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A PROVA TESTEMUNHAL
RESUMO
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................3
DISPOSITIVOS LEGAIS : Da admissibilidade e do valor da prova testemunhal.......................3
DISPOSITIVOS LEGAIS: Da produção da prova testemunhal...................................................5
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................6
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INTRODUÇÃO
A pessoa é, como visto, fonte de prova. Quando essa pessoa é uma das partes do
processo, o meio de prova, é o depoimento pessoal, examinado em capítulo anterior,
quando se trata de um terceiro, surge a prova testemunhal.
Testemunha é uma pessoa distinta de um dos sujeitos processuais, que é chamada a
juízo para dizer o que sabe sobre o fato probando.
A prova testemunhal é a mais antiga que se tem notícia, juntamente com a confissão. A
prova documental e a perícia exigem certo desenvolvimento cultural. A partir do
momento em que a escrita foi generalizada, houve um estímulo ao uso da prova
documental e com isso, a prova testemunhal, antes havida como prova principal, foi
perdendo sua importância para a demonstração de fatos relativos à obrigações de maior
vulto.
“Art. 442 A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo
diverso.”
“Art. 444 Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível a
prova testemunhal quando houver começo de prova por escrito, emanado da parte
contra a qual se pretende produzir a prova.”
“Art. 445 Também é admissível a prova testemunhal quando o credor não pode ou
não podia, moral ou materialmente, obter a prova escrita da obrigação, em casos
como o de parentesco, de depósito necessário ou de hospedagem em hotel ou em
razão das práticas comerciais do local onde contraída a obrigação.”
Ou seja, quando não tiver outros meios de provar a obrigação, é admissível a prova
testemunhal.
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I – Nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real e a vontade
declarada;
“Art. 447 Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes,
impedidas ou suspeitas.
§ 1º São incapazes:
I – o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II – o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que
ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não
está habilitado a transmitir as percepções;
III – o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV – o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes
faltam.
§ 2º São impedidos:
I – o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o
colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou
afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao
estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute
necessária ao julgamento do mérito;
II – o que é parte na causa;
III – o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da
pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as
partes.
§ 3º São suspeitos:
I – o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II – o que tiver interesse no litígio.
§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores,
impedidas ou suspeitas.
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4o serão prestados independentemente de
compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.”
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II – a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.”
“Art. 450 O rol de testemunhas conterá, sempre que possível, o nome, a profissão,
o estado civil, a idade, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o
número de registro de identidade e o endereço completo da residência e do local de
trabalho.”
Uma vez apresentado o rol de testemunhas, só será possível a substituição das mesmas
se ocorrer alguma das situações previstas no art. 451 (morte, doença que impeça o
depoimento ou mudança de endereço que impeça a localização).
Uma possibilidade interessante, prevista pelo art. 452, é a do próprio juiz da causa ser
arrolado como testemunha. Se o julgador efetivamente tiver conhecimento de fatos
relevantes para a solução do litígio, ele deverá se declarar impedido e remeter os autos
para seu substituto legal. Se, ao contrário, o magistrado nada souber sobre os fatos da
causa, ele mandará excluir seu nome do rol.
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REFERÊNCIAS
DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; DE OLIVEIRA, Rafael Alexandria. A Prova Testemunhal .
Curso de Direito Processual Civil: Reescrito com base no NOVO CPC. Local de publicação: Juspodivm,
2016. p 239.