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Livro Eletrônico

Aula 10

Português p/ PG-DF (Todos os Cargos) Com Videoaulas - Pós-Edital

Décio Terror Filho


Décio Terror Filho
Aula 10

DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL (EMPREGO DE


LETRAS).

Sumário

1 – Emprego das letras ...................................................................................................................................... 2

1.1 Alguns fonemas e algumas letras ............................................................................................................. 2


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1.1.1 Letra “X” ............................................................................................................................................ 2

1.1.2 O Fonema /j/ (letras “g” e “j”) ......................................................................................................... 3

1.1.3 O Fonema /z/ (letras “s” e “z”) ........................................................................................................ 4

1.1.4 O Fonema /s/ (letras “s”, “c”, “ç” e “x” ou dígrafos “sc”, “sç”, “ss”, “xc” e “xs”) .............................. 5

1.1.5 Letras “E” e “I” ................................................................................................................................... 7

2 – Resumo do uso do hífen ................................................................................................................................ 9

3 – Questões comentadas ................................................................................................................................. 11

4 – Lista de questões de revisão ...................................................................................................................... 24

5 – Gabarito .................................................................................................................................................... 29

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Olá, meus amigos!

Esta aula abordará o emprego das letras e do hífen. Questões com hífen têm caído pouco em
concursos, mas veremos os princípios do uso do hífen de uma forma resumida e bem didática.

Neste tema, trabalha-se a memória fotográfica. O ideal, portanto, é ler essa regra e as palavras que a
compõem em voz alta, para que se fixem na memória. Ao lermos em voz alta, forçamos o cérebro a captar o
som e consequentemente a “imagem” da palavra. Então, grife somente as palavras que possam ter escrita
diferente ou pouco comum ao seu conhecimento; depois volte lendo apenas as que deram trabalho. Isso
ajuda muito!

1 – EMPREGO DAS LETRAS

1.1 Alguns fonemas e algumas letras

1.1.1 Letra “X”

Usa-se a letra “X”

a) após um ditongo: ameixa, caixa, peixe, eixo, frouxo, trouxa, baixo, encaixar, paixão, rebaixar.

Cuidado com a exceção recauchutar e seus derivados.

b) após o grupo inicial “en”: enxada, enxaqueca, enxerido, enxame, enxovalho, enxugar, enxurrada.

Cuidado com encher e seus derivados (lembre-se de cheio) e palavras iniciadas por ch que
recebem o prefixo en-: encharcar (de charco), enchapelar (de chapéu), enchumaçar (de
chumaço), enchiqueirar (de chiqueiro).

c) após o grupo inicial “me”: mexer, mexerica, mexerico, mexilhão, mexicano. A única exceção é
mecha.

d) nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas: xavante,
xingar, xique-xique, xará, xerife, xampu.

Atente para a grafia das seguintes palavras: capixaba, bruxa, caxumba, faxina, graxa,
laxante, muxoxo, praxe, puxar, relaxar, rixa, roxo, xale, xaxim, xenofobia, xícara.
Atente para o uso de “ch” nas seguintes palavras: arrocho, apetrecho, bochecha, brecha,
broche, chalé, chicória, cachimbo, comichão, chope, chuchu, chute, debochar, fachada,
fantoche, fechar, flecha, linchar, mochila, pechincha, piche, pichar, salsicha, tchau.

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Uma boa dica para fixar a grafia de lixo é associá-la a faxina: depois da faxina, refugos no lixo.

Há vários casos de palavras cuja grafia se distingue pelo contraste entre o “x” e o “ch":

brocha (pequeno prego) e broxa (pincel para caiação de paredes);

chá (planta para preparo de bebida) e xá (título do antigo soberano do Irã);

chácara (propriedade rural) e xácara (narrativa popular em versos);

cheque (ordem de pagamento) e xeque (jogada do xadrez, risco, contratempo);

cocho (vasilha para alimentar animais) e coxo (capenga, imperfeito);

tacha (mancha, defeito; pequeno prego) e taxa (imposto, tributo); daí, tachar (colocar defeito ou nódoa em
alguém) e taxar (cobrar impostos).

1.1.2 O Fonema /j/ (letras “g” e “j”)

A letra g somente representa o fonema /j/ diante das letras e e i. Diante das letras “a”, “o” e “u”, esse
fonema é necessariamente representado pela letra j.

Usa-se a letra g:

a) nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem: agiotagem, aragem, barragem, contagem,
coragem, garagem, malandragem, miragem, viagem; fuligem, impigem (ou impingem), origem, vertigem;
ferrugem, lanugem, rabugem, salsugem.

Cuidado com as exceções pajem e lambujem.

b) nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -igio, -ógio, -úgio: adágio, contágio, estágio, pedágio;
colégio, egrégio; litígio, prestígio; necrológio, relógio; refúgio, subterfúgio.

Preste atenção ainda às seguintes palavras grafadas com g: aborígine, agilidade, algema,
apogeu, argila, auge, bege, bugiganga, cogitar, drágea, faringe, fugir, geada, gengiva,
gengibre, gesto, gibi, herege, higiene, impingir, monge, rabugice, tangerina, tigela,
vagem.

Usa-se a letra j:

a) nas formas dos verbos terminados em -jar: arranjar (arranjo, arranje, arranjem, por exemplo); despejar
(despejo, despeje, despejem); enferrujar (enferruje, enferrujem), viajar (viajo, viaje, viajem).

b) nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica: jê, jiboia, pajé, jirau, caçanje, alfanje, alforje,
canjica, jerico, manjericão, Moji.

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c) nas palavras derivadas de outras que já apresentam j: gorjear, gorjeio, gorjeta (derivadas de gorja);
cerejeira (derivada de cereja); laranjeira (de laranja); lisonjear, lisonjeiro (de lisonja); lojinha, lojista (de loja);
sarjeta (de sarja); rijeza, enrijecer (de rijo); varejista (de varejo).

Preste atenção ainda às seguintes palavras que se escrevem com j: berinjela, cafajeste,
granja, hoje, intrujice, jeito, jejum, jerimum, jérsei, jiló, laje, majestade, objeção, objeto,
ojeriza, projétil (ou projetil), rejeição, traje, trejeito.

1.1.3 O Fonema /z/ (letras “s” e “z”)

A letra s representa o fonema /z/ quando é intervocálica: asa, mesa, riso.

Usa-se a letra s:

a) nas palavras que derivam de outra em que já existe s:

casa - casinha, casebre, casinhola, casarão, casario;

liso - lisinho, alisar, alisador (não confunda com a grafia de “deslize”);

análise - analisar, analisador, analisante.

b) nos sufixos:

-ês, -esa (para indicação de nacionalidade, título, origem): chinês, chinesa; marquês, marquesa;
burguês, burguesa; calabrês, calabresa; duquesa; baronesa;

-ense, -oso, -osa (formadores de adjetivos): paraense, caldense, catarinense, portense; amoroso,
amorosa; deleitoso, deleitosa; gasoso, gasosa; espalhafatoso, espalhafatosa;

-isa (indicador de ocupação feminina): poetisa, profetisa, papisa, sacerdotisa, pitonisa.

c) após ditongos: lousa, coisa, causa, Neusa, ausência, Eusébio, náusea.

d) nas formas dos verbos pôr (e derivados) e querer: pus, pusera, pusesse, puséssemos; repus,
repusera, repusesse, repuséssemos; quis, quisera, quisesse, quiséssemos.

Atente para o uso da letra s nas seguintes palavras: abuso, aliás, anis, asilo, atrás, através,
aviso, bis, brasa, colisão, decisão, Elisabete, evasão, extravasar, fusível, hesitar, Isabel,
lilás, maisena, obsessão (mas obcecado), ourivesaria, revisão, usura, vaso.

Usa-se a letra z:

a) nas palavras derivadas de outras em que já existe z:

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deslize – deslizar (não confunda com a grafia do adjetivo “liso”),

baliza - abalizado;

razão - razoável, arrazoar, arrazoado;

raiz - enraizar

Como batizado deriva do verbo batizar, também se grafa com z.

b) nos sufixos:

-ez, -eza (formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos): rijo, rijeza; rígido, rigidez;
nobre, nobreza; surdo, surdez; inválido, invalidez; intrépido, intrepidez; sisudo, sisudez; avaro, avareza;
macio, maciez; singelo, singeleza.

-izar (formador de verbos) e ção (formador de substantivos): civilizar, civilização; humanizar,


humanização; colonizar, colonização; realizar, realização; hospitalizar, hospitalização.

Não confunda com os casos em que se acrescenta o sufixo -ar a palavras que já
apresentam s: analisar(análise), pesquisar(pesquisa), avisar(aviso).

Observe o uso da letra z nas seguintes palavras: assaz, batizar (mas batismo), bissetriz, buzina,
catequizar (mas catequese), cizânia, coalizão, cuscuz, giz, gozo, prazeroso, regozijo, talvez, vazar, vazio,
verniz.

Há palavras em que se estabelece distinção escrita por meio do contraste s/z:

cozer (cozinhar) e coser (costurar);

prezar (ter em consideração) e presar (prender, apreender);

traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior).

Em muitas palavras, o fonema /z/ é representado pela letra x: exagero, exalar, exaltar, exame, exato,
exasperar, exausto, executar, exemplo, exequível, exercer, exibir, exílio, exímio, existir, êxito, exonerar,
exorbitar, exorcismo, exótico, exuberante, inexistente, inexorável.

1.1.4 O Fonema /s/ (letras “s”, “c”, “ç” e “x” ou dígrafos “sc”, “sç”, “ss”, “xc” e
“xs”)

Observe os seguintes procedimentos em relação à representação gráfica desse fonema:

a) correlação gráfica entre nd e ns na formação de substantivos a partir de verbos:

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ascender→ascensão; distender→distensão; expandir→expansão; suspender→suspensão;


pretender→pretensão; tender→tensão; estender→extensão.

b) correlação gráfica entre ced e cess em nomes formados a partir de verbos:

ceder→cessão; conceder→concessão; interceder→intercessão; exceder→excesso,


excessivo; aceder→acesso.

c) correlação gráfica entre ter e tenção em nomes formados a partir de verbos:

abster→abstenção; ater→atenção; conter→contenção;

deter→detenção; reter→retenção.

d) correlação gráfica entre mitir/cutir e miss/cuss em nomes formados a partir de verbos:

demitir → demissão; transmitir→ transmissão; remitir → remissão

repercutir→ repercussão; discutir→ discussão

Observe as seguintes palavras em que se usa o dígrafo sc: acrescentar, acréscimo, adolescência,
adolescente, ascender (subir), ascensão, ascensor, ascensorista, ascese, ascetismo, ascético, consciência,
crescer, descender, discente, disciplina, fascículo, fascínio, fascinante, piscina, piscicultura, imprescindível,
intumescer, irascível, miscigenação, miscível, nascer, obsceno, oscilar, plebiscito, recrudescer, reminiscência,
rescisão, ressuscitar, seiscentos, suscitar, transcender.

Na conjugação dos verbos acima apresentados, surge sç: nasço, nasça; cresço, cresça.

Cuidado com sucinto, em que não se usa sc.

Em algumas palavras, o som /s/ é representado pela letra x: auxílio, auxiliar, contexto, expectativa,
expectorar, experiência, experto (conhecedor, especialista), expiar (pagar), expirar (morrer), expor,
expoente, extravagante, extroversão, extrovertido, sexta, sintaxe, têxtil, texto, textual, trouxe.

Cuidado com esplendor e esplêndido.

Há casos em que se criam oposições de significado devido ao contraste gráfico.

Observe:

acender (iluminar, pôr fogo) e ascender (subir);

acento (inflexão de voz ou sinal gráfico) e assento (lugar para se sentar);

caçar (perseguir a caça) e cassar (anular);

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cegar (tornar cego) e segar (ceifar, cortar para colher);

censo (recenseamento, contagem) e senso (juízo);

cessão (ato de ceder), seção ou secção (repartição ou departamento; divisão) e sessão (encontro,
reunião);

concerto (acordo, arranjo, harmonia musical) e conserto (remendo, reparo);

espectador (o que presencia) e expectador (o que está na expectativa);

esperto (ágil, rápido, vivaz) e experto (conhecedor, especialista);

espiar (olhar, ver, espreitar) e expiar (pagar uma culpa, sofrer castigo);

espirar (respirar) e expirar (morrer);

incipiente (iniciante, principiante) e insipiente (ignorante);

intenção ou tenção (propósito, finalidade) e intensão ou tensão (intensidade, esforço);

paço (palácio) e passo (passada).

Pode ocorrer ainda xc, e, mais raramente, xs: exceção, excedente, exceder, excelente, excesso,
excêntrico, excepcional, excerto, exceto, excitar; exsicar, exsolver, exsuar, exsudar.

AINDA A LETRA “x”

Esta letra pode representar dois fonemas, soando como "ks": afluxo, amplexo, anexar, anexo, asfixia,
asfixiar, axila, boxe, clímax, complexo, convexo, fixo, flexão, fluxo, intoxicar, látex, nexo, ortodoxo, óxido,
paradoxo, prolixo, reflexão, reflexo, saxofone, sexagésimo, sexo, tóxico, toxina.

1.1.5 Letras “E” e “I”

a) Cuidado com a grafia dos ditongos: os ditongos nasais /ãj/ e /ãj/ escrevem-se ãe e õe: mãe, mães,
cães, pães, cirurgiães, capitães; põe, põem, depõe, depõem;

- só se grafa com i o ditongo /ãj/, interno: cãibra (ou câimbra).

b) Cuidado com a grafia das formas verbais:

- as formas dos verbos com infinitivos terminados em -oar, e -uar são grafadas com “e”: abençoe,
perdoe, magoe; atue, continue, efetue;

- as formas dos verbos infinitivos terminados em -air, -oer, e -uir, são grafadas com “i”: cai, sai; dói,
rói, mói, corrói; influi, possui, retribui, atribui.

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c) Cuidado com as palavras se, senão, sequer, quase e irrequieto.

A oposição e/i é responsável pela diferenciação de várias palavras:

área (superfície) e ária (melodia);

deferir (conceder) e diferir (adiar ou divergir);

delação (denúncia) e dilação (adiamento, expansão);

descrição (ato de descrever) e discrição (qualidade de quem é discreto);

descriminação (absolvição) e discriminação (separação);

emergir (vir à tona) e imergir (mergulhar);

emigrar (sair do país onde se nasceu) e imigrar (entrar em país estrangeiro);

eminente (de condição elevada) e iminente (inevitável, prestes a ocorrer);

vadear (passar a vau) e vadiar (andar à toa).

1.1.6 Letras “O” e “U”

A oposição o/u é responsável pela diferença de significado entre várias palavras:

comprimento (extensão) e cumprimento (saudação; realização);

soar (emitir som) e suar (transpirar);

sortir (abastecer) e surtir (resultar).

1.1.7 Letra “H”

É uma letra que não representa fonema. Seu uso se limita aos dígrafos ch, lh e nh, a algumas
interjeições (ah, hã, hem, hip, hui, hum, oh) e a palavras em que surge por razões etimológicas. Observe
algumas palavras em que surge o h inicial: hagiografia, haicai, hálito, halo, hangar, harmonia, harpa, haste,
hediondo, hélice, Hélio, Heloísa, hemisfério, hemorragia, Henrique, herbívoro (mas erva), hérnia, herói,
hesitar, hífen, hilaridade, hipismo, hipocondria, hipocrisia, hipótese, histeria, homenagem, hóquei, horror,
Hortênsia, horta, horto (jardim), hostil, humor, húmus.

Em Bahia, o h sobrevive por tradição histórica. Observe que nos derivados ele não é usado: baiano,
baianismo.

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2 – RESUMO DO USO DO HÍFEN


Como era Nova regra Como é
ante-sala, ante-sacristia, auto- Não se emprega o hífen antessala, antessacristia, autorretrato,
retrato, anti-social, nos vocábulos em que antissocial,
anti-rugas, o prefixo ou falso antirrugas,
arqui-romântico, prefixo termina em arquirromântico, arquirrivalidade,
arqui-rivalidade, vogal e o segundo autorregulamentação, autossugestão,
auto-regulamentação, elemento começa por r contrassenso, contrarregra,
auto-sugestão, ou s, devendo essas contrassenha,
contra-senso,contra-regra, contra- consoantes se extrarregimento, extrassístole,
senha, duplicarem. extrasseco,
extra-regimento, infrassom, infrarrenal,
extra-sístole, extra-seco, ultrarromântico,
infra-som, infra-renal, ultra- ultrassonografia,
romântico, semirreal, semissintético,
ultra-sonografia, suprarrenal, suprassensível
semi-real, semi-sintético,
supra-renal, supra-sensível
• O uso do hífen permanece nos vocábulos em que os prefixos super, hiper, inter, terminados em -r,
aparecem combinados com elementos também iniciados por -r: hiper-rancoroso, hiper-realista,
hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-
realista, super-resistente, super-revista etc.

auto-afirmação,auto-ajuda, Não se emprega o hífen nos autoafirmação, autoajuda,


auto-aprendizagem, vocábulos em que o prefixo autoaprendizagem, autoescola,
auto-escola, auto-estrada, ou falso prefixo termina em autoestrada,
auto-instrução, vogal e o segundo elemento autoinstrução, contraexemplo,
contra-exemplo, começa por vogal contraindicação,
contra-indicação, diferente. contraordem, extraescolar,
contra-ordem, extraoficial,
extra-escolar, infraestrutura, intraocular,
extra-oficial, intrauterino,
infra-estrutura, neoexpressionista, neoimperialista,
intra-ocular, intra-uterino, semiaberto, semiautomático,
neo-expressionista, semiárido,
neo-imperialista, semiembriagado, semiobscuridade,
semi-aberto, semi-árido, semi- supraocular, ultraelevado
automático,
semi-embriagado,
semi-obscuridade,
supra-ocular,ultra-elevado

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• Esta nova regra normatiza os casos do uso do hífen entre vogais diferentes, como já acontecia
anteriormente na língua em vocábulos como: antiaéreo, antiamericanismo, coeducação,
agroindustrial, socioeconômico etc.
• O uso do hífen permanece nos vocábulos com prefixo em que o segundo elemento começa por -h:
ante-hipófise, anti-herói, anti-higiênico, anti-hemorrágico, extra-humano, neo-helênico, semi-
herbáceo, super-homem, supra-hepático etc.

antiibérico, antiinflamatório, Emprega-se o hífen nos anti-ibérico,


antiinflacionário, vocábulos em que o prefixo ou anti-inflamatório,
antiimperalista, arquiinimigo, falso prefixo termina em vogal anti-inflacionário,
arquiirmandade, e o segundo elemento começa anti-imperalista,
microondas, microônibus, por vogal igual. arqui-inimigo,
microorgânico arqui-irmandade,
micro-ondas,
micro-ônibus,
micro-orgânico
• Estes vocábulos, anteriormente grafados sem hífen, escrevem-se agora com hífen por força da regra
anterior.
• Esta regra normatiza todos os casos do uso do hífen entre vogais iguais, como já acontecia
anteriormente na língua em compostos como: auto-observação, contra-argumento, contra-
almirante, eletro-ótica, extra-atmosférico, infra-assinado, infra-axilar, semi-interno, semi-integral,
supra-auricular, supra-axilar, ultra-apressado etc. (Nestes casos, o hífen permanece.)
• Nos prefixos átonos1 co-, pre-, re- e pro-, não se usa o hífen: coordenar, reescrever, propor,
preestabelecer.

manda-chuva, pára-quedas, pára- Não se emprega o hífen em mandachuva, paraquedas,


quedista certos compostos em que se paraquedista
perdeu, em certa medida, a
noção de composição.
• O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contêm um elemento de ligação e
constituem uma unidade sintagmática e semântica, mantendo acento próprio, bem como naquelas
que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas,
guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva- doce, bem-te-vi, formiga-
branca etc.

1
É muito importante você perceber que os prefixos “pre” e “pro” são átonos (portanto, sem acento).

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1. O uso do hífen permanece:


a) nos vocábulos com os prefixos ex-, vice-, soto-: ex-marido, vice-presidente, soto-mestre;
b) nos vocábulos com os prefixos circum- e pan- quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n:
pan-americano, circum-navegação;
c) nos vocábulos com os prefixos tônicos2 acentuados pré-, pró- e pós- quando o segundo elemento tem
vida própria na língua: pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação.
d) nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como
-açu, -guaçu e -mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando
a pronúncia exige a distinção gráfica entre ambos: amoré-guaçu, manacá-açu, jacaré-açu, Ceará-Mirim,
paraná-mirim.
e) nos topônimos iniciados pelos adjetivos grão e grã ou por forma verbal ou por elementos que incluam
um artigo: Grã-Bretanha, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos etc.
f) nos compostos com os advérbios mal e bem quando estes formam uma unidade sintagmática e
semântica e o segundo elemento começa por vogal ou -h: bem-aventurado, bem-estar, bem-
humorado, mal-estar, mal-humorado. Entretanto, nem sempre os compostos com o advérbio bem
escrevem-se sem hífen quando este prefixo é seguido por um elemento iniciado por consoante: bem-
nascido, bem-criado, bem-visto (ao contrário de malnascido, malcriado e malvisto).
g) nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-mar, além-fronteiras, aquém-
oceano, recém-casados, sem-número, sem-teto.
2. Não se emprega o hífen nas locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais,
adverbiais, prepositivas ou conjuncionais): cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel,
sala de jantar, cor de vinho, ele próprio, à vontade, abaixo de, acerca de, a fim de que etc.
• São exceções algumas locuções já consagradas pelo uso: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa.

3 – QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE / PGM - Campo Grande - MS Procurador Municipal 2019)


Fragmento de texto: É ela que garante que a Constituição ganhará efetividade e que seu projeto não será
cotidianamente rasurado por medidas de exceção desenhadas atabalhoadamente.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
Seria incorreto o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente” (ℓ.2), pois aquela forma
foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa.

2
É muito importante você perceber que os prefixos “pré” e “pró” são tônicos (portanto, acentuados).

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Comentário: A afirmação está errada, pois as duas formas coexistem, tanto "quotidianamente" quanto
“cotidianamente”.

Gabarito: E

2. (CESPE / SEDUC AL – 2018)


Sem prejuízo da correção gramatical do texto, a locução “Por que” poderia ser substituída por Porque no
trecho “Por que falharam os programas de formação?”

Comentário: Como há uma frase interrogativa, deve-se preservar a locução interrogativa “Por que”. Assim,
a afirmação está errada.

Gabarito: E

3. (CESPE / PC GO – 2016)
O emprego do hífen no vocábulo “bem-estar” justifica-se pela mesma regra ortográfica que justifica a grafia
do antônimo desse vocábulo: mal-estar.

Comentário: Nos vocábulos com os advérbios mal e bem quando estes formam uma unidade sintagmática
e semântica e o segundo elemento começa por vogal ou –h, empregamos hífen. Assim, há mesma regra e a
afirmação está correta.

Gabarito: C

4. (CESPE / Câmara dos Deputados Analista Legislativo – 2014)


Está correta a grafia dos seguintes vocábulos: bilíngue, sagui, sequência, quinquênio, Müller, colmeia, joia,
paranoico, papéis, feiúra, perdoo, pera, pôde (3.ª pessoa do sing. do pretérito), sobre-humano, co-herdeiro,
subumano, coedição, capim-açu, semi-analfabeto, vice-almirante, contrarregra, infrassom, semi-interno,
sub-bibliotecário, panamericano.

Comentário: Abaixo, comento cada regra e deixei em negrito as palavras que tiveram que ser corrigidas.

As palavras “bilíngue”, “sagui”, “sequência”, “quinquênio” estão corretamente grafadas. Note que a
semivogal “u” perdeu o trema após a Reforma Ortográfica. Tal trema permanece em palavras estrangeiras,
como “Müller” e sua derivação “mülleriano”.

As palavras “colmeia”, “joia”, “paranoico” estão grafadas corretamente, pois, apesar de


apresentarem os ditongos abertos tônicos “ei”, “oi”, são paroxítonas terminadas em “a” e “o”, por isso não
têm acento.

A palavra “papéis” está grafada corretamente, pois acentuamos as oxítonas terminadas em ditongo
aberto tônico “éi”, seguido ou não de “s”.

A palavra “feiúra” está errada, pois não se acentua o hiato formado de ditongo e vogal “u”, quando a
tônica recai na penúltima sílaba. Pela regra geral, esta é uma paroxítona terminada em “a”. Assim, a grafia
correta é “feiura”.

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A palavra “perdoo” está corretamente acentuada, pois não há acento em vogais repetidas, pois
necessariamente são hiatos.

As palavras “pera” e “pôde” estão corretamente grafadas. Pela regra nova, o substantivo “pera”
perdeu o acento diferencial. Tal palavra é apenas uma paroxítona terminada em “a”. O verbo “pôde” mantém
o acento diferencial quando é empregado na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo
(Ontem ela pôde). É a forma de diferenciar do presente “pode” (Hoje ele pode).

Palavras cujos prefixos terminam em vogal e o segundo elemento é iniciado por “h” são grafadas com
hífen, como “sobre-humano”. Este princípio deveria se manter em “co-herdeiro”, conforme se emprega no
Português de Portugal, porém no Brasil houve o entendimento de que se aglutina prefixo “co-” ao elemento
posterior, quando este é iniciado com “h”: coerdeiro.

Admite-se a grafia “subumano” e “sub-humano”.

Palavra cujo prefixo termina em vogal e o segundo elemento se inicia por vogal diferente não
apresenta hífen: coedição, semianalfabeto.

Nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas,
como -açu, -guaçu e -mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando
a pronúncia exige a distinção gráfica entre ambos: capim-açu.

O uso do hífen permanece nos vocábulos com o prefixo vice-: vice-almirante.

Em vocábulos cujos prefixos terminam em vogal e o segundo elemento começa por “r” ou” s”
devemos dobrar essas consoantes: contrarregra, infrassom.

Vocábulos cujos prefixos terminam em vogal e o segundo elemento se inicia com a mesma vogal
recebem hífen: semi-interno.

Vocábulos com prefixo “sub” e o segundo elemento começa por consoante “b” recebe hífen: sub-
bibliotecário.

O uso do hífen permanece nos vocábulos com o prefixo pan- quando o segundo elemento começa
por vogal: pan-americano.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

5. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
Se há de fato desinteresse dos estudantes em aprender, isso pode ser reflexo da verdadera cultura da
banalidade que impera no país nas mais variadas áreas.

Comentário: Uma leitura atenta faz você perceber que deve haver a semivogal “i” em “verdadeira”.

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Assim, a frase está grafada erradamente.

Gabarito: E

6. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
Dotar todas as escolas com as condições necessárias para receber dignamente alunos e professores é o
mínimo que se espera do poder público.

Comentário: Lendo atentamente cada palavra não percebemos nenhum vício na grafia e a frase está correta.

Gabarito: C

7. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
Investir na formação dos educadores de forma contínua e permanente é uma premiça básica para melhorar
a educação. Entretanto, há outros fatores envolvidos.

Comentário: A palavra “premissa” deve ser grafada com “ss”. Assim, a frase original está errada.

Gabarito: E

8. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
Uma pesquiza mostrou que a maioria dos educadores não relaciona o déficit de aprendizagem ao própio
trabalho ou às condições da escola.

Comentário: A palavra “pesquisa” deve ser grafada com “s” e “próprio” deve receber “r”. Assim, a frase
original está errada.

Gabarito: E

9. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
Sob uma equivocada intensão de se evitar constrangimentos de alunos, opta-se por não distinguir o certo
do errado, em não apontar falhas e aceitar resultados mediocres.

Comentário: A palavra “intensão” tem relação com “intensidade” ou aumento de “tensão”, o que não cabe
neste contexto. Como se objetiva algo, o correto é “intenção”. Além disso, acentuamos todas as
proparoxítonas, como ocorre com “medíocres”.

Gabarito: E

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10. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
A excelência — definida como a qualidade do que é excelente, melhor — só pode ser alcançada por meio do
aprimoramento contínuo.

Comentário: Lendo atentamente cada palavra não percebemos nenhum vício na grafia e a frase está correta.

Gabarito: C

11. (CESPE / MME Administrador – 2013)


A palavra “termelétricas” também poderia ser grafada corretamente da seguinte forma: termoelétricas.

Comentário: É interessante perceber que as composições “termoelétrica” e “hidroelétrica” podem se


aglutinar da seguinte forma: “termelétrica” e “hidrelétrica”. Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

12. (CESPE / MME Administrador – 2013)


A palavra “hidrelétricas” poderia ser corretamente grafada como hidro-elétricas.

Comentário: Conforme visto anteriormente, as composições “termoelétrica” e “hidroelétrica” podem se


aglutinar da seguinte forma: “termelétrica” e “hidrelétrica”. Assim, há erro em se inserir hífen.

Gabarito: E

13. (CESPE / Polícia Militar CE nível médio – 2012)


Fragmento de texto: Os governos da Bélgica, França, Grã-Bretanha, Itália e Estados Unidos da América
decidiram homenagear, de forma especial, a memória desses soldados.
Caso o verbo decidir seja suprimido da expressão “decidiram homenagear” (linha 2), o verbo homenagear,
que se conjuga pelo modelo de odiar deverá ser grafado homenagiaram.

Comentário: Como o verbo auxiliar “decidiram” encontra-se no pretérito perfeito do indicativo, ao


transformarmos a locução verbal em verbo simples, deve haver a transformação do infinitivo do verbo
principal em tempo verbal (pretérito perfeito do indicativo).

Mas o verbo “homenagear” não se conjuga como “odiar” no pretérito perfeito do indicativo. Veja:

Eu odiei, tu odiaste, ele odiou, nós odiamos, vós odiastes, eles odiaram.

Eu homenageei, tu homenageaste, ele homenageou, nós homenageamos, vós homenageastes, eles


homenagearam.

Assim, o pretérito perfeito do indicativo do verbo “homenagear” é “homenagearam”.

O problema da questão foi ortográfico.

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Gabarito: E

14. (CESPE / Assembleia Legislativa ES Procurador – 2011)


Cada uma das questões abaixo apresenta um trecho de texto, seguido de uma proposta de sua reescritura.
Julgue se a reescritura está gramaticalmente correta.
Fragmento de texto: As informações que deveriam ser públicas, como contratos estabelecidos entre o
Estado e os agentes privados, são de difícil acesso; a linguagem da administração pública continua hermética
aos cidadãos comuns, a começar pelo orçamento; o processo licitatório é flagrantemente burlado pela
própria natureza oligopólica da economia brasileira, principalmente nas obras “públicas” que envolvem
bilhões de reais; não há no país uma “cultura política” de prestação de contas, por mais que avanços sejam
observados desde a redemocratização e mesmo pela intensa mobilização da sociedade política organizada
no Brasil.
“a linguagem da administração pública continua hermética aos cidadãos comuns” (linhas 2 e 3) – a
linguagem administrativa do Estado brasileiro permanesce impescrutável as massas

Comentário: Veja que a questão não abordou reescritura de trecho com permanência de sentido. Então,
devemos partir diretamente para verificação de problemas gramaticais.

O verbo corretamente grafado deve ser “permanece”.

Além disso, aquilo que é “perscrutável”, é investigado minuciosamente, devassado, estudado,


acompanhado profundamente.

Assim, o contrário disso é “imperscrutável”.

Como o adjetivo “imperscrutável” exigiu a preposição “a” e o substantivo “massas” está antecipado
do artigo “as”, deve ocorrer a crase: “imperscrutável às massas”.

Gabarito: E

15. (CESPE / Assembleia Legislativa ES Procurador – 2011)


Cada uma das questões abaixo apresenta um trecho de texto, seguido de uma proposta de sua reescritura.
Julgue se a reescritura está gramaticalmente correta.
Fragmento de texto: Essa forma de veicular denúncias e indícios reafirma muitos dos mitos acerca do
fenômeno da corrupção. Podem-se inventariar alguns: a colonização portuguesa, que seria essencialmente
patrimonialista, em contraposição ao “poder local” e ao “espírito de comunidade” da tradição anglo-saxã; a
cultura brasileira, com seu universo miscigenado, tão criticado por perspectivas eugenistas do início do
século XX, e sua “amoralidade macunaímica”, que não teria, mesmo após a independência e a República,
conseguido separar o público do privado; a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras
não fossem reflexo, direto e(ou) indireto, da última; a ausência de uma base educacional formal sólida como
explicação para comportamentos não republicanos; por fim, a ausência e(ou) fragilidade de leis e de
instituições capazes de fiscalizar, controlar e punir os casos de malversação dos recursos públicos, como se
o país fosse “terra de ninguém”.

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“a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras não fossem reflexo, direto e(ou) indireto,
da última” (linhas 6 e 7) – a dissenção das elites políticas em relação a sociedade, como se estas não
refletissem nessa, direta e(ou) indiretamente

Comentário: Novamente, devemos simplesmente observar se o texto está corretamente escrito, pois a
questão não pediu permanência de sentido:

O verbo “dissentir” (divergir, discordar) gera o substantivo “dissensão” (divergência, discrepância,


contraste).

Além disso, veja que há um contraste entre dois termos: “elites políticas” e “sociedade”. Note que no
texto original, as duas expressões não estão antecipadas do artigo “as”, “a”, respectivamente. Isso nos dá
uma noção de que são entendidos de maneira geral.

Na reescrita, o primeiro termo recebeu o artigo (“das elites políticas”). Assim, o segundo termo
(“sociedade”) também receberá o artigo definido feminino. Como o substantivo “relação” exige a preposição
“a”, deve ocorrer a crase.

Note, ainda, que os pronomes demonstrativos “estas” e “nessa” estão inadequados, pois retomam
dois termos em contraste. Assim, o último termo (“sociedade”) deve ser retomado pelo pronome singular
“esta”, e o primeiro (“elites políticas”) deve ser retomado pelo pronome “naquelas”.

“...a dissensão das elites políticas em relação à sociedade, como se esta não refletissem naquelas, direta
e(ou) indiretamente...”

Gabarito: E

Como caem poucas questões de ortografia na banca CESPE, vamos treinar com
as velhinhas!

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16. (CESPE / BACEN Analista – 2007)


Julgue os itens seguintes, relativamente ao uso correto do sistema gráfico da língua portuguesa, do
vocabulário e da pontuação.
Em todas as organizações consultadas, o adestramento acontece apenas no andar de cima; exepcionalmente,
se abandonou o chão da fábrica.

Comentário: A frase encontra-se com desvios gramaticais na grafia e na colocação pronominal.

A grafia correta é “excepcionalmente”, a colocação pronominal correta é “abandonou-se”, porque na


forma anterior, estava-se iniciando novo enunciado com o pronome oblíquo átono.

A pontuação está correta, pois o ponto e vírgula separa a primeira oração que já possui vírgula interna
“Em todas as organizações consultadas, o adestramento acontece apenas no andar de cima” da oração
seguinte “excepcionalmente, abandonou-se o chão da fábrica”, a qual também possui divisão interna por
vírgula.

Gabarito: E

17. (CESPE / BACEN Analista – 2007)


Posso saber o saldo de minha conta corrente, se quizer, dizendo que a máquina projete à parede, do lado
esquerdo, o extrato bancário.

Comentário: O primeiro problema na frase é a grafia “quizer”. Esse verbo deve ser escrito com “s” (quiser).
O outro problema é o adjunto adnominal “do lado esquerdo” estar entre vírgulas. Perceba que se está
restringindo a que parede o extrato bancário será projetado. Então este termo caracteriza o núcleo “parede”.
Para evitar qualquer dúvida, veja que o verbo “projete” é transitivo direto, “o extrato bancário” é o objeto
direto e a expressão “à parede do lado esquerdo” é o adjunto adverbial de lugar, o qual também poderia ter
sido iniciado pela preposição “em” (na).

Gabarito: E

18. (CESPE / MRE Superior – 2008)


Com correção gramatical, a frase assim poderia ser expressa:
É necessário a ruptura com interpretações baseadas em esquemas alheios aos povos latino-americanos, tal
como a mistificação do passado colonial, visto que elas constituem impecilho à compreensão da identidade
destes povos bem como a sua efetiva emancipação.

Comentário: Primeiro, vamos ao problema gráfico, por ser o tema desta aula. A correta grafia é “empecilho”.
O segundo problema é a concordância. Veja que a expressão “É necessário” possui o sujeito “ruptura”
iniciado por artigo “a”. Portanto, o adjetivo deve se flexionar obrigatoriamente no feminino: É necessária a
ruptura...

Gabarito: E

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19. (CESPE / SEPLAG MG Médio – 2008)


Fragmento do texto: Quanto aos bilhetes com ameaças, a Subsecretaria de Administração Prisional informou
que não há ocorrência de maus-tratos aos detentos da Penitenciária Dutra Ladeira e que todas as ações
realizadas no interior da unidade são acompanhadas pelo Ministério Público, pela Corregedoria do Sistema
de Defesa Social, pela Ouvidoria do Sistema Prisional e pela Defensoria Pública Estadual.
A expressão “maus-tratos” (linha 2) estaria igualmente correta se fosse grafada como maltratos.

Comentário: Primeiro, perceba que a banca não está cobrando regra de hífen, ela simplesmente quer que
você perceba a diferença de “mal” (com “l”: oposto de bem) e “mau” (com “u”: oposto de bom). Assim,
temos o adjetivo “maus” que caracteriza o substantivo “tratos” (bons tratos → maus tratos). Por isso, não
existe a palavra “maltratos”, mas “maus-tratos”.

Mas existem as palavras maltratar, maltratado. Perceba que agora “tratar” é verbo, e “tratado” é
particípio com valor de adjetivo. Logo, o vocábulo que se juntou a ele (mal) não pode ser um adjetivo (oposto
de bom), deve ser um advérbio (oposto de bem). Portanto, neste outro caso só cabe o advérbio “mal”.

Gabarito: E

20. (CESPE / Polícia Federal Delegado – 1997)


A segurança da população não é prioridade, haja visto que no Brasil o salário dos policiais foi enterrado no
último prejuízo do Banco do Brasil.

Comentário: A locução conjuntiva adverbial de causa corretamente grafada é “haja vista que”.

Gabarito: E

21. (CESPE / TRT - RJ Analista – 2008)


O vocábulo traz corresponde apenas a uma das formas do verbo trazer; a forma trás é empregada na
indicação de lugar (equivale a parte posterior).

Comentário: A afirmativa está correta, pois o vocábulo “traz” é a flexão do verbo “trazer” na terceira pessoa
do singular no presente do indicativo, conservando a letra “z”. Já o vocábulo “trás” é o advérbio de lugar.
Lembre-se de “traseira”. Assim, realmente significa parte posterior.

Gabarito: C

22. (CESPE / CEF Médio – 2010)


Fragmento do texto: Nos Estados Unidos da América (EUA), o segundo maior mercado mundial de azeite,
atrás apenas da União Europeia, o número ficou na casa dos 20%.
O vocábulo “atrás” (linha 2) pode ser corretamente grafado também da seguinte forma: atraz.

Comentário: Não existe o vocábulo “atraz”. Existe a forma verbal no presente do indicativo “traz” (Ela traz
sempre o livro.) e os advérbios “trás” (O ladrão aproximou-se por trás e roubou a bolsa.) e “atrás” (A polícia
está atrás desse bandido.).

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Gabarito: E

23. (CESPE / CEF Médio – 2009)


Fragmento do texto: Carlos Alberto Ramos, professor do Departamento de Economia da Universidade de
Brasília, aponta falhas nessa missão. Ele identifica um abismo na transição entre o sistema escolar e o
mercado de trabalho. “Nosso modelo educacional é muito segmentado, e os conhecimentos de línguas e
matemática, por exemplo, são muito diferentes dos valores compreendidos durante a vida profissional”,
defende.
O vocábulo ‘segmentado’ (linha 3) apresenta dupla grafia, podendo ser grafado também seguimentado, tal
como ocorre com segmento e seguimento.

Comentário: O adjetivo “segmentado” é derivado do substantivo “segmento”. Ambos significam aquilo que
é ou está dividido em partes, diverso. A troca pela grafia “seguimentado” está incorreta, pois este vocábulo
não existe no Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa.

Já o substantivo “seguimento” existe e significa ato ou efeito de seguir, daí se tira também o sentido
de trazer como resultado, consequência: “Sua proposta de otimização dos sistemas da empresa não teve
seguimento.”

Gabarito: E

24. (CESPE / IPC Superior – 2007)


Fragmento do texto: Com exceção de algumas sociedades africanas — nas quais as mulheres desempenham
papéis importantes na vida ritual e econômica —, a maior parte das sociedades humanas permite mais ampla
participação na vida cultural aos elementos do sexo masculino. Grande parte da vida ritual do Xingu, por
exemplo, é interditada às mulheres. Em alguns segmentos de nossa sociedade, o trabalho fora de casa é
considerado inconveniente para o sexo feminino.
Segundo as regras de ortografia da língua portuguesa, e sem que se alterem os sentidos do texto, a palavra
“segmentos” também poderia ser escrita como seguimentos.

Comentário: Como já visto na outra questão, o vocábulo “segmentos” significa aquilo que é ou está dividido
em partes, diverso. A troca pela grafia “seguimentos” implica mudança de sentido (ato ou efeito de seguir,
trazer como resultado, consequência). Assim, há mudança de sentido com a troca e a questão está errada.

Gabarito: E

25. (CESPE / TRE GO Superior – 2008)


Fragmento do texto: Vamos ao princípio geral. S. Ex.ª confunde nomeação e vocação. Ponhamos o caso em
mim. Eu, se amanhã me nomearem bispo, poderia receber com regularidade a côngrua e os emolumentos,
mas, por falta de vocação, preferia uma boa rede a todas as câmaras eclesiásticas. S. Ex.ª dirá, porém, que
esta hipótese é absurda; aqui vai outra.
Para assegurar o paralelismo sintático e a correlação entre tempos e modos verbais, estaria gramaticalmente
correta a substituição de “preferia” (linha 3) por prefereria.

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Comentário: Quanto ao emprego verbal, a substituição estaria correta, porém se deve notar o erro de grafia,
pois o verbo “preferir” possui a base “preferi”, a qual recebe a desinência de futuro do pretérito “ria”. Assim,
o correto é “preferiria”.

Gabarito: E

26. (CESPE / TRE GO Superior – 2008)


Fala-se (A) muito em eleições violentas e corruptas, a bico de pena, a bacamarte, a faca e a pau.
Nenhuma dessas palavras é nova aos (B) meus ouvidos. Conheço-as desde a infância. Crespas são deveras;
na entrada do próximo século é força (C) mudar de método ou de nomeclatura (D). Ou o mesmo sistema
com outros nomes, ou estes nomes com diversa aplicação (E).
Trecho adaptado de Machado de Assis. A semana. In: Obra Completa, v. III, Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 649.

Considerando que cada opção abaixo corresponda, no texto, à expressão ou palavra destacada em negrito
que imediatamente antecede o símbolo A, B, C, D ou E, assinale a opção que corresponde a erro gramatical.
(A) (B) (C) (D) (E)

Comentário: O único problema é gráfico. Falta um “n” na alternativa (D). O vocábulo corretamente escrito
deve ser “nomenclatura”.

Houve muita gente que não percebeu a falta do “n” e colocou a culpa no coitado do verbo “Fala-se”
colocando-o no plural...!!!!

Perceba que esse verbo é transitivo indireto e exige o objeto indireto “em eleições violentas e
corruptas”. Assim, o pronome “se” é o índice de indeterminação do sujeito, sobre o qual falamos em nossa
aula de concordância. Lembra?!!! Esse verbo deve permanecer na terceira pessoa do singular, tal como está
nesta alternativa.

A alternativa (B) está correta, porque “aos meus ouvidos” é o complemento nominal do adjetivo
“nova”. Esse adjetivo exigiu, neste contexto, a preposição “a”.

A alternativa (C) está correta, tendo em vista que “força” é o predicativo do sujeito oracional “mudar
de...”. Por isso, não se flexiona.

Algumas pessoas também à época marcaram esta alternativa (E) como a errada, alegando que
“diversa aplicação” deveria estar no plural: diversas aplicações. Primeiro, perceba que a questão pede para
verificarmos o uso do vocábulo em negrito. Assim, não podemos flexionar o substantivo “aplicação”, se não
foi permitido flexionarmos o adjetivo “diversa”. Além disso, o sentido muda. O vocábulo “diversa” está no
sentido de variada, diferente (variada aplicação, diferente aplicação). Não está no sentido de muitas, várias
aplicações.

Gabarito: D

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27. (CESPE / IPEA Superior – 2008)


Julgue a frase abaixo quanto à correção gramatical.
Mas as empresas privadas não dispõem de capital suficiente para isso, e, se despuzessem, esbarrariam em
obstáculos históricos, como seu notório temor de aplicações de risco e sua falta de experiência.

Comentário: O único problema na questão é a grafia do verbo derivado de pôr. Esse verbo, flexionado na
terceira pessoa do plural do tempo pretérito imperfeito do subjuntivo, é “pusessem”. Assim, basta
inserirmos o prefixo “dis”: dispusessem.

Gabarito: E

28. (CESPE / MDS Superior – 2008)


Fragmento do texto: O conhecimento e a aprendizagem sobre a escala local proporcionados pelas
informações estatísticas vêm responder às exigências imediatas de compreensão da heterogeneidade
estrutural no Brasil.
De acordo com a ortografia oficial, admite-se que o termo “heterogeneidade” seja grafado como
heterogenidade.

Comentário: Este substantivo só admite uma grafia. Ele é derivado do adjetivo “heterogêneo”. Para sua
formação, troca-se o “o” por “i”, e acrescenta-se o sufixo “-dade”.

Gabarito: E

29. (CESPE / TRT - RJ Analista – 2008)


A grafia correta do verbo correspondente a ressurreição é ressucitar.

Comentário: A afirmativa está errada, porque a grafia correta do verbo é “ressuscitar”. O substantivo
“ressurreição” é derivado deste verbo.

Gabarito: E

30. (CESPE / TRT - RJ Analista – 2008)


Apesar de a grafia correta do verbo poetizar exigir o emprego da letra “z”, o feminino de poeta é grafado
com s.

Comentário: A afirmativa está correta, pois o substantivo “poeta” recebe o sufixo “-isa” (poetisa) para
formar o feminino, e recebe o sufixo “-izar” para formar o verbo (poetizar).

Gabarito: C

31. (CESPE / ANEEL Superior – 2010)


Fragmento do texto: O planejamento caiu em descrédito com a queda do Muro de Berlim, a implosão da
União Soviética e a contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que se autorregulam. Seria
ingênuo pensar que esse mito desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas, está.

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O sentido da expressão “mal das pernas”, característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse
“mal” por mau.

Comentário: É só lembrar que “mal” é oposto de bem, então é grafado com “l”. Já “mau” é o oposto de bom,
então é grafado com “u”. Por isso, a substituição implicaria prejuízo ao sentido.

Gabarito: C

32. (CESPE / SEDAP PB Superior – 2009)


Assinale a opção correspondente ao período que está de acordo com as normas gramaticais.
(A) O poeta que nos involvia com as suas palavras, calou-se para sempre.
(B) O poeta, que envolvia-nos com as suas palavras, calou-se para sempre.
(C) O poeta que nos envolvia com as suas palavras se calou para sempre.
==177d4==

(D) O poeta, que involvia-nos com as suas palavras, se calou para sempre.

Comentário: Esta questão cobrou ortografia, pontuação e colocação pronominal. O verbo “envolver”
continua com o mesmo radical no pretérito imperfeito do indicativo (envolvia), por isso eliminamos as
alternativas (A) e (D).

O pronome relativo “que” é palavra atrativa e faz com que o pronome oblíquo átono “nos” se
posicione obrigatoriamente antes do verbo (que nos envolvia). Assim, eliminamos a alternativa (B), sobrando
a (C) como correta.

Note que a frase desta alternativa está correta gramaticalmente, pois a oração “que nos envolvia com
as suas palavras” é subordinada adjetiva restritiva, por isso está sem vírgulas. Não é qualquer poeta, mas
somente aquele que nos envolvia com suas palavras. Assim, percebe-se que realmente há restrição.

Gabarito: C

Grande abraço!!! Professor Terror.

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4 – LISTA DE QUESTÕES DE REVISÃO

1. (CESPE / PGM - Campo Grande - MS Procurador Municipal 2019)


Fragmento de texto: É ela que garante que a Constituição ganhará efetividade e que seu projeto não será
cotidianamente rasurado por medidas de exceção desenhadas atabalhoadamente.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
Seria incorreto o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente” (ℓ.2), pois aquela forma
foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa.

2. (CESPE / SEDUC AL – 2018)


Sem prejuízo da correção gramatical do texto, a locução “Por que” poderia ser substituída por Porque no
trecho “Por que falharam os programas de formação?”

3. (CESPE / PC GO – 2016)
O emprego do hífen no vocábulo “bem-estar” justifica-se pela mesma regra ortográfica que justifica a grafia
do antônimo desse vocábulo: mal-estar.

4. (CESPE / Câmara dos Deputados Analista Legislativo – 2014)


Está correta a grafia dos seguintes vocábulos: bilíngue, sagui, sequência, quinquênio, Müller, colmeia, joia,
paranoico, papéis, feiúra, perdoo, pera, pôde (3.ª pessoa do sing. do pretérito), sobre-humano, co-herdeiro,
subumano, coedição, capim-açu, semi-analfabeto, vice-almirante, contrarregra, infrassom, semi-interno,
sub-bibliotecário, panamericano.

5. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
Se há de fato desinteresse dos estudantes em aprender, isso pode ser reflexo da verdadera cultura da
banalidade que impera no país nas mais variadas áreas.

6. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
Dotar todas as escolas com as condições necessárias para receber dignamente alunos e professores é o
mínimo que se espera do poder público.

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7. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
Investir na formação dos educadores de forma contínua e permanente é uma premiça básica para melhorar
a educação. Entretanto, há outros fatores envolvidos.

8. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
Uma pesquiza mostrou que a maioria dos educadores não relaciona o déficit de aprendizagem ao própio
trabalho ou às condições da escola.

9. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
Sob uma equivocada intensão de se evitar constrangimentos de alunos, opta-se por não distinguir o certo
do errado, em não apontar falhas e aceitar resultados mediocres.

10. (CESPE / FUB Auxiliar de Administração – 2013)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos seguintes itens com relação à grafia das palavras.
A excelência — definida como a qualidade do que é excelente, melhor — só pode ser alcançada por meio do
aprimoramento contínuo.

11. (CESPE / MME Administrador – 2013)


A palavra “termelétricas” também poderia ser grafada corretamente da seguinte forma: termoelétricas.

12. (CESPE / MME Administrador – 2013)


A palavra “hidrelétricas” poderia ser corretamente grafada como hidro-elétricas.

13. (CESPE / Polícia Militar CE nível médio – 2012)


Fragmento de texto: Os governos da Bélgica, França, Grã-Bretanha, Itália e Estados Unidos da América
decidiram homenagear, de forma especial, a memória desses soldados.
Caso o verbo decidir seja suprimido da expressão “decidiram homenagear” (linha 2), o verbo homenagear,
que se conjuga pelo modelo de odiar deverá ser grafado homenagiaram.

14. (CESPE / Assembleia Legislativa ES Procurador – 2011)


Cada uma das questões abaixo apresenta um trecho de texto, seguido de uma proposta de sua reescritura.
Julgue se a reescritura está gramaticalmente correta.
Fragmento de texto: As informações que deveriam ser públicas, como contratos estabelecidos entre o
Estado e os agentes privados, são de difícil acesso; a linguagem da administração pública continua hermética
aos cidadãos comuns, a começar pelo orçamento; o processo licitatório é flagrantemente burlado pela
própria natureza oligopólica da economia brasileira, principalmente nas obras “públicas” que envolvem
bilhões de reais; não há no país uma “cultura política” de prestação de contas, por mais que avanços sejam
observados desde a redemocratização e mesmo pela intensa mobilização da sociedade política organizada
no Brasil.

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“a linguagem da administração pública continua hermética aos cidadãos comuns” (linhas 2 e 3) – a


linguagem administrativa do Estado brasileiro permanesce impescrutável as massas

15. (CESPE / Assembleia Legislativa ES Procurador – 2011)


Cada uma das questões abaixo apresenta um trecho de texto, seguido de uma proposta de sua reescritura.
Julgue se a reescritura está gramaticalmente correta.
Fragmento de texto: Essa forma de veicular denúncias e indícios reafirma muitos dos mitos acerca do
fenômeno da corrupção. Podem-se inventariar alguns: a colonização portuguesa, que seria essencialmente
patrimonialista, em contraposição ao “poder local” e ao “espírito de comunidade” da tradição anglo-saxã; a
cultura brasileira, com seu universo miscigenado, tão criticado por perspectivas eugenistas do início do
século XX, e sua “amoralidade macunaímica”, que não teria, mesmo após a independência e a República,
conseguido separar o público do privado; a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras
não fossem reflexo, direto e(ou) indireto, da última; a ausência de uma base educacional formal sólida como
explicação para comportamentos não republicanos; por fim, a ausência e(ou) fragilidade de leis e de
instituições capazes de fiscalizar, controlar e punir os casos de malversação dos recursos públicos, como se
o país fosse “terra de ninguém”.
“a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras não fossem reflexo, direto e(ou) indireto,
da última” (linhas 6 e 7) – a dissenção das elites políticas em relação a sociedade, como se estas não
refletissem nessa, direta e(ou) indiretamente

16. (CESPE / BACEN Analista – 2007)


Julgue os itens seguintes, relativamente ao uso correto do sistema gráfico da língua portuguesa, do
vocabulário e da pontuação.
Em todas as organizações consultadas, o adestramento acontece apenas no andar de cima; exepcionalmente,
se abandonou o chão da fábrica.

17. (CESPE / BACEN Analista – 2007)


Posso saber o saldo de minha conta corrente, se quizer, dizendo que a máquina projete à parede, do lado
esquerdo, o extrato bancário.

18. (CESPE / MRE Superior – 2008)


Com correção gramatical, a frase assim poderia ser expressa:
É necessário a ruptura com interpretações baseadas em esquemas alheios aos povos latino-americanos, tal
como a mistificação do passado colonial, visto que elas constituem impecilho à compreensão da identidade
destes povos bem como a sua efetiva emancipação.

19. (CESPE / SEPLAG MG Médio – 2008)


Fragmento do texto: Quanto aos bilhetes com ameaças, a Subsecretaria de Administração Prisional informou
que não há ocorrência de maus-tratos aos detentos da Penitenciária Dutra Ladeira e que todas as ações
realizadas no interior da unidade são acompanhadas pelo Ministério Público, pela Corregedoria do Sistema
de Defesa Social, pela Ouvidoria do Sistema Prisional e pela Defensoria Pública Estadual.
A expressão “maus-tratos” (linha 2) estaria igualmente correta se fosse grafada como maltratos.

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20. (CESPE / Polícia Federal Delegado – 1997)


A segurança da população não é prioridade, haja visto que no Brasil o salário dos policiais foi enterrado no
último prejuízo do Banco do Brasil.

21. (CESPE / TRT - RJ Analista – 2008)


O vocábulo traz corresponde apenas a uma das formas do verbo trazer; a forma trás é empregada na
indicação de lugar (equivale a parte posterior).

22. (CESPE / CEF Médio – 2010)


Fragmento do texto: Nos Estados Unidos da América (EUA), o segundo maior mercado mundial de azeite,
atrás apenas da União Europeia, o número ficou na casa dos 20%.
O vocábulo “atrás” (linha 2) pode ser corretamente grafado também da seguinte forma: atraz.

23. (CESPE / CEF Médio – 2009)


Fragmento do texto: Carlos Alberto Ramos, professor do Departamento de Economia da Universidade de
Brasília, aponta falhas nessa missão. Ele identifica um abismo na transição entre o sistema escolar e o
mercado de trabalho. “Nosso modelo educacional é muito segmentado, e os conhecimentos de línguas e
matemática, por exemplo, são muito diferentes dos valores compreendidos durante a vida profissional”,
defende.
O vocábulo ‘segmentado’ (linha 3) apresenta dupla grafia, podendo ser grafado também seguimentado, tal
como ocorre com segmento e seguimento.

24. (CESPE / IPC Superior – 2007)


Fragmento do texto: Com exceção de algumas sociedades africanas — nas quais as mulheres desempenham
papéis importantes na vida ritual e econômica —, a maior parte das sociedades humanas permite mais ampla
participação na vida cultural aos elementos do sexo masculino. Grande parte da vida ritual do Xingu, por
exemplo, é interditada às mulheres. Em alguns segmentos de nossa sociedade, o trabalho fora de casa é
considerado inconveniente para o sexo feminino.
Segundo as regras de ortografia da língua portuguesa, e sem que se alterem os sentidos do texto, a palavra
“segmentos” também poderia ser escrita como seguimentos.

25. (CESPE / TRE GO Superior – 2008)


Fragmento do texto: Vamos ao princípio geral. S. Ex.ª confunde nomeação e vocação. Ponhamos o caso em
mim. Eu, se amanhã me nomearem bispo, poderia receber com regularidade a côngrua e os emolumentos,
mas, por falta de vocação, preferia uma boa rede a todas as câmaras eclesiásticas. S. Ex.ª dirá, porém, que
esta hipótese é absurda; aqui vai outra.
Para assegurar o paralelismo sintático e a correlação entre tempos e modos verbais, estaria gramaticalmente
correta a substituição de “preferia” (linha 3) por prefereria.

26. (CESPE / TRE GO Superior – 2008)


Fala-se (A) muito em eleições violentas e corruptas, a bico de pena, a bacamarte, a faca e a pau.
Nenhuma dessas palavras é nova aos (B) meus ouvidos. Conheço-as desde a infância. Crespas são deveras;
na entrada do próximo século é força (C) mudar de método ou de nomeclatura (D). Ou o mesmo sistema
com outros nomes, ou estes nomes com diversa aplicação (E).

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Trecho adaptado de Machado de Assis. A semana. In: Obra Completa, v. III, Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 649.

Considerando que cada opção abaixo corresponda, no texto, à expressão ou palavra destacada em negrito
que imediatamente antecede o símbolo A, B, C, D ou E, assinale a opção que corresponde a erro gramatical.
(A) (B) (C) (D) (E)

27. (CESPE / IPEA Superior – 2008)


Julgue a frase abaixo quanto à correção gramatical.
Mas as empresas privadas não dispõem de capital suficiente para isso, e, se despuzessem, esbarrariam em
obstáculos históricos, como seu notório temor de aplicações de risco e sua falta de experiência.

28. (CESPE / MDS Superior – 2008)


Fragmento do texto: O conhecimento e a aprendizagem sobre a escala local proporcionados pelas
informações estatísticas vêm responder às exigências imediatas de compreensão da heterogeneidade
estrutural no Brasil.
De acordo com a ortografia oficial, admite-se que o termo “heterogeneidade” seja grafado como
heterogenidade.

29. (CESPE / TRT - RJ Analista – 2008)


A grafia correta do verbo correspondente a ressurreição é ressucitar.

30. (CESPE / TRT - RJ Analista – 2008)


Apesar de a grafia correta do verbo poetizar exigir o emprego da letra “z”, o feminino de poeta é grafado
com s.

31. (CESPE / ANEEL Superior – 2010)


Fragmento do texto: O planejamento caiu em descrédito com a queda do Muro de Berlim, a implosão da
União Soviética e a contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que se autorregulam. Seria
ingênuo pensar que esse mito desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas, está.
O sentido da expressão “mal das pernas”, característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse
“mal” por mau.

32. (CESPE / SEDAP PB Superior – 2009)


Assinale a opção correspondente ao período que está de acordo com as normas gramaticais.
(A) O poeta que nos involvia com as suas palavras, calou-se para sempre.
(B) O poeta, que envolvia-nos com as suas palavras, calou-se para sempre.
(C) O poeta que nos envolvia com as suas palavras se calou para sempre.
(D) O poeta, que involvia-nos com as suas palavras, se calou para sempre.

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5 – GABARITO

1. E 12. E 23. E
2. E 13. E 24. E
3. C 14. E 25. E
4. E 15. E 26. D
5. E 16. E 27. E
6. C 17. E 28. E
7. E 18. E 29. E
8. E 19. E 30. C
9. E 20. E 31. C
10. C 21. C 32. C
11. C 22. E

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