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Cisalhamento Juntas Soldadas PDF
Cisalhamento Juntas Soldadas PDF
net/publication/321016034
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2 authors, including:
André Costa
Federal University of Sergipe, Brazil
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Gabriel Nascimento dos Santos (1) (gnascs@gmail.com), André Luiz de Moraes Costa (1) (andre.costa@ufs.br)
RESUMO: Este trabalho busca verificar se as propriedades mecânicas de juntas soldadas podem ser verificadas
através do ensaio de cisalhamento simples. Para isso foram realizados ensaios mecânicos de cisalhamento,
dureza e tração em corpos de prova soldados e não soldados, fabricados em aço SAE 1020, a partir de barra
de perfil circular. As amostras que passaram por soldagem, foram usinados após o processo de soldagem por
eletrodo revestido E6013, onde foi utilizado o tipo de juntas de topo, com chanfro em meio-V (45°). Foi
realizada metalografia para visualizar a macroestrutura da junta soldada. Através dos resultados verificou-se
que o perfil da resistência ao cisalhamento é semelhante ao perfil de dureza e que as relações entre as
propriedades mecânicas encontradas foram próximas aos valores sugeridos pela literatura, demostrando
assim, que o ensaio de cisalhamento simples pode ser usado para determinar a resistência de juntas soldadas.
ABSTRACT: This work tries to verify if the mechanical properties of welded joints can be evaluated by simple
shear test. For this, hardness, tensile and simple shear tests were carried out on SMAW welded and non-
welded SAE 1020 steel rods. Metallography was also performed to visualize the welded joint macrostructure.
The results showed that the shear strength profile is similar to the hardness profile, and that the
relationships between the mechanical properties were close to the values suggested by the literature. It was
concluded that simple shear test can be appropriately used to determine the strength of welded joints.
A soldagem é um processo que visa a união localizada de materiais, similares ou não, de forma
permanente, baseada na ação de forças em escala atômica semelhantes às existentes no interior do
material e é a forma mais importante de união permanente de peças usadas industrialmente.
As propriedades mecânicas de juntas soldadas são avaliadas normalmente por ensaio de tração e de
dureza, que fornece um valor global da resistência da junta, enquanto a dureza fornece valores
pontuais, obtendo-se normalmente um perfil da resistência mecânica ao longo da seção longitudinal
da peça. Assim, nenhum ensaio permite obter a resistência da seção transversal da junta soldada.
Desta forma, existe o interesse em estudar novos ensaios mecânicos para avaliar as propriedades
mecânicas de juntas soldadas. Este trabalho compreende o estudo do ensaio de cisalhamento como
uma nova ferramenta para auxiliar na caracterização mecânica de juntas soldadas. O objetivo,
portanto, é verificar se as propriedades mecânicas de juntas soldadas podem ser verificadas pelo
ensaio de cisalhamento simples.
Fortes (2005) trata especificamente sobre a soldagem à eletrodo revestido, também conhecido como
SMAW (Shielded Metal Arc Welding). Consiste na abertura e manutenção de um arco elétrico entre
o eletrodo revestido e a peça a ser soldada, de modo a fundir simultaneamente o eletrodo e a peça;
o metal fundido do eletrodo é transferido para a peça, formando uma poça fundida que é protegida
da atmosfera (O2 e N2) pelos gases de combustão do revestimento do eletrodo. O metal depositado
e as gotas ejetadas do metal fundido recebem uma proteção adicional por meio do banho de escória,
a qual é formada pela queima de alguns componentes do revestimento.
A soldagem com eletrodo revestido é o processo mais utilizado no mundo, devido ao baixo custo dos
consumíveis e equipamentos e a qualidade da solda. Ele é versátil e solda a maioria dos metais numa
grande faixa de espessuras. Este processo de soldagem pode ser usado em diversos locais, inclusive
os de difícil acesso.
Marques (2011) apresenta a Zona Termicamente Afetada (ZTA), e explica que a divisão térmica de
solda por fusão se dá em regiões básicas, como indicado na Figura 1.
Zolin (2010) aborda sobre o ensaio de cisalhamento. No caso de metais, podemos praticar o
cisalhamento com tesouras, prensas de corte, dispositivos especiais ou simplesmente aplicando
esforços que resultem em forças cortantes. Ao ocorrer o corte, as partes se movimentam
paralelamente, por escorregamento, uma sobre a outra, separando-se. A esse fenômeno damos o
nome de cisalhamento. Beer e Jhonston (1995) esclarecem que o cisalhamento pode ser
exemplificado quando uma barra sofre a ação de duas forças (P e P’), na direção de seu eixo
transversal. Fazendo um corte na seção transversal C entre os pontos de aplicação das forças, é
possível obter um digrama da parte AC, e conclui-se que existe uma força interna no plano da seção
cuja resultante é igual a P. Esta força interna P é denominada força de cisalhamento ou força
cortante. Obtém-se a tensão média de cisalhamento pela razão entre a força cortante P pela área A,
de acordo com a Equação 1:
𝑃
𝜏𝑚𝑒𝑑 = (1)
𝐴
onde 𝜏𝑚𝑒𝑑 : tensão de cisalhamento média na secção [MPa]; V: força de cisalhamento resultante [N];
e A: área de secção [m²]. Este é um caso de cisalhamento simples, pois apenas uma área da seção
transversal da peça precisa ser cisalhada para que ocorra o rompimento da mesma. O ensaio de
cisalhamento é realizado na máquina universal de ensaios, a qual se adaptam alguns dispositivos,
dependendo do tipo de produto a ser ensaiado.
Para ensaios de cisalhamento simples, há uma maior complexidade para a realização, devendo-se
obedecer à norma NASM 1312-20 (1997). A Figura 2 mostra o dispositivo de cisalhamento utilizado
para a execução dos ensaios deste trabalho foi desenvolvido por Andrade (2013) atendendo a norma
e os parâmetros necessários.
Neste dispositivo, aplica-se uma força de compressão (através do punção da máquina universal) na
parte superior da matriz móvel, onde está posicionada a bucha cortante. Na sequência, é transmitida
uma força cortante à seção transversal do corpo de prova a ser ensaiado. Andrade (2013) coloca que,
à medida que essa força aumenta, as partes do corpo de prova se movimentam paralelamente por
escorregamento, até que ocorra a ruptura do mesmo, como evidencia a Figura 3. Os resultados são
obtidos graficamente pela curva “carga x deformação” e por uma planilha contendo todos os dados
do ensaio. Os resultados são gerados ao fim de cada ensaio através do software da máquina universal.
O ensaio de dureza Brinell (HB – Hardness Brinell) consiste em comprimir lentamente uma esfera de
aço temperado, de diâmetro D, sobre uma superfície plana, polida e limpa de um metal, por meio de
uma carga Q, durante um tempo t, produzindo uma calota esférica de diâmetro d, a qual é medida
por intermédio de um micrômetro óptico. A dureza Vickers (HV) é um método semelhante ao método
De acordo com Garcia et al. (2008), entre os diversos tipos de ensaio disponíveis para a avaliação das
propriedades mecânicas dos materiais, o mais amplamente utilizado é o ensaio de tração, por ser um
ensaio relativamente simples e de realização rápida além de fornecer informações importantes e
primordiais para o projeto e a fabricação de peças e componentes. Este ensaio consiste na aplicação
de carga crescente de tração uniaxial às extremidades de um corpo de prova específico, até a sua
ruptura. O seu resultado consiste numa curva de tensão de tração x deformação sofrida pelo corpo
de prova. A tensão pode ser calculada pela razão entre a carga aplicada e a área inicial da secção
transversal da peça e a deformação pela razão da variação de comprimento pelo comprimento inicial.
Normalmente as juntas soldadas são avaliadas por ensaios de tração, dureza, charpy e dobramento.
Na tração, o ensaio é feito com corpos de prova longitudinais ou transversais ao cordão. Em ambos
em casos se tem uma avaliação global da resistência da junta. No caso de dureza é feito um perfil da
resistência ao longo da junta, desde o metal de base, passando pela ZTA e alcançando a zona fundida.
Neste trabalho o ensaio de cisalhamento será usado para avaliar a resistência mecânica de juntas
soldadas. Calculando a equação abaixo, chega-se a Equação 2 e a Equação 3:
𝜏𝑢𝑠
= 2,66 (3)
𝐻𝑉
Assim, é previsto que o perfil de tensão de cisalhamento seja semelhante ao perfil de dureza Vickers.
1º PASSO: Preparação das Juntas Soldadas - Para a fabricação dos corpos de prova foi utilizada uma
barra de aço SAE 1020, com ¾’’ de diâmetro e eletrodos revestidos do tipo E6013. A quantidade de
corpos de prova fabricados foi a seguinte: 8 para ensaios de cisalhamento (6 soldados e 2 sem solda),
4 para ensaios de tração (2 soldados e 2 sem solda) e 1 para ensaios de dureza, ou seja, 13 corpos de
prova, sendo 9 deles soldados e 4 sem solda. Os corpos de prova foram fabricados pela SEMIL
SERVIÇOS MECÂNICOS INDUSTRIAIS e acompanhados pelo autor. As etapas de fabricação para as
juntas soldadas foram: corte da barra em pedaços menores de 50 mm e 70 mm de comprimento; as
barras de 70 mm sofreram um corte de 45° em uma das extremidades para a realização da soldagem
com chanfro em meio-v (45°), presente na Figura 4; marcação (furo de centro) na superfície lateral
da barra de 70 mm para identificar o lado que foi realizado o chanfro em 45°; soldagem por eletrodo
revestido E6013 de 1/8 ”, sendo 9 corpos de provas com 10 passes em cada um. Para facilitar a
soldagem o corpo de prova foi apoiado e fixado parcialmente com alicates de pressão em uma
cantoneira presa a uma morsa, como mostra a Figura 5; usinagem de acordo com a geometria dos
corpos de prova para cada tipo de ensaio. Para a fabricação dos corpos de prova sem soldas foram
realizadas duas etapas: corte da barra em diversas barras menores de 120 mm de comprimento e a
usinagem de acordo com os parâmetros necessários de cada tipo de ensaio.
Figura 6. Corpos de prova. Fonte: Elaborada pelos Figura 7. Medida da distância para cisalhar
autores o corpo de prova. Fonte: Elaborada pelos
autores
3º PASSO: Ensaio de Dureza - Os corpos de prova para ensaio de dureza tiveram as mesmas
dimensões dos corpos de prova para ensaio de cisalhamento (comprimento de 120 mm e diâmetro
de 12 mm), porém para se obter uma superfície mais adequada para os parâmetros do ensaio de
dureza, os corpos de prova passaram por um corte longitudinal, para tal corte foi utilizado uma
fresadora, deixando uma superfície plana e a peça com uma geometria semicircular. Para eliminar os
riscos na superfície a ser ensaiada, o corpo de prova foi lixado manualmente com lixas d’água de 240,
400, 600, 800, 1200 e 1500 mesh. Em seguida, foi feito polimento em baixa rotação na politriz
universal, modelo Aropol 2V do fabricante 28 Arotec. Para o polimento foi utilizada pasta de
diamante de 3 µm, tornando assim a superfície espelhada, de forma ideal para o ensaio. O
equipamento utilizado foi o Durômetro modelo FV-700 – Vickers Hardeness Tester, da marca Future
Tech do laboratório do DEMEC. Foi utilizado um penetrador do tipo Vickers, a carga aplicada foi
Figura 8. Corpo de prova após a realização do ensaio de dureza. Fonte: Elaborado pelos autores.
4º PASSO: Ensaio de Tração - Os corpos de prova foram usinados para atender a norma ABNT-NBR
6152, que especifica os corpos de prova para ensaios mecânicos de tração à temperatura ambiente,
para atender a norma ASME IX que discute os ensaios de juntas soldadas e também para atender o
limite de diâmetro da garra da máquina universal de ensaio de tração do DMEC. As dimensões foram:
Lf = 120 mm; Lo = 50 mm ; R = 7,5mm; D = 10 mm. A Figura 9 mostra um dos corpos de prova
fabricados. Os ensaios de tração foram feitos na máquina de ensaios universal da marca Time Group
Inc., modelo WDM-100E de capacidade de 100 kN (10 toneladas). Para este ensaio foram utilizados
4 corpos de prova, sendo que 2 foram por juntas soldadas e 2 sem solda. Como não foi usado o
extensômetro, foi feita 10 marcações nos corpos de prova, com 34 espaçamento iguais de 5 mm
cada, podendo assim, se necessário, efetuar o cálculo do alongamento real. Os ensaios foram
realizados com velocidade de 15 mm/min. Os resultados obtidos são de forma semelhante aos de
ensaio de cisalhamento, ou seja, é gerado uma planilha de dados e um gráfico (força x deslocamento)
para cada ensaio.
Figura 9: Corpo de prova para ensaio de tração. Fonte: Elaborado pelos autores.
4. RESULTADOS
4.1 Metalografia
Figura 10. Forma do chanfro evidenciada na macrografia. Fonte: Elaborado pelos autores.
A Figura 11 mostra uma ampliação da Figura 10, detalhando melhor as regiões da solda através da
micrografia. O metal de base, região 3, apresenta microestrutura ferrita e perlita com clara
orientação de grãos devido ao processo de laminação à quente da barra. Por outro lado, a região da
zona de adição, região 1, apresenta típica microestrutura de aço baixo-carbono com grãos de perlita
Figura 11. Macrografia e micrografias próximas a junta soldada. Fonte: Elaborado pelos autores.
A Figura 12 evidencia o corpo de prova A, totalmente cisalhado nos pontos específicos do seu
comprimento, nesse caso a cada 10mm.
Figura 12. Corpo de prova A, cisalhado a cada 10 mm. Fonte: Elaborado pelos autores.
Figura 13. Perfil de força de cisalhamento ao longo do comprimento dos corpos de prova soldados.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Observa-se na Figura 13 que todos os corpos de prova mostraram um pico de força em posições
próximas a posição 50 mm, onde está o chanfro reto do corpo de prova. No Anexo A estão listadas
as médias das forças e tensões máximas de cisalhamento dos 6 corpos de prova com juntas soldadas,
calculadas para cada posição.
Figura 15. Integração da curva de cisalhamento no Oringin 6.0. Fonte: Elaborado pelos autores.
Foi elaborada uma tabela com os valores de energia medidos ao longo do comprimento dos corpos
de prova. Na Figura 16 tem-se a variação média da energia ao longo do comprimento do corpo de
Com os resultados do ensaio de dureza da junta soldada foi possível montar o Anexo B, que contém
as três medições e a média entre elas para cada distância específica (a cada 5mm) da peça. Através
da Figura 17 é possível identificar de maneira clara o aumento da dureza na região em que ocorreu
a soldagem. A linha azul representa os valores de dureza da amostra soldada e a linha tracejada
representa a média dos valores da amostra sem solda. Assim como do gráfico da tensão máxima x
comprimento, o presente gráfico apresentou menores valores do lado do corte de 90°, valores de
pico na região do chanfro de 45° e valores intermediários do lado do chanfro de 45°.
Após a realização dos ensaios de tração os corpos de provas soldados demonstraram perfil de fratura
frágil, que é caracterizada pela rápida propagação da trinca, com nenhuma deformação
macroscópica e pouca microdeformação (GARCIA, 2008), como mostra o lado esquerdo da Figura 18,
do corpo de prova A, apresentando assim, também um pequeno alongamento. Já os corpos de prova
não soldados apresentaram comportamento de fratura dúctil, com aspecto de taça-cone, que é uma
fratura caracterizada pela ocorrência de uma apreciável deformação plástica antes e durante a
propagação da trinca (GARCIA, 2008), conforme o lado direito da Figura 18.
Figura 18. Corpos de prova após o ensaio de tração. Fonte: Elaborado pelos autores
Com os dados obtidos no ensaio de tração tem-se que, para o corpo de prova sem solda: us /us =
337,27 / 441,81 = 0,76. Para o corpo de prova soldado: us /us = 357,06 / 476,19 = 0,75. Estes
valores estão próximos do valor 0,80 dado pela equação (7) com uma diferença de apenas -6,7%. Isto
significa que o presente ensaio de cisalhamento simples pode ser usado para estimar a tensão
máxima de ruptura em tração do material. A relação entre as energias obtidas nos ensaios de
cisalhamento e tração foram: para os corpos de prova sem solda: Ecis / Etr = 1,23 / 8,07 = 0,15. Para
o corpo de prova soldado: Ecis / Etr = 1,36 / 2,48 = 0,55.
Silva (2015) encontrou valores de 0,32 e 0,16 para aço SAE 1020 normalizado e temperado,
respectivamente. Vale notar que a energia média de cisalhamento aumentou, mas a energia de
tração caiu drasticamente. Assim, o valor 0,55 está muito acima do normal, devido ao baixo valor da
energia de tração dos corpos de prova soldados. Em caso de defeito interno na solda, este não é
perceptível no ensaio de cisalhamento.
A Figura 19 mostra um gráfico onde as curvas ajustadas de tensão de cisalhamento, dureza e energia
de cisalhamento foram normalizadas e traçadas juntas. Observa-se que os perfis de tensão de
cisalhamento e dureza foram muito próximos, com o pico na posição 50 mm e variação entre 35 e
70 mm. A curva de energia também apresenta o pico em 50 mm, mas indica um maior alcance da
influência da troca de calor, mostrando uma variação entre 20 e 90 mm.
Figura 11. Gráfico das médias da dureza em relação ao comprimento da peça. Fonte: Elaborado
pelos autores.
que é aproximadamente o mesmo valor encontrado para a relação entre dureza e tensão de
cisalhamento.
Figura 20. Gráfico da tensão máxima de cisalhamento x dureza Vickers. Fonte: Elaborado pelos
autores.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi encontrado que os perfis de força máxima de cisalhamento, energia de cisalhamento e dureza
são semelhantes, apresentando menores valores do lado do chanfro de 90°, maiores valores na
região soldada e valores intermediários na região do lado do chanfro 45°.
Os ensaios mecânicos realizados mostraram que a relação entre a tensão de limite de resistência de
cisalhamento e tensão de limite de resistência de tração, assim como a relação entre tensão de limite
REFERÊNCIAS
FORTES, Cleber. Apostila de Eletrodos Revestidos. Assistência Técnica ESAB Indústria e Comércio
Ltda. 2005. Contagem, MG
GARCIA, Amauri; SPIM, Jaime Alvares; Santos, Carlos Alexandre. Ensaios dos Materiais. Rio de
Janeiro: LTC 2000.
ZOLIN, Ivan. Apostila Ensaios Mecânicos e Análises de Falhas. Santa Maria. UFSM 2011.