SUMÁRIO

UNIDADE 3 - TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO ....................................... 4

1.1 EM LINHA VIVA .......................................................................................... 5

1.2 AO POTENCIAL ........................................................................................ 10

1.3 EM ÁREAS INTERNAS ............................................................................. 12

 UNIDADE 3 – TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO

Objetivo:

• Apresentar os tipos de instalações que exigem a intervenção do trabalhador

na linha energizada, os procedimentos e meios para prevenção de acidentes
e proteção do trabalhador, bem como as ferramentas utilizadas.

• Apresentar os tipos de instalações e equipamentos com presença de

potencial elétrico o qual o trabalhador pode estar exposto durante o trabalho,
os procedimentos, técnicas, equipamentos e medidas de controle de riscos
existentes.

• Apresentar os tipos de instalações, exemplificar os riscos e as medidas de

controle, bem como os procedimentos, ferramentas e equipamentos
utilizados.

Conteúdo abordado:

• Em linha viva;

• Ao potencial;

• Em áreas internas.

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 UNIDADE 3 - TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO

Conforme foi mencionado nos capítulos anteriores, as operações, serviços de

manutenção, testes e outras atividades em instalações elétricas de alta tensão em
plataformas de petróleo devem ser planejadas e realizadas mediante adoção de
procedimentos e metodologias que garantam a segurança dos trabalhadores.

Nesta condição de trabalho, os métodos são aplicados se dividindo em:

• Método em linha viva;

• Método ao potencial;
• Em áreas internas.

Figura. 1 Profissional offshore realizando inspeção

Entende-se como métodos e técnicas de trabalho uma sequência finita de eventos

com um determinado objetivo, ou seja, um conjunto de movimentos e ações
operacionais, físicas e mentais, direcionados para a finalização de tal objetivo,
fazendo uso de equipamentos e dispositivos de segurança.

As técnicas de trabalho dos profissionais offshore têm realmente algumas

peculiaridades, especialmente pelo ambiente ao qual eles estão inseridos e aos
processos operacionais. No caso das instalações elétricas e equipamentos em alta
tensão existem procedimentos diversos os quais algumas técnicas de trabalho são
mais aplicadas e outras nem tanto, principalmente, devido à complexidade de
execução dessas técnicas e também ao processo de avaliação de segurança, no
qual se avalia todo o processo operacional e quais serão as ações de manutenção
da segurança e socorro imediato, em caso de necessidade.

Desse modo, discutiremos a seguir as técnicas de trabalho aplicadas nos serviços

em eletricidade e a sua aplicabilidade ou não em plataformas de petróleo.

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1.1 EM LINHA VIVA

As técnicas de trabalho com a linha energizada se devem às dificuldades de

desenergização de equipamentos e instalações para ações rotineiras, muito em
função da dificuldade de se obter o desligamento da instalação ou equipamento. É
claro que, para ações com maiores planejamentos, como as paradas programadas,
o desligamento se torna parte do escopo das atividades, porém, diferentemente, em
rotinas mais frequentes há a necessidade de se adotar procedimentos e
metodologias de trabalho capaz de proteger o trabalhador.

Na técnica de trabalho com a linha viva, que nada mais é do que a execução das
atividades mantendo certas distâncias da linha viva, ou seja, um método à distância,
o eletricista executa sua atividade com auxílio de equipamentos isolantes como
bastões de manobra, e equipamentos que permitem determinadas medições, como
utilização de câmera termo visora e medidores / detectores de tensão por
aproximação.

Figura. 2 Execução de análise térmica

Na figura acima, por exemplo, o profissional executa a leitura térmica em um painel.

Destaca-se a utilização da vestimenta de proteção e luvas adequadas, bem como a
distância mantida em relação ao equipamento energizado.

O método de linha viva envolve, basicamente, equipamentos para medição,

detecção e manobra. As responsabilidades em se especificar, inspecionar e manter
a disponibilidade destes equipamentos a bordo da plataforma é dos supervisores e
coordenadores de manutenção da unidade, seguindo um programa que
normalmente é emitido em ordens de serviços, gerado pelo sistema de gestão de
manutenção da plataforma.

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Um equipamento muito utilizado pelos profissionais de elétrica nas plataformas de
petróleo para detectar alta tensão em equipamentos e linhas é o Detector de Alta
Voltagem, este equipamento é instalado na ponta do bastão de manobra e detecta a
tensão por aproximação no equipamento ou linha elétrica. A seguir alguns modelos
como exemplo.

Figura. 3 Detector por aproximação

O detector da figura acima é um detector por aproximação, com opções de seleção

para detecção de tensões de 110 VAC até 36 KV.

É muito utilizado em plataformas de petróleo em atividades nos equipamentos e

instalações de alta tensão de corrente alternada energizados, como condutores sem
blindagem, subestações, cubículos etc.

São equipamentos alimentados normalmente por uma bateria recarregável de 9 V,

possuem um circuito eletrônico encapsulado e sistema de auto-teste.

O seu funcionamento é basicamente por sinal sonoro – luminoso, através de leds

em sua parte frontal, a intensidade sonora deste sinal varia em torno de 80 db à 1
metro de distância. A fixação deste equipamento no bastão de manobra é através de
um encaixe universal.

A seguir, temos outros modelos também muito utilizados em plataformas offshore.

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 Figura. 4 Detector por aproximação

O modelo da figura 4, acima, é outro equipamento também utilizado para detecção

de tensão por aproximação. Uma observação interessante a respeito deste
equipamento é a possibilidade de detecção de tensões residuais ou induzidas,
capaz também de checar elementos aterrados e indicar linhas vivas.

Ressalta-se que é de extrema importância que os profissionais de elétrica conheçam

as distâncias seguras de operação conforme os níveis de tensão as quais estão
operando. A tabela a seguir apresenta uma relação entre essas distâncias e os
valores de tensão AC das instalações.
Tabela 1: Relação entre a Distância e os Valores de AC

KV Metro

3,8 0,64

34,5 0,75

69 0,95

138 1,10

230 2,15

345 2,15

500 3,40

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 Figura. 5 Teste de isolação em um bastão de manobra

Conforme já foi comentado neste curso, todos os instrumentos de manobra e

detecção utilizados nas plataformas offshore devem ser inspecionados e apresentar
certificado de teste. Na imagem acima vemos, por exemplo, um teste de resistência
de isolação sendo aplicado em um bastão de manobra.

Conforme temos visto, o método de trabalho em linha viva (ou a distância) é um

método onde o profissional interage com a parte energizada a uma distância segura,
utilizando procedimentos, ferramentas, estruturas, equipamentos, e outros
dispositivos isolantes apropriados.

Quando o profissional de elétrica nas plataformas de petróleo estiver trabalhando

neste método, é extremamente importante seguir todos os procedimentos e
regulamentos existentes na instalação offshore a qual o mesmo está alocado,
quando utilizando banquetas ou escadas isolantes, é fundamental que o mesmo
esteja muito bem acomodado na estrutura antes de realizar qualquer manobra.

Há alguns tipos de unidades offshore as quais o profissional de elétrica deve realizar

uma análise preliminar de risco, juntamente com um profissional de segurança, para
aprovar ou não intervenções em linhas vivas, essas unidades são embarcações de
serviços e de apoio, e apresentam um balanço muito maior, gerando instabilidade na
utilização de estruturas como escadas portáteis e plataformas isolantes como as
banquetas.

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 Entende-se como métodos e técnicas de
trabalho uma sequência finita de eventos com
um determinado objetivo, ou seja, um conjunto
Importante de movimentos e ações operacionais, físicas e
mentais, direcionados para a finalização de tal
objetivo, fazendo uso de equipamentos e
dispositivos de segurança.

A seguir alguns exemplos dessas unidades:

Figura. 6 Unidade do tipo RSV

A embarcação acima é uma unidade do tipo RSV (Remote Service Vessel), o qual
realiza operações com veículos remotos submarinos (ROV). Este tipo de
embarcação apresenta sistema de geração elétrica normalmente por turbinas a gás,
em níveis de tensão geradas em 13,8 kV.

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 Figura. 7 Embarcação do tipo Rebocador

A embarcação da figura 7, comumente chamado de navio rebocador, é muito

importante para a gestão logística das plataformas em toda a costa marítima
brasileira, são embarcações altamente requisitadas por praticamente todas as
unidades de petróleo offshore no Brasil.

São embarcações que apresentam elevada potência de locomoção e de carga,

também possuem um sistema de geração elétrica, comumente por turbinas à diesel.

Neste item concluímos que a atuação do profissional de elétrica offshore em

instalações elétricas de alta tensão se aplica em diversos tipos de unidades
marítimas, sejam unidades fixas ou móveis.

1.2 AO POTENCIAL

O método ao potencial tem a finalidade de permitir maiores recursos ao profissional

de elétrica, quando na execução da manutenção em linhas de extra alta tensão.
Este método é muito comum em serviços executados em linhas de transmissão
elétrica, assim como em subestações a partir de 69 kV.

Possui a característica de ser aplicado em locais onde as alturas dos locais de

trabalho superam 3 metros de altura.

Este método é baseado no conhecido princípio de Faraday, onde o profissional

utiliza vestimentas as quais permitem que o profissional se mantenha “dentro” do
potencial ao qual está trabalhando, ou seja, o mesmo coloca a vestimenta no
mesmo potencial da linha a qual ele irá trabalhar, e, ao mesmo tempo, essa
vestimenta envolve completamente o corpo do profissional, impossibilitando que seu
corpo tenha contato com qualquer outro potencial diferente do qual ele está
envolvido, não havendo, portanto Diferença De Potencial (ddp) entre seu corpo e a
linha.

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Uma vez que o profissional esteja no mesmo potencial da linha, ele poderá executar
diversas tarefas de inspeção, limpeza, ajuste, troca de acessórios e outras
atividades de manutenção na linha, sem o risco de sofrer descargas por arco ou
corrente elétrica fluindo por seu corpo.

Figura. 8 Vestimenta especial do método ao potencial

Figura. 9 Profissional trabalhando no mesmo potencial da linha

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Esse método de trabalho não é comumente aplicado nas atividades de alta tensão
em plataformas de petróleo.

Com base no comprovado princípio de Faraday, a vestimenta do eletricista para este

método de trabalho é totalmente condutiva, e envolve todo o corpo do profissional,
mantendo somente a face descoberta. Essa vestimenta possui tecido especial e
permite que o profissional se conecte no mesmo potencial da rede, chegando a
trabalhar em instalações de até 800 kV.

Obviamente, antes de cada operação, essa vestimenta é testada meticulosamente

com equipamentos específicos, como o Microtester, para assegurar que seu
isolamento está dentro dos limites de segurança.

Este método é necessário e eficiente para linhas elétricas de alta tensão (linhas de
transmissão) e também subestações a partir de 68 kV, onde a maioria das posições
de trabalho exigem que o eletricista trabalhe em alturas muito maiores do que as
usuais de trabalho.

Logo, essa atividade é de extrema periculosidade, e sua aplicação em plataformas

de petróleo é praticamente nula.

1.3 EM ÁREAS INTERNAS

Os serviços de alta tensão em ambientes internos são bem mais comuns em

plataformas de petróleo. Diariamente ocorrem manobras, manutenções e operações
de monitoramento em subestações, painéis de potência e distribuição,
transformadores, e demais equipamentos de alta tensão.

As salas elétricas, painéis, barramentos, e outras instalações elétricas de alta tensão

em plataformas de tensão são projetados basicamente para atender a sua
funcionalidade, operabilidade, segurança, e ergonomia de trabalho.

Figura. 10 Sala de painéis elétricos em uma plataforma offshore

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A figura acima apresenta uma sala de painéis elétricos em uma plataforma offshore.
Observar a presença de tapetes isolantes, e o espaço no vão de passagem na parte
frontal dos painéis.

Essas salas também possuem todo um sistema de climatização, alarmes,

dispositivos isolantes de manobra, detectores de fogo e fumaça, sistemas de alarme
e proteção diversos, conectados com o sistema de controle dos operadores da
unidade.

De uma forma geral, as plataformas marítimas possuem salas elétricas devidamente

projetadas, de forma que suas posições atendam fisicamente a distribuição da
geração elétrica para os módulos de processo, operação, equipamentos específicos
de alta tensão, como motores elétricos de exportação de petróleo, injeção e
captação de água, normalmente máquinas que operam em 13,8 kV, 4,2 kV e, em
alguns casos, motores de 2,2 kV.

Há também os sistemas de transformação do nível de energia, para os

consumidores de potência com valores de tensão mais baixos, neste caso, salas de
transformadores de força e potência.

No caso de sondas de perfuração, é comum haver equipamentos utilizados no piso

de perfuração os quais são alimentados em corrente contínua, por apresentarem
maior disponibilidade de controle de potência, torque e robustez, neste caso, as
sondas possuem as salas elétricas conhecidas como salas de Retificadores
Controlados de Silício (SCR’s), as quais possuem os dispositivos de eletrônica de
potência, responsáveis pela retificação de potência da tensão alternada para
alimentar os equipamentos em corrente contínua do piso de perfuração.

Por fim, há salas de painéis de energia ininterrupta Unidades de Potência

Ininterrupta (UPS’s) para cargas essenciais e para iluminação de emergência, salas
de geradores de emergência (normalmente impulsionados por geradores a diesel), e
demais salas e instalações periféricas para a distribuição em baixa tensão.

Obviamente, antes de cada operação, essa

vestimenta é testada meticulosamente com
equipamentos específicos, como o Microtester,
Importante para assegurar que seu isolamento está dentro
dos limites de segurança.

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O trabalho elétrico em ambientes internos nas plataformas de petróleo exige sempre
uma avaliação preliminar para mitigar os riscos existentes em cada atividade,
questões como a ergonomia de trabalho, ferramentas, equipamentos, EPI’s e EPC’s,
documentações necessárias como permissão de trabalho, ordem de serviço, e
outros mais são questões corriqueiras e fazem parte do dia a dia do profissional de
elétrica offshore.

Figura. 11 Profissional de elétrica se posicionando incorretamente em um cubículo

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 Figura.12 Projeto não levou em conta a ergonomia do profissional

Uma outra atividade preditiva, comumente aplicada em equipamentos em áreas

internas nas plataformas são as análises termográficas:

Figura. 13 Análise termográfica

Extração de disjuntores de alta tensão em painéis, bem como desenergização de

equipamentos, como geradores elétricos.

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 Figura. 14 Sacando disjuntor

A atividade em instalações elétricas de alta tensão em ambientes internos nas

plataformas de petróleo também deve obedecer uma série de procedimentos e
normas regulamentadoras para sua execução, abaixo uma relação dessas normas
técnicas e regulamentares:

Normas técnicas brasileiras:

ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão (tensões até 1000 VAC)
Esta Norma estabelece as condições que as instalações elétricas de baixa tensão
devem ter a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento
adequado da instalação e a conservação dos bens. Aplica-se principalmente às
instalações elétricas de edificação, residencial, comercial, público, industrial, de
serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc.

Ela se aplica nas instalações elétricas de:

• Áreas descobertas das propriedades, externas às edificações;

• Reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento (campings),
marinas e instalações análogas;
• Canteiros de obras, feiras, exposições e outras instalações temporárias. - Aos
circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou inferior a 1000 V
em corrente alternada, com frequências inferiores a 400 Hz, ou a 1500 V em
corrente continua;
• Aos circuitos elétricos, que não os internos aos equipamentos, funcionando
sob uma tensão superior a 1000 V e alimentados através de uma instalação
de tensão igual ou inferior a 1000 V em corrente alternada (por exemplo,
circuitos de lâmpadas a descarga, precípitadores eletrostáticos etc.);
• A toda fiação e a toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas
relativas aos equipamentos de utilização;

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 • As linhas elétricas fixas de sinal (com exceção dos circuitos internos dos
equipamentos).

Ela não se aplicará em:

• Instalações de tração elétrica;

• Instalações elétricas de veículos automotores;
• Instalações elétricas de embarcações e aeronaves;
• Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida em
que não comprometam a segurança das instalações;
• Instalações de iluminação pública;
• Redes públicas de distribuição de energia elétrica;
• Instalações de proteção contra quedas diretas de raios. No entanto, esta
Norma considera as consequências dos fenômenos atmosféricos sobre as
instalações (por exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra sobre
tensões);
• Instalações em minas;
• Instalações de cercas eletrificadas. Os componentes da instalação são
considerados apenas no que concerne à sua seleção e condições de
instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos em conformidade com as
normas a eles aplicáveis.

NBR IEC 62271:2015 – High – Voltage Swichgear and Controlgear

• Norma aplicada aos seccionadores e chaves de aterramento em corrente

alternada, projetados para uso interno, externo ou dentro de invólucro, para
tensões acima de 1000 V e frequências de serviço até e incluindo 60 Hz.
Aplica-se também aos dispositivos de operação destes seccionadores e
chaves de aterramento, incluindo seus equipamentos auxiliares. Requisitosa
adicionais para seccionadores e chaves de aterramento para invólucro são
cobertos pelas IEC 60298, IEC 60466 e IEC 60517. NOTA – Seccionadores
nos quais fusíveis são parte integrante não estão cobertos por essa norma.

ABNT NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão (Tensões de 1,0 kV à

36,2 kV)

Esta norma se aplica em:

• Na construção e manutenção das instalações elétricas de média tensão de

1,0 a 36,2 kV a partir do ponto de entrega definido pela legislação vigente
incluindo as instalações de geração, distribuição de energia elétrica. Devem
considerar a relação com as instalações vizinhas a fim de evitar danos às
pessoas, animais e meio ambiente.

Ela não se aplica em:

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 • Instalações elétricas de concessionários dos serviços de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica, no exercício de suas funções
em serviço de utilidade pública;
• Instalações de cercas eletrificadas;
• Trabalhos com circuitos energizados.

ABNT NBR IEC 60079 – Atmosferas explosivas

NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas

Fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de

proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas, bem como de
pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido. Está
dividida em 4 partes:

• Parte 1: Princípios gerais,

• Parte 2: Gerenciamento de risco,
• Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida,
• Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura.

Foram citadas aqui somente as principais e mais usuais normas relacionadas ao

serviço em instalações elétricas, porém, o profissional de elétrica deve se atentar
que para cada tipo de instalação industrial, em especial as instalações marítimas,
teremos uma vasta gama de normas, procedimentos e padrões à serem seguidos,
sendo evidente que o profissional não conseguirá imediatamente conhecer todas as
normas ao mesmo tempo, o que se deve então ser cumprido pelo profissional é a
norma e padrão pertinente à instalação a qual ele está trabalhando na ocasião,
relacionando todo o procedimento que por obrigatoriedade já deverá existir e, nele,
as normas vinculadas.

Apresentamos ao aluno todo o assunto pautado pela norma NR-37, relacionando

sempre que necessário a norma NR-10. A necessidade da criação da NR-37 e da
inclusão do treinamento normativo para profissionais que atuam em instalações
marítimas de alta tensão é compreensivo perante o histórico de acidentes oriundos
deste tipo de instalação, espera-se, portanto que essa apostila tenha alcançado o
objetivo de agregar ao profissional já experiente o fortalecimento em seu domínio
técnico e operacional na área, vinculado à sua postura quanto aos riscos presentes
nas instalações, e, ao profissional que esteja iniciando agora no mercado offshore,
que este material seja seu alicerce e ponto de referência para o comportamento
seguro em todas as suas atividades offshore.

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