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INCLUSIVA
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Fundamentos da Educação Inclusiva - Prof.ª Dra. CrisƟna Cinto Araújo Pedroso, Prof.ª Dra.
Juliane Aparecida de Paula Perez Campos e Profª. Ms. Juliana Cardoso de Melo Rocha
Meu nome é Juliane Ap. de Paula Perez Campos. Sou graduada em Psi-
cologia pela Universidade Federal de Uberlândia e graduada em Pedago-
gia pelo Centro Universitário Claretiano. Tenho mestrado e doutorado em
Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos, onde tive a
oportunidade de realizar pesquisas a respeito do repertório de habilida-
des sociais de alunos e de trabalhadores com necessidades educacionais
especiais. Sou casada e mãe de duas lindas meninas: Luiza e Mariana.
e-mail: julianepaula@hotmail.com
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
Caderno de Referência de Conteúdo
Batatais
Claretiano
2013
© Ação Educacional Clare ana, 2010 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
371.9 P415f
Pedroso, Cristina Cinto Araújo
Fundamentos da educação inclusiva / Cristina Cinto Araújo Pedroso,
Juliana Cardoso de Melo Rocha, Juliane Aparecida de Paula Perez Campos
– Batatais, SP : Claretiano, 2013.
180 p.
ISBN: 978-85-67425-33-7
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cá a Aparecida Ribeiro Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Dandara Louise Vieira Matavelli Rodrigo Ferreira Daverni
Elaine Aparecida de Lima Moraes Sônia Galindo Melo
Josiane Marchiori Mar ns
Talita Cristina Bartolomeu
Lidiane Maria Magalini
Vanessa Vergani Machado
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza Projeto gráfico, diagramação e capa
Patrícia Alves Veronez Montera Eduardo de Oliveira Azevedo
Rita Cristina Bartolomeu Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CRC
Ementa –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
História da Educação Especial: paradigmas e fatos significativos no mundo e no
Brasil. Políticas da Educação Especial. O aluno com necessidades educacionais
especiais: processo ensino-aprendizagem, adaptações curriculares e recursos
pedagógicos. Prevenção, profissionalização, empregabilidade, relações inter-
pessoais e qualidade de vida na terceira idade da pessoa com necessidades
educacionais especiais.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Neste Caderno de Referência de Conteúdo, você encontrará
o conteúdo básico das quatro unidades.
Esperamos que você amplie seus conhecimentos acerca
do fenômeno da educação inclusiva, de forma a entender como
o conceito de educação inclusiva vem sendo compreendido e re-
construído pelas políticas públicas, e reconhecer as principais ca-
racterísticas dos alunos com necessidades educacionais especiais,
bem como as adaptações curriculares necessárias ao processo en-
8 © Fundamentos da Educação Inclusiva
Abordagem Geral
Aqui, você entrará em contato com os assuntos principais deste
conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar
essas questões no estudo de cada unidade. No entanto, essa Aborda-
gem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a partir
do qual você possa construir um referencial teórico com base sólida -
científica e cultural - para que, no futuro exercício de sua profissão, você
a exerça com competência cognitiva, ética e responsabilidade social.
Gostaríamos de iniciar dizendo que o estudo de Fundamen-
tos da Educação Inclusiva é uma grande conquista, pois, hoje, se
faz presente em vários cursos de formação.
Esperamos que você aproveite este momento para uma
profunda reflexão sobre a importância do processo de educação
inclusiva, não só visando uma formação acadêmica, mas, acima
de tudo, uma formação de profissional mais humano, capaz de
aceitar, compreender, conviver, respeitar e trabalhar com as di-
ferenças. Lembre-se que você pode fazer a diferença na vida das
pessoas com necessidades especiais, contribuindo, assim, para a
reconstrução de uma sociedade mais justa e humana.
Nesta síntese, dentre os muitos assuntos, abordaremos o
fenômeno da Educação Inclusiva, buscando entender como ela
vem sendo compreendida ao longo da história, e, abordaremos,
também, as políticas públicas relacionadas à educação inclusiva.
Portanto, serão comentados alguns documentos nacionais e in-
ternacionais que são referências e contribuem para as conquistas
alcançadas até o momento.
Glossário de Conceitos
O Glossário permite a você uma consulta rápida e precisa
das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom domínio
dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimen-
to dos temas tratados neste Caderno de Referência de Conteúdo
Fundamentos da Educação Inclusiva. Veja, a seguir, a definição dos
principais conceitos:
1) Congênito: é uma característica adquirida pelo bebê no
período da gestação e atribuída a eventos pré-natais não
necessariamente genéticos ou hereditários.
plexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você na or-
denação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino.
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se
que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esque-
mas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhecimen-
to de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos
significativos no seu processo de ensino e aprendizagem.
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem esco-
lar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas em
Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, na ideia
fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel que estabelece que
a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos conceitos e de pro-
posições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, novas ideias e infor-
mações são aprendidas, uma vez que existem pontos de ancoragem.
Tem-se de destacar que “aprendizagem" não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados.
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas e
externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tornar
significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhecimen-
to sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabelecendo
uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com o que
já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do site dis-
ponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/
utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010).
© Caderno de Referência de Conteúdo 25
UNIVERSALIZAÇÃO DO ENSINO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
REORGANIZAÇÃO DA ESCOLA
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem
ser de múltipla escolha ou abertas com respostas objetivas ou dis-
sertativas. Vale ressaltar que se entendem as respostas objetivas
como as que se referem aos conteúdos matemáticos ou àqueles
que exigem uma resposta determinada, inalterada.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com a prática do ensino do aluno com necessidades
educacionais especiais na perspectiva da educação inclusiva pode
ser uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, me-
diante a resolução de questões pertinentes ao assunto tratado,
você estará se preparando para a avaliação final, que será disser-
tativa. Além disso, essa é uma maneira interessante de você ter
um retorno sobre o seu aproveitamento no curso.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a bibliografia básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte também as biblio-
grafias complementares.
Dicas (Motivacionais)
Este estudo convida você a um olhar mais apurado da educa-
ção como processo de emancipação do ser humano. Procure ficar
atento para as explicações teóricas, práticas (do senso comum) e
© Caderno de Referência de Conteúdo 27
2. CONTEÚDOS
• A formação do professor na perspectiva da educação in-
clusiva: aspectos históricos e políticos
• Diretrizes para a formação dos professores visando o
atendimento de alunos com necessidades educacionais
especiais nos contextos comuns de ensino.
30 © Fundamentos da Educação Inclusiva
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Nas últimas décadas a educação brasileira vem passando por
inúmeras mudanças decorrentes dos movimentos de democrati-
zação do acesso à escolarização básica e de educação inclusiva os
quais colocam em questionamento a organização da escola, a for-
mação de professores, o processo de ensino e as práticas pedagó-
gicas.
Como conseqüência desses movimentos grupos historica-
mente excluídos hoje estão tendo acesso à escola. Esse é o caso,
por exemplo, dos alunos com necessidades educacionais espe-
ciais, os quais foram atendidos, ao longo da história, predominan-
© U1 - Formação de Professores na Perspectiva da Educação Inclusiva 31
perfil. Na outra ponta está o aluno com dificuldade e este, por falta
de recursos da escola em compreendê-lo e em criar as condições
para que ele supere a sua dificuldade e aprenda, aproveitará me-
nos os recursos oferecidos pela escola e terá maior probabilidade
de fracassar.
Dessa maneira, a escola tem sido um espaço de fortaleci-
mento das diferenças individuais. Essa característica contraria
completamente o seu papel que é justamente o de garantir as con-
dições para a superação das desigualdades entre os homens e os
diferentes grupos sociais.
A superação desse quadro excludente depende de uma
mudança profunda na forma como a escola se organiza. Depen-
de, adicionalmente, de uma revisão dos professores em relação
ao seu papel. Os professores devem assumir o compromisso com
o ensino de todos os alunos, inclusive e principalmente daqueles
que apresentam pouco recurso, dificuldade e/ou necessidades es-
peciais, pois a escola e o acesso ao conhecimento é que poderão
tirá-los da condição de excluídos e oprimidos.
A educação inclusiva ao defender o direito de todos a uma
educação de qualidade constitui um paradigma educacional fun-
damentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igual-
dade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em
relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circuns-
tâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola
(BRASIL, 2008).
No Brasil a expansão do acesso à escola básica, entretanto,
não tem sido acompanhada de investimentos na implementação
das mudanças necessárias nas diferentes dimensões: na formação
dos professores, nas políticas, nos currículos, nas condições de tra-
balho dos profissionais da educação (incluindo carreira e salários),
na infraestrutura das escolas, na escola e na reorganização das
condições de ensino (GATTI e BARRETTO, 2009). Tais condições
são essenciais para a melhoria da qualidade da educação para to-
© U1 - Formação de Professores na Perspectiva da Educação Inclusiva 37
6. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Aproveite este momento para, por meio de uma autoavalia-
ção, saber como está indo a sua aprendizagem. Tente responder,
para si mesmo, às questões a seguir:
1) O que é educação inclusiva?
7. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, você pôde compreender o significado do es-
tudo Fundamentos da Educação Inclusiva no contexto geral da sua
formação. Possivelmente, você compreendeu que o futuro da Edu-
cação Inclusiva no país depende de uma revisão profunda nas polí-
ticas educacionais, nos currículos de formação de professores e na
organização das escolas. Procuramos mostrar aqui a importância
da formação dos professores no contexto da Educação Inclusiva.
8. EͳREFERÊNCIAS
BRASIL. INEP. Censo Escolar, 2009. Disponível em: <http:// http://www.inep.gov.br/
basica/censo/default.asp >. Acesso em: 11 jan. 2011.
_______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Brasília: MEC: SEESP, de Janeiro de 2008. Disponível em: <portal.mec.gov.br/arquivos/
pdf/politicaeducespecial.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2011.
_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional da Educação. Resolução
CNE/CP n. 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Brasília: MEC/CNE, 2006. Disponível
em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 11 jan. 2011.
_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional da Educação. Institui Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível
superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília: MEC/CNE, 2002. Disponível
em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 11 jan. 2011.
INEP. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA.
MEC. Disponível em: <www.inep.gov.br>. Acesso em: 11 jan. 2011.
MRECH, L. M. O que é educação inclusiva? Disponível em <http: www.inclusão.com.br/
índex.htm>. Acesso em: 11 jan. 2011.
© U1 - Formação de Professores na Perspectiva da Educação Inclusiva 47
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Decreto nº 5626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10436, de 24
de abril de 2002. Brasília: Presidência da República, Casa Civil, 2005.
_______. Plano Nacional de Educação. Brasília: Imprensa oficial, 2001a.
_______. Convenção Interamericana para eliminação de todas as formas de discriminação
contra as pessoas com deficiência. Brasília: UNESCO, 2001b
_______. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB n. 2/2001, de 11 set.
2001. Institui diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília:
Presidência da República, Casa Civil, 2001c.
_______. Diretrizes curriculares para a formação de professores da educação básica.
Parecer CNE/CP no. 9, 2001d.
_______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares. Estratégias para a educação de alunos
com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1999.
_______. Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96).
Brasília: Centro Gráfico, 1996.
_______. Estatuto da criança e do adolescente. Lei no. 8069, de junho 1990. Brasília:
Imprensa Oficial, 1990.
_______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial,
1988.
_______. Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002. Brasília: Presidência da República, Casa
Civil, 2002.
_______. Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira. Censo escolar, 2010. Disponível em: <http:/www.inep.gov.br/educacao_
basica/censo_escolar/resumos_tecnicos/divulgação_censo2010_revisao_04022011.
pdf>. Acesso em: 11 jun. 2011.
CARVALHO, R. E. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is". Porto Alegre: Mediação,
2004.
__________. Escola Inclusiva: a reorganização do trabalho pedagógico. Porto Alegre:
Mediação, 2008.
DENARI, F. Um (novo) olhar sobre a formação do professor de educação especial: da
segregação à inclusão. In: RODRIGUES, D. (org.) Inclusão e Educação: doze olhares sobre
a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006.
GATTI, B. A.; BARRETO, E. S. de S. Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília:
UNESCO, 2009.
JESUS, D. M. de Políticas de inclusão escolar no Espírito Santo: tecendo caminhos teórico-
metodológicos. In: BATISTA, C. R. e JESUS, D. M. Avanços em Políticas de Inclusão: o
contexto da educação especial no Brasil e em outros países. Porto Alegre: Mediação, 2009.
MENDES, E.G. Perspectivas para a construção da escola inclusiva no Brasil. In: PALHARES,
M.S. e MARINS, S. Escola inclusiva. São Carlos: EdUFScar, 2002, p. 61-85.
2. CONTEÚDOS
• Marco histórico da educação especial nos países euro-
peus e norte-americanos e no Brasil.
• Concepções e atitudes sociais diante da deficiência.
• Paradigmas e educação inclusiva.
50 © Fundamentos da Educação Inclusiva
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Minha casa ficava perto da APAE de minha cidade. Para ir à minha
escola eu passava em frente à APAE todos os dias. No início, quando
© U2 - História da Educação Especial: Paradigmas e Fatos Significativos 51
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
De acordo com os princípios básicos do mainstreaming (KIRK; GALLAGHER,
1996), a colocação de estudantes com deficiências nas escolas comuns deveria
levar em consideração os seguintes critérios:
1) preferência pelos serviços educacionais com o mínimo possível de restrição;
2) oferta de serviços educacionais especiais e regulares coordenados;
3) promoção de situações escolares que favorecessem a convivência com gru-
pos sociais de idades equivalentes.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Assim, os movimentos ocorridos em outros países, nas dé-
cadas de 1960 e 1970, refletiram em nosso país, especialmente
na década de 1980, com a reorganização dos recursos e serviços
oferecidos às pessoas com necessidades educacionais especiais.
Segundo Aranha (2001), ao adotar as ideias de normalização,
criou-se o conceito de integração, que se referia à necessidade de
modificar a pessoa com necessidades educacionais especiais, de
forma que esta pudesse vir a se assemelhar, o mais possível, aos
© U2 - História da Educação Especial: Paradigmas e Fatos Significativos 65
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Ao finalizar seus estudos sobre A História da Educação Espe-
cial, procure responder, para si mesmo, às seguintes questões:
1) O atendimento à pessoa com deficiência evoluiu da exclusão para a inclu-
são? Explique esse movimento.
10. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, você pôde conhecer os principais marcos his-
tóricos da Educação Especial no mundo e no Brasil. A partir desse
conhecimento, você adquiriu os elementos necessários para com-
preender a evolução histórica do conceito de inclusão, perceben-
do que ele não é um fenômeno isolado, mas um elo da história da
educação e da sociedade.
11. Eͳ REFERÊNCIAS
BRASIL. INEP. Censo escolar, 2006. Disponível em: <http://www.inep.gov.br/basica/
censo/default.asp>. Acesso em: 11 jan. 2011.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Política nacional de
educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2007.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf>. Acesso em:
11 jan. 2011.
MRECH, L. M. Educação inclusiva: realidade ou utopia? São Paulo: Trabalho apresentado
no evento do LIDE, Seminário educação inclusiva: realidade ou utopia? Faculdade
de Educação da Universidade de São Paulo, 1999. Disponível em: <http://www.
educacaoonline.pro.br/art_ei_realidade_ou_utopia.asp>. Acesso em: 11 jan. 2011.
PIETRO, R. G.; ARANTES, V. A. (Org.). Inclusão escolar: pontos e contrapontos. São Paulo:
Summus, 2006.
SANTOS, M. P. Perspectiva histórica do movimento integracionista na Europa. Revista
Brasileira de Educação Especial. São Paulo, v. 2, n. 3, p. 21-29, 1995.
WALBER, V. B.; SILVA, R. N. Estudos de psicologia. Campinas: v. 23, n. 1, p. 29-37, jan./
mar. 2006.
3
1. OBJETIVOS
• Conhecer as principais políticas públicas na área da Edu-
cação Especial.
• Compreender as políticas que fundamentam a educação
inclusiva.
• Compreender a educação inclusiva como parte de um
movimento social, político, histórico e cultural.
2. CONTEÚDOS
• Evolução histórica das políticas em educação especial.
• Educação inclusiva na interface das políticas educacionais.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
[...] o conceito de inclusão escolar é ambíguo, porque ele assume
o significado dentro de contextos históricos determinados que lhe
dão definição, conclui-se também que cada comunidade deve bus-
car melhor forma de definir e fazer a sua própria política de inclu-
são escolar, respeitando as bases históricas, legais, filosóficas, polí-
ticas e também econômicas do contexto no qual ela irá efetivar-se
(MENDES, 2006, p. 401).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
É importante ressaltar que, de acordo com os princípios da normalização e inte-
gração, o aluno com deficiência poderia ser inserido na classe comum, desde que
demonstrasse condição para responder às exigências desse contexto. Ou seja, a
escola e, especificamente, a classe comum não se modificavam para atender às
necessidades desses alunos. Eram eles e suas famílias os responsáveis pelo su-
cesso ou insucesso escolar. A passagem do aluno de um serviço mais segregado
para outro “mais integrador" dependia, basicamente, do progresso do aluno. As
ideias defendidas pelos princípios da normalização e integração subsidiaram as
políticas oficiais de educação especial nas décadas de 1970 e 1980. Caso você
tenha alguma dúvida sobre os conceitos de normalização e integração estude
novamente a Unidade 1.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Dando continuidade a nosso estudo, outro documento mui-
to importante que reflete na educação especial é a Constituição
Federal de 1988. Ela apresenta como um de seus principais ob-
jetivos "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação"
(BRASIL, 1988, p. 3), o que retrata a preocupação com a igualda-
de de condições e com a superação de práticas discriminatórias.
Tais ideias serão, gradativamente, fortalecidas em outras políticas
e acabam se configurando em questões centrais do pensamento
no final do século 20 e início do 21.
Ainda sobre a Constituição, merecem destaque os arts. 205,
206 e 208. Leia-os a seguir:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do estado e da famí-
lia, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princí-
pios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado median-
te a garantia de:
III - atendimento educacional especializado aos portadores de de-
ficiência, preferencialmente na rede regular de ensino (BRASIL,
1988, p. 137-138).
Esses professores também podem dar apoio aos professores do ensino comum,
viabilizando a inclusão dos alunos com necessidades especiais. Por exemplo, o
professor responsável pela sala de recursos de surdos deve, entre outras ativi-
dades, visitar as escolas comuns com surdos inseridos e orientar os professores
quanto aos procedimentos de ensino e avaliação dos alunos. O mesmo deve ser
realizado pelo professor especializado responsável pela sala de recursos para
cegos. Esses professores especializados, responsáveis pela sala de recursos
da rede estadual, podem, também, assumir o atendimento aos alunos matricula-
dos nas escolas municipais, bem como dar apoio aos seus professores. Dessa
maneira, estabelece-se uma parceria entre a rede municipal e a rede estadual
no atendimento do aluno com necessidades educacionais especiais. Entretanto,
com a ampliação de matrícula desses alunos na classe comum, muitas delas
municipais, o ideal é que a rede municipal também organize a sua própria equipe
de educação especial para apoiar a inclusão.
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O atendimento educacional especializado para a criança pe-
quena (de 0 a 3 anos de idade) deve ser realizado pelos serviços
de intervenção precoce em parceria com os serviços de saúde e
assistência social (BRASIL, 2007).
Em relação ao atendimento especializado ao aluno do Ensino
Fundamental e Médio, ele deve ser realizado em turno contrário
ao que o aluno frequenta o ensino comum e deve ser feito na pró-
pria escola, em outra que ofereça a sala de recursos, ou em centro
especializado que realize esse serviço. De acordo com os princí-
pios da educação inclusiva, o atendimento especializado deve ser
realizado, preferencialmente, por serviços disponíveis no próprio
ensino comum, como a sala de recursos.
A sala de recursos é responsável por apoiar o trabalho reali-
zado na classe comum. Portanto, organiza-se a partir do programa
pedagógico desenvolvido na classe comum. Ela incrementa esse
programa com recursos, conteúdos e procedimentos didáticos es-
pecíficos, os quais possibilitam o acesso ao currículo e o sucesso
acadêmico do aluno com necessidades educacionais especiais a
partir de programas individualizados de atendimento. Além disso,
o professor especializado também pode orientar os professores do
ensino comum em relação aos procedimentos de ensino e de ava-
liação mais adequados às especificidades do aluno.
6. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Aproveite este momento para, por meio de uma autoavalia-
ção, saber como está indo a sua aprendizagem. Tente responder,
para si mesmo, às questões a seguir:
1) As políticas educacionais vigentes até a década de 1990 favoreceram a in-
tegração e a organização da Educação Especial como um sistema paralelo à
educação comum. Dê exemplos dessa afirmação e explique.
7. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, você estudou as principais políticas que têm
orientado a Educação Especial no país. Adicionalmente, pôde co-
nhecer e compreender o significado das políticas que orientam a
Educação Inclusiva na atualidade. Percebeu as possibilidades que
elas apresentam, bem como os seus limites. Por fim, você deve
ter se conscientizado que as políticas, por melhores que sejam,
não são capazes, sozinhas, de promover o desenvolvimento da
educação inclusiva no país. É necessário que a sociedade, de uma
maneira geral, participe, lutando pelos direitos das pessoas com
necessidades educacionais especiais e fazendo valer o que já foi
politicamente conquistado.
8. EͳREFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Política nacional de
educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2007.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf>. Acesso em:
11 jan. 2011.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília: Centro Gráfico, 1988.
______. Congresso Nacional. Lei de diretrizes e bases da educação (lei nº. 4.024/61).
Brasília: Centro Gráfico, 1961.
______. Congresso Nacional. Lei de diretrizes e bases da educação (lei nº. 5.692/71).
Brasília: Centro Gráfico, 1971.
______. Congresso Nacional. Lei de diretrizes e bases da educação (lei nº. 9.394/96).
Brasília: Centro Gráfico, 1996.
______. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº. 2/2001, de 11 set.
2001. Institui diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Brasília:
Presidência da República, Casa Civil, 2001.
______. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº. 1/2002, de 18 de fevereiro
de 2002. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores.
Brasília: Presidência da República, Casa Civil, 2002.
______. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas
especiais. Brasília: Unesco, 1994.
______. Declaração mundial de educação para todos: plano de ação para satisfazer as
necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien/Tailândia: UNESCO, 1990.
______. Estatuto da criança e do adolescente no Brasil (lei nº. 8.069). Brasília: Centro
Gráfico, 1990.
______. Ministério da Educação: aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras
providências (lei nº. 10.172). Brasília, 2001.
______. Ministério da Educação. Lei Ministério da Educação. Secretaria da Educação
Especial. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências (lei
nº. 10.436). Brasília: Secretaria da Educação Especial, 2002.
______. Ministério da Educação. Decreto nº. 5.626, de 22 dez. 2005. Regulamenta a lei
nº. 10.436. Brasília: Secretaria da Educação Especial, 2002.
DENARI, F. Um (novo) olhar sobre a formação do professor de educação especial: da
© U3 - Políticas em Educação Especial 113
segregação à inclusão. In: RODRIGUES, D. (Org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre
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Brasileira de Educação. São Paulo: v. 11, n. 33, set./dez. 2006.
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Deficiência. Brasília: ONU, 2006.
PEDROSO, C. C. A. O aluno surdo no ensino médio da escola pública: o professor fluente
em Libras atuando como intérprete. Araraquara: Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho, 2006. (Tese de Doutorado).
2. CONTEÚDOS
• Prevenção das deficiências.
• Conceituação e causas das deficiências.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Ao longo da história da humanidade, os alunos com necessi-
dades educacionais especiais têm sido tratados conforme as con-
cepções políticas, ideológicas e culturais de cada época. Assim,
você estudou, na Unidade 1,2 e 3 as questões históricas e políticas
que marcaram (e marcam) o cenário da educação especial.
A partir destes referenciais, você conhecerá, agora, um pou-
co das necessidades especiais e educacionais dos alunos que com-
preendem o universo da educação especial.
Tal conhecimento é de suma importância no seu trabalho
enquanto futuro professor, para que você não corra o risco de fa-
zer julgamentos precipitados e estigmatizados sobre o "diagnósti-
co" clínico e educacional destes alunos. Ao contrário, o conteúdo
aqui apresentado e discutido possibilitará a você o conhecimento
e a compreensão de quem são essas pessoas, E de posse dessas in-
© U4 - A Prevenção das Deficiências e o Aluno com Necessidades Educacionais Especiais 117
• Medidas pré-natais:
1) condições de saneamento básico;
2) cuidados especiais em regiões de risco radiativo;
3) planejamento familiar;
4) aconselhamento genético pré-natal;
5) acompanhamento da gestação (saúde e nutrição ma-
terna);
6) diagnóstico pré-natal.
• Medidas perinatais:
1) atendimento médico-hospitalar de qualidade na situ-
ação de parto;
2) atendimento de qualidade ao recém-nascido;
3) screening neonatal;
4) PKU (teste do pezinho).
• Medidas pós-natais:
1) condições de saneamento básico;
2) serviços de puericultura adequados (que incluem as
campanhas de vacinação);
3) prevenção de acidentes domésticos.
A prevenção secundária, por sua vez, está baseada na cons-
tatação de que a condição da deficiência já tenha se manifestado.
No entanto, seu objetivo é o de reduzir sua duração e/ou sua se-
veridade. De acordo com a perspectiva da saúde pública, o foco
da ação secundária é o de reduzir a prevalência de determinada
condição de excepcionalidade na população. Como exemplo de
ações preventivas secundárias, tem-se os centros de diagnóstico,
o tratamento e educação de crianças pequenas de alto risco e risco
comprovado, e os programas de estimulação precoce.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Os serviços de estimulação precoce constituem uma das modalidades da ação
preventiva. O conceito de estimulação precoce refere-se às ações que proporcio-
nam à criança de risco e à criança portadora de deficiência as experiências ne-
cessárias, a partir de seu nascimento, que garantam o desenvolvimento máximo
de seu potencial (NUNES, 1995).
© U4 - A Prevenção das Deficiências e o Aluno com Necessidades Educacionais Especiais 119
Causas perinatais:
Estes fatores incidem do início do trabalho de parto até o 30º dia de vida do bebê:
• má assistência ao parto e traumas de parto;
Causas pós-natais:
Estes fatores incidem do 30º dia de vida do bebê até o final da adolescência.
• desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global;
• infecções: meningoencefalites, sarampo, etc;
• intoxicações exógenas (envenenamento) por remédios, inseticidas, produtos
químicos (chumbo, mercúrio);
• acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas etc;
• infestações: neurocisticircose (larva da taenia solium, popularmente chamada
de solitária) (REDE SACI, 1999).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Deficiência auditiva
De um modo geral, pode-se caracterizar a deficiência audi-
tiva pelo impedimento parcial ou total das possibilidades em de-
tectar o som. Tal impedimento pode ser determinado por diferen-
tes causas, variando em graus e níveis. A deficiência auditiva pode
ocorrer sozinha ou em associação com outras deficiências (BEVI-
LAQUA; FORMIGONI, 1997).
Considera-se uma pessoa surda aquela que, por ter perda
auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de ex-
periências visuais, manifestando sua cultura, especialmente, pelo
uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras (BRASIL, 2005).
Quanto ao local onde a lesão aconteceu, as perdas auditivas
podem ser classificadas em: condutiva, neurossensorial e mista,
podendo, ainda, ser unilaterais ou bilateriais.
• Perda Condutiva: quando a causa do problema está loca-
lizada na orelha externa e/ou média.
• Perda Neurossensorial: quando a causa do problema está
localizada na orelha interna.
• Perda Mista: quando há alterações tanto na orelha exter-
na e/ou média quanto na orelha interna.
Mas como esta perda é medida?
© U4 - A Prevenção das Deficiências e o Aluno com Necessidades Educacionais Especiais 127
Figura 1 Decibéis.
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No Brasil, estima-se que haja cerca de 15 milhões de pessoas com algum tipo
de perda auditiva. No Censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Ge-
ografia e Estatística (IBGE), 3,3% da população responderam ter algum proble-
ma auditivo. Aproximadamente 1% declarou ser incapaz de ouvir. Nesse mesmo
senso, ficou revelado que há mais de 5 milhões de pessoas com problemas
relacionados à surdez, das quais 519 mil têm até 17 anos e 276 mil, entre 18 e
24 anos (PEDROSO, 2008).
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Existem três abordagens educacionais de atendimento a pes-
soa com surdez: o oralismo, a comunicação total e o bilinguismo.
O oralismo visa à integração da criança surda na comunida-
de ouvinte, dando-lhe condições de desenvolver a língua oral por
meio da estimulação intensa da audição. Esta abordagem percebe
o surdo como deficiente, portador de uma patologia médica a ser
eliminada e busca normalizá-lo por meio da reabilitação da fala,
sendo que a língua de sinais é rejeitada.
A Comunicação Total defende a utilização de qualquer recur-
so linguístico para facilitar a comunicação com as pessoas surdas,
tais como língua de sinais, língua oral, escrita, alfabeto manual,
expressão corporal, gestos etc. Recomenda-se o uso simultâneo
desses códigos manuais, no entanto, o objetivo ainda é centrado
no desenvolvimento da fala e os sinais são utilizados na estrutura
da língua oral.
Uma das principais críticas a esta abordagem está no fato de
ela utilizar duas línguas ao mesmo tempo, sobrepostas: a língua
de sinais e a língua portuguesa, pois utiliza os sinais da língua de
sinais na estrutura da língua portuguesa. Isso não é positivo, já
que é impossível sobrepor duas línguas com estruturas e funcio-
namentos diferentes.
Consequentemente, o surdo fica confuso e não avança na co-
municação, não melhora a escrita nem o desenvolvimento da orali-
dade. Além disso, a Comunicação Total tem o foco na aquisição da
língua oral, assim como o oralismo, não avançando no reconheci-
mento do surdo como minoria linguística, cultural e identitária.
Deficiência visual
Apesar de algumas pessoas apresentarem dificuldades na vi-
são, tais como miopia e astigmatismo, as quais são, normalmente,
compensadas com o uso de óculos, considera-se deficiência visual
apenas os casos que se referem à cegueira e à visão subnormal.
O que isso significa? Quais aspectos caracterizam cada tipo?
De acordo com Gil (2000), a visão subnormal, ou baixa visão,
refere-se à alteração da capacidade funcional decorrente de fato-
res como rebaixamento significativo da acuidade visual, redução
importante do campo visual e da sensibilidade aos contrastes e
limitação de outras capacidades. A pessoa com visão subnormal
conserva resíduos da visão, contudo, não consegue enxergar com
clareza suficiente para contar os dedos da mão a uma distância de
3 metros, à luz do dia.
Esse caso é classificado como diminuição da resposta visual
profunda, sendo a cegueira a ausência total da resposta visual.
De acordo com Conde (s.d), pedagogicamente, delimita-se
como cego aquele que, mesmo possuindo visão subnormal, ne-
cessita de instrução em Braille (sistema de escrita por pontos em
© U4 - A Prevenção das Deficiências e o Aluno com Necessidades Educacionais Especiais 133
Deficiência física
A deficiência física pode ser definida como uma alteração
completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo huma-
no, levando ao comprometimento da função física e dos seguintes
tipos: paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetra-
plegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia,
ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral,
nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida
(BRASIL, 2004).
Assim como também ocorre com os outros tipos de defici-
ência, a física pode ocorrer em três momentos: antes, durante ou
após o nascimento. Problemas com o bebê durante o nascimento
(falta de oxigênio no cérebro), acidentes de trabalho ou automo-
bilísticos são algumas das principais causas da deficiência física.
© U4 - A Prevenção das Deficiências e o Aluno com Necessidades Educacionais Especiais 137
Deficiência múltipla
O termo Deficiência Múltipla refere-se aos casos em que a pes-
soa tem um ou mais tipos de deficiência associados e seu nível de
comprometimento. Tais associações podem ser física, sensorial, men-
tal, emocional ou de comportamento social, tendo como referência
as possíveis associações: surdez com deficiência mental leve ou se-
vera; surdez com distúrbios neurológicos, de conduta e emocionais;
surdez com deficiência física (leve ou severa); baixa visão com defici-
ência mental leve ou severa; baixa visão com distúrbios neurológicos,
emocionais e de linguagem e conduta; baixa visão com deficiência
física (leve ou severa); cegueira com deficiência física (leve ou seve-
ra); cegueira com deficiência mental (leve ou severa); cegueira com
distúrbios emocionais, neurológicos, conduta e linguagem.
A pessoa pode vir a apresentar um quadro de múltiplas de-
ficiências durante a gestação, durante ou após o nascimento. É o
que mostra o Quadro 1:
Quadro 1 Possíveis causas que levam às deficiências múltiplas.
Época de
ocorrência do Agentes que afetam AƟvidade do agente
problema
Translocação de pares
Mudanças sérias no embrião e no
de cromossomos no
feto, muitas vezes fatais
nascimento
Concepção
Erros congênitos do Incapacidade de efetuar processos
metabolismo, como a químicos e metabólicos; danos ao
fenilcetonúria desenvolvimento fetal
Medicamento usado como seda vo
Medicamentos como a
Pré-natal para a mãe; pode prejudicar o
talidomida
desenvolvimento normal do embrião
Anoxia (falta prolongada de A falta prolongada de oxigênio pode
Natal oxigênio ao feto durante o causar destruição irreversível de
processo de nascimento) células cerebrais
Doenças infecciosas (sarampo,
coqueluche e outras) podem levar à
Pós-natal Encefalite e meningite
inflamação das células do cérebro e a
sua destruição
Fonte: adaptado de KIRK; GALLAGHER (1996).
© U4 - A Prevenção das Deficiências e o Aluno com Necessidades Educacionais Especiais 139
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A teoria das inteligências múl plas ques ona a idéia de que as capacidades in-
telectuais de um indivíduo possam ser captadas numa única avaliação intelec-
tual.
Para saber mais, pesquise em sites de busca u lizando a expressão "teoria das
inteligências múl plas".
Você sabia que muitas crianças talentosas estão "escondidas" em nossas esco-
las? Por aprender muito rápido, muitas vezes o ensino torna-se desmo vador
para elas.
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Condutas Típicas
Joãozinho é um garoto que começou a freqüentar a primeira série
do ensino fundamental, no início do ano. Ele parece ser meio es-
quisito, pois não olha no rosto das pessoas, de jeito nenhum! Fica
sempre cabisbaixo, e não fala com ninguém. Se alguém lhe faz uma
pergunta, ele continua olhando na direção do chão, e não solta um
som sequer. A professora já tentou falar com ele, abordando assun-
tos diferentes, convidando-o para brincar com os outros meninos,
elogiando sua roupa, mas...que nada! Ele continua sem falar, e sem
olhar para ninguém. Quando a professora propõe alguma atividade
a ser feita na lousa, ele sequer levanta da carteira. Se ela o segura
pelo braço, e leva até a lousa, ele a acompanha com mansidão, mas
sempre olhando para o chão, sem dizer nada. Também não faz o
que a professora pede... Quando, de outra feita, a professora pede
aos alunos que façam alguma atividade no caderno, ele ainda não
se mexe. A professora, ou algum coleguinha lhe põe o lápis de cor
na mão, e ele o segura...mas ainda assim continua parado, olhando
para baixo, sem fazer o que lhe está sendo solicitado (BRASIL, 2006
p. 11).
2) Hiperatividade
• Agitar as mãos, os pés ou se mexer na cadeira.
• Abandonar a cadeira em sala de aula ou em outras
situações nas quais se espera que permaneça senta-
do.
• Correr ou escalar em demasia em situações nas quais
isto é inapropriado.
• Dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamen-
te em atividades de lazer.
• Estar frequentemente exercendo excessivas ativida-
des.
• Falar em demasia.
3) Impulsividade
• Frequentemente, dar respostas precipitadas antes
das perguntas terem sido concluídas.
• Apresentar constante dificuldade em esperar sua
vez.
• Interromper ou interferir, frequentemente, em as-
suntos de outros.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) também pode ser ci-
tado enquanto um quadro de condutas típicas. Considerando que
ele se refere a um tipo de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento
(TID), assim como os casos de Síndrome de Asperger, Síndrome de
Rett, e outros, segundo o Manual de Doenças/ Transtornos Men-
tais (DSMIV), o TEA caracteriza-se por um prejuízo no desenvolvi-
mento da linguagem e das interações sociais, e é, normalmente,
acompanhado da presença de comportamentos de impulsividade
e hiperatividade. Tais manifestações devem ter início até os três
anos de idade.
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O Transtorno do Espectro Au sta é chamado, ocasionalmente, de au smo infan-
l precoce, au smo da infância ou au smo de Kanner. Originalmente, Kanner
concebeu o au smo como um distúrbio do contato afe vo. Hoje o au smo é
concebido como um desvio do desenvolvimento e, por essa razão, é classificado
como um transtorno global do desenvolvimento (TGD), tanto na CID 10 quanto
no DSM-IV. O prejuízo na interação social recíproca é amplo e persistente. Pode
haver um prejuízo marcante no uso de múl plos comportamentos não-verbais
(por exemplo, contato visual direto, expressão facial, posturas e gestos corpo-
rais) que regulam a interação social e a comunicação (DSM IV).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
De acordo com o DSM IV, as pessoas com Transtorno do Es-
pectro Autista podem demonstrar pouco ou nenhum interesse
pelo estabelecimento de amizades; sendo que aqueles que têm
interesse por amizades, não compreendem as convenções da inte-
ração social. Pode, também, ocorrer nessas pessoas uma falta de
busca espontânea pelo prazer compartilhado, interesses ou reali-
zações com outras pessoas. Uma falta de reciprocidade social ou
emocional também pode estar presente (por exemplo: não partici-
© U4 - A Prevenção das Deficiências e o Aluno com Necessidades Educacionais Especiais 145
7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Ao finalizar seus estudos sobre as deficiências e as formas de
preveni-las, procure responder, para si mesmo, às seguintes ques-
tões:
1) No seu ambiente familiar e/ou de trabalho, você convive com pessoas com
necessidades especiais? Quais?
8. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, você estudou sobre a prevenção nos níveis
primário, secundário e terciário, bem como as medidas que po-
dem ser realizadas em cada um desses níveis para evitar ou mini-
mizar as deficiências. Apresentamos, também, as deficiências que
caracterizam os alunos com necessidades especiais, os quais estão
sendo incluídos na escola comum, e, ainda, suas principais carac-
terísticas.
Conhecer as questões que envolvem os alunos com neces-
sidades especiais, que estão sendo incluídos no ensino comum,
é muito importante para a prática educacional, pois pode ajudá-
lo a não fazer julgamentos precipitados e estigmatizados sobre o
"diagnóstico" clínico e educacional dessas pessoas.
Acreditamos que o conteúdo estudado nesta unidade am-
pliou o seu conhecimento e a sua compreensão sobre quem são
as pessoas com necessidades educacionais especiais. Agora, de
posse dessas informações, você terá condições de analisar os ca-
sos de inclusões, pautados em um conhecimento teórico, crítico e
reflexivo.
Na próxima unidade, estudaremos as adaptações curricu-
lares que podem ser realizadas para viabilizar o processo de en-
sino-aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais
especiais, tais como alunos cegos, surdos, com deficiência física,
© U4 - A Prevenção das Deficiências e o Aluno com Necessidades Educacionais Especiais 147
9. EͳREFERÊNCIAS
Figura
Figura 1 Decibéis. Disponível em: <http://www.ines.gov.br/ines_livros/4/4_005.HTM>.
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MANTOVANI, A. Governo federal implanta centros para superdotados. 2006. Disponível
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Acesso em: 15 jun. 2011.
REDE SACI. Muitas vezes não é possível, ainda, estabelecer com clareza a causa da
deficiência mental. 2003. Disponível em: <http://www.saci.org.br/?modulo=akemi&pa
rametro=1676>. Acesso em: 15 jun. 2011.
2. CONTEÚDOS
• Adaptações curriculares de grande, médio e pequeno
porte.
• Adaptações curriculares previstas nos Parâmetros Curri-
culares Nacionais para a Educação Especial.
150 © Fundamentos da Educação Inclusiva
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
De acordo com o exposto no transcorrer deste estudo, você
pôde verificar que a educação dos alunos com necessidades edu-
cacionais especiais tem sido orientada pela política de educação
inclusiva, a qual reconhece e defende o direito desse aluno a uma
educação de qualidade, oferecida em contextos o mais próximo
possível daqueles freqüentados pelos alunos em geral, ou seja,
preferencialmente na rede regular de ensino.
4) no método de ensino;
5) no processo de avaliação;
6) na temporalidade.
O professor deve ajustar os objetivos no seu plano, respei-
tando as necessidades e especificidades dos alunos, o que envol-
ve, em alguns casos, priorizar determinados objetivos em detri-
mento de outros.
Em relação aos conteúdos, o professor pode priorizar certos
tipos, áreas ou unidades, alterar a sua sequência, bem como elimi-
nar conteúdos secundários.
O método de ensino e as estratégias de ensino também po-
dem ser adaptados pelo professor, visando o aproveitamento de
todos os alunos. O professor pode fazer, ainda, modificações na
seleção de materiais previstos inicialmente para serem utilizados
na aula.
Além dos aspectos mencionados, as adaptações curriculares
podem envolver adaptação do processo de avaliação, tanto dos
instrumentos como das técnicas, e adaptação na temporalidade
do processo ensino-aprendizagem, aumentando ou diminuindo o
tempo previsto para realizar os objetivos e desenvolver os conte-
údos.
Vocês devem ter percebido que as adaptações curriculares
não devem se desenvolver apenas entre o professor e seu aluno,
mas devem contemplar também o projeto político pedagógico, o
currículo desenvolvido na sala de aula, bem como o próprio aluno.
As adaptações em nível do Projeto Político Pedagógico são ajustes
feitos no currículo, pretendendo sua flexibilização afim atender as
necessidades dos alunos.
Vejamos alguns exemplos apresentados pelos Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL, 1999), que ilustram as adaptações
que devem ocorrer em nível do Projeto Político Pedagógico:
Figura 2 Reglete
© U5 - Adaptações Curriculares e o Ensino do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais 167
Figura 3 Sorobã
Figura 5 Lupa
Figura 7 GoTalk
© U5 - Adaptações Curriculares e o Ensino do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais 171
5. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Ao finalizar seus estudos sobre as adaptações curriculares
para o ensino dos alunos com necessidades educacionais espe-
ciais, procure responder, para si mesmo, às seguintes questões:
1) O que são adaptações curriculares? A quem elas se destinam?
6. CONSIDERAÇÕES
Pelo exposto neste texto, você pôde verificar que as políticas
educacionais têm apontado alguns caminhos, como as adaptações
curriculares. Entretanto, o governo tem atribuído muita responsa-
bilidade à escola e não vem se comprometendo plenamente com
a questão. Ele aponta, por exemplo, a necessidade de reorgani-
zação das condições de ensino, mas não garante condições para
isso de fato, ou seja, não investe o necessário na organização das
condições. Sabe-se que o número de alunos na sala de aula é uma
condição decisiva no atendimento de alunos com necessidades es-
peciais pelos contextos comuns de ensino, todavia, as classes das
escolas públicas continuam superlotadas mesmo quando há alu-
nos com necessidades especiais. A escola, sozinha, não conseguirá
organizar a educação inclusiva.
É preciso que haja muito compromisso e vontade política
com a questão, o que envolve investimento na organização das
condições físicas, materiais e humanas. Isso não significa que o
professor deve ficar de braços cruzados esperando as condições
ideais. Pelo contrário. Ele deve se engajar na luta por uma escola
com melhor qualidade.
7. EͳREFERÊNCIAS
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Figura 1 Máquina Braile. Disponível em: <http://peniche.olx.pt/pictures/braille-maquina-
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