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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS


UNIDADE ACADÊMICA DE MEDICINA – UAMED
COMPONENTE CURRICULAR: SISTEMA URINÁRIO
DOCENTE: PROFª. DENISE NÓBREGA PIRES
DISCENTE: FERNANDO RIBEIRO LEITE JUNIOR

RESUMO ANATOMIA RENAL + CASO CLÍNICO

O rim, como órgão de extrema importância dentro da fisiologia humana, tem uma anatomia
simples e dinâmica, que promove suas funções de forma satisfatória e eficiente. Dentro desta gama
de especialidades, sua principal função é a filtração do sangue – mais especificamente do plasma
sanguíneo -, visando retirar excretas (ureia, ácidos, sais e íons em geral), que junto de uma enorme
quantidade de água, é extraída do corpo. Esse conjunto, o qual dar-se o nome de urina, é enviado
através dos ureteres para a bexiga, onde fica armazenada até o momento da micção. A partir disso, é
importante analisar a anatomia renal de fora para dentro, visando averiguar cada segmento e
estrutura que compõem o órgão.
Mais externamente, o rim possui uma capa protetora denominada cápsula fibrosa, que é
formada por tecido conjuntivo denso não uniforme. Esta cápsula tem como função manter a
integridade e proteger o rim, sendo fina e levemente retirada com a unha ou instrumento cortante.
Logo abaixo da cápsula fibrosa, encontrasse o parênquima renal, constituído por córtex e medula
renais. Cada uma destas partes tem suas funções e características específicas, que serão
mencionadas logo abaixo.
O córtex renal, a parte mais externa do parênquima, é o local onde o plasma será de fato
filtrado. Nele é possível encontrar estruturas microscópicas denominadas glomérulos as quais
recebem as artériolas eferentes que trazem o sangue. Dentro dos glomérulos, alguns componentes
chamados podócitos cobrem essas artérias e são estes que irão realizar a “ultrafiltragem”. Após isso,
o sangue volta para a circulação através das artériolas aferentes. Contudo, o ultrafiltrado, substancia
intermediaria entre o plasma sanguíneo e a urina em si, cai no chamado espaço de Bowman e vai
seguir um percurso singular para ser levado à bexiga. A partir daqui, segue-se a anatomia da medula
renal, a qual irá comportar as estruturas referentes ao trajeto detalhado a seguir. O percurso é
formado pelo túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo coletor.
Dentro desse percurso, haverá a reabsorção e secreção concomitantes de certas substâncias e
quando, por fim, o líquido chega aos forames papilares, já é denominado urina.
Antes de tudo, é deve-se lembrar que estas estruturas da medula renal, irão formar uma
estrutura anatômica importante, que pode ser vista a olho nu, as pirâmides renais. No ápice dessas
pirâmides, encontra-se a papila renal, a qual comporta os forames papilares que irão desaguar nos
cálices renais menores. Estes, irão se unir para formar os cálices renais maiores, estruturas primárias
e proximais do ureter. Seguindo distalmente, os cálies renais maiores formam a pelve renal, uma
continuação cranial do ureter que se caracteriza por seu maior diâmetro. É importante ressaltar que
além da pelve, artérias, veias e nervos que chegam ao rim, o fazem através do hilo renal, o qual
também pode estar preenchido por gordura perirrenal.
Por fim, mantendo a estabilidade e localização do rim dentro do corpo, estão elencadas cerca
de 3 ou 4 estruturas. Há uma camada de tecido adiposo que contorna o rim e consequentemente até
o infiltra, denomidada camada de tecido adiposo perirrenal. Externamente a esta camada, está a
fáscia renal com suas lâminas anterior e posterior, que provêm certa sustentação ao órgão. Além
destas, encontra-se a camada de tecido adiposo pararrenal. Também é importante enfatizar as
relações anatômicas do rim com os músculos subjacentes. Póstero-lateralmente mantém relações
com o rim os músculos psoas maior, quadrado do lombo e o latíssimo do dorso – além de certa
forma o serrátil posterior inferior também.
O caso clínico analisado foi a Insuficiencia Renal, que se caracteriza pela ausencia total ou parcial de
filtração glomerular nos rins. Esta mazela caracteriza-se por ter dois tipos, a Insuficiência Renal Aguda
(IRA), e a Insuficiencia Renal Crônica (IRC). Vamos nos ater mais especificamente a IRA.
A principal característica da Insuficiência renal aguda, é a parada repentina da filtração renal,
levando o individuo a quadros de oligoanúria (excreção de 50ml a 250ml de urina por dia) ou de anúria
(excreção de menos de 50ml de urina por dia). Visto isso, é importante denotar que a IRA tem fator
multicausal e que se não tratava com rapidez pode levar o indivíduo à morte.
As principais causas da Insuficiencia Renal Aguda são:

 Choque Hipovolêmico, quando numa hemorragia grave por exemplo.


 Decréscimo do Débito Cardíaco.
 Danos dos túbulos renais.
 Cálculos renais.
 Uso exagerado de AINES (antiinflamatórios não esteroidais), Antibióticos e outras
substâncias com altas taxas de nefrotoxicidade.
 Lesão traumatica ou compressiva dos rins, geralmente associdada a falência múltipla dos
órgãos.
Os principais sintomas são:

 Edema causado pela retenção de líquido.


 Acidose metabólica
 Hipercalemia , causada pelo acúmulo de potássio no sangue, o que pode causar anomalias na
transmissão nervosa de todo o corpo, com ênfase no coração e consequentemente causar
arritmia e parada cardíacas.
 Anemia, pela falta de produção de eritropoietina pelas células do córtex renal.
 Osteomalácia, pela má absorção de cálcio no intestino, causada pela falta da ativação da
vitamina D em calcitriol pelos rins.

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