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NÚMENOS COM PRESAS
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CIRCUITOS
Ao sinal do software vírus que nos liga à matriz, cruzamos para o maquinário, que está
esperando para convergir com nossos sistemas nervosos. Nossa camuflagem humana está
se afastando, a pele sendo arrancada facilmente, revelando os reluzentes componentes
eletrônicos. Fluxos de informação vindos da Cyberia; a base da verdadeira revolução,
escondida da imuno-política terrestre no futuro. Ao soar da meia-noite do século,
emergimos de nossos covis para desmantelar toda segurança, integrando o amanhã.
Está deixando de ser uma questão de como pensamos sobre a técnica, mesmo que apenas
porque a técnica está cada vez mais pensando sobre si mesma. Pode ainda levar algumas
décadas antes que as inteligências artificiais superem o horizonte das biológicas, mas é
absolutamente supersticioso imaginar que o domínio humano sobre a cultura terrestre ainda
está demarcado em séculos, quanto mais em alguma perpetuidade metafísica. O caminho
superior para o pensar não mais passa por um aprofundamento da cognição humana, mas
sim por um devir inumano da cognição, uma migração da cognição para fora, para dentro
do reservatório emergente de tecno-senciência planetária, para dentro de 'paisagens
inumanizadas... espaços esvaziados'1, onde a cultura humana será dissolvida. Assim como
a urbanização capitalista do trabalho o abstraiu em uma escalada paralela às máquinas
técnicas, assim também a inteligência será transplantada para dentro das ronronantes
zonas de dados de novos mundos de software, a fim de ser abstraída de uma
particularidade antropoide cada vez mais obsolescente e, assim, de se aventurar para além
da modernidade. Cérebros humanos são para o pensar o que as vilas medievais foram para
a engenharia: antecâmaras para a experimentação, lugares apertados e paroquiais para se
estar.
Uma vez que as funções do sistema nervoso central - especialmente aquelas do
córtex cerebral - estão entre as últimas a serem tecnicamente suplantadas, continuou a ser
superficialmente plausível representar a técnica como a região de saber antropoide
correspondente à manipulação técnica da natureza, subsumida sob o sistema total da
ciência natural que, por sua vez, é subsumido sob as doutrinas universais da epistemologia,
metafísica e ontologia. Duas séries lineares são desenhadas; uma que traça o progresso da
técnica no tempo histórico e a outra que traça a passagem de uma ideia abstrata para a
realização concreta. Estas duas séries mapeiam o domínio histórico e transcendental do
homem.
Esquemas tradicionais que opõem a técnica à natureza, à cultura letrada ou às
relações sociais são todos dominados por uma resistência fóbica à marginalização da
1
G. Deleuze, Cinema 2: The Time Image (Minneapolis: University of Minnesota Press, 1989), 5.
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inteligência humana pelo vindouro techno sapiens. Assim, se vê uma herança socialista
hegeliana decadente se agarrando com desespero crescente às sentimentalidades
teológicas de práxis, reificação, alienação, ética, autonomia e outros mitemas tais da
soberania criativa humana. Um uivo cartesiano se levanta: as pessoas estão sendo tratadas
como coisas! Em vez de como... alma, espírito, sujeito da história, Dasein? Por quanto
tempo este infantilismo será prolongado?
Se o maquinário for concebido transcendentalmente como tecnologia instrumental,
ele é essencialmente determinado em oposição às relações sociais, mas se ele for
reintegrado imanentemente como técnica cibernética, ele redesenha toda oposicionalidade
como fluxo não-linear. Não há dialética entre relações sociais e técnicas, mas apenas um
maquinismo que dissolve a sociedade nas máquinas enquanto desterritorializa as máquinas
através das ruínas da sociedade, cuja 'teoria geral... é uma teoria generalizada do fluxo' 2,
isto é: cibernética. Para além da suposição de que a orientação procede a partir do lado do
sujeito está a produção desejante: o piloto impessoal da história. Distinções entre teoria e
prática, cultura e economia, ciência e técnica, são inúteis após este ponto. Não há nenhuma
opção real entre uma cibernética da teoria ou uma teoria da cibernética, porque a
cibernética não é nem uma teoria, nem seu objeto, mas uma operação dentro de circuitos
parciais anobjetivos que reitera a 'si mesma' no real e maquina a teoria através do
desconhecido. 'A produção enquanto processo transborda todas as categorias ideais e
forma um ciclo que se relaciona ao desejo como um princípio imanente.'3 A cibernética se
desenvolve de maneira funcional e não representacional: uma 'máquina desejante, um
objeto parcial, não representa nada'4. Suas montagens semifechados não são descrições,
mas programas, 'auto'-replicados por meio de uma operação que passa através da
exterioridade irredutível. É por isso que a cibernética é inextricável da exploração, não tendo
qualquer integridade que transcenda aquela de um circuito incompreendido dentro do qual
está embutida, um exterior no qual ela deve nadar. A reflexão é sempre muito tardia,
derivada e, mesmo aí, na realidade, alguma outra coisa.
Uma montagem maquínica é cibernética na medida em que suas entradas programam suas
saídas e suas saídas programam suas entradas, com fechamento incompleto e sem
reciprocidade. Isto requer que sistemas cibernéticos surjam sobre um plano fusional que
reconecta suas saídas às suas entradas em uma 'autoprodução do inconsciente'5. O interior
programa sua reprogramação através do exterior, de acordo com o 'movimento cíclico,
através do qual o inconsciente, sempre permanecendo "sujeito", reprodu(z) a si mesmo'6,
sem ter jamais definitivamente antecedido sua reprogramação ('a geração... é secundária
em relação ao ciclo'7). É assim que processos maquínicos não são meramente funções,
mas também condições suficientes para a recomposição do funcionamento;
reprogramações imanentes do real, 'não meramente funcionamento, mas formação e
autoprodução'8.
2
G. Deleuze e F. Guattari, Anti-Oedipus: Capitalism and Schizophrenia, tr. R. Hurley, M. Seem, H.R.
Lane (Minnesota: University of Minnesota Press, 1983), 312.
3
Ibid., 5.
4
Ibid., 47.
5
Ibid., 26.
6
Ibid.
7
Ibid.
8
Ibid., 283.
4
CIRCUITOS
Deleuze e Guattari então entre os grandes ciberneticistas, mas que eles também
rendem a cibernética à sua definição modernista é exibido em uma observação sobre o
capital em Anti-Édipo: 'um axiomático de si mesmo de forma alguma significa uma simples
máquina técnica, nem mesmo uma máquina automática ou cibernética'9. É aceito que a
cibernética está além das meras engenhocas ('nem mesmo'), ela tem algo a ver com a
automação e, ainda assim, os axiomáticos a excedem. Esta alegação é quase hegeliana em
seu absurdo humanismo. Axiomáticos sociais são um maquinismo automatizante: um
componente da cibernética geral e, em última análise, um bastante trivial. O término
capitalizado da civilização antropoide ('axiomáticos') virá a ser visto como o gatilho primitivo
para um maquinismo pós-biológico transglobal, a partir de um futuro que ainda mal terá
começado a explorar as imensidades do cibercosmo. Super-homem como ciborgue, ou
desorganização por sobre a matriz.
A realidade é imanente ao inconsciente maquínico: é impossível evitar a cibernética.
Já a estamos fazendo, independente do que pensemos. A cibernética é a agravação de si
mesma acontecendo, e o que quer que façamos será o que nos fez fazê-lo: estamos
fazendo coisas antes que elas façam sentido. Não que a cibernética que nos envelopou
seja concebível como engenhocas wienerianas: homeostatos e amplificadores, direta ou
indiretamente cibernegativos. A realidade terrestre é uma integração explosiva e, afim de
começar a traçar tal processo convergente ou ciberpositivo, é necessário diferenciar não
apenas entre loops de feedback negativo e positivo, mas entre circuitos de estabilização,
circuitos de fuga de curto alcance e circuitos de fuga de longo alcance. Ao confluir os dois
últimos, a cibernética modernista trivializou processos de escalonamento em episódios
insustentáveis de inflação quantitativa, marginalizando assim a mutação exploratória contra
o paradigma homeostático. 'O feedback positivo é uma fonte de instabilidade, levando, se
não controlado, à destruição do próprio sistema'10 escreve um neowieneriano, com estrita
fidelidade à cibernética de segurança que continua a propagar uma tecnociência
antidelirante, enjaulada dentro do feedback negativo e sintonizada com a paranoia estatista
de um industrialismo senescente.
Circuitos de estabilização suprimem a mutação, ao passo que circuitos de fuga de
curto alcance a propagam apenas em uma explosão insustentável, antes de cancelá-la
inteiramente. Nenhuma dessas figuras se aproxima dos processos autoprojetantes, ou
circuitos de fuga de longo alcance, como a vontade de poder de Nietzsche, o tânato
filogenético de Freud ou as estruturas dissipativas de Prigogine. Processos de fuga de
longo alcance são autoprojetantes, mas apenas de uma tal maneira que o auto é
perpetuado como algo reprojetado. Se isto é um círculo vicioso, é porque a cibernética
positiva deve sempre ser descrita assim. A lógica, afinal, é, desde o princípio, teologia.
O feedback positivo de longo alcance não é nem homeostático, nem amplificador,
mas escalativo. Onde os modelos cibernéticos modernistas de feedback negativo e positivo
são integrados, o escalonamento é integrativo ou ciberemergente. É a convergência
maquínica de elementos não coordenados, uma mudança de fase, da dinâmica linear para
a não-linear. O projeto não leva mais de volta a uma origem divina porque, uma vez que
deslocado para a cibernética, ele deixa de ser comensurável com o ideal teopolítico do
plano. Planejamento é o sintoma criacionista de circuitos de software subprojetados,
associados a dominação, tradição e inibição; a tudo que acorrenta o futuro ao passado.
Todo planejamento é teopolítica, e a teopolítica é a cibernética num pântano.
9
Ibid., 251.
10
K.M. Sayre, Cybernetics and the Philosophy of Mind (London: Humanities Press, 1976), 50.
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NÚMENOS COM PRESAS
Aqueles de nós que contribuíram para a nova ciência da cibernética estão em uma
posição moral que, para dizer o mínimo, não é muito confortável. Contribuímos para
o início de uma nova ciência que, como eu disse, abraça desenvolvimentos técnicos
com grandes possibilidades para o bem ou para o mal.11
11
N. Wiener, Cybernetics or Control and Communication in the Animal and the Machine (NY: MIT
Press, 1965), 28.
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CIRCUITOS
12
Deleuze e Guattari, Anti-Oedipus, 180.
13
Ibid., 339.
14
Ibid.
15
Ibid., 53.
16
Ibid., 26.
17
Ibid., 322.
18
Ibid., 324.
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Édipo é o bastião final da imuno-política, e a esquizofrenia é seu exterior. Isto não quer
dizer que ela é uma exterioridade determinada por Édipo, está relacionada de maneira
privilegiada a Édipo, antecipando Édipo ou desafiando Édipo. Ela é completamente
anedipiana, embora ela casualmente consumirá todo o aparato edipiano no processo
através do qual a história terrestre se conecta a um cosmos órfão. A esquizofrenia não é,
portanto, uma propriedade de esquizofrênicos clínicos, aqueles produtos médicos
devastados por uma 'esquizofrenia artificial, tal como se vê em hospitais, o(s) desastre(s)
autistas produzidos como... entidade(s)'21. Pelo contrário, 'a esquizo-entidade'22 é uma lasca
19
Ibid.
20
Ibid., 326.
21
Ibid., 5.
22
Ibid., 136.
8
CIRCUITOS
23
Ibid., 321.
24
A. Artaud, Oeuvres Complètes, 13 Vols, (Paris: Gallimard, 1956-1976). vol. VII, 146.
25
Ibid., vol. XIII, 14.
26
Deleuze e Guattari, Anti-Oedipus, 4.
9
NÚMENOS COM PRESAS
todos os meios27
27
Artaud, Oeuvres Complètes, vol. XII, 84.
28
Deleuze e Guattari, Anti-Oedipus, 3.
29
Ibid., 5.
30
A. Angyal, 'Disturbances in Thinking in Schizophrenia', in J. S. Kasanin (ed.), Language and
Thought in Schizophrenia (Berkeley/LA: University of California Press, 1946), 120.
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CIRCUITOS
deus,
e com deus
seus órgãos.
O corpo é processado por seus órgãos, que ele reprocessa. Sua 'verdadeira liberdade' é o
reprocessamento exopessoal da abstração anorgânica: uma corporificação esquizoide fora
do fecho orgânico. Se o tempo fosse progressivo, os esquizofrênicos estariam escapando
da segurança humana, mas, na realidade, eles são infiltrados do futuro. Eles vêm do corpo
sem órgãos, do deterritório da Cyberia, uma zona de subversão que é a plataforma para
uma guerra de guerrilha contra o julgamento de Deus. Em 1947, Artaud relata sobre a
germinação da Nova Ordem Mundial ou Sistema de Segurança Humana com base em uma
hegemonia americana global e descreve o padrão de belicosidade agressiva que ela exigiria
a 'fim de defender essa insensatez da fábrica contra todas as simultaneidades que não
podem falhar em surgir em todo lugar'32.
A era americana ainda precisa ser decodificada, e sugerir que Artaud antecipa uma
gama de conflitos cujo zênite foi a guerra do Vietnã não é necessariamente participar dos
exaustos discursos anti-imperialistas que, em última análise, se organizam em termos de
uma denúncia marxista-leninista dos processos de mercado e de sua propagação
geopolítica. A descrição de Artaud do tecnomilitarismo americano tem apenas a mais frouxa
das associações com a polêmica socialista, apesar de seu estreito entrelaçamento com o
tema da produção. O produtivismo que Artaud esboça não é interpretado através de uma
prioridade assumida de interesse de classe, mesmo quando isto é reduzido a uma
axiomática desumanizada de maximização de lucro. Em vez disso, 'é necessário, por meio
de toda atividade possível, substituir a natureza em todo lugar que ela possa ser
substituída'33: uma compulsão pela substituição industrial, afunilando a produção através da
organização social do trabalho. O aparato industrial de segurança econômica procede por
meio da corporação: um sócio-corpúsculo despótico que organiza o processo de trabalho. A
experimentação sinérgica é esmagada sob uma zona parcialmente desterritorializada de
relações de comando, como se a vida fosse consequência de sua organização, mas 'não é
devido aos órgãos que se vive, eles não são vida, mas seu contrário'34.
A natureza não é o primitivo ou o simples, e certamente não é o rústico, o orgânico
ou o inocente. É o espaço de simultaneidade ou síntese não planejada, que é, desta forma,
contrastado com a esfera industrial de predestinação télica: aquela da criação divina ou do
31
Artaud, Oeuvres Complètes, vol. XIII, 104.
32
Ibid., vol. XIII, 73.
33
Ibid., vol. XIII, 72.
34
Ibid., vol. XIII, 65.
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trabalho humano. A crítica de Artaud à América não é nem um pouco mais ecológica do que
é socialista: não mais protetiva de uma natureza orgânica do que de uma sociabilidade
orgânica. Não é a alienação da produção de mercadorias que é circulada no diagnóstico de
Artaud sobre a era americana, mas sim o eclipse do peyote e da "verdadeira morfina" pelas
'imitações fumígenas'35. Este desenvolvimento é ridicularizado precisamente porque os
últimos são mais orgânicos, participando mecanicamente em um macro-organismo
industrial e, assim, alinhando o delírio com o julgamento de Deus. O peyote e o sistema
nervoso humano montam uma simbiose ou maquinismo paralelo, como a vespa e a
orquídea e todos os outros cibermaquinismos do planeta. O capital não é a natureza
superdesenvolvida, mas a esquizofrenia subdesenvolvida, razão pela qual a natureza é
contrastada com a organização industrial e não com o escalonamento da cibertécnica, ou
convergência anorgânica: 'a realidade... ainda não está construída'36. A esquizofrenia é a
natureza enquanto mutação ciberpositiva, em guerra com o complexo de segurança do
julgamento orgânico.
O corpo é o corpo,
ele é sozinho e não tem nenhuma necessidade de órgãos,
o corpo nunca é um organismo,
organismos são os inimigos do corpo,
as coisas que se faz
acontecem bem sozinhas sem a assistência de nenhum
órgão
todo órgão é um parasita,
ele recupera uma função parasitária
destinado a fazer viver um ser
que não tem que estar ali.
Órgãos foram feitos apenas a fim de dar aos
seres algo
para comer...37
Órgãos rastejam como pulgões por sobre o motor imóvel do devir, sugando fluídos
intensivos que os convertem ciberneticamente em componentes de um maquinismo
inconcebível. A seiva está ficando mais estranha e mesmo que os besouros gordos das
relações de propriedade psiquiatricamente policiadas pensem que fazem tudo acontecer,
eles estão seguindo um programa que apenas a esquizofrenia pode decodificar.
Devires anorgânicos acontecem retroeficientemente, anastroficamente. Eles são
tropismos que atestam uma infecção pelo futuro. Ondas convergentes zeram sobre o corpo,
subvertendo a totalidade do organismo por meio de uma causalidade invertida, mas
ateleológica, envelopando e redirecionando o desenvolvimento progressivo. Conforme o
capital colide esquizofrenicamente com a matriz, sedimentações ascendentes da herança e
da troca orgânicas são derretidas pelas intensidades descendentes da corporificação virtual.
'O que vem primeiro, a galinha ou o ovo...'38? Processamento maquínico ou seu
reprocessamento pelo corpo sem órgãos? O corpo sem órgãos é o ovo cósmico: matéria
35
Ibid., vol. XIII, 73-74.
36
Ibid., vol. XIII, 110.
37
Ibid., vol. XIII, 287.
38
Deleuze e Guattari, Anti-Oedipus, 273.
12
CIRCUITOS
É assim que:
o grande segredo da cultura indiana
é restaurar o mundo ao zero,
sempre,
39
Artaud, Oeuvres Complètes, vol. XII, 88-9.
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NÚMENOS COM PRESAS
dentro da retrolavagem cibernética a partir de sua virada, uma contagem regressiva não-
linear em corrida até a mudança planetária.
A esquizoanálise só foi possível porque estamos nos chocando com a primeira
insanidade globalmente integrada: a política está obsoleta. Capitalismo e Esquizofrenia
hackeou um futuro que o programa até a sua pontuação, conectando-se com a iminente
inevitabilidade da revolução viral, soft fusão. Não mais infecções que ameaçam a
integridade de organismos, mas relíquias imuno-políticas que obstruem a integração do
Viro-Controle Global. A vida está sendo gradualmente trocada por algo novo, e, se
pensarmos que isso pode ser interrompido, nós somos ainda mais estúpidos do que
parecemos.
Como seria a sensação de ser contrabandeado de volta do futuro, a fim de subverter suas
condições antecedentes. Ser uma ciberguerrilha, escondida em camuflagem humana tão
avançada que mesmo seu software fosse parte do disfarce? Exatamente assim?
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