceder à elevação é preciso assegurar-se de que a carga esteja sob controle, para evitar rotação
acidental ou colisão com outros objetos;

f) A própria cinta não deverá ser arrastada no chão ou sobre superfícies ásperas;

g) Deverão ser colocadas proteções quando houver risco de “quinas vivas”, evitando o risco de danificar
as cintas.

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h) As cintas nunca poderão estar torcidas ou com nós;

i) Observar se a superfície apresenta desgastes laterais; costuras rompidas; condições dos ganchos e
travas; olhais.

j) Preencher o check list diário antes da utilização de manilhas/clips, os mesmos deverão constar “Tags”
para identificação/controle e registrar a inspeção no check list (Check-list de manilhas e clipes).

8.4.2 Regras para pontes-rolantes elétricas

a) É expressamente proibido iniciar atividade em ponte rolante sem a realização da Inspeção geral da
mesma Lista de Verificação de Ponte Rolante (Inspeção de Segurança Pré-Operacional);

b) Todos os componentes devem ser inspecionados e apresentarem boas condições de operação, a ponte
não deve ser operada com um equipamento de segurança inoperante ou com defeito;

c) Os operadores de ponte rolante devem realizar uma inspeção visual no equipamento bem como utilizar
a Lista de Verificação de Ponte Rolante (Inspeção de Segurança Pré - Operacional) para cada turno
que a ponte for utilizada;

d) A ponte rolante deve possuir uma tabela de classificação de capacidade visível ao operador;

e) É expressamente proibido se ausentar da ponte rolante com a carga suspensa sem apoio;

f) Os ganchos devem ser equipados com trava de segurança e se encontrarem em perfeitas condições
de uso;

g) Cabines de controle operadoras de pontes rolantes usadas em máquinas móveis devem estar
localizadas em área protegida do balanço das cargas e da lança

h) Os pinos que prendem pontes móveis devem estar seguros quando essas se movimentam;

i) Pontes rolantes apoiadas devem possuir alarmes de movimento audíveis quando da mesma em
movimento.

j) Ao inspecionar a Ponte Rolante deverão constar “Tags” para identificação/controle e registrar a


inspeção no check list (Inspeção de Talha Elétrica e Ponte Rolante), antes iniciar a operação de
içamento de carga;

8.4.3 Regras para guindastes

8.4.3.1 Condições Gerais

Os seguintes procedimentos, além de todos os requisitos regulamentares, devem ser cumpridos pela JW
Mecânica e Manutenções Industriais Ltda bem como por todas as contratadas e suas subcontratadas
que utilizam guindastes dentro da Mineração.

8.4.3.2 Proteções Mecânicas

a) Correias, engrenagens, eixos, polias, dentes de roda, fuso, tambores, volantes, correntes, e outras
partes móveis de equipamentos deverão ser protegidas quando expostos ao contato com operadores
ou quando constituírem um perigo.

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b) As proteções deverão ser firmemente presas e capazes de suportar sem distorção permanente o peso
de uma pessoa de 90 kg a não ser que a proteção esteja localizada em lugar onde seja impossível de
ser pisada.

8.4.3.3 Motores de Combustão Interna

a) Sempre que os motores de combustão interna lançarem sua descarga em espaços confinados, uma
ventilação positiva deverá ser instalada para cuidar da retirada dos gases. Adicionalmente, deverão ser
realizados e registrados testes para assegurar a inexistência de concentrações prejudiciais de gases
tóxicos ou ambientes com insuficiência de oxigênio.

b) Todos os escapamentos deverão ser protegidos ou isolados em áreas onde possa haver contato com
os colaboradores no desenrolar de suas atividades normais.

c) As mangueiras de reabastecimento de combustível deverão ser colocadas em posições adequadas, ou


protegidas de forma a não permitir que qualquer vazamento ou derramamento ocorra próximo aos
componentes elétricos das máquinas que estão sendo abastecidas. Os equipamentos não poderão ser
reabastecidos com o motor ligado.

8.4.3.4 Freios

a) Cada unidade do guincho de um guindaste deverá ser equipada com pelo menos um freio automático,
referido como freio de retenção, aplicado diretamente ao eixo do motor ou alguma parte no conjunto de
engrenagem.

b) Cada guincho de um guindaste deverá ser equipado com um sistema de freios para evitar excesso de
velocidade, além do freio de retenção, exceto os guinchos com engrenagem helicoidal, onde o ângulo
da rosca helicoidal impede a carga de acelerar na direção de descida.

c) Os freios de retenção para motores do guincho, não deverão ter sua capacidade de carga menor do que
a seguinte porcentagem:

- 125% quando usada com um meio de freio de controle que não seja mecânico.
- 100% quando usado em conjunto com um sistema de freio de controle mecânico
- 100% cada se dois freios de retenção são fornecidos.

d) Freios de retenção em guinchos deverão ter uma ampla capacidade térmica para a frequência de
operação exigida pelo serviço.

e) Freios de retenção em guinchos deverão ser aplicados automaticamente quando a energia é retirada.

f) Quando necessário, os freios deverão ser providos com um meio de ajuste para compensar desgaste.

g) A superfície de desgaste de todos os tambores ou discos de freios de retenção deverá ser lisa.

8.4.3.5 Sistema de Freio de Controle

a) O sistema de controle de energia regenerativo, dinâmico, contra torque, ou o sistema mecânico, deverão
ser capazes de manter velocidades seguras de descida das cargas nominais.

b) O sistema de controle de freio deverá ter ampla capacidade térmica para a freqüência de operação
exigida pelo serviço.

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8.4.3.6 Proteção para Cabos de Içamento

a) Se os cabos de içamento correm perto de outras partes do equipamento onde possa haver atrito,
devem existir proteções que evitem essa possibilidade.

b) Deve haver também proteção para impedir o contato entre a ponte de condutores e o cabo de içamento
se houver a possibilidade de um entrar em contato com o outro.

8.4.3.7 Equipamento de Içamento

a) Roldanas

-As superfícies das roldanas devem ser lisas e livres de defeitos que possam causar danos aos
cabos.

-Roldanas que levam cabos que podem ser temporariamente descarregados devem ser providas
de protetores ou guias ou outros dispositivos apropriados para guiar o cabo de volta para a ranhura
quando a carga for aplicada novamente.

b) Cabos

Ao usar cabos de içamento, devem ser seguidas as recomendações do fabricante. A carga nominal dividida
pelo número de pernas de cabo não deverá exceder 20% da resistência de ruptura do cabo nominal.
O sistema de soquetes (fixação do cabo à manilha) deverá ser realizado da maneira especificada pelo
fabricante do equipamento.

Os cabos deverão ser presos ao tambor conforme segue:

- Pelo menos seis voltas de cabo deverão sobrar no tambor quando o gancho estiver em sua posição
mais baixa.

- A ponta do cabo deverá ser fixada por um grampo firmemente preso ao tambor ou por meio de um
sistema de soquete aprovado pelo fabricante do guindaste ou do cabo.

- A extremidade de um cabo será presa com clipes distribuídos com manilhas - U e deverão ter ao
longo do laço na ponta do cabo. O espaçamento e número de todos os tipos de clipes deverão estar
em conformidade com as recomendações do fabricante dos terminais. Os terminais deverão ser de aço
estampado a quente em todos os tamanhos fabricados comercialmente.

- Conexões ajustadas por expansão ou compressão deverão ser aplicadas conforme recomendado
pelo fabricante do cabo ou do guindaste.

- Os cabos de reposição deverão ser do mesmo tamanho, grau e construção que o cabo original
fornecido pelo fabricante do guindaste.

- Normas nacionais e internacionais de segurança exigem que os laços de cabos de aço (estropos)
sejam confeccionados com olhal trançado e prensado com presilha de aço.

c) Equalizadores

Se uma carga for suportada por mais de uma perna de cabo a tensão nas pernas deverá ser equalizada.

d) Ganchos

Os ganchos devem possuir trava de segurança e não poderão ser sobrecarregados, observando
sempre as recomendações do fabricante.
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e) Lanças do Guindaste
- Os retentores da lança deverão ser instalados de forma a limitar o curso da lança além de
um ângulo acima da horizontal indicado no manual de operação do fabricante.

- Guindastes deverão equipados com um indicador de ângulo de lança e um dispositivo duplo-


bloqueio.

- O jibe dos guindastes telescópicos só poderá ser montado ou desmontado por pessoas
capacitadas, normalmente o próprio operador do guindaste.

8.5 Capacidade de Carga

8.5.1 As capacidades de carga são baseadas na competência estrutural do guindaste e sua margem de
estabilidade.

8.5.2 A capacidade de um guindaste com um comprimento específico de lança e raio de serviço está
relacionada na tabela de capacidade do fabricante. Esta tabela é o guia para este guindaste, porque cita
os limites para os quais os componentes foram projetados.

8.5.3 A tabela de capacidade indicará os limites que são baseados na competência estrutural, nos
componentes do guindaste que podem ceder antes que ele se incline, ou nos limites que, se forem
excedidos, causarão sua inclinação.

8.5.4 Em nenhuma condição devem ser ultrapassados os limites de carga especificados pelo fabricante.

8.5.5 A margem de estabilidade do guindaste baseia-se na carga que pode levá-lo a inclinar ou balançar
quando a lança estiver em sua direção menos estável, isto é, estendida para o lado.

8.5.6 A inclinação ocorre quando as rodas ou esteiras do lado oposto da lança saem de sua posição inicial
sem carga.

8.5.7 A carga nunca deverá ser içada acima deste ponto.

8.5.8 As capacidades relacionadas na tabela refletem uma margem de segurança de 15 a 25% abaixo do
peso real de inclinação.

8.6 Inspeções

8.6.1 Generalidades

8.6.1.1 Antes de iniciar sua operação, todos os guindastes deverão ser inspecionados e testados para
comprovar seu atendimento às disposições das normas legais pertinentes e as exigências e/ou
especificações do fabricante.

8.6.1.2 Os guindastes deverão ser submetidos a testes de carga e serem examinados detalhadamente
antes de entrarem em operação. O setor de segurança do trabalho da contratada deverá acompanhar os
testes e exames e manter em arquivo, cópia dos relatórios de inspeção que deverão ser apresentados ao
SESMT vigente.

8.6.1.3 Quando a configuração do guindaste for alterada, o guindaste tiver sido desmontado ou remontado,
um novo teste deverá ser efetuado.

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8.6.2 Inspeções de guindastes

8.6.2.1 Os procedimentos de inspeção para os guindastes em uso regular deverão ser divididos em duas
classificações gerais baseadas nos intervalos entre inspeções.

8.6.2.2 Os intervalos por sua vez dependem da natureza dos componentes críticos do guindaste e o nível
de exposição ao desgaste, deterioração e defeitos.

8.6.2.3 As duas classificações gerais são aqui designadas como “Frequente” e “Periódica”, com os
intervalos respectivos definidos da seguinte forma:

a) Inspeção frequente – mensal.


b) Inspeção periódica – intervalos maiores do que um mês.

8.6.2.4 O guindaste e seus equipamentos deverão ser inspecionados regularmente.

8.6.2.5 Registros escritos, assinados e datados destas inspeções deverão estar sempre disponíveis para
as auditorias , ou critério do SESMT vigente.

8.6.2.6 Estes registros deverão incluir detalhes sobre o serviço e manutenção do guindaste.

8.6.2.7 Os testes de capacidade de içamento deverão ser realizados após cada reparo ou modificação
substancial no guindaste. Este teste deverá ser documentado nos arquivos da contratada ou
subcontratada.

8.6.2.8 A contratada e suas subcontratadas serão responsáveis pela realização de inspeções precisas e
corretas de guindastes de todos os tipos ao chegarem à site de trabalho.

8.7 Relatórios de inspeção mecânica

8.7.1 A condição do equipamento ao chegar ao site / obra é muito importante. Os relatórios de inspeção
deverão ser usados para observar a aparência geral e condições dos diferentes tipos de guindastes antes
que sejam aprovados para uso.

8.7.2 Deverá haver um programa de manutenção preventiva obedecendo ao mínimo de 150, 500 e 1000
horas trabalhadas de acordo com a norma ASME B30. 5 – 2002.

8.7.3 Se em qualquer momento a condição do equipamento não satisfazer os requisitos aqui contidos,
deverá ser rejeitado para uso no site / obra pela contratada e suas subcontratadas a não ser que suas
deficiências sejam sanadas.

8.7.4 Nenhuma peça do guindaste que possa ser submetida à carga ou tensão de içamento poderá ser
alterada, soldada ou modificada de qualquer forma fora dos procedimentos especificados pelo fabricante.

8.7.5 O relatório de inspeção mecânica deve ser utilizado para verificar a condição do equipamento de
construção que chega à Mina / obra, a fim de verificar se o equipamento está livre de defeitos mecânicos
e/ou problemas de segurança.

8.7.6 O equipamento só poderá ser recebido se estiver em boas condições, sem necessitar de reparos,
manutenção ou nenhum dispositivo adicional de segurança atendendo aos requisitos mínimos.

8.7.7 Além do relatório inspeção mecânica, as contratadas e as suas subcontratadas deverão entregar ao
SESMT vigente ou à pessoa designada pelo mesmo, para todos os guindastes que irão operar no “site”
cópia dos documentos abaixo relacionados:

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
13
8.7.8 Relatório de inspeção deve ser realizado por Engenheiro / Técnico Mecânico de Manutenção da
empresa locadora do guindaste e assinado pelo mesmo e pelo engenheiro chefe de obras da contratada.

8.7.9 A organização deverá manter o relatório da inspeção realizada pelo fabricante ou por empresa
certificadora a pedido da empresa locadora ou proprietária do guindaste que comprove que o equipamento
foi inspecionado e realizado teste de içamento de cargas, ou seja, dentro do especificado na tabela de
cargas do fabricante, apresentando estabilidade durante o teste e resultado esperado satisfatório.

8.8 Relatórios de inspeção operacional diária

8.8.1 Antes de realizar qualquer içamento, o operador responsável deverá preencher por completo um
registro de inspeção diária de guindaste.

8.8.2 Os operadores devem inspecionar diariamente o guindaste com relação a óleo, fluido hidráulico,
vazamentos, etc. quaisquer irregularidades devem ser registradas e comunicadas ao supervisor do serviço.

8.8.3 Quando o guindaste não oferecer condições de segurança, o operador deve comunicar
imediatamente ao supervisor do serviço a condição insegura. Em seguida, etiquetar o guindaste para que
nenhum outro operador o utilize até que o problema seja sanado.

8.8.4 A tabela de carga e o manual do equipamento devem estar à disposição do operador na cabine de
comando do guindaste, em língua portuguesa e legível.

8.9 Relatórios de Inspeção para içamentos críticos

São içamentos com guindastes considerados críticos e não repetitivos que:

8.9.1 Estejam igual ou acima do limite crítico de 05 toneladas para os quais deverá ser preparado um plano
de içamento (plano de rigging) que deverá ser aprovado e assinado pelo engenheiro responsável
constando junto a este a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). O rigging e operador do guindaste
envolvidos na atividade também deverão ter participação na elaboração do plano confirmando seu
conhecimento com registro de sua assinatura, logo após deverá ser verificado e aprovado pela manutenção
e o SESMT vigente , verificar através da inspeção nas áreas.

8.9.2 Exijam dois ou mais guindastes trabalhando em conjunto para içar uma carga com ou sem um
dispositivo de içamento (barra transversal, etc.);

8.9.3 Içamentos realizados em locais onde há perigo do guindaste ou da carga caírem sobre linhas de
transmissão, transformadores, tubulações, tanques ou reatores contendo gases ou líquidos inflamáveis,
explosivos, ou perigosos, etc.

8.9.4 Em todos os “Içamentos Críticos” um formulário “Permissão para Trabalhos Especiais” (em anexo),
deverá ser preenchido e encaminhado para o coordenador de segurança da contratada, no máximo em 24
horas antes do içamento juntamente com o plano de rigging e ART Anotação de Responsabilidade Técnica.

8.9.5 A contratada por sua vez deverá arquivar estes documentos para auditoria do SESMT vigente, ou a
critério deste.

8.9.6 Se, ao preencher o formulário, for determinado que a carga equivalha ou exceda 90% da capacidade
da configuração do guindaste para o maior raio a ser alcançado pela carga durante a elevação, translação
ou assentamento, o içamento não será realizado.

8.9.7 Se, ao mudar a configuração do guindaste dentro das especificações do fabricante, se conseguir uma
maior capacidade, será feita tal modificação. Caso não seja possível, deve ser usado outro guindaste de
capacidade maior.

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
14
8.10 Inspeção dos cabos

8.10.1 Cabos de Serviço

Uma inspeção completa de todos os cabos deverá ser realizada pelo menos uma vez por mês e um relatório
completo escrito, datado e assinado das condições dos cabos mantido nos arquivos da contratada e/ou
suas subcontratadas.

Qualquer deterioração que resulte numa perda substancial de força original deverá ser cuidadosamente
anotada, e tomada uma decisão quanto à possibilidade do uso posterior do cabo que possa constituir um
risco de acidente.

8.10.2 Outros Cabos

8.10.2.1 Todos os cabos que tenham ficado sem uso por um período de um mês ou mais devido à parada
do guindaste onde estavam instalados, deverão ser inspecionados antes de serem usados.

8.10.2.2 Essa inspeção deverá verificar todos os tipos de deterioração e deverá ser realizada por uma
pessoa designada cuja aprovação será necessária para a continuidade de utilização do cabo. Um relatório
escrito e detalhado das condições do cabo deverá estar sempre disponível para auditorias do SESMT
vigente.

8.10.2.3 Cada cabo ou estropo deverá ser enumerado, e deverá passar por inspeção pelo menos uma vez
por mês, mediante verificações conforme check list apropriado.

8.10.2.4 Um relatório escrito e detalhado das condições dos estropos deverá estar sempre disponível para
auditorias do SESMT vigente.

8.11 Inspeção dos Ganchos

8.11.1 Os ganchos de carregamento e contra pinos de lança serão inspecionados sempre que necessário
e regularmente, com instrumento de partícula magnética ou outro sistema adequado de detecção de
rachaduras (LP-líquido penetrante) a fim de detectarem possíveis deformidades.

8.11.2. Anualmente o guindaste deverá passar por manutenção criteriosa em todo sistema de Içamento de
carga, contra pinos de lança, freios, líquido penetrante gancho e outros deverá ser elaborado o laudo de
manutenção e ART atestando que está apto o equipamento para suas atividades, ser submetido pela
contratada e/ou de suas subcontratadas, evidenciar ao SESMT para sua aprovação.

8.11.2 A inspeção visual de todos os ganchos deverá ser realizada em paralelo com inspeção mensal de
cabos de aço e estropos.

8.11.3 Os ganchos deverão estar com a trava de segurança em boas condições.

8.12 Plano de Içamento

8.12.1 Somente pessoas autorizadas e qualificadas poderão operar guindastes.

8.12.2 Os empregados devem portar o cartão de identificação como operador de guindastes (credencial),
que será revalidado a cada 12 meses, após a emissão do atestado de saúde ocupacional (ASO).

8.12.3 O operador do guindaste deverá obedecer às especificações do fabricante e as limitações aplicáveis


à operação de todos os guindastes. A contratada e/ou suas subcontratadas deverá fornecer evidências de
que os operadores são devidamente treinados e habilitados para operar cada equipamento específico
utilizado.

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
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8.13 Qualificações mínimas para operação de guindastes

8.13.1 Ter no mínimo 21 anos;

8.13.2 Estar física e mentalmente apto e capaz de operar o guindaste com segurança;

8.13.3 Conhecer as funções do “rigger” e do pessoal que prende a carga, inclusive toda a sinalização
empregada;

8.13.4 Estar adequadamente treinado para aquele tipo de guindaste que irá operar;

8.13.5 Estar apto a avaliar distâncias, alturas e não ser daltônico;

8.13.6 Saber utilizar extintores de incêndio e conhecer as formas de fuga;

8.13.7 Estar autorizado a operar o guindaste.

8.14 Regras para início de operação de içamento e movimentação de carga

8.14.1 Antes de iniciar a operação de içamento e movimentação de carga, o operador deve:

8.14.2 Observar as condições do guindaste seguindo check-list do equipamento;

8.14.3 Estabelecer o plano de movimentação de carga e obter as aprovações necessárias (plano de


rigging);

8.14.4 Verificar tabela de carga;

8.14.5 Verificar a capacidade de resistência do solo visualmente;

8.14.6 Verificar se o guindaste está corretamente patolado;

8.14.7 Identificar obstáculos e interferências na área de movimentação;

8.14.8 Estabelecer plano de isolamento e sinalização da área;

8.14.9 Observar o correto nivelamento do guindaste;

8.14.10 Definir a posição de trabalho do rigging/sinaleiro e conferir se o rigging/sinaleiro conhece os sinais


de içamento de carga.

8.15 Regras a serem seguidas durante a operação de içamento e movimentação de carga

8.15.1 Permanecer na cabine de comando durante a operação do equipamento;

8.15.2 Fazer uso do cinto de segurança e de todos EPI`s pertinentes a atividade;

8.15.3 Não permitir o acesso de outras pessoas ao posto de trabalho;

8.15.4 Ao estacionar o guindaste, manter seus controles na posição neutra, freios aplicados, travamento
acionado, lança apoiada e calço nas rodas;

8.15.5 Não abandonar o equipamento com a lança elevada e/ou carga suspensa.

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Elaboração: Aprovação:
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8.16 Plano de Rigging

Antes de cada içamento o supervisor de rigging da contratada e/ou de suas subcontratadas, encarregado
da operação deverá determinar o peso da carga numa margem de ± 5%. Quando em um içamento
acontecer uma das situações mostradas no quadro abaixo:

8.16.1 Um plano de rigging deverá ser elaborado, para ser submetido pela contratada e/ou de suas
subcontratadas ao SESMT da contratada para aprovação.

8.16.2 Este plano de rigging escrito e detalhado das condições do içamento deverá estar sempre disponível
para auditorias do SESMT vigente.

8.16.3 Ao determinar o peso, deverá ser considerado também o peso de todos os dispositivos de manuseio
tais como os estropos, extensões de lança (jib) e moitão, como parte da carga.

8.16.4 Fatores tais como o vento, condições de solo, comprimento da lança e a correta operação do
equipamento deverão ser considerados ao determinar a estabilidade do guindaste.

8.16.5 A capacidade de içamento não deverá ser aumentada pela fixação de equipamentos ao corpo do
equipamento.

8.16.6 Cada vez que uma carga se aproximar do limite da capacidade do guindaste, o operador deverá
testar os freios do guindaste içando a carga poucos centímetros acima do solo e acionando os freios (para
determinar, neste ponto, se os freios agüentarão a carga sem deslizamento).

8.16.7 O Plano Rigging e ART por atividade/equipamento, não poderá utilizar uma única ART e plano
Rigging de forma geral.

8.16.8. Ao utilizar o Plano Rigging e ART para uma atividade/equipamento idêntica, deverá respeitar
capacidade de carga, tamanho, comprimento, tag/modelo do equipamento será içado, especificação do
guindaste é compatível, inserir todos os itens citados acima nos documentos, alinhar com o SESMT
evidenciando que está seguindo todas recomendações necessárias.

NOTA: Realizar uma avaliação prévia das peças/equipamentos que serão içados, verificando o peso,
tamanho, altura,cumprimento etc; caso a peça/equipamento seja = ou > que 5 tonelada deverá ser
elaborado o plano rigging com ART considerando as peças segundarias do conjunto. (As peças
segundarias = ou > que 5 toneladas poderá utilizar o mesmo plano rigging desde que seja
especificado de forma que não gera
dúvidas )

8.17 Tabela de Capacidade de Carga

8.17.1 A tabela de capacidade de carga deverá estar afixada em cada guindaste e ser em português.

8.17.2 O operador deverá consultar esta tabela em sua posição normal de operação.

8.17.3 Esta tabela mostrará a direção menos estável do guindaste e também as posições mais perigosas
para lança.

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Elaboração: Aprovação:
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8.17.4 Indicará também as limitações dos componentes do guindaste e descreverá os procedimentos
corretos de operação.

8.18 Rigger / Sinaleiro

8.18.1 Os “Riggers” deverão preencher os seguintes requisitos:

a) Serem competentes para a tarefa, treinados e experientes (comprovação em carteira como


rigger);

b) Saber determinar peso, centro de gravidade e as características das cargas;

c) Estarem aptos a inspecionar e determinar se eslingas e cabos de aço ou outros acessórios de içamento
estão danificados ou impróprios para o uso.

8.18.2 O supervisor da contratada e suas subcontratadas, supervisor do rigging deverá designar um


“Rigger”, para servir de sinaleiro ao operador do guindaste. O operador do guindaste acatará sinais
somente desta pessoa.

8.18.3 Sinais de mãos dados para os operadores de guindaste deverão ser os sinais padronizados para
este fim. Os quais deverão ser ministrados em treinamentos a conceder aos operadores.

8.18.4 O operador deve seguir somente os sinais do rigger que foi designado para ser o sinaleiro. Para
cada operação deve existir apenas um sinaleiro.

NOTA: O empregado próprio/contratado poderá auxiliar quanto os sinais de movimentação de cargas,


desde que seja ministrado treinamento por pessoa qualificada os sinais padronizados de Içamento de
cargas para o empregado, evidenciando através de certificado e credencial.

8.19 Deveres do Rigger

8.19.1 Orientar o operador quando o mesmo não possa observar a carga ou gancho em todos os
movimentos do guindaste;

8.19.2 Autorizar o içamento da carga após o seu sinal;

8.19.3 Posicionar-se de maneira a ser visto pelo operador, e suficiente perto se estiver fazendo uso de
sinais manuais.

8.19.4 Ter a visão total do guindaste e da carga posicionar-se em local seguro para não ser atingindo pelo
mesmo enquanto estiver se movendo.

8.19.5 Parar a operação imediatamente se o operador não estiver vendo sua localização.

8.19.6 Estabelecer outro meio de comunicação, como rádio, sinal sonoro, sinal luminoso etc., quando não
for possível o contato visual com o operador do guindaste.

8.20 Movimentação de Cargas

8.20.1 Generalidades

8.20.1.1 O operador não suspenderá, baixará ou girará a lança ou carga nem se deslocará com a carga
ser tiver alguém na carga ou no gancho, e nem transportará cargas por cima de pessoas posicionadas no
solo.

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
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8.20.1.2 Não é permitido o trânsito ou permanência de pessoas sob cargas suspensas.

8.20.1.3 As áreas onde serão executados os serviços de movimentação de carga, incluindose a área de
movimentação do contrapeso, devem ser isoladas e sinalizadas utilizando placas de advertência, cones
de sinalização ou barreiras físicas.

8.20.1.4 Quando houver necessidade de bloquear vias de acesso ou áreas de circulação, uma via
alternativa para pedestres deve ser escolhida e sinalizada, de modo a evitar que os mesmos passem pelo
isolamento por falta de alternativas.

8.20.2 Cordas guias e Bastão Balizador

8.20.2.1 Cordas guias amarradas à carga deverão ser usadas em todos os içamentos a não ser que seja
impraticável.

8.20.2.2 Um ou mais trabalhadores em terra, deverão controlar a carga em todo movimento, através de
uma ou mais cordas guia, evitando que a peça balance ou gire descontroladamente.

NOTA: É necessário utilizar o Bastão Balizador de forma que o empregado fique fora do raio
de ação da carga, até a carga aproximar do local para que possa fazer o ajuste final.
É proibido o empregado colocar a mão na peça durante o içamento.

8.20.3 Travamentos

8.20.3.1 O operador deverá assegurar-se de que a trava mecânica do sistema de giro esteja
travada/trancada quando deixar o guindaste sozinho, mesmo se for por pouco tempo os operadores de
guindaste deverão ter essa prática.

8.20.3.2 Quando o cabo do jib (extensão da lança) estiver sendo usado ou quando o guindaste estiver em
movimento, o gancho principal de carga deverá estar amarrado à estrutura superior do guindaste.

8.20.3.3 No final de cada turno, o operador deverá verificar se o gancho principal ou bola estão firmemente
presos.

8.20.4 Ventos Fortes

8.20.4.1 Quando houver possibilidade de ventos fortes, o guindaste deverá baixar a lança e pousar num
suporte adequado para passar a noite.

8.20.4.2 A seguinte tabela informa a pressão por metro quadrado numa superfície plana normal na direção
do vento no caso de diferentes velocidades de vento:

8.20.4.3 Não se recomenda operação de içamento com velocidade de vento acima de 48 km/h.

8.20.5 Serviço Próximo a Linhas de Transmissão Aéreas

8.20.5.1 Antes de trabalhar perto de redes de transmissão de energia, onde uma carga elétrica possa ser
induzida no guindaste ou nos materiais que estejam sendo içados, preferencialmente, os cabos de

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Elaboração: Aprovação:
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transmissão devem ser desenergizados. É necessário também providenciar aterramento para a rede
elétrica no local e para o guindaste;

Nota: Contato com energia elétrica – tanto subterrânea quanto aérea – é um risco constante na utilização
de guindastes. Constitui um perigo ainda maior quando ligado à probabilidade de que as partes
metálicas dos guindastes, mesmo se estiverem montados em cima de esteiras, não estejam
aterradas;

8.20.5.2 Qualquer linha aérea deverá ser considerada como energizada até que o eletricista responsável
pela mesma ou então a companhia energética local indique que a linha não está energizada e que foi
visivelmente aterrada, mediante documento específico comprobatório.

8.20.5.3 Todos os equipamentos elétricos deverão ser considerados energizados até que se tenha
informação confiável do contrário.

Nota: Contato com redes elétricas energizadas são a principal causa de acidentes fatais com guindastes.

8.20.5.4 Além do guindaste e da carga, também o solo em volta ficará energizado.

8.20.5.5 Ao aproximar cargas, cabo ou lança do guindaste próximo de redes elétricas devese manter a
distância adequada das redes elétricas energizadas conforme se mostra quadro a seguir:

8.20.5.6 Em trânsito, sem carga e com a lança abaixada, a distância mínima deverá ser de:

8.20.5.7 Onde for difícil para o operador manter a distância desejada por meios visuais, uma pessoa deverá
ser designada para observar a distância do equipamento à rede energizada e avisar o operador.

8.20.5.8 Antes de trabalhar perto de torres de transmissão de energia onde uma carga elétrica possa ser
induzida no equipamento ou cargas sendo manuseadas, as redes elétricas deverão ser desenergizadas
e/ou testes deverão ser realizados para determinar se alguma carga elétrica está sendo induzida no
guindaste.

8.20.5.9 As seguintes precauções deverão ser tomadas quando for necessário testar a voltagem induzida:

8.20.5.10 O guindaste deverá ter um aterramento elétrico ligado diretamente à estrutura superior giratória
da lança.

8.20.5.11 Cabos de aterramento deverão ser ligados aos materiais sendo manuseados pelo guindaste
quando uma carga elétrica possa ser induzida durante o trabalho perto de cabos elétricos energizados. As
equipes deverão ter varas de manobras ou dispositivos de fixação protetores para conectar os cabos de
aterramento à carga.
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Elaboração: Aprovação:
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8.20.5.12 Todos os materiais inflamáveis deverão ser retirados da área adjacente antes de iniciar as
operações.

8.20.5.13 Em caso de contato com rede elétrica o operador não deverá abandonar o guindaste a não ser
que seja absolutamente necessário. Nesse caso deverá pular da cabine para evitar qualquer contato com
o guindaste, o que se acontecer, fará que circule uma corrente mortal em seu corpo. No caso de abandono
do guindaste, já no solo deverá pular com os pés juntos, sem perder o equilíbrio.

8.20.5.14 Nunca toque numa pessoa ou equipamento que estiver em contato com linha energizada.

8.20.6 Patolamento

8.20.6.1 Atenção especial deve ser dada às condições do solo. A densidade e as características de
compactação devem ser verificadas. Em caso de cargas muito pesadas, é necessário fazer um teste de
compactação.

8.20.6.2 Ao instalar um guindaste em áreas operacionais e em piso de concreto, os limites seguros de


carga devem ser identificados em função da especificação do concreto, mediante laudo de resistência
emitido pela contratante.

8.20.6.3 Em momento algum poderá um guindaste ser operado com suas rodas fora do chão ou da
superfície de trabalho, a não ser que esteja corretamente firmado e nivelado sobre as patolas.

8.20.7 Condições Gerais para Operação de Guindastes

8.20.7.1 Plano de Rota

a) Para toda movimentação de carga deverá ser estudado um método de rota de fuga envolvendo o
operador de guindaste, o responsável pela execução do içamento e os executantes, para que os
envolvidos tenham consciência dos riscos da carga suspensa e que os possíveis problemas na sua
movimentação sejam resolvidos antes do içamento, como por exemplo:

b) Passagem obstruída;

c) Interferência acima, abaixo e com o próprio guindaste;

d) Espaço limitado para a movimentação da peça etc.

8.20.7.2 Operação Conjunta com Outros Equipamentos

a) Outros equipamentos de construção não deverão ser operados junto a guindastes quando:

b) Dentro da área de carregamento;

c) Debaixo do raio de giro no momento da movimentação;

d) Dentro do isolamento da área de montagem.

8.20.7.3 Área de Carregamento (ponto de pega das cargas)

a) O isolamento da área de trabalho deverá ser feito com pontaletes, tela cerquite alaranjado ou cones de
sinalização.

b) É proibido o trânsito de pessoas debaixo da carga içada porque existe o perigo de serem atingidos pela
carga que está sendo levantada ou numa possível queda por falha do equipamento ou na amarração.
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Elaboração: Aprovação:
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c) É expressamente proibida a passagem de colaboradores não autorizadas na área de carregamento,
exceto aqueles que estão envolvidos na operação (rigger, colaboradores responsáveis pela amarração
das cargas, etc.).

d) Colaboradores não envolvidos, só poderão circular nas áreas externas à área isolada.

8.20.7.4 Condições de Trabalho para Qualquer Atividade com Guindastes

a) É expressamente proibida qualquer atividade com guindastes quando houver chuvas que podem
comprometer a operação.

b) É expressamente proibida qualquer atividade com guindastes quando houver ventos excessivos – pode
desestabilizar e deslocar a carga e causar acidentes. Com ventania forte, a lança deverá estar
posicionada na direção do vento e, neste momento, não deverá ser içada carga, principalmente aquelas
de grande superfície lateral exposta ao vento. Se a peça estiver no alto, deve-se colocar a lança no
alcance máximo, evitando que a peça ao balançar ou girar pela ação do vento venha atingir a mesma.

c) É expressamente proibida qualquer atividade com guindastes quando houver descargas elétricas
atmosféricas (raios).

d) Se estiver trovejando, pare a operação, retraia e abaixe totalmente a lança. Os colaboradores deverão
ser retirados das áreas próximas das estruturas metálicas, até que fique pronta a malha de aterramento.

e) É expressamente proibida qualquer atividade com guindastes quando houver falta de visibilidade
(neblina, iluminação deficiente, chuva intensa etc.).

f) Em caso de chuva “fina”, que não há risco de má visibilidade, raios, ventos fortes, o operador do
guindaste em conjunto com o responsável Supervisor da área/gestor da contratada da Arcelor, ambos
deverão realizar uma inspeção criteriosa quanto as condições climáticas para exercer a atividade de
Içamento de Cargas na área com total segurança, caso de dúvida solicitar apoio ao SESMT.

g) O guindaste não deve ser operado com o ângulo da lança no limite.

h) Considerar a flexão da lança ao levantar a carga no raio de trabalho.

i) Se o cabo de carga estiver torcido, distorça o mesmo antes de continuar a operação.

j) O gancho de carga não deverá ser baixado até assentar no chão ou na carga, pois acarretará o
afrouxamento do cabo de içamento.

k) De acordo com a peça a ser içada, os acessórios tais como cabos, manilhas e cintas deverão ser
dimensionados de acordo com as recomendações dos fabricantes para a correta amarração da carga.

l) Quando a peça for descida da carreta para ser preparada para o seu içamento, deverá ser usado calço
resistente entre o piso e a peça, evitando dessa maneira o prensamento de dedos das mãos, braços,
pés ou pernas.

m) Pare momentaneamente, quando a carga levantar do solo e verifique a condição de estabilidade e


segurança.

n) Examine e retire da carga todas as peças que estiverem soltas.

o) Deverá ser assegurado que não haja ninguém, exceto os colaboradores envolvidos na tarefa, dentro da
área de trabalho e próximas da carga que está sendo içada.

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
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8.20.7.5 Proibições

É Proibido

a) Içamento inclinado;

b) Carga fixada no solo;

c) Arrastamento de cargas sobre o solo ou em outra condição;

d) Tracionar lateralmente a lança;

e) Dobrar o cabo de carga ao redor da peça;

f) Apoiar o contrapeso do guindaste com outra máquina, para que com isso aumente a capacidade e a
estabilidade do mesmo;

g) Operar um guindaste com suas rodas no chão ou superfície de trabalho, a não ser que esteja
corretamente firmado e nivelado com patolas.

8.20.7.6 Apenas uma carga de cada vez deverá ser içada ainda que as cargas combinadas estejam dentro
da capacidade.

8.20.7.7 Cargas excessivas não devem ser içadas, apesar da existência dos dispositivos de proteção
contra sobrecarga que deverão estar ajustados no momento da carga.

8.20.7.8 O operador não deverá permitir colaboradores sobre ou sob a carga, quando a mesma estiver
sendo levantada.

8.20.7.9 Operação de Giro – Área de Giro

a) Verificar qual é o melhor lado para o giro da lança.

b) A área do raio de giro deverá ser evacuada para garantir que esteja livre e não haja pessoas, durante
todo o deslocamento da peça.

c) O giro rápido do guindaste faz com que a carga saia do raio pré-estabelecido de giro. O aumento do raio
de giro pode virar uma máquina. o mesmo poderá acontecer com lanças de longo comprimento, com ou
sem cargas, quando giradas rapidamente. Lembre-se, quanto maior a velocidade do giro, maior a
inércia, ou seja, maior a dificuldade de parar a carga e evitar o balanço.

d) Durante o giro, considere o giro adicional da lança devido a sua inércia, influência do vento etc.

e) Quando for girar a peça, o operador do guindaste deverá acionar sirene ou buzina a ar, para alertar as
pessoas e evacuar a área de giro

f) O movimento de deslocamento deverá ser paralisado, quando na área em que estiver operando houver
pessoas trabalhando ou equipamentos de construção operando.

g) Deverá ser evitada a interseção nas áreas de giro dos vários guindastes. Caso seja necessário a
interseção, deverá ser determinada a seqüência operacional a ser executada, na presença dos
operadores e dos chefes de equipes.

h) É proibido o trânsito de pessoas próximo ao guindaste porque existe o perigo de serem atingidos pelo
giro do contrapeso do guindaste.

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
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8.20.7.10 Local de Descarga – Área de Montagem

a) Isolamento da área de montagem deverá ser feito com pontaletes, tela cerquite e placas alertando
para o risco de queda de materiais. Existe o perigo da carga que está sendo montada cair, e, portanto o
raio do isolamento deverá ser proporcional ao comprimento da peça, ou seja, quanto mais comprida a
peça, maior o raio de isolamento ao redor da mesma. O raio de isolamento será no mínimo a medida de
lança utilização da lança acrescido de mais 50% desta medida.

Nota: Em situações as quais não for possível utilizar esta referência de 50% citada acima deverá ter
avaliação da coordenação de manutenção e SESMT.

b) Manter sempre limpo os vidros da cabine de comando dos guindastes, para melhorar a visão do
operador. Em caso de ofuscamento pelo sol, o operador deverá usar óculos escuros (em tonalidade que
não prejudique a visão, ou usar vidros fumês na sua cabine).

c) Descer a carga lentamente e parar a descida quando estiver a aproximadamente 3 metros do local
de montagem. a partir daí descer e pousar a carga mais devagar colocandoa na posição de montagem.

d) O posicionamento da carga até o ponto de montagem deverá ser feito através de corda amarrada
à mesma. Só no momento do ajuste final, os montadores poderão colocar as mãos na carga, mas com
cuidado evitando os pontos de prensamento ou deixando-as debaixo da mesma onde correm riscos de
esmagamento.

e) Só afrouxar os cabos de sustentação da carga quando a peça estiver totalmente fixada ou estável,
livre que quedas.

f) Os trabalhadores sobre estruturas que participam da montagem deverão estar equipados com cinto
de segurança com dois talabartes presos á uma estrutura fixa ou linha de vida em estrutura independente,
para que na movimentação sejam revezados, estando, no entanto, em todos os movimentos atracados à
estrutura.

g) No caso de ser necessário, corte ou solda, os talabartes deverão ter alma de aço, devido à
possibilidade do contato do nylon com partes de metal quente. Nesse caso, o talabarte com alma de aço
assegurará que o mesmo esteja sempre atracado enquanto que o talabarte de poliamida poderá ser
derretido pelo calor.

h) Os montadores só deverão aproximar-se da peça a ser montada após o operador tê-la posicionado
adequadamente. Quando o montador se antecipa e tenta segurar a peça com a mão, o operador de
guindaste passa a se preocupar com a segurança do montador e não com o posicionamento da peça.
Deverá se usar cordas ou ferramentas de tração como tifor, talhas de alavanca, etc., evitando o contato
manual com a cabeça, até que a mesma tenha condição segura de montagem.

i) Abaixamento da lança, extensão da lança ou carga em excesso para condições em desacordo com
a tabela de carga, podem resultar em perda da estabilidade do guindaste ou danos (rupturas) na estrutura
da lança. Se forem necessários para que se efetue a montagem, deverá ser muito bem estudado e se
forem realizados esses movimentos, deverão ser o mínimo necessário, não comprometendo a segurança
do equipamento.

k) O operador não deverá deixar cargas suspensas ao abandonar o posto de comando. Se tiver que
deixar a máquina, deverá abaixar a carga no solo e parar o motor, antes de sair da cabine exceto em
situações de emergência.

l) Ao deixar (estacionar) o equipamento seguir o procedimento descrito no PTS (Padrão Técnico de


Segurança para Veículo e Direção), retirar a chave e trancar a cabine.

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Elaboração: Aprovação:
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l) Numa situação de início de tombamento, o operador deverá imediatamente iniciar o abaixamento da
carga e levantar a lança para trazer a carga mais próxima do guindaste.

8.20.7.11 Içamento de Pessoas por Guindastes

a) O içamento de pessoas por guindastes é uma operação especial, só poderá ser feita em último caso,
quando todas as alternativas não forem possíveis, ou no caso de resgate em altura. Para isso, as seguintes
condições deverão ser preenchidas:

- É proibido içar pessoas montadas na carga ou simplesmente penduradas no gancho do guindaste.

- O guindaste deve ser equipado com o dispositivo de desligamento automático do tipo


“homem morto”.

- Pessoas só poderão ser transportadas em gaiolas apropriadas, testadas e certificadas para esta
finalidade e contar com a aprovação do SESMT vigente. após a emissão de laudo específico assinado
por profissional qualificado (engenheiro mecânico).

- A gaiola deverá ser suspensa por um sistema de cabos de aço afixados no gancho de içamento por um
só ponto de forma configurada para não ficar girando e contar com cabo de segurança que garanta a
suspensão na falha do sistema principal.
- As pessoas na gaiola devem usar cinto de segurança ancorado em cabo guia, com travaquedas, por sua
vez preso diretamente no gancho do guindaste.

b) Para o içamento de pessoas por gaiolas, deverá ser enviado à DRT (Delegacia Regional do Trabalho),
um documento solicitando a liberação da atividade e comprovando que todas as alternativas não foram
possíveis, assim como o laudo específico de fabricação da gaiola e o procedimento detalhado da atividade.

8.20.8 Caminhão guindauto (Munck)

Nota: Este procedimento destina-se a operações seguras de levantamento e movimentação de cargas


com o caminhão munck.

Nota: O munck é um guindaste comandado hidraulicamente e instalado sobre o chassi de um caminhão.


Tem grande utilização na movimentação, remoção, levantamento e transporte de cargas
relativamente leves.

8.20.8.1 Somente pessoas habilitadas (carteira nacional de habilitação – CNH, categorias c, d ou e) podem
conduzir o caminhão munck.

8.20.8.2 Somente pessoas treinadas e autorizadas podem operar o caminhão munck.

8.20.8.3 Para utilização do caminhão munck deve ser preenchido o check-list pré-operacional.

8.20.8.4 A utilização do caminhão munck é limitada de acordo com sua capacidade e com o tipo de carga.
Portanto, deve ser rigorosamente respeitado o limite de carga do equipamento.

8.20.8.5 Cabe ao supervisor do serviço ou ao operador do munck analisarem a viabilidade de sua utilização
antes de efetuar o serviço. Se verificadas condições climatológicas adversas tais como ventos muito fortes,
chuvas intensas ,iluminação deficientes e pistas muito escorregadias, deverá ser analisada a viabilidade
de utilização do Munck.

8.20.8.6 O terreno de apoio da sapata deve ser plano e firme após ser feita inspeção visual do solo.

8.20.8.7 Calços resistentes sempre deverão ser utilizados.

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8.20.8.8 A área coberta pelo raio de ação da lança e da carga deve ser isolada conforme citado no item,
não permitindo assim trânsito de pessoas no local.

8.20.8.9 Os veículos devem transportar no mínimo 04 cones de sinalização para realizar este isolamento.

8.20.8.10 O operador deve certificar-se de que a área coberta pelo raio de ação da lança e da carga está
livre de obstáculos.

8.20.8.11 Certificar que o veículo está corretamente posicionado, com os freios acionados e as rodas
calçadas, antes de iniciar a operação.

8.20.8.12 Para toda atividade de içamento de cargas, incluindo atividades próximo de redes elétricas ou
equipamentos energizados é necessária a emissão de uma Permissão para Trabalhos Especiais (PTE). O
mesmo se aplica para a operação nas proximidades de valas e escavações.

8.20.8.13 Antes de se iniciar qualquer operação de carga ou descarga em valas e escavações, o pessoal
que estiver trabalhando naqueles locais deve ser removido, e só deve retornar ao término da operação.

8.20.8.14 Deve-se utilizar somente eslingas de cabo de aço, cintas ou outro dispositivo específico para
içamento da carga. Nunca utilize cordas para o içamento de cargas, elas deverão ser utilizadas apenas
para posicionar, guiar ou prender a carga na carroceria.

8.20.8.15 É obrigatória a existência da trava de segurança no gancho.

8.20.8.16 Nunca permanecer sobre a carroceria na área de alcance da lança enquanto a mesma estiver
em movimento.

8.20.8.17 Para posicionar a carga sobre a carroceria do caminhão munck, utilizar cordas auxiliares. Nunca
transitar ou permanecer sob cargas suspensas.

8.20.8.18 O operador não deve abandonar o munck com a carga suspensa.

8.20.8.19 Não arrastar cargas, porque o guincho do munck não foi projetado para tracionar, e sim para
efetuar levantamento vertical.

8.20.8.20 Nunca movimentar o veículo com cargas suspensas, pois a estabilidade da máquina ficará
seriamente reduzida, gerando risco de queda da carga sobre pessoas ou equipamentos.

8.20.8.21 A movimentação do caminhão munck de uma área para outra deve ser feita com as patolas e
lança recolhida e posicionadas em seu berço de apoio.

8.20.8.22 O operador deverá posicionar-se em local mais afastado possível da área de atuação da lança,
preservando sua segurança frente à movimentação do equipamento.

8.20.8.23 O caminhão munck deverá ser equipado com comandos duplos (em ambos os lados do veículo).

8.20.8.24 Uma tabela de carga deve estar à disposição do operador fixada ao equipamento ou no interior
do veículo (impressa) em língua portuguesa.

8.20.8.25 A contratada e suas subcontratadas devem inspecionar o estado dos cabos, cintas ou quaisquer
outros dispositivos que serão usados para o içamento da carga.

8.20.8.26 A contratada e suas subcontratadas também são responsáveis por inspecionar diariamente o
estado e as condições de funcionamento do caminhão munck.

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8.20.8.27 O operador da contratada e/ou de sua subcontratada deve comunicar quaisquer anormalidades
ao seu supervisor. Até que ela seja solucionada, o caminhão munck ficará parado. Se necessário, etiquetar
o munck até que as anormalidades sejam corrigidas.

8.20.8.28 Todos os caminhões munck devem sofrer uma revisão geral anual dos seus sistemas de
içamento.

8.20.8.29 Inspeções dos dispositivos de içamento e das condições do caminhão-munck pela contratada e
suas subcontratadas.

8.20.8.30 As listas de verificação diárias dos caminhões-munck devem ser arquivadas por no mínimo 06
meses.

8.20.8.31 Os caminhões munck/guindauto devem ser equipados com linha de vida em sua carroceria. A
linha de vida deve ser projetada por profissional habilitado. O projeto deve constar memorial de cálculo e
Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. Antes de realizar a atividade o operador deverá preencher
o Check list para verificação da linha de vida.

8.20.8.32 O empregado que for acessar a carroceria do caminhão munck/guindauto deve estar portando o
cinto de segurança atracado ao trava-quedas retrátil afixado á linha de vida do caminhão. Antes do uso do
cinto de segurança o empregado deverá preencher o Check list de inspeção do cinto de segurança.

8.20.8.33 Para toda atividade envolvendo caminhão munck com a carga a ser movimentada igual ou acima
do limite crítico de 05 toneladas deverá ser preparado um plano de içamento (plano de rigging) que deverá
ser aprovado e assinado pelo engenheiro responsável, constando junto a este a ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica). O rigging e operador do guindauto envolvidos na atividade também deverão
ter participação na elaboração do plano confirmando seu conhecimento com registro de sua assinatura,
logo após deverá ser verificado e aprovado pela e área de manutenção e o SESMT, verificar através de
inspeção nas áreas.

8.20.8.34 Quando não possuir registros das especificações da peça, que conste o seu peso, deverá ser
analisada em comum acordo entre as partes Gestor da área “Solicitante do Serviço”, operador equipamento
e SESMT.

8.20.8.35 Durante o transporte de peças ou materiais sob a carroceria de madeira de veículos leves ou
caminhão Munck deverá ter dispositivo seguro para amarração como cintas/cordas/correntes ou cabos de
aço resistentes para travamento dos equipamentos a serem transportados. Fica proibido transportar peças
ou materiais sob carroceria de veículos leves ou caminhão “soltas” evitando o risco se deslocarem e cair
da carroceria durante o trânsito pelas vias da mina.

8.20.8.36 Os empregados autorizados a operar caminhão Munck devem verificar quais as pessoas que
são autorizadas e treinadas a operar o controle remoto do caminhão Munck.

8.20.8.37 Os empregados ao acessar em cima da carroceria do caminhão “Munck”, deverão utilizar o cinto
de segurança paraquedista fixado com os talabartes do cinto ou trava queda retrátil na linha de vida do
caminhão Munck ao fazer amarrações nos equipamentos a serem içados ou fazer qualquer outra atividade
em cima da carroceria. Seguir na íntegra o procedimento do PTS Trabalho em Altura para executar essa
atividade.

8.20.8.38 Pode utilizar-se também guarda corpo na carroceria do caminhão Munck/caminhão carroceria,
desde que tenha projeto e ART da instalação/fabricação do guarda corpo e escada de acesso, a instalação
da proteção deve ser em toda a carroceria, seguindo as normas vigentes. Sendo assim não precisa utilizar
linha de vida com cinto paraquedista c/dois talabartes fixados, eliminando o risco de queda em altura.

8.20.8.39. É expressamente proibida qualquer atividade com caminhão Munck quando houver chuvas que
podem comprometer a operação.

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8.20.8.40 É expressamente proibida qualquer atividade com caminhão Munck quando houver descargas
elétricas atmosféricas (raios).

8.20.8.41 É expressamente proibida qualquer atividade com caminhão Munck quando houver falta de
visibilidade (neblina, iluminação deficiente, ventos fortes, chuva intensa etc.).

8.20.8.42 Em caso de chuva “fina”, que não há risco de má visibilidade, raios, ventos fortes, o operador do
guindauto em conjunto com o responsável Supervisor da área/gestor da contratada da Arcelor, ambos
deverão realizar uma inspeção criteriosa quanto as condições climáticas para exercer a atividade de
Içamento de Cargas na área com total segurança, caso de dúvida solicitar apoio ao SESMT.

8.20.8.43 Caso necessita de algum empregado adentrar na área isolada de Içamento de Carga, somente
operador Munck/Guindaste tem a autoridade para a liberação da área, o mesmo irá paralisar atividade de
operação, aguardando a passagem do empregado até seu destino final ou orientar o local seguro para a
pessoa acompanhar caso necessário.

8.20.8.44. As partes móveis do caminhão Munck/Guindaste devem estar com sinalizações de segurança
alertando ao risco de prensamento, com objetivo de manter os empregados orientados aos riscos do
equipamento durante a operação de recolher e abrir lanças para o Içamento e durante o patolamento.

NOTA: O empregado próprio/contratado poderá auxiliar quanto os sinais de movimentação de cargas,


desde que seja ministrado treinamento por pessoa qualificada os sinais padronizados de Içamento de
cargas para o empregado, evidenciando através de certificado e credencial.

8.21 Instruções gerais

8.21.1 Uso dos Equipamentos de Elevação e Transporte

8.21.1.1 Todo equipamento de elevação deve ser projetado, construído e operado de maneira que ofereça
as necessárias garantias de resistência e segurança, além de serem conservados em perfeitas condições
de trabalho, sendo expressamente proibido ultrapassar os valores máximos de capacidade de trabalho,
colocando em risco as partes envolvidas;
8.21.1.2 Todos os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência (sonoro
e luminoso), além do que deverão ser permanentemente inspecionados, e as peças defeituosas
imediatamente substituídas;

8.21.1.3 A utilização deste equipamento deve ser feita em condições ideais de iluminação;

8.21.1.4 Antes de movimentar o equipamento de elevação, certificar-se de que o gancho está


suficientemente alto para evitar choques contra outros equipamentos ou estruturas;

8.21.1.5 Todo equipamento deve ser rigorosamente inspecionado no início de cada jornada de trabalho.
Ao perceber qualquer irregularidade, interromper os trabalhos e comunicar imediatamente os
responsáveis;

8.21.1.6 O operador não deve operar o equipamento se não estiver em perfeitas condições físicas e
psicológicas;

8.21.1.7 Durante a operação, se, por exemplo, os cabos se soltarem (ficarem bambos), o operador deve
conferir o movimento de subida destes cabos, certificando-se de que estejam sendo enrolados
corretamente nas ranhuras das polias;

8.21.1.8 O operador deve respeitar sempre o limite de peso do equipamento. Também deve certificar-se
que a carga está corretamente distribuída entre os ganchos e eslingas antes de iniciar o içamento. É
proibido o transporte de qualquer outro objeto sob a carga que estiver sendo içada. Também antes de

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patolar (apoiar o equipamento no piso) deve, certificar-se de que não está apoiado sobre canaletas, caixas
subterrâneas, etc. se for necessário devem ser tomadas medidas alternativas que devem ser discutidas
junto ao SESMT da contratada;

8.21.1.9 A armazenagem de produtos ou materiais só deve ser feita depois de obtida a permissão para
armazenagem;

8.21.1.10 O operador nunca deve deixar uma carga suspensa durante a realização dos trabalhos ou até
mesmo após o encerramento do expediente. Ao baixar a carga, deve certificar-se que estão bem
posicionadas no local, sem que haja o risco de tombamento ou deslizamento. Se for necessário, utilizar
um pallet, calço ou outro dispositivo para posicionamento da carga;

8.21.1.11 Se houver corte de energia ou parada súbita do equipamento, o operador deve certificar-se de
que os equipamentos estejam desligados e freados, pois após o retorno da energia estes podem se
movimentar;

8.21.1.12 Tambores, cilindros, botijões, etc, não devem ser transportados no garfo das empilhadeiras,
exceto quando utilizado pallet ou similares.

8.21.1.13 Para o transporte de cilindros de gases, o veículo/caminhão deverá ter dispositivo seguro e com
fixação “Suporte adequado” para acondicionamento e transporte destes cilindros na posição vertical;

8.21.1.14 Todos os dispositivos de segurança dos equipamentos de elevação e transporte devem estar em
perfeitas condições de funcionamento;

8.21.1.15 Em operações de elevação e transporte quando o operador não tiver uma visão de toda a
extensão do material que estiver sendo transportado, este deve solicitar a presença de um auxiliar para
orientá-lo na condução do objeto que está sendo transportado. Este auxiliar deve verificar o alinhamento
dos cabos de aço ou fitas, alinhamento do objeto, orientar a passagem de pessoas e, se necessário, isolar
o local por onde o objeto está sendo conduzido;

8.21.1.16 Deverá ser feito isolamento, sinalização e comunicação durante as operações de içamento e
transporte.

8.21.1.17 Durante a operação de movimentação da peça, o local deve estar devidamente isolado sem a
presença de pessoas no raio de isolamento;

8.21.1.18 Tanto o operador quanto seu ajudante deve ficar atentos para evitar que pessoas adentrem a
área isolada, bem como passem sob cargas suspensas;

8.21.1.19 Todo reparo a ser feito nos equipamentos de elevação e transporte deve ser feito em local onde
não haja trânsito. Todas as modificações, ampliações e reparos, devem conservar pelo menos os fatores
de segurança originais do equipamento;

8.21.1.20 Nunca movimentar o equipamento se não tiver certeza do sinal recebido. Qualquer dúvida
questione o responsável por esta comunicação. Seu posicionamento deve ser de fácil acesso à visão do
operador.

8.21.1.21 Os cabos de aço e cintas utilizados na movimentação ou transporte de materiais, deverão ser
inspecionados e as suas partes defeituosas devem ser substituídas. É proibida a utilização de outros meios
que não sejam cabos de aço ou cinta (nylon ou poliéster) para içar peças através de talhas ou monovias,
e outros equipamentos de elevação.

8.21.1.22 Manter os cabos sempre lubrificados para o perfeito funcionamento do equipamento.

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8.21.1.23 Não arrastar ganchos e eslingas pelo chão. Inspecionar as eslingas e ganchos quanto às trincas,
rachaduras, pontos de corrosão e se as travas estão em perfeito funcionamento. Ao detectar qualquer
irregularidade, saná-la imediatamente.

8.21.1.24 Para a substituições de cabo de aço, fica estabelecido que deverão ser realizadas em caso de
avarias que possam comprometer sua integridade. Tais como: Torções acentuadas, gaiolas de passarinho,
alma exposta, rompimentos de pernas e não atendimento aos check list’s específicos de cada
equipamento/acessório;

8.21.1.25 Os cabos de aço e cintas deverão ser utilizados conforme determinações do fabricante, o seu
descarte deverá ser feito conforme formulário (Ficha de descarte de Equipamentos de Içar).

8.21.1.27 Os cabos de aço, e as cintas que são utilizadas para elevação de materiais e equipamentos
devem ser armazenados em local seco, arejado e onde não exista influência de intempéries ou ambientes
corrosivos que possam danificar sua estrutura, diminuindo sua capacidade de trabalho, sendo
armazenados em cabines cobertos contra intempéries.

NOTA:
Os equipamentos de Içamento de carga, (Talha elétrica, talha manual, tiffor e ponte rolante) deverá
ser realizado a inspeção anual por uma empresa ou profissional especializado com emissão de
ART e Laudo).

NOTA:
Os equipamentos de Içamento de carga, (cintas, manilhas, cabo de aço, pega chapa e outros)
deverão ser inspecionados por pessoas qualificadas.

NOTA: Sinalização e comunicação para movimentação de carga: Deverá constar pessoas


qualificadas para realização de sinais manuais sinais via rádio e
comunicação durante o içamento de cargas de forma segura.

8.21.2 Treinamento e Credenciamento dos Operadores

8.21.2.1 Para uso de equipamentos de elevação e transporte como “Guindaste” o treinamento dos
empregados e subcontratados serão de responsabilidade da contratada, que deverá treinar o sinaleiro
quanto aos sinais convencionais de Rigger.

8.21.2.2 Todo operador deste tipo de equipamento de transporte de materiais deverá receber um
treinamento específico que o habilitará nessa função, e, quando em serviço, deverá portar crachá de
identificação com o nome, foto recente e credencial (permissão) com descrição e validade dos treinamentos
e do ASO (Atestado de Saúde Ocupacional). O treinamento deverá conter no mínimo as seguintes
informações:

- Identificação de fatores de risco e avaliação de risco;


- Procedimento de trabalho seguro;
- Procedimentos para pontes rolantes e equipamento de içamento e processos associados e
documentados;
- Procedimento de emergência e resgate;
- Padrões AM para pontes rolantes e equipamentos de içamento;
- Requisitos Legais;
- EPI`s
- Permissão para sistema de trabalho;
- Operações de içamento e movimentação;
- Operações com linga;
- Especificações de fabricante;
- Procedimento para trabalho em altura / Trabalhar nos braços de movimentação e posições elevadas;
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- Isolamento das pontes rolantes; - Plano de proteção contra quedas; - Sinalização manual.

8.21.3 Responsabilidades

8.21.3.1 O treinamento para sinalização de equipamentos de elevação e transporte é de responsabilidade


da contratada.

8.21.3.2 É de responsabilidade da supervisão do Prestador de Serviço:

- Assessorar o operador quanto ao peso e partes frágeis da carga;

- Fornecer cabos adequados e demais acessórios necessários para a movimentação da carga; apresentar
o inventário dos mesmos e registros de inspeções conforme determinações desse procedimento.

- Providenciar o isolamento e sinalização da área;

- Orientar os empregados e subcontratados quanto ao cumprimento deste procedimento na íntegra.

8.21.3.3 É responsabilidade do operador do equipamento de elevação e transporte solicitar a presença de


um auxiliar para orientá-lo na condução do objeto que está sendo transportado. Este auxiliar deve verificar
o alinhamento dos cabos de aço ou cintas, deve também impedir a passagem de pessoas e isolar o local
por onde o objeto está sendo conduzido.

8.21.3.4 A não observância deste procedimento caracteriza ato de indisciplina ou insubordinação, passível
de aplicação de penas disciplinares. Para empregados da contratada e seus subcontratados o
departamento de pessoal da contratada analisará as ocorrências e aplicará as sanções conforme
legislação em vigor ou outra norma pertinente.

8.22 Responsabilidades dos empregados

8.22.1 Zelar pela sua segurança e saúde ou de terceiros que possam ser afetados por suas ações ou
omissões no trabalho, colaborando com a empresa.

8.22.2 Cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive das normas internas de segurança
e saúde e cumprir as regras de ouro.

8.22.3 Comunicar, imediatamente, ao seu superior hierárquico as situações que considerar representar
risco para sua segurança e saúde ou de terceiros se necessário utilizar o formulário Direito de Recusa.

8.23 Responsabilidades gerais

8.23.1 Do gerente geral

Cobrar das Gerencias o cumprimento de todo o disposto neste Procedimento em todas as áreas em que
ele se aplica e aprovar as medidas Administrativas propostas pelos Gerentes das áreas, por desvios
detectados.

8.23.2 Dos gerentes

Cobrar de seus Supervisores o cumprimento de todo disposto neste Procedimento dentro de suas
respectivas áreas, disponibilizando os recursos necessários para o seu cumprimento e estabelecendo
medidas Administrativas para os desvios encontrados.

8.23.3 Dos supervisores e encarregados

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Elaboração: Aprovação:
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8.23.3.1 Cumprir e fazer cumprir o disposto nesse Procedimento, cobrar dos trabalhadores sob sua
responsabilidade a observação aos itens desse Procedimento e informá-los sobre as medidas
Administrativas que serão aplicadas na observância de desvios encontrados;

Nota: as medidas Administrativas aplicáveis nos caso de desvios encontrados nas áreas serão também
aplicadas nos responsáveis pela execução das atividades nas áreas;

8.23.3.2 Fica o Supervisor responsável em auditar o disposto nesse procedimento, auditar o cumprimento
desse procedimento por seus subordinados.

8.23.4 Do engenheiro de segurança

Submeter esse Procedimento ao conhecimento do Gerente Geral e Gerentes, buscando opiniões e


sugestões para melhoria do mesmo, se for o caso, e mostrar a importância do cumprimento do disposto
nesse Procedimento e estabelecer juntamente com os Gerentes quais serão as Medidas Administrativas
aplicadas no caso de descumprimento dos itens deste documento.

8.23.6 Do SESMT

8.23.6.1 Inspecionar as áreas para verificar o cumprimento do disposto nesse Procedimento, repassando
para o Supervisor e Gerente da área, todos os desvios encontrados.

8.23.6.2 Cabe a Gerencia e Supervisão da área garantir que este documento seja devidamente cumprido
por seus subordinados e empresas contratadas pelos mesmos, adquirindo o devido conhecimento sobre
os itens descritos neste documento, liberando seus funcionários para Treinamentos sobre este documento
e, cobrando das áreas, o efetivo atendimento a todos os itens contidos nessa norma.

8.23.6.3 Fica a cargo dos Gerentes submeter à aprovação da Gerencia Geral da empresa as sanções que
serão aplicadas aos envolvidos nas atividades que descumprirem o estabelecido nesse Procedimento.

8.23.6.4 Fica o Técnico de Segurança do Trabalho incumbido de Treinar e Orientar na identificação e


mitigação dos riscos, podendo intervir no trabalho diante de qualquer não conformidade encontrada.

8.23.6.7 Cabe ao SESMT do Prestador de Serviço conferir os equipamentos, bem como a documentação
específica inclusive a ART dos equipamentos de elevação de carga, antes de liberá-los para uso e repassar
ma cópia ao do SESMT vigente.

8.23.7 Da equipe de manutenção elétrica

Instalar e manter efetivamente os dispositivos elétricos do isolamento, bem como as identificações dos
painéis elétricos.

8.23.8 Direito de recusa

8.23.8.1 Interromper todo e qualquer tipo de atividade que exponha os trabalhadores a condições de risco
grave e iminente para sua saúde e segurança;

8.23.8.2 Garantir a interrupção das tarefas, quando proposta pelos trabalhadores, em função da existência
de risco grave e iminente, desde que confirmado o fato pelo superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis; e

8.23.8.3 Fornecer às empresas contratadas as informações sobre os riscos potenciais nas áreas em que
desenvolverão suas atividades.

8.23.9 Direitos dos empregados

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
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8.23.9.1 Interromper suas tarefas sempre que constatar evidências que representem riscos graves e
iminentes para sua segurança e saúde ou de terceiros, comunicando imediatamente o fato a seu superior
hierárquico que diligenciará as medidas cabíveis;

8.23.9.2 Ser informados sobre os riscos existentes no local de trabalho que possam afetar sua segurança
e saúde.

8.24 Credencial

Para operação de equipamentos de movimentação e içamento de cargas, as pessoas autorizadas deverão


portar uma credencial para Operação com data de validade de acordo com o vencimento do seu ASO e
treinamentos específicos nesse procedimento.

8.25 Treinamento

8.25.1 Deverá ser divulgado para todos os funcionários da JW Mecânica e Manutenções Industriais Ltda
e empresas contratadas envolvidas em atividades que constam neste documento;

8.25.2 Deverá ter uma duração de 3 horas, ou de acordo com as necessidades das Gerencias e
compreensão dos trabalhadores, e anualmente todos deverão receber reciclagem sobre o documento.

8.25.3 Deverá ter validade de (1) ano, ficando estabelecida reciclagem imediata, em caso de acidente ou
em caso de modificação de algum dos itens disposto neste documento.

8.26 Auditoria do padrão

8.26.1 O padrão corporativo referente a Içamento e Movimentação de Cargas (incluindo este procedimento)
deverá ser auditado pelo menos 1 vez/ano, sob a responsabilidade do gestor do Processo de Içamento e
Movimentação de Cargas.

8.26.2 A auditoria deverá levar em consideração pelo menos o seguinte objetivo:


- Assegurar que os defeitos do sistema de inspeção e manutenção sejam identificados e reparados.

8.26.3 A auditoria deverá ser registrada em um relatório apropriado onde deverá constar, no mínimo, as
seguintes informações:

a) Data e local da auditoria;


b) Identificação do padrão auditado;
c) Responsável pelas áreas auditadas;
d) Nome e assinatura da equipe de auditoria;
e) Objetivo da auditoria;
f) Critérios da auditoria;
g) Pontos fortes das áreas auditadas;
h) Constatações (não-conformidades, observações e oportunidades para melhoria);
i) Conclusão da auditoria.

8.26.4 O relatório da auditoria deverá ser divulgado para todas as pessoas envolvidas, quando pertinente.

8.26.5 As não-conformidades, observações e oportunidades de melhoria porventura registradas na


auditoria deverão ser tratadas por meio de plano de ação.

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
33
8.27 Medidas para violação de regras

Em caso de violação das regras internas do SESMT vigente, descritas neste documento, serão adotadas
as seguintes medidas:

a) Orientação verbal;
b) Notificação por escrito;
c) Escolinha de Segurança;
d) Medidas administrativas a critério da Liderança.

8.28 Análise crítica do padrão de içamento e movimentação de cargas

Este documento deverá ser analisado criticamente no máximo a cada 2 anos e revisado, caso necessário.
E deverá ser revisado, independente de análise crítica, em caso de surgimento de novos riscos constatados
pelo Levantamento de Perigos e Riscos ou quando surgir alguma necessidade de ação corretiva,
preventiva ou de melhoria no SST, em relação a içamento e movimentação de cargas.

9- REGISTRO DA ATIVIDADE

O trabalho relacionado a içamento e movimentação de cargas requer os seguintes ANEXOS:

9.1 Inventário de Equipamentos de Içar;

9.2 Check list de inspeção de Talha Elétrica e Ponte Rolante;

9.3 Check-list de Cintas e Lingas de Cinta/Corrente e Lingas de Corrente;

9.4 Check-list de Inspeção Talha de Corrente Manual, Talha de Alavanca e Tifor;

10- CONTROLE DE REVISÕES


Revisão Atual
Descrição das Alterações Realizadas
Nº Data
Elaboração do procedimento.
00 19/06/2023

11- DISTRIBUIÇÃO DE CÓPIAS

POSTOS:

Não aplicável.

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
34
12- ANEXOS

Desvios e Dicas de Segurança quanto a operação de Içamento de Cargas

➢ Desvio de segurança durante operação de Içamento de Cargas, podendo gerar ocorrências de acidentes
“Falta da trava de segurança no gancho ”;

➢ Ficar atento quanto a ESTABILIDADE DO PISO, o piso em que apóia o equipamento deve ser
nivelado, compactado e estável o suficiente para suportar o peso do Munck e sua carga sem
problemas;
➢ Sempre verificar a altura do talude e manter a mesma distância de segurança na berma antes de
realizar o patolamento;

➢ Antes de começar qualquer operação, verificar cuidadosamente se não existem pessoas ao redor,
ou qualquer outro obstáculo dentro das áreas de alcance do Munck (EX: Tubulações, rede elétrica,
estruturas);

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
35
➢ Evite operar a lança do Munck acima da cabine do equipamento, pois em caso de acidentes poder
gerar sérios danos materiais, opere com máxima prudência e atenção;

➢ Desvio de segurança durante operação de Içamento de Cargas, trânsito de pessoas de baixo da carga
suspensa;

➢ Saiba corretamente as capacidades do seu equipamento e veja se estão de acordo com as cargas
que serão movimentadas;

➢ É afixada ao guindauto, em local visível para o operador, um gráfico contendo o diagrama de


capacidade de carga e a área de trabalho, o que significa que as cargas a serem levantadas são
inversamente proporcionais às distâncias da ponta da lança ao eixo da coluna, devem ser
respeitadas na íntegra;

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
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➢ Use calços largos e chatos. Não use calços muito altos, eles diminuem o curso das sapatas e a
estabilidade do veículo;

➢ Não ultrapasse a área de isolamento sem autorização do operador do guindauto;

➢ Fica proibido elevar cargas nessas condições climáticas: chuva intensa, vento forte e má
visibilidade, o equipamento tem o risco de tombamento;

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
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➢ Fica proibido colocar as mãos durante o Içamento de cargas, somente com a utilização de corda
guia;

➢ Sinais de comunicação para Içamento de Cargas;

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
38
➢ Sinalização das partes móveis do equipamento;

Data: 19/06/2023 Data: 19/06/2023


Elaboração: Aprovação:
39

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