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UNIVERSIDADE 

DO ESTADO DE MATO GROSSO
PRÓ­REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
     CURSO DE MEDICINA 

PLANO DE ENSINO

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Curso: Medicina

Disciplina: Interação Ensino – Saúde na Comunidade I Período Letivo: 2016/01

Crédito: 0.0.0.6.0 Carga Horária: 90 h
Professores: Fabíola Beppu Muniz Ransdorf; Geani Teixeira Hermidorff;  LeilaValderes Souza 
Gattass, RoseMargarethe Costa,Vanessa Maggio de Oliveira

II – EMENTA 
Conhecimento dos princípios, das propostas e das diretrizes daMedicina de Família e Comunidade ; da  
Gestão  Estadual  do  Sistema  Único  de  Saúde  (SUS);    Reconhecimento  da  Implantação  e  da 
identificação  da  Estratégia  de  Saúde  da  Família  (ESF)  como  estratégia  de  mudança  e  promoção  à 
saúde; Realização de visitas domiciliares como estratégia de aproximação das práticas, dos valores e 
conhecimentos de todos os sujeitos envolvidos no processo de promoção  social da saúde.

III – OBJETIVOS
O  projeto  pedagógico  de  ensino  norteou  a  construção  de  atividades  da  atenção  básica  à  saúde,  e  os 
cenários reais, envolvendo o corpo docente e discente do curso de Medicina na graduação para: 

1. Interagir e vincular a universidade com os serviços de saúde e a comunidade, inserindo o aluno de 
Medicina no cotidiano de trabalho em Unidades de Saúde: a Unidade Básica de Saúde (UBS) e a Unidade de 
Saúde da Família (USF); 
2. Criar a oportunidade de conhecer os modelos de atenção à saúde de uma população, o trabalho em 
equipe, o planejamento em saúde, e de refletir sobre esses modelos; 
3. Possibilitar  a  observação  do  trabalho  de  uma  equipe  de  ESF,  no  domicílio  e  na  comunidade, 
conhecendo a necessidade de saúde das pessoas;
4. Sensibilizar  para  o  desenvolvimento  de  práticas  educacionais  e  pedagógicas  que  facilitem  o 
compartilhar de conhecimentos e informações;
5. Conhecer  os  princípios,  as  propostas  e  as  diretrizes  da  Gestão  Estadual  do  Sistema  Único  de 
Saúde (SUS);
6. Conhecer  as  propostas,  diretrizes  e  equipamentos  de  referência  e  contrareferência  das  Unidades 
Básicas de Saúde (UBS) e das Unidades de Saúde da Família (UFS);
7. Conhecer  a  implantação  da  Estratégia  de  Saúde  da  Família  (ESF),  através  de  levantamento  de 
dados da população e o registro das informações no SIAB, da delimitação da territorialização, e da composição 
e funções da equipe de saúde da família, além do treinamento das agentes comunitárias (ACS).
8. Participar das atividades propostas pela ESF;
9. Entender  a  Saúde  da  Família  como  estratégia  de  mudança  e  promoção  à  saúde,  através  de 
levantamento de problemas, discussão e propostas de solução para estes problemas;
10. Repensar  práticas,  valores  e  conhecimentos  de  todas  as  pessoas  envolvidas  no  processo  de 
produção social da saúde, além da relação médico­paciente;
11. Saber trabalhar em equipe, planejando ações, analisando a realidade local e propondo ações sobre 
as condições sanitárias da população, das famílias e suas inter­relações, com os indivíduos da área abrangida 
pela USF;

Realizar as visitas domiciliares para conhecer e acompanhar as condições de vida e saúde das famílias, 
quanto as suas características sociais e epidemiológicas, os problemas de saúde e de vulnerabilidade 
aos agravos de saúde, como as condições ambientais dentro de sua área de influencia e abrangência.
IV – ATIVIDADES 1ª ETAPA
 Fundamentação Teórico/Prático da Medicina de Família e Comunidade e das Políticas Públicas 
de Saúde;
 Apresentação da SMS de Cáceres;
 Visita à Rede de Atenção da região de sua Unidade de Saúde da Família;
 Apresentação da USF e da ESF;
 Reconhecimento da área de abrangência da USF; 
 Reconhecimento da microárea de abrangência da ESF a qual ficará vinculado;
 Acompanhar a rotina de cadastramento e seguimento de famílias do ACS; 
 Levantamento dos problemas da comunidade com os profissionais da ESF;
 Apresentação final das atividades.

V – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
05/04/2016: Apresentação do plano de aula e docentes do IESC I;2­ Divisão dos grupos de alunos e 
definição  dos  seus  respectivos  docentes  e  Unidades  Básicas  de  Saúde;3­  Sorteio  dos  temas  para 
apresentação de Seminários;Entrega do Caderno de Orientações do IESC. 

12/04/2016 e 19/04/2016: Apresentação dos seminários: 
1­ Contextualização histórica das Políticas Públicas de Saúde no Brasil; 
2­ Lei 8080/1990 ­ SUS
3­ Medicina da Família e Comunidade – História e Princípios ;
4 –  Atenção Básica  no Brasil – Diretrizes e Organização 
5 – Programas de Saúde da Família;

26/04/2016:  Conferência – Políticas da Rede de Atenção Básica 

27/04/2016 : Atividade Hanseníase ­Rose

03/05/2016: Financiamento do SUS­ Federal –Estadual e Municipal. (Dr.Odenilson) 

Conferência ­ Medicina da Família e Comunidade  data e horário a confirmar

10/05/2016:  Organização  da  Rede  de  Atenção  Básica  no  Município  de  Cáceres  –  Açoes­ 
Territorialização ­ Propostas e Vivências.
Palestra sobre Atuação da Homeopatia na Prevenção da Doença Maligna (noite)

24/05/2016: Conferência – O processo de cuidar  na atenção Básica – Relação Saúde/Doença.

31/05/2016: Visita as UBS para início das atividades. Na visita domiciliar conforme a definição prévia 
da  coordenação  da  disciplina  IESC,  o  aluno  trabalhará  com  o  ACS,  em  co­responsabilidade  e 
escolherá  seis  famílias  para  o  acompanhamento  durante  as  atividades  a  serem  desenvolvidas  no 
semestre;  Reconhecimento  da  área  de  abrangência  da  USF;  Reconhecimento  da  microárea  de 
abrangência  da  ESF  ao  qual  ficará  vinculado;  Levantamento  dos  problemas  da  comunidade  com  os 
profissionais  da  ESF;  Reunião  com  as  lideranças  comunitária  e  ESF  para  discussão  dos  problemas, 
definição de prioridades e propostas de intervenção, quando necessário.

07/06/2016: Prática UBS  

14/06/2016: Prática UBS  

21/06/2016: Prática UBS

28/06/2016: Prática UBS 

02/07/2016: (sábado) – Mutirão de Saúde

05/07/2016: Prática Reflexiva – Para avaliação das atividades desenvolvidas. Atividade será realizada 
por grupos de trabalho e respectivos tutores.

12/07/2016 ­ Férias

02/08/2016:  Sessão  Plenária:  Sessão  Plenária  para  discussão  interativa  entre  todos  os  grupos  para 
reflexão,  e  apresentação  de  relatório  das  atividades  realizadas  no  semestre  para  a  consolidação  das 
informações e aprendizagem adquiridas e possíveis soluções encontradas. Entrega de Portfólios.

09/08/2016:  Sessão  Plenária:  Sessão  Plenária  para  discussão  interativa  entre  todos  os  grupos  para 
reflexão,  e  apresentação  de  relatório  das  atividades  realizadas  no  semestre  para  a  consolidação  das 
informações e aprendizagem adquiridas e possíveis soluções encontradas. Entrega de Portfólios.

16/08/2016: Prova 

20/08/2016: Feedback e entrega de notas aos alunos

23/08/2016: Prova final
VI – METODOLOGIA
Na metodologia definida, os alunos do primeiro semestre do curso de Medicina serão divididos em 
05  grupos    para  assim    desenvolverem  práticas  na  ESF,  atuando  nas  Unidades  Básicas  de  Saúde 
Municipais. Integrado as Unidades de Saúde da Família, com duração de 4 horas semanais. 
Ao iniciar os trabalhos, solicita­se ao coordenador da UBS que informe aos alunos e professores as 
características da unidade local, como área de abrangência, população atendida, membros da equipe 
da unidade, número de consultas realizadas pelos setores, programas efetuados, fluxo da unidade e 
perspectivas do trabalho. 
Tal oportunidade permite que o aluno entenda, na prática, as semelhanças e diferenças entre as duas 
estratégias na atenção à saúde, em cenários reais, no trabalho cotidiano, nas relações com o usuário 
e a comunidade. 
Os alunos realizarão as ações durante o horário regular da disciplina IESC, momento em que são 
apresentadas as atividades programadas e efetuadas as divisões dos grupos de alunos, por unidade 
de saúde. 
Todos são orientados a conhecer os locais de trabalho de campo durante a semana. Num segundo 
momento, são revistas as ações propostas para cada grupo e apresentados os instrumentos de coleta 
de dados, a serem preenchidos durante a atividade. 
Um  docente  do  curso  de  Medicina  fica  responsável  pelo  grupo  de  alunos,  em  cada  uma  das 
unidades de saúde, como facilitador para a realização das atividades propostas.
Assim,  cada  aluno  tem  a  missão  de  realizar  visitas  domiciliares,  e  nas  visitas  domiciliares 
acompanhado  do  ACS  utilizará  de  instrumentos  para  o  cadastramento  das  famílias  onde  serão 
colhidos de acordo com o protocolo da Secretaria Municipal de Saúde. 
Observe­se que esses instrumentos simples não interferem na observação nem na reflexão da ação, 
servem somente de apoio para a tarefa interativa e reflexiva proposta.

VII – AVALIAÇÃO
O processo de avaliação (AV) na disciplina IESC será feito através de:

 Avaliação  1  (nota  de  grupo):  Apresentação  do  Seminário  +  Plenária  do  fim  do  semestre  =  10,0 
pontos
 Avaliação 2: Avaliação Processual Diária = 10,0 pontos
 Avaliação 3: Portfólio Reflexivo = 10,0 pontos
 Avaliação 4: Prova Escrita = 10,0 pontos

Sendo a média final obtida através da equação: 
MÉDIA FINAL DO SEMESTRE = (AV 1 + AV 2 + AV 3 + AV 4) / 4

APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO E PLENÁRIA:
A  avaliação  do  seminário  será  feita  através  de  formulário  com  critérios  padronizados,  sendo  estes 
critérios apresentados aos alunos antes da apresentação.
Plenária (ANEXO 4):
Ao final do semestre, os quatro grupos de trabalho serão reunidos em uma sessão plenária para discutir 
e apresentar suas experiências, bem como as informações colhidas e contextualizadas, com reflexões 
sobre  facilidades  e/ou  dificuldades  no  desenvolvimento  das  atividades  proposição  de  ações  a  serem 
executadas.
AVALIAÇÃO PROCESSUAL DIÁRIA:
Um questionário será aplicado pelo professor (Avaliação Processual Diária – ANEXO 1) ao final de 
cada aula semanal do IESC para verificar se as metas esperadas de aproveitamento foram atingidas, 
além das experiências e desempenho individual.
PORTFÓLIO REFLEXIVO:
 Na avaliação do portfólio do aluno será observada a capacidade de leitura e compreensão da realidade 
vivenciada pelo mesmo em suas atividades de acordo com as orientações estabelecidas pela disciplina. 
Aspectos avaliados no portfólio: 
Narrativa reflexiva: retrata a vivência individual, apresenta a reflexão sobre o fato, reflexão sobre si 
mesmo e a relação com o desempenho. 
Síntese Provisória: sinaliza a síntese da vivência individual e grupal dos conhecimentos prévios e das 
lacunas de conhecimentos, levanta hipóteses e formula questões de aprendizagem e a avaliação dessa 
ação. 
Busca  qualificada:  contempla  vivência  individual  da  sistematização  da  busca  realizada  a  partir  de 
critérios  qualificados  de  escolha  das  fontes,  registra  como  o  estudante  responde  as  questões,  traz  o 
fichamento da fonte à referência. 
Nova  Síntese:  evidencia  a  síntese  da  vivência  individual  e  grupal  das  respostas  às  questões  de 
aprendizagem,  com  aprofundamento  conceitual  e  científico,  traz  a  relação  do  que  foi 
estudado/apreendido com a prática com intenção de transformá­la e a avaliação dessa ação. 
O  aluno  deve  descrever  as  atividades  do  portfólio  no  “FORMULÁRIO  DE  ORGANIZAÇÃO  DO 
PORTFÓLIO” (ANEXO 2). As orientações de como descrever o portfólio estão descritas no ANEXO 
3 –  “FICHA DE ACOMPANHAMENTO DA ATIVIDADEDO PORTFÓLIO”.

PROVA ESCRITA:
A  prova  será  ao  final  do  semestre  podendo  contemplar  questões  objetivas  e/ou  descritivas  a  serem 
elaboradas pelos professores da disciplina referentes aos conteúdos abordados no semestre.
VIII – REFERÊNCIAS
BÁSICAS:

BASTOS  A.C.S.  A  família  enquanto  contexto  de  desenvolvimento  humano:  Implicações  para  a 
investigação em Saúde. Revista Ciência Saúde Coletiva. 1998; 

CAMPOS, G. W. S. Tratado de saúde coletiva.2 ed. 1. Rio de Janeiro: Fiocruz., 2009;

CUNHA G.T. A construção da clínica ampliada na Atenção Básica. 2ª ed. São Paulo: Hucitec; 2007;

FERNANDES A.S.; SECLEN­PALACIN J. Experiências e desafios da atenção básica e saúde da 
família: caso Brasil. Brasília: OPS; 2004;

MERHY E.E.; MAGALHÃES JÚNIOR H.M., RIMOLI J.; FRANCO T.B.; BUENO W.S. O trabalho 
em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. 2ª ed. São Paulo: Hucitec; 2004.  

COMPLEMENTARES:

BALINT, M. O médico, seu paciente e a doença. 2.ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2005. 291p.;

 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual para a organização da Atenção Básica.Brasília,1999.
 _________________________.   Humaniza SUS: Política Nacional de Humanização. Brasília:
2004.                                             .

COSTA, E. M. A. Saúde da família: uma abordagem interdisciplinar, Rio de Janeiro: Rubio, 2004. 
195p.; 

GONÇALVES  R.B.M.  Tecnologia  e  Organização  Social  das  Práticas  de  Saúde.  São  Paulo: 
Hucitec; 1994;
  GUSSO,  Gustavo  D.  F.,  LOPES,  Jose  M.  C.  Tratado  de  Medicina  de  Família  e  Comunidade  – 
Princípios, Formação e Pratica. Porto Alegre: ARTMED, 2012, 2222p.

NOGUEIRA  R.P.  O  Trabalho  em  Serviço  de  Saúde.  Organização  do  cuidado  a  partir  de 
problemas: uma alternativa metodológica para atuação da equipe de Saúde da Família. Brasília: 
MS/OPAS/OMS; 2000.         

_____________________________________________
Profª. Leila ValderezSouza Gattass

______________________________________________              
Profª. Rose Margarethe Costa

______________________________________________
Profª. Geani Teixeira Hermidorff

______________________________________________
Profª. Fabíola Beppu Muniz Ransdorff

______________________________________________
Profª. Vanessa Maggio

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