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A fidelização de Clientes é cada vez mais o grande desafio de todas as empresas. A subida
galopante dos combustíveis, os constrangimentos económicos e a crescente atractividade dos
transportes públicos, têm vindo a potenciar novos hábitos de mobilidade nas pessoas,
nomeadamente exigências de qualidade.
Se por um lado, aos olhos do Cliente o “bom motorista” é aquele que nos coloca rapidamente
onde queremos ir, por outro lado, todos somos sensíveis à comodidade dos bancos, à limpeza
do autocarro, ou até mesmo à qualidade do ar em dias mais austeros de frio ou calor mas, a
QUALIDADE NO ATENDIMENTO é determinante para a imagem que se cria da empresa que
nos presta o serviço.
Surpreendido?
Pois é …
Podemos considerar que uma das causas para a exigência no atendimento prende-se com a
necessidade que todos os clientes têm de um contacto humanizado. Aos olhos do Cliente, o
motorista é o ponto de contacto com a empresa, para o profissional, o veículo deverá ser
sentido como o seu espaço comercial.
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A complexidade da função (em termos cognitivos, técnicos e interpessoais), o stress do
trânsito, a impaciência natural do cliente, que tem sempre que chegar a horas, potenciam
contactos interpessoais à partida menos agradáveis e, por vezes, até conflituosos. Um
profissional com mais formação na área do atendimento ao cliente, comunicação e
relacionamento interpessoal está mais apto a ter a resposta mais eficaz na gestão destas
situações.
São inúmeros os motivos que geram apreciações menos positivas por parte dos clientes, mas a
grande maioria delas está relacionada com comportamentos.
Exemplos:
Imagine que um dia vai ter que deixar o seu carro na oficina e opta por ir de
transportes para o seu emprego, nessa manhã. Como é uma situação pontual, entra
no autocarro e dirige-se ao motorista. Pede-lhe uma tarifa de bordo. O profissional
saúda-o com um bom dia, tira os óculos de sol e refere-lhe o valor do bilhete. Esboça
um sorriso, agradece-lhe e desejando-lhe uma boa viagem.
Este mesmo motorista, numa paragem, mostra-se disponível para presta informações
em inglês a um casal de turistas, indicando quais as carreiras mais adequadas para o
sítio que vão querer visitar.
Estes são apenas alguns dos exemplos abordados nas acções de formação, onde se enfatiza o
papel do atendimento como forma eficaz de o profissional saber surpreender o Cliente.
Existem muitos outros, relacionados com a capacidade de gerir emocionalmente as respostas
face aos estímulos com que, minuto a minuto, está exposto (comportamentos desviantes dos
outros condutores e pessoas na via pública).
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Ser Motorista Profissional é, inevitavelmente, ser alvo de apreciações positivas ou negativas e
é também sobre ele que recai uma quota parte significativa de responsabilidade para a
construção de uma imagem globalmente positiva.
Ao saber o que responder e como agir (de forma racional) perante as situações, os níveis de
auto-confiança e de locus de controlo interno* sobem, promovendo uma manutenção e
repetição dos comportamentos positivos de interacção com o Cliente.
Quando o profissional percebe que modelando o seu discurso pode provocar um impacto
positivo no outro, consequentemente, isso também lhe confere uma auto-percepção de
eficácia profissional.
A Fidelização de Clientes é uma estratégia que exige continuidade e envolvimento total dos
colaboradores. Em formação, mais do que demonstrar os benefícios de uma conduta positiva
para o Cliente, o primordial é garantir que os profissionais ganhem maior auto-estima, gosto,
envolvimento e empenho na actividade que escolheram e desenvolvem reflectindo-se assim,
na relação de qualidade de serviço.
*capacidade psicológica que consiste em atribuir as consequências de um acontecimento como sendo da nossa
responsabilidade