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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA ......................................................................................... pág 01


Planejamento 1: Apreciação e análise das culturas juvenis e suas
expressões artísticas e culturais .............................................................. pág 01
Planejamento 2: A arte da oratória e a persuasão verbal........................... pág 07
Planejamento 3: Análise crítica das produções audiovisuais e sua
influência na construção de sentido ......................................................... pág 11
Planejamento 4: Apresentação multimodal e digital da identidade pessoal .. pág 16
Planejamento 5: Construção composicional e estilo na produção e leitura de
textos: o papel dos recursos coesivos na coerência e progressão temática . pág 20
Planejamento 6: Produção de textos escritos e produção oral: relação com o
contexto sócio-histórico de circulação ...................................................... pág 25
Planejamento 7: A importância do uso adequado dos sinais de pontuação
e seus efeitos de sentido na produção de textos ....................................... pág 29
Planejamento 8: Explorando a literatura através de clubes de leitura
e oficinas criativas .................................................................................. pág 34
Planejamento 9: Exploração de poemas e práticas de produção
e interpretação oral ................................................................................ pág 39

LÍNGUA INGLESA .................................................................................. pág 43


Planejamento 1: Intervention plan on a DIY landscape urbanism of
public spaces. ........................................................................................ pág 44

ARTE ...................................................................................................... pág 66


Planejamento 1: Jogos teatrais ............................................................... pág 66
Planejamento 2: Teatro .......................................................................... pág 72
Planejamento 3: Nós, os “espect-atores” O Teatro do Oprimido
de Augusto Boal ..................................................................................... pág 798

EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................ pág 83


Planejamento 1: Instrumentos de avaliação física ..................................... pág 83
Planejamento 2: Futebol e futsal como práticas esportivas educacionais
de rendimento e de participação ............................................................. pág 89
Planejamento 3: Corridas com obstáculos. ............................................... pág 94

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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
1º ano Ensino Médio 2023

Língua Portuguesa Linguagens

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais


(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos
diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o
entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar
aprendendo.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Processo de análise de produ- (EM13LP24) Analisar formas não institucionalizadas de participação


ções textuais, discursos e mani- social, sobretudo as vinculadas a manifestações artísticas, produções
festações artísticas e produções culturais, intervenções urbanas e formas de expressão típica das
culturais. culturas juvenis que pretendam expor uma problemática ou promover
uma reflexão/ação, posicionando-se em relação a essas produções e
Apreciação e análise de expres-
manifestações.
sões típicas das culturas juvenis.
Engajamento em questões típi-
cas das culturas juvenis e posi-
cionamento em relação a mani-
festações artísticas e culturais
que tratam dessas questões.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Apreciação e análise das culturas juvenis e suas expressões artísticas e culturais.
DURAÇÃO: 04 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A análise das culturas juvenis e suas expressões artísticas e culturais são campos de estudo fascinantes que
envolvem a compreensão das diferentes maneiras pelas quais os jovens se envolvem na criação de
identidades culturais, políticas e sociais.
As culturas juvenis e suas manifestações são campos dinâmicos e multifacetados que desempenham um
papel importante na formação da identidade e da sociedade.
A avaliação dessas culturas requer uma abordagem holística e sensível as diversidades e as complexidades
envolvidas. Nesse sentido, vale introduzir o tema perguntando aos estudantes sobre as expressões culturais
e artísticas que consideram típicas das culturas juvenis. As músicas, danças, modas, grafite, memes, hip hop,
cosplay, flash mobs, entre outros, são manifestações culturais juvenis interessantes para serem discutidas
com a turma. É importante finalizar os planejamentos explicando como as expressões típicas das culturas
juvenis podem ser vistas como formas não institucionalizada de participação social e como essas culturas se
expressam por meio das manifestações artísticas e culturais.

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B) DESENVOLVIMENTO
AULA 01
1º momento - Aproximação
Professor(a), comece a aula com uma breve introdução sobre a importância das formas não
institucionalizadas de participação social, particularmente aquelas ligadas às expressões artísticas e
culturais da juventude. Destaque exemplos atuais de como os jovens estão usando a arte e a cultura
para se expressar, evidencie problemas e promova reflexão ação. Em seguida, apresente aos
estudantes alguns casos de manifestações artísticas, produções culturais e intervenções urbanas que
foram usadas pelos jovens para destacar uma problemática ou promover reflexão/ação. Isso pode
incluir exemplos de música, arte de rua, teatro, dança, moda e mídia digital. Durante a exposição, peça
aos estudantes para analisar esses casos, focando em como essas manifestações artísticas e culturais
estão sendo usadas para promover a participação social.

2º momento - Percepção
Agora, divida os estudantes em grupos e peça a cada grupo para escolher um dos casos analisados
para discutir mais a fundo. Eles devem considerar as técnicas artísticas ou culturais usadas, o problema
ou questão destacada, e o impacto ou resposta que a manifestação teve na comunidade ou sociedade
em geral. Após a discussão, peça a cada grupo para apresentar suas discussões para a classe.

AULA 02
1º momento: Ampliação
Professor(a), nesta aula, iremos retomar o tema discutido anteriormente sobre as expressões típicas
das culturas juvenis, que são utilizadas pelos estudantes para expor problemas e promover reflexão e
ação. Nos primeiros minutos da aula, reforce alguns pontos importantes para contextualizar a
discussão anterior. E retome com os estudantes os diversos exemplos de expressões culturais, como
música, arte de rua, teatro, dança, moda, grafite e mídia digital, incluindo blogs, vlogs e podcasts para
que eles possam escolher o formato mais adequado para eles como forma de expressar mensagens,
problemas relevantes e promover a participação social.

2° momento: Criação
− Sugestões de atividades
Este é o momento “da mão na massa”, analise qual atividade abaixo melhor se adequa aos seus
estudantes, e comunique que a apresentação da atividade proposta será na aula seguinte.

Atividade 1 - desafie os estudantes a criarem suas próprias expressões típicas das culturas juvenis
que pretendam expor uma problemática ou promover uma reflexão/ação. Isso pode ser feito
individualmente ou em grupos. Deixe que os estudantes escolham a forma de expressão que
preferirem (arte, música, dança, moda, blog, vlog, podcast, dentre outros) e forneça os materiais
necessários para a criação. Caso os estudantes queiram fazer blogs, podcasts, você pode indicar os
seguintes sites:
→ CRIAR um blog grátis. Wix.com.
Disponível em: https://pt.wix.com/criarsitegratis/pt990_blog?utm_source=google&utm_mediu
m=cpc&utm_campaign=19422401933^143500281286&experiment_id=criar%20blog^b^64
3231681169^&gclid=Cj0KCQjwtO-kBhDIARIsAL6LordJq1_Ho4psHoMuj87xYX-ZChYpZgUeZsW_
gK6p6n9ZbaCMlNX-CnkaApkBEALw_wcB.

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→ FONSECA, Fernanda Costa Baccaro. Plano de aula: Produção de vlogs.
Disponível em: https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/lingua-portuguesa
/producao-de-vlogs/4164#:~:text=Fechamento-,Por%20%C3%A1udio%20ou%20mensagem%
20de%20texto%2C%20pe%C3%A7a%20que%20os%20alunos,todos%20%C3%A0%20conta
%20do%20canal
→ OLIVEIRA, Felipe. 8 dicas sobre como fazer um podcast escolar.
Disponível em: https://tmjuntos.com.br/comunicacao/8-dicas-sobre-como-fazer-um-podcast-
escolar/.
→ PATEL, Neil. Vlogger: Como Criar o Seu Vlog de Sucesso em 2023.
Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/vlogger-de-sucesso/.

Atividade 2 - Estudo de Caso de Subculturas Juvenis: Divida os estudantes em grupos e atribua


a cada grupo uma subcultura juvenil específica para investigar (por exemplo, hip-hop, punk, otaku e
outros.). Eles devem pesquisar a história, os valores, a estética e as formas de expressão dessa
cultura, e então apresentar suas descobertas para a turma.

Atividade 3 - Análise de Música e Videoclipes: Os estudantes podem escolher uma música ou


videoclipe de um gênero popular entre os jovens e analisá-lo em termos de letra, melodia, imagens
visuais, mensagens subjacentes e contexto cultural. Isso pode ser feito individualmente ou em
pequenos grupos, com cada estudante/grupo apresentando sua análise à turma.

Atividade 3 - Exposição de Arte Juvenil: Os estudantes podem ser incentivados a criar suas
próprias obras de arte (por exemplo, pinturas, esculturas, fotografias, músicas, poemas e outros) que
representem suas experiências e perspectivas como jovens. As obras de arte podem então ser exibidas
em uma exposição na escola, na qual os estudantes têm a oportunidade de explicar suas peças e
discutir a cultura juvenil que as inspirou.

Atividades 4 - Debate sobre Questões Culturais Juvenis: Os estudantes podem participar de um


debate estruturado sobre um tema relevante para as culturas juvenis, como a representação dos
jovens na mídia, a influência das redes sociais ou a questão do acesso à cultura e à arte. Isso não só
estimula o pensamento crítico, mas também incentiva os estudantes a se engajarem ativamente com
as questões que afetam suas próprias vidas.

O objetivo dessas atividades é promover a participação ativa dos estudantes, incentivando-os a


explorar, analisar e refletir sobre as culturas juvenis e suas expressões artísticas e culturais.

AULA 03
Momento de Apresentação e Discussão
Professor(a), essas atividades incentivarão a pesquisa, análise crítica e reflexão sobre as culturas
juvenis e suas expressões artísticas, por isso, encoraje-os a serem criativos e expressarem suas
opiniões de forma fundamentada. Durante as apresentações, peça aos estudantes para explicar a
problemática ou reflexão que pretendem promover com suas expressões.

AULA 04
Professor(a), para concluir esse planejamento, peça aos estudantes para escreverem uma reflexão
breve sobre o que aprenderam nas aulas, focando em como eles veem a importância da arte e da
cultura como ferramentas para a participação social.
Como forma de enriquecer os conhecimentos dos estudantes, sugere-se a prática de mais atividades,
as quais se encontram em “Atividades”.

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RECURSOS:
Exemplos de expressões típicas das culturas juvenis (vídeos, músicas, imagens, dentre outros).
Materiais para a atividade de criação (papel, lápis, tintas, instrumentos musicais, tecidos, dentre
outros).
Recursos para a atividade de engajamento (materiais de arte, acesso a computadores, equipamento de
gravação, entre outros).
Computador com acesso à internet e projetor multimídia.
Materiais de escrita para os estudantes tomarem notas durante as discussões e análises.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Professor(a), este momento é muito importante, avalie a participação dos estudantes nas discussões
em grupo e nas apresentações, observando sua capacidade de analisar manifestações artísticas e
culturais e de se posicionar em relação a elas. Avalie também a escrita e as justificativas apresentadas
pelos estudantes no texto entregue na aula 04.

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ATIVIDADES
1 − Entrevista com um jovem artista: Os estudantes devem buscar um jovem artista local que esteja
envolvido em alguma expressão artística da cultura juvenil, como música, dança, teatro, entre outros.
Eles devem preparar uma lista de perguntas e realizar uma entrevista com o artista, explorando sua
trajetória, inspirações, desafios e visão sobre a cultura juvenil. Podem registrar a entrevista em áudio,
vídeo ou por escrito.

2 − Análise de filmes ou documentários: Peça aos estudantes que assistam a um filme ou


documentário que aborde alguma expressão artística ou cultural da juventude. Eles devem realizar
uma análise crítica do filme, explorando como o tema é retratado, os personagens envolvidos, as
mensagens transmitidas e o impacto na cultura juvenil. Podem escrever uma resenha ou fazer uma
apresentação sobre o filme.

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REFERÊNCIAS
ABE. Stephanie Kim. 6 obras literárias para trabalhar com adolescentes e jovens. CENPEC, [S. l.],
2021. Disponível em: https://www.cenpec.org.br/noticias/6-obras-literarias-para-trabalhar-com-
adolescentes-e-jovens. Acesso em: 20 jun. 2023.
BEZERRA, Larissa Layane; SANTOS, Ronaldo Bispo. Um Estudo Sobre Vlogs e Sua Influência na
Cultura Participativa. XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste. João Pessoa,
15 a 17 de maio de 2014. Disponível em:
http://www.portalintercom.org.br/anais/nordeste2014/resumos/R42-0226-1.pdf. Acesso em: 24 de jun.
2023.
CRIAR um blog grátis. Wix.com. [S.l.], 2006-2020. Disponível em:
https://pt.wix.com/criarsitegratis/pt990_blog?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=
1942 2401933^143500281286&experiment_id=criar%20blog^b^643231681169^&gclid=Cj0KCQjwtO-
kBhDIARIsAL6LordJq1_Ho4psHoMuj87xYX-ZChYpZgUeZsW_gK6p6n9ZbaCMlNX-CnkaApkBEALw_wcB .
Acesso em: 20 jun. 2023.
DORNELLES, Juliano Paz. O fenômeno Vlog no Youtube: análise de conteúdo de vloggers
brasileiros de sucesso. Dissertação de Mestrado em Comunicação. Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 15 de nov. de 2014. Disponível em:
http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/4599/1/464433.pdf. Acesso em: 24 de jun. 2023.
FONSECA, Fernanda Costa Baccaro. Plano de aula: Produção de vlogs. Nova Escola, [S.l.], 2023.
Disponível em: https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/lingua-
portuguesa/producao-de-vlogs/4164#:~:text=Fechamento-
,Por%20%C3%A1udio%20ou%20mensagem%20de%20texto%2C%20pe%C3%A7a%20que%20os%
20alunos,todos%20%C3%A0%20conta%20do%20canal. Acesso em: 23 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 jun.
2023.
OLIVEIRA, Felipe. 8 dicas sobre como fazer um podcast escolar. TMJuntos, [S. l.], 2023. Disponível
em: https://tmjuntos.com.br/comunicacao/8-dicas-sobre-como-fazer-um-podcast-escolar/. Acesso em:
23 jun. 2023.
PATEL, Neil. Vlogger: Como Criar o Seu Vlog de Sucesso. NEILPATEL. [S. l.], 2023. Disponível em
https://neilpatel.com/br/blog/vlogger-de-sucesso/. Acesso em: 23 jun. 2023.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 7: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as


dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir
sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da
ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Produção e análise de textos (EM13LP16) Produzir e analisar textos orais, considerando sua
orais. adequação aos contextos de produção, à forma composicional e ao
Estrutura composicional e estilo do gênero em questão, à clareza, à progressão temática e à
estilo de textos orais. variedade linguística empregada, como também aos elementos
relacionados à fala (modulação de voz, entonação, ritmo, altura e
intensidade, respiração etc.) e à cinestesia (postura corporal,
movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de
olho com plateia etc.).

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A arte da oratória e a persuasão verbal.
DURAÇÃO: 03 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), inicie a aula discutindo com os estudantes a importância da oratória e da habilidade de se
expressar verbalmente. Encoraje-os a compartilhar suas próprias experiências de falar em público ou
de ouvir outros discursando. Pergunte a eles sobre o que eles acham que torna um discurso ou
apresentação oral eficaz. Faça uma breve introdução à estrutura e estilo dos textos orais e como eles
diferem dos textos escritos.

A) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01
Professor(a), nesta aula, vamos abordar a estrutura composicional de textos orais, utilizando exemplos
de discursos famosos, TED Talks e monólogos de peças teatrais para ilustrar essa estrutura. Vamos
discutir como a introdução, o desenvolvimento e a conclusão funcionam em um texto oral, enfatizando
a importância de cada uma dessas partes na construção do discurso. Além disso, vamos explorar a
questão do estilo no discurso oral, destacando como a escolha de palavras, o ritmo, a entonação e a
pausa podem impactar o efeito do discurso. Vamos analisar exemplos de discursos que utilizam
diferentes estilos para transmitir sua mensagem de forma eficaz e envolvente.

Aula 02
Nesta aula partiremos para a prática de produção de textos orais. Dividiremos os estudantes em
grupos e os orientaremos a preparar uma apresentação oral sobre um tópico de sua escolha. Durante
essa atividade, eles deverão considerar a estrutura do discurso, garantindo uma introdução cativante,
um desenvolvimento claro e uma conclusão impactante. Além disso, deverão explorar o estilo
adequado ao tema escolhido, utilizando recursos linguísticos, ritmo e entonação adequados para
transmitir sua mensagem de forma efetiva. Essa atividade irá estimular a criatividade, a expressão oral
e a habilidade de organizar informações de forma clara e coerente. Encoraje os estudantes a
praticarem suas habilidades de comunicação oral, fornecendo feedback construtivo e estabelecendo
um ambiente de apoio mútuo.

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Aula 03
Professor(a), nesta aula, iremos retomar com os estudantes como será a apresentação, destacando os
pontos principais a serem avaliados. Os grupos terão a oportunidade de apresentar suas falas para a
classe. Cada grupo terá um tempo designado para fazer sua apresentação oral sobre o tópico
escolhido. Após cada apresentação, conduza uma discussão em sala de aula, na qual aborde o que
funcionou bem em cada discurso e o que poderia ser aprimorado. Encoraje os estudantes a
expressarem suas opiniões e fornecer feedback construtivo para ajudar seus colegas a melhorarem
suas habilidades de comunicação oral. Durante a discussão, enfatize a importância da adequação do
discurso ao contexto, da clareza na transmissão da mensagem, da progressão temática coerente, da
variedade linguística empregada e dos elementos relacionados à fala (modulação de voz, entonação,
ritmo, altura e intensidade) e à cinestesia (postura corporal, movimentos e gestualidade significativa,
expressão facial, contato visual com a plateia). Essa atividade permitirá que os estudantes
desenvolvam habilidades de análise crítica e de autoavaliação, ao refletirem sobre seu próprio
desempenho e o dos colegas. Além disso, proporcionará um ambiente colaborativo de aprendizagem,
no qual os estudantes poderão trocar experiências e aprender uns com os outros.
Como extraclasse, sugere-se a prática que se encontra em “Atividades”.

RECURSOS:
Vídeos de discursos famosos ou TED Talks.
Equipamento de gravação de áudio/vídeo para gravar as apresentações dos estudantes.
Computadores ou tablets para pesquisa e preparação das apresentações.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Professor(a), avalie a participação dos estudantes na discussão inicial, durante a realização de
exemplos que foram propostos pelo professor e pelos colegas e também durante a discussão final e,
assim verifique se o processo de ensino-aprendizagem foi concluído de maneira satisfatória de forma
que possam apresentar a atividade em grupo na próxima aula. A avaliação será baseada tanto na
produção de textos orais quanto na análise. Os estudantes serão avaliados em sua capacidade de
estruturar e apresentar um discurso oral, bem como em sua habilidade de analisar e dar feedback
construtivo sobre as apresentações de seus colegas.

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ATIVIDADES
1 − Escolha um discurso, um TED Talk ou um monólogo de uma peça teatral de sua preferência e
analise a estrutura composicional, o estilo utilizado e os elementos relacionados à fala e à cinestesia
presentes nesse texto oral. Registre suas análises em forma de resumo ou fichamento.
Na próxima aula, compartilhe suas análises em sala de aula.

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REFERÊNCIAS
ELICKER, Ana Teresinha. Textos digitais multimodais de forma colaborativa entre os alunos. Base
Nacional Comum Curricular, [S. l.], [s. d]. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/ensino-
fundamental-anos-finais/155-textos-digitais-multimodais-de-forma-colaborativa-entre-os-alunos.
Acesso em: 15 jun. 2023.
O QUE são textos multimodais. [S. l.: s. n], 16 mar. 2020. 1 vídeo (05min42). Publicado pelo canal
Caminhos da Linguagem. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6p-Y9sFH1dI. Acesso
em: 15 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.],
2022. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%
C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 jun.
2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 jun.
2023.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 7: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as


dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir
sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da
ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Produção de sentido em (EM13LP17) Elaborar roteiros para a produção de vídeos variados (vlog,
contexto de circulação de videoclipe, videominuto, documentário etc.), apresentações teatrais,
produções audiovisuais. narrativas multimídia e transmídia, podcasts, playlists comentadas etc.,
para ampliar as possibilidades de produção de sentidos e engajar-se em
práticas autorais e coletivas.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Análise crítica das produções audiovisuais e sua influência na construção de
sentido.
DURAÇÃO: 04 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), abra a discussão inicial com os estudantes sobre o que são produções audiovisuais e
pergunte aos estudantes quais os tipos eles conhecem, por exemplo vlogs, videoclipes, documentários,
dentre outros. Faça a introdução ao tema: explicação de como a produção de sentido em contextos de
produções audiovisuais pode ser realizada através de diferentes formatos e ferramentas.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01
Professor(a), nesta aula, vamos abordar o tema "Produção de sentido em contexto de circulação de
produções audiovisuais" de forma dinâmica e participativa. Primeiramente, apresentaremos os
formatos de produções audiovisuais, como filmes, documentários, vlogs, comerciais, videoclipes, entre
outros. Destaque as características principais de cada um, como linguagem, estética, narrativa,
público-alvo e propósito comunicativo. Incentive os estudantes a refletirem sobre como esses formatos
influenciam a construção de sentido. Em seguida, apresente aos estudantes a estrutura básica de um
roteiro e faça uma exposição sobre a estrutura básica de um roteiro audiovisual, explicando sua
importância na produção de sentido. Aborde os elementos essenciais, como a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão, bem como a importância da progressão temática e da criação de
suspense ou impacto emocional.

AULA 02
Professor(a), comece a aula com um uma atividade de brainstorming, em que cada estudante terá a
oportunidade de compartilhar exemplos de produções audiovisuais que consideram interessantes e
significativas. Após essa introdução, é importante explicar aos estudantes a importância da produção
de sentido em contextos audiovisuais. Destaque como os diferentes formatos e ferramentas utilizados
nas produções audiovisuais contribuem para a transmissão de ideias, emoções e mensagens de forma
impactante. Comente sobre a linguagem visual, a edição, os ângulos de câmera, a escolha das cores, o
ritmo das imagens, a trilha sonora e outros elementos que podem influenciar a interpretação e a
recepção das produções.

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Na sequência, proponha a análise de curta-metragem. Peça aos estudantes para se dividirem em
grupos e atribua a cada um deles um curta-metragem para assistir e analisar. Os estudantes devem
discutir e interpretar o significado do curta, considerando o contexto em que ele foi produzido e
circulado. Cada grupo pode então compartilhar suas interpretações com a turma. Se preferir, você
pode escolher a análise de mídias sociais. Peça aos estudantes para analisarem como os vídeos são
usados para comunicar ideias em plataformas de mídia social, como o TikTok ou o YouTube. Eles
podem examinar as técnicas usadas, como a edição, o uso de música e a linguagem corporal, e discutir
como essas técnicas contribuem para a produção de sentido.

AULA 03
Retome a atividade da aula anterior, discutindo como essa abordagem reflexiva permitiu aos
estudantes compreenderem de forma mais aprofundada os processos de produção e análise de textos
orais em contextos audiovisuais.
Na sequência, proponha uma atividade em grupo na qual os estudantes deverão criar roteiros para
diferentes tipos de produções audiovisuais, como vlog, documentário, curta-metragem, entre outros.
Cada grupo deverá criar um roteiro para sua produção. Oriente-os a considerar como a produção de
sentido pode ser realizada em cada formato específico. Incentive-os a serem criativos e a pensarem no
público-alvo e no propósito da produção. Reserve esta aula para esse momento de elaboração do
roteiro.

AULA 04
Professor(a), esta aula será dedicada para que os grupos façam as apresentações. Cada grupo terá a
oportunidade de apresentar seu roteiro para a turma. Eles devem explicar como o roteiro contribui
para a produção de sentido no contexto escolhido, destacando elementos como diálogos, cenas, trilha
sonora e recursos visuais. Os demais estudantes poderão fazer perguntas e fornecer feedback
construtivo.
Como atividade extraclasse, os estudantes serão incentivados a produzir um vídeo (ou outro formato
de produção audiovisual escolhido) com base no roteiro que criaram em grupo. Eles devem trazer o
vídeo para a próxima aula, em que será realizada uma análise coletiva das produções. Nessa análise,
os estudantes poderão compartilhar suas experiências, discutir as escolhas feitas e refletir sobre como
a produção audiovisual influencia a construção de sentido.
Como parte do estudo sobre textos multimodais e interatividade, os estudantes podem explorar o
conceito de multimodalidade como sistemas ou recursos que as pessoas mobilizam na construção de
sentidos nas práticas sociais que envolvem tecnologias digitais. Para isso, propõe-se, como tarefa
extraclasse, a prática que consta em “Atividades”, sendo necessário, reservar também uma aula para a
apresentação dos estudantes.

RECURSOS:
Exemplos de produções audiovisuais em diferentes formatos, tais como vlog, videoclipe, videominuto,
documentário, dentre outros.
Material para elaboração de roteiros (papel, canetas e outros).
Equipamento de gravação de áudio/vídeo para gravar as apresentações dos estudantes.
Computadores ou tablets para pesquisa e preparação das apresentações.
Computador com acesso à internet e projetor multimídia.

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PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Professor(a), avalie a participação na discussão inicial e na criação do roteiro, faça também uma
avaliação dos roteiros produzidos pelos estudantes, considerando a adequação ao formato escolhido e
a eficácia na produção de sentido e, finalmente, avalie as apresentações dos roteiros, considerando a
clareza na explicação dos grupos.

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ATIVIDADES
1 − Escolha uma prática social que envolva o uso de tecnologias digitais, como redes sociais,
aplicativos de mensagens, plataformas de streaming, jogos eletrônicos, entre outros. Essa prática
social pode ser aquela que você mais utiliza ou que desperta seu interesse.

2 − Pesquise sobre essa prática social e identifique os diferentes modos de linguagem e elementos
multimodais presentes nela, como imagens, palavras, sons, gestos e outros recursos utilizados para
construir sentidos.

3 − Faça uma análise desses elementos multimodais e reflita sobre como eles contribuem para a
interatividade, a comunicação e a construção de significados nessa prática social específica. Pense em
como esses recursos influenciam as experiências dos usuários e a forma como eles se relacionam com
o conteúdo.

4 − Produza um texto reflexivo em que você discuta a importância da multimodalidade nessa prática
social, destacando como os diferentes modos de linguagem e elementos multimodais se
complementam e se inter-relacionam para criar uma experiência significativa.

5 − Se possível, compartilhe suas reflexões e conclusões com a turma em um momento de discussão


coletiva na próxima aula. Assim, todos poderão compartilhar suas descobertas e ampliar o
entendimento sobre a multimodalidade nas práticas sociais com tecnologias digitais.

14
REFERÊNCIAS
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2023. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 10 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023. Disponível em:
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1AEsHupDf7Xq2fSTDK_A2rXTDnWPwssQ6/view. Acesso
em: 10 abr. 2023.

15
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 7: Textos multimodais e interatividade - Compreender e explorar o conceito


de multimodalidade como sistemas ou recursos que as pessoas mobilizam na construção de sentidos
(imagem, palavra, som, gestos etc.) nas práticas sociais que envolvem tecnologias digitais.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Elaboração, produção e (EM13LP19) Apresentar-se por meio de textos multimodais diversos
apresentação de perfis (perfis variados, gifs biográficos, biodata, currículo web, videocurrículo
para diferentes contextos etc.) e de ferramentas digitais (ferramenta de gif, wiki, site etc.), para
e interesses. falar de si mesmo de formas variadas, considerando diferentes situações
e objetivos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Apresentação multimodal e digital da identidade pessoal.
DURAÇÃO: 03 Aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), inicie a aula com uma discussão sobre o que é um perfil e como pode ser usado em
diferentes contextos e para diferentes interesses. Explique aos estudantes os diferentes tipos de perfis
(perfis variados, gifs biográficos, biodata, currículo web, videocurrículo, dentre outros.) é importante
apresentar e analisar os exemplos.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01
Professor(a), primeiramente, divida a classe em grupos para que eles possam discutir sobre as
diferentes formas de se apresentar em um perfil, dependendo do contexto e do objetivo. Em seguida,
proponha uma atividade prática: cada estudante deverá escolher um tipo de perfil e criar um para si
mesmo, considerando uma situação e um objetivo específicos. Convide alguns estudantes a
apresentarem os perfis, solicitando que expliquem as escolhas que fizeram ao criá-lo. Como atividade
de casa, os estudantes serão incentivados a criar um tipo diferente de perfil para uma situação e um
objetivo diferentes. Eles deverão trazer o novo perfil para a próxima aula para discussão e análise
coletiva.
Você pode sugerir os sites abaixo para auxiliá-los nessa atividade, tais como:
→ Canva: O Canva é uma plataforma online que oferece templates e ferramentas para criar perfis
visualmente atraentes. Os estudantes podem personalizar layouts, adicionar imagens, texto e
outros elementos para criar perfis profissionais e criativos. (O site do Canva é:
https://www.canva.com/).
→ About.me: O About.me é uma plataforma que permite aos estudantes criarem perfis
personalizados, destacando suas habilidades, interesses e informações de contato de forma
elegante e simplificada. Os perfis criados no About.me podem ser facilmente compartilhados e
vinculados a outras plataformas. (O site do About.me é: https://about.me/).
→ LinkedIn: O LinkedIn é uma rede social profissional amplamente utilizada para conectar
profissionais e apresentar experiências e habilidades. Os estudantes podem criar perfis no
LinkedIn para destacar suas realizações acadêmicas, experiências de trabalho e interesses. (O
site do LinkedIn é: https://www.linkedin.com/ ).

16
→ Behance: O Behance é uma plataforma voltada para a exposição e descoberta de trabalhos
criativos. Os estudantes podem criar perfis no Behance para compartilhar projetos, portfólios e
currículos relacionados a áreas como design, arte e multimídia. (O site do Behance é:
https://www.behance.net/).
→ Adobe Spark: O Adobe Spark oferece ferramentas para criar perfis personalizados com
facilidade. Os estudantes podem usar o Spark Page para criar páginas interativas com imagens,
texto e vídeos, resultando em perfis visuais e atraentes. (O site do Adobe Spark é:
https://spark.adobe.com/).

Essas são apenas algumas opções, e os estudantes podem explorar outras plataformas e ferramentas
que sejam adequadas aos seus interesses e objetivos. É importante incentivar a criatividade e a
exploração para que os estudantes possam desenvolver perfis únicos e impactantes.

AULA 02
Professor(a), comece a aula retomando a discussão da aula anterior. Iniciaremos com uma discussão
sobre a importância da apresentação pessoal em diferentes contextos, como acadêmico, profissional,
social e virtual e também será discutido sobre a importância de conhecer e explorar os diferentes
formatos multimodais disponíveis e as ferramentas digitais que podem ser utilizadas para criar uma
apresentação pessoal impactante e eficaz.
Na sequência, convide os estudantes para apresentarem o perfil criado como atividade extraclasse.
Espera-se que, ao final deste tema de estudo, os estudantes tenham adquirido habilidades na
produção de textos multimodais diversos e na utilização de ferramentas digitais para apresentação
pessoal. Eles serão capazes de falar de si mesmos de formas variadas, considerando diferentes
situações e objetivos, utilizando recursos multimodais e ferramentas digitais de maneira eficaz.

Aula 03
Professor(a), no início da aula, convide os estudantes para se posicionarem em relação à atividade
anterior e como eles se sentiram em realizá-la.
Em seguida, apresente a eles a próxima atividade: a criação de perfis de redes sociais. Para isso, divida
a sala em grupos de 3 ou 4 estudantes. Peça a eles que criem perfis para diferentes plataformas de
mídia social, tais como Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Linkedin, TikTok, dentre outros,
considerando o público-alvo e o propósito de cada plataforma. Eles devem pensar sobre como adaptar
sua apresentação pessoal a cada contexto.
Como parte do estudo sobre ”Apresentação multimodal e digital da identidade pessoal”, propõe-se,
como tarefa extraclasse, a prática que consta em “Atividades”, se necessário, reserve também uma
aula para a apresentação dos estudantes.

RECURSOS:
Computadores ou tablets para a análise e criação de perfis;
Ferramentas digitais apropriadas para a criação dos perfis (ferramenta de gif, wiki, site e outros.);
Computador com acesso à internet e projetor multimídia.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avalie a participação da discussão inicial e da criação do perfil. Faça a avaliação dos perfis criados
pelos estudantes, considerando a adequação ao tipo de perfil escolhido, à situação e ao objetivo e, por
fim, avalie as apresentações dos perfis, considerando a clareza na explicação das escolhas feitas na
criação do perfil.

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ATIVIDADES
Passo 1- Reflexão e Planejamento
− Reflita sobre a sua identidade
− Faça um brainstorming de elementos multimodais que poderiam representar a sua identidade,
como imagens, vídeos, músicas, trechos de textos, símbolos, entre outros.
− Planeje a estrutura da sua apresentação, pensando em como organizar e conectar os
elementos de forma coerente e significativa.

Passo 2: Criação da Apresentação


− Escolha uma plataforma ou ferramenta digital adequada para criar a sua apresentação
multimodal, como um vídeo, um site, uma apresentação de slides, um podcast, um infográfico,
entre outros. Utilize recursos tecnológicos disponíveis, como editores de vídeo, programas de
design gráfico, gravadores de áudio, entre outros.
− Organize os elementos multimodais que você selecionou anteriormente, considerando a
harmonia visual e a fluidez narrativa.

− Crie uma narrativa pessoal, utilizando recursos visuais, sonoros e textuais para transmitir a sua
identidade de forma impactante e autêntica.

− pessoal, considerando seus interesses, valores, talentos, aspirações e experiências


significativas.

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REFERÊNCIAS
ANDERSEN, Elenice Larroza. Multimídia digital na escola. São Paulo: Paulinas, 2013.
ELICKER, Ana Teresinha. Textos digitais multimodais de forma colaborativa entre os alunos.
Linguagens. [S. l.], 2015. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/ensino-
fundamental-anos-finais/155-textos-digitais-multimodais-de-forma-colaborativa-entre-os-alunos Acesso
em: 15 jun. 2023.
MEIRA, Viviane Dysarz de. Metodologias ativas para o ensino de língua portuguesa: relato de
experiência. [S. l.], 2016. Artigo (Graduação em Letras) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
Paraná, 2016. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_artig
o_port_utfpr_vivianedysarzdemeira.pdf. Acesso em: 22 jun. 2023
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.],
2022. Disponível em:
https:https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%
C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 jun.
2023.
SOARES, Magda Becker. Novas práticas de leitura e escrita - letramento na cibercultura. Revista
Educação e Sociedade, Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-160, dez. 2002. Disponível em:
http://www.cedes.unicamp.br Acesso em: 15 jun. 2023.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 1: Elementos das linguagens - Analisar o funcionamento das linguagens,


para interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas semioses (visuais, verbais,
sonoras e gestuais).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

O uso dos pronomes (EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na
pessoais na construção produção como na leitura/escuta, considerando a construção
textual. composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo
adequadamente elementos e recursos coesivos diversos que contribuam
para a coerência, a continuidade do texto e sua progressão temática, e
organizando informações, tendo em vista as condições de produção e as
relações lógico discursivas envolvidas (causa/efeito ou consequência;
tese/argumentos; problema/solução; definição/exemplos etc.).

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Construção composicional e estilo na produção e leitura de textos: o papel dos
recursos coesivos na coerência e progressão temática.
DURAÇÃO: 03 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Os recursos coesivos desempenham um papel fundamental na criação de coerência e progressão
temática em gêneros textuais. Eles ajudam a conectar as partes do texto, tornando-o mais
compreensível para o leitor. Alguns pronomes como ele, ela e eles, substituem substantivos
previamente mencionados evitando assim a repetição excessiva.
Ao utilizar esses recursos de maneira eficaz, o autor pode garantir que seu texto seja coeso, ou seja,
que as partes se conectem de forma lógica, e que haja uma progressão temática clara, facilitando a
compreensão e a fluidez da leitura. Os planejamentos seguintes, visam motivar os estudantes a
progredirem nas habilidades de ler e escrever com entendimento.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Professor(a), inicie a aula perguntando aos estudantes o que eles sabem sobre pronomes pessoais.
Estimule-os a fornecer exemplos de frases que incluem pronomes pessoais. Em seguida, você pode
permitir que os estudantes compartilhem seus conhecimentos e exemplos. Isso pode estimulá-los a
participar ativamente da aula e fornecer uma base para a explicação que virá em seguida. Dessa
forma, você apresenta o tema da aula e estabelece a importância dos pronomes pessoais na
construção do texto, preparando o terreno para a exploração mais aprofundada do assunto. Apresente
o tema da aula e retome, reforçando a importância dos pronomes como elementos de coesão textual.
Professor(a), apresente exemplos de gêneros diversos que façam uso dos pronomes pessoais de
diferentes maneiras e discuta como eles contribuem para a coerência e continuidade do texto. Explique
como o uso adequado de pronomes pessoais pode ajudar a estabelecer relações lógico discursivas
envolvidas na construção textual. Peça aos estudantes que formem grupos pequenos e entregue a
cada grupo um parágrafo de um texto. Peça-lhes que identifiquem os pronomes pessoais e discutam
como eles contribuem para a construção do texto. Faça uma discussão em classe sobre as descobertas
dos grupos.

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AULA 2
Professor(a), convide os estudantes a explanarem o que fora feito na última aula e, em seguida, peça
para um ou dois estudantes apresentarem para a turma o parágrafo feito como dever de casa. Sugere-
se tirar uma foto da atividade e apresentá-la no projetor multimídia. Aproveite para avaliar a
capacidade dos estudantes de usar corretamente os pronomes pessoais e de explicar como eles
contribuem para a coerência do texto.
Professor(a), apresente os pronomes pessoais em português e explique suas funções e usos, ou seja,
as relações lógico-discursivas. Em seguida, apresente aos estudantes a variação da linguagem formal e
informal em relação ao uso dos pronomes pessoais.

AULA 3
Professor(a), inicie a aula com uma breve revisão sobre o que são pronomes. Apresente (projetor
multimídia) uma tira de quadrinhos (previamente selecionada por você) e peça aos estudantes que
identifiquem os pronomes pessoais na tira de quadrinhos, observando o uso adequado do pronome
pessoal.
Primeiramente, divida a classe em grupos de 3 a 4 estudantes. Explique aos estudantes que eles
realizarão uma atividade de apresentação usando pronomes pessoais. Distribua cartões com os
pronomes pessoais para cada grupo e peça aos estudantes que escrevam uma breve apresentação
usando os pronomes pessoais do cartão que receberam. Por exemplo: "Eu sou [nome]. Tu és [nome].
Ele/Ela é [nome]. Nós somos [nomes]. Vós sois [nomes]. Eles/Elas são [nomes]." Cada grupo deverá
criar uma história fictícia ou uma descrição de um grupo de pessoas com base nas apresentações feitas
com os pronomes pessoais. Eles podem ser criativos e usar a imaginação. Os grupos devem escrever a
história ou a descrição em um papel. Após concluírem a escrita, cada grupo deverá compartilhar sua
história ou descrição com a classe, usando os pronomes pessoais adequados. Incentive os outros
grupos a ouvirem ativamente e identificarem os pronomes pessoais utilizados nas histórias ou
descrições compartilhadas. Depois que todos os grupos tiverem se apresentado, promova uma
discussão em sala de aula sobre a importância dos pronomes pessoais na construção textual,
destacando como eles ajudam a evitar a repetição de nomes e tornam a comunicação mais fluente.

RECURSOS:
Projetor multimídia.
Cartões com pronomes pessoais escritos (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas, me/mim, te/ti...), papel,
canetas.
Quadro ou lousa para registrar os pronomes pessoais e anotar pontos importantes durante a discussão
em sala de aula

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Professor(a), avalie participação ativa dos estudantes durante a atividade em grupo e na apresentação
para a classe.
Avalie a criatividade e originalidade na criação da história ou descrição utilizando os pronomes
pessoais, além da capacidade dos estudantes em construir uma narrativa coesa e coerente. Avaliar a
capacidade de compreensão e interpretação dos pronomes pessoais nas histórias e descrições
compartilhadas pelos outros grupos. Observar se os estudantes foram capazes de identificar e
entender o uso dos pronomes pessoais nas narrativas dos colegas. Avaliar a participação na discussão
em sala de aula sobre a importância dos pronomes pessoais na construção textual. E por fim, avaliar a
contribuição dos estudantes para a discussão, suas reflexões e a capacidade de fazer conexões entre a
atividade e a importância dos pronomes pessoais na comunicação escrita.

21
ATIVIDADES
1 − Leia estes versos do poema “História pátria”, de Ascenso Ferreira para responder às questões
propostas:
O Rei, entretanto, não era da terra!
E gente pra Europa mandou-se estudar...
Gentinha idiota que trouxe a mania
De nos transformar
Da noite pro dia ... A gente que tão
Negramente...
Caboclamente...
Portuguesamente...
Vivia.
a) Qual a diferença de sentido e de classe gramatical entre “gente” (verso 2) e “a gente” (verso
6)?
b) No contexto do poema, com que intenção o poeta emprega a palavra “gente” no diminutivo
(verso 3)? Identifique duas palavras do texto que justifiquem sua resposta. 2. Com base nos
estudos gramaticais, responda ao que se pede.
c) Se o pronome oblíquo “nos” (verso 4) fosse eliminado, a expressão “a gente” passaria a ter
sentido ambíguo, ou seja, sentido duplo. Explique por quê.
d) Se a expressão “a gente” fosse substituída pelo pronome “nós”, que outra palavra do texto
precisaria ser alterada? Por quê?

2 − Suponha que uma pessoa diga a outra o seguinte:


“Fernanda, você está sendo injusta com o André! Lembre-se de que, em nossa última reunião, ele
ficou indignado quando seu irmão lhe disse que não estava nem um pouco preocupado com as dívidas
da loja.”
Se o falante se dirigisse a Fernanda tratando-a na 2ª pessoa do singular, como ficariam os pronomes?

3 − Reescreva os enunciados a seguir, introduzindo a alteração indicada e modificando, se necessário,


outros elementos textuais, a fim de manter a adequação à variedade padrão da língua.

a) O policial rodoviário sinalizou para o motorista parar no acostamento.


Troque "o motorista" pelo pronome de 1° pessoa do singular
b) Espero que até sábado eles tragam o carro para eu consertar.
Elimine o verbo "consertar"
c) O marinheiro está dizendo que é para meu tio pilotar a lancha.
Suponha que o marinheiro queira que você seja o piloto.
d) Para o marinheiro, pilotar a lancha é muito fácil.
Suponha que você seja o piloto.

4 − Nos enunciados a seguir ocorrem empregos de formas pronominais característicos da variedade


popular do idioma. Reescreva esses enunciados adequando-os à variedade padrão.

a) A Carol disse para mim ficar estudando em casa de manhã e ir encontrar ela no colégio só
depois do almoço
b) Puxa! Rafael! Estou muito decepcionada consigo; você não tem razão de acusar eu de ser o
responsável pelo problema que tanto te aflige.
22
c) Nós temos que se conscientizar de que os problemas ambientais estão aumentando e
precisamos resolver eles com inteligência.
d) Todos os atritos que aconteceram entre você e eu já fazem parte do passado. A partir de
agora, espero que meu relacionamento profissional contigo seja baseado na lealdade e na
colaboração.

5 − O trecho a seguir foi extraído de um artigo “Justiça às formigas”, publicado em uma revista.
Algumas árvores, como a do pequi, típica do Cerrado, atraem as formigas por conta do néctar das
flores. Ali eles exercem o papel de defensores, ao atacar outros insetos nada benéficos, como as
lagartas.
Globo Rural, n 288, out. 2009, p. 16.

Considerando o sentido geral do trecho, é correto afirmar, relativamente ao elemento textual


destacado, que:

a) O pronome estabelece uma relação de coesão por catáfora, uma vez que tem como referente
um nome posterior: “defensores”
b) Estabelece uma relação de coesão catafórica, pois tem como referente um nome posterior:
“insetos”.
c) Deveria ser empregado na forma “elas”, já que se refere ao nome anterior “flores”,
estabelecendo com essa palavra uma relação de coesão por anáfora.
d) Funciona como um anafórico, pois se refere ao termo anterior “formigas” e, no caso, pode ser
empregado no masculino, pois “formigas” é hipônimo da palavra masculina “insetos”.
e) Na redação do texto, houve um pequeno descuido, pois o pronome estabelece coesão anafórica
com “formigas”, o que exigiria a forma feminina “elas”.

6 − Leia este trecho do livro “A língua de Eulália”, de Marcos Bagno.


Vera, Sílvia e Emília saíram para passear pela chácara com Irene.
— A senhora tem um jardim deslumbrante, dona Irene!— comenta Sílvia, maravilhada diante dos
canteiros de rosas e hortênsias.
— Para começar, deixe o "senhora" de lado e esquema o "dona" também — diz Irene, sorrindo. —
Já é um custo aguentar a Vera me chamando de "tia" o tempo todo. Meu nome é Irene.
Todas sorriem. Irene prossegue:
— Agradeço os elogios para o jardim, só que você vai ter de fazê-los para a Eulália, que é quem
cuida das flores. Eu sou um fracasso na jardinagem.
BAGNO, M. A língua de Eulália: Novela Sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2003 (adaptado).

Na língua portuguesa, a escolha por "você" ou "senhor (a)" denota o grau de liberdade ou de respeito
que deve haver entre os interlocutores. No diálogo apresentado acima, observa-se o emprego dessas
formas. A personagem Sílvia emprega a forma "senhora" ao se referir a Irene. Na situação
apresentada no texto, o emprego de "senhora" ao se referir interlocutora ocorre porque Sílvia

a) Pensa que Irene é a jardineira da casa.


b) Considera que Irene é uma pessoa mais velha, com a qual não tem intimidade.
c) Acredita que Irene gosta de todos que a visitam.
d) Observa que Irene e Eulália são pessoas que vivem em área rural.
e) Deseja expressar por meio de sua fala o fato de sua família conhecer Irene.

As atividades foram extraídas do livro Praticar e Aprender Gramática, de Mauro Ferreira.FERREIRA, Mauro. Praticar e Aprender Gramática.
FTD, São Paulo, 2012.
23
REFERÊNCIAS
BAGNO, M. A língua de Eulália: Novela Sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2003.
FERREIRA, Mauro. Praticar e Aprender Gramática. São Paulo: FTD, 2012.
GLOBO RURAL. FTD. São Paulo, v. 288, out. 2009, p. 16. Apud FERREIRA, Mauro. Aprender e
Praticar Gramática. São Paulo: FTD, 2018.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.],
2022. Disponível em:
https:https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%
C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 jun.
2023

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 1: Elementos das linguagens - Analisar o funcionamento das linguagens, para
interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas semioses (visuais, verbais,
sonoras e gestuais).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Produção de textos. (EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na


leitura/escuta, com suas condições de produção e seu contexto sócio-
Produção Oral.
histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de
vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso
etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos e
de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Produção de Textos e Produção Oral: Relação com o Contexto Sócio-histórico de
Circulação.
DURAÇÃO: 02 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), faz-se importante introduzir este planejamento apresentando aos estudantes a
importância do contexto sócio-histórico na produção e interpretação de textos. A proposta é sobre a
profunda interconexão entre a produção de textos, a produção oral e o contexto sócio-histórico em que
esses discursos circulam. É essencial que os estudantes compreendam que a língua, como sistema de
comunicação, está intrinsecamente ligada à sociedade, à história, à cultura e à vida de cada indivíduo
que a utiliza. A forma como nos expressamos, seja por meio da escrita ou da oralidade, é influenciada
pelo nosso contexto social e cultural. Quando criamos textos ou falamos, não estamos apenas
veiculando informações, mas também revelando nuances de nossa identidade, origem social, cultura e
história. Em resumo, ao ensinar língua aos estudantes, é crucial considerar o contexto sócio-histórico
de produção dos discursos. Isso permite um entendimento mais profundo do que está sendo dito, por
que está sendo dito e qual é a sua relevância. Abra a discussão sobre como o público previsto, os
objetivos, os pontos de vista, as perspectivas, o papel social do autor, a época e o gênero do discurso
podem influenciar a forma como um texto é compreendido.

C) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Professor(a), para ilustrar essa complexa relação, pode-se explorar o poema "Navio Negreiro" de
Castro Alves. Escrito no século XIX, esse poema é uma denúncia pungente do tráfico de escravos no
Atlântico. A linguagem, o estilo e o tom são profundamente marcados pelo contexto sócio-histórico da
época. O poema não apenas transmite uma mensagem, mas serve como um instrumento de protesto
contra a injustiça social e a exploração humana. Outra sugestão que pode ser usada em sala de aula é
o icônico discurso de Martin Luther King Jr., "Eu tenho um sonho", proferido durante a luta pelos
direitos civis nos Estados Unidos nos anos 1960, o discurso reflete um contexto histórico e social
específico. A escolha de palavras, a entonação, a estrutura do discurso - todos são marcadamente
influenciados pelo momento e pelo local em que foram apresentados. Levante a discussão em sala.
Imagine se esses textos fossem apresentados hoje, sem referência ao seu contexto histórico. Sua
mensagem seria a mesma? A resposta provável é não. Para interpretar adequadamente um texto ou
discurso, precisamos estar cientes do contexto em que foi produzido. Essa compreensão ajuda a

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apreciar o significado pretendido pelo autor e o impacto que o texto ou discurso teve em seu tempo.
Em seguida, proponha aos estudantes a análise de diversos textos, incluindo textos literários,
jornalísticos e discursos públicos, discutindo como cada um deles se relaciona com seu contexto de
produção e circulação.
Convide-os a uma atividade prática: os estudantes serão divididos em grupos e cada grupo receberá
um contexto sócio-histórico diferente. Eles deverão produzir um texto, de qualquer gênero, poesia,
conto, artigo de opinião, entre outros, e ou discurso que seja adequado a esse contexto. Por fim, peça
aos estudantes para apresentarem os textos/diálogos produzidos pelos grupos e levante uma discussão
de como o contexto influenciou a produção.
Como atividade de casa, os estudantes serão incentivados a escolher um novo contexto e produzir um
texto ou discurso adequado a ele, que será trazido para a próxima aula para discussão e análise. Na
aula, sugere-se a exploração mais aprofundada de como a produção textual e a oralidade refletem a
cultura, a história e a sociedade de uma época específica. Outra sugestão: os estudantes escolhem
um texto histórico (por exemplo, uma carta, um discurso, um artigo de jornal) e o reescrevem para se
adequar a um contexto moderno. Esta atividade pode ajudar os estudantes a entenderem a relação
entre o contexto sócio-histórico e a linguagem usada. Isso oferecerá uma compreensão mais clara da
língua como ferramenta de expressão e de poder. Através desta exploração, espera-se que os
estudantes aprimorem suas habilidades de leitura, escrita e expressão oral e ganhem uma maior
compreensão da língua em todas as suas facetas e dimensões.

AULA 2
Nesse momento, daremos continuidade ao estudo da última aula em que os estudantes terão a
oportunidade de apresentar as atividades realizadas anteriormente e explorar a relação entre o
contexto sócio-histórico e a linguagem utilizada. Eles compartilharão o texto ou discurso com a
turma, explicando o contexto escolhido e como a linguagem utilizada o reflete. Após as apresentações,
promova uma discussão em sala de aula sobre as diferentes abordagens e reflexões trazidas pelos
estudantes e explore como a linguagem e a expressão podem ser moldadas pelo contexto social e
histórico, influenciando a forma como nos comunicamos e expressamos nossas ideias. Além disso,
instigue a reflexão sobre como a compreensão do contexto sócio-histórico pode nos ajudar a
interpretar e analisar textos de diferentes épocas e culturas, bem como reconhecer as mudanças e
continuidades na forma como nos expressamos ao longo do tempo. Durante esse processo, incentive a
participação ativa de todos os estudantes, estimulando perguntas, reflexões e conexões com o tema
em discussão. É importante criar um ambiente de aprendizado colaborativo, em que cada estudante
possa contribuir com suas perspectivas e insights. Ao final da aula, espera-se que todos tenham
ampliado sua compreensão da relação entre o contexto sócio-histórico e a linguagem utilizada,
fortalecendo suas habilidades de análise, interpretação e produção textual. Como parte de
consolidação do estudo sobre Produção de Textos e Produção Oral: Relação com o Contexto Sócio-
histórico de Circulação, propõe-se, como tarefa extraclasse, a prática que consta em “Atividades” e
reserve uma aula para a apresentação voluntária dos estudantes.

RECURSOS:
Diversos textos para análise (artigos de jornal, trechos de romances, discursos políticos, entre outros).
Material de escrita para a produção dos textos/discursos.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliação da participação dos estudantes na discussão inicial e na atividade prática. Avaliação dos
textos/diálogos produzidos pelos grupos, considerando a adequação ao contexto fornecido e a
capacidade de incorporar os elementos discutidos na aula (público previsto, objetivos, pontos de vista
e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso, etc.).

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ATIVIDADES
Passo 1: Seleção de Gêneros Textuais
− Pesquise e selecione dois gêneros textuais diferentes, como um discurso político, uma crônica
jornalística, um poema de protesto, uma propaganda histórica, um trecho de um livro clássico,
entre outros.

Passo 2: Análise do Contexto Sócio-histórico


− Realize uma pesquisa sobre o contexto sócio-histórico em que cada gênero textual foi
produzido, considerando aspectos como o período histórico, o contexto político, social e
cultural.
− Identifique elementos do contexto que podem ter influenciado a produção do texto ou discurso,
como eventos históricos, movimentos sociais, questões políticas, mudanças culturais, entre
outros.

Passo 3: Produção de Textos ou Discursos


− Com base na análise do contexto sócio-histórico, produza um texto ou discurso relacionado ao
gênero textual escolhido, levando em consideração o contexto atual.
− A produção pode ser uma recriação do gênero textual original, com adaptações para o contexto
contemporâneo, ou uma criação original inspirada pelo gênero selecionado.

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REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Textualidade: noções básicas e implicações pedagógicas. 1ª edição. São Paulo:
Parábola Editorial, 2017.
ANTUNES, Irandé. Análise de Textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola, 2008.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.],
2022. Disponível em:
https:https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%
C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 jun.
2023.
RIBEIRO, Ana Elisa. Multimodalidade, textos e tecnologias - provocações para a sala de aula. São
Paulo: Parábola Editorial, 2021.
ROJO, Roxane. Apresentação. In: ROJO, Roxane (Org.). Escol@ conectada: os multiletramentos e as
TICS. São Paulo: Parábola, 2013.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 1: Elementos das linguagens - Analisar o funcionamento das linguagens, para
interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas semioses (visuais, verbais,
sonoras e gestuais).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Produção de textos. (EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar


textos escritos e multissemióticos, considerando sua adequação às
Uso adequado dos sinais de
condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a
pontuação e os efeitos de
ser assumido e à imagem que se pretende passar a respeito de si
sentido.
mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em que o texto ou
produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histórico
mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à
variedade linguística apropriada a esse contexto e ao uso do
conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação
adequada, mecanismos de concordância nominal e verbal, regência
verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A importância do uso adequado dos sinais de pontuação e seus efeitos de sentido
na produção de textos.
DURAÇÃO: 02 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), inicie o planejamento com uma breve revisão dos sinais de pontuação e seus usos
básicos. Em seguida, apresente exemplos de textos em que a pontuação é usada de maneiras criativas
ou inusitadas para criar efeitos de sentido. Tais como: "E então... Silêncio! As palavras se perderam no
vazio." Nesse exemplo, o uso de reticências e ponto de exclamação após a palavra "silêncio" cria uma
pausa dramática, transmitindo a ideia de que as palavras desapareceram abruptamente. "Não... Mais...
Suportando... Gritei!" Nesse exemplo, o uso de reticências entre as palavras e ponto de exclamação no
final transmite a ideia de uma fala fragmentada e cheia de emoção, enfatizando o momento em que a
pessoa não aguenta mais e grita. "A vida é uma eterna surpresa, com vírgulas que nos separam e
pontos finais que nos despedem." Nesse exemplo, o uso das vírgulas e dos pontos finais em um
contexto metafórico atribui características humanas à pontuação, transmitindo a ideia de que ela
desempenha um papel importante na nossa jornada de vida. "O riso é a pontuação da felicidade:
vírgulas de alegria, reticências de mistério e exclamações de entusiasmo!" Neste exemplo, a
comparação entre o riso e a pontuação atribui características emotivas à pontuação, ilustrando como
ela pode transmitir diferentes nuances de emoção.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Peça aos estudantes para compartilhar exemplos de como eles usaram diferentes sinais de pontuação
recentemente nos trabalhos deles. Para ilustrar, apresente uma frase simples escrita de três maneiras
diferentes, (cada frase deve apresentar uma pontuação), a fim de demonstrar como a pontuação
pode alterar o significado de uma frase. Tais como: "Vamos comer, crianças!" Nesse exemplo, o uso
da vírgula após "comer" indica uma pausa e separa a palavra "crianças" como um vocativo, sugerindo
um convite para as crianças se juntarem à refeição. "Vamos comer crianças!" Sem o uso da vírgula, a
frase pode ser interpretada como uma instrução para as pessoas comerem as crianças, o que cria um

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significado totalmente diferente e até perturbador. "Vamos comer crianças?" Nesse contexto, o uso do
ponto de interrogação no final da frase transforma a declaração em uma pergunta, sugerindo incerteza
ou curiosidade sobre a possibilidade de comer crianças. Esses exemplos ilustram como a pontuação
pode ser crucial na transmissão de significados distintos em uma frase. Uma pequena mudança na
pontuação pode alterar completamente a intenção e o sentido da mensagem. É importante destacar
para os estudantes a importância da pontuação para a clareza, coesão e interpretação adequada dos
textos. Em seguida, trabalhe com os estudantes exercícios de revisão e prática sobre o uso de sinais de
pontuação. Acesse o QR Code abaixo para acessar atividades de revisão do uso da pontuação.

Imagem 1 - (QR Code) - Exercícios de pontuação.

Disponível em: www.todamateria.com.br/exercicios-de-pontuacao/.

Apresente aos estudantes exemplos de textos que usam pontuação de maneiras criativas para criar
efeitos de sentido. Tais como "O tempo voa; não perca tempo!" Nesse caso, o uso do ponto e vírgula
antes de "não perca tempo" estabelece uma pausa dramática, enfatizando a importância de aproveitar
o tempo e não desperdiçá-lo. "O amor é fogo: queima, aquece, ilumina." Aqui, os dois-pontos criam
uma relação de causa e efeito, conectando as diferentes ações e características do amor e enfatizando
sua natureza intensa e transformadora. "A vida é curta, mas a arte é longa: aproveite cada momento."
Nesse exemplo, o uso dos dois-pontos antes de "aproveite cada momento" indica uma conclusão ou
uma afirmação importante, enfatizando a ideia de aproveitar cada instante da vida. "A música é vida, a
dança é liberdade, o teatro é magia." A ausência de pontuação entre as três afirmações cria uma
sequência contínua, transmitindo uma sensação de conexão e fluidez entre as diferentes formas de
arte mencionadas. Esses exemplos demonstram como a pontuação pode ser utilizada de maneiras
criativas para adicionar ênfase, estabelecer relações de causa e efeito, criar pausas dramáticas e
transmitir uma variedade de efeitos de sentido. A exploração desses recursos pode enriquecer a escrita
e despertar a criatividade dos estudantes.

Em seguida, peça aos estudantes que produzam seus próprios textos, empregando o uso criativo da
pontuação para criar efeitos de sentido. Incentive-os a experimentar diferentes tipos de pontuação e a
explorar como eles podem ser usados para influenciar o significado e o tom de seus textos.

AULA 2
Professor(a), retome com seus estudantes alguns pontos importantes relacionados ao uso da
pontuação, através dos textos que eles criaram na última aula.
Peça-os que inventem uma conversa de mensagens de texto entre duas pessoas sem usar pontuação.
Em seguida, oriente-os a trocar suas conversas com um parceiro e adicionar a pontuação onde achar
necessário. Finalmente, peça a alguns voluntários para compartilhar as conversas antes e depois da
pontuação e discutir as diferenças. Em seguida, peça aos estudantes que criem uma tira de
quadrinhos, mas que usem apenas imagens e sinais de pontuação (sem palavras) para contar uma
história. Isso incentiva os estudantes a pensarem de forma criativa sobre como a pontuação pode ser
usada para transmitir significado. O trabalho com gêneros multissemióticos digitais (como vídeos, gifs,
podcasts, playlists) devem ser prestigiados. Como parte do estudo sobre a importância do uso
adequado dos sinais de pontuação e seus efeitos de sentido na produção de textos, propõe-se, como

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tarefa extraclasse, a prática que consta em “Atividades” e reserve uma aula para a apresentação
voluntária dos estudantes.

RECURSOS:
Quadro branco, marcadores, papel e caneta e projetor multimídia.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Professor(a), observe e avalie a participação ativa dos estudantes nas discussões em grupo, a
capacidade de identificar o uso e o efeito da pontuação nos textos fornecidos e a habilidade de aplicar
esse conhecimento em suas próprias escritas.

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ATIVIDADES
1 − Leia o trecho a seguir e escolha a opção que indica a pontuação correta para melhorar o sentido
do texto:

"O jogo foi incrível eles jogaram com garra e determinação no entanto o resultado foi decepcionante."

a) O jogo foi incrível; eles jogaram com garra e determinação; no entanto, o resultado foi
decepcionante.
b) O jogo foi incrível! Eles jogaram com garra e determinação, no entanto, o resultado foi
decepcionante.
c) O jogo foi incrível, eles jogaram com garra e determinação, no entanto, o resultado foi
decepcionante.
d) O jogo foi incrível? Eles jogaram com garra e determinação? No entanto, o resultado foi
decepcionante.

2 − Leia o trecho a seguir e escolha a opção que indica a pontuação correta para tornar o texto mais
claro:

"Ela disse que estávamos atrasados mas, não se preocupem, o ônibus ainda não saiu."

a) Ela disse que estávamos atrasados, mas não se preocupem! O ônibus ainda não saiu.
b) Ela disse que estávamos atrasados mas não se preocupem, o ônibus ainda não saiu.
c) Ela disse que estávamos atrasados; mas não se preocupem, o ônibus ainda não saiu.
d) Ela disse que estávamos atrasados! Mas não se preocupem o ônibus ainda não saiu.

3 − Leia o trecho a seguir e escolha a opção que indica a pontuação correta para enfatizar a frase:

"Estudar é importante mas não é o único fator para o sucesso."

a) Estudar é importante, mas não é o único fator para o sucesso.


b) Estudar é importante; mas não é o único fator para o sucesso.
c) Estudar é importante! Mas não é o único fator para o sucesso.
d) Estudar é importante - mas não é o único fator para o sucesso.

4 − Leia o trecho a seguir e escolha a opção que indica a pontuação correta para criar uma interrupção
na fala:

"Desculpe, eu não consigo entender o que você está dizendo, poderia repetir?"

a) Desculpe eu não consigo entender o que você está dizendo, poderia repetir?
b) Desculpe, eu não consigo entender o que você está dizendo, poderia repetir.
c) Desculpe eu não consigo entender o que você está dizendo; poderia repetir?
d) Desculpe, eu não consigo entender o que você está dizendo; poderia repetir?

5 − Leia o trecho a seguir e escolha a opção que indica a pontuação correta para enfatizar uma
comparação:

"O trabalho foi longo árduo e cansativo mas no final valeu a pena."

a) O trabalho foi longo, árduo e cansativo, mas no final valeu a pena.


b) O trabalho foi longo, árduo, e cansativo, mas no final valeu a pena.
c) O trabalho foi longo árduo, e cansativo, mas no final valeu a pena.
d) O trabalho foi longo árduo e cansativo, mas no final valeu a pena.

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REFERÊNCIAS
ABAURRE, Maria Luiza. Gramática e Texto. Análise e Construção de sentido. São Paulo: Moderna,
2020.
FERREIRA, Mauro. Praticar e Aprender Gramática. São Paulo: FTD, 2012.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.],
2022. Disponível em: https:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 jun.
2023.
RIBEIRO, Ana Elisa. Multimodalidade, textos e tecnologias - provocações para a sala de aula. São
Paulo: Parábola Editorial, 2021.
FERNANDA, Márcia. Exercícios de Pontuação -Toda Matéria. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/exercicios-de-pontuacao/ Acesso em 11 de jul.2023

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 1: Elementos das linguagens - Analisar o funcionamento das linguagens, para
interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas semioses (visuais, verbais,
sonoras e gestuais).

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Clubes de Leitura e Oficinas (EM13LP20) Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais,


Criativas. temas/problemas/questões que despertam maior interesse ou
preocupação, respeitando e valorizando diferenças, como forma de
identificar afinidades e interesses comuns, como também de organizar
e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Explorando a Literatura através de Clubes de Leitura e Oficinas Criativas
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A literatura por meio de clubes de leitura e oficinas é uma abordagem empolgante e enriquecedora
para envolver estudantes com livros e escrita. Essa forma de atividade permite o aprofundamento do
entendimento deles sobre literatura além de promover a criatividade dos mesmos. É preciso cuidado
na organização do trabalho desde a seleção dos materiais utilizados até as discussões de como será a
participação dos envolvidos.
Tanto a literatura como a oficina podem ser adaptadas para atender diferentes grupos além de
oferecerem benefícios como a construção de comunidades literárias, o desenvolvimento de
comunicação e escrita por meio da leitura.
O sucesso dos clubes de leitura e oficinas depende da organização das atividades, da participação dos
estudantes de forma que todos se sintam à vontade em participar e compartilhar suas paixões
literárias.
Professor(a), nesse momento os estudantes serão convidados a mergulhar no mundo da literatura por
meio de clubes de leitura, oficinas criativas, rodas de conversas. O objetivo é incentivar a leitura, a
discussão crítica e a expressão criativa dos estudantes, promovendo a conexão entre os textos
literários e suas próprias vivências. Inicie a unidade introduzindo o conceito de clubes de leitura.
Utilize o vídeo de “Como criar um clube de leitura”.

Imagem 2 - (QR Code) - Como criar um clube de leitura.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dYyQWufMJtw.

Em seguida, explique a importância desses espaços na promoção da leitura. Converse com os


estudantes sobre suas experiências anteriores com clubes de leitura e incentive-os a compartilhar seus
gostos, interesses e práticas culturais e a criar o clube de leitura. Os clubes de leitura irão proporcionar

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um espaço para os estudantes compartilharem suas percepções e reflexões sobre os textos,
desenvolvendo habilidades de análise crítica e argumentação. Serão discutidos elementos como
personagens, enredo, estilo de escrita, temáticas e mensagens presentes nas obras literárias.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Professor(a) com intuito intensificar o interesse dos estudantes, vamos começar com uma Roda de
Conversa. Cada estudante lê o mesmo livro e se reúne em uma sessão para discutir os temas,
personagens e mensagens do livro. Cada estudante pode levar uma pergunta para iniciar uma
discussão. Incentive os estudantes a compartilharem suas próprias interpretações e conexões pessoais
com o livro.

AULA 2
Professor(a), após as discussões, os estudantes podem ser incentivados a apresentar o livro de uma
maneira criativa. Convide-os para assistir ao vídeo “Como montar uma Oficina Criativa”. As oficinas
criativas permitirão que os estudantes explorem sua imaginação e criatividade, utilizando os textos
literários como inspiração para criar suas próprias produções artísticas.

Imagem 3 - (QR Code) - Como montar uma Oficina Criativa

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1vlITgdisZQ.

Nesse momento, os estudantes serão convidados a uma experiência enriquecedora e estimulante, na


qual poderão se envolver ativamente com a literatura, desenvolver habilidades de leitura crítica e
expressão criativa, além de fortalecer o senso de comunidade e o diálogo entre os colegas. Eles serão
encorajados a experimentar diferentes técnicas e recursos artísticos, buscando transmitir sua
interpretação pessoal e única da obra lida. Isso pode incluir representações dramáticas de cenas do
livro, criação de arte inspirada no livro, ou até mesmo a criação de uma trilha sonora para o livro.

AULA 3
Professor(a), na aula de hoje, iremos explorar uma atividade empolgante e desafiadora: o Debate de
Livros.
Divida a classe em dois grupos, atribuindo a cada grupo um livro diferente para leitura e debate.
Certifique-se de que os grupos tenham tamanho equilibrado. Dê um prazo para que os estudantes
leiam o livro designado para o seu grupo. Durante esse tempo, os estudantes devem fazer anotações,
destacar passagens relevantes e refletir sobre suas impressões gerais do livro. Após a leitura, os
estudantes se reúnem em seus respectivos grupos para discutir o livro. Eles devem compartilhar suas
percepções, debater ideias e aprofundar sua compreensão do texto. É importante que cada estudante
tenha a oportunidade de expressar suas opiniões e ouvir as perspectivas dos outros membros do
grupo. Cada grupo deve preparar argumentos convincentes para defender porque seu livro é superior
ao livro do outro grupo. Os estudantes devem identificar pontos fortes do livro, como personagens
bem desenvolvidos, narrativa envolvente, temas relevantes, estilo de escrita único, entre outros
aspectos que considerem relevantes. Marque uma data para o debate, no qual cada grupo terá a
oportunidade de apresentar seus argumentos e refutar os argumentos do outro grupo.

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AULA 4
Professor(a), nessa aula os estudantes serão convidados para o debate dos livros. Essa atividade não
só incentiva a leitura crítica, mas também a habilidade de formular e apresentar argumentos
convincentes.
Inicie o debate, estabelecendo um tempo limite para cada grupo se expressar e incentive uma
discussão respeitosa e fundamentada. Os estudantes devem se concentrar na clareza da comunicação,
na utilização de evidências do livro e na persuasão de seus argumentos. No final da aula, peça aos
estudantes para se planejarem e implementarem um clube de leitura na escola. O local de realização
do clube é essencial para que a ação em grupo se torne agradável. Realizá-la em um espaço sugestivo,
como uma biblioteca, é um estímulo a mais para adentrar no universo dos livros. Dê a eles a liberdade
de escolher o formato, o gênero literário ou o tema do clube. Neste quadro os, estudantes poderão
preencher as datas correspondentes a cada semana e os gêneros literários que eles escolheram para
ler e debater. Esta atividade permitirá que cada estudante tenha uma visão geral de suas escolhas de
leitura ao longo do período e organize seu cronograma de leituras de acordo.

Data Gênero

Semana 1 Romance

Semana 2 Poesia

Semana 3 Conto

Semana 4 Ficção científica

Semana 5 Biografia

Semana 6 Drama

Semana 7 Literatura infantil

Semana 8 Suspense

Semana 9 Não-ficção

Semana 10 Teatro

Como parte do estudo sobre “Explorando a Literatura através de Clubes de Leitura e Oficinas
Criativas”, propõe-se, como tarefa extraclasse, a prática que consta em “Atividades” e reserve uma
aula para a discussão voluntária dos estudantes sobre a experiência em realizar o ensaio.

RECURSOS:
Livros variados (para clubes de leitura). Materiais de arte (para oficinas criativas).
Espaço físico adequado para reuniões de clube/oficina. Internet e computadores (para pesquisa e
planejamento).

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avalie os estudantes com base em seu envolvimento nas atividades do clube/oficina, na qualidade de
suas discussões e na reflexão sobre suas experiências. Considere também a maneira como respeitam e
valorizam as diferenças ao explorar temas variados.

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ATIVIDADES
1 − Escolha um livro de literatura de sua preferência. Pode ser um romance, uma coletânea de contos,
um livro de poesia, entre outros. Se possível, peça sugestão à bibliotecária de sua escola ou o/a
professor(a).

2 − Leia o livro selecionado com atenção, fazendo anotações sobre os aspectos que mais chamaram
sua atenção, como personagens marcantes, temas abordados, estilo de escrita, estrutura narrativa,
entre outros elementos relevantes.

3 − Após a leitura, reflita sobre o livro e elabore um ensaio crítico sobre ele. Seu ensaio deve conter os
seguintes elementos:
a) Introdução:
Apresente o livro e seu autor, contextualizando-o brevemente. Desperte o interesse do leitor e
apresente sua tese ou ponto de vista a respeito da obra.
b) Desenvolvimento:
Analise os principais elementos do livro, como os personagens, o enredo, os temas, o estilo de
escrita, a mensagem transmitida, entre outros. Utilize trechos do livro para embasar suas
análises e desenvolva argumentos sólidos e bem fundamentados.
c) Conclusão:
Faça um fechamento coerente de seu ensaio, reforçando sua tese e destacando a relevância do
livro na literatura e/ou na sociedade.

4 − Revise seu ensaio, verificando a clareza, coesão e coerência do texto. Certifique-se de que as
ideias estejam bem organizadas e que sua argumentação seja convincente.

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REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Análise de Textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2010
ANTUNES, Irandé. Textualidade: noções básicas e implicações pedagógicas. São Paulo: Parábola
Editorial. 1ª edição, 2017.
COMO Criar um Clube de Leitura [S. l.: s. n], 4 de jul. de 2021. 1 vídeo (22m09). Publicado pelo canal
Michele Santos Literatura. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dYyQWufMJtw Acesso
em: 09 de jul.2023.
COMO montar sua Oficina Criativa Patdiniz -Arte Criativa [S. l.: s. n], 18 de ago. de 2017, 1 vídeo
(35m01) Publicado pelo canal Patdiniz arte criativa Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=1vlITgdisZQ&t=1s Acesso em: 09 de jul.2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.],
2022. Disponível em:
https:https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%
C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 jun.
2023.
RIBEIRO, Ana Elisa. Multimodalidade, textos e tecnologias - provocações para a sala de aula. São
Paulo: Parábola Editorial, 2021.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência Específica 2: Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em


diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo
e sensível aos contextos de uso.
Competência Específica 6: Expressar-se e atuar em processos de criação autorais individuais e
coletivos nas diferentes linguagens artísticas (artes visuais, audiovisual, dança, música e teatro) e nas
intersecções entre elas, recorrendo a referências estéticas e culturais, conhecimentos de naturezas
diversas (artísticos, históricos, sociais e políticos) e experiências individuais e coletivas.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Poemas e suas principais (EM13LP47) Participar de eventos (saraus, competições orais,


características. audições, mostras, festivais, feiras culturais e literárias, rodas e clubes
de leitura, cooperativas culturais, jograis, repentes, slams etc.),
Produção e interpretação
inclusive para socializar obras da própria autoria (poemas, contos e
oral.
suas variedades, roteiros e microrroteiros, vídeo minutos, playlists
comentadas de música etc.) e/ou interpretar obras de outros,
inserindo-se nas diferentes práticas culturais de seu tempo.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Exploração de Poemas e Práticas de Produção e Interpretação Oral.
DURAÇÃO: 03 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), inicie a aula com uma discussão aberta sobre a poesia. Pergunte aos estudantes o que
eles já sabem sobre poesias e suas características. Discuta diferentes formas de poesia e em seguida,
introduza a importância da expressão oral na poesia, destacando o papel dos recitais e saraus de
poesia. Apresente algumas poesias para os estudantes, o site Cultura Genial apresenta-nos, por meio
de Roberta Fucks os 15 poemas mais conhecidos na literatura brasileira:
Imagem 1 - (QR Code) - Maiores poemas da Literatura Brasileira

Disponível em: https://www.culturagenial.com/maiores-poemas-literatura-brasileira/.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Professor(a), convide os estudantes para uma atividade criativa e colaborativa: a criação de poemas
em grupo, assim eles vão poder explorar juntos o poder da palavra e a magia da poesia. Dividida a
classe em pequenos grupos e cada grupo receberá uma série de palavras-chave. Os estudantes usarão
essas palavras para criar um poema único e cheio de significado. Lembre-os de que o processo de
criação é tão importante quanto o resultado final. Essa atividade não se trata apenas de produzir um
poema, mas também de explorar a linguagem, as emoções e a capacidade de expressão de cada um.
Portanto, é preciso que eles aproveitem ao máximo essa experiência poética em grupo. Após concluir a
criação dos poemas, cada grupo terá a oportunidade de apresentar seu trabalho para a classe na
próxima aula.

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AULA 2
Professor(a), inicie a aula retomando a atividade proposta na aula anterior e peça aos estudantes para
apresentarem a sua criação.
Professor(a), durante as apresentações, convide os estudantes a escutarem atentamente e apreciarem
as diferentes vozes e estilos poéticos que surgirão. Essa é uma chance de celebrar a diversidade e a
beleza da poesia, assim como de reconhecer o esforço e a criatividade de cada grupo. Após as
apresentações, conduza uma discussão em sala de aula sobre as diferentes interpretações e
expressões orais. Sugira aos estudantes a criação de um sarau de poesia em que eles terão a
oportunidade de recitar poemas que eles mesmos escreveram ou poemas de poetas que eles admiram.
Isso pode ser feito em sala de aula ou até mesmo em um espaço maior, como um auditório. Isso
permitirá aos estudantes praticarem suas habilidades de expressão oral e apreciar a beleza da poesia.
Se for possível, sugira aos estudantes que escolham um poema e o conectem a outra forma de arte,
como uma música, uma pintura, um filme ou mesmo um evento histórico, isso ajuda a desenvolver
habilidades de pensamento crítico. Como parte do estudo sobre “Exploração de Poemas e Práticas de
Produção e Interpretação Oral”, propõe-se, como tarefa extraclasse, a prática que consta em
“Atividades”, reserve, se for possível, uma aula para a apresentação voluntária dos estudantes.

RECURSOS:
Quadro branco e marcadores, computador e projetor (opcional).

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avalie os estudantes com base em sua participação na discussão inicial, seu trabalho em grupo na
análise do poema, na preparação da leitura oral e sua performance na leitura oral. Atente-se à
compreensão dos estudantes sobre as características dos poemas e à habilidade de expressão oral.

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ATIVIDADES
Escolha um poema de sua preferência ou crie um poema autoral. Certifique-se de que seja um poema
com o qual você se identifique e que possibilite uma performance expressiva.
Leia e estude o poema escolhido, buscando compreender sua temática, estrutura, ritmo e recursos
poéticos utilizados. Analise também o contexto em que o poema foi produzido e sua relevância na
literatura.
Prepare uma performance poética do poema escolhido. Você pode optar por uma interpretação
recitada ou explorar elementos teatrais, gestos, expressões faciais e outros recursos que possam
enriquecer sua apresentação.
Grave um vídeo da sua performance poética. Utilize um dispositivo de gravação de vídeo ou um celular
para garantir a qualidade da gravação. Procure um ambiente adequado e tranquilo para a gravação.
Na edição do vídeo, se desejar, você pode adicionar elementos visuais, como imagens, texturas ou
efeitos visuais, para enfatizar a mensagem e o estilo do poema.
Salve o arquivo do vídeo em um formato compatível, como MP4.

41
REFERÊNCIAS
MARINHO, América dos Anjos Costa. Criando poemas visuais, 2019. Disponível em:
https://www.cenpec.org.br/oficinas/criando-poemas-visuais. Acesso em: 19 de jun.2023.
DEUS, Jaildes Amanda Gonçalves. Isso e aquilo: poesia, performance oral e formação de leitor em
sala de aula. Dissertação de Mestrado. Ensino na Educação Básica do Centro de Ensino e Pesquisa
Aplicada à Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiana 2022. Disponível em:
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/480/o/DISSERTA%C3%87%C3%83O_OU_ISSO_OU_AQUILO_-
_JAILDES_AMANDA_2021_-_30.05.2022.docx.pdf Acesso em: 25 jun.2023.
FUKS, Roberta. Os 15 mais famosos poemas da literatura brasileira, Cultura Genial. Disponível
em: https://www.culturagenial.com/maiores-poemas-literatura-brasileira/ Acesso em: 10 de jul.2023
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.],
2022. Disponível em:
https:https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%
C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 jun.
2023.

42
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
ano Ensino M dio 2023

Linguagens

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética
e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a
consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
Competência Específica 4: Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, social, variável,
heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de
expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como respeitando as variedades linguísticas e agindo no
enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza.
Competência Específica 7: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões
técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se
em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho,
informação e vida pessoal e coletiva.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Apreciação e produção de textos (EM13LGG305) Mapear e criar, por meio de práticas de


linguísticos e multissemióticos. linguagens e línguas diversas, possibilidades de atuação social,
política, artística e cultural para enfrentar desafios
Análise de interações entre falantes nati-
contemporâneos, discutindo seus princípios e objetivos de
vos e não nativos da língua inglesa.
maneira crítica, criativa, solidária e ética.
Comunicação em língua inglesa de modo
(EM13LGG403) Fazer uso do inglês como língua de
presencial e/ou virtual.
comunicação global, levando em conta a multiplicidade e
Produção de textos e discursos em variedade de usos, usuários e funções dessa língua no mundo
inglês. contemporâneo.
Compreensão da importância da Língua (EM13LGG701) Explorar tecnologias digitais da informação e
Inglesa em contexto de globalização. comunicação (TDIC), compreendendo seus princípios e
Uso das tecnologias digitais da funcionalidades, e utilizá-las de modo ético, criativo,
informação e comunicação (TDIC), de responsável e adequado a práticas de linguagem em diferentes
forma criativa, ética e crítica. contextos.

Produção, circulação e recepção de


textos e atos de linguagem nos
ambientes digitais.
Importância da língua inglesa e
portuguesa para explorar e usufruir das
tecnologias digitais da informação e
comunicação (TDIC).
Criação e edição de textos, áudios, fotos
e vídeos por meio das tecnologias digitais
da informação e comunicação (TDIC).

43
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Intervention plan on a DIY landscape urbanism of public spaces.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:

Professor, o objetivo deste plano de aula é estimular os estudantes à iniciativa em resolver


problemas do seu dia a dia, mais especificamente problemas relacionados à infraestrutura e
urbanização do local em que vivem.
1º Quais são os espaços públicos nos arredores dos estudantes? Exemplos: a rua onde
moram, o bairro onde residem, a escola que frequentam, a avenida principal, o centro comercial
próximo, as praças, os parques, os espaços inutilizados ou, até mesmo, subutilizados nas
proximidades da escola e residência dos estudantes.
Após considerar os espaços públicos, é hora de pensar naquilo que se pode fazer para gerar
impactos positivos na infraestrutura local:
2º O que os estudantes, moradores, professores, vizinhos, pais, familiares e parentes
pensam que pode ser feito para tornar o bairro, as ruas, a comunidade e a escola um
lugar (1) mais funcional, (2) mais limpo, (3) mais bem aproveitado e (4) que de fato
responda às necessidades daqueles que utilizam esses espaços?

Este planejamento visa levar os estudantes do lugar de “consumidores” dos espaços públicos para
“interventores” enquanto cidadãos e comunidade local. Respondendo às perguntas acima acerca das
melhorias que podem ser implementadas – levando TODAS as ideias em consideração, lembrando que
no momento de brainstorming nada deve ser desconsiderado – é hora de colocar as mãos na massa e
criar um plano de intervenção que vise colocar boas ideias em prática.
Sim, professor, é possível que os alunos, unidos à comunidade de modo organizado implementem
impactos de pequeno, médio e/ou grande porte no local em que vivem. Para que isso ocorra, é preciso
haver planejamento. Para isso, trazemos duas formas de planejar essa intervenção. Você,
professor, decidirá qual delas lhe será mais viável.
O primeiro modelo de intervenção é mais enxuto, seguindo uma das metodologias ativas de
ensino denominada “design thinking”.
A segunda forma de intervenção é um pouco mais longa, porém também efetiva. É um plano de
intervenção que responde perguntas específicas e, dessa forma, os estudantes são guiados
gradualmente na resolução do problema específico no qual decidiram intervir.
Neste planejamento, daremos enfoque ao modelo de intervenção com uso do design
thinking, mas a aula e a turma são suas, professor, por isso, decida aquilo que lhe deixa
mais confortável.
Não deixarei de te incentivar a take risks! Isso mesmo, arrisque-se a conhecer aquilo que lhe é novo e
que já foi testado e aprovado! Caso você tenha dúvidas na compreensão dos conceitos, na
implementação do planejamento ou até mesmo em como os estudantes responderiam a alguma
questão, não hesite em nos procurar. A Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores está aqui por você!

44
INTRODUÇÃO AO TEMA
O conteúdo a seguir – Design thinking in the classroom – foi extraído em sua íntegra de Edu Wells
(2023).

DESIGN THINKING IN THE CLASSROOM


Design thinking is a powerful tool to really get your students thinking about and tackling a problem or
topic at a much deeper level. It is a structured task that focuses on giving considerable time to thinking
about and empathizing with the people within the situation (Target audience or client), designing and
prototyping a possible solution that is immediately challenged in order to improve it. It is used much in
business and the design industry but can be used as a general classroom task within any subject area.
It also gets students to work quickly without much introduction.

Design thinking promotes creative thinking, team work, and student responsibility for
learning.
Imagem 1 – Design thinking in the classroom

Fonte: (EDUWELLS, [2023])

It is a form of solution-based, or solution-focused thinking; starting with a goal (a better future


situation) instead of solving a specific problem. This keeps minds open to multiple solutions.
The infographic/poster above is a guide to a simplified version you can use in your classroom. This
version can be carried out in an hour, over a week, or even longer.
Fonte: (EDUWELLS, [2023])

Professor, trouxe um excerto de um material produzido por Lorena Pickert pelo AAA Inovação (2023)
para explicar o que é o design thinking. Leia a seguir.
O Design Thinking que significa “desenhar o pensamento”, ou em outras palavras, transformar suas
ideias em ação, é uma ótima metodologia inovadora para simplificar seus processos e tirar as ideias do
papel. Para resumir e ter uma visão mais ampla de como isso funciona, confira a imagem abaixo:

45
Imagem 2 – Como transformar sua ideia em realidade?

Fonte: (PICKERT IN: AAAINOVAÇÃO, [2023]).

Essa é uma das formas mais famosas de desenvolver produtos, idealizar projetos e solucionar
problemas se baseando no processo que designer utilizam, que fazem parte do conjunto de fazer
pesquisas, brainstorms, prototipagem, etc. A abordagem completa do Design Thinking compreende 6
fases distintas, veja quais são elas.
Imagem 3 – Etapas do Design Thinking.

Fonte: (PICKERT IN: AAAINOVAÇÃO, [2023])

46
O processo de Design Thinking geralmente é feito em grupo e dividido em fases, que podem ser sete,
cinco ou quatro, de acordo com o autor. A estrutura do design segue um fluxo geral que é de
compreender, explorar e testar. Dentro dessas etapas maiores estão 6 fases: empatia, definir,
idealizar, prototipar, testar e implementar.
Fonte: (PICKERT IN: AAAINOVAÇÃO, [2023])

Mas como funciona uma aula utilizando o Design Thinking?

Professor, antes de tudo, vamos recordar o que é o design thinking? Trata-se de utilizar em sala de
aula o mesmo pensamento que os profissionais de design precisam. Quando um profissional de design
gráfico, por exemplo, inicia a elaboração da logomarca de uma empresa, ele precisa ter o máximo de
criatividade e postura inovadora para a criação de algo totalmente novo. De modo semelhante, nosso
objetivo é fazer com que os estudantes enxerguem o lugar onde vivem enquanto espaço para a
implementação de mudanças. Por isso, a primeira tarefa do planejamento é considerar terrenos
baldios, trechos do bairro onde se acumula lixo, praças ou parques desvalorizados, espaços
subutilizados na própria escola, quadras no bairro, etc. Essa primeira tarefa já é uma ativação que fará
com que haja maior fluidez durante o desenvolvimento das etapas do Design Thinking. Essas etapas
são:
(1) Empatia: conhecer os desejos e dores do morador local.
(2) Definir: procure inovações que ajudem seu público, que são os moradores locais.
(3) Ideação: total liberdade para ideias da equipe.
(4) Prototipar: representação das melhores ideias. Tornar visível e tangível.
(5) Teste: teste com alguns moradores, faça os ajustes necessários e veja quais os resultados.
(6) Implementar: colocar em prática.

De modo sucinto, professor, também podemos observar a estrutura criada pela DTI Digital e adaptar
ao objetivo principal do nosso planejamento.

Imagem 4 – Processo de Design Thinking

Fonte: (DTI DIGITAL, [2017])

47
Na prática do trabalho proposto neste planejamento, cada etapa ocorrerá da seguinte maneira:

1. Empatia: Como os estudantes já conhecem o bairro e fazem parte da comunidade escolar, a fase
de empatia não demandará tanto porque, em sua maioria, eles serão os próprios moradores; no caso
do espaço escolar, eles são o próprio público local, então todos possuem propriedade para expor seus
desejos e dores enquanto moradores e também anseios para a escola enquanto estudantes.

2. Definir: Este é o momento em que cada grupo definirá seu foco de ação, algo inovador que possa
ajudar os moradores locais: a) Uma praça do bairro que está desvalorizada? b) Um trecho da rua com
mato onde se pode fazer uma horta comunitária? c) A elaboração de um mini-projeto de paisagismo
para uma rua específica? d) A criação de um jardim em um trecho da escola que está vazio? Caberá a
você, professor, auxiliar a turma quando se sentirem “sem ideias”, apenas para que eles sigam em
frente de forma autônoma.

3. Ideação: Após a definição do foco de ação, agora é o momento de se ter o máximo de ideias
possíveis acerca de como se pode tornar a ação uma realidade. Tomemos como exemplo como o foco
de ação “restauração da praça da comunidade”. Quais ideias podem ser dadas nesse momento de
brainstorming? (Lembre sua turma que não existe ideia ruim; este é o momento de falar tudo o que
vier à cabeça para viabilizar a ação). Exemplos de ideias para a ação de restauração da praça da
comunidade: criação de bancos reciclados, jardim de suculentas com doações dos moradores,
plantação de árvores frutíferas, buscar saber como se faz um pedido para que se construa uma rampa
de skate, instalação de lixeiras feitas de materiais reciclados, criação de “bonecos de jardim”
reciclados, etc.

*Depois da tempestade de ideias, é o momento de definir especificamente como será feita a ação; isso
ocorre definindo quais ideias são viáveis, quais podem ser aprimoradas e realizadas e quais não seriam
viáveis no momento.

4. Prototipar: Logo após a definição de quais ideias especificamente serão colocadas em prática, é
preciso construir um protótipo da ideia: deixando a criatividade fluir, é possível que os estudantes
criem maquetes, utilizem ferramentas gratuitas para a elaboração de projetos de paisagismo ou para a
criação de planta baixa, dentre muitas outras estratégias criativas concretas. Exija o máximo de sua
turma, professor! Você verá protótipos que jamais imaginaria e que serão imensa satisfação e
recompensa pelo tempo investido estudando este plano de aula.

5. Teste: com o protótipo em mãos, é hora de mostrar para outros colegas, moradores, pessoas da
comunidades escolar, etc. É um momento muito importante para o desenvolvimento de capacidades
emocionais porque os estudantes precisam ser orientados a respeito de: a) como dar um feedback
sem ferir os colegas mas visando de fato melhorar os protótipos/as ideias apresentadas e
concretizadas; b) como acolher os feedbacks sem levá-los para o lado pessoal – é uma análise do
protótipo e não de quem você é enquanto pessoa; c) como ser humilde para reconhecer que, quando
existe uma contribuição bem feita, ela pode ser muito bem inserida no projeto de modo a repensar seu
protótipo.

6. Implementar: finalmente, após repensar seu protótipo incluindo as contribuições recebidas, é o


momento de colocar em ação toda a ideia inicial. Mãos à obra!

A seguir, coloco uma orientação da abertura do trabalho de design thinking dada a você, professor,
pela Edu Wells (2023). O texto foi extraído em sua íntegra do site. Faço algumas colocações ao texto
do site escritas em Português e precedidas por um asterisco (*).

48
1. Goal Setting (Whole Class)
How might we design / action what and for whom in order to
change something?
The first stage is to devise an atoll goal to improve something. This
is best started with 3 key words: “How might we …” Starting this
way can have a powerful effect on successful classroom
engagement. “How” is a word that has a bias towards action. It
implied the something is to be done. “Might” acts as a safety
blanket as it offers the students the freedom to fail. This ensures
that more are likely to give it a go. “We” pushes the collective
responsibility and collaborative aspect meaning nobody will be
alone. It also removes the classroom hierarchy, bringing the teacher
onto the same level as learner alongside the students.

*Professor, veja a importância de iniciar o momento de estabelecer o objetivo com a


pergunta HOW MIGHT WE. É uma oportunidade para explicar que o modal verb “might”
denota possibilidade com baixa probabilidade de ocorrência, o que faz diminuir a pressão
sobre os estudantes de ter que definir com precisão alguma coisa. Essa diminuição de
estressor denotada pelo might abre a porta para a criatividade.

During this goal setting stage it is important to select as a class:


• “WHAT” = An object – E.g. App, Gadget, Speech, Toy, Campaign, Website etc.
• “WHOM” = A Specific Client/target – E.g playground users, garbage droppers etc.
• “CHANGE” = A better world – E.g. Target result, Improved situation.
Examples:
• How might we design a toy for children to encourage recycling?
• How might we make school furniture for students better suit 21st century learning?
• How might we redefine the museum visit so that it’s student-led and more engaging?
As an extra idea, I have considered it even as a fun theoretical teaching task such as:
• How might an iPad app have helped George Washington win the War of
Independence in half the time?
There’s nothing to stop posting up a number of big ideas or challenges for teams to pick
from but ensure the students have been part of formulating them.

Fonte: (EDUWELLS, [2023])

Ressalto nesta orientação da Edu Wells, professor, a importância de acalmar os estudantes mostrando
que é um trabalho de tentativa e erro, por isso a pergunta inicial é “ How might we...” (como nós
podemos...) e por isso também o modal verb “might” é utilizado, para mostrar que é uma
probabilidade.

B) DESENVOLVIMENTO:
Panorama geral das aulas
Aula 1: Contextualização do tema.
Aula 2: O que é design thinking na prática?
Aula 3: Criação do protótipo e feedback.
Aula 4: Apresentação do protótipo final e do processo do design thinking.

49
AULA 1
1º Leitura do trecho de opinião e definição de conceitos no texto How urban landscapes design
work, que dará o tom da aula e de todas as outras deste planejamento. Este excerto de Vivien Bullen
(2023) ajudará os estudantes a imaginarem o que gostariam de mudar em sua comunidade.

How Urban Landscape Design Works


By Vivien Bullen

Fonte: (PIXABAY, [2023])

Tradução
Todos nós já vimos um terreno baldio da cidade cheio de mato, lixo e todo feio em algum ponto da
nossa vida. [...]
O design em paisagismo urbano é a ação de pegar um pedaço de terra, não importa o tamanho, e
depois analisar, avaliar e tornar esse espaço belo. Enquanto fazem isso, os designers devem focar em
manter ou aumentar a funcionalidade e utilidade para humanos e também para nossos animais com
bom custo-eficiência.

2º Getting started: com o texto em mente, explique pergunta por pergunta e peça à turma para
que, em trios, responda cada uma na forma de discussão com os colegas. Depois de aproximadamente
5 minutos, você pode lançar as perguntas para a turma toda e pedir contribuições dos grupos.

Getting Started
Read the following questions and discuss with your classmates.

1What do you usually complain about the place where you live in?
2.What do you wish there was in your school? How different do you wish it was?
3. Which improvements could be done on the street where a) your school is; b) you live; c)
there is a large movement of people both for commercial and health purposes
4. How could the neighborhood around the school be changed?
− 5. Consider some implementations for urbanization and improvements in infrastructure
such as garbage collection;

50
− cleaning of the streets and other public areas;
− improvements and awareness for the use of pedestrian lines to prevent accidents;
− using empty areas for recreational purposes, etc.

3º Pre-reading: conduza a tarefa de pre-reading com os alunos e dê um tempo para que registrem
suas respostas.

1. Pre-reading
a) Which brand is this?
_________________________________________
b) What is it successful for?
_________________________________________
_________________________________________
Fonte: (PIXABAY, [2023]) c) Have you ever imagined how they
accomplished their success? Write three ideas.
1. __________________________________________________________ Imagem 7 – Design 2

2. __________________________________________________________
3. __________________________________________________________

Fonte: (PIXABAY, [2023])

4º Analysing images, author and other pre-reading information: explore o título do texto (o
que vocês acham que é design thinking?), a logo do site de onde o material foi extraído (qual é a
temática do site?), pergunte quem é o autor ou autora (qual vocês acham que é a profissão dela?),
quando e onde o texto foi publicado. Peça que relacionem a imagem de abertura do texto ao título (o
que a imagem mostra? Que processo é esse que está sendo descrito? Qual é a relação da imagem ao
título do texto?)

51
2. Reading
DESIGN THINKING AND IT'S 5 STEPS THAT MADE APPLE A SUCCESS

March 19, 2021 Source: Stephanie Simpson, 2021

Imagem 8 – Applying Design Thinking.

Fonte: (SIMPSON, Stephanie, [2021])

5º Finalize a aula deixando a turma com esse “ponto de interrogação” a respeito do conteúdo
específico do texto e sua relação com a imagem mostrada. Diga que vocês irão explorar o texto na
aula seguinte e que já irão colocar as mãos à obra.

AULA 2
1º Reading: leia as questões com a turma e abra espaço para dúvidas. A primeira questão já foi
respondida por eles na aula anterior, então será um momento também de recap. Corrija cada questão
explicando os conceitos que serão trabalhados porque isso te ajudará no momento de explicar o
projeto de intervenção urbano.

a) What is Stephanie Simpson’s profession?


b) According to Simpson, what is design thinking?
c) How does the author relate design thinking to Apple? Explain it.
d) Stephanie Simpson shares her personal experience as a consumer of Apple products. How
does she explain what design thinking principles are by using her own real-life experience as
costumer?

52
2º Faça referência à imagem 11 – O processo de design thinking – para que a turma vá se
familiarizando com o processo que irão percorrer no seu projeto. Assim, eles irão se familiarizando com
o tema, com o passo a passo, e isso diminuirá possíveis crises de estudantes ansiosos. Vá fazendo
referência ao trabalho desenvolvido pela Apple conforme descrito pela autora.

Imagem 11 – O processo de design thinking

Fonte: (DTI, [2017])

3º Explique o título do trabalho rapidamente: Intervention Plan on a DIY Landscape Urbanism of


Public Spaces.

− Plano de intervenção: o foco do trabalho é a ação!


− Landscape urbanism: o objetivo é pensar em melhorar funcionalmente o espaço público sem
deixar de torná-lo belo e agradável. O urbanismo considera o que é funcional, e o paisagismo
insere o que será tanto saudável quanto aprazível.
− Public Spaces: os espaços públicos nos quais transitamos todos os dias – e muitas vezes
passamos mais tempo lá do que em casa – podem ser implementados por e para nós dentro do
que nos é permitido legalmente.
− DIY: como será feito por nós, usaremos a abordagem do it yourself (faça você mesmo). Isso
promoverá um senso de auto responsabilidade para além do trabalho. A ideia, professor, é que
pensar naquilo que eu posso fazer sem estar terceirizando o problema pode ser uma forma
de reconhecimento de capacidade e autonomia individual.

Lembre-se dos passos:


(1) Empatia: conhecer os desejos e dores do morador local.
(2) Definir: procure inovações que ajudem seu público, que são os moradores locais.
(3) Ideação: total liberdade para ideias da equipe.
(4) Prototipar: representação das melhores ideias. Tornar visível e tangível.
(5) Teste: teste com alguns moradores, faça os ajustes necessários e veja quais os resultados.
(6) Implementar: colocar em prática.

4º Nesta primeira aula de prática, a turma deverá desempenhar os passos 1, 2 e 3.

5º Finalize a aula dizendo que o próximo momento é de delineamento do protótipo – algo concreto!

53
AULA 3
1º Peça que a turma em grupos leia as perguntas referentes a Tabela 1: empathasise, define e ideate.

Ao longo do processo de criação, responda as perguntas abaixo EM INGLÊS de modo que,


ao final, você faça um quadro semelhante àquele criado por Stephanie Anne Design (2021).

Empathise Define Ideate


Who is my user? What are their needs? Which idea has the
What matters to most potential?
them?

Prototype Test Getting back to the


How will my design What worked well? prototype after
look? What didn’t work? feedbacks
What was improved?

2º O preenchimento das respostas será na imagem abaixo, que mimetiza post-its. Peça que
preencham as três primeiras partes do processo.

Fonte: (PIXABAY, [2023])

3º É hora de elaborar o protótipo. Como será criado? Pode ser em forma de maquete + apresentação
de uma planta virtual. É importante que haja algo concreto produzido pelos grupos.

4º Agora é o momento de apresentar o plano dos protótipos aos colegas e ouvir os feedbacks.

54
5º A última parte da aula é o momento de você, professor, orientar na elaboração do protótipo final
com as considerações dos colegas. A aula seguinte será o momento de apresentar os protótipos
fazendo as perguntas e dando as respostas da Tabela 1 em voz alta.

AULA 4
1º Deixe que os grupos se organizem na sala em espaços específicos. Decida como será a
apresentação: todos indo à frente de uma vez ou cada grupo em seu espaço fixo na sala de aula como
em uma feira de ciências? Veja como fica melhor para você, professor!
2º Ao final, pergunte aos alunos o que eles acharam de usar o design thinking para uma intervenção
no espaço em que vivem. Pergunte em que mais eles podem usar essa abordagem e se eles pensam
em utilizá-la.

RECURSOS:
Atividades com textos impressa;
Caderno dos alunos;
Materiais diversos que os alunos levarão para a produção do protótipo;
Computadores do laboratório (opcional) para a criação do protótipo virtual;
Projetor de imagem para apresentação dos protótipos virtuais.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Participação nas discussões em grupo e com a turma toda.
Resolução das atividades de leitura.
Qualidade e excelência do material produzido no protótipo.
Quão bem acolheram o feedback dos colegas.
Quão respeitosos foram ao dar seu feedback aos colegas.
Comprometimento do grupo com o processo do design thinking.
Apresentação em Inglês: perguntas e respostas.

55
ATIVIDADES
UM DIY EM URBAN LANDSCAPE: POR UM BAIRRO MELHOR!
How Urban Landscape Design Works
By Vivien Bullen
Imagem 5 – woman working

Fonte: (PIXABAY, [2023])


Texto disponível em: https://home.howstuffworks.com/lawn-garden/professional-landscaping/urban-landscape-design.htm
Acesso em: 03 jul. 2023.

Getting Started
Considering Vivien Bullen’s text, read the following questions and discuss with your classmates.

56
Design Thinking: Making an Intervention Plan

Imagem 6 – Design 1 1. Pre-reading


a) Which brand is this?
_____________________________________________
b) What is it successful for?
______________________________________________
c) Have you ever imagined how they accomplished their
success? Write three ideas.
Fonte: (PIXABAY, [2023])
Imagem 7 – Design 2

1. _________________________________________________

2. _________________________________________________

3. _________________________________________________

Fonte: (PIXABAY, [2023])


2. Reading

DESIGN THINKING AND IT'S 5 STEPS THAT MADE APPLE A SUCCESS


March 19, 2021 Source: Stephanie Simpson, 2021

Imagem 8 – Applying Design Thinking.

Fonte: (SIMPSON, Stephanie, [2021])

What is Design Thinking? Design Thinking is a methodology utilized for rational and creative
critical thinking. It is consumer-driven and depends intensely on the techniques and processes that
designers like me use to solve design solutions. According to Marc Fabri (2015), "Design thinking is
typically applied to deal with difficult, multi-dimensional problems that lack recognizable requirements
and solutions – traditionally referred to as 'wicked problems'". It can get tricky trying to generate ideas

57
when there is no structure to follow. It's like being assigned the task of building a product and not
understanding why. The more we know the consumer, the quicker we learn. Design thinking decreases
the risks related to launching new ideas. It helps make our design solutions more tangible. It allows
businesses and designers' mindset to focus on solutions and not the problem.
Apple is a brand most of us are aware of and one of the leading industry trendsetters for technology.
But… How was Apple so successful? What is their secret? Steve Job's Design Thinking application.
Imagem 9 – Design 3

"The main detail that Apple offers priority to when planning


its products is this concept of customer experience. The
second significant detail is client relations. Apple gives
clients phenomenal client relationships for the targeted
consumers' designed products they sell." (Görpeli, 2019).
When you pick up an Apple product, have you noticed you
immediately realize how easy Apple products are to use,
the convenience the product has in everyday life?
(FREEPIK 2023)

Imagem 10 – Design 4
Apple applied the Design Thinking principles and processes
to its product development process to help the brand arrive
at the incredible statures they have today. According to
Design Thinking Research: Impact, Outcomes, and Result
(2018), Apple focused on "people's needs and desires,
building empathy by helping people love Apple
products, design rather than just engineering work –
focus on both the form and function of the product and
building simple yet user-friendly products''.
Fonte: (PIXABAY, [2023])

We, the consumers, were frustrated by big bulky headphones with wires that would magically tangle
even though we would wrap them up neatly, so what did Apple do? They heard us, applied the design
thinking steps by seeing this frustration (empathy), defined how the solution could address the
problem, ideated wireless Bluetooth earphones, prototyped the Airpods and after testing, came up with
Airpod Pros. From this, Apple has created 2 successful products, just in a single niche sector -
earphones. No more tangled cords, no bulky earpieces and now, noise cancellation. Innovation through
design thinking.

a) What is Stephanie Simpson’s profession?


___________________________________________________________________________________

b) According to Simpson, what is design thinking?


___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

c) How does the author relate design thinking to Apple? Explain it.
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

d) Stephanie Simpson shares her personal experience as a consumer of Apple products. How does
she explain what design thinking principles are by using her own real-life experience as
costumer?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

58
Imagem 11 – O processo de design thinking.

Fonte: (DTI, [2017])

Imagem 12 – Now it’s your turn Intervention Plan on a DIY Landscape Urbanism of
Public Spaces

What would you like to change in your neighborhood, on the streets,


at your school, or any other surrounding public space?

Gather with your team, think about all possible ideas and... Do It
Yourself!
Fonte: (DEPOSITPHOTO, [2023])

Lembre-se do processo em design thinking:


(1) Empatia: conhecer os desejos e dores do morador local.
(2) Definir: procure inovações que ajudem seu público, que são os moradores locais.
(3) Ideação: total liberdade para ideias da equipe.
(4) Prototipar: representação das melhores ideias. Tornar visível e tangível.
(5) Teste: teste com alguns moradores, faça os ajustes necessários e veja quais os resultados.
(6) Implementar: colocar em prática o protótipo com as contribuições do feedback.

Imagem 13 – The Design Process: Creation.

Fonte: (HOOPER In: VENNGAGE, [2021])

59
Ao longo do processo de criação, responda as perguntas abaixo EM INGLÊS de modo que, ao final,
você faça um quadro semelhante àquele criado por Stephanie Anne Design (2021).

Tabela 1 – Processo do Design Thinking.

Empathise Define Ideate


Who is my user? What are their needs? Which idea has the most
What matters to them? potential?

Prototype Test Getting back to the


How will my design look? What worked well? prototype after
What didn’t work? feedbacks
What was improved?

Fonte: (PEDRO, In: MINAS GERAIS [2023])

Responda as perguntas da Tabela 1 aqui:


Imagem 14 – Post-its.

Fonte: (PIXABAY, [2023])

60
Abaixo, segue o segundo modelo de intervenção*

Making an Intervention Plan


Read each of the 13 questions. Answer them according to your teacher’s guidance. At the end, post
your Intervention Plan on a webpage to share with your classmates.

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63
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf . Acesso em: 05 fev. 2023.
BULLEN, V. How Urban Landscape Design Works. In: Howstuffworks. Howstuffworks: [Atlanta:
Georgia], 2023. Disponível em: https://home.howstuffworks.com/lawn-garden/professional-
landscaping/urban-landscape-design.htm . Acesso em 07 nov. 2023.
COMMUNITY TOOL BOX. Developing an intervention. Community Tool Box: The Kansas University,
Kansas City, [2023]. Disponível em: https://ctb.ku.edu/en/developing-intervention Acesso em: 03 nov.
2023.
DEPOSITPHOTO. Now It’s your turn. [s.l.], 2023. Disponível em:
https://st2.depositphotos.com/36569202/48256/i/600/depositphotos_482560748-stock-photo-now-
your-turn-symbol-wooden.jpg . Acesso em: 10 jul. 2023.
DESIGN thinking in the classroom. In: Eduwells. Eduwells, [Weelington: New Zealand]: [s.n.], 2023.
Disponível em: https://eduwells.com/2015/02/04/design-thinking-in-the-classroom/ . Acesso em: 03
nov. 2023.
DESIGN thinking: tudo o que você precisa saber sobre. In: DTI Digital. DTI Digital: Belo Horizonte,
11 abr. 2017. Disponível em: https://www.dtidigital.com.br/blog/design-thinking . Acesso em: 07 nov.
2023.
FREEPIK. Design 3. [s.l.], 2023. Disponível em: https://www.freepik.com/free-photo/modern-
stationary-collection-
arrangement_23441437.htm#query=apple%20products&position=39&from_view=search&track=ais .
Acesso em: 07 nov. 2023.
HOOPER, L. The Design Process: Creation. In: Venngage. Venngage: [s.l.], 17 nov. 2021.
Disponível em: https://pt.venngage.com/blog/design-thinking/ . Acesso em: 07 jul. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf . Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg . Acesso em: 05 fev.
2023.
PEDRO, L. C. Tabela 1: Processo do Design Thinking. In: MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de
Educação. Material de Apoio Pedagógico para Aprendizagens: Ensino Médio. Escola de Formação e
Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023.
PICKERT, L. Design Thinking: entenda o que é e como aplicar na prática. In: AAA Inovação.
AAA Inovação: [Curitiba], 08 fev. 2023. Disponível em: https://blog.aaainovacao.com.br/design-
thinking/ . Acesso em: 07 nov. 2023.
PIXABAY. Design 1. [s.l.], 2023. Disponível em: https://pixabay.com/photos/flower-beats-floral-
design-3414880/ . Acesso em: 07 nov. 2023.
PIXABAY. Design 2. [s.l.], 2023. Disponível em: https://pixabay.com/photos/girl-smartphone-iphone-
1192032/ . Acesso em: 07 nov. 2023.
PIXABAY. Design 4. [s.l.], 2023. Disponível em: https://pixabay.com/photos/buildings-advertising-
billboard-5980788/ . Acesso em: 07 nov. 2023.
PIXABAY. Post-its. [s.l.], 2023. Disponível em: https://pixabay.com/illustrations/post-its-note-paper-
notes-6271385/ https://cdn.pixabay.com/photo/2021/05/21/15/38/post-its-6271385_640.png . Acesso
em: 07 nov. 2023.
64
SIMPSON, S. Design thinking and its 5 steps that made Apple a success. In: Stephanie Anne
Design. Stephanie Anne Design: [s.l.], 19 mar. 2021. Disponível em:
https://www.stephanieannedesign.com/blog/2021/3/19/design-thinking-and-its-5-steps-that-made-
apple-a-success . Acesso em:

65
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
ano Ensino M dio 2023

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais
(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos
diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o
entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar
aprendendo.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

A prática teatral como (EM13LGG103) Analisar o funcionamento das linguagens, para


interpretação das realidades e interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas
de variados estilos de texto. semioses (visuais, verbais, sonoras e gestuais).

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Jogos teatrais.
DURAÇÃO: 3 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
As expressões corporais foram e são recursos de sobrevivência do homem em toda a sua existência. O riso
e o choro, que se tornaram símbolo do teatro, são formas de comunicação inerentes ao ser humano e
representam o sofrimento e o contentamento diante das intempéries da natureza e as contingências da
vida, sendo ferramentas poderosas de perpetuação da nossa espécie. As expressões corporais precedem o
canto, a dança, as pinturas rupestres e quaisquer outras manifestações artísticas que caracterizam a
humanidade. Essas expressões podem ser consideradas o suporte mais genuíno da arte de representar. Em
consonância com as habilidades propostas, pretende-se com esse planejamento, desenvolver e ampliar a
expressão oral, verbal, visual, sonora e corporal dos estudantes, utilizando o recurso dos jogos teatrais
como estímulo a criatividade, a imaginação, a espontaneidade, a autoconfiança, buscando a interação entre
as linguagens, promovendo o respeito às diferenças e aprimorando o discurso crítico, democrático e
inclusivo com a turma. Os jogos teatrais na escola, funcionam para introduzir a arte da representação com
os estudantes. Possibilitam a resolução de problemas e o exercício da liberdade criativa dentro de regras
desafiadoras.
“Os jogos teatrais e as práticas coletivas na Educação deveriam, portanto, se tornar
eixo central na aprendizagem e vivência dos processos educativos, pois estão
fundados em pressupostos do pragmatismo, movimento que procurou questionar o
espírito cartesiano que inunda nosso pensamento, onde se instala o reino das
certezas, da ausência de dúvidas”. (RANALDES, 2023)
Além disso, os jogos teatrais oferecem oportunidades valiosas para o desenvolvimento das habilidades
sociais. Os estudantes aprendem a ouvir e a responder aos colegas, a negociar, a resolver conflitos e a
trabalhar em equipe para alcançar objetivos comuns. Essas capacidades são fundamentais não apenas no

66
contexto escolar, mas também na vida cotidiana e em futuras interações profissionais.
Ainda em diálogo com as habilidades, busca-se proporcionar aos estudantes a interlocução entre a
linguagem do teatro e as demais linguagens que compõem o universo da Arte, despertando a
capacidade crítica entre os discursos, provocando a reflexão e o entendimento dos signos que a Arte
carrega.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Prezado(a) professor(a), inicie a aula discorrendo sobre a relevância do tema para o desenvolvimento
dos estudantes. Fale como a arte de representar pode ser um recurso de autoconhecimento,
desenvoltura e afirmação do sujeito diante da vida. Comente que o teatro possibilita o exercício da
empatia, quando os atores podem se colocar no lugar do outro por meio da interpretação dos
personagens, relacionando o real ao imaginário.

O que são os jogos teatrais?


Com base no improviso, os jogos teatrais são recursos dinâmicos para se introduzir a arte de
representar. Esses jogos foram desenvolvidos por Viola Spolin1, que se inspirou em Neva Boyd, uma
educadora de Chicago, Estados Unidos, que utilizava esse recurso para acolher e ensinar o idioma
americano para imigrantes, no período da grande depressão (1929/1930). Para Spolin, o aprendizado
cênico é democrático, possibilitando a qualquer pessoa a capacidade de aprender com e pela
expressão teatral, não tendo o talento como requisito primordial. De acordo com Freiria, 2014, “Estes
jogos têm uma organização básica, que é encontrada em cada uma das fichas dos Jogos Teatrais – O
fichário de Viola Spolin” que é PREPARAÇÃO, FOCO, INSTRUÇÃO (descrição) E AVALIAÇÃO”.
São inúmeros os motivos para trazer os jogos teatrais para a sala de aula, sendo um importante
complemento para a construção do conhecimento. Os jogos teatrais podem proporcionar momentos
descontraídos e reflexivos entre os participantes, promovendo o engajamento da turma, sendo um
excelente recurso para o ensino/aprendizagem. Lembrando que nesse caso, não existe a
competitividade. Não há ganhadores e nem perdedores nesses jogos, somente a interação dos sujeitos
no processo de representar.

Vamos ao jogo!
Após a conversa inicial, proponha para a turma um primeiro momento de improvisação que pode ser o
jogo do espelho. Em duplas, de frente para o outro, os estudantes vão fazendo movimentos
sincronizados, repetindo os movimentos dos seus pares. O comando dos movimentos será alternado de
acordo com a sinalização do(a) docente. (pode-se utilizar uma palma para essa alternância de
comando).
Encerre a aula com uma discussão sobre as experiências vivenciadas e as principais habilidades
trabalhadas. Solicite aos estudantes que anotem no caderno quais foram as sensações e sentimentos
que tiveram com esse exercício de improvisação do espelho (timidez, alegria, desconforto, dentre
outros).
Considerando a organização básica dos jogos teatrais segundo Viola Spolin, peça como atividade

1
Viola Spolin [...] (Chicago, 7 de novembro de 1906 - Los Angeles, 22 de novembro de 1994) autora e diretora de teatro, é
considerada por muitos como a fundadora ou a avó norte-americana do teatro improvisacional. Spolin sistematiza os Jogos
Teatrais (Theater Games), metodologia de atuação e conhecimento da prática teatral, que está presente em todos os
fundamentos da atual comédia norte-americana, inclusive no Stand-up comedy [...] Ela influenciou a primeira geração de
artistas norte-americanos da arte da improvisação através do Compass Theater e do Second City, grupos teatrais de Chicago
das décadas de 1950 e 1960. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Viola_Spolin>.Acesso em: 30/05/2023.

67
extraclasse, que pesquisem sobre a dinâmica das etapas: FOCO, INSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO.
(disponível em: Ramaldes, 2017)

AULA 2
Professor(a), retome a aula anterior, pedindo que falem sobre a pesquisa sugerida como tarefa
extraclasse. Os estudantes podem se manifestar espontaneamente ou o/a professor(a) pode escolher
quem irá fazer a leitura das etapas pesquisadas. De acordo com Ramaldes, 2016; “Dentro do
desenvolvimento do jogo, trabalhando as três essências dos jogos teatrais (Foco, Instrução e
Avaliação), Spolin propõe ainda o trabalho com a estrutura dramática (Quem/ Onde/ O Quê)”:
A estrutura dramática dos jogos teatrais de Viola Spolin faz parte das regras do jogo, e
se refere basicamente a três elementos: Quem (personagem/relacionamento); Onde
(ambiente/cenário); e O quê (ação/atividade). Spolin prefere utilizar essas denominações
(quem/onde/o quê) para ampliar a significação dos termos personagem, cenário e ação
de cena, os quais ela considera limitados e engessados para o desenvolvimento da
situação teatral e para as discussões entre os jogadores. (Ramaldes, 2016)
Em seguida, divida a turma em grupos de até seis pessoas e proponha o jogo “De onde venho e
para onde vou” (orientações abaixo). O(a) docente, deve explicar as regras do jogo para a turma e
pedir para que cada grupo se reúna, escolha um tema e decida a apresentação, considerando a
estrutura dramática de Viola Spolin (Quem/Onde/O quê), aprendida anteriormente. Cada grupo irá
definir um representante para ser o/a agente do jogo.
− Jogo: De onde venho e para onde vou (jogo extraído de Valle, 2022)
Um estudante sai da sala para, em seguida, entrar e realizar alguma ação que demonstre que
chegou de algum lugar (tirar uma mochila das costas, uma gravata etc.). “Isso tudo realizado
sem os objetos reais, mas mostrando no corpo as sensações”, explica Marchi. O grupo, então,
discute para chegar a um acordo sobre “de onde aquela pessoa veio”. “O jogo lida com os
saberes prévios dos estudantes, permite conhecer o repertório da classe e prova que, com
poucas ações, é possível demonstrarmos algo sem estereótipos ou a verbalização”, ressalta
Valle, 2022.

AULA 3
Jogo: Baú de personagens.
Para essa aula será necessário que o/a professor(a), traga para sala de aula um “baú” com diversas
roupas, fantasias, uniformes e acessórios o suficiente para a turma. Distribua as peças trazidas de
forma aleatória. Em seguida divida a turma em grupos de até seis pessoas e oriente que montem uma
apresentação de improviso, criando personagens de acordo com as roupas e os acessórios recebidos.
Determine 15 min para a organização da apresentação. Cada apresentação deve durar de 3 min a 5
min.
Considerando o potencial pedagógico dos jogos teatrais, é evidente que eles corroboram para o
desenvolvimento criativo, emocional e cognitivo dos participantes. Ao envolver os estudantes em
atividades teatrais, eles são convidados a explorar e expressar suas emoções, a desenvolver
habilidades de comunicação e a aprimorar sua capacidade de trabalhar em equipe. Ao relacionar os
jogos teatrais a assuntos do currículo, os educadores podem tornar as aulas mais dinâmicas e
envolventes, promovendo uma aprendizagem dentro da pedagogia ativa que imprime significado para
os estudantes, que são desafiados a compreender, interpretar e representar conceitos e personagens,
o que fortalece sua compreensão e retenção do conhecimento.

68
RECURSOS:
Espaço amplo e livre para movimentação. Roupas confortáveis para os estudantes. Papel e lápis para
anotações.
Acesso a uma biblioteca ou a recursos online para pesquisas.
Textos impressos, Roupas, uniformes, fantasias e acessórios diversos.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O/a docente, deve estar em constante processo de avaliação, considerando o percurso de cada etapa,
eliminando críticas e julgamentos (não existe melhor ou pior), reconhecendo as individualidades como
também a capacidade do trabalho coletivo. Avaliar a interação e a disponibilidade de superar os
desafios propostos, como também os próprios limites dos estudantes.

69
ATIVIDADES
1 − Qual é o objetivo principal dos jogos teatrais de Viola Spolin?
a) Promover o trabalho em equipe.
b) Desenvolver habilidades de improvisação.
c) Estimular a criatividade e expressão artística.
d) Todas as alternativas anteriores.

2 − As atividades propostas por Viola Spolin são apenas para atores profissionais.
a) Verdadeiro.
b) Falso.

3 − Quais são alguns dos princípios fundamentais dos jogos teatrais de Viola Spolin?
a) Presença no momento.
b) Foco na técnica vocal.
c) Roteiro pré-determinado.
d) Competição entre os participantes.

4 − No Jogo do Espelho, dois participantes se posicionam um de frente para o outro e realizam


movimentos simultâneos. O objetivo deste jogo é:
a) Competir para ver quem imita melhor os movimentos do outro.
b) Criar coreografias complexas para apresentações teatrais.
c) Desenvolver a sincronia e a atenção entre os participantes.
d) Explorar técnicas de dança contemporânea.

5 − Jogo da Estátua Dramática:


− Objetivo: Desenvolver expressão corporal e emocional dos estudantes.
− Instruções: Divida a turma em grupos de 4 a 6 estudantes. Cada grupo escolhe um tema ou
emoção, como felicidade, tristeza, raiva, surpresa, entre outros. Um estudante de cada grupo é
designado como "estátua" e os outros são os "escultores". Os escultores têm a tarefa de moldar
a estátua em uma pose que represente o tema ou emoção escolhidos. Quando todos os grupos
estiverem prontos, cada estátua deve permanecer imóvel enquanto os escultores explicam a
ideia por trás da pose. Depois, os papéis são trocados, para que todos tenham a oportunidade
de serem estátuas e escultores.

6 − Improvisação em Grupo:
− Objetivo: Estimular a criatividade, a colaboração e a improvisação dos estudantes.
− Instruções: Forme grupos de 3 a 5 estudantes. Cada grupo recebe um cenário ou uma
situação específica, como um supermercado, uma estação de trem ou uma festa de aniversário.
Os estudantes têm alguns minutos para discutir e planejar uma pequena cena baseada no
cenário proposto. Os grupos devem improvisar a cena diante dos colegas e do professor,
utilizando diálogos e ações que sejam adequados ao contexto.

Após cada apresentação, é interessante promover uma breve discussão sobre as escolhas feitas pelos
grupos e como poderiam ter sido abordadas de forma diferente.

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REFERÊNCIAS
FREIRIA, Marissol; Jogos teatrais de viola spolin na alfabetização. Unisalesiano. Lins, setembro de
2014. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Eventos/2015/iencontrosobrecurriculoiien
controdeeducacaoinfantil/jogos-teatrais-de-viola-spolin-na-alfabetizacao-_-freiria.pdf. Acesso em: 30
maio 2023.
MARQUES, John; Um olhar sobre a improvisação segundo Viola Spolin; Teatro em escala, maio 2021.
Disponível em: https://teatroemescala.com/2021/05/03/um-olhar-sobre-a-improvisacao-segundo-viola-
spolin/. Acesso em: 30 maio 2023
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos
/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 10
abril 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023.
Disponível em:<https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>.
Acesso em: 05 fev.2023.
RAMALDES, Karine, A estrutura dos jogos teatrais De Viola Spolin, Teatro na escola. [s. l.], 15 nov.
2016. Disponível em: https://www.teatronaescola.com/index.php/biblioteca/material-
academico/item/299-a-estrutura-dos-jogos-teatrais-de-viola-spolin. Acesso em: 31 maio 2023.
RAMALDES, Karine, Os Jogos Teatrais de Viola Spolin- Uma pedagogia da experiência. Academia.edu,
[s. l.], 2017. Disponível em: https://www.academia.edu/40155179/Os_Jogos_Teatrais_de_Viola
_Spolin_Uma_pedagogia_da_experi%C3%AAncia. Acesso em: 30 maio 2023.
REPRESENTAÇÃO, expressão e comunicação, Nova Escola. [s. l.], 24 nov. 2009. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/1058/representacao-expressao-e-comunicacao. Acesso em: 30
maio 2023.
VALLE, Leonardo. 11 jogos teatrais educativos para realizar com os estudantes. Instituto Claro, [s.
l.], 19 set. 2022. Disponível em: https://www.institutoclaro.org.br/educacao/nossas-
novidades/reportagens/11-jogos-teatrais-educativos-para-realizar-com-os-alunos/. Acesso em: 30 maio
2023.

71
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e
posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na
igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
ONHECIMENTO:

O Teatro como manifestação (EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais


cultural, histórica e estética de e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno
um povo. social, cultural, Histórico, variável, heterogêneo e sensível aos
contextos de uso.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Teatro.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:

Teatro de Herodion (Atenas, Grécia)

Fonte: ARAÚJO (s.d.)

Teatro: A palavra nasce do termo grego, théatron; designa “lugar onde se vai para ver”. O termo
determina tanto o espaço físico onde acontece o espetáculo como a própria encenação. Os requisitos
que possibilitam a execução de um espetáculo são: o ambiente, os atores, a narrativa e a plateia. Uma
peça teatral, poderá ser encenada em diversos espaços além de uma edificação construída com esse
objetivo. Também em locais alternativos, como praças, templos religiosos, escolas e até os semáforos
das grandes cidades podem se tornar o palco de uma apresentação. As maneiras de exercer a arte da
representação são inúmeras e se consolidam ao longo dos tempos nas mais diversas culturas, há
milhares de anos. Segundo Araújo, [s.d.], nos moldes que conhecemos hoje, “O teatro teve sua origem
no século VI a.C., na Grécia, surgindo das festas dionisíacas[...]. Dionísio, deus do vinho, do teatro e
da fertilidade. Essas festas, que eram rituais sagrados, procissões e recitais que duravam dias
seguidos, aconteciam uma vez por ano na primavera, períodos em que se fazia a colheita do vinho
naquela região”. Esse planejamento parte da interlocução entre as habilidades a serem desenvolvidas
com os estudantes, proporcionando o contato com a história do teatro desde seus primórdios,
entendendo os fenômenos sociais, histórico-culturais em contextos heterogêneos, incentivando a

72
utilização das ferramentas de mídias digitais para produção dos trabalhos a serem apresentados.
Pretende-se ainda, proporcionar aos estudantes a experiência estética e o entendimento no que se
refere às diversas linguagens artísticas, que se imbricam na expressão teatral, oferecendo uma gama
incontável de elementos históricos e folclóricos que compõem e afirmam a identidade dos povos.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Olá, professor(a), comece a aula dialogando com a turma sobre quais conhecimentos possuem sobre o
teatro. Fale do termo “teatro” como espaço de exibição e como a representação de uma história, um
espetáculo. Apresente imagens da arquitetura dos espaços teatrais. Pergunte se já tiveram a
oportunidade de assistir ou mesmo participar de uma peça teatral. Contextualize o tema, falando
brevemente sobre a origem do teatro: Não há uma data precisa de onde surgiu a arte de representar,
entretanto podemos imaginar que desde a pré-história o homem utilizava dos recursos teatrais para se
expressar, imitando os gestos e sons dos animais, contando histórias, evocando as divindades,
momento em que o teatro passa a ser sagrado. O teatro grego, surge como ode ao deus Dionísio,
considerado também o deus da fertilidade, da alegria e do vinho. A cultura grega tem o homem como
o centro do universo (antropocentrismo), portanto, os deuses gregos eram criados à imagem e
semelhança do homem, com suas qualidades e defeitos. Podiam ser geniais e detestáveis ao mesmo
tempo, dependendo dos humores. Estima-se que o teatro Grego tenha surgido no séc. IV a. C.
O teatro grego que hoje conhecemos surgiu, segundo historiadores, de um acontecimento inusitado.
Quando um participante desse ritual sagrado resolve vestir uma máscara humana, ornada com cachos
de uvas, sobe em seu tablado em praça pública e diz: “Eu sou Dionísio!”. Todos ficam espantados com
a coragem desde ser humano colocar-se no lugar de um deus, ou melhor, fingir ser um deus, coisa
que até então não havia acontecido, pois um deus era para ser louvado, era um ser intocável. Este
homem chamava-se Téspis, considerado o primeiro ator da história do teatro ocidental. (ARAÚJO,
[s.d.].
Símbolos coloridos do teatro.

Fonte: (FREEPIK, [2023])

Téspis teve a ousadia de imitar um deus, coisa Figura: “Stories do Teatro | Ep. 1 |
Teatro Grego”
completamente inimaginável, pelo fato de os deuses serem
inexpugnáveis. Com essa atitude, transforma a realidade em
faz-de-conta, o sagrado em profano. Daí surge o teatro nos
moldes que conhecemos hoje, quando o universo da
imaginação se descortina na arte de representar o mundo
pela tragédia, pelo drama e pela comédia. Exiba o vídeo
“Stories do Teatro | Ep. 1 | Teatro Grego” (SESC
FLORÊNCIO DE ABREU, 2021) (SESC FLORÊNCIO DE ABREU, 2021)

73
Obs.: Caso a escola não possua o acesso à internet, o(a) docente poderá fazer download do vídeo
para ser exibido.
É importante entender que teatro e escola não são espaços com objetivos antagônicos, ao contrário,
carregam em si o princípio pedagógico de despertar o ensino/aprendizagem. Para os gregos, que
utilizavam o teatro com fins pedagógicos, acreditavam que não é preciso passar pela dor para saber
que dói. As histórias encenadas despertam a compaixão diante do drama e da tragédia e tem na
comédia o alívio de poder rir de si mesmo e não se levar tão a sério. Na Grécia antiga, assistir a um
espetáculo ultrapassava a mera diversão. Era uma oportunidade de se colocar em pauta os valores, as
crenças e as ideologias daquela sociedade.
Encerre a aula solicitando à turma que pesquise sobre os conceitos de drama, tragédia e comédia e
seus respectivos autores no teatro grego. (disponível em: ALENCAR, [s.d.])

AULA 2
Prezado(a) professor(a), inicie essa aula conversando com a turma sobre a pesquisa solicitada na aula
anterior. Os estudantes poderão ler os temas pesquisados de forma espontânea ou o(a) docente
poderá escolher de forma aleatória quais estudantes irão apresentar. Em seguida, divida a turma em
quatro grupos para a criação de uma apresentação teatral inspirados nos mitos gregos, (disponível nas
referências em Aldar [s.d.]), que deverá ocorrer na próxima aula. O/a docente deve imprimir esses
mitos para que os grupos possam escolher o que mais se identificarem. Sugiro que façam uma
adaptação das histórias, traduzindo-as para a contemporaneidade. Ex.: O mito do Narciso e as redes
sociais, o mito da Caixa de Pandora e a política e o mito de Sísifo e a classe trabalhadora.
"No século XX, um autor do movimento conhecido como “existencialismo”, Albert Camus, retomou o
mito para explicar a condição humana e promover o que ficou conhecido como “A revolta metafísica”.
Explicava Camus que a vida dos homens era tal como o mito de Sísifo: seguir uma rotina diária, sem
sentido próprio, determinada por instâncias como a religião e o sistema capitalista de produção. No
mundo administrado, levantamos de manhã, trabalhamos, comemos, reproduzimos etc., e tudo isso
não faz o menor sentido, já que se refere a modos de pensar que se impõem ao indivíduo sem que ele
participe da estruturação desse modo de vida, como se não tivéssemos escolhas. " (CABRAL, [s.d.])
Uma referência para a representação dos mitos gregos na contemporaneidade é a série Black Mirror,
disponível no canal de streaming NETFLIX. De acordo com GALAK e ZOBOLI, 2018, “As mazelas da
caixa de Pandora se apresentam nos episódios de forma distópica [...] são abordadas questões
políticas [...] manifestações de violência (racismo, xenofobia); a manipulação das massas, os ciúmes, o
controle sobre a vida, a humilhação[...]. Em suma, a tecnologia como potencializadora do poder
humano em destruir as coisas e o outro”. Outra referência dessa mesma série é o episódio “Queda
Livre”, da terceira temporada, que faz uma analogia ao mito do “Narciso”, aquele que se entorpece
pela própria imagem refletida em um lago. A distopia em Black Mirror, mescla, naturaliza e incorpora
de forma coletiva a ideia das ferramentas tecnológicas, diante da sociedade contemporânea imersa
nessa catarse simbiótica entre o corpo e o virtual.
Os grupos devem se organizar dividindo as tarefas de produção, direção, criação de cenário, figurino,
maquiagem, narrador, atores e publicidade do espetáculo. Todos do grupo terão uma função,
considerando as habilidades de cada um. Lembrando as habilidades propostas anteriormente, as
apresentações devem ser em forma de vídeo, incentivando a utilização das ferramentas de mídias
digitais. Esses vídeos poderão ser gravados na escola, utilizando os celulares e outros recursos
audiovisuais que estejam disponíveis. Os vídeos devem durar no máximo 00:10 min.
OBS: Os grupos podem criar um canal de comunicação entre si, utilizando as redes sociais para se
organizarem.

74
AULA 3
− Gravação dos vídeos
Nessa aula o/a docente, deve auxiliar os grupos na direção das gravações, orientando sobre o
posicionamento dos atores, a impostação da voz, a articulação das falas e a ênfase nas expressões.
Lembrar os atores que a apresentação é para o público, nesse caso, os diálogos e as ações devem
estar de frente para a plateia/espectadores.
Obs.: Um tapete pode servir como o limitador do espaço das ações.

AULA 4
Inicie a aula com a apresentação dos vídeos produzidos pelos grupos.
O encerramento deve ser um momento de reflexão do que foi apreendido pelos estudantes durante o
processo. O homem se encontra em um universo que se comunica a todo tempo e por todas as
coisas. A capacidade de compreender esse universo passa pelo conhecimento e entendimento
simbólico dos mitos. Segundo Seleprin [s. d.], “Mito não é nada mais que explicar o seu lugar, onde o
homem pós-moderno vê na sua forma de contato com o mundo um constante retorno aos tempos em
que a simplicidade, a harmonia e a paz reinavam livremente”.

RECURSOS:
Mídias audiovisuais, imagens e textos impressos. Espaço amplo e livre para movimentação. Papel e
lápis para anotações. Acesso a uma biblioteca ou a recursos online para pesquisas. Roupas, fantasias,
maquiagem e acessórios diversos.
Materiais diversos para a composição de cenários. (papel Kraft, cartolinas, tecidos, cortinas, tapetes,
dentre outros).

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deve se ater no processo das atividades. É importante que o/a docente esteja atento às
individualidades, considerando as habilidades de cada estudante no desenvolvimento das tarefas.
Avaliar a pontualidade e a disposição em trabalhar em grupo.

SAIBA MAIS:
MEDEIROS E PILLAR, 2020, “QUEDA LIVRE” E AS INTERAÇÕES DOS ADOLESCENTES NAS REDES
SOCIAIS: algumas aproximações.
Podcast sobre mitologia grega do professor Cláudio Moreno. Produção de Filipe Speck.

Figura 4: NOITES GREGAS, podcast

Disponível em: https://www.youtube.com/@NoitesGregas.

75
ATIVIDADES
Tendo como referência o texto TEATRO E ESCOLA: O PAPEL DE EDUCAR, disponível em CLETO,
[s.d.], responda as questões a seguir:
Obs.: Lembre-se de responder cada questão de forma clara e objetiva, utilizando argumentos e
exemplos para fundamentar suas respostas.

1 − De acordo com o texto de Ciley Cleto, qual é o objetivo principal do teatro na educação? Explique
como o teatro pode contribuir para o desenvolvimento dos estudantes.

2 − Descreva três benefícios mencionados no texto sobre a utilização do teatro como ferramenta
educacional. Explique como cada um desses benefícios pode impactar positivamente a aprendizagem
dos estudantes.

3 − No texto, Ciley Cleto enfatiza a importância do teatro no processo de formação do indivíduo.


Explique como o teatro pode contribuir para o desenvolvimento da expressão e da comunicação dos
estudantes.

4 − Ciley Cleto menciona que o teatro pode promover a empatia e a compreensão das diferenças entre
as pessoas. Explique como a prática teatral pode ajudar os estudantes a desenvolverem essas
habilidades e por que isso é relevante para a formação cidadã.

5 − Além dos benefícios individuais, o texto aborda a importância do teatro como uma atividade
coletiva. Explique como a prática teatral em grupo pode contribuir para o fortalecimento dos vínculos
sociais entre os estudantes e para a construção de uma sociedade mais inclusiva.

76
REFERÊNCIAS
A queda de Tróia. [s. l.: s. n.], 29 jan. 2022. 1 vídeo (1 min). Publicado pelo canal Noites Gregas.
Disponível em: https://www.youtube.com/@NoitesGregas. Acesso em: 06 jun. 2023
ALDAR, Laura. Mitologia grega: 13 mitos importantes da Grécia Antiga. Cultura Genial. [s. l.], [2023].
Disponível em: https://www.culturagenial.com/mitologia-grega-mitos-importantes-com-comentarios/.
Acesso em: 06 jun. 2023.
ALENCAR, Valéria Peixoto de; Teatro grego - Diferenças entre comédia e tragédia. Educação UOL. [s.
l.], [2023]. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/teatro-grego-diferencas-entre-
comedia-e-tragedia.htm. Acesso em: 06 jun. 2023.
ARAUJO, Lindomar da Silva. História do teatro, Infoescola. [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://www.infoescola.com/artes/historia-do-teatro/. Acesso em: 01 jun. 2023.
CABRAL, João Francisco Pereira. O mito de Sísifo e sua conotação contemporânea. Brasil Escola. [s.
l.], [2023]. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-mito-sisifo-sua-conotacao-
contemporanea.htm. Acesso em: 06 jun. 2023.
GALAK e ZOBOLI, Fabio, Eduard; Prometeu, Epimeteu e Pandora: corpo, técnica e tecnologia em
“Black Mirror”, Researchgate. [s. l.], out. 2018. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/339612513_Prometeu_Epimeteu_e_Pandora_corpo_tecnica_
e_tecnologia_em_Black_Mirror. Acesso em: 12 jun. 2023
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s.
l.],2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 10 abril 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>.
Acesso em: 05 fev.2023.
SELEPRIN, Maiquel José; O mito na sociedade atual. Mito e realidade. [s. l.], [2023]. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/FILOSOFIA/Artigos/O_mito
_na_sociedade_atual.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2023.
SÍMBOLOS coloridos do teatro. FREEPIK, [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://br.freepik.com/vetores-premium/simbolos-coloridos-do-teatro-conjunto-de-icones-de-vetor-de-
bale-e-opera-isolado_4085360.htm. Acesso em: 31 maio 2023.
STORIES do Teatro | Ep. 1 | Teatro Grego, [s. l.], 10 nov. 2020. 1 vídeo (2 min). Publicado pelo cana
SESC Florêncio de Abreu, 2021. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=dF3NkPYEip4&ab_channel=SescFlor%C3%AAnciodeAbreu.
Acesso em: 06 jun. 2023.

77
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 5: Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas
práticas corporais, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressão de valores e
identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à diversidade.
Competência Específica 6: Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais,
considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as
linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas,
exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes,
identidades e culturas.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
ONHECIMENTO:

Propiciar vivências com obras (EM13LGG504MG) Propiciar vivências holísticas (yoga,


teatrais, que ajudem na meditação, tai chi chuan, entre outras) para o desenvolvimento
concentração e no autocontrole. de percepções de mundo, subjetividades pessoais, sensibilidade
mental, de forma a construir uma vida melhor em sociedade.
Analisar a arte como produto
social, cultural, político e (EM13LGG604) Relacionar as práticas artísticas às diferentes
econômico. dimensões da vida social, cultural, política e econômica e
identificar o processo de construção histórica dessas práticas.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Nós, os “espect-atores” O Teatro do Oprimido de Augusto Boal.
DURAÇÃO: 2 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A produção de Augusto Boal 2 nasce no contexto da ditadura militar no Brasil (1964/1985). A tentativa
de silenciar a arte se evidenciava na perseguição dos artistas e intelectuais dessa época. Nesse
período, a “arte engajada" era uma bandeira de resistência ao regime opressor que se impunha à
sociedade. Boal cria o “Teatro do Oprimido 3 ” e o termo “espect-atores”, convidando o público a
participar da obra, uma característica da arte contemporânea, que enxerga o espectador como agente.
“Pode ser que o teatro não seja revolucionário em si mesmo, mas não tenham dúvidas: é um ensaio
da revolução!”. (Boal, 2014). A marca registrada desse artista era seu espírito curioso diante do
obscurantismo político da época. O teatro de Boal era um veículo artístico que buscava responder às
questões sociais, o combate à hostilidade ao regime militar e a tentativa de apresentar soluções para
ideias tão conflitantes. Procurando uma intercessão com as habilidades propostas, intenciona-se com
esse planejamento oportunizar o contato do estudante com o teatro de Augusto Boal, que propõe o
“Teatro do Oprimido”, com a ação do espectador na obra. Boal cria uma linguagem do teatro
contemporâneo que traduz a brasilidade em sua forma de pensar, sentir e expressar o mundo. Diante
disso, busca-se ainda ampliar os horizontes dos estudantes, desenvolvendo a capacidade de criar
subjetividades e abstrações que os tornarão sensíveis para perceber e intervir no ambiente de forma
positiva, vislumbrando nas práticas artísticas um suporte para os tornarem cidadãos ativos e
conscientes dos seus deveres e direitos e na sociedade.
2
Augusto Boal (1931-2009) foi um dos dramaturgos que mais contribuiu para a criação de um teatro genuinamente brasileiro e latino
americano. Desde os primórdios de sua carreira, no teatro de Arena, até o Teatro do Oprimido, técnica que o tornou mundialmente
conhecido, passando pelas Sambóperas, sua preocupação foi a de criar uma linguagem que pudesse traduzir a realidade do seu país, uma
maneira brasileira de falar, sentir e pensar. [...] (BOAL, 2014) Vida e Obra.

3
[...]No período em que a ditadura militar reprimiu com maior força a voz do povo e de seus representantes, nos diferentes âmbitos sociais,
Boal aliou-se a educadores e intelectuais da América Latina, dispostos a desenvolverem uma tomada de consciência dos oprimidos, a começar
pelo projeto de alfabetização, ALFIN – Programa de Alfabetização Integral, no Peru, na década de setenta, cuja concepção metodológica do
projeto era inspirada na pedagogia do oprimido de Paulo Freire. [...] Disponível em: ARAÚJO [s. d.]

78
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Caro(a) professor(a), comece a aula contextualizando o teatro como forma de perceber, intervir, criar
e recriar o mundo ao seu redor. Fale sobre o teatro de Augusto Boal, contextualizado anteriormente, e
do período da ditadura militar no Brasil e a perseguição aos artistas, jornalistas e intelectuais da época.
Pergunte à turma se conhecem algum artista que fez referência à ditadura militar na sua obra. Para
se aprofundar um pouco nesse assunto, acesse os textos de AARÃO e ROLLEMBERG, 2022 e BATISTA
e GUILHERME, 2019, disponíveis nas referências. Apresente Augusto Boal e o “Teatro do Oprimido”
como forma de resistência à perseguição que se impunha pela ditadura militar. Para Boal, em oposição
ao regime ditatorial, o teatro é a expressão da democracia ampla, geral e irrestrita, onde todos podem
se expressar. Do burguês ao operário, do urbano ao rural, do(a) idoso(a) a criança, seja atuando ou
assinstindo a uma peça teatral, todos, indistintamente experimentam a experiência estética quando
expostos a essa arte milenar. De acordo com Ferrari, 2016, “Retirar a passividade de quem assiste a
uma encenação teatral é primordial. A passividade não combina com a proposição de arte trazida por
Boal. [...] Nada está pronto e acabado, tudo está por fazer”.
O “Teatro do Oprimido”, de acordo com o próprio Boal, pretende transformar o espectador, que
assume uma forma passiva diante do teatro aristotélico, com o recurso da quarta parede, em sujeito
atuante, transformador da ação dramática que lhe é apresentada, de forma que ele mesmo,
espectador, passe a protagonista e transformador da ação dramática. A ideia central é que o
espectador ensaie a sua própria revolução sem delegar papéis aos personagens, desta forma
conscientizando-se da sua autonomia diante dos fatos cotidianos, indo em direção a sua real liberdade
de ação, sendo todos “espect-atores” (ARAÚJO, [s.d.]).
O Teatro do Oprimido é uma idealização brasileira que alcançou Figura 1: QR Code de acesso a: LEAL,
Dodi; METAXIS USP - Oficina de
o mundo. Difundido pela sigla TO, carrega como premissa Teatro do Oprimido, maio de 2008.
democratizar o acesso e a produção teatral, transformar a
realidade pelo diálogo e interpretação da vida, mesclar em um
espetáculo atores e não atores, buscando a desautomatização do
indivíduo. Para Boal, “Ser cidadão não é viver em sociedade, é
transformá-la”.

Em seguida proponha para a turma alguns exercícios fundamentados no TO, disponíveis em Leal 2008,
acesso no QR Code ao lado.
Obs.: Não é necessário apresentar o vídeo para a turma, entretanto cabe ao professor(a) assisti-lo
para aprender como executar os exercícios com os estudantes.
Proponha, para ser realizado na próxima aula, o teatro-fórum4, um processo de criação coletivo,
idealizado por Boal. Para tanto, solicite a turma que pesquise e traga notícias e/ou histórias do
cotidiano com temas polêmicos para o exercício teatral. (Podem ser impressas e coladas no caderno ou
copiadas)

4
O Teatro-fórum não é um mero jogo de entretenimento e de apresentação das virtudes e das habilidades de improvisação
do ator no palco. O Teatro-fórum é considerado por Augusto Boal como uma metáfora teatral, que pode ser recriada e
reinterpretada na vida social de cada sujeito presente na plateia.
CANDA, Cilene Nascimento; Teatro-fórum: propósitos e procedimentos. Disponível em:
<1https://www.revistas.udesc.br/in;dex.php/urdimento/article/download/1414573101> Acesso em: 12/06/2023

79
AULA 2
− Teatro- fórum:
Prezado(a) professor(a), inicie a aula elegendo junto com a turma, quatro notícias/histórias, solicitadas
na aula anterior, para se tornarem temas do teatro-fórum.
A turma será dividida em quatro grupos. O/a docente fará o sorteio dos temas entre os grupos. Cada
grupo será subdividido entre atores, espectadores e um(a) estudante para ser o(a) mediador(a) 5.
Mediante os temas elencados, o grupo de atores inicia uma improvisação, criando os personagens e os
diálogos. Os espectadores irão opinar sobre a apresentação dos atores, podendo intervir nos diálogos
de acordo com a anuência do mediador. O importante é que o grupo caminhe na direção de
apresentar uma solução para o conflito originário. Sugire-se que o tempo de cada assunto a ser
desenvolvido no teatro-fórum seja de no máximo 00:10 min.

RECURSOS:
Recurso de mídias audiovisuais, espaço amplo para a realização dos exercícios teatrais. Textos
impressos, caneta, lápis e papel para anotação.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avalie o processo coletivo e individual diante das propostas do(a) professor(a).
Avalie as apresentações do teatro-fórum, considerando a capacidade de desenvolvimento da tese
apresentada pelo tema, o poder de antítese e síntese de cada grupo, concluindo com uma possível
solução para o problema inicial.

SAIBA MAIS:
TEATRO DO INVISÍVEL Figura 2: QR Code de acesso a: TEATRO DO
INVISÍVE, disponível em: (Mitchell, 2016).
Consiste em apresentar uma cena em ambiente público,
como restaurante, cinema, fila de banco, dentre outros;
sem que as pessoas presentes desconfiem que é uma
encenação.
“Apresentar um dilema moral em meio à vida cotidiana —
isso pode ser particularmente útil em temas que as pessoas
normalmente seriam “educadas demais” para trazer à tona,
como pobreza, racismo ou homofobia”. (MITCHELL, 2016)

5
[...] na concepção do teatro-fórum, mediador é a pessoa que organiza o debate e pode convidar uma pessoa da plateia
para participar da cena com os atores a qualquer momento. Pode também provocar questões que levem o público a refletir
sore o problema e a encontrar possíveis caminhos para transformar a sociedade”. (FERRARI, 2016, pág. 55)

80
ATIVIDADES
De acordo com o texto “Teatro do Oprimido”, em Araújo, [s.d.], disponível nas referências, responda
as questões a seguir:
1 − Qual é o nome do método de teatro criado por Augusto Boal?
a) Teatro do Absurdo.
b) Teatro Épico.
c) Teatro do Oprimido.
d) Teatro do Realismo Social.

2 − Explique brevemente o conceito de "teatro invisível" proposto por Augusto Boal.

3 − Qual dos seguintes não é um dos principais tipos de exercícios do Teatro do Oprimido?
a) Teatro-Fórum.
b) Teatro Imagem.
c) Teatro do Absurdo.
d) Teatro Jornal.

4 − Descreva uma estratégia que pode ser utilizada no Teatro-Fórum para estimular a participação do
público.

5 − O Teatro do Oprimido tem como objetivo principal:


a) Entreter o público.
b) Conscientizar e promover o diálogo sobre questões sociais.
c) Exaltar a figura do herói.
d) Representar histórias ficcionais.

81
REFERÊNCIAS
AARÃO, Daniel. ROLLEMBERG, Denise. A ditadura, as artes e a cultura. Arquivo Nacional. [s. l.],
abr. de 2022. Disponível em: https://www.gov.br/memoriasreveladas/pt-br/assuntos/destaques/a-
ditadura-as-artes-e-a-cultura. Acesso em: 12 jun. 2023.
ARAÚJO, Lindomar da silva; Teatro do oprimido. Infoescola. [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://www.infoescola.com/artes-cenicas/teatro-do-oprimido/. Acesso em 01 jun. 2023.
BATISTA Myke. GUILHERME, Raphaelle. Entenda a Ditadura Militar a partir de obras artísticas. Escola
de formação e Criação do Ceará. Ceará, mar. 2019. Disponível em:
https://portoiracemadasartes.org.br/entenda-a-ditadura-militar-a-partir-de-obras-artisticas/. Acesso
em: 12 jun. 2023.
BOAL, Augusto; Entre o teatro e a vida, Boal. [s. l.], 05 jul. 2014. Disponível em:
http://augustoboal.com.br/2014/07/05/entre-o-teatro-e-a-vida/. Acesso em: 01 jun. 2023.
FERRARI, Solange dos Santos Utuari; LIBÂNEO, Daniela Leonardi; SARDO, Fábio; FERRARI, Pascoal
Fernando; Por Toda Parte: Volume Único. 1 ed. São Paulo: FTD, 2016. Disponível em:
https://pt.scribd.com/document/469252136/ARTE-VOLUME-UNICO-PROFESSOR-PNLD-2018-docx.
Acesso em: 12 jun. 2023.
METAXIS USP - Oficina de Teatro do Oprimido. [s. l.: s. n.]. 10 maio 2008. 1 vídeo (9 min). Publicado
pelo canal Dodi Leal. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=jZ1Zk2Py8G4&ab_channel=DodiLeal. Acesso em: 12 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s.
l.],2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf>. Acesso em: 10 abril 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023. Disponível
em:https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05
fev. 2023.
MITCHELL, Tracey; TÁTICA: Teatro Invisível. Medium. [s. l.], dez. 2016. Disponível
em:https://medium.com/@EAtivismo/t%C3%A1tica-teatro-invis%C3%ADvel-c199f84a5096. Acesso
em: 12 jun. 2023.

82
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
ano Ensino M dio 2023

Linguagens

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais
(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos
diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social,
o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar
aprendendo.
Competência Específica 6: Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais,
considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as
linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas,
exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades
e culturas.
Competência Específica 7: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões
técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se
em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho,
informação e vida pessoal e coletiva.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Antropometria e avaliação (EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação


física. de discursos, nas diferentes linguagens, para fazer escolhas fundamentadas
em função de interesses pessoais e coletivos.
(EM13LGG603) Expressar-se e atuar em processos de criação autorais
individuais e coletivos nas diferentes linguagens artísticas (artes visuais,
audiovisual, dança, música e teatro) e nas intersecções entre elas,
recorrendo a referências estéticas e culturais, conhecimentos de naturezas
diversas (artísticos, históricos, sociais e políticos) e experiências individuais e
coletivas.
(EM13LGG701) Explorar tecnologias digitais da informação e comunicação
(TDIC), compreendendo seus princípios e funcionalidades, e utilizá-las de
modo ético, criativo, responsável e adequado a práticas de linguagem em
diferentes contextos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Instrumentos de avaliação física.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A antropometria é um ramo da antropologia que estuda as medidas e dimensões do corpo humano, seja
no todo ou parte dele, com o objetivo de estabelecer as diferenças e semelhanças entre pessoas,
avaliando tamanho, forma e composição corporal.

83
A avaliação antropométrica considera e utiliza um conjunto de medidas para diversos objetivos, entre
eles o de avaliar o estado nutricional dos indivíduos, as capacidades físicas e possíveis riscos de
doenças. Diante disso, é de grande valia o conhecimento dos métodos de avaliação física e
antropométrica, suas funções, aplicabilidade e as mensurações que podem proporcionar.
No ambiente escolar, as medidas antropométricas podem ser realizadas de forma isolada, apenas para
conhecimento e vivência do estudante, ou através de uma avaliação física, que trará conhecimento e
aplicabilidade ao discente, instruindo-o a conhecer e aplicar em seu dia a dia a importância da iniciação
ou manutenção de uma rotina de hábitos saudáveis para melhoria do bem-estar, da qualidade de vida
e da saúde. Possibilitando o conhecimento de métodos, para averiguação das transformações
adquiridas através do desenvolvimento de bons hábitos, em seu corpo.
Com o desenvolvimento da nossa sociedade, é evidente o crescimento do sedentarismo devido a
diversos fatores, levando à incidência do crescimento de casos de inúmeras doenças à população,
como por exemplo a hipertensão, problemas cardíacos, diabetes e problemas pulmonares. Diante
disso, é muito importante que o(a) professor(a) trabalhe com este tema e desenvolva junto aos
estudantes a consciência e valorização da saúde e de hábitos saudáveis para melhoria da qualidade de
vida em geral.

B) DESENVOLVIMENTO:
No desenvolvimento deste planejamento, o(a) professor(a) poderá trabalhar com os discentes, o
conhecimento de alguns protocolos de avaliação física e irá escolher pelo menos um a ser realizado
junto aos estudantes, de acordo com as possibilidades e recursos da escola.
É importante que sejam conhecidos os métodos e protocolos de avaliação física, proporcionando aos
estudantes o conhecimento de como mensurar seus níveis de capacidade física e riscos a possíveis
doenças relacionadas aos padrões e estilo de vida que cultivam, deixando claro as possibilidades de
hábitos que podem adotar para que tenham uma vida mais saudável e uma melhor qualidade de vida.

AULA 1
Na primeira aula deste planejamento, sugere-se que o(a) professor(a) apresente aos estudantes os
seguintes protocolos de avaliação física:
− Índice de massa corporal (IMC).
− Balanço calórico.
− Protocolos de avaliação de composição corporal: circunferências corporais; dobras cutâneas;
impedância bioelétrica.
− Protocolos de capacidades físicas: teste de Cooper; teste de abdominais; teste de flexões;
dentre outros que julgar interessantes.
É importante que além de citar os protocolos, o(a) professor(a) exponha o objetivo de cada um deles,
as capacidades mensuradas e as possíveis indicações em seus resultados.
Ao final dessa aula, o(a) professor(a) irá aprofundar nos testes de avaliação física que serão realizados
junto aos estudantes nas duas aulas seguintes. O(a) docente deve instruir quanto aos procedimentos
que serão adotados e como serão registrados os resultados individuais para posterior análise no
fechamento do conteúdo.
O(a) professor(a), poderá exibir a aula abaixo, do programa Se Liga na Educação, sobre o tema
antropometria, para contribuir com a compreensão dos estudantes sobre o conteúdo:
→ Antropometria. Se liga na educação.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1MGEbpZv8oZrrnyZo3yRF177YJ7MLuByI/view.

84
AULA 2
Nesta aula, o(a) professor(a) irá realizar de forma prática, dois protocolos, conforme repassado aos
estudantes na aula 1 deste planejamento.
Sugere-se que o(a) docente, realize um protocolo de antropometria e outro de avaliação de
capacidades físicas, de acordo com possibilidades e recursos da escola.
Podem ser realizados o cálculo de IMC e o teste de Cooper, onde o(a) professor(a) irá realizar a
medida da altura e peso dos estudantes e posterior cálculo do IMC. Poderá também, com os
estudantes na quadra ou pátio, instruí-los a caminhar/correr em uma área pré-determinada e contar o
número de voltas que conseguem dar em 12 minutos, multiplicando ao final, a distância de uma volta
pelo número de voltas percorridas, chegando ao total final percorrido. Os estudantes deverão registrar
os dados coletados nos protocolos aplicados para que sejam verificados os níveis indicados nos
respectivos testes na aula seguinte.

Aula 3
Nesta aula, o(a) professor(a) irá apresentar aos estudantes os valores de referência dos testes
realizados na aula anterior e cada um irá verificar os níveis atingidos. O(a) docente irá explicar o que
cada nível significa. Poderá explicar também, que os níveis indicados são valores gerais que devem ser
analisados juntamente com outras informações, levando em consideração as características físicas e
hábitos pessoais.
Após essa análise, é interessante realizar uma discussão com os estudantes com perguntas
norteadoras do tipo: Quais são os padrões estéticos valorizados em nossa sociedade? Os padrões
estéticos sempre condizem com os melhores níveis de saúde? Qual é a importância de bons hábitos de
sono e alimentação, além da prática regular de atividade física, para aumentar os níveis de saúde e
qualidade de vida das pessoas em geral?
Seguem abaixo, valores de referência de alguns testes indicados neste planejamento que podem ser
utilizados na sua aplicação:
→ IMC (no link a seguir há uma sugestão, instruções e a tabela de referência a partir do protocolo
determinado para a realização do teste: https://www.tuasaude.com/calculadora/imc/).

→ Teste de Cooper (no link a seguir há uma sugestão, instruções e a tabela de referência a partir
do protocolo determinado para a realização do teste: https://www.tuasaude.com/teste-de-
cooper/).

→ Teste de abdominais (no link a seguir há uma sugestão, instruções e a tabela de referência a
partir do protocolo determinado para a realização do teste:
https://fitescola.dge.mec.pt/detalhesTeste.aspx?id=7).

→ Teste de flexões (no link a seguir há uma sugestão, instruções e a tabela de referência a partir
do protocolo determinado para a realização do teste:
https://fitescola.dge.mec.pt/detalhesTeste.aspx?id=8).

→ Percentual de gordura corporal (no link a seguir há valores de referência e tabelas que podem
ser apresentadas e orientadas de acordo com sexo e idade:
http://www.saudeemmovimento.com.br/saude/tabelas/tabela_de_referencia_composicao.htm).

85
AULA 4
Esta aula, poderá ser destinada à finalização das discussões propostas e iniciadas na aula 3, além da
realização das atividades deste planejamento, finalizando os procedimentos de avaliação do conteúdo.
O(a) professor(a) poderá exibir a aula abaixo, do programa Se Liga na Educação, sobre o tema
fisiologia do exercício para contribuir com a compreensão dos estudantes sobre a importância e ações
do exercício físico no corpo humano e no nosso dia a dia:
→ Fisiologia do exercício. Se liga na educação.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1MKU90nM1z45-0w3dD46ADZz8cf4IGDvL/view.

Seguem também, duas sugestões de atividades que podem ser trabalhadas interdisciplinarmente:

▪ Atividade 1: O(a) professor(a), ao final do conteúdo, poderá propor juntamente com a área
de matemática em um trabalho interdisciplinar, a construção de uma tabela, analisando os
dados gerais dos estudantes por turma, a construção de gráficos com os dados das avaliações
antropométrica e física e a relação dos valores de referência gerais.
▪ Atividade 2: O(a) professor(a), em parceria com demais professores(as) da área de
linguagens, poderá propor que os estudantes realizem uma produção textual abordando: os
valores de referência das tabelas de testes físicos e antropométricos; a importância destes
métodos como elementos de conscientização para prevenção de doenças; e a importância dos
exercícios físicos e outros bons hábitos nas nossas atividades diárias.

RECURSOS:
Materiais sugeridos: Cones, balança, trena, colchonetes e projetor multimídia.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Este conteúdo será avaliado através da participação dos estudantes nos testes aplicados, nas
discussões propostas e através das atividades do planejamento.

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ATIVIDADES
1 – Quais são os principais métodos de avaliação física e antropométrica visto nas aulas deste
conteúdo?

2 – Qual foi o seu entendimento sobre a importância e função das avaliações física e antropométrica?

3 – Quais são os principais fatores e benefícios da prática regular de atividade física e hábitos
saudáveis em nosso dia a dia?

4 – De acordo com os resultados dos seus testes de avaliação e antropometria realizados nas aulas,
qual a sua avaliação pessoal sobre sua condição física?

5 – Comparado aos valores de referência, quais são as suas conclusões sobre a sua condição física em
relação à média das pessoas de sua classificação?

87
REFERÊNCIAS
ABDOMINAIS. Fit Escola, [s. l.], 2023. Disponível em:
https://fitescola.dge.mec.pt/detalhesTeste.aspx?id=7. Acesso em: 27 jun. 2023.
ANTROPOMETRIA. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas Gerais.
Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2022. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1MGEbpZv8oZrrnyZo3yRF177YJ7MLuByI/view. Acesso em: 27 jun.
2023.
AVALIAÇÃO antropométrica: tire suas dúvidas. Ipemed, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://www.ipemed.com.br/blog/avaliacao-
antropometrica?utm_source=(direct)&utm_medium=(none). Acesso em: 20 jun. 2023.
BRUCE, Carlos. Teste de Cooper: o que é, como é feito e tabelas de resultados. Tua saúde, [s. l.],
ago. 2021. Disponível em: https://www.tuasaude.com/teste-de-cooper/. Acesso em: 20 jun. 2023.
CLASSIFICAÇÕES do percentual de gordura na composição corporal. Saúde em movimento, [s. l.],
2023. Disponível em:
http://www.saudeemmovimento.com.br/saude/tabelas/tabela_de_referencia_composicao.htm. Acesso
em: 27 jun. 2023.
FISIOLOGIA do exercício. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2022. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1MKU90nM1z45-0w3dD46ADZz8cf4IGDvL/view. Acesso em: 27 jun.
2023.
FLEXÕES de braços. Fit Escola, [s. l.], 2023. Disponível em:
https://fitescola.dge.mec.pt/detalhesTeste.aspx?id=8. Acesso em: 27 jun. 2023.
MEDIDAS antropométricas: O que são, tipos e instrumentos. Sanny, [s. l.], 2021. Disponível em:
https://blog.sanny.com.br/medidas-antropometricas. Acesso em: 20 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [ s. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf Acesso em: 10 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [ s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 10 jun.
2023.
SIGNIFICADOS de antropometria. Significados Br, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://www.significadosbr.com.br/antropometria. Acesso em: 20 jun. 2023.
ZANIN, Tatiana. Calculadora de IMC (e peso ideal). Tua saúde, [s. l.], jun. 2023. Disponível em:
https://www.tuasaude.com/calculadora/imc/. Acesso em 27 jun. 2023.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e
posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na
igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
Competência Específica 5: Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas
práticas corporais, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressão de valores e
identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à diversidade.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Futsal/Futebol. (EM13LGG206MG) Analisar diferentes textos (legais e jurídicos) para o


desenvolvimento de postura crítica e analítica da condição social de
diferentes grupos em uma sociedade plural e garantidora de direitos que
refletem a valorização de grupos sociais amparados nas legislações vigentes.
(EM13LGG501) Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma
consciente e intencional para interagir socialmente em práticas corporais, de
modo a estabelecer relações construtivas, empáticas, éticas e de respeito às
diferenças.
(EM13LGG503) Vivenciar práticas corporais e significá-las em seu projeto de
vida, como forma de autoconhecimento, autocuidado com o corpo e com a
saúde, socialização e entretenimento.
(EM13LGG505MG) Refletir, analisar e vivenciar as diferentes práticas
esportivas escolares, as práticas esportivas de rendimento e de lazer,
relacionando-as ao campo da saúde e da qualidade de vida.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Futebol e futsal como práticas esportivas educacionais, de rendimento e de
participação.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O futebol e o futsal são dois dos esportes mais praticados no nosso país e também no mundo, muitas
vezes são inclusive confundidos.
Como a relação entre eles é muito grande, sendo que o futsal se originou do futebol, realizando
adaptações quanto ao tipo de local onde é praticado, ao número de jogadores e outras características
do jogo, essa referência dele como futebol é bastante aceitável e justa.
Em razão das já mencionadas adaptações, outras regras também foram alteradas, facilitando e dando
maior dinâmica ao jogo, como por exemplo a forma de cobrança de reinícios do jogo como lateral e
escanteio, arremesso de meta, entre outras.
Como são dois esportes muito populares em nosso país, é muito importante analisarmos as suas
práticas levando em consideração as diferenças nas regras das duas modalidades, pensando e
discutindo-os como possibilidades de práticas esportivas, como previstas na lei 9.615, que define as
práticas esportivas como educacionais, de participação e de rendimento.

B) DESENVOLVIMENTO:
Nas aulas deste planejamento, o(a) professor(a) irá junto aos estudantes, analisar textos das regras do

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futebol e do futsal que se assemelham e que diferenciam os respectivos esportes, além de analisar as
possibilidades de práticas dos esportes, como as práticas de rendimento, de participação e
educacional.

AULA 1
O(a) professor(a), poderá iniciar a aplicação deste planejamento, apresentando aos estudantes as
possibilidades de práticas esportivas como práticas de participação, educacionais e rendimento.
Explicando cada uma delas conforme definido na lei 9.615, também conhecida como Lei Pelé, em seu
artigo III.
Após isso, dividirá os estudantes em pequenos grupos que irão discutir entre si como podem observar
a prática do futsal e do futebol em cada uma dessas manifestações em locais próximos à escola ou
próximos às localidades de suas moradias, exemplificando inclusive se há alguma prática realizada por
eles.
Os estudantes, após realizarem as discussões, irão realizar uma breve apresentação (de 2 a 3 minutos
cada grupo), ao restante da turma. Após esse momento, é interessante abordar sobre a diferenciação
entre as regras dos dois esportes, que apesar de serem semelhantes têm grandes diferenças na
prática, desde as áreas destinadas às suas práticas, à execução de arremessos e quantidade de
árbitros dirigindo uma partida.
O(a) professor(a) poderá exibir o vídeo abaixo, contribuindo para o entendimento das diferenças entre
futebol e futsal:
→ Diferença entre futsal e futebol. Se Liga na Educação.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1JycJNkdJJUV2m-etrVK9fTXlw9aRj087/view.

AULA 2
Na segunda aula deste planejamento, o(a) professor(a) irá, em um momento inicial, realizar em uma
quadra ou área disponível para prática das aulas, uma partida que terá uma única regra: uma equipe
fará pontos quando acertar a bola do jogo no alvo indicado ao final da quadra, do lado da equipe
adversária.
Depois, a cada 5 minutos, o(a) professor(a) deverá interromper o jogo e, de acordo com sugestões e
votação dos estudantes, acrescentar uma ou duas regras.
Ao final da aula será realizada uma discussão com os estudantes que pode ter como base as seguintes
indagações: Qual a diferença da fluidez e dinâmica do jogo no início e ao final da aula? Quais as
funções das regras e qual a importância de ter alguém controlando e verificando a aplicação delas nas
partidas que são realizadas? Quais as funções e a importância da realização dos jogos dos respectivos
esportes?

AULA 3
O (a) professor(a) poderá iniciar a aula, ensinando quais são as regras do futebol e do futsal,
explicando as que julgar mais importantes (ao final será disponibilizado um link com os livros de regras
das duas modalidades para estudo e planejamento do(a) professor(a)). Deverá também ser explicado,
com o auxílio das regras 5 e 6 tanto do futebol como do futsal, o papel dos árbitros no jogo. Vale
questionar junto aos estudantes, se já viram algum jogo, seja profissional ou amador, sem a presença
de um árbitro, figura que no esporte gera certa polêmica e desrespeito, mas que é fundamental para a
realização de qualquer partida.
Após essas explicações, serão realizadas partidas de futebol ou futsal, conforme possibilidades da
escola, em que serão divididas equipes e os estudantes deverão exercer as funções de jogadores,
árbitros, árbitros assistentes e/ou anotador e cronometrista, treinadores ou outras funções que

90
acharem necessárias e importantes na prática dos esportes.
Ao final desta aula, deverá ser realizada uma discussão sobre o papel e a importância de cada uma das
funções exercidas em partidas e equipes dos esportes trabalhados.
Links que podem auxiliar o(a) professor(a) no planejamento e aplicação das aulas deste conteúdo:
Lei 9615 (Lei Pelé).
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/lei-pele.htm.

→ Livro de regras do Futebol em português 2022/23.


Disponível em: https://www.cbf.com.br/a-cbf/arbitragem/aplicacao-regra-diretrizes-fifa/regras-
do-jogo-2022-2023.

→ Livro de regras do futsal em português 2023.


Disponível em: http://cbfs.com.br/site/regulamentos.asp?ano=2023.

Aula 4
Na última aula deste planejamento, serão realizados novos jogos, em continuidade à dinâmica da aula
anterior para finalizar o conteúdo.

RECURSOS:
Materiais sugeridos: Bolas de futebol e futsal, quadra ou espaço amplo, projetor multimídia, textos
sobre as regras dos esportes trabalhados e texto sobre a Lei Pelé.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Este planejamento será avaliado através da realização das atividades e participação nas discussões
propostas durante as aulas.

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ATIVIDADES
1 – Produza um texto dissertativo - argumentativo, sobre a importância dos atores (jogadores,
árbitros, treinadores, etc.) dos esportes futebol e futsal, como cumprem suas funções, as polêmicas
que os envolvem e como podemos melhorar a aplicação e obediência às regras dos jogos.

2 – Quais são as principais regras dos esportes trabalhados nesse conteúdo na sua opinião?

3 – Quais as principais diferenças percebidas na dinâmica e regras do jogo durante as aulas?

4 – Você conhece a história de criação dos dois esportes? Faça uma breve pesquisa e um pequeno
texto sobre local e contexto de criação do futebol e do futsal.

5 – De acordo com a realização das aulas práticas, quais foram os tipos de movimentos principais
percebidos que são utilizados na prática destes esportes? Em quais outras práticas podem ser
desenvolvidas habilidades motoras usadas nessa prática?

6 – Quantas são e quais os nomes das regras do futebol e futsal?

7 – Como são descritas na lei 9615 (Lei Pelé) as formas de prática de esportes? Realize uma breve
explicação de cada uma delas.

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REFERÊNCIAS
DIFERENÇA entre futsal e futebol. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De
Minas Gerais. Belo Horizonte - MG: Rede Minas, 2022. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1JycJNkdJJUV2m-etrVK9fTXlw9aRj087/view. Acesso em: 27 jun. 2023.
ESCOLA, Equipe Brasil. "Lei Pelé". Brasil Escola, [s. l.], 2023. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/lei-pele.htm. Acesso em: 26 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [ s. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf Acesso em: 10 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [ s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 10 jun.
2023.
REGULAMENTOS 2023 - Livro de regras CBFS 2023. CBFS, [s. l.], 2023. Disponível em:
http://cbfs.com.br/site/regulamentos.asp?ano=2023. Acesso em 27 jun. 2023.
REGRAS do jogo 2022/23 (Português brasileiro). CBF, [s. l.], fev. 2023. Disponível em:
https://www.cbf.com.br/a-cbf/arbitragem/aplicacao-regra-diretrizes-fifa/regras-do-jogo-2022-2023.
Acesso em 27 jun. 2023.

93
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 5: Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas
práticas corporais, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressão de valores e
identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à diversidade.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Atletismo - provas de pista. (EM13LGG501) Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma


consciente e intencional para interagir socialmente em práticas
corporais, de modo a estabelecer relações construtivas, empáticas,
éticas e de respeito às diferenças.
(EM13LGG503) Vivenciar práticas corporais e significá-las em seu
projeto de vida, como forma de autoconhecimento, autocuidado com
o corpo e com a saúde, socialização e entretenimento.
(EM13LGG505MG) Refletir, analisar e vivenciar as diferentes práticas
esportivas escolares, as práticas esportivas de rendimento e de lazer,
relacionando-as ao campo da saúde e da qualidade de vida.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Corridas com barreiras e obstáculos.
DURAÇÃO: 5 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O atletismo é a prática esportiva mais antiga e é considerado o esporte base e principal modalidade
olímpica. “Sua história acompanha o homem desde os tempos dos nossos ancestrais. E sua prática
primitiva ajudou na luta pela fuga dos predadores e na busca por alimentos. Para isso era preciso
correr, saltar obstáculos e lançar objetos. Precisamente por aprimorar as habilidades básicas de correr,
saltar e lançar, o homem garantiu sua história.” ( Texto extraído e disponível em: História/Atletismo.
Cbat. Disponível em: https://www.cbat.org.br/acbat/historico.asp).
O fragmento acima, explica por que o atletismo é chamado de esporte base, pois sua prática
corresponde aos movimentos naturais do homem, necessários inclusive para sua sobrevivência.
Também, as primeiras provas esportivas foram provas atléticas, sendo que há registros que indicam
que o atletismo já era praticado no Egito e na China há 5 mil anos. Mas foi na Grécia, em 776 A.C.,
onde foi realizada a primeira Olimpíada registrada, em que a única prova praticada, foi uma corrida de
aproximadamente 200 metros, que era chamada pelos gregos de “stadium”.
Foi na Inglaterra, no século XIX, que a modalidade foi modernizada e passou a ter a diversidade que
há hoje, depois das escolas militares adotarem como rotina em sua grade curricular, desencadeando
posteriormente em competições.
A modalidade passou a ser dividida basicamente em 3 tipos de provas, as provas de pista, de rua e de
campo. Dentre as provas de pista podemos destacar as corridas rasas (de curta duração e maiores
velocidades - 100, 200 e 400 metros; 100, 110 e 400 metros com barreiras); as de meio fundo (de
média distância e velocidade - 800 e 1.500 metros); e, as corridas de fundo (altas distâncias e
velocidade – 5.000 e 10.000 metros e maratona).
Diante disso, é muito importante que o atletismo seja parte dos conteúdos de nossas aulas, a fim de
que os estudantes conheçam sua história, suas provas e classificações e também vivenciem a prática
das provas para que sejam desenvolvidas as capacidades físicas e coordenação motora necessárias,
não apenas para a prática deste esporte, como a de todos os outros esportes, além de atividades
físicas necessárias para a manutenção da saúde.

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B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
O(a) professor(a), pode apresentar aos estudantes, uma revisão básica sobre o atletismo, relembrando
a origem do esporte, caracterizando as divisões e subdivisões de suas provas, as classificações do
atletismo: lançamentos, arremessos e corridas (rasas, com barreiras, fundo e revezamento) e
avaliando o conhecimento dos estudantes sobre o esporte através de grandes competições como Jogos
Olímpicos, mundiais dentre outros, além de grandes nomes nacionais e internacionais de atletas do
esporte.
Ao final da aula, o(a) professor(a) irá apresentar aos estudantes o tema principal a ser trabalhado nas
aulas deste planejamento, que são as provas de pista do atletismo, especificamente as corridas com
barreiras, que são disputadas em 3 tipos de provas, as corridas de 100 metros feminina, 110 metros
masculina e 400 metros por ambos os sexos.
O(a) professor(a) poderá exibir aos estudantes a aula abaixo, do programa Se Liga na Educação sobre
o tema atletismo, contribuindo para o entendimento do conteúdo:
→ Atletismo. Se Liga na Educação.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1KneDXOSDzNONW9u4O5oqn-DV6gun4_sa/view.

AULA 2
Na quadra, o(a) professor(a) poderá iniciar esta aula, apresentando as corridas rasas, que são as
corridas de maiores velocidades do atletismo. De acordo com as possibilidades da escola, irá realizar
uma corrida livre durante 5 minutos, na pista, na quadra ou em algum espaço amplo como
aquecimento.
Após esse pequeno aquecimento, realizará um alongamento focando nos membros inferiores. Passada
a parte inicial, irá realizar corridas de velocidade em baterias com 5 estudantes em cada uma. Eles
deverão percorrer a corrida de velocidade, de um lado a outro da quadra. Cada um, deverá realizar
pelo menos 4 corridas em velocidade.
Finalizando, o(a) professor(a) irá propor uma corrida, com uma distância um pouco maior, realizando o
trajeto em ida e volta, ainda em baterias.
O(a) professor(a) finalizará a aula com uma roda de conversa sobre as mudanças sentidas pelos
estudantes nas corridas realizadas por eles, se conseguiram perceber alguma melhora ou se
identificaram alguma estratégia que funcionou melhor no momento da corrida.

AULA 3
O(a) professor(a) poderá inicialmente, mostrar uma barreira (caso seja possível) ou imagens de
barreiras oficiais de competições de atletismo e ensinar maneiras de adaptá-las à realidade da escola,
podendo adaptá-las através de cones um ao lado do outro e um bastão de madeira em cima destes,
simulando as barreiras mesmo em altura diferente das oficiais.
Após isso, poderá usar vídeos educativos do movimento de transposição das barreiras, a fim de que os
estudantes entendam o movimento e possam realizá-los posteriormente de forma prática. Visto isto,
na quadra ou espaço adequado disponível, o(a) professor(a) orientará os estudantes na realização do
movimento de transposição através do deslocamento realizando o movimento.
Finalizando a aula, em baterias com cerca de 5 pessoas em cada uma, os estudantes irão realizar uma
corrida transpondo as barreiras, indo de um lado ao outro e retornando ao ponto inicial. Neste
momento não é necessário aplicar velocidade alta, visto que é um momento de aprendizagem dos
movimentos necessários. Cada estudante deverá realizar pelo menos 4 vezes a atividade.

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AULA 4
Sugere-se que o(a) professor(a) inicie a aula, realizando um breve aquecimento e alongamento,
focando principalmente nos membros inferiores, conforme a aula 2 deste planejamento. Logo após, irá
retomar as atividades da aula anterior (aula 3), auxiliando e orientando os estudantes quanto ao
movimento correto da prova de corrida com barreiras, aliando o movimento de corrida com o da
transposição das barreiras. Deverá também aumentar as velocidades aplicadas conforme o
desenvolvimento da turma e facilidades na realização dos movimentos.
Ao final desta aula, irá realizar uma roda de conversa, onde irá discutir as dificuldades e facilidades
apresentadas na execução das atividades e movimentos necessários para a prova de corrida com
barreiras, expondo se acharam mais facilidades nos movimentos técnicos mais utilizados nas provas ou
se encontraram outros movimentos que obtiveram maior facilidade. Os estudantes poderão ser
estimulados a propor outras formas de adaptação das barreiras e locais para prática das provas do
atletismo na região da escola e/ou onde moram.
O(a) docente, poderá propor uma breve competição a ser realizada na quinta aula do conteúdo.

AULA 5
Será feita uma pequena competição entre os estudantes, em que serão realizadas as provas de
corridas rasas e com barreiras com a participação de todos.
Primeiramente, será realizada a corrida rasa, podendo ser na máxima distância possível no ambiente
que a escola proporciona (sendo até 100 ou 200 metros). Posteriormente, será realizada a corrida com
barreiras, adaptando-as conforme realizado nas aulas anteriores. Serão realizadas baterias de corridas
onde o vencedor de cada bateria realizada irá disputar uma final com os vencedores das outras
baterias. A organização das baterias ficará sob a responsabilidade do(a) professor(a) e dos estudantes.

RECURSOS:
Materiais sugeridos: Cones, bastões de madeira, quadra ou espaço amplo e projetor multimídia.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Este conteúdo será avaliado através da participação e interesse dos estudantes nas aulas práticas e
discussões sobre o conteúdo. Avaliando também o desenvolvimento e participação na competição de
encerramento do conteúdo.

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ATIVIDADES
1 – Quais são as classificações das provas do atletismo?

2 – Quais são as distâncias das provas com barreiras do atletismo?

3 – Você conhece as provas de obstáculos do atletismo? Faça uma breve pesquisa e fale sobre as
diferenças das distâncias e características das provas com barreiras, trabalhadas nas nossas aulas e
das provas com obstáculos.

4 – “O atletismo é a prática esportiva mais antiga e é considerado o esporte base e principal


modalidade olímpica.”
Com base nas atividades práticas e discussões propostas nas aulas, na sua opinião, faz sentido a
afirmação acima? Por quê?

5 – De acordo com as atividades realizadas nas aulas desse conteúdo, quais são as habilidades físicas
principais utilizadas e desenvolvidas na prática das corridas com barreiras?

97
REFERÊNCIAS
ATLETISMO. Direção: Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas Gerais. Belo
Horizonte - MG: Rede Minas, 2022. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1KneDXOSDzNONW9u4O5oqn-DV6gun4_sa/view. Acesso em: 27 jun
2023.
ATLETISMO. Toda Matéria, [s. l.], 2002 – 2010. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/atletismo/. Acesso em: 26 jun. 2023.
CAIUSCA, Alana. Atletismo. Educa mais Brasil, [s. l.], dez. 2012. Disponível em:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-fisica/atletismo. Acesso em: 26 jun. 2023.
COSTA, Márcio. Corridas com barreiras no atletismo olímpico. Dicas educação física, [s. l.], jul.
2020. Disponível em: https://www.dicaseducacaofisica.info/corridas-barreiras-atletismo/. Acesso em:
26 jun. 2023.
COUTO, Vanessa R. Atletismo. Info Escola, [s. l.], 2023. Disponível em:
https://www.infoescola.com/esportes/atletismo/. Acesso em: 26 jun. 2023.
HISTÓRIA/Atletismo. Cbat, [s. l.], 2002-2010. Disponível em:
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