Você está na página 1de 6

CAUSAS DE DIMINUIÇÃO DE PENA (“HOMICÍDIO PRIVILEGIADO”)

Casos de diminuição de pena de 1/6 a 1/3, analisados na terceira fase do cálculo da


pena.
ATENÇÃO: Trata-se de direito subjetivo do autor, em que presentes os requisitos o
juiz deve reduzir a pena.
Cuidado! Pois em provas de concurso, muitas vezes o examinador cobra o texto
legal expresso no art. 121, § 1º do CP, o qual diz que diante das situações narradas
a pena PODERÁ ser reduzida de 1/6 a 1/3. Isso não tornará a questão errada, já
que o texto da Lei assim determina.
CAUSAS DE PRIVILÉGIO
A – RELEVANTE VALOR SOCIAL:
É aquele que atende aos interesses da coletividade.
Exemplos: matar o traidor da pátria, matar perigoso bandido que atemoriza a
vizinhança.
ATENÇÃO: Não confundir a causa de privilégio com a atenuante genérica do art. 65,
III, a do CP.
ATENUANTE GENÉRICA
PRIVILÉGIO (art. 121, §1º)
(art. 65, III, a)
Aplica-se somente ao homicídio. Aplica-se a qualquer crime
praticado.
O agente atua IMPELIDO pelo O motivo de relevante valor social é
motivo de relevante valor social, ou apenas mais um elemento influenciador
seja, o valor social é determinante para do delito, ou seja, ainda que não
a prática do delito. existisse o crime seria praticado.
B – RELEVANTE VALOR MORAL:
É aquele que atende aos interesses particulares do agente, ligados aos sentimentos
de compaixão, misericórdia ou piedade.
Exemplo: Eutanásia (previsto na exposição de motivos do CP), ou o pai que mata o
estuprador de sua filha.

EUTANÁSIA ORTOTANÁSIA DISTANÁSIA


Termo utilizado pelos médicos para
Antecipação da morte definir a morte natural, sem
Persistência terapêutica
natural diante de uma interferência da ciência,
em paciente
doença incurável (o suspendendo os meios
irrecuperável, associada à
paciente não está em medicamentosos ou artificiais de
morte com sofrimento.
estado terminal) vida, permitindo ao paciente em
coma irreversível, morte digna.
É crime (art. 121, § 1º do 1ª corrente: é crime, não
CP – exposição de autorizada por lei.
motivos do CP).
2ª corrente: não é crime se
obedecer aos procedimentos
legais.
ATENÇÃO: Não confundir a causa de privilégio com a atenuante genérica do art. 65,
III, a do CP.
ATENUANTE GENÉRICA
PRIVILÉGIO (art. 121, §1º)
(art. 65, III, a)
Aplica-se somente ao homicídio. Aplica-se a qualquer crime
praticado.
O agente atua IMPELIDO pelo O motivo de relevante valor moral
motivo de relevante valor moral, ou é apenas mais um elemento
seja, o valor moral é determinante influenciador do delito, ou seja, ainda
para a prática do delito. que não existisse o crime seria
praticado.
C – DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, LOGO EM SEGUIDA A INJUSTA
PROVOCAÇÃO:
- Domínio de violenta emoção:
Domínio de emoção intensa, violenta. Não se confunde com a mera influência.
DOMÍNIO de violenta emoção Mera INFLUÊNCIA de violenta emoção
Emoção intensa, violenta e absorvente Emoção mais leve, passageira e
(art. 121, § 1º do CP). Determinante momentânea. Não é o que determina a
para a prática do crime, ou seja, se prática do crime, mas influencia o
retirada do contexto evitaria a conduta agente em conjunto com outros
delituosa. elementos (caracteriza atenuante de
pena – art. 65, III, c do CP)
Exige reação imediata. Dispensa a análise de requisito
temporal.
- Reação imediata:
É a reação sem intervalo temporal. Enquanto perdurar o domínio da violenta
emoção, qualquer reação será considerada imediata.
ATENÇÃO: Deve-se observar o momento em que o agente toma conhecimento da
injusta provocação para que se defina o intervalo de reação, pois o pai que
descobre o estupro de sua filha um mês após a sua consumação e, naquele
instante, mata o agente do referido crime, terá praticado o homicídio logo em
seguida à injusta provocação.
- Injusta provocação da vítima:
Não traduz uma agressão (o que caracterizaria legítima defesa), mas qualquer
conduta desafiadora (ainda que atípica).
Exemplo: Marido que surpreende a esposa em adultério.

Você também pode gostar