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1, Janeiro 1985
M. F. Thomaz
Departamento de Física, Universidade de Aveiro
1
muito próximo do ponto previsto, deslocan Sol, originam a cauda de poeiras do cometa.
do-se na direcção e com a velocidade calcula A conservação do momento angular obriga a
das [1]. A fig. 1 mostra a primeira observação cauda de poeiras a encurvar na direcção oposta
do cometa atrás mencionada. ao movimento do cometa. Por outro lado os
campos magnéticos associados com o vento
solar levam os iões da cabeleira para a direcção
oposta ao Sol, criando uma cauda iónica, que
é rectilínea e atinge, por vezes, dimensões da
ordem de 108 km.
O cometa de Halley é um cometa de pe
ríodo intermédio, isto é, pertence ao grupo
dos cometas cujo período sideral se situa entre
os 13 e os 200 anos. A sua órbita, esquemati
zada na Fig. 2, tem uma inclinação i~162°
2
Embora de modo geral as interacções com radial. O efeito da componente transversal é
os planetas grandes, especialmente Júpiter, não o de acelerar ou desacelerar o movimento do
introduzam perturbações significativas nas órbi cometa conforme a rotação se dê no sentido
tas (os parâmetros orbitais — l/a, sendo a o do movimento orbital ou no sentido oposto ao
semi-eixo maior, periélio q, inclinação i, argu desse movimento. Dá-se então um aumento ou
mento do periélio w e longitude do nodo uma diminuição do período sideral do cometa,
ascendente £2 — não sofrem em geral variações respectivamente.
superiores a 0,1 %) por vezes a acção atractiva
de Júpiter é forte para os cometas cujo periélio
é da ordem do raio médio da órbita de Júpiter m
Ko
(~5U.A., sendo a unidade astronómica defi REACÇÃO
SOL
nida por 1UA 1,5 X 10® km, a distância
média da Terra ao Sol). Supõe-se mesmo que o
a captura por Júpiter daqueles cometas de
longo período é a principal causa do aumento m
do número dos cometas de período curto
(Fig. 3). SOL
ROTAÇÃO DO NÚCLEO
3
de longo período, pois pode dar informações A análise espectroscópica da radiação emi
sobre a sua origem. Com efeito, a maior parte tida pelos cometas é uma técnica poderosa para
dos cometas de longo período têm l/a entre identificar a natureza das espécies químicas
0 e 10-4 UA-1 e portanto uma energia muito presentes. São numerosas as espécies (molé
próxima de zero. A distribuição dos seus afélios culas, iões e radicais) identificadas através das
mostra uma concentração na região de 4 a riscas e bandas espectrais próprias nas regiões
6 X 104 UA (o sistema solar tem um diâmetro do ultra-violeta, do visível, do infravermelho e
da ordem de 102 UA). Pensa-se então que se do radio. Delas se deduz que as principais
trata de cometas «novos» que são desviados moléculas originais, libertadas dos núcleos, são:
para o sistema solar, por perturbações causadas H20, C02, CO, CH4, NH3. A partir destas por
pelas estrelas que passam na região circunsolar acções fotofísicas e fotoquímicas outras espécies
distante. A este mecanismo de geração de
se formam como H, OH, H20+, C, C+, CO+,
cometas contrapõem-se os mecanismos de des
CH+, CN, HCN, N+, S, Na, etc. No cometa
gaste (sublimação gradual dos núcleos, fragmen
de Halley, durante a sua aparição de 1910,
tação, desagregação) e de ejecção hiperbólica foram identificadas as seguintes espécies: CH,
por interacção com os planetas. Os cálculos do
CN, C2, C3, Na, CO+, N+.
desgaste por sublimação indicam que o com
É a luz emitida pelas espécies químicas
ponente mais provável dos gelos dos núcleos
presentes ao desexcitarem-se, e, a grandes dis
é a água (vd. Fig. 5).
tâncias, a luz solar reflecida na superfície do
núcleo, que determinam o brilho e a grandeza
40 T dum cometa. A grandeza m de um objecto
celeste varia no sentido oposto ao seu brilho B
pois se define como m = — 2,5 log B. Portanto
objectos de grandeza — 2,5 ou + 2,5 têm bri
lhos respectivamente mil ou dez vezes supe
30
riores a um objecto de grandeza + 5.
A grandeza, em função das distâncias ao
Sol, r, e à Terra, A, é dada pela equação
m = m0 + 5 log A + 2,5 n log r
o 20
DC O em que m0 e n são parâmetros que podem
UJ
assumir valores diferentes nas várias fases da
'3 0 órbita. m0 é o valor de m para A = r = 1UA
2
e n um expoente que indica a potência inversa
10 da distância heliocêntrica que traduz a variação
do brilho. Para grandes distâncias, como aquela
a que o cometa de Halley foi descoberto em
1982, e enquanto o cometa está inactivo a rela
i ção encontrada foi [3]
0.5 m
q (UA) m = 14,1 j+ 5 log A + 5 log r
Fig. 5 — Distribuição de frequências das distâncias Isto significa que, estando então o cometa de
dos periélios para cometas de longo período com Halley para além da órbita de Saturno (cerca
q < 1,1 UA. As curvas representam o número de de onze vezes a distância da Terra ao Sol), a
cometas de longo período (calculadas a partir de um grandeza aparente era de cerca de 24, ou seja,
fluxo arbitrário de cometas) com núcleos de HzO
aproximadamente dez milhões de vezes menos
e C02, sendo a curva referente a H20 mais seme
lhante à distribuição estatística. brilhante que a menos brilhante das estrelas
4
visíveis a olho nu. Para as menores distâncias visões são desanimadoras quanto à hipótese
m0 tem valores mais baixos e, embora n assuma de uma aparição espectacular do cometa.
valores superiores a 2, o cometa pode chegar
a ter grandezas de valor muito baixo, sendo T
possivelmente o menor o valor estimado de
— 3,5 aquando da aproximação de 10 de Abril
de 837, em que o cometa esteve a 0,033UA
da Terra. Neptuho
Para finalizar esta apresentação sumária de UMfJO
alguns aspectos da física dos cometas resta TERRA-
rúpjre^ ■MARTE
330* 30*
3. A aparição de 1985/86 [3] T
SET
Nas figuras 6 e 7 mostram-se as projecções
da órbita do cometa de Halley no plano da Fig. 7 — Projecção da órbita do cometa de Halley
eclíptica, calculadas em 1983, portanto já tendo no plano da eclíptica na vizinhança da Terra, rela
tivamente à presente aproximação.
em conta os dados da observação do retorno
a partir de Outubro de 1982. As previsões P = Periélio.
quanto à grandeza para os períodos de antes Tj = Posição da Terra na máxima aproximação do cometa no
período de pré-periélio (27 de Novembro de 1985).
e após o periélio dão valores mínimos de
T2 = Posição da Terra na máxima aproximação do cometa no
m ~ 4 (nas situações de observação mais favo pós-periélio (11 de Abril de 1986).
ráveis), o que significa que as primeiras pre- O = Posição da Terra no periélio do cometa (9 de Fev. de 1986).
5
(É sabido que para um objecto ser visível a completamente desenvolvida e a aproximação
olho nu tem de ter uma grandeza m < 6). do cometa à Terra é máxima.
Na figura 8 mostra-se as condições de obser
vação do cometa de Halley em 1986 para
observadores localizados a 40° de latitude norte J 4. O cometa de Halley ao longo da história
calculadas em 1983.
4.1. As quatro últimas aparições
Recentemente porém C. S. Morris e J. G.
Bortle, dois dos maiores peritos mundiais em Quem previu que este cometa, e de uma
cometas, corrigiram os cálculos anteriores da maneira genérica os cometas fossem objectos
T T T T T T
V) 1----- 1----- 1-----
3
^ 30 40° N. LATITUDE
30
Cd COMETA AO ANOITECER _J JAN 5 (5.7)
O
25 ABR 25 (5.4) 25
o £
'< z X JAN 10 (5.4)
O 20 20
> N \ \
AMANHECER
° 10 4.51 — 10
O i JAN 20 (4.6)
<
2 5 6 (4.5) .Mn 5
SUL
190 200
1
210 220 n
230
i
240 250 260
1
270
OESTE
280
AZIMUTE. GRAUS
Fig. 8 — Condições de observação do cometa de Halley na presente aparição para observadores a 40° de
latitude N. Para cada posição e data indicadas apresentam-se entre parêntesis as grandezas totais aproximadas,
segundo cálculos de 1983.
grandeza prevista para o cometa que eram astronómicos com órbitas periódicas, foi o
baseados nas observações feitas em 1910, em astrónomo inglês Edmond Halley que viveu
que o cometa passou muito baixo no horizonte entre 1656 e 1742. Era professor de Geome
e foi observado através de uma camada de ar tria da Universidade de Oxford e foi grande
muito maior do que aquela através da qual amigo de Newton, tendo tido grande influência
eram observadas as estrelas que serviam de na publicação das suas obras. Aplicou pela
referência, não tendo sido feitas correcções primeira vez de forma sistemática a lei da
para compensar a distorção atmosférica da luz gravitação universal ao cálculo das órbitas
do cometa [6], Assim as previsões apontam «parabólicas» dos cometas e deduziu uma
para um brilho cinco a seis vezes superior ao tabela geral dessas órbitas. Este trabalho surgiu
anteriormente calculado, ou seja, uma grandeza no volume 24 (anos de 1704-05) de Philos-.
que pode atingir o valor 2 (condições de visi phical Transactions, págs. 1882-1899. Mais
bilidade semelhantes às da Estrela Polar). tarde, em 1726, uma tradução inglesa daquele
Mesmo assim nada de espectacular se prevê, original em latim apareceu como anexo ao livro
sendo difícil uma boa observação a olho nu «The Elements of Physical and Geometrical
em locais urbanos com elevada poluição lumi Astronomy», de David Gregory.
nosa. A melhor altura de observação será em O trecho que a seguir se transcreve do
Abril de 1986 pois a cauda estará então artigo de Halley dá bem ideia do seu trabalho
6
e da importância que ele atribui à actividade à volta do Sol numa órbita parabólica e des
precursora de Newton: «Esse grande Geómetra crevia áreas (tomando o Sol como centro)
que foi o ilustre Newton, escrevendo os seus proporcionais aos tempos. Seguidamente (con
Princípios Matemáticos de Filosofia Natural, tinuando os passos de tão grande Homem) eu
demonstrou não apenas que aquilo que Kepler tentei aplicar o mesmo Método ao cálculo
encontrara era necessariamente verificado no aritmético; e isso com todo o êxito que eu
( i 88á )
Cometarum Omnium * haftenus rite Obfervatorum ,
Motuum inOrbe Parabólico Elementa Aftronomica.
Cimita Ntdm /sc/m. Ptrihtlim. Pirihlitn i» Latitudt Dij}aatu> Ug.Jtfi. Temp. nqvat.
Anni- Aftmd. Orbil<e. in Orbi- Riliptica Perihllii Pirihtli» Ptribtlia Ptriktlii
Stle. à S»U. Lcndini.
Sr-Uer- gr- die. b. '
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Fig. 9 — Tabela contendo as características orbitais de vinte cometas calculadas por Halley. As distâncias
do periélio ao Sol vêm dadas em IO-5 UA.
Sistema Planetário; mas também que todos os podia desejar. Pois tendo coligido todas as
fenómenos àcerca dos cometas decorreriam observações de Cometas que pude, eu organizei
naturalmente dos mesmos Princípios; 0 que ele a tabela seguinte, que é o resultado duma
abundantemente ilustrou com o exemplo do quantidade prodigiosa de cálculos: a qual
conhecido cometa do ano de 1680, mostrando embora pequena de aspecto, não constitui pre
ao mesmo tempo, um método de delinear as sente desprezável para os astrónomos. Pois
órbitas dos cometas geometricamente; resol estes números representam tudo quanto tem
vendo (não sem merecer a maior admiração sido observado até agora sobre o movimento
de todos os Homens) um problema, cuja difi dos cometas, com o auxílio apenas da Tabela
culdade 0 tornava inacessível a qualquer que Geral anexa; na execução da qual não me
não ele. Ele provou que este cometa se move poupei a esforços, para que saísse perfeita,
7
como uma coisa consagrada à Posteridade e ceses Clairaut, Lalande e Charles Messier, a
para durar tanto quanto a própria Astronomia». quem Luís XV chamava o «furet des comètes»
A pequena tabela referida por Halley, que (furão dos cometas) e que foi grande amigo
se mostra na fig. 9, contém as efemérides de do físico português João Jacinto de Magalhães.
20 cometas relativamente aos quais ele pôde Messier fez uma série de observações cui
obter dados de observações com carácter
dadosas no inverno del758/59ena primavera
científico.
de 1759 após ter pesquisado os céus durante
Ao analizar a tabela, Halley notou algumas
dois anos no Observatório da Marinha de
semelhanças entre certos cometas. Em parti
Paris [7].
cular notou que os cometas de 1531, 1607 e
1682 possuíam elementos orbitais muito seme
lhantes e que a separação entre as datas dos
respectivos periélios era aproximadamente cons
tante — 76 e 75 anos. Esta constatação levou
Halley a pôr a hipótese de que, em vez de
terem movimentos parabólicos, «é altamente
provável que eles se movam em órbitas elípticas
muito excêntricas, ocorrendo o seu retorno após
longos períodos de tempo».
Posta esta hipótese, que aliás era aplicada
também a outros cometas da tabela, Halley
concluiu que «nada parece contradizer esta
minha opinião, além da desigualdade das revo
luções periódicas. A qual desigualdade não é
tão grande que não possa dever-se a causas
físicas. Pois o movimento de Saturno é tão
-r
Fig. 10 — Diferentes aspectos do cometa de Halley
no período de 11 a 23 de Outubro de 1835, segundo
perturbado pelos restantes planetas, especial desenhos de Schwabe.
mente Júpiter, que o período desse planeta tem
uma incerteza de alguns dias. Quanto mais
portanto estará um cometa sujeito a tais erros, Em 1817 a Academia de Ciências de Turim
pois ele sobe quase quatro vezes mais alto que ofereceu um prémio internacional para o me
Saturno, e a sua velocidade, embora devido a lhor ensaio sobre as perturbações sofridas pelo
um aumento muito pequeno, seria suficiente cometa de Halley desde 1759. O prémio foi
para mudar a sua órbita de elíptica para atribuído em 1820 a Damoiseau que, tomando
parabólica». em linha de conta as perturbações dos planetas,
Mais adiante diz Halley: «Portanto eu incluindo a Terra e Urano (planeta cuja exis
penso e posso atrever-me a predizer que ele tência não era conhecida dos astrónomos em
(o cometa de 1682) voltará novamente no ano
1759), estabeleceu a passagem no periélio em
de 1758».
4 de Novembro de 1835. Cálculos mais com
Halley não viveu para conhecer a confir
pletos feitos por Pontécoulant fixaram a pre
mação da sua hipótese. Em fins de 1758 o
cometa retornou coroando de êxito as previ visão do periélio para 12 de Novembro.
sões de Halley, que deu um primeiro grande O cometa atingiu o seu periélio em 15 de
contributo para o estudo dos cometas, justifi Novembro e foi no período ante-periélio que
cando a designação do cometa com o seu nome. passou mais próximo da Terra. Adquiriu as
A observação de 1758/59 foi feita por pectos curiosos e variados (vd. Fig. 10) mas
numerosos astrónomos entre os quais os fran a sua grandeza aparente não ultrapassou talvez
8
o grau 2 [8], [9]. Na Fig. 11 reproduz-se uma precedentes de 140° e a sua cabeça era mais
gravura existente na Biblioteca Nacional de brilhante do que qualquer outro objecto
Paris anunciando a chegada do cometa em celeste, excluindo Venus [10].
1835.
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Apesar do razoável nível científico de TABELA 1 — Anteriores passagens do cometa
conhecimentos da época as superstições do de Halley no seu periélio [11]
grande público foram exploradas com fins
comerciais para criar impacto emocional dando
explicações ingénuas a factos que não consti 30 de Março . 239 a.C.
tuíam mais do que meras coincidências. O nas 5 de Outubro 163 »
cimento do escritor americano Mark Twain a
2 de Agosto . 89
30 de Novembro de 1835 (duas semanas após
o periélio) e a sua morte a 21 de Abril de 1910 5 de Outubro 11
10
Conquistador. A tapeçaria tem aproximada- interior da capela, paredes e tectos, é coberto
mente setenta metros de comprimento por cerca de frescos de Giotto ilustrando a vida de
de cinquenta centímetros de largura e contém Cristo. Um dos trinta e oito frescos é a
ao longo do seu comprimento um grande «Adoração dos Magos» que se pensa ser
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Fig. 13 Pedaço da tapeçaria de Bayeux com a cena em que é figurado o cometa de Halley. A fotografia
foi extraída de um folheto da Agência Espacial Europeia sobre a Missão Giotto desta Agência em que um
satélite de observação do cometa será lançado em 10 de Julho de 1985 para passar a 1000 km do núcleo
do cometa em 13 de Março de 1986.
número de cenas alusivas. Uma das cenas é datado de 1303 ou 1304 (Fig. 14). Ao pintar
reproduzida na figura 13, vendo-se à esquerda a estrela de Belém, Giotto rejeita quer as estri
um grupo de saxões a mirar um cometa, com tas regras do simbolismo astrológico quer o
a legenda ISTI MIRANT STELLA (eles estão convencionalismo medieval e pinta o cometa
a admirar a estrela), enquanto do lado direito tal como o vira uns anos antes iluminando o
um outro saxão avisa o rei Harold II do acon céu de Itália. Dos cometas que na época tive
tecimento. O rei toma o facto como um mau ram aparições espectaculares o de Halley foi
presságio e sonha, como está representado na o único que Giotto poderia ter visto e por isso
parte inferior, com os preparativos de uma se conclui que no fresco ele retratou o cometa
invasão por mar que se avizinha. A invasão dentro do espírito naturalista que sempre quis
deu-se e conduziu à derrota dos exércitos dar à sua pintura e muito contribuiu para a
saxónicos na batalha de Hastings em 1066. renovação do estilo na sua época [11].
Uma outra descrição pictórica de grande
beleza, da passagem do cometa no ano de 1301,
é a que o florentino Giotto di Bondone pintou 5. Conclusão
na capela de Arena em Pádua. Esta capela
foi mandada erigir por Enrico Scrovegni, um A próxima aparição do cometa de Halley
rico comerciante de Pádua, como voto de já começou a ser observada, embora só venha
expiação das suas práticas usurárias. Todo o a ser visível a olho nu, ou com binóculos ou
11
telescópios simples, no final de 1985 ou prin e ao Director da Biblioteca da Fundação Ca-
cípios de 1986. As características da presente louste Gulbenkian são devidos agradecimentos
órbita e as condições de observação do cometa pelas informações ou elementos que me facul
já foram calculadas, sendo ainda de esperar taram.
refinamentos de cálculos que conduzam a pre
visões mais exactas. REFERÊNCIAS
12