Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
23/09/2020
Prática
24/09/2020
Teórica
Avaliação: 2 frequências a valer 50% cada uma (sem oral) (1º frequência a 12 de
Novembro)
Conjunto de
Normas jurídicas
Referimo-nos sempre a elas como plural porque,
não existe apenas uma administração publica unitária.
Exemplo: Governo, Banco de Portugal, Município da
Camara do Porto ou de qualquer outra cidade, União
De Freguesias, Regiões Autónomas.
O poder judicial, os tribunais, exercem a função jurisdicional e por isso também ficam
de fora da Administração publica, do poder executivo.
30/09/2020
Prática
1. Enquanto disciplina jurídica, ou seja, uma unidade curricular com uma função
pedagógica
Direito administrativo
Podem ser:
Portanto, a primeira dimensão que o direito administrativo regula tem que ver com o
modo como se organizam e funcionam as estruturas que integram a nossa
administração publica.
Ou seja, esta primeira parcela corresponde ao modelo jurídico de organização das
estruturas que exercem o poder administrativo (art.º 2, nº4 do CPA)
Uma segunda dimensão que é regulada pelo direito administrativo tem haver
com as vinculações jurídicas, as normas, aplicáveis aos procedimentos e às
formas de atuação administrativa (esta segunda dimensão tem haver com a
chamada atividade administrativa que é tipicamente exercida pelos órgãos e
serviços que integram a nossa administração publica) (art.º 1do CPA- noção
de procedimento administrativo).
Uma terceira dimensão que é regulada pelo direito administrativo tem haver
com as relações de direito administrativo que se estabelecem dentro e fora
da organização administrativa (noção da relação jurídica administrativa).
Tutela e hierarquia são dois tipos de relação jurídica administrativa que ocorrem no
âmbito da nossa administração pública.
Por fim, uma quarta dimensão no que diz respeito ao objeto do direito
administrativo tem haver com o sistema de garantias dos administrados.
Vão ser estudadas no segundo semestre. Constam do CPA. São todos os tipos de
Estão todas reguladas em termos gerais. ações e de providencias que podem ser
no CPA (o CPA tem um regime geral, em intentadas num tribunal administrativo e
matérias como o urbanismo e a função excecionalmente, se a lei o estabelecer,
publica, há também normas de direito. também pelo tribunal judicial. Exemplo:
administrativo. A lei especial revoga a lei. Contraordenações administrativas
geral, o CPA é uma lei geral e assim que
houver uma lei especial no CPA não se
aplica ou só se aplica submetivamente).
Na administração publica (ap) temos uma organização que em princípio é publica que
desempenha uma atividade que consiste em gerir e dispor sobre bens alheios (que
pertencem à comunidade) com vista à persecução de interesses públicos (de
necessidades coletivas). Ao passo que na administração privada esta em causa uma
3. Que podem ser prosseguidas tanto pelo estado como pela sociedade (setor
privado). Exemplo: Ensino, temos instituições de ensino privado da mesma
forma que temos instituições de ensino publico; Unidade hospitalar;
Ambos os princípios estão previstos em imensas normas, sendo que uma delas é o
art.º 266 da Constituição.
Estão aqui presentes duas limitações, cada pessoa coletiva só pode prosseguir os
interesses que a lei lhe confia e só podem fazer isso através dos poderes que a lei lhe
confia.
1/10/2020
Teórica
O art.º 266 tem haver com o conceito material da administração publica porque diz o
que é a atividade da administração publica, a sua finalidade.
O art.º 267 tem haver com o conceito organizatório da administração.
A administração publica não vai ter haver com todos os interesses públicos, com todas
as necessidades sociais. Tem haver sobretudo com a segurança, a cultura e o bem-
estar económico, social e cultural dos cidadãos com a exclusão da função jurisdicional
(pág.9).
Mas estes interesses públicos não são uma reserva exclusiva da administração
publica. Exemplo: há empresas privadas de segurança; saúde publica pode ser
prosseguida também pelos hospitais privados, as clínicas privadas, etc...
Muito da administração publica tem haver com a política, com a função política,
porque de facto os autores normalmente não falam apenas no poder legislativo,
executivo e judicial. Boa parte dos autores fala também na função política. A função
política também pode ser chamada função de governo (pág. 22 e seguintes).
Exemplos: No terreno quem faz a administração é, por exemplo, a direção geral de
saúde, mas a política de luta contra a pandemia é objeto da política do governo.
Há uma ligação muito grande entre a função administrativa e o governo. É que o
governo exerce função política, mas também exerce uma função administrativa.
A função política é, por exemplo, a escolha do melhor local para construir o novo
aeroporto de Lisboa.
Os sujeitos privados também podem gerir serviços públicos. Portanto, pode haver
uma empresa concessionaria do metro do Porto (e há).
Sentido organizatório
7/10/2020
Pratica
Uma seguradora privada diz respeito ao caso em concreto, pretende obter um bem
individual, é uma atividade egoísta que só interessa àquela entidade (obtenção do
lucro). Não está minimamente preocupada com o bem-estar dos soberanos.
A atividade do município é em geral, vai tentar satisfazer as necessidades essenciais
da população. O município é um tipo de pessoa coletiva territorial, ou seja, de
população e território (art.º 235 da Constituição- autarquia local).
Isto leva a consequências praticas:
O que distingue a função administrativa da função política tem haver com o grau de
vinculação ao direito. Ou seja, a função política, que não deixa de ser uma função
publica, é exercida e normalmente tem um caracter executivo que está apenas
vinculada à Constituição. É uma função que tem associado um elevado grau de
discricionariedade (existe uma autonomia ou capacidade de definir meios) e para alem
disso ela está essencialmente condicionada à Constituição. Na função política pode-se
escolher, em certa medida, tanto os fins como os meios.
O ato político (por exemplo, de expulsar um embaixador ou declarar a guerra) são atos
que não são sindicáveis, ou seja, que não são controlados pelos tribunais. Não se pode
anular um ato político, não é impugnado.
A função administrativa está sujeita integralmente ao princípio da legalidade (hoje em
dia é mais visto como um princípio de juridicidade), no sentido de que a administração
publica não está apenas sujeita à lei como também ao direito em geral. É uma função
que é integralmente sindical, ou seja, é possível ir a um tribunal administrativo e
impugnar um procedimento legislativo ou impugnar um ato administrativo, ou
impugnar um contrato administrativo. Ou seja, a função administrativa é uma função
sujeita ao princípio da legalidade em toda a sua dimensão e, por isso, é uma função
que pode ser controlada pelos tribunais (alguém tinha de meter uma ação, o tribunal
não tem iniciativa legislativa).
Uma pessoa coletiva publica é uma organização humana a qual a lei reconhece
capacidade jurídica, ou seja, é vista como sujeito de direito. Rege-se pelo direito
publico.
6. Órgão
Um órgão é uma estrutura que está dentro da pessoa coletiva e que corresponde ao
centro de manifestação e mutação da vontade da pessoa coletiva. Portanto, é quem
toma as decisões da pessoa coletiva (art.º 20 do CPA).
7. Serviços
São unidades funcionais que têm por função executar, preparar, as decisões dos
órgãos.
A nossa administração publica esta dividida em vários setores, em várias áreas (art.º
199, alínea d da Constituição).
8/10/2020
Teórica
Questões importantes:
O direito administrativo é a parte do direito publico que tem por objeto a organização
(cada administração publica tem uma organização), os meios, regula as formas de
atividade das administrações publicas e as consequentes relações jurídicas entre estas
e os outros sujeitos jurídicos, as outras entidades privadas ou publicas e os cidadãos
em geral (pag.53).
O direito privado também sempre foi utilizado pela administração publica, pelas
empresas publicas. O estado atua normalmente em termos de direito administrativo,
de direito públicos, mas o estado, a segurança social, todas as entidades publicas
podem utilizar o direito privado (pag.58). Exemplo: para fazerem negócios jurídicos,
compras e vendas de imoveis... Um qualquer município pode contratar pessoal no
âmbito de um trabalho de direito privado.
A utilização do direito privado pelas entidades publicas pode ser feita com restrições.
O direito é o direito predominante, o direito comum do setor publico administrativo.
Mas, se se trata de empresas publicas ou associações e sociedades de direito privado
que pertencem ao setor publico (Exemplo: TAP).
Nos vários países europeus várias vezes não é o estado que administra, quem
administra os vários setores são comissões independentes, autoridades
administrativas independentes embora, de alguma maneira, controlados pelo
governo. Exemplo: Banco de Portugal (política financeira, bancaria).
As privatizações se não forem justificadas podem proporcionar fraudes, a fuga ao
controlo publico. Não podemos privatizar as atividades administrativas todas. Os
interesses privados são muito importantes, mas visam o lucro, adquirir posições e,
portanto, as entidades publicas não devem posicionar-se em dignos (?) lucrativos.
Exemplo: Não podemos privatizar o serviço nacional de saúde porque se não íamos
pagar preços enormes (pag.69).
A população presa nos estados unidos por crimes, por delitos é extremamente
numerosa. Essas prisões na sua grande maioria não são administradas pela
administração publica, são por privadas que obviamente estão qualificados com
especiais exigências, que passam pelo controlo das autoridades da administração.
Normalmente são entidades de fins assistenciais. Todos os privados têm de pagar
Por um lado, o direito administrativo legitima o poder publico. Por outro lado,
garante os direitos e os interesses dos privados. Os privados têm de estar
salvaguardados nos seus direitos e interesses (garantia dos cidadãos) (pag.91).
A administração publica é uma instituição socialmente efetiva, que atua no dia a dia
das pessoas (pag.96). Uma instituição destas não vive só de normas jurídicas, vive
também de situações económicas, sociais, psicológicas, económicas. A administração
não se estuda só pelo direito, pela norma jurídica, estuda-se também pelas relações
sociais, pela economia, pela ciência política...
Há várias perspetivas sobre a administração publica, o direito administrativo é
interdisciplinar, as normas jurídicas não podem atuar isoladas da realidade e a
realidade é estudada por esses fatores referidos acima.
O direito administrativo tem determinados fins e tarefas (pag.97), uma das principais
é esta garantia de proteção jurídica perante os atos administrativos relativos aos
cidadãos (os cidadãos têm de ter uma efetiva proteção jurídica perante os atos da
autoridade), têm também de assegurar a igualdade, a proporcionalidade, o controlo
da atividade administrativa (pag.98), o afastamento do arbítrio (a autoridade não
pode fazer o que lhe apetece), e afastar a corrupção (uma administração têm de estar
imune à corrupção).
Houve uma tendência até há pouco tempo do neoliberalismo que era uma teoria da
administração publica muito influente (pag.151). Mas devido a uma crise económica e
financeira (dos mercados privados) começou a perder força (pag.154).
As políticas publico administrativas continuam muito importantes, não podemos
afastar a administração publica.