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MADALENO. Rolf. A desconsideração da pessoa jurídica e da interposta pessoa fisica no direito de
familia e sucessões. Rio de Janeiro: Forense, 2013, p. 75).
pessoa juridica quando o sócio ou administrador se vale dela para simular um
negócio ou fraudar um credor com abuso de personalidade juridica.
Tal possibilidade tem assento no artigo 187 do código civil, bem como o 884 do
citado diploma legal que, em nosso ordenamento jurídico, proíbe o enriquecimento
sem causa. No mesmo sentido é o enunciado n 183 da IV jornada de direito civil: é
cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada inversa para
alcançar bens de socio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens
pessoais, com prejuízo a terceiros.
A tese, que de longa data tem sido admitida pela jurisprudência, passou a ter
expresso seu procedimento no diploma processual civil de 2015 (133, §2, cpc). De
acordo com o caput do art 133 do código de processo civil, o incidente de
desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do
ministério público, quando lhe couber intervir no processo.
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(REsp 1522142/PR, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA
TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 22/06/2017)
Por fim, destacamos que o instituto da disregard já vinha sendo aplicado
no ambito do direito civil e empresarial e, atualmente, cada vez mais usual no
ambito do direito de familia e sucessões - a fim de evitar fraudes na partilha em
casos de divorcios e dissoluções, bem como nas ações de alimentos, nos casos
de falsas informaçoes quanto aos rendimentos do alimentante e, no direito
sucessório, a fim de evitar fraude aos credores do falecido .