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Ana Matos
DMAT
1 Regras de Derivação
1.1 Nota prévia importante
Estas folhas surgem pelo facto de, nos últimos anos, ter tido alguns alunos em
Análise Matemática I que nunca tinham dado qualquer noção de derivada,
ou mesmo de limite de uma função.
De facto, para um estudo minimamente correcto e fundamentado de
derivadas, a noção de limite de uma função é absolutamente indispensável.
A partir do momento em que são dadas as regras de derivação em Análise
Matemática I, usá-las com à-vontade é rigorosamente indispensável para todo
o resto da matéria. As regras de derivação são dadas, dentro do capítulo das
derivadas, a um ritmo em que se assume que o aluno já ouviu falar destas
noções. Esse ritmo é excessivo para os alunos que referi.
Estas folhas não pretendem explicar a matéria de derivadas mas apenas
explicar o funcionamento das regras de derivação, sem as justificar. De facto,
é possível compreender o funcionamento das regras de derivação, e usá-las
com segurança, mesmo sem ter compreendido a noção de derivada. Como
um jogo de que se conhecem as regras.
É, aliás, muito mais rápido compreender o funcionamento das regras de
derivação do que compreender os restantes aspectos das derivadas, em espe-
cial para quem ainda não domine a noção de limite.
Em Análise Matemática I, ao capítulo de derivadas segue-se o de primi-
tivas e integrais. Quem souber usar as regras de derivação com à-vontade,
mesmo sem ter ainda compreendido adequadamente a restante matéria de
derivadas, tem a possibilidade de acompanhar uma parte significativa do
conteúdo desse capítulo.
O objectivo destas folhas é, portanto, tomar um atalho para dar aos alunos
a possibilidade de usarem as regras de derivação, e assim terem a possibili-
dade de continuar a acompanhar partes da matéria que exigem apenas esse
conhecimento, enquanto ganham tempo para efectuar o estudo correcto e fun-
damentado das derivadas.
O aluno tem que estar consciente, no entanto, que apenas fica a saber
usar, mecanicamente, um dos aspectos das derivadas.
Ao longo do texto vão sendo propostos alguns exercícios, cujas soluções
se encontram no fim da matéria.
No final das folhas são propostas duas pequenas fichas de exercícios, com
as respectivas soluções. A primeira avalia a aplicação básica das regras de
derivação enquanto a segunda exige um maior domínio destas regras.
1 A n a M a to s - R eg ra s d e D e riva ç ã o - 1 2 N ov . 2 0 1 0
1.2 Em que consistem as Regras de Derivação
Como foi explicado na nota prévia, vamos apresentar as regras de derivação
como se estivessemos num jogo, em que temos as peças e as regras do jogo:
• as peças são as derivadas de algumas funções, por exemplo:
√
constantes, x, xn , n x, ex , ln x, sen x, cos x, etc
(ou seja, as derivadas das funções mais elementares, à custa das quais
obtemos as outras funções por meio das operações);
• as regras do jogo vão-nos indicar o comportamento da derivada quando
fazemos operações com funções, por exemplo:
conhecendo a derivada de duas funções, f e g, podemos obter as derivadas
de 2f, −f, f + g, f − g, f × g, fg , etc.
1.3 Notação
Como foi referido, não vamos fazer o estudo geral das derivadas, mas apenas
das regras de derivação. Assumimos o conhecimento de que a derivada de
uma função f , na variável x , é uma função, que representamos por
df
f′ ou por ,
dx
que está definida nos valores em que f tem derivada.
Diz-se que uma função é derivável se existe a sua derivada.
2 A n a M a to s - R eg ra s d e D e riva ç ã o - 1 2 N ov . 2 0 1 0
Exemplos:
Quais são as derivadas das funções f (x) = 3, g (x) = −2, h (x) = 0,
l (x) = π e s (x) = e?
Todas estas funções são constantes, pelo que as suas derivadas são nulas.
x′ = 1.
Exemplos:
Quais são as derivadas das funções f (x) = x2 e g (x) = x5 ?
′
• f ′ (x) = (x2 ) = 2x2−1 = 2x;
′
• g ′ (x) = (x5 ) = 5x5−1 = 5x4 .
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Exemplos:
Quais são as derivadas das funções f (x) = 3 + x, g (x) = x4 + 5x e
h (x) = 3x5 − 8x2 + 1?
• (3 + x)′ = 3′ + x′ = 0 + 1 = 1;
′ ′
• (x4 + 5x) = (x4 ) + (5x)′ = 4x4−1 + 5x′ = 4x3 + 5;
′ ′ ′
• (3x5 − 8x2 + 1) = (3x5 ) −(8x2 ) +1′ = 3 (5x4 )−8 (2x)+0 = 15x4 −16x.
Exercício 1
Determine a derivada do polinómio x4 − 12x3 + 2x2 + x − 1.
Exemplos: √ √
Quais são as derivadas das funções f (x) = x e g (x) = 3 x?
1
• f ′ (x) = √
2 x
;
1
• g ′ (x) = 3 2.
√
3 x
Exercício 2 √
Determine a derivada da função 3 6 x + 2x3 + x + 1.
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Tendo presente que √ 1
n
x = xn
a derivada da raiz pode também ser obtida como um caso particular da regra
de derivação que se segue.
Exemplos: √
4 1
Quais são as derivadas das funções f (x) = x 3 , g (x) = x3 , h (x) = ?
4
x2
4 ′ 4 1 √
• f ′ (x) = x 3 = 43 x 3 −1 = 43 x 3 = 43 3 x;
√ ′
1 ′
3 ′ 3 1
x3 = (x3 ) 4 = x 4 = 34 x 4 −1 = 34 x− 4 = 3 √1
;
4
• g ′ (x) = 4 4x
1 ′ ′
• h′ (x) = x2
= (x−2 ) = −2x−2−1 = −2x−3 = − x23 .
√ √
Voltemos a calcular as derivadas das funções f (x) = x e g (x) = 3 x,
agora por esta regra.
√ ′ 1 ′ 1 1
• f ′ (x) = ( x) = x 2 = 12 x 2 −1 = 12 x− 2 = 12 √1x ;
√ ′ 1 ′ 1 2
• g ′ (x) = ( 3 x) = x 3 = 13 x 3 −1 = 13 x− 3 = 1 √1
3 3 x2
.
Exercício 3 √ √
Determine a derivada da função x5 − 5 x.
4
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1.7 Multiplicação e divisão
Proposição 8 (derivada do produto)
Se f e g são funções deriváveis, então fg é uma função derivável e
Exemplos:
1. Calculemos a derivada do produto das funções f (x) = x2 + 2x + 1 e
g (x) = 2x − 1.
Pela derivada do produto,
′
(f (x) g (x))′ = x2 + 2x + 1 (2x − 1) + x2 + 2x + 1 (2x − 1)′ =
= (2x + 2) (2x − 1) + x2 + 2x + 1 2 = 6x2 + 6x.
pelo que
(f (x) g (x))′ = 6x2 + 6x.
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Proposição 9 (derivada do quociente)
Se f e g são funções deriváveis, então fg é uma função derivável nos
pontos em que g não se anula e
′
f (x) f ′ (x) g (x) − f (x) g ′ (x)
= .
g (x) [g (x)]2
Exemplos:
Consideremos novamente as funções do exemplo anterior.
1. Calculemos a derivada do quociente de f (x) = x2 + 2x + 1 por
g (x) = 2x − 1.
′ ′
x2 + 2x + 1 (x2 + 2x + 1) (2x − 1) − (x2 + 2x + 1) (2x − 1)′
= =
2x − 1 (2x − 1)2
(2x + 2) (2x − 1) − (x2 + 2x + 1) 2 2x2 − 2x − 4
= = .
(2x − 1)2 (2x − 1)2
√
2. Calculemos a derivada do quociente de l (x) = x por h (x) = −x + 3.
√ ′ √ ′ √
x ( x) (−x + 3) − x (−x + 3)′
= =
−x + 3 (−x + 3)2
1 √1 √ √
2 x
(−x + 3) − x (−1) − 12 √xx + 32 √1x + x
= = =
(−x + 3)2 (−x + 3)2
1 √ 1√
− 12 x1− 2 + 32 √1x + x 2
x + 32 √1x
= = .
(−x + 3)2 (−x + 3)2
Exercício 4
Considerando as funções f (x) = 3x3 + x2 + x e g (x) = 3x2 + 1, determine
(x)
1
as derivadas de f (x) g (x) , f (x) e fg(x) .
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1.8 Simplificação de cálculos
Um aspecto a ter em conta antes de efectuar um cálculo, e em particular
antes de calcular uma derivada, é pensarmos no método mais simples de o
abordar. O facto de nos habituarmos a pensar em maneiras alternativas de
escrever as funções facilitará muito o nosso trabalho.
A aplicação imediata de uma regra de derivação, sem ter em atenção este
aspecto, leva, frequentemente, a contas bem mais complicadas do que seria
necessário, com grande perda de tempo e aumento do risco de erro.
Há ainda uma agravante, o facto de não derivarmos de uma forma efi-
ciente não nos prepara adequadamente para o estudo, que se segue, das pri-
mitivas.
Dois casos típicos são o uso desnecessário da derivada do produto e da
derivada do quociente.
Apresentam-se em seguida alguns exemplos representativos, com indi-
cação de maneiras mais simples de efectuar os cálculos.
Por exemplo,
√ ′ √ ′ 3
3 x =3 x = √ .
2 x
• Consideremos f (x) = x2 .
Em vez de aplicar a derivada do quociente, é mais simples pensar que
x ′ 1 ′ 1
= x = .
2 2 2
• Para f (x) = 3x
5
sugere-se o mesmo:
′ ′
3x 3 3
= x = .
5 5 5
8 A n a M a to s - R eg ra s d e D e riva ç ã o - 1 2 N ov . 2 0 1 0
x3 +4x2
• Derivemos a função f (x) = 2x
.
O mais fácil é simplificar a função e depois derivar, em vez de derivar
logo o quociente. Assim,
3 ′ ′
x + 4x2 1 2
= x + 2x = x + 2.
2x 2
• Derivemos a função f (x) = x+1
√ .
x
Como no caso anterior, começamos por simplificar a função e depois
derivamos, em vez de derivar logo o quociente:
′ ′
x+1 x 1 1 1 ′ 1 1 1 3 1 1 1 1
√ = √ +√ = x1− 2 + x− 2 = x− 2 − x− 2 = √ − √
x x x 2 2 2 x 2 x3
√
x
(já para teria mesmo que ser usada a derivada do quociente).
x+1
√
• Derivemos a função f (x) = (−x + 3) x.
Este exemplo foi usado para ilustrar a derivada do produto, mas foi
logo sugerido que o aluno fizesse o produto e depois derivasse. Assim,
√
′ 3
1 ′ 3 1 3 1 3√ 3 1
(−x + 3) x = −x 2 + 3x 2 = − x 2 + x− 2 = − x+ √ .
2 2 2 2 x
• Derivemos a função f (x) = 3 x.
√1
Exercício 5 √
−2x x2 +5x x4 +2x3 +x2 +1 √1 x2 +x+ 3 x
Derive, simplificando, as funções 3
, 2 , 2x2
, 5 2 e √
5 2 .
x x
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1.9 Funções trigonométricas
Proposição 10 (derivadas do seno e do coseno)
sen x ′
(sen x)′ cos x − sen x (cos x)′
(tg x)′ = = =
cos x (cos x)2
cos x cos x − sen x (− sen x) cos2 x + sen2 x 1
= 2 = 2 = = sec2 x;
(cos x) (cos x) (cos x)2
′
′ 1 0 − 1 (cos x)′ − (− sen x) sen x 1
(sec x) = = 2 = 2 = = tg x sec x.
cos x (cos x) (cos x) cos x cos x
Exercício 6
Faça as deduções das derivadas da cotangente e da cosecante.
10 A n a M a to s - R eg ra s d e D e riva ç ã o - 1 2 N ov . 2 0 1 0
1.10 Exponencial e logaritmo
Proposição 11 (derivada da exponencial )
(ex)′ = ex .
Exemplos:
Calculemos a derivada de ex ln x:
x ′ x ′ x ′ x x1
1 x
(e ln x) = (e ) ln x + e (ln x) = e ln x + e = e ln x + .
x x
Exercício 7
Determine as derivadas das funções f (x) = x3 ex e g (x) = x ln x.
11 A n a M a to s - R eg ra s d e D e riva ç ã o - 1 2 N ov . 2 0 1 0
Por exemplo, sendo
então
f ◦ g (x) = f (g (x)) = f (5x − 1) = 3 (5x − 1)2
e
g ◦ f (x) = g (f (x)) = g 3x2 = 5 3x2 − 1 = 15x2 − 1.
com
f (x) = x6 e g (x) = 2x + 1.
√
• Consideremos h (x) = x2 + 2.
Trata-se da função raiz quadrada, composta com a função x2 + 2.
De facto,
√
h (x) = x2 + 2 = f x2 + 2 = f (g (x)) = f ◦ g (x)
com √
f (x) = x e g (x) = x2 + 2.
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• Consideremos h (x) = sen (4x)
Trata-se da função seno, composta com a função 4x.
Decompondo,
Exercício 8
2
Decomponha cada uma das funções cos (x2 ), e3x +2x e ln (x2 − 1) como
composta de duas funções.
Exemplos:
Consideremos novamente as três funções acima decompostas.
Como
f ′ (x) = 6x5 e g ′ (x) = 2,
então
2 × 6 (2x + 1)5 = 12 (2x + 1)5 .
h′ (x) =
′
g (x) f ′ (2x+1)
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√
• h (x) = x2 + 2.
√ √
Vimos que h (x) = x2 + 2 = f ◦g (x) , com f (x) = x e g (x) = x2 +2.
Pela regra da derivação da função composta
Como
1 1
f ′ (x) = √ e g ′ (x) = 2x,
2 x
então
1 1 x
h′ (x) =
2x × √ =√ 2 .
2 x +2
2 x + 2
g ′ (x)
f ′ (x2 +2)
Como
f ′ (x) = cos x e g ′ (x) = 4,
então
h′ (x) =
4 × cos (4x).
′ g (x) f ′ (4x)
Exercício 9
2
Determine as derivadas das funções cos (2x3 ) , e3x +2x e ln (x2 − 1) .
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1.12 Derivadas genéricas
Conjugando as derivadas já dadas com a regra da derivação da função com-
posta obtemos a maneira como mais frequentemente são apresentadas as
regras de derivação. Não se trata de novas regras de derivação, mas apenas
de uma maneira diferente de apresentar a expressão da derivada da composta
da função em causa com outra função.
Exemplos:
√
• Seja f (x) = 3
4x2 − 2x.
Escrevendo a função na forma
1
f (x) = 4x2 − 2x 3
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Portanto
3 (− sen (x))(cos (x))3−1 = −3 sen (x) cos2 (x) .
f ′ (x) = αu′ uα−1 =
α u′ uα−1
Exemplos:
• Seja f (x) = sen (3x) .
Trata de uma função da forma sen u, com u = 3x (ou seja, a composta
do seno com a função u = 3x).
Portanto
f ′ (x) = u′ cos u = (3x)′ cos (3x) = 3 cos (3x) .
u′ cos u
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Proposição 16 (derivada da exponencial - caso geral)
Se u é uma função derivável em ordem a x, então
(eu )′ = u′ eu .
u′
(ln u)′ = .
u
Exemplos:
• Seja f (x) = ln (x + ex ) .
Trata de uma função da forma ln u, com u = x+ex (ou seja, a composta
do logaritmo com a função u = x + ex ).
Portanto
u′ (x + ex )′ 1 + ex
f ′ (x) = = = .
u x + ex x + ex
Observação: Como já foi referido, todas estas propriedades apresen-
tadas nesta secção não são mais do que uma maneira "encapotada"de apre-
sentar a derivada da composta de cada uma das funções indicadas com uma
função u.
No entanto, teremos muito mais segurança ao calcular as derivadas se,
para além da mera aplicação da propriedade, tivermos presente que estamos
usar a derivada da composta.
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1.13 Exponencial e logaritmo de base a
Vamos seguidamente deduzir, a partir das propriedades das funções expo-
nencial e logarimo de base a, as expressões das derivadas destas funções.
Proposição 18 Se a é um número real positivo, então:
• (ax )′ = ln (a) ax ;
1 1
• (loga x)′ = , para a = 1.
ln (a) x
1
loga x = ln x.
ln (a)
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1.14 Funções trigonométricas inversas
Terminamos a apresentação das regras de derivação com as derivadas das
funções trigonométricas inversas.
Exemplos:
Calculemos as derivada de x arcsen x, arcsen x + arccos x e x2 arccotg x:
Exercício 10
Determine as derivadas das funções sen (x)+arcsen (x) e arccos (x) arccotg (x) .
u′ u′
(arcsen u)′ = √ , (arccos u)′ = − √ ,
1 − u2 1 − u2
u′ u′
(arctg u)′ = , (arccotg u)′ = − .
1 + u2 1 + u2
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Exemplos:
′ u′ (3x)′ 3
f (x) = √ 2
= =√ .
1−u 1 − (3x)2 1 − 9x2
20 A n a M a to s - R eg ra s d e D e riva ç ã o - 1 2 N ov . 2 0 1 0
1.15 Tabela de Derivadas
Tabela de Derivadas
f f′
k, c/ k ∈ R 0
u+v u′ + v ′
ku, c/ k ∈ R ku′
uv u′ v + uv ′
u u′ v−uv ′
v v2
uα , c/ α ∈ R αu u ′ α−1
u
e u′ eu
u′
ln u u
au , c/ a ∈ R+ ′ u
u a ln a
1 u′
loga u, c/ a ∈ R+ \ {1} ln a u
′
sen u u cos u
cos u −u′ sen u
tg u u′ sec2 u
cotg u −u′ cosec2 u
sec u u′ sec u tg u
cosec u −u′ cosec u cotg u
′
arcsen u √u
1−u2
u′
arccos u − √1−u 2
u′
arctg u 1+u2
u′
arccotg u − 1+u 2
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1.16 Exercícios resolvidos
f ′ (x) = 2x sen (5x) + x2 (5 cos (5x)) = 2x sen (5x) + 5x2 cos (5x) .
1
2. Calculemos a derivada da função f(x) = .
(1 − x)5
Podemos aplicar a derivada do quociente ou pensar simplesmente que
f(x) = (1 − x)−5
pelo que
′ 5
f ′ (x) = (1 − x)−5 = −5 (1 − x)′ (1 − x)−5−1 = 5 (1 − x)−6 = ,
(1 − x)6
pois trata-se de situação de função composta, do tipo uα , com α = −5 e
u = 1 − x.
1
3. Calculemos a derivada da função f(x) = √ 4 .
x + x2
Podemos aplicar as derivadas do quociente e da raiz, mas as contas ficam
mais simples pensando que
1 − 1
√ = x4 + x2 2 .
x4 + x2
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Assim, temos uma situação de função composta do tipo uα , com α = − 12
e u = x4 + x2 , pelo que
1 4 ′ − 1 −1 1 − 3
f ′ (x) = − x + x2 x4 + x2 2 = − 4x3 + 2x x4 + x2 2 =
2 2
3
− 3 −2x − x
= −2x3 − x x4 + x 2 = .
4 3
(x + x)
x+3
4. Calculemos a derivada da função f(x) = √ .
x+2
Podemos derivar logo o quociente, fazendo
′ √ √ ′
x+3 (x + 3)′ x + 2 − (x + 3) x + 2
√ = √ 2 =
x+2 x+2
√
x + 2 − (x + 3) 2√1x+2 1 1 x+3
= =√ − √ .
x+2 x + 2 2 (x + 2) x + 2
No entanto, podemos também começar por simplificar a função, fazendo
Note-se que obtivemos expressões com aspecto diferente, mas que podemos
provar serem a mesma função.
5. Calculemos a derivada da função f(x) = cos4 3x3 + 1 .
o que torna mais evidente que se trata de uma situação de função composta
do tipo uα , com α = 4 e u = cos (3x3 + 1) .
Portanto
′ 3
4−1
f ′ (x) = 4 cos 3x3 + 1 cos 3x + 1 .
23 A n a M a to s - R eg ra s d e D e riva ç ã o - 1 2 N ov . 2 0 1 0
Para prosseguir, convém reparar que agora temos uma situação do tipo
cos u, com u = 3x3 + 1, pelo que
3 ′ ′
cos 3x + 1 = 3x3 + 1 − sen 3x3 + 1 = −9x2 sen 3x3 + 1 .
Então
3
f ′ (x) = 4 −9x2 sen 3x3 + 1 cos 3x3 + 1 =
2
3 3 3
= −36x sen 3x + 1 cos 3x + 1 .
2
6. Calculemos a derivada da função f(x) = .
ex − e−x
Aplicando a derivada do quociente e, de seguida, da exponencial (no
segundo caso composta com u = −x) tem-se
′
′ 2 0 − 2 (ex − e−x )′ −2 (ex )′ + 2 (e−x)′
f (x) = = = =
ex − e−x (ex − e−x )2 (ex − e−x)2
−2ex + 2 (−1) e−x −2ex − 2e−x
= = .
(ex − e−x)2 (ex − e−x )2
2 (3x)
7. Calculemos a derivada da função f(x) = esen .
De imediato temos uma situação do tipo eu , com u = sen2 (3x) , pelo que
2 ′ ′ 2
f ′ (x) = esen (3x) = sen2 (3x) esen (3x) .
visto que esta última situação é do tipo sen (u) , com u = 3x.
Portanto
2 ′ 2
esen (3x) = 6 cos (3x) sen (3x) esen (3x) .
24 A n a M a to s - R eg ra s d e D e riva ç ã o - 1 2 N ov . 2 0 1 0
8. Calculemos a derivada da função f(x) = ln (−x) .
(Note-se que a função está definida para todos os valores de x tais que
−x > 0, ou seja, em ]−∞, 0[.)
Trata-se de uma situação do tipo ln u, com u = −x, pelo que
1 −1 1
f ′ (x) = (ln (−x))′ = (−x)′ = = .
−x −x x
1
9. Calculemos a derivada da função f(x) = ln √ .
3x + 4
Poderíamos derivar logo o logaritmo, mas é muito mais simples começar-
mos por transformar a função, recorrendo às propriedades do logaritmo:
1 1 1
ln √ = ln (3x + 4)− 2 = − ln (3x + 4) .
3x + 4 2
Portanto
′
′ 1 1 (3x + 4)′ − 32
f (x) = − ln (3x + 4) =− = .
2 2 3x + 4 3x + 4
10. Calculemos a derivada da função f(x) = arcsen e1−x .
Como ′
e1−x = −e1−x
então
−e1−x
f ′ (x) = √ .
1 − e2−2x
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1.17 Soluções dos exercícios propostos
1: 4x3 − 36x2 + 4x + 1.
2: 12 √1 2
6 5 + 6x + 1.
x
5 14 4
3: 4
x − 15 x− 5 .
′ 2
′ 4 3
4: (f (x) g (x)) = 45x + 12x + 18x + 2x + 1, 2 1
f (x)
9x +2x+1
= − (3x 3 +x2 +x)2
,
′
f (x) 4 +6x2 +2x+1
g(x)
= 9x (3x2 +1)2
.
7 3 2 16
5: − 23 , x + 52 , x + 1 − x13 , − 25 x− 5 , 85 x 5 + 35 x− 5 − 15
1 − 15
x .
6: − cosec2 x, − cosec x cotg x.
7: 3x2 ex + x3 ex , ln x + 1.
8: -
2
9: −6x2 sin (2x3 ) , (6x + 2) e3x +2x , x22x−1 .
1 √ 1 1
10: cos x + √1−x 2 , − 1−x2 arccotg (x) − 1+x2 arccos x.
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1.18 Ficha 1 de exercícios
ln x
7. x2 ex; 8. x
; 9. cos (ex ) ;
1
10. 3
sen (3x) ; 11. tg (3x) + sec (2x) ; 12. arcsen (5x) ;
7. ln (1 − x) ; 8. ln x2 ; 9. ln2 x;
x
10. ln (ln x) ; 11. ln x−1 x+1
; 12. 22 ;
1 2 1
√
13. 4
arctg x2 ; 14. 10
arctg2 (5x) ; 15. arccos3 1−x .
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1.20 Soluções da Ficha 1
1. 2x + 13 ; 2. 1
(x+1)2
; 3. 3x+2
√
x+1
;
3
4. √ 2x
2x2 +1
; 2
5. − (x+1)3; 6. − (x + 1)− 2 ;
1−ln x
7. (x2 + 2x) ex ; 8. x2
; 9. −ex sin (ex ) ;
10. cos (3x) ; 11. 3 sec2 (3x) + 2 sec (2x) tg (2x) ; 12. √ 5 ;
1−25x2
1
13. 2x ln 2; 14. − cosec (x) cotg2 (x) − cosec3 (x) ; 15. − x2 −2x+2 .
3 2 4 5 − 53
1. − 12 x− 2 + 13 x− 3 ; 2. − 13 (x + 1)− 3 + 16 (x + 1)− 6 ; 3. − 23 (6x5 + 2) (x6 + 2x) ;
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