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1. DEFINIÇÃO DE DESENERGIZAÇÃO
A desenergização é o conjunto de ações coordenadas entre si,
seqüenciadas e controladas, destinadas a garantir a efetiva ausência de
tensão no circuito, trecho ou ponto de trabalho, durante o tempo de
intervenção. Do exposto, conclui-se que somente será considerada
desenergizada a instalação elétrica liberada para trabalho, mediante os
procedimentos apropriados, obedecida toda a seqüência do próximo item.
O desligamento de circuito é diferente de desenergização de circuito. Na
desenergização estão previstas todas as medidas contra reenergização
acidental, já no desligamento não estão necessariamente contempladas
todas as medidas contra essa reenergização.
2. DESENERGIZAÇÃO DE CIRCUITOS
a) Seccionamento;
Nesta etapa a equipe de manutenção, em conjunto com a operação,
através da análise de diagrama funcional e inspeção visual “in loco”, deverá
verificar se efetivamente foi promovido o seccionamento do trecho onde
haverá a atividade de manutenção em atendimento ao “Planejamento
Executivo” e à “Análise Preliminar de Perigo”. O referido seccionamento
deverá garantir que não existem fontes de tensão alimentando circuitos
existentes na área de trabalho que possam colocar em risco a segurança
dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente na atividade de
manutenção.
b) Impedimento da reenergização;
Nesta etapa a equipe de manutenção, em conjunto com a operação,
através da análise de diagrama funcional e também inspeção visual “in
loco”, deverá assegurar-se de que a operação efetuou a aplicação de
travamentos mecânicos, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento
suficientes para garantir que não haverá possibilidade de reversão
indesejada do seccionamento elétrico das fontes de tensão que alimentam
os circuitos objeto da intervenção e que possam oferecer risco a pessoas
envolvidas na intervenção.
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Constatada a inexistência de tensão, a equipe de manutenção deverá
efetuar o aterramento temporário das partes elétricas que possam colocar
em perigo os trabalhadores caso haja alguma entrada de potencial.
Usando-se luva isolante e bastão compatível com o nível de tensão que se
está trabalhando, os membros da equipe designados para a tarefa de
aterramento deverão conectar as garras de aterramento aos condutores-
fase, previamente desligados, obtendo-se assim uma equalização de
potencial entre as partes condutoras no ponto de trabalho. Nesta etapa
deverá ser observado que este procedimento está sendo realizado em uma
instalação apenas desligada, o que pressupõe os cuidados relativos à
possibilidade de ocorrência de arcos. É importante controlar a quantidade
de aterramentos temporários implantados de forma a garantir a retirada de
todas as unidades antes de reenergização.
3. REENERGIZAÇÃO DE CIRCUITOS
O estado de instalação desenergizada deverá ser mantido até a autorização
para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a seqüência de
procedimentos abaixo:
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c) Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das
proteções adicionais;
Deverá ser providenciada a retirada dos materiais usados para proteção de
partes energizadas próximas ao local de trabalho e de utensílios
empregados na manutenção da equipotencialização. É importante observar
que este procedimento se inicia numa instalação desenergizada, mas
termina em instalações apenas desligadas, o que sugere a adoção de
técnicas, equipamentos e procedimento próprio para circuitos energizados.
Preferencialmente, os membros da equipe designados para desinstalação
dos aterramentos deverão ser os mesmos que efetuaram a instalação.
4. SITUAÇÕES ESPECIFICAS
As medidas constantes nos itens anteriormente apresentados podem ser
alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das
peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado,
autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde
que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado.
ANEXO
ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA
Tabela de raios de delimitação de zonas de risco,
controlada e livre.
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Faixa de tensão Rr - Raio de Rc - Raio de
Nominal da delimitação entre zona delimitação entre
instalação elétrica de risco e controlada zona controlada e
em kV em metros livre em metros
<1 0,20 0,70
≥1 e <3 0,22 1,22
≥3 e <6 0,25 1,25
≥6 e <10 0,35 1,35
≥10 e <15 0,38 1,38
≥15 e <20 0,40 1,40
≥20 e <30 0,56 1,56
≥30 e <36 0,58 1,58
≥36 e <45 0,63 1,63
≥45 e <60 0,83 1,83
≥60 e <70 0,90 1,90
≥70 e <110 1,00 2,00
≥110 e <132 1,10 3,10
≥132 e <150 1,20 3,20
≥150 e <220 1,60 3,60
≥220 e <275 1,80 3,80
≥275 e <380 2,50 4,50
≥380 e <480 3,20 5,20
≥480 e <700 5,20 7,20
ZL
Rc
ZC
ZR
PE
Rr
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Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de
risco, controlada e livre, com interposição de superfície de
separação física adequada.
ZL = Zona livre
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados.
ZR= Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com
a adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos
apropriados ao trabalho.
PE = Ponto da instalação energizado.
SI = Superfície isolante construída com material resistente e
dotada de todos dispositivos de segurança.
ZL
ZL Rc
ZC
ZR
PE
Rr
SI
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Lembramos que todas as informações aqui apresentadas são apenas
orientativas, devendo ser complementadas com os normativos internos da
empresa, da ANEEL, do ONS etc.