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Equilíbrio e Desequilíbrio

Bloco 1.5

Universidade Católica de Moçambique


Faculdade de Ciências de Saúde

Guia do Estudante
Introdução

Neste bloco mostra-se alguns exemplos do funcionamento


normal do homem. Também se discute as possibilidades para a
sua compensação e recuperação, em caso de desregulação deste
funcionamento. Portanto, explica-se o título EQUILÍBRIO
DESEQUILÍBRIO. "

O bloco sobre Ataque e Defesa trata o funcionamento ao nível


celular, enquanto neste bloco discute-se o funcionamento do
homem ao nível da integração mais elevada.
Quer dizer, dá-se mais atenção às interacções entre sistemas de
órgãos (por exemplo a circulação cardiovascular) e também ao
funcionamento do homem no seu ambiente e na sociedade.

O primeiro tema deste bloco (capitulo I-III) trata a regulação de


três sistemas
orgânicos:
I: A função do coração e a circulação
II: A função renal e a regulação dos líquidos
III: A função da pulmão e a homeostáse do sangue.

O segundo tema deste bloco (capitulo IV) trata os factores que


diariamente ameaçam o funcionamento normal do homem, como
podem ser reconhecidos através da comparação de
conglomerados humanos. Os conceitos de risco, factor de risco e
grupo-risco ilustram-se mediante as doenças cardiovasculares.

O último tema (capítulo V) trata a regulação do equilíbrio


psíquico do indivíduo, e suas possibilidades para reagir caso a
relação com outras pessoas esteja alterada. Também demonstra-
se a ameaça psíquica na sociedade e a sua compensação.
Desta maneira o bloco aproxima-nos do funcionamento dos
mecanismos regulatórios a um nível cada vez mais elevado.
Os mecanismos de regulação, como a regulação hormonal e
nervosa (bloco 1.3), a regulação imunológica e de coagulação
(bloco 1.6) e os mecanismos discutidos neste bloco dão uma
visão geral do funcionamento do homem.
Neste bloco o objecto do estudo não é a ameaça e desregulação,
mas em particular as possibilidades de compensação e
recuperação no funcionamento normal dos sistemas orgânicos.
Neste bloco também se discute a origem, o papel e as limitações
da tecnologia médica.
Objectivos do bloco 1.5
1. Os mecanismos de regulação do coração, do rim e da pulmão
- A estrutura e a função do coração e da circulação.
- A capacidade compensadora do coração e da
circulação quanto a influências de desequilíbrio, por
exemplo: o estado de choque.
- As diferentes formas de choque.
- Os efeitos de desregulação da circulação na perfusão dos
tecidos, tendo como exemplo o rim.
- A função do rim na regulação do volume do líquido
extracelular, e também em relação a anatomia microscópica
do rim.
- A estrutura e a função do tórax e a pleura. É uma maneira
para estudar os mecanismos da respiração mediante um
factor desregulatório simples.
- A consequência das influências mecânicas da
respiração quanto a composição do ar alveolar, ventilação
e perfusão
2. Os factores de risco que podem resultar em doenças
- A definição dos factores do risco, conteúdo de algumas
medidas e os factores concretos de risco dum enfarte do
miocárdio.
3. Os mecanismos de regulação do comportamento do
indivíduo e a sociedade
- Ameaças psicológicas e “coping mecanisms’’ (psicodinâmica).
- Estresse e reacções de estresse.
- Adaptação vegetativa a pressão psicológica.
- Processos sociais quanto ao ataque e defesa, em particular
de: “labeling”, estigmatização, estereotipo e domínio de
comportamento anormal.

Habilidades práticas:
- Comunicação.
- Exame físico do tórax.
- Teste da urina
Palestras
Estratégias de utilidade dum resumo – Como se prepare um resumo
e pourque um resumo é importante.

O coração e os grandes vasos – O coração pode ser estudado


conforme a sua morfologia, função e topografia. A morfologia
(sistemática) e topografia vão ser discutidas, enquanto a função
(fisiologia) trata-se na segunda palestra.

O coração: rei ou vassalo? – O título mostra a dualidade da função do


coração. Por um lado, o coração é um órgão autónomo, por outro lado,
só pode funcionar bem quando se adapta às exigências periféricas
(forca da bomba e velocidade da bomba). Também nesta palestra se
discute as limitações dos mecanismos de adaptação da função do
coração nas circunstâncias de stress, como surgem no choque e esforço.

Pressão sanguínea: resultado da interacção – A perfusão adequada


do tecido é essencial para o metabolismo ao nível celular. A regulação
da pressão sanguínea decorre através dum conjunto de mecanismos
diferentes. Discute-se estes mecanismos e também a interacção destes.

Anatomia dos rins e das vias urinarias – Para uma boa abordagem da
função e fisiologia renal é indispensável uma boa compreensão da
anatomia macroscópica e microscópica renal. Dr Alfredo

O rim: dono da balança de água e sal – O rim é de importância


essencial para a regulação da água e do sódio. É necessário entender os
mecanismos que resultam numa regulação preciosa no volume
sanguíneo.

Anatomia e patologia dos pulmões – Apresenta-se, como uma


preparação de laboratório, não só a anatomia dos pulmões mas também
algumas doenças pulmonares.

Homeostase dos gases sanguíneos – Apresenta-se a fisiologia e


patologia da respiração com dois exemplos ligados ao transporte
gasoso pulmonar. Assuntos: ventilação, difusão, regulação da
respiração, e mecânica respiratória.
Reacções da sociedade ao comportamento divergente
A pergunta central nesta palestra é saber como a sociedade reage
perante um comportamento divergente. Define-se o que de facto é um
comportamento divergente e como entre diferentes sociedades (e
também dentro duma mesma sociedade) se pode haver ideias diferentes
sobre o que é ou não é normal.

Estresse e enfarte cardíaco – A pergunta se o estresse pertence aos


factores de alto risco do enfarte de coração e morte súbita, não pode ser
facilmente respondida, porque o conceito de estresse não esta
claramente definido. Ilustra-se nesta palestra como cada elemento
individual e a interacção entre eles aumenta o risco do enfarte
coronário. Destaque-se: depressão e esgotamento, situação socio-
económica, e agressividade.

Riscos e doenças:
A palestra trata os conceitos ‘risco’, ‘estudo coorte’ e ‘incidência’.
Depois iniciamos o conceito de causalidade e os critérios que decidem
para poder dizer se uma ocorrência (p.e. hipertensão) é a causa ou não
duma outra situação (p.e enfarto miocardial).

Tecnologia médica:
Que técnicas existem para investigar o coração, os pulmões e os rins?
A ideia é que cada vez mais o médico vai ficando dependente da
tecnologia ultramoderna para poder chegar ao diagnóstico. É bom
reflectir da necessidade e soberania da clínica sobre todas as coisas. De
facto, os estudos de gabinete e laboratório são complementares do
diagnóstico que já suspeita o clínico.
Sugestões sobre o que fazer antes do primeiro
grupo tutorial
• Ler bem o livro do bloco e formular sugestões para posterior abordagem
no grupo tutorial.
• Pensar como quer tratar os objectivos de aprendizagem: quais destes
podem-se cumprir através do treino de habilidades e quais destes através
do grupo tutorial.

O que deve acontecer no primeiro grupo tutorial?


• Combinar sobre o funcionamento do tutor e do chefe.
• Combinar sobre a sequência de ser chefe e secretário(a).
• O chefe da sessão tutorial seguinte anota os objectivos de aprendizagem e
controla se forem cumpridos ou não. Além disso, ele/ela deve-se preparar
bem.

O que não deve esquecer nos grupos tutoriais?


• Começar a sessão com a elaboração dum horário para as duas horas
seguintes.
• Perguntar a cada membro do grupo: o que fez quanto aos objectivos de
aprendizagem? Quais livros consultou? O que não conseguiu encontrar?
Teve suficiente tempo de se preparar?
• Discutir todos os objectivos de aprendizagem e não deixar dizer “já
entendemos todos e não precisamos falar mais”.
• O chefe faz sempre resumos da matéria estudada.
Avaliação dos grupos tutoriais
• Anote o que é dito durante a avaliação e faça alguma coisa com isto.
• Tente avaliar usando um esquema certo (tutor, chefe, objectivos de
aprendizagem, processo do grupo, membros individuais etc.)
• Não só avalie o que não correu bem, mas também procure soluções para
melhorar.
• Observe se os objectivos de aprendizagem foram cumpridos.
• Avalie se foi cumprido o horário elaborado pelo chefe.

Mais uma vez os sete saltos


1 Esclarecer conceitos não claros
2 Formular problemas
3 Analisar os problemas (chuva de ideias)
4 Fazer um inventário (de maneira sistemática) das diferentes explicações
que surgiram no passo 3
5 Formular objectivos de aprendizagem (e indicar prioridades)
6 Auto-estudo
7 Reportagem
Tarefas:

Capítulo I – Ameaça e regulação da circulação


Cardiovascular

Introdução
Neste primeiro capítulo deve-se compreender o funcionamento do
coração e da circulação cardiovascular.

A primeira tarefa consiste em adquirir dados suficientes para


estudar os aspectos do seu funcionamento (por exemplo, a
hipotensão ortostática).
Na segunda tarefa vem ao cenário uma ameaça bastante forte,
resultado dum choque.
Na tarefa 3 tratam-se as consequências dos problemas circulares
(choques) para a função do órgão.

Deste modo, deve-se compreender os dados apresentados,


baseando-se nas referências anatómicas (estrutura dos átrios,
ventrículos, válvulas cardíacas, miocardio, e inervação), e da sua
função (anatomia do nódulo sinusal, a transmissão dos estímulos
eléctricos e a contracção do coração).
Também se deve compreender algumas formas de choque, como
por exemplo, o choque anafiláctico. Mas não e necessário
aprofundar muito a parte patofisiológica das diferentes formas dos
choques.
O que é necessário, é compreender a função reguladora do coração
durante alterações da pressão sanguínea causada pelo choque
(diferentes mecanismos de regulação, como o mecanismo de Frank-
Starling, importância de pré-carga e pós-carga).
Finalmente, também se deve compreender o papel do sistema
nervoso quanto a regulação do trabalho do coração - influenciar o
músculo cardíaco decorre através dos efeitos da frequência cardíaca
e da força da contracção.
Tarefa 1 – Segunda-feira, de manhã
Dr. Martins, 50 anos de idade é director dum hospital rural.
Depois de um tranquilo fim-de-semana, ele vai dormir cedo
À noite, o seu pulso é regular e tem 55 pulsações por minuto. Às
cinco horas ele acorda. Olha para o seu despertador e vê que
ainda pode dormir mais 2 horas. O seu pulso agora tem 95
pulsações por minuto, mas imediatamente diminui até 60
pulsações por minuto.
Às sete e quinze o despertador toca. O Dr. Martins ainda fica na
cama e pensa sobre o dia que vem.
Terá reuniões, precisa de demitir alguém e sabe que não vai ser
uma conversa fácil. Preocupa-se muito. O seu pulso agora tem
95 pulsações por minuto, mas diminui logo até 60 pulsações por
minuto.
E às sete horas e meia, o Dr. Martins pula da cama, levanta-se
rapidamente e abre as cortinas. Por um momento sente a cabeça
leve, mas isto passa rapidamente. O seu pulso sobe até 85
pulsações por minuto.
Ele se pergunta se isso é normal ou não, e qual é a causa do pulso
elevado.
Tarefa 2 – Um incidente espinhoso
O Dr. Martins tem um passatempo bastante interessante, embora
não sem perigo. "O Dr. Martins tem um passatempo bastante
interessante, embora não sem perigo."}
No jardim tem algumas colmeias. Todas as manhãs, antes de ir
ao serviço, vê como ficam as suas abelhas. Ontem, ele tropeçou
numa pedra e caiu contra uma colmeia. As abelhas saíram,
agitadas e o que aconteceu pode-se adivinhar. Ele volta
rapidamente para casa e avisa a sua esposa. Sente-se muito mal
com as dores fortes das picadas e depois de 5 minutos começa a
sentir-se muito fraco. Começa a suar e está incomodado.
A esposa leva-o para o hospital aonde chega 15 minutos depois.
O médico vê um homem com consciência normal. A sua
respiração é um pouco acelerada. O médico conta um pulso de
90 pulsações por minuto, e faz medição da tensão arterial:
120/80 mm Hg. Decide esperar 5 minutos e faz de novo a
medição do pulso: 100 pulsações por minuto. Naquele momento
a tensão arterial é 110/75 mmHg. 5 minutos depois o pulso conta
120 pulsações por minuto, e a tensão arterial 85/55 mmHg. A
testa a sente-a quente. O médico injecta adrenalina intravenosa.

NB. Vamos a usar esta tarefa para o treino das habilidades de estudo.
Aponte 2 estudantes que vão fazer uma apresentação (palestra)
dos resultados do auto-estudo no início da próxima sessão
tutorial, sobre os objectivos de aprendizagem formulados na
presente sessão tutorial.

ATENCÃO: A apresentação não pode demorar mais de 5 a 10


minutos e não pode substituir a discussão dos objectivos de
aprendizagem com todo o grupo tutorial.
Tarefa 3 – Uma mordedura de cobra
O Zeca saiu para jogar à bola com os seus amigos, e durante o
jogo, a bola foi parar no mato. Ele corre pelo mato dentro e não
dá conta de que lá há uma cobra que o morde, perante a ameaça
de ela ser pisada. Zeca fica mesmo assustado e não quer contar
nada a sua tia, porém ela descobre que a perna começa a ficar
roxa e inchada. Ele diz a verdade, dois dias depois, e a tia Rosa
leva-o ao banco de socorro, onde o enfermeiro aplica-lhe de
imediato Adrenalina via intramuscular, pensando que aquilo é
um “choque anafiláctico”
Capítulo II – O rim como órgão de
regulação de volume do líquido extracelular

Introdução
Depois do estudo da circulação e da função do coração no
capítulo I, no capítulo II na primeira tarefa vai tratar da mesma
matéria, mas agora focada nas consequências das deficiências
de circulação para a função do órgão. Em particular dá-se
atenção ao conceito de autoregulação e aos aefeitos das
deficiências da circulação cardiovascular na perfusão do rim e
a sua função. Além disso, trata-se a regulação do volume de
líquido extracelular, o funcionamento do sistema renina-
angiotensina-adosterona e a hormona antidiurética, como
também o conceito de velocidade de filtração glomerular .
Tarefa 4 – A Ferida Aguda
Rodrigues, 28 anos, cai num pedaço de vidro e magoa-se na
virilha. O sangue esguicha pulsando da ferida e forma-se uma
grande poça. Uma enfermeira, a sua vizinha, está por perto e
ajuda-o. Ela faz pressão na virilha com o seu punho e controla a
respiração, a consciência e a circulação do paciente. A ferida
ainda goteja um pouco. Rodrigues tem uma pele húmida, pálida,
um pulso rápido e fraco (120 por minuto), uma respiração
acelerada (30 por minuto) e pupilas dilatadas. Além disso é fácil
manter contacto com ele.
Arranja-se um transporte e ele é levado para o hospital, onde se.
Coloca-se-lhe uma infusão. Mede-se a tensão (70/40 mmHg) e
tira-se sangue para uma eventual transfusão. Rodrigues queixa-se
que tem sede. Para controlar a produção de urina liga-se uma
algália na bexiga. Depois da recuperação cirúrgica do vaso
arterial ele fica na sala de reanimação. Mede-se a pressão venosa
central através dum cateter na veia cava superior que é de –3
mmHg. A produção de urina depois de uma hora é de 10 ml. A
tensão e Pressão Venosa Central estão baixas: 100/50 mmHg, e –
1 mmHg respectivamente. Consequentemente, o cirurgião decide
aumentar a velocidade da infusão.

N.B.
Para o treino das habilidades de estudo é necessário usar os
apontamentos da tarefa “Uma volta na praia” (do bloco 1.3), para
o estudo dos objectivos de aprendizagem desta tarefa. Estes
apontamentos têm que ser avaliados quanto à sua acessibilidade
e clareza. Discuta as suas observações no início da próxima
sessão tutorial. Podem ser comparados os diferentes métodos.
Tarefa 5 – A continuação seca
Depois de algumas horas a tensão arterial foi restabelecida
(120/70mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC) tem um valor
normal (5mmHg) e a produção de urina já iniciou-se (90 ml por
hora). A recuperação de Rodrigues corre bem.
Ao mesmo tempo em que Rodrigues está hospitalizado, dois
estudantes de medicina que fazem trabalho clínico recebem do
seu tutor a tarefa de estudar o fenómeno de choque nas amostras
de urina e sangue. Decidem fazê-lo observando a produção de
urina, a osmolaridade, e a concentração de iões de Na + na urina.
Também tentam obter uma ideia da Velocidade de Filtração
Glomerular (VFG) medindo as concentrações (plasmática e
urinária) da creatinina. Eles conseguem fazer uma tabela com
dados de cuidados intensivos. Infelizmente a última porção de
urina (depois de 3 horas) foi perdida.

Osmolaridade de urina (mosm/L) 300 1100 800 ?


Iões de Sódio (mmol/L) 60 6 15 ?
Produção de urina (ml/hora) ? 10 40 90
Creatinina na urina (mmol/L) - 24,0 10,5 ?
Creatinina plasmática (umol/L) - 80 70 65
VFG (ml/min) - 50 100 ?
PVC (mm Hg) -3 -1 3 5
Pressão arterial (mm Hg) 70/40 90/55 100/60 120/70
Pulso (puls/min) 120 105 90 80
Respiração (inspir/min) 30 25 20 18
Haematócrito (%) 45 38 34 33

Discutindo esta tabela com o tutor, ele pede aos estudantes para
fazerem uma descrição dos mecanismos responsáveis para as mudanças
descritas nos diversos parâmetros e as perspectivas dos valores que
podem surgir depois de três horas de tempo. Também pede explicações
sobre como foi calculado o VFG.
Aparelho tubular
Capítulo III – Ameaça e regulação da
respiração
Este capítulo dá atenção à regulação da respiração. Na primeira
tarefa estuda-se a estrutura anatómica do tórax, a pleura e a
regulação central da respiração.
A segunda tarefa estuda a composição do ar alveolar, a
ventilação, perfusão e difusão e os seus papeis na regulação
respiratória.
Tarefa 6 – Uma queda grave
O senhor Mulato, 35 anos de idade, transportador de cana-de-açúcar,
cai de bicicleta com o seu peito acima do volante, na estrada.
Dói-lhe muito quando respira, sobretudo na parte esquerda do peito.
Portanto, respirar é difícil. Ele levanta-se e com dificuldade consegue
chegar a casa. A dor não passa e decide ir ao posto de saúde. O técnico
ouve o som dos seus pulmões, mas a quarta e a quinta costela dão
muita dor. As costelas apresentam uma contusão.
Volta para casa e depois duma hora o senhor Mulato começa-se a sentir
mal: o seu pulso e respiração aumentam, ele sente-se abafado e está a
suar. No fim começa sentir-se tonto e com tonturas. A esposa dele leva-
o de novo para a clínica. O técnico agora não ouve nenhum som no
lado esquerdo dos pulmões e logo manda o senhor Mulato para o
hospital. Com uma radiografia do tórax foi diagnosticado pneumotórax.
Observa-se duas costelas partidas. A análise dos gases arteriais mostra
os seguintes valores:
pH: 7.47, pO2: 9.7kPa, pCO2: 3.9 Kpa, O2 saturação: 95%

Esperando pelo tratamento do pneumotórax, o senhor Mulato recebeu


um comprimido contra a dor e um sedativo. Algum tempo depois uma
amostra de sangue arterial mostra os seguintes valores:
pH: 7.44; pO2: 9.3 kPa; pCO2: 4.8 kPa; O2 saturação; 94%

Valores normais da análise dos gases arteriais


pH 7.35 – 7.45
pO2 (kPa) 8.7 – 13.1
pCO2 (kPa) 4.5 5.9
HCO3- (mmol/L) 22.0 – 28.0
O2 saturação (%) 93.0 – 98.0
Tarefa 7 – Abafado
O Senhor Fulano trabalhou durante muitos anos nas minas na
África do Sul. De vez em quando ele não se sente muito bem,
fica com pouco ar e um dia consulta um médico no hospital. O
médico decide medir os valores gasosos sanguíneos arteriais
durante um exame de esforço. Ele mede os seguintes valores de
sangue gasoso arterial:
Repouso Depois de 30 Depois de 3 Depois de 3 Depois de 20
min min min min, repouso
30 Watt 60 Watt 90 Watt 100%
pH 7.46 7.44 7.42 7.43

pO2 10.7 9.2 8.5 8 ?


(kPa)
pCO2 4.9 4.6 4.3 4.1 4.9
(kPa)
-
HCO3 26.1 24.3 21.9 19.7 24.1
(mmol/L)
O2 saturação 97.8 96.3 94.7 92.9 ?
(%)

O técnico do laboratório esqueceu-se de preencher os valores de


saturação de pO2 e PCO2-, medidos depois de 20 minutos de respirar
100% O2. Tente raciocinar quais poderiam ser estes valores e porquê?
Qual é a diferença entre a medição de kPa e de mmHg como indicação
de pressão?

Primeiro pensa como os valores de sangue gasoso mudam (aumentar,


diminuir, manter) com esforço. Como os valores iniciais podem ser
tomados: pH: 7.41; pO2: 12.8kpa; pCO2: 5.1kPa; HCO3-: 24mmol/L e
sat. O2: 97%. Como mudam os gases sanguíneos com grandes
esforços?

ADENDUM: Os valores normais da gasometria

arterial são: pH 7.35 - 7.45


pO2 maior que 70 mm de Hg
pCO2 de 35 a 45 mm de Hg
HCO3 18 - 22mmol/L (estándar de bicarbonato)

Mais 2.5 mmol/L = alcalose Menos 2.5mmol/L = acidose

N.B. Poderá notar que de autor para autor há variações destes valores.
Atreva- se a revê-los!

Continuando no treino das habilidades de estudo, esta tarefa usa-se para


determinar a fonte de documentação e consulta na próxima sessão
tutorial. Apresenta-se com a discussão dos objectivos de aprendizagem:
 A documentação usada
 Como foi recolher esta informação (escreveu, fotocopiou, fez
resumo, etc.)
 Como esta documentação tirada das fontes pode ficar sempre
acessível.
Capítulo IV – Factores de risco

Introdução
Este capítulo trata o segundo tema deste bloco: factores de risco.
Como exemplo escolheu-se os factores de risco das doenças
cardiovasculares. O objectivo é que depois desta semana se tenha
uma ideia clara da definição de risco, como poder comparar
medições de risco, e quais os factores de risco mais
importantes para doenças cardiovasculares.
Tarefa 8 – O outro lado da angina de peito
O senhor Urso, 43 anos de idade, morador no Alto da Manga, é
Director duma empresa de fazer mobílias. Durante algum tempo
sente uma pressão que vem detrás do osso do peito, em
particular quando joga futebol, aos fins-de-semana. A dor depois
alivia, mas volta sempre. Um dia consulta o médico. Depois de
ouvir as palavras do senhor Urso, o médico pensa em
arteriosclerose das artérias coronárias. Explica-lhe sobre isso.
Mas, o director disse que achava que este tipo de doença do
coração tinha uma relação com os maus hábitos de vida, como,
por exemplo, fumar muitos cigarros e comer pratos gordurosos.
Ele referiu que o seu vizinho, muito gordo, grande fumador, com
60 anos de idade, nunca sofreu destes problemas.
O médico não sabe dar uma explicação clara e, por isso, decide
consultar as estatísticas do hospital.
Durante alguns anos, de todos as consultas no hospital foram
registradas pessoas fumadoras e não fumadoras. Usa a
informação das mortes pelas doenças cardiovasculares durante
os últimos 6 anos, e observa quem foram os fumadores e os não
fumadores.
Decide limitar-se ao grupo de pacientes com mais de 30 anos em
1990, porque neste grupo se conhece o hábito de fumar dos
pacientes.

Idade (anos) 30-39 40-49 50-59 Todas Idades


DVC total DVC total DVC total DVC total
Fumadores 7 12 14 33 500
212 160 128
Não fumadores 1 11 28 40 1000
320 347 333
Total 8 23 42 73 1500
532 507 461
Total = numero das pessoas por grupo de idade em 1990
DVC = o numero de Doenças dos vasos – coronários diagnosticado nos anos 90-95 nos
respectivos grupos

Com os dados da tabela pode determinar-se o risco do senhor Urso


sofrer uma doença dos vasos coronários dentro de seis anos.
Isto é de 40/1000 = 4% e para o seu vizinho é de 33/500 = 6,6%.
Pergunta-se se deve calcular a diferença ou a proporção destes riscos
para comparar os riscos do senhor Urso e do seu vizinho. Para fumador
o médico acha que o resultado não é tão mau, mas observa que esta
comparação na categoria dos fumadores mais novos é mais
desfavorável.
Pergunta-se também se a idade deve ser tomada em conta como factor
de risco para as doenças dos vasos coronários.

O médico está impressionado com o grande número de casos de


doenças dos vasos coronários, e gostava de saber quantos casos nesse
período são a consequência do hábito de fumar.
Capítulo V –
Mecanismos de regulação do comportamento
do indivíduo e da sociedade

Introdução
Capítulo V aborda o tema de mecanismos de regulação do
comportamento do indivíduo, assim como da sociedade, e leva o
estudo dos mecanismos de homeostase num nível de integração
mais elevado. Apresentam-se processos sociais ligados à
ameaça e defesa (estigmatização, estereotipo, continência social
do comportamento divergente).
Seguido pela ilustração dos mecanismos de defesa individuais
como reacção aos factores da ameaça da psique (psicodinâmica).
Também trata-se o fenómeno de stress e adaptação vegetativa,
resultado duma elevada pressão psicológica.
Tarefa 9 – Fusão de dois bancos
Dois bancos (BIM e BCM) vão-se fundir. Ambos os directores
têm os seus próprios objectivos. O Sr. João director do BCM
quer promover as empresas privatizadas nacionais, e o Sr.
Jeremias, director do BIM quer mais o investimento estrangeiro.
Não estão de acordo e, além disso, têm de decidir quem vai ser o
director geral do Novo Banco. Criam-se problemas de muita
tensão, até que o Sr. Jeremias começa a sofrer de dores no peito,
palpitações que acompanham cefaleias, e transpiração profusa
pelo que é levado ao HCB onde se fizeram várias investigações e
foi observado que tem indicadores de fortes riscos duma doença
coronária e HAS, que foram desencadeados pelos factores
psicossociais negativos.
O Sr. João reage de maneira diferente. Ele agora fica muitas
vezes constipado, e pergunta-se se a competência imunológica
foi afectada pelo excesso de tensão que está acontecendo no
serviço.
Tarefa 10 – A cabeça do porco
O Dr. Elmano chegou ao hospital distrital recentemente e quer
fazer o melhor para os seus doentes. Um dia chega um doente
com uma cara muito ‘estranha”. O médico não sabe o que
provocou esta alteração grave, mas tenta fazer tudo para
melhorar a situação deste senhor. Mas, o Dr. Elmano não
encontrou uma solução. Os enfermeiros do hospital gostam do
seu novo médico e gostam de o ajudar. Por causa disso
explicam: ”Doutor, não se preocupe! Este senhor tem muito mau
carácter e ele comportou-se mal no passado. E, por causa deste
comportamento a cabeça dele foi bem escondida e substituída
pela cabeça do porco. Isto aconteceu há anos. Ninguém pode
encontrar a cabeça dele.”

Sequência
das Tarefas
1 Reunião 1 Tarefa 1 primeira discussão Chefe:
Secretário:

Reunião 2 Tarefa 1 segunda discussão Chefe:


Tarefa 2 primeira discussão Secretário:
2 Reunião 1 Tarefa 2 segunda discussão Chefe:
Tarefa 3 primeira discussão Secretário:

Reunião 2 Tarefa 3 segunda discussão Chefe:


Tarefa 4 primeira discussão Secretário:
3 Reunião 1 Tarefa 4 segunda discussão Chefe:
Tarefa 5 primeira discussão Secretário:

Reunião 2 Tarefa 5 segunda discussão Chefe:


Tarefa 6 primeira discussão Secretário:
4 Reunião 1 Tarefa 6 segunda discussão Chefe:
Tarefa 7 primeira discussão Secretário:

Reunião 2 Tarefa 7 segunda discussão Chefe:


Tarefa 8 primeira discussão Secretário:
5 Reunião 1 Tarefa 8 segunda discussão Chefe:
Tarefa 9 primeira discussão Secretário:

Reunião 2 Tarefa 9 segunda discussão Chefe:


Tarefa 10 primeira discussão Secretário:
6 Reunião 1 Tarefa 10 segunda discussão Chefe:
Secretário:
Técnicas da intervenção e relaxamento - Os sintomas da estresse são
frequentes na população. Nesta sessão vão aprender algumas técnicas para
controlar e reduzir estes sintomas.
Auto avaliação
I: A circulação
O nodo atrio-ventricular (Aschoff-Tawara) encontra-se:
1. No septo interventricular

A aorta ascendente tem válvulas de forma convexa / côncava.


2. O lado côncavo duma tal válvula é orientado para o coração.

Na maioria dos casos, o gânglio sinus (Keith/Flack) é fornecido


de sangue via os ramos duma das coronárias.
3. É a coronária direita (dextra)

O pericárdio fibroso está colado com uma das outras camadas do


pericárdio.
4. É o epicárdio.

Numa foto de trás para frente do tórax duma pessoa sã pode-se


ver uma parte da imagem projectada do coração, ao lado
esquerdo da linha média; outra parte ao lado direito. A proporção
esquerda:direita das duas distâncias máximas das duas partes até
a linha mediana:
5. É mais perto de 2:1 do que 3:1

As células miocárdico-ventriculares e células átrio-miocárdicas


formam-se de igual maneira. Normalmente, num coração adulto:
6. Há contactos celulares entre as duas categorias.

7. A aorta ascendente não tem ramificações.

No miocárdio existem tipos de células com uma função


especializada. Pertencem a estas as células de Purkinje.
8. As células de Purkinje são especializadas na formação de
impulsos.
9. A velocidade do sangue próximal da estenose é mais rápida
na estenose arterial do que na parte estenótica.

Uma pessoa faz um esforço grande com uma perna enquanto


coxeava. Assim aumenta a perfusão do tecido muscular naquela
perna.
10. Por consequência, a perfusão do tecido muscular da outra
perna aumenta mais de 25 %.

Um método para determinar a velocidade da onda do pulso


arterial é:
11. O método ‘dilução de indicador’.

Numa pessoa diminui a resistência duma artéria enquanto que o


volume de batimento cardíaco fica igual.
12. Neste caso aumentará a pressão arterial do pulso.

Pode-se aumentar a frequência do batimento cardíaco, tanto com


um marca passo (‘pacemaker’) como com uma estimulação
simpática.
13. Pode-se comparar bem os efeitos ao ‘output’ cardíaco no
caso de aumento igual a frequência.

Numa pessoa normal que fica perfeitamente de pé, depois de


algum tempo, a pressão venosa nas pernas tornar-se-á ±90 mm
Hg.
14. O tempo fica mais perto de 30 segundos do que de três
minutos.
15. Esta pessoa tem um comprimento mínimo de 150 cm.

A pressão venosa nas grandes veias fora da cavidade torácica


nunca é inferior a 0 mm Hg, não obstante o facto de que, a
pressão da aurícula direita pode baixar muito mais.
16. Isto é a consequência do colapso das veias, logo antes de
entrar o tórax.
17. O refluxo venoso aumenta em de 50% por causa das
pressões na aurícula direita (menos de 0 mm Hg)
Numa pessoa que fica perfeitamente de pé, um líquido sai dos
capilares por causa da pressão venosa alta nas antepernas.
Assim, retira-se uma parte do volume de sangue da circulação.
18. Esta parte está mais perto de 13% do que de 3%.
19. Esta situação é atingida depois de 15 minutos.

Num ‘choque’ hipovolémico, os órgãos podem suplementar o


volume circulatório pela vasoconstrição. Isto também compete
ao fígado.
20. O máximo do volume sanguíneo, vindo do fígado, está mais
perto de 100 ml do que de 300 ml.

A Venoconstrição tem um efeito na resistência da parede das


veias.
21. Isto é, aumenta.

Muda a pressão do pulso quando aumenta o volume de


batimento cardíaco.
22. Isto é, aumenta.

Muda a pressão diastólica na aorta quando aumenta a frequência


do coração.
23. A pressão aumenta.

Muda a frequência cardíaca no caso de administrar a uma pessoa


em estado de repouso uma substância que blocqueia a acção do
sistema nervoso parasimpático.
24. A frequência diminui.

A frequência cardíaca máxima duma pessoa depende da sua


idade.
25. É 180 ±10 batimentos por minuto numa pessoa de 80 anos
de idade.

Depois de mudar a posição de costas para a de pé, muda o


diâmetro das veias na cavidade abdominal.
26. Este diâmetro diminui.

Baixa a resistência periférica e fica igual à pressão do sangue


arterial por certas intervenções farmacológicas.
27. Isto esclarece-se com o aumento da frequência cardíaca.
28. Isto esclarece-se com o aumento do volume
cardíaco/minuto.

II: O rim
29. A alça de Henle encontra-se no decurso do túbulo renal,
dentro do glomérulo e o túbulo proximal.

O fornecimento do rim com sangue acontece via as aa. renales e


às vezes via artérias acessórias dos rins.
30. Os aa. renales são ramos da aorta abdominalis.

Normalmente divide-se o rim em segmentos. Esta divisão


baseia-se na organização dum sistema particular do rim.
31. É o sistema evacuação de urina.
A câpsula de Bowman contém uma folha parietal e uma folha
visceral. A primeira urina filtrada entra no espaço da câpsula e
passa:
32. a folha visceral da câpsula de Bowman.

O córtex do rim é caracterizado por certas estruturas que não


existem na medula do rim. Pertencem a estas estruturas:
33. corpos de Malpighi.
34. ducto coligente.

O tono dos músculos lisos da circulação venosa influencia o


enchimento do coração.
35. A venoconstrição diminui o enchimento.

A libertação de histamina muda a permeabilidade capilar.


36. A permeabilidade aumenta.

Quando diminui a velocidade de filtração glomerular, pode


mudar a concentração da creatinina no sangue. Neste caso,
normalmente:
37. aumenta.

Por meio de filtração, não podem entrar na urina das pessoas de


boa saúde moléculas grandes (M> 50000).
38. A barreira principal para estas moléculas é formada pela
membrana básica dentro das células endotélicas e epitéliais na
câpsula de Bowman.

Existe uma certa relação entre a pressão osmótica do plasma


coloidal e o nível de filtração.
39. Uma pressão alta entrava a filtração.

Aldosterona tem um efeito na reabsorção de Sódio numa certa


parte do rim.
40. ataca o tubo cortical de colecção.

1 litro de líquido bebido deve ser evacuado através dos rins. O


tempo necessário para tal difere para líquidos diferentes.
41. 1 litro de água pura é evacuado (urina) mais rápidamente do
que 1 litro solução de sal fisiológico.

O valor osmótico alto na medula do rim é causado pelo


transporte activo dos iões Na+ na alça de Henle.
42. HAD influencia a produção de urina por entravar o processo
activo de transporte (veja 42).

Na sua influência ao rim, o HAD causa uma mudança na


concentração das proteínas no soro.
43. É uma diminuição.

44. Angiotensina é produzida nas suprarrenais.


Hipotensão grave influencia a velocidade da filtração
glomerular.
45. I.é, a velocidade diminui

Acontecem ambos, activação do sistema nervoso simpático e


efeitos renais, numa reacção a uma diminuição aguda da pressão
de sangue.
46. Dos efeitos renais, nestas condições, a acção da hormona
antidiurética (HAD) é mais importante do que o efeito da
angiotensina II.

É determinada por três factores a efectividade do rim na


excreção de substâncias: filtração, reabsorção e secreção. Usa-se
uma certa fórmula para este processo:
47. excreção = filtração – reabsorção – secreção.

Pelo rim deve passar uma grande parte do volume minute do


coração. Mesmo dentro do rim não é homogénea a divisão da
passagem de sangue.
48. Da corrente sanguínea renal, a medula deve tratar uma parte
maior em comparação com o córtex.

O chamado “pressure natriuresis”: a excreção da água e do sal


pelo rim aumentará, quando a pressão do sangue aumenta por
causado volume extracelular.
49. Um aumento da pressão de sangue, de repente e de curta
duração, tem um efeito muito maior à diurese do que um
aumento crónico.

Quando uma pessoa normal aumenta sua quantidade diária de


sal, p.ex. de 7 para 14 gramas, a pressão média arterial
aumentará.
50. O aumento fica mais perto de 10 mmHg do que de 5 mmHg.

Um aumento repentino da pressão de sangue de 30 para 50


mmHg causará redobramento ou mais do natriurese.
51. Este efeito não depende da renina-angiotensina.

As células ‘macula densa’ do aparelho juxtaglomerular são


sensíveis para uma diminuição da oferta de urina ao dúblo distal
(num mecanismo ainda não completamente compreendido,
provavelmente a diminuição da oferta de NaCl). Esta diminuição
da concentração de NaCl tem mais efeitos, sendo um deles a
vasoconstrição de:
52. as arteriolas aferentes.

Uma perturbação do equilíbrio ácido-base por


hiperaldosteronismo, na maior parte dos casos tem a ver com:
53. uma alcalose metabóolica.

Angiotensina II tem muitos efeitos, por exemplo: vasoconstrição


e retenção de água e sal.
54. Outro efeito é: estimular a excreção de noradrenalina.

Dos nefrónios corticais, o puder de concentrar a urina é diferente


em comparação com os nefrónios juxtamedulares.
55. Os nefrónios corticais têm um puder maior.

A secreção de renina pelo aparelho juxtaglomerular é estimulado


por:
56. a enzima que converta angiotensina

III: Respiração
57. Expiração não forçada (i.é, durante a respiração normal em
repouso) é um processo passivo.

Na maioria dos casos, um dos pulmões é constituido por 3 lobos.


58. Este é o pulmão esquerdo.
59. xxx
Certos lugares remotos da prega pleural (os chamados recessos)
enchem-se completamente com tecido pulmonar durante a
inspiração profunda. Pertence a estes lugares:
60. O recesso costomediastinal (Ângulo costo frénico).

O bronco principal direito difere do bronco principal esquerdo.


61. O bronco principal direito é mais amplo.
62. O bronco principal direito é mais comprido.

A quantidade de oxigénio que difunde através duma membrana


biológica está em razão directa com:
63. o superfície da membrana.

O aumento da concentração [H+] implica mudança da


concentração [CO2].
64. A concentração de dióxido de carbono aumenta.

A pressão intratorácica, em média durante o ciclo da respiração,


não é igual à pressão atmosférica.
65. A pressão atmosférica é mais alta.

A pressão intrapleural é diferente durante a inspiração e


expiração.
66. A pressão é mais alta durante a expiração.

Os quimiosensórios centrais são sensíveis para certas substâncias


químicas.
67. p.ex. CO2

A concentração de bicarbonato (HCO3-) no sangue muda com


um aumento de pCO2 no sangue.
68. neste caso, a concentração de bicarbonato diminui.
Há um paciente com problemas respiratórios. Não está certa: a
difusão ou a ventilação? O paciente faz um teste de esforço. O
pO2 diminui com aumento do esforço, enquanto que o pCO2
fica constante.
69. Provavelmente, o paciente tem uma perturbação de difusão
dos gases a nível pulmonar.

Baixar o pO2 no leito dos vasos pulmonares causa uma mudança


do diâmetro das arteriolas pulmonares.
70. O diâmetro diminui.
71. xxx
72. Uma embolia pulmonar, na maioria dos casos, causa um
enfarte pulmonar.

Na investigação microscópica do leito periférico dos vasos


pulmonares, a posição dos vasos é importante.
73. A veia pulmonar e a artéria pulmonar ficam uma ao lado da
outra.

A traqueia e o esófago ficam no mediastino, numa certa relação


anatómica um ao outro (quer dizer, dorsal ou ventral)
74. A traqueia fica ao lado dorsal do esófago.

Há glândulas linfóides, tanto supraclavicular como medial ao


esternocleidomastoideo.
75. Estas glândulas ficam a menos de 1 cm do pulmão.

A bronquite crónica é um processo inflamatório.


76. Acontece em particular nos sub-lóbulos.

77.Esforços em baixo do nível anaeróbico causam um aumento


da pCO2 arterial juntamente com o aumento da produção de
CO2.

Ao fim duma respiração normal não há actividade dos músculos


da respiração. Naquele momento, o sistema pulmão-tórax entra
na sua posição de equilíbrio. A pressão na cavidade pleural
naquele momento difere da pressão fora do corpo.
78. A pressão na cavidade pleural é mais alta.

Durante a expiração, a pressão no espaço alveolar difere da


pressão atmosférica.
79. A pressão no espaço alveolar é mais baixa.

Há três formas de CO2 no sangue: dissolvido e livre, ligado a


proteínas, em forma de bicarbonato.
80. A maior parte do CO2 no sangue encontra-se na forma
dissolvida e livre.

81.A espessura média da membrana álveo-capilar é menos de 1


micrómetro no caso dum adulto são.

82. O diafragma é um músculo importante na expiração.

83.Como consequência dum pneumotórax, o tamanho do tórax


muda.

84. A resistência do pulmão é determinada pela tensão


superficial no plano de separação entre ar e líquido nos
pulmões.

IV: Regulação e comportamento


A estimulação da medula suprarenal causa a produção de:
85. cortico-esteróides.

O aumento do nível de cortisol no sangue causa mudança na


secreção de ACTH.
86. I.é, a secreção diminui.
Pertencem aos sintomas do síndroma de hiperventilação:
87. dedos cintilandos.

Pessoas cujo parceiro faleceu recentemente sofrem de mudança


da função imunológica.
88. A função diminui.

A primeira fase do síndroma da adaptação geral é:


89. a fase de alarme.

Durante uma situação de estresse activo, quando alguém está a


combater uma nova situação, na maioria dos casos muda a
quantidade de ácidos gordos livres no sangue.
90. A quantidade aumenta.

A descarga simpática é caracterizado por certos sintomas.


91. Por exemplo, uma boca seca.

A Carolina tem emprego do qual não gosta. Muitas vezes sofre


de enxaqueca. O médico aconselha-a a descansar bem, mas
depois de uns meses, nota-se que a enxaqueca piora sem
nenhuma mudança neurológica.
92. Aqui trata-se de uma ‘confirmação negativa’.

A estimulação do sistema parasimpático tem um número variado


de sintomas.
93. Por exemplo: aumento da pupila.

94. Desportistas com muitos ‘life events’ correm um risco maior


de acidentes desportivos.

95. As pessoas que sofrem dum ataque de pânico, na maioria,


dos casos sabem de que é que têm medo.

O Carlos tem regularmente ataques de pânico: o seu coração bate


freneticamente. Examinando mais de perto, parece que os
ataques acontecem quando vê uma brochura sobre doenças de
coração.
96. O Carlos mostra aqui uma resposta condicionada clássica.
97. xxx

Um dos sintomas da depressão reactiva é:


98. a sensação de rigidez em volta da boca.
99. - 101. xxx

Durante um exercício para relaxar, muitas vezes acontece a


vasodilatação nas pernas.
102. Isto é uma reacção ergótrofa.

Hiperventilação acontece nas pessoas depressivas tal como nas


pessoas com uma perturbação medrosa.
103. Pacientes depressivos queixam-se mais de hiperventilação.
104. -112. xxx

V: Factores do risco
Quando ha incidência, prevalência e duração média duma
doença ficam constantes, pode-se calcular a mortalidade desta
doença com uma fórmula que contém a incidência cumulativa e
a percentagem de letalidade. A fórmula é:
113. Mortalidade = IC/L%
114. xxx

115. Um número de incidência é uma medida de incidência.

O alcance duma medida de risco quer dizer: os possíveis valores


do risco.
116. O alcance da medida de risco “incidência cumulativa” é de
0 até 8.

117. O alcance da densidade da incidência é de 0 até 8.


118. A prevalência ‘esperança de vida’ é um exemplo duma
prevalência periódica.

Prevalência, incidência e duração duma doença estão


estreitamente ligados. A relação pode ser descrita como:
119. Incidência = prevalência x duração

Nos Estados Unidos de América realizou-se uma investigação da


relação entre teor de colesterol no soro e o risco de doenças de
coração/vasos. 30.000 homens na idade de 40-60 anos foram
seguidos durante 6 anos. 10.000 tinham um teor de colesterol
alto (>6,5mmol/L) e deste grupo continha 100 homens que
morreram de doenças dos vasos coronários. Num outro grupo de
20.000 homens com valores baixas morreram 50 pela mesma
causa.
120. O risco relativo é independente da percentagem de homens
com teor alto, na população investigada.
121. – 122. xxx

A duração média duma doença X diminui quando se aplica uma


terapia; a incidência fica igual.
123. A prevalência da doença X diminui neste caso.

Doenças coronárias são chamadas multi-causais.


124. Ísto quer dizer: os factores que têm ligação com as doenças
coronárias também têm um papel nas outras doenças.
125. xxx

O risco relativo de um fumador em relação com um não fumador


de apanhar cancro de pulmões é por volta de 10.
O risco relativo de fumar em relação com não-fumar de apanhar
doenças cardiovasculares é por volta de 2.
126. Ou seja: se toda gente deixasse fumar, podia-se prevenir
mais casos de cancro do que doenças cardiovasculares.

Num artigo de incidências de suicídio no Japão e na Finlândia,


os investigadores aplicaram a estandardização directa para
corrigir as diferenças idades médias nos dois países. Como
população padrão escolheram a estrutura de idade de toda
população do mundo.
127. Esta escolha de população padrão está correcta.

A percentagem de letalidade é uma medida da gravidade duma


doença; é mais apropriada para doenças agudas de infecções do
que para doenças crónicas.
128. A razão é: é mais difícil identificar a causa mortal no caso
de doenças crónicas do que no caso de doenças agudas de
infecção.

129. O risco relativo quer dizer: a percentagem de casos de


doença causada por um factor de risco.

Um livro mostra que o valor da prevalência periódica de pessoas


com úlceras por decúbito (feridas por ficar deitado durante muito
tempo) na Inglaterra, no ano 1985, era de 4%.
130. Esta percentagem trata-se de pessoas que já tinham úlceras
de decúbito no início do ano 1985. (portanto: não as pessoas que
apanharam decúbito no decurso do ano 1985)
131. -138. xxx

VI: Actividades
O estetoscópio não foi introduzido logo depois da sua invenção.
139. Era por causa de dificuldades tecnológicas no
desenvolvimento de instrumentos.
140. xxx

Na ressuscitação aplica-se o esquema ABC ou CAB. O “B” está


para:
141. controlo do estado de consciência.

No caso de parada primária da respiração, sem qualquer


tratamento, leva para perda do estado de consciência e parada da
circulação. Um dos dois acontece primeiro.
142. A parada da circulação acontece, normalmente, antes de
perda de consciência.
143. xxx

Distingue-se os sons bronqueei pulmonares em crepitações e


roncos em base da sua duração (contínuo ou descontínuo).
Crepitações pertencem a uma das categorias.
144. São sons descontínuos.
145.-148. xxx

Os sons pleurais podem surgir por causa de infecções das folhas


pleurais. Estes sons dependem também da quantidade de líquido
dentro das folhas pleurais.
149. Os sons pleurais, mais frequentemente, indicam a presença
de pouco líquido do que a presença de muito líquido.

Na auscultação do tórax, o fechar das válvulas (pulmonar e


aorta) coincide com um certo som do coração.
150. É o primeiro som do coração.

Nos adultos, palpa-se o ‘ictus cordis’ num certo espaço


intercostal esquerdo ou dentro da linha medioclavicular. Na
maioria dos casos, isto é:
151. o terceiro espaço intercostal.

O lugar onde se pode ouvir melhor o fechar da válvula da aorta


encontra-se no segundo espaço intercostal.
152. É o segundo espaço intercostal esquerdo.

Uma concentração alta de vitamina C na urina perturba o teste


qualitativo da urina com fitas (strips). Este perturbação acontece
em particular no caso de:
153. determinação de glucose.

A urina que fica durante algum tempo sem arrefecimento, mostra


um cheiro de amoníaco pela acção das bactérias a certas
substâncias. São:
154. as substâncias do tipo ‘cetónicas’.
No exame qualitativo da urina de dois pacientes encontrou-se o
seguinte:
Paciente A: proteína + [i.é: 30 mg/dl] e densidade 1,010
Paciente B: proteína + [i.é: 30 mg/dl] e densidade 1,020
A excreção total de proteínas é diferente nos dois pacientes. A
maior excreção tem:
155. o paciente A.

O período entre o primeiro e o segundo som cardíaco


corresponde a uma certa fase do ciclo cardíaco.
156. É a diástole.

Uma divisão fisiológica do segundo som cardíaco pode-se ouvir


melhor durante uma certa fase da respiração.
157. Durante a inspiração.

Na auscultação do coração pode acontecer – em certas


circunstâncias – um terceiro ou quarto som cardíaco. Um destes
sons coincide com a contracção do átrio.
158. Isto é o terceiro som cardíaco.

Por causa de doenças do fígado e das vias biliares, pode surgir


uma mudança no aspecto macroscópico da urina. Distingue-se
mudanças de cor, transparência e cheiro.
159. O mais provável é a mudança na transparência.

O controle da circulação numa vítima adulto inconsciente,


realiza-se ao palpar uma certa artéria.
160. É a artéria carótida.

Um socorrista encontra um adulto inconsciente, não reagindo a


estímulos dolorosos, e não tendo circulação. A acção a realizar
directamente é:
161. Chamar ajuda.
162. -163. xxx
Nas pessoas com ruído normal da respiração, a duração da
expiração não é igual à duração da inspiração (o que se pode
ouvir com o estetoscópio).
164. Assim observado, a expiração demora menos tempo do que
a inspiração.

O ruído da respiração normal tem outra frequência do que a


bronquial.
165. A frequência das vibrações do ruído normal é mais baixa.
1 F 43 V 85 F 127 V
2 F 44 F 86 V 128 V
3 V 45 V 87 V 129 F
4 F 46 F 88 V 130 F
5 V 47 F 89 V 131 -
6 F 48 F 90 V 132 -
7 F 49 F 91 V 133 -
8 F 50 F 92 V 134 -
9 F 51 V 93 F 135 -
10 F 52 F 94 V 136 -
11 F 53 V 95 F 137 -
12 V 54 V 96 V 138 -
13 F 55 F 97 - 139 F
14 V 56 F 98 F 140 -
15 V 57 V 99 - 141 F
16 V 58 F 100 - 142 F
17 F 59 - 101 - 143 -
18 V 60 V 102 F 144 V
19 V 61 V 103 F 145 -
20 F 62 F 104 - 146 -
21 F 63 V 105 - 147 -
22 V 64 V 106 - 148 -
23 V 65 V 107 - 149 V
24 F 66 V 108 - 150 F
25 F 67 F 109 - 151 F
26 V 68 F 110 - 152 F
27 F 69 V 111 - 153 V
28 V 70 V 112 - 154 F
29 F 71 - 113 F 155 V
30 V 72 F 114 - 156 F
31 F 73 F 115 V 157 V
32 V 74 F 116 F 158 F
33 V 75 V 117 V 159 F
34 F 76 F 118 V 160 V
35 F 77 F 119 F 161 V
36 V 78 F 120 V 162 -
37 V 79 F 121 - 163 -
38 V 80 F 122 - 164 V
39 V 81 V 123 V 165 V
40 V 82 F 124 F
41 V 83 F 125 -

42 F 84 V 126 F

Referências Bibliográficas:
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